Você está na página 1de 256

CIV 314 - Materiais compósitos na

engenharia civil: Dimensionamento de


elementos com barras não metálicas e
sistemas de reforço
PhD Gláucia Maria Dalfré
Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar)

Mestre em Engenharia de Estruturas


(SET/EESC/USP)
Doutora em Engenharia Civil
(Universidade do Minho/Portugal)
Membro do Comitê IBRACON/ABECE 303: Uso de Materiais não convencionais para Estruturas de
Concreto, Fibras e Concreto Reforçado com Fibras
Membro da diretoria regional Ibracon/São Carlos
Bolsista Produtividade em Pesquisa – PQ-2/CNPq (2016-2018)
Enquadramento

AULA ANTERIOR
Técnica de reforço com chapas coladas

NESTA AULA
Técnicas especiais de reforço com fibras de vidro,
carbono, aramida e basalto
CIV 314 - Materiais compósitos engenharia
civil: Dimensionamento de elementos com
barras não metálicas e sistemas de reforço

Unidade 6:
Técnicas especiais de
reforço com fibras
de vidro, carbono, aramida
e basalto
PhD Gláucia Maria Dalfré
SISTEMAS DE REFORÇO

Aumento de seção (encamisamento)

Inclusão de novos elementos em concreto armado

Reforço com perfis metálicos

Chapas de aço aderidas externamente ao concreto

Protensão

Técnica ETS

Utilização de polímeros reforçados com fibras (FRP)

Aço-memória

Concreto ou argamassa reforçada com material têxtil (TRC/TRM)


SISTEMAS DE REFORÇO
Reforço com materiais compósitos

Diversas aplicações em Engenharia Civil


Reforço com materiais compósitos
O que é um FRP?
O FRP (Fiber Reinforced Polymer) é definido basicamente como um material
estruturado com fibras de alta resistência embebidas numa matriz polimérica com
propriedades anisotrópicas e heterogêneas (Machado e Machado, 2015).

Nos FRPs as fibras são responsáveis pela capacidade de carga e rigidez do


compósito, enquanto que a matriz garante a transferência de tensões entre fibras,
bem como a sua proteção ao meio ambiente.
FRPs - Propriedades
FRPs - Propriedades
7000
Tensão de tração (MPa)

6000 Carbono

5000

4000

3000 Aramida
Vidro
2000 Cordoalha de aço

1000 Barra de aço

0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação (%)
FRPs - Possibilidades

Fiber Reinforced Polymer (FRP)

Carbon (C) Glass (G) Aramid (A) Basalt (B)

CFRP GFRP AFRP BFRP

Tecidos/Mantas Barras
- Unidirecional - Laminado
- Bidirecional - Varão
- Multidirecional - Grelha
- Perfil
Pré-fabricados
Curados in-situ Fonte: Sena-Cruz, Barros e Dias (2011)
FRPs - Possibilidades

Fiber Reinforced Polymer (FRP)

Carbon (C) Glass (G) Aramid (A) Basalt (B)

CFRP GFRP AFRP BFRP

Reforço de elementos

Substituição de
armadura convencional
Pré-fabricados
Curados in-situ Perfis/Estruturas mistas
Reforço com FRPs
Fiber Reinforced Polymer (FRP) são sistemas compósitos reforçados
com fibras.
Atualmente, os FRPs têm crescente aplicação na construção civil
devido fundamentalmente às seguintes propriedades:
• Leveza;
• Boas propriedades mecânicas (resistência e rigidez);
• Resistência à corrosão;
• Bom comportamento à fadiga;
• Fácil aplicação;
• Disponibilidade quase ilimitada em termos de geometria.
Já esta sendo utilizado no Brasil?
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/03/16/prefeitura-de-sp-libera-
viaduto-que-cedeu-na-marginal-pinheiros.ghtml
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/03/apos-quatro-meses-viaduto-
que-cedeu-na-marginal-pinheiros-e-liberado.shtml
Reforço de vigas e pilares - Estádio do Maracanã - Rio de Janeiro, Brasil
Foram realizados vários tipos de reforço:
- reforço à flexão no meio vão - laminados CFRP colados externamente com
adesivo epóxi ancorados com mantas de carbono de módulo standard (S&P C-
Laminate);
- reforço ao cisalhamento – nos apoios e como armadura de suspensão com
mantas de carbono de alto módulo (S&P C-Sheet 640).
Foram ainda aplicadas malhas de carbono (S&P ARMO-mesh®) de reforço nos
pilares de apoio da nova cobertura.

2
•S&P C-Laminate – mais de 15 000 m
2
•S&P C-Sheet – 2 600 m
® 2
•S&P ARMO-mesh – 17 000 m

https://www.sp-reinforcement.pt/pt-PT/projectos/reforco-de-vigas-e-pilares-estadio-
do-maracana-rio-de-janeiro-brasil
O reforço com FRPs... Funciona?
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS
EXPERIMENTAIS
Beber (2003)
Reforço a flexão de vigas – Técnica EBR
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Beber (2003)
Reforço a flexão de vigas – Técnica EBR
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Beber (2003)
200

160
Escoamento da
Descolamento doarmadura
laminado
Descolamento do laminado
V3 V2
V3
120 39%
Laminado
Força [kN]

13%
V2 V1 1 camada
80

V1
40
(Referência)

0
0 1 2 3 4 5 6
Deslocamento a meio vão [cm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Beber (2003)
200

V5
160
72% Fissuração
Fissuraçãoexcessiva
excessiva- -Descolamento
cobrimento

V3 V4
V5
120 V4 27%
Força [kN]

Laminado
V2 V1 61camadas
camada
80

40

0
0 1 2 3 4 5 6
Deslocamento a meio vão [cm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Beber (2003)
200

160
Fissuração excessiva - cobrimento
Descolamento
V7 55%
120 14% V6
V7
Força [kN]

V6 Manta
V1 41 camadas
camada
80

40

0
0 1 2 3 4 5 6
Deslocamento a meio vão [cm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Fortes et. al (2002)
Reforço de vigas à flexão – Técnica NSM
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Fortes et. al (2002)

100

90

80 V2R2

70

60 91%
Força [kN]

50
40
V2
30

20
10

0
0 5 10 15 20 25 30
Deslocamento a meio vão [mm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Khalifa (1999)
Reforço de vigas ao cisalhamento – Técnica EBR
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Khalifa (1999)
Duas camadas contínuas de
500 manta de CFRP: uma em
forma de U com as fibras
450 Uma camada contínua
orientadas a 90ºdee manta
400 de CFRP
outra nas em forma
faces de U
laterais dacom
viga
as fibras orientadas a 90º
com as fibras orientadas a 0º
350

300 C-BT3
Força [kN]

250
C-BT2
200

150
C-BT1 (Referência)

100
50

0
0 5 10 15 20 25
Referência
Deslocamento a meio vão [mm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Khalifa (1999)

500
Faixas
Faixas de
Umadecamadamanta
manta de de
CFRPCFRP
contínua emmanta
de forma
450 decoladas
U
decom
CFRPnas faces
as em
fibras laterais
de Uda
orientadas
forma coma 90º,
as
C-BT6 viga comorientadas
fibras as fibras
50 mm deorientadas
alargura e
90º tendo-se
400
a 90º, com
espaçadas
considerado de
um50
125 mm de
sistema
350 mm deancoragem
largura e espaçadas
do reforço
C-BT4 de 125 mm
300
Força [kN]

C-BT5
250
200

150
C-BT1 (Referência)

100
50

0
0 5 10 15 20 25
Referência
Deslocamento a meio vão [mm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Dias (2008)
Reforço de vigas ao cisalhamento – Técnica NSM
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Dias (2008)
180

160

140

120
Estribos de aço
Força [kN]

100
A10_C (Referência, sem estribos)
80

60

40

20
A10_S (Estribos)
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Deslocamento a meio vão [mm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Dias (2008)
180

160

140

120
Mantas de CFRP (EBR)
Força [kN]

100
A10_C (Referência, sem estribos)
80

60

40
A10_M (Manta)
20
A10_S (Estribos)
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Deslocamento a meio vão [mm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Dias (2008)
180

160

140

120
Laminados de CFRP (NSM)
Força [kN]

100
A10_C (Referência)
80
A10_VL (Laminado)
60

40

20
A10_S (Estribos)
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Deslocamento a meio vão [mm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Dias (2008)
180

160

140 A10_IL (Laminado)


120
Laminados de CFRP (NSM)
Força [kN]

100
A10_C (Referência)
80

60

40

20
A10_S (Estribos)
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Deslocamento a meio vão [mm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Ferreira (2000)
Reforço de pilares – Técnica NSM
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Ferreira (2010)
50

40

30
20
Força [kN]

10

-25 -20 -15 -10 -5 0 0 5 10 15 20 25


-10

-20

-30

-40

-50 Referência
Deslocamento [mm] Reforçado
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Dalfré et. al (2017)
Reforço de pilares – Técnica EBR

Dimensões e configuração do reforço dos pilares curtos de


concreto (Medidas em milímetros)
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Dalfré et. al (2017)
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Oliveira (2019)
Reforço de pilares – Técnica EBR

Dimensões e configuração do reforço dos pilares curtos de


concreto (Medidas em milímetros)
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Oliveira (2019)
Reforço de pilares – Técnica EBR
100
G30_LAB_6M_2

80

Tensão (MPa)
60
G30_LAB_6M_1
20
40
0,6*σc0
10 0,4*σc0
20 0,2*σc0
D.P. 0
-0,5 -1,0 -1,5
G30_LAB_6M_0
0
20 10 0 -10 -20 -30 -40
Configuração do reforço dos pilares curtos Deformação no GFRP (‰) Deformação axial (‰)
de concreto
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Bonaldo (2008)
Reforço a flexão de
faixas de laje
Técnica NSM
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Bonaldo (2008)
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Bonaldo (2008) SL1

70

60 SL2

50

40
Força [kN]

SL2
30
148%
20

10 SL1

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Deslocamento a meio vão [mm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Coelho et. al (2011)
Estudo comparativo de diferentes técnicas no reforço à flexão de vigas
de concreto armado com uso de CFRP’s

Referência
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Coelho et. al (2011)
Estudo comparativo de diferentes técnicas no reforço à flexão de vigas
de concreto armado com uso de CFRP’s

EBR MF-EBR NSM


Coelho et. al (2011) EBR
Ensaio monotônico

150

120

NSM
90
Força [kN]

60

REF MF-EBR
30 EBR
MF-EBR
NSM
0
0 5 10 15 20 25 30
Deslocamento a meio vão [mm]
RESULTADOS OBTIDOS EM PROGRAMAS EXPERIMENTAIS
Coelho et. al (2011)
Coelho et. al (2011)
Ensaio cíclico
Coelho et. al (2011)
Ensaio cíclico
Recomendações técnicas

“Guidelines”
Recomendações técnicas

440.1R-15: Guide for the Design and Construction of Structural Concrete


Reinforced with Fiber-Reinforced Polymer Bars
440.2R-17: Guide for the Design and Construction of Externally Bonded
FRP Systems for Strengthening Concrete Structures
440.3R-12: Guide Test Methods for Fiber-Reinforced Polymers (FRPs)
for Reinforcing or Strengthening Concrete Structures
ACI 440

440.4R-04: Prestressing Concrete Structures with FRP Tendons


(Reapproved 2011)
440.5-08: Specification for Construction with Fiber-Reinforced Polymer
Reinforcing Bars
440.6-08(17): Specification for Carbon and Glass Fiber-Reinforced
Polymer Bar Materials for Concrete Reinforcement (Reapproved 2017)
440.7R-10: Guide for Design & Constr of Externally Bonded FRP
Systems for Strengthening Unreinforced Masonry Structures
440.8-13: Specification for Carbon and Glass Fiber-Reinforced Polymer
Materials Made by Wet Layup for External Strengthen
440.9R-15: Guide to Accelerated Conditioning Protocols for Durability
Assessment of Internal and External Fiber-Reinforce
Requisitos de projeto

REQUISITOS BÁSICOS
O dimensionamento de sistema de FRP deve ser baseado
nos seguintes princípios:

1. As manifestações patológicas devem ser identificadas,


removidas e/ou atenuadas;

2. Em caso de uma solicitação severa, a estrutura deverá resistir com danos


localizados aceitáveis;
Força

Fortemente reforçado
Moderadamente reforçado
3. A ruptura do sistema de reforço
Fracamente reforçado
deverá ser dútil.
Não reforçado

Deslocamento
Requisitos de projeto

REQUISITOS BÁSICOS
Assim, no projeto de reforço deve-se:

1. Efetuar uma escolha adequada dos materiais;

2. Escolha criteriosa das técnicas de aplicação;

3. Procedimentos de controle de qualidade devem ser adotados na fase da


execução do reforço.
Requisitos de projeto

REQUISITOS DE DURABILIDADE
O projeto de reforço tem de efetuado atendendo a requisitos de
durabilidade. Para tal haverá que atender a:

1. Tipo de uso da estrutura reforçada;


2. Avaliação das condições ambientais;
3. Composição, propriedades e desempenho dos materiais
existentes e novos;
4. Escolha adequada da solução de reforço;
5. Qualidade da mão-de-obra e nível de controle;

6. Adoção de medidas protetoras (e.g., fogo, impacto);


7. Plano de inspeção/manutenção.
Considerações
e conceitos básicos
REQUISITOS DE PROJETO
Quando se utiliza para o reforço de estruturas de concreto armado à
flexão um sistema compósito de FRP, ele pode ser aderido as faces
da peça.

Para o cálculo da resistência á flexão de uma estrutura de concreto


reforçada com materiais compósitos, algumas considerações devem
ser feitas:
- Os cálculos devem ser efetuados com base nas dimensões
existentes da seção e da quantidade/distribuição das armaduras de
aço da mesma, assim como das propriedades e características
mecânicas dos materiais constituintes do elemento de concreto a ser
reforçado;
- Prevalecem os critérios de Bernoulli, ou seja, as seções
permanecem planas após carregamentos e as deformações são
linearmente proporcionais à sua distância à linha neutra;
Considerações
e conceitos básicos

- Despreza-se a resistência à tração do concreto;

- A deformação no concreto não pode ultrapassar 3,5‰ quando se


utiliza a NBR 6118/Fib Bulletin 14 ou 3‰ segundo as recomendações
da ACI440.2R;
- Aderência perfeita entre o sistema compósito e o substrato de
concreto; e
- Deformação linear até a ruptura do compósito.
Considerações
e conceitos básicos

FRPs - Propriedades
7000
Tensão de tração (MPa)

6000 Carbono

5000

4000

3000 Aramida
Vidro
2000 Cordoalha de aço

1000 Barra de aço

0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação (%)
Considerações
e conceitos básicos
Ações para dimensionamento

- Segundo o Fib Bulletin 90 (2019), o estado da estrutura (reparada)


antes do reforço deve ser tomado como referência para o
dimensionamento do sistema de reforço;
- Por meio de inspeção, revisão de documentos existentes e uma
análise estrutural, o real estado do elemento existente deve ser
verificado;
- Como a aplicação do sistema FRP não se destina a corrigir
manifestações patológicas pré-existentes na estrutura (como, por
exemplo, corrosão do aço devido a carbonatação ou ingresso de íons
cloro), possíveis danos ou deterioração devem ser identificados e as
causas das manifestações patológicas devem ser conhecidas;
- Se necessário, o reparo adequado deve ser realizado antes da
aplicação de um sistema de reforço.
Considerações
e conceitos básicos
Ações para dimensionamento
É necessário determinar o momento solicitante da estrutura durante a
aplicação do sistema de reforço com FRP para avaliação do estado
inicial de deformações.

Normalmente, este momento é obtido levando-se em conta a carga


permanente da estrutura.

Estrutura existente
Considerações
e conceitos básicos
Ações para dimensionamento
É necessário determinar o momento solicitante da estrutura durante a
aplicação do sistema de reforço com FRP para avaliação do estado
inicial de deformações.

Normalmente, este momento é obtido levando-se em conta a carga


permanente da estrutura.

ACI 440.2R Fib Bulletin 14 No momento de aplicação do reforço


Considerações
e conceitos básicos
Ações para dimensionamento
Posteriormente, faz-se o levantamento de cargas e esforços devido às
cargas futuras esperadas.

Novo carregamento esperado


Considerações
e conceitos básicos
Ações para dimensionamento - Observações
Segundo o ACI 440.2R (2017), o elemento estrutural não reforçado
deve ter capacidade suficiente para resistir a um certo nível de
carregamento.
Caso o sistema de reforço com FRP seja danificado, a estrutura ainda
deverá ser capaz de resistir a um nível razoável de carga sem que
entre em colapso.
O ACI recomenda que a estrutura não reforçada resista a 110% das ações
permanentes (DL) mais 75% das sobrecargas (LL), i.e.:

(  Rn )existing  (1,1 SDL + 0,75  SLL )new

Assim, espera-se que o elemento reforçado mantenha capacidade estrutural


suficiente até que o sistema de reforço seja reparado.
Considerações
e conceitos básicos
Ações para dimensionamento - Observações
Para evitar que uma estrutura a reforçar não colapse sob a atuação do
fogo, essa estrutura, antes de ser reforçada, deve ter capacidade
resistente suficiente por forma a suportar, em segurança, as ações
permanentes e as ações das sobrecargas.

O ACI recomenda que a estrutura não reforçada resista a 100% das ações
permanentes (WAP) mais 100% das sobrecargas (Wsob), i.e.:

(  Rn )existing  WAP + WSOB


Se ocorrer um incêndio após o reforço da estrutura, esta deve ainda respeitar a
Equação acima apresentada.
As resinas que se utilizam nos sistemas em FRP perderem significativamente as
suas propriedades a partir de temperaturas da ordem dos 60 graus Celsius
(temperatura de transição vítrea (Tg)).
Considerações
e conceitos básicos

- Ocorrência de ações de acidente (choques, incêndios, explosões)


Considerações
e conceitos básicos
Ações para dimensionamento - Observações
A ACI 440.2R (2017) ainda apresenta uma nova Equação para verificação
da capacidade resistente do elemento não reforçado, tal como abaixo
apresentado:
(  Rn )  1,2  SDL + 0,5  SLL + 0,2  SSL + 1,0  Ak
onde SDL refere-se à carga permanente, SLL à sobrecarga, SSL a cargas
devido a presença de neve e Ak refere-se a um certo carregamento a ser
resistido devido a um evento de incêndio da estrutura.
Dimensionamento
ACI 440.2R (2017)
Considerações e
conceitos básicos ACI 440.2R

Propriedades características dos materiais


- A não ser que tal seja indicado especificamente, os valores das
propriedades dos FRP indicados nos documentos técnicos dos
fabricantes não atendem aos efeitos provocados pela exposição dos
FRP aos agentes de agressividade ambiental ao longo do tempo de
vida dos FRP;
- Como as propriedades dos FRP, tais como a resistência à tração e a
extensão última, dependem do tipo de ambiente a que o FRP foi
acondicionado durante a sua vida, os valores das propriedades
indicados pelos fabricantes devem ser encarados como valores
iniciais, devendo estes ser corrigidos por fatores que atendem ao tipo
de ambiente;
- Assim, o ACI 440 propõe que os valores da resistência à tração e da
extensão última indicados pelos fabricantes ou obtidos em
laboratório sejam afetados por um coeficiente ambiental, CE.
Considerações e
conceitos básicos ACI 440.2R

Propriedades características dos materiais


Segundo a ACI 440.2R, o dimensionamento a flexão deve levar em
conta as seguintes recomendações de projeto:
f fu = CE  f *
fu
 fu = CE   *fu
f fu
Ef =
 fu
Onde:
ffu = tensão de tração máxima de
projeto do compósito de FRP
ffu*= tensão de tração máxima de
projeto do compósito de FRP
(fornecida por ensaio ou fabricante)
fu = deformação máxima de projeto
do compósito de FRP
fu*= deformação máxima do compósito de FRP (fornecida por ensaio ou fabricante)
CE = coeficiente de exposição ambiental
Considerações e
conceitos básicos ACI 440.2R
Hipóteses Básicas do Dimensionamento
Segundo o ACI 440, no dimensionamento à flexão de sistemas de reforço
admite-se as seguintes hipóteses:
a) deve-se ter em consideração as atuais dimensões, disposição das armaduras
e propriedades dos materiais do elemento estrutural a ser reforçado;
b) as deformações no concreto e nas armaduras são diretamente proporcionais
às suas respectivas distâncias ao eixo neutro da seção. Seções planas antes da
aplicação do carregamento permanecem planas após a sua aplicação (hipótese
de Euler-Bernoulli);
c) a máxima deformação de compressão no concreto é 0,003 (ou 3‰);
d) a resistência à tração do concreto é desprezada;
e) assume-se que o diagrama tensão versus deformação do aço é elástico-linear
até o escoamento, seguido de comportamento perfeitamente plástico;
f) admite-se que o FRP é caracterizado por uma lei linear e elástica tensão-
deformação até à ruptura;
g) A deformação de cisalhamento na camada de adesivo é desprezada, dado que
esta camada é muito fina com reduzidas variações na sua espessura.
Considerações e
conceitos básicos ACI 440.2R
Deformações existentes no concreto
A menos que todo o carregamento seja removido antes da aplicação do
reforço, inclusive o devido ao peso próprio, caso pouco comum na prática
de reforço estrutural, o substrato onde será aplicado o FRP terá um
determinado nível de deformação inicial que deverá ser considerado no
dimensionamento.

Por esse motivo, para um determinado nível de carregamento, o cálculo da


deformação no FRP é efetuado subtraindo a deformação inicial à
deformação existente para esse nível de carregamento.

A deformação inicial (bi) pode ser determinada assumindo comportamento


linear e elástico para os materiais intervenientes, considerando-se todo o
carregamento existente no momento da aplicação do reforço.
Considerações e
conceitos básicos

Nível de deformação do reforço com FRP


bi = deformação inicial da seção devido as cargas instaladas no ato do reforço
b

k· d
Linha
Neutra
d

d
h

As n·As
b

M DL (d f − kd )
 bi =
I cr .Ec
Considerações e
conceitos básicos

Dimensionamento
A posição da linha neutra e os níveis de tensão no aço, concreto e no reforço são
determinados por processo iterativo.

Arbitrando-se c
Uma estimativa inicial razoável de c é 0,20d.
Considerações e
conceitos básicos

Dimensionamento
A ruptura controlada pelo descolamento do compósito deve governar
os procedimentos de cálculo. Assim, a deformação máxima permitida
no FRP para impedir a ruptura por descolamento devido a fissuração
não poderá exceder ao indicado na seguinte equação:
f c'
 fd = 0, 41  0,9   fu
n  E f t f
Onde:
fc´= resistência à compressão do concreto
n = número de camadas de reforço
Ef = módulo de elasticidade do compósito
fu = deformação máxima de projeto do compósito de FRP
Para aplicações com a técnica de reforço NSM, o valor de fd pode variar de 0,6
fu para 0,9 fu dependendo de muitos fatores, como dimensões dos elementos,
percentual de armadura existente e de FRP, dentre outros.
O comitê recomenda o uso de  fd  0,7   fu .
Considerações e
conceitos básicos
Nível de deformação do reforço com FRP
É muito importante o conhecimento do nível de deformação no
reforço executado com FRP no estado limite último.
Uma vez que o FRP apresenta comportamento elástico linear até a
ruptura, a deformação máxima que poderá ser atingida no reforço de
FRP será determinado pelas seguintes situações:
- Esmagamento do concreto
- Ruptura do sistema FRP
- Descolamento do sistema de FRP do substrato do concreto
Com base nessas avaliações, a deformação efetiva que pode ser
atingida pelo reforço é dada por:
Onde:
 df −c 
 fe =  cu    −  bi   fd
c = x = profundidade da linha
neutra
 c  bi = deformação inicial da seção
 cu  (d f − c / c) −  bi   fd - Esmagamento
devido as cargas instaladas no
do concreto
 cu  (d f − c / c) −  bi   fd - Deformação
ato do reforço
df = altura útil do reforço
do FRP
Considerações e
conceitos básicos

Nível de deformação do reforço com FRP


A ACI440.2R também limita o nível de tensão que pode ser atingida no
reforço com FRP antes da ruptura por flexão. Este nível efetivo pode
ser obtido da correlação com o nível de deformação do FRP,
assumida a condição de comportamento elástico-linear:

f fe = E f  fe
5000
4500
4000
CFRP
Tensão (MPa)

3500
AFRP
3000
2500
2000 BFRP
GFRP
1500
1000
500 AÇO
0
0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05
Deformação
Considerações e
conceitos básicos

Determinação do momento resistente


Conhecida a deformação efetiva do FRP, a deformação existente no
substrato no instante de aplicação do reforço, bi, e a posição da linha
neutra, c, a tensão no aço pode ser calculada por intermédio da seguinte
condição de compatibilização de deformações:

 d −c 
 s = ( fe +  bi )  
 d − c 
 f 
 c 
 c = ( fe +  bi )  
 d − c 
 f 
Considerações e
conceitos básicos

Aplicação a seção retangular

3   c'   c −  c2 4   c' −  c 1, 71  f c'


1 = 1 =  =
'
3  1   c'2 6   c' − 2. c
c
Ec

𝜀𝑐 ´ = Máxima deformação do concreto não confinado


𝐸𝑐 = Módulo de elasticidade do concreto
Considerações e
conceitos básicos

Determinação do momento resistente


O equilíbrio interno de forças só é obtido se a Equação abaixo apresentada
for satisfeita, caso contrário deve-se efetuar o processo iterativo até o
equilíbrio ser alcançado.

As  f s + Af  f fe
c=
1  f c'  1  b
Considerações e
conceitos básicos

Determinação do momento resistente


Tendo em conta a distribuição de deformações e de tensões anteriormente
representadas, o momento fletor resistente da seção, na verificação aos
estados limite último, pode ser calculado por intermédio da equação
seguinte:
  c    c 
M n = Fs   d − 1  +  f  F f   d f − 1 
 2   2 
em que:
As é a área da armadura convencional de tração existente na seção;
fs é a tensão de tração no aço;
h e d são a altura total e altura útil da seção, respectivamente;
1 é o fator de transformação do diagrama de tensões;
c é a posição do eixo neutro (linha neutra);
f é o coeficiente de minoração da resistência do FRP. Na flexão pode-se
adotar o valor de 0,85.
Af é a área de FRP;
ffe é a tensão de tração efetiva no FRP.
Considerações e
conceitos básicos

Verificação da Dutilidade
A utilização do sistema de reforço com FRP colado externamente reduz a
ductilidade do elemento original, pelo que é importante verificar o nível de
deformação nas armaduras de aço, no estado limite último, de forma a
manter a ductilidade da seção em níveis aceitáveis.

Admite-se que após reforçada a peça tem nível aceitável de ductilidade se


a extensão no aço, no momento da ruptura por esmagamento do concreto
em compressão e no momento do descolamento do FRP do substrato, for
superior ou igual a 0,005.

O ACI 440 segue a mesma filosofia do ACI 318, pelo que o momento
resistente de uma seção diminui com a sua menor dutilidade.
Considerações e
conceitos básicos

Verificação da Ductilidade
Para simular este efeito é definido um fator  determinado da seguinte forma:

 0,90 para  s  0, 005



 0, 25  ( s −  sy )
 = 0, 65 + para  sy   s  0, 005
 0, 005 −  sy
 0, 65 para  s   sy

Considerações e
conceitos básicos

Resistência final da peça reforçada


Segundo a ACI 440.2R, os procedimentos de reforço exigem que o
dimensionamento estrutural exceda os esforços majorados, conforme
indicado abaixo:
 0,90 para  s  0, 005

0, 25  ( s −  sy )
M u = .M n 
 = 0, 65 + para  sy   s  0, 005
 0, 005 −  sy
 0, 65 para  s   sy

Onde:
 = fator de minoração de resistência, relacionado com a ductilidade da seção
Mn = resistência fletor resistente de cálculo da seção de estudo
Mu = momento fletor solicitante da combinação mais desfavorável para a análise
em causa
Considerações e
conceitos básicos

Tensões no aço devido a carga de serviço


As verificações para os estados limites de utilização em peças reforçadas
com FRP podem ser efetuadas aplicando-se o conceito de
homogeneização aos materiais da seção (na análise da seção fissurada
de concreto reforçado).
Essa verificação é feita pela seguinte equação:
  k  d 
M
 s +  bi  A f  E 
f  f d −    ( d − k  d )  Es
  3 
f s,s =
 k d   k d 
As  Es   d −   ( d − k  d ) + A f  E 
f  f d −   (d f − k  d )
Onde:  3   3 
𝑀𝑠 = momento solicitante devido a p+g
2
 E Ef   Es Ef  d f 
As k =  s  s +  f   + 2  
 s  +    
Af f
s = f =  Ec Ec   Ec Ec  d  
bd bd
 E Ef 
−  s  s +  f  
 Ec Ec 
Considerações e
conceitos básicos

Tensões no aço devido a carga de serviço


Para prevenir deformações plásticas excessivas, a tensão na armadura e
no concreto para as cargas de serviço deve ser inferior ou igual a 80% e
60%, respectivamente, da tensão de escoamento do aço e de compressão
do concreto utilizados.

f s,s  0,80  f yk

fc,s  0,6  f c'


Considerações e
conceitos básicos

Tensões no FRP devido a carga de serviço


O nível de tensões na armadura poderá ser calculado baseado na
análise da seção fissurada de concreto reforçado.
Essa verificação é feita pela seguinte equação:

 Ef  df − k d
f f ,s = f s ,s    −  bi  E f
 Es  d − k d
Considerações e
conceitos básicos

Valores limites de tensão para ações de longa duração e


de fadiga
Os materiais de FRP submetidos a carregamentos de longa duração
podem apresentar ruptura repentina, depois de um período referido como
tempo de tolerância. Durante esse período de tempo a resistência à tração
do FRP pode diminuir.
Aumentando-se a relação entre tensão de tração existente no laminado, ao
longo do tempo, e a sua resistência última, diminui-se o tempo de
tolerância. O tempo de tolerância também pode decrescer conforme as
condições ambientais a que os FRP estejam sujeitos (altas temperaturas,
radiação ultravioleta, elevada alcalinidade, ciclos de umidade e secagem, e
ciclos de gelo e degelo).
Geralmente, o CFRP é menos susceptível às ações de longa duração e de
fadiga, as aramidas (AFRP) são moderadamente propícias a essa rotura,
enquanto que as fibras de vidro (GFRP) são as mais susceptíveis.
Considerações e
conceitos básicos

Valores limites de tensão para ações de longa duração e


de fadiga
Assim, para se evitar que um elemento reforçado com FRP rompa devido à
atuação de ações de longa duração, devem-se adotar limites para os
valores de tensão no FRP quando submetidos a este tipo de condições.
O valor da tensão no FRP, ffs , pode ser obtido segundo análise elástica e
aplicando o momento que resulta das ações quase permanentes
(permanentes mais parte da sobrecarga) e da ação cíclica.
Os valores destas tensões devem ficar limitados aos abaixo indicados:
Fluxograma Determinar a deformação inicial no
substrato de concreto

Estimar a profundidade de linha neutra, c

Determinar o modo de ruptura

Calcular a deformação nos


materiais

Verificar as condições
Calcular tensões e forças
de serviço

Verificar o equilíbrio (c)


Calcular o momento
fletor resistente

Não c estimado Sim


= c obtido no
equilíbrio?
Exemplos de
Dimensionamento
ACI 440.2R (2017)
Escolha – Sistemas FRP

Escolha – Sistemas FRP

Considere-se que o projetista seleciona dois sistemas de FRP para


o reforço de um elemento de concreto e que, junto aos fabricantes,
obteve as propriedades destes dois sistemas:

- O sistema A é constituído por manta de fibras unidirecionais de


carbono.
- O sistema B é constituído por laminados de fibra de carbono.

Ambos os sistemas serão aderidos à superfície do elemento a


reforçar, com o uso de resina epóxi, aplicados segundo a técnica
EBR!
Escolha – Sistemas FRP

Alguns dos dados disponibilizados na documentação


técnico/comercial do fabricante estão indicados na Tabela abaixo
apresentada.

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
Tipo de sistema: curado in-situ, manta Tipo de sistema: pré-curado, laminado
unidirecional unidirecional
Tipo de fibra: carbono Tipo de fibra: carbono
Resina polimérica: epoxi Resina polimérica: epoxi
tf 0,117 mm tf 1,4 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 2800 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 175 GPa

Qual dos sistemas de reforço vocês escolheriam?


Escolha – Sistemas FRP

Faremos três passo para a escolha:

1ª verificação: Resistência à tração por unidade de espessura dos


Sistemas
ffu*: Tensão de tração na ruptura
tf: Espessura
2ª verificação: Rigidez à tração por unidade de espessura dos
Sistemas
ffu*: Módulo de elasticidade
tf: Espessura

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a resistência à tração:

Segundo a rigidez:
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
Tipo de sistema: curado in-situ, manta Tipo de sistema: pré-curado, laminado
unidirecional unidirecional
Tipo de fibra: carbono Tipo de fibra: carbono
Resina polimérica: epoxi Resina polimérica: epoxi
tf 0,117 mm tf 1,4 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 2800 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 175 GPa

1ª verificação: Resistência à tração por unidade de espessura dos


Sistemas
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 1,4 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 2800 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 175 GPa

2ª verificação: Rigidez à tração por unidade de espessura dos Sistemas


Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 1,4 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 2800 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 175 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a resistência à tração:
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 1,4 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 2800 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 175 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a resistência à tração:

3920 N/mm
= 8,81
444,6 N/mm

Para uma dada resistência equivalente à tração, 1 camada do Sistema B (laminados)


equivalem a 9 camadas do Sistema A (mantas)!
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 1,4 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 2800 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 175 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a rigidez:
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 1,4 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 2800 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 175 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a rigidez:

245000 N/mm
= 8,55
28665 N/mm
Para uma dada resistência equivalente à tração, 1 camada do Sistema B (laminados)
equivalem a 9 camadas do Sistema A (mantas)!
Escolha – Sistemas FRP

E....

Considere-se que o projetista seleciona dois sistemas de FRP para


o reforço de um elemento de concreto e que, junto aos fabricantes,
obteve as propriedades destes dois sistemas:

- O sistema A é constituído por manta de fibras unidirecionais de


carbono.
- O sistema B é constituído por manta de fibras unidirecionais de
vidro!
Escolha – Sistemas FRP

Alguns dos dados disponibilizados na documentação


técnico/comercial do fabricante estão indicados na Tabela abaixo
apresentada.

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
Tipo de sistema: curado in-situ, manta Tipo de sistema: curado in-situ, manta
unidirecional unidirecional
Tipo de fibra: carbono Tipo de fibra: vidro
Resina polimérica: epóxi Resina polimérica: epóxi
Gramatura: 300g/m2 Gramatura: 900g/m2
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

Qual dos sistemas de reforço vocês escolheriam?


Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
Tipo de sistema: curado in-situ, manta Tipo de sistema: curado in-situ, manta
unidirecional unidirecional
Tipo de fibra: carbono Tipo de fibra: vidro
Resina polimérica: epoxi Resina polimérica: epoxi
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

1ª verificação: Resistência à tração por unidade de espessura dos


Sistemas
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

1ª verificação: Resistência à tração por unidade de espessura dos


Sistemas

Sistema A Sistema B
∗ ∗
𝑝𝑓𝑢 = 3800N/mm2.0,117mm 𝑝𝑓𝑢 = 1200N/mm2.0,39mm
= 444,6 N/mm = 468 N/mm
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa
2ª verificação: Rigidez à tração por unidade de espessura dos Sistemas
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

2ª verificação: Rigidez à tração por unidade de espessura dos Sistemas

Sistema A Sistema B
kf= 245000 N/mm2.0,117mm kf= 75000 N/mm2.0,39mm
= 28665 N/mm = 29250 N/mm
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a resistência à tração:
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a resistência à tração:

468 N/mm
= 1,05
444,6 N/mm

Para uma dada resistência equivalente à tração, 1 camada de CFRP 1 camada de


GFRP!
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a rigidez:
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a rigidez:

29250 N/mm
= 1,02
28665 N/mm
Para uma dada resistência equivalente à tração, 1 camada de CFRP 1 camada de
GFRP!
Considerações e
conceitos básicos ACI 440.2R

Propriedades características dos materiais


Segundo a ACI 440.2R, o dimensionamento a flexão deve levar em
conta as seguintes recomendações de projeto:
f fu = CE  f *
fu
 fu = CE   *fu
f fu
Ef =
 fu
Onde:
ffu = tensão de tração máxima de
projeto do compósito de FRP
ffu*= tensão de tração máxima de
projeto do compósito de FRP
(fornecida por ensaio ou fabricante)
fu = deformação máxima de projeto
do compósito de FRP
fu*= deformação máxima do compósito de FRP (fornecida por ensaio ou fabricante)
CE = coeficiente de exposição ambiental
Escolha – Sistemas FRP

Alguns dos dados disponibilizados na documentação


técnico/comercial do fabricante estão indicados na Tabela abaixo
apresentada.
CE = 0,95 / 0,75

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
Tipo de sistema: curado in-situ, manta Tipo de sistema: curado in-situ, manta
unidirecional unidirecional
Tipo de fibra: carbono Tipo de fibra: vidro
Resina polimérica: epóxi Resina polimérica: epóxi
Gramatura: 300g/m2 Gramatura: 900g/m2
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

Qual dos sistemas de reforço vocês escolheriam?


Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
Tipo de sistema: curado in-situ, manta Tipo de sistema: curado in-situ, manta
unidirecional unidirecional
Tipo de fibra: carbono Tipo de fibra: vidro
Resina polimérica: epoxi Resina polimérica: epoxi
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

1ª verificação: Resistência à tração por unidade de espessura dos


Sistemas
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

1ª verificação: Resistência à tração por unidade de espessura dos


Sistemas

Sistema A Sistema B
∗ ∗
𝑝𝑓𝑢 = 3800N/mm2.0,117mm. 0,95 𝑝𝑓𝑢 = 1200N/mm2.0,39mm. 0,75
= 422,37 N/mm = 351 N/mm
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa
2ª verificação: Rigidez à tração por unidade de espessura dos Sistemas
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

2ª verificação: Rigidez à tração por unidade de espessura dos Sistemas

Sistema A Sistema B
kf= 245000 N/mm2.0,117mm. 0,95 kf= 75000 N/mm2.0,39mm. 0,75
= 27231,75 N/mm = 21937,5 N/mm
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a resistência à tração:
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a resistência à tração:

422,37N/mm
= 1,20
351N/mm

Para uma dada resistência equivalente à tração, 1 camada de CFRP 1 ou 2 camadas


de GFRP!
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a rigidez:
Escolha – Sistemas FRP

Sistema A Sistema B
(dados do documento técnico) (dados do documento técnico)
tf 0,117 mm tf 0,39 mm
ffu* 3800 MPa ffu* 1200 MPa
fu* 15,5‰ fu* 16‰
Ef 245 GPa Ef 75 GPa

3ª verificação: Comparação dos dois sistemas


Segundo a rigidez:

27231,75N/mm
= 1,24
21937,5N/mm

Para uma dada resistência equivalente à tração, 1 camada de CFRP 1 ou 2 camadas


de GFRP!
Vamos
dimensionar?
Exemplos – Técnica EBR

A viga representada faz parte de uma estrutura, para a qual se pretende que
passe a resistir a uma sobrecarga 70% superior à que tinha sido utilizada no seu
dimensionamento.
Os estribos existentes garantem a não ocorrência de fc ´ 34,5 MPa
ruptura por cisalhamento após o acréscimo de carga. A As 1800 mm2
verificação da flecha e de abertura de fissuras está
também assegurada. Aço CA-50

W AP, W SOB

58 cm
61 cm
7,315 m 30 cm

Será que a viga precisa de reforço?


Exemplos – Técnica EBR

Ação/Momento Ações existentes Novas ações


Ações permanentes, WAP 14,6 kN/m
Momento devido a WAP
Sobrecargas, Wsob 17,5 kN/m
Momento devido a Wsob
Cargas não majoradas (WAP+Wsob)
Serviço
Combinação viga de referência
(1,1WAP+0,75Wsob))
Cargas majoradas (1,2WAP+1,6Wsob))

Sem reforço, a viga tem Momento devido as


que resistir, novas solicitações!
pelo menos, 305 kN.m

Será que a viga precisa de reforço?


Dimensionamento
– Técnica EBR

Esta etapa de verificação seguirá as recomendações da ABNT NBR


6118 (ABNT, 2014) e ACI 318 (2019).

1º passo: Levantamento da real capacidade portante do elemento


frente a geometria e materiais existentes
Como estimar a capacidade resistente de um elemento?
Dimensionamento à flexão - NBR 6118 (ABNT, 2014)

fck 34,5 MPa


58 cm
61 cm

As 1800 mm2
Aço CA-50

30 cm
Dimensionamento à flexão - NBR 6118 (ABNT, 2014)

fck 34,5 MPa


58 cm
61 cm

As 1800 mm2
Aço CA-50

30 cm
Dimensionamento à flexão – ACI 318

fc ´ 34,5 MPa
58 cm
61 cm

fs 500 MPa
As 1800 mm2

30 cm
Dimensionamento à flexão – ACI 318
Exemplo – Técnica EBR

Ação/Momento Ações existentes Novas ações


Ações permanentes, WAP 14,6 kN/m 14,6 kN/m
Momento devido a WAP 98 kN.m 98 kN.m
Sobrecargas, Wsob 17,5 kN/m 29,75 kN/m
Momento devido a Wsob 117 kN.m 198,99 kN.m
Cargas não majoradas (WAP+Wsob) 32,1 kN/m 44,35kN/m
Serviço 214 kN.m 296,64 kN.m
Combinação viga de referência 29,2 kN/m 38,37 kN/m
(1,1WAP+0,75Wsob)) 195 kN.m 256,66 kN.m
Cargas majoradas (1,2WAP+1,6Wsob)) 45,5 kN/m 65,12 kN/m
305 kN.m 435,56 kN.m

O ACI recomenda que a estrutura não reforçada (referência) resista a 110%


das ações permanentes (WAP) mais 75% das sobrecargas (Wsob). A seção
transversal apresenta capacidade portante de 428 kN.m. Como:
= 257kN.m, ok!
O ACI recomenda que a estrutura não reforçada resista a 100% das ações
permanentes (WAP) mais 100% das sobrecargas (Wsob). Como:
, 428 kN.m> 297 kN.m, ok!
Exemplo – Técnica EBR

Preparo para o dimensionamento do sistema de reforço


Exemplo – Técnica EBR

Esta etapa de verificação seguirá as recomendações da ABNT NBR


6118 (ABNT, 2014) e ACI 318 (2019).

1º passo: Levantamento da real capacidade portante do elemento


frente a geometria e materiais existentes

2º passo: Determinação da deformação no concreto tracionado (𝜺𝒃𝒊 )


Iniciaremos a resolução do problema proposto determinando a
deformação da viga frente somente ao seu peso próprio.

Momento devido a WAP = ?


Exemplo – Técnica EBR

Ação/Momento Ações existentes Novas ações


Ações permanentes, WAP 14,6 kN/m 14,6 kN/m
Momento devido a WAP 98 kN.m 98 kN.m
Sobrecargas, Wsob 17,5 kN/m 29,75 kN/m
Momento devido a Wsob 117 kN.m 198,99 kN.m
Cargas não majoradas (WAP+Wsob) 32,1 kN/m 44,35kN/m
Serviço 214 kN.m 296,64 kN.m
Combinação viga de referência ------- 38,37 kN/m
(1,1WAP+0,75Wsob)) 256,66 kN.m
Cargas majoradas (1,2WAP+1,6Wsob)) 45,5 kN/m 65,12 kN/m
305 kN.m 435,56 kN.m
Exemplo – Técnica EBR

Nível de deformação do reforço com FRP


bi = deformação inicial da seção devido as cargas instaladas no ato do reforço
𝜀𝑏𝑖 = ? 𝐸𝑠 = 210GPa
𝐸𝑐 = 4700 𝑓𝑐´
Exemplo – Técnica EBR

Nível de deformação do reforço com FRP


bi = deformação inicial da seção devido as cargas instaladas no ato do reforço
𝜀𝑏𝑖 = ? 𝐸𝑐 = 4700 𝑓𝑐´ 𝐸𝑠 = 210GPa
n=
W AP, W SOB
B=

58 cm
61 cm
7,315 m 30 cm

kd =

k=

Icr =
Exemplo – Técnica EBR

Proposta de reforço
Propõe-se que a viga seja reforçada com o sistema EBR-CFRP composto por laminados
abaixo descrito:

Espessura por camada, tf 1,27 mm


Resistência última à tração da manta, ffu* 2620 MPa
Extensão de ruptura, εfu* 17‰
Módulo de elasticidade, Ef 154 GPa
30 cm

W AP, W SOB

61 cm
58 cm
7,315 m
1 laminado de CFRP
50 x 1,27 mm2
Exemplo – Técnica EBR

Nível de deformação do reforço com FRP

𝜀𝑏𝑖 = ?

k = 0,326
Ec = 27606,25𝑀𝑃𝑎

WAP = 98 kN.m = 98.000.000,00 N.mm


df = 610mm (ou 610,635mm - até o CG do sistema de reforço)
Dimensionamento

A partir deste instante o problema será resolvido com a utilização das


recomendações da norma ACI 440.2R (2017).
1º passo: Estimativa da tensão e deformação última do laminado de
CFRP, interno
Dimensionamento

2º passo: Determinação da deformação máxima permitida no FRP


Início do dimensionamento do sistema de reforço
Dimensionamento

3º passo: Determinação da deformação efetiva que pode ser


atingida pelo reforço de FRP

Arbitrando-se c
Uma estimativa inicial razoável de c é 0,20d.
Dimensionamento

3º passo: Determinação da deformação efetiva que pode ser


atingida pelo reforço de FRP

Como a tensão de dimensionamento é maior do que a tensão de ruptura, o


esmagamento do concreto controla o dimensionamento do sistema FRP.

𝑓𝑒 = 12,24‰ > 5,44‰


Dimensionamento

3º passo: Determinação da tensão efetiva que pode ser atingida


pelo reforço de FRP

𝑓𝑒 = 5,44‰

𝑓𝑓𝑒 =?
Lei de Hooke
Dimensionamento

4º passo: Determinação da deformação no aço


Dimensionamento

4º passo: Determinação da deformação no concreto

A deformação no concreto também pode ser calculada pela seguinte formulação:


Dimensionamento

5º passo: Verificação de c

𝐸𝑐 = 4700 𝑓𝑐´
Dimensionamento

5º passo: Verificação de c
Dimensionamento

3º passo: Determinação da deformação efetiva que pode ser


atingida pelo reforço de FRP

Arbitrando-se c
c= 14,72 cm

61𝑐𝑚 − 14,72𝑐𝑚
𝑓𝑒 = 3‰ − 0,54‰ ≤ 5,44‰
14,72𝑐𝑚

𝑓𝑒 = 8,89‰ < 5,44‰


Portanto,
𝑓𝑒 = 5,44‰
Dimensionamento

3º passo: Determinação da deformação efetiva que pode ser


atingida pelo reforço de FRP

Como a tensão de dimensionamento é maior do que a tensão de ruptura, o


esmagamento do concreto controla o dimensionamento do sistema FRP.

𝑓𝑒 = 8,89‰ > 5,44‰


Dimensionamento

3º passo: Determinação da tensão efetiva que pode ser atingida


pelo reforço de FRP

𝑓𝑒 = 5,44‰

𝑓𝑓𝑒 =?
5,44‰. 154𝐺𝑃𝑎 = 837,76𝑀𝑃𝑎
Dimensionamento

4º passo: Determinação da deformação no aço


Dimensionamento

4º passo: Determinação da deformação no aço

58 − 14,72
𝜀𝑠 = (5,44‰ + 0,54‰)
61 − 14,72 Portanto, aço escoando!
𝜀𝑠 = 5,59‰ 𝑓𝑠 = 500𝑀𝑃𝑎
Por semelhança de triângulos, 𝑐
encontra-se a deformação no concreto
14,72𝑐𝑚
5,59‰ 𝜀𝑐
=
43,28 14,72
5,59‰ 43,28𝑐𝑚
𝜀𝑐 = 1,90‰
Dimensionamento

4º passo: Determinação da deformação efetiva no concreto

A deformação no concreto também pode ser calculada pela seguinte formulação:


Dimensionamento

4º passo: Determinação da deformação efetiva no concreto

A deformação no concreto também pode ser calculada pela seguinte formulação:

14,72
𝜀𝑐 = (5,44‰ + 0,54‰)
61 − 14,72
𝜀𝑐 = 1,9‰
Dimensionamento

5º passo: Verificação de c

𝐸𝑐 = 4700 𝑓𝑐´
Dimensionamento

5º passo: Verificação de c

4.2,1‰ − 1,9‰
𝛽1 = = 0,738
6.2,1‰ − 2.1,9‰

1 = (3.2,1‰.1,9‰ -1,9‰2)/3.0,738. 2,1‰2= 0,856

34,5𝑀𝑃𝑎
𝜀𝑐´ = 1,71. = 0,0021 = 2,1‰
27606,25𝑀𝑃𝑎
𝐸𝑐 = 4700 𝑓𝑐´ = 4700 34,5𝑀𝑃𝑎 = 27606,25𝑀𝑃𝑎
Dimensionamento

5º passo: Verificação de c

500𝑁 + 2. 837,76𝑁
1800𝑚𝑚2. 63,5𝑚𝑚
𝑐= 𝑚𝑚2 𝑚𝑚2 = 145,7𝑚𝑚
0,856.34,50𝑁/𝑚𝑚2.0,738.300𝑚𝑚

Como c calculado é diferente do c inicial


14,6cm = 14,7 cm
Convergiu!!!!
Dimensionamento

6º passo: Contribuição do aço e reforço para a flexão


Dimensionamento

6º passo: Contribuição do aço e reforço para a flexão

𝑀𝑛 =
Exemplo – Técnica EBR

Ação/Momento Ações existentes Novas ações


Ações permanentes, WAP 14,6 kN/m 14,6 kN/m
Momento devido a WAP 98 kN.m 98 kN.m
Sobrecargas, Wsob 17,5 kN/m 29,75 kN/m
Momento devido a Wsob 117 kN.m 198,99 kN.m
Cargas não majoradas (WAP+Wsob) 32,1 kN/m 44,35kN/m
Serviço 214 kN.m 296,64 kN.m
Combinação viga de referência ------- 38,37 kN/m
(1,1WAP+0,75Wsob)) 256,66 kN.m
Cargas majoradas (1,2WAP+1,6Wsob)) 45,5 kN/m 65,12 kN/m
305 kN.m 435,56 kN.m
Dimensionamento

7º passo: Verificação das tensões em serviço na armadura de aço e


no FRP
Dimensionamento

7º passo: Verificação das tensões em serviço na armadura de aço e


no FRP

𝐴𝑠
𝜌𝑠= = 𝐸𝑐 = 27,60𝐺𝑃𝑎
𝑏. 𝑑
𝐸𝑠 = 210𝐺𝑃𝑎 𝑑 = 0,58𝑚
𝐴𝑓 𝑑𝑓 = 0,61𝑚
𝜌𝑓 = = 𝐸𝑓 = 154𝐺𝑃𝑎
𝑏. 𝑑
Dimensionamento

7º passo: Verificação das tensões em serviço na armadura de aço e


no FRP

𝑘= 0,078 + 0,0020 2 + 2(0,078 + 0,0021) − (0,078 + 0,0020)

𝑘 = 0,328 𝑘𝑑 = 0,328.580=190,24mm

𝐴𝑠 18𝑐𝑚2
𝜌𝑠= = = 0,0103 𝐸𝑐 = 27,60𝐺𝑃𝑎
𝑏. 𝑑 30𝑐𝑚𝑥58𝑐𝑚
𝐸𝑠 = 210𝐺𝑃𝑎 𝑑 = 0,58𝑚
𝐴𝑓 63,5𝑚𝑚2 𝑑𝑓 = 0,61𝑚
𝜌𝑓 = = = 0,00036 𝐸𝑓 = 154𝐺𝑃𝑎
𝑏. 𝑑 300𝑚𝑚𝑥580𝑚𝑚
Dimensionamento

7º passo: Verificação das tensões em serviço na armadura de aço e


no FRP

Ms = Cargas não majoradas (WAP+Wsob)


Exemplo – Técnica EBR

Ação/Momento Ações existentes Novas ações


Ações permanentes, WAP 14,6 kN/m 14,6 kN/m
Momento devido a WAP 98 kN.m 98 kN.m
Sobrecargas, Wsob 17,5 kN/m 29,75 kN/m
Momento devido a Wsob 117 kN.m 198,99 kN.m
Cargas não majoradas (WAP+Wsob) 32,1 kN/m 44,35kN/m
Serviço 214 kN.m 296,64 kN.m
Combinação viga de referência ------- 38,37 kN/m
(1,1WAP+0,75Wsob)) 256,66 kN.m
Cargas majoradas (1,2WAP+1,6Wsob)) 45,5 kN/m 65,12 kN/m
305 kN.m 435,56 kN.m
Dimensionamento

7º passo: Verificação das tensões em serviço na armadura de aço e


no FRP

𝑀𝑠 = 296,64 kN.m = 296640000N.mm (Cargas não majoradas (WAP+Wsob))


𝑘𝑑
𝜀𝑏𝑖 . 𝐴𝑓. 𝐸𝑓 𝑑𝑓 − 3
= 0,00054.63,50𝑚𝑚2.1540000N/mm2.(610-190,24mm/3)
=2886338347
(𝑑 − 𝑘𝑑). 𝐸𝑠 = (580 − 190,24). 210000N/mm2=81849600
𝑘𝑑
𝐴𝑠. 𝐸𝑠 𝑑 − 𝑑 − 𝑘𝑑 = 1800.210000MPa.(580-190,24/3) .(580-190,24)=7,61.1013
3
𝑘𝑑
𝐴𝑓. 𝐸𝑓 𝑑𝑓 − 3
𝑑𝑓 − 𝑘𝑑 =63,5.154000MPa.(610-190,24/3) .(610-190,24)= 2,24.1012

𝑓𝑠, 𝑠 = 312,74 𝑀𝑃𝑎


Dimensionamento

7º passo: Verificação das tensões em serviço na armadura de aço e


no FRP
Dimensionamento

7º passo: Verificação das tensões em serviço na armadura de aço e


no FRP
Dimensionamento

Valores limites de tensão para ações de longa duração e


de fadiga
Assim, para se evitar que um elemento reforçado com FRP rompa devido à
atuação de ações de longa duração, devem-se adotar limites para os
valores de tensão no FRP quando submetidos a este tipo de condições.
O valor da tensão no FRP, ffs , pode ser obtido segundo análise elástica e
aplicando o momento que resulta das ações quase permanentes
(permanentes mais parte da sobrecarga) e da ação cíclica.
Os valores destas tensões devem ficar limitados aos abaixo indicados:
Dimensionamento

𝑐

𝑘𝑑

?‰ ?
Programa experimental

Levantar a capacidade portante do elemento atual e após a aplicação do sistema


de reforço.
A viga possui dimensões de 12x20x250 cm, vão livre entre os apoios de 230 cm e
concreto com resistência a compressão de 28,5 MPa (d=17,5cm).
As vigas de concreto armado foram produzidas com armadura longitudinal
composta por 2 barras de aço CA-50 com diâmetro de 10mm (taxa de armadura
longitudinal de 0,75%).

F
20

10 115 115 10
250
17,50
20,00

1,5

2Ø6.3mm
2Ø10.0mm

12 24Ø5.0mm c/ 10cm
Programa experimental

No reforço foi utilizada manta de fibra de carbono, aplicada em 1 camada, com


módulo de elasticidade de 248 GPa, resistência a tração de 3150 MPa,
deformação última de 1,28%, espessura de 0,176mm e largura de 11cm.

Estimativa
c = 4,82 cm

Camada de CFRP Largura da manta de CFRP


(11 cm)
15 220 15
Dimensionamento
– Técnica EBR

Esta etapa de verificação seguirá as recomendações da ABNT NBR


6118 (ABNT, 2014) e ACI 318 (2019).

1º passo: Levantamento da real capacidade portante do elemento


frente a geometria e materiais existentes

2º passo: Determinação da deformação no concreto tracionado (𝜺𝒃𝒊 )


Iniciaremos a resolução do problema proposto determinando a
deformação da viga frente somente ao seu peso próprio.
Dimensionamento

45

40

35

30
Força (KN)

25
ACI 318 (2014)
20
NBR 6118 (2014)
15

10

5 V1_REF_0
V2_REF_0
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento (mm)
Exemplos – Técnica EBR

Propõe-se que a viga seja reforçada com o sistema FRP abaixo descrito. O sistema curado
“in situ” (manta) é constituído por uma camada de manta unidirecional de 110 mm de
largura por 220 mm de comprimento.
Espessura por camada, tf 0,176 mm
Resistência última à tração da manta, ffu* 3150 MPa
Extensão de ruptura, εfu* 12,8 ‰
Módulo de elasticidade, Ef 248 GPa
Dimensionamento

45

40

35
ACI 440,2R(2017)
30
Força (KN)

25
ACI 318 (2014)
20
NBR 6118 (2014)
15

10 V1_REF_0
V2_REF_0
5 V1_REF_CFRP
V2_REF_CFRP
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento (mm)
Viga de referência (sem reforço): 27kN
Viga reforçada com 1 camada de manta:
41kN
MODOS DE RUPTURA (Cont.)
MODOS DE RUPTURA (Cont.)
Pesquisa

TCC: Influência do uso de FRPs no reforço à flexão de vigas de


concreto armado
De Oliveira (2017)

Resumo das configurações de reforço


Pesquisa
Pesquisa
Pesquisa

GFRP
Incremento de capacidade de carga com a utilização de compósitos de CFRP

160
140
120
100
IR (%)

80
60
20MPa
40
30MPa
20
40MPa
0
0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3
s,eq (%)
F
Pesquisa

20
Para a viga experimentalmente analisada...

24
10 115
23
250
22

21

17,50
20,00

1,5
Mu (kN.m)

20
12
19
1 camada
18 2 camadas
3 camadas
17 4 camadas
5 camadas
16
0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3
Taxa de armadura equivalente (%)
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

Da mesma forma que utilizamos estribos metálicos para resistir ao


corte nas estruturas de concreto, o reforço ao cisalhamento pode ser
obtido com a aplicação de mantas ou laminados de FRP, os quais
funcionarão como estribos adicionais.

Neste curso, somente o dimensionamento proposto pela norma ACI


440.2R (2017) será abordado.
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R
Esquemas de envolvimento das peças
Os compósitos de FRP podem ser aplicados nas estruturas de
concreto armado segundo três esquemas de envolvimento:

(Envolvimento (Envolvimento (Colagem


Completo) Em “U”) lateral)
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R
Resistência nominal da peça
Segundo a ACI 440.2R, com base nas recomendações apresentadas
na ACI 318, a resistência do sistema de reforço deve ser calculada
multiplicando-se a resistência nominal por um fator de redução, tal
como apresentado na expressão abaixo apresentada:
=0,75 for shear

A capacidade nominal resistente de uma peça reforçada é determinada


pela soma de três parcelas distintas:

Vc = resistência do concreto ao cisalhamento


Vs = resistência da armadura transversal
Vf = resistência ao corte do sistema compósito, onde ainda deve ser
considerada a utilização de um coeficiente de redução (f), o qual depende
do esquema de envolvimento da seção.
Vn = Vc + Vs + f V f Vu =   (Vc + Vs + f Vf )
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R
Resistência nominal da peça
Coeficiente de redução (f)

(Envolvimento (Envolvimento (Colagem


Completo) Em “U”) lateral)
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 318
Dimensionamento ao cisalhamento
Segundo a ACI 318 (2019), Vc e Vs são calculados utilizando as seguintes
expressões:

𝑉𝑐 = 0,17. 𝑓𝑐´ . 𝑏𝑤 . 𝑑

𝐴𝑠 . 𝑓𝑦𝑡 . 𝑑
𝑉𝑠 =
𝑠
Dimensionamento ao
cisalhamento – NBR 6118

Verificação da ruptura por tração diagonal


(armadura transversal + mecanismos complementares)
• Parcela resistida pelos mecanismos complementares:

Vc = 0,6 ⋅ fctd ⋅ bw ⋅ d
na flexão simples com a linha neutra cortando a seção;

Lembrando que:
2Τ3
fctk,inf 0,7. fctm 0,7 ⋅ 0,3 ⋅ fck Τ
2 3
fctd = = = = 0,15 ⋅ fck
γc 1,4 1,4

com fck e fctd em MPa.


Dimensionamento ao ABNT NBR 6118:2014
cisalhamento – NBR 6118

Verificação da ruptura por tração diagonal


(armadura transversal + mecanismos complementares)
• Parcela resistida pela armadura transversal
Asw
Vsw = ⋅ 0,9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ senα + cosα
s
No caso de estribos verticais:
Asw
𝛼 = 90° → Vsw = ⋅ 0,9 ⋅ d ⋅ fywd
s
s: espaçamento entre estribos
Asw: área de armadura transversal
fywd: tensão na armadura transversal passiva, limitada ao valor fyd no caso de estribos
e a 70% desse valor no caso de barras dobradas, não se tomando, para ambos os
casos, valores superiores a 435 MPa;
: inclinação da armadura transversal, podendo ser 45º    90º.
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

Contribuição do sistema de reforço


A resistência ao cisalhamento devido a utilização de um sistema de reforço
pode ser calculada pela determinação da força resultante das tensões de
tração no sistema, o qual é aplicado sobre a fissura presumida.
Afv  f fe  ( sen + cos )  d fv
Vf =
sf
onde:
Afv = 2  n  t f  wf

d
h

dfv

bw wf sf
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

Nível de deformação do reforço com FRP


A deformação máxima efetiva que pode ser desenvolvida pelo sistema
compósito é definida pelo modo de ruptura do reforço e do elemento
de concreto armado reforçado.

Elementos completamente envoltos


A perda de coesão interna dos agregados ocorre antes
que a deformação das fibras atinja sua deformação
máxima admissível. Assim, para se prevenir esta
ocorrência, foi determinado um limite máximo de
deformação para dimensionamento:
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

Nível de deformação do reforço com FRP


Envolvimento de dois ou três lados
Neste caso, observou-se que o sistema
FRP se delamina do substrato de concreto
antes da perda de coesão interna dos
agregados.
Desta forma, é preciso que se analise as
tensões na resina de modo a se verificar o
limite de utilização e o nível de deformação
efetiva que se pode ser considerado.
Assim, a deformação efetiva para estes casos pode ser determinada por:

O coeficiente de redução (kv) é definido em função da resistência do concreto, do


sistema de envolvimento (2 ou 3 lados) e da espessura da manta ou do laminado
utilizado.
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

Nível de deformação do reforço com FRP


Envolvimento de dois ou três lados

O comprimento colado ativo (Le) é aquele sobre o qual é mantida a maior parte das
tensões do adesivo, expresso por:

Os outros dois coeficientes (k1 e k2) levam em consideração a resistência do


concreto (k1) e o sistema de envolvimento da seção (k2) e são dados por:
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

Espaçamento entre laminados ou mantas de FRP


Segundo a ACI 440.2R (2017), o espaçamento (𝑠𝑓 ) não deve exceder a:
𝑑
𝑠𝑓 ≤ + 𝑤𝑓
4

Limite do reforço
A resistência total ao cisalhamento devido a aplicação do sistema de reforço com
FRP, em junção com a resistência devido aos estribos metálicos, é dada pela
seguinte Equação:
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R
Uma viga existente de concreto armado, com fc 20,7N/mm2, está localizada na
parte interior de um edifício de escritórios. Uma análise inicial indica que esta viga
resiste bem aos esforços de flexão, entretanto, apresenta problemas ao
cisalhamento. Baseado no dimensionamento, verificou-se que Vc=196,6kN e Vs =
87,2 kN. Segundo o ACI 318 (2019), a capacidade resistente atual é
0,75.(196,6+87,2) = 212,85 kN.
Entretanto, espera-se que a viga resista, ao cisalhamento, 253,5kN.
Assim, considerando-se o uso de mantas de CFRP com espessura de 0,165 mm,
tensão e deformação máximas de 3790 MPa e 0,017mm/mm, respectivamente,
dimensione o sistema de reforço com FRPs. d= 559 mm
dfv= 406 mm

wf sf
254 mm 305 mm
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

1º passo: Estimativa da tensão e deformação última do compósito


de CFRP, interno
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

2º passo: Determinação do comprimento colado ativo (Le) e kv

O comprimento colado ativo (Le) é aquele sobre o qual é mantida a maior parte das
tensões do adesivo, expresso por:

Os outros dois coeficientes (k1 e k2) levam em consideração a resistência do


concreto e o sistema de envolvimento da seção, respectivamente, e são dados por:
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

3º passo: Determinação da deformação efetiva

Assim, a deformação efetiva para colagem em U pode ser determinada por:


Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R
4º passo: Determinação da contribuição do reforço de FRP
A resistência ao cisalhamento devido a utilização de um sistema de reforço
pode ser calculada pela determinação da força resultante das tensões de
tração no sistema, o qual é aplicado sobre a fissura presumida.
Afv  f fe  ( sen + cos )  d fv
Vf =
sf
onde:
Afv = 2  n  t f  wf

d
h

dfv

bw wf sf
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

5º passo: Cálculo da resistência ao esforço cortante

=0,75 for shear


Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

1º passo: Estimativa da tensão e deformação última do compósito


de CFRP

Como temos manta de CFRP e viga


com exposição interior :

𝑓𝑓𝑢 = 𝐶𝐸 𝑓𝑓𝑢

𝑓𝑢 = 𝐶𝐸 ∗𝑓𝑢
Mantas de CFRP com espessura de
0,165 mm, tensão e deformação máximas
de 3790 MPa e 0,017mm/mm,
respectivamente.
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

2º passo: Determinação do comprimento colado ativo (Le)

O comprimento colado ativo (Le) é aquele sobre o qual é mantida a maior parte das
tensões do adesivo, expresso por:

Os outros dois coeficientes (k1 e k2) levam em consideração a resistência do


concreto e o sistema de envolvimento da seção, respectivamente, e são dados por:

d= 559 mm
dfv= 406 mm
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

3º passo: Determinação da deformação efetiva

Assim, a deformação efetiva para estes casos pode ser determinada por:
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

4º passo: Determinação da contribuição do reforço de FRP

d= 559 mm
dfv= 406 mm
d= 559 mm
dfv= 406 mm

Mantas de CFRP com espessura de


0,165 mm, tensão e deformação máximas
de 3790 MPa e 0,017mm/mm,
wf sf
respectivamente. 254 mm 305 mm
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

5º passo: Cálculo da resistência ao esforço cortante Vu≥ 253,5kN


Vc=196,6kN
Vs = 87,2 kN

=0,75 for shear


Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

Espaçamento entre laminados ou mantas de FRP


Segundo a ACI 440.2R (2017), o espaçamento (𝑠𝑓 ) não deve exceder a:
𝑑
𝑠𝑓 ≤ + 𝑤𝑓
4

d= 559 mm
dfv= 406 mm
bw = 454mm

d= 559 mm
dfv= 406 mm

wf sf
254 mm 305 mm
Dimensionamento ao
cisalhamento – ACI 440.2R

Vc=196,6kN
Limite do reforço Vs = 87,2 kN
A resistência total ao cisalhamento devido a
aplicação do sistema de reforço com FRP, em
junção com a resistência devido aos estribos

d= 559 mm
metálicos, é dada pela seguinte Equação:

dfv= 406 mm
bw = 454mm

d= 559 mm
dfv= 406 mm

wf sf
254 mm 305 mm
Concreto ou argamassa reforçada com material
têxtil (TRC/TRM)
A aplicação de materiais compósitos à base de resinas poliméricas e fibras no
reforço de estruturas de concreto armado se tornou uma técnica bastante
difundida nos últimos tempos.

O uso dos compósitos reforçados com fibras de carbono, ou outros tipos de


fibras sintéticas, se consolidou pelas suas excelentes características, tais como
elevada resistência, baixo peso, resistência à corrosão, etc.

Este material, na forma de mantas, tecidos ou laminados, é colado no substrato


de concreto com o uso de adesivos à base de epóxi, que apresentam algumas
desvantagens baixa permeabilidade, baixa compatibilidade térmica em relação
ao concreto, baixa resistência ao fogo, etc.

Para evitar alguns desses problemas, um sistema compósito à base de tecidos


ou malhas de fibras sintéticas coladas na superfície de concreto com argamassa
de cimento pode ser usado.
Concreto ou argamassa reforçada com material
têxtil (TRC/TRM)
Concreto ou argamassa reforçada com material
têxtil (TRC/TRM)
Concreto ou argamassa reforçada com material
têxtil (TRC/TRM)
GFRP
RECOMENDAÇÕES DE DIMENSIONAMENTO DO REFORÇO À FLEXÃO
SEGUNDO A NORMA ACI 549.4R (2020)

Segundo a norma ACI 549.4R (2020), o diagrama tensão versus deformação


idealizado do Textile Reinforced Concrete (TRC) apresenta comportamento típico à
tração tal como o apresentado na Figura.

Pela análise da Figura percebe-se


f fu
que um corpo de prova tracionado
apresenta comportamento bi-
Tensão

Ef
linear.

f ft
Ef *

ft fu
Deformação
Tensão versus deformação do TRC

f fu
Tensão

Ef
f (0, 90  f fu − 0, 60  f fu )
Ef = =
 ( f0,90 f −  f0,60 f )
fu fu

f ft
Ef *

ft fu
Deformação
Fonte: Adaptado de ACI 549.4R (2020)
FILOSOFIA DE PROJETO

Segundo a norma ACI 549.4R (2020), o dimensionamento do reforço à flexão


com TRCs aderidos ao substrato de concreto é baseado nas seguintes
premissas:

(a) seções planas antes do carregamento permanecem planas após o


carregamento;

(b) não há escorregamento entre o reforço externo e o substrato de concreto,


caracterizando uma aderência perfeita entre os materiais;

(c) a deformação máxima permitida no concreto comprimido é de 3 ‰; e

(d) o TRC apresenta comportamento bi-linear e somente o segundo trecho


(fissurado) é utilizado no dimensionamento.
Tensão versus deformação do TRC

f fu
Tensão

Ef

f ft
Ef *

ft fu
Deformação
Fonte: Adaptado de ACI 549.4R (2020)
ESTADO LIMITE ÚLTIMO DA SEÇÃO REFORÇADA

A deformação efetiva (  fe ) do TRC deve ser limitada com o uso da


Equação 1, onde  fd e  fu são as deformações de dimensionamento e
última obtidas no ensaio de caracterização do material,
respectivamente.
 fe =  fd =  fu  0,012 (1)

Devido ao comportamento elástico-linear do TRC fissurado, a tensão


efetiva ( f fe ) pode ser determinada pela Lei de Hooke, como mostra a
Equação 2.

f fe =  fe  E f ,onde  fe   fd (2)
ESTADO LIMITE ÚLTIMO DA SEÇÃO REFORÇADA

O momento resistente de cálculo ( M u ) é calculado com o uso das


Equações 3 e 4, onde momento nominal resistente ( M n ), obtido pela
contribuição da armadura existente ( M s ) e pelo reforço ( M f ), é
multiplicado pelo fator de redução (  m ).
M u = m .M n (3)

(4)
Mn = Ms + M f
Segundo as normas ACI 318 e ACI 562, o fator de redução (  m ) é dado
pela Equação 5.
 0,90 para  s  0, 005

 0, 25  ( s −  sy ) (5)
m = 0, 65 + para  sy   s  0, 005
 0, 005 −  sy
 0, 65 para  s   sy

TENSÃO NO AÇO E NO TRC

A tensão no aço sob as cargas de serviço ( f s , s ) é determinada com o uso


da Equação 6, a qual é baseada na análise da seção fissurada de concreto
armado reforçada. Recomenda-se que a tensão de serviço encontrada
para o aço deva ser limitada em 80 % de sua tensão característica de
escoamento ( f y ).
f s ,s  0,80  f y (6)

Já a tensão no aço sob carregamento cíclico ( f sf ) deve ser limitado a 65 %


de sua tensão característica de escoamento do aço existente ( f y), tal como
apresentado na Equação 7.
f sf  0,65  f y (7)
Já a tensão no reforço de TRC sob as cargas de serviço ( f f , s ) deve
obedecer aos limites impostos para cada tipo de material de acordo com o
indicado na Tabela 1 (ACI 549.4R, 2020).
Carga de serviço e tensão cíclica limite para o reforço com FRPs
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

A face inferior do tabuleiro de uma ponte está seriamente danificada


devido à corrosão, com destacamento de cobrimento de concreto (50
mm) e perda de seção de armadura longitudinal de 15 %. O
reparo/reforço será realizado com o uso da técnica TRC, com
posicionamento do material de reforço e posterior projeção de concreto
para recomposição do cobrimento. Pergunta-se: qual a capacidade
resistente do elemento após a aplicação da técnica TRC?
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

A Figura apresenta a geometria original do elemento a ser analisado,


o qual possui concreto com resistência a compressão de 34,5 MPa e
área de armadura de 1322mm2/m, constituída por aço com módulo de
elasticidade de 200 GPa e tensão de escoamento de 414 MPa.
254
196

Ø 16mm c/15,2 cm
TRC
Pede-se:
- Capacidade resistente da estrutura original sem corrosão
- Capacidade resistente da estrutura original com corrosão (15 %)
- Dimensionamento do reparo/reforço segundo a técnica TRC
fc’= 34,5 MPa As = 1322mm2/m
Es = 200 GPa fy = 414 MPa

- Capacidade resistente da estrutura original sem corrosão


Dimensionamento à flexão – ACI 318
fc’= 34,5 MPa As = 1322mm2/m
Es = 200 GPa fy = 414 MPa

- Capacidade resistente da estrutura original com corrosão (15 %)

As =
Dimensionamento à flexão – ACI 318
- Dimensionamento do reparo/reforço segundo a técnica TRC
O TRC a ser utilizado será aplicado na largura unitária (1000 mm), apresentando
A f de 0,046 mm2/mm, E f de 124 GPa e deformação última de 7,2 ‰.
Considerar o uso de duas camadas ( n = 2 ), com Af = 92mm. 2

- Determinação da deformação efetiva ( fe ) do TRC


 fe =  fd =  fu  0,012

- Determinação da deformação efetiva ( f fe ) do TRC

f fe =  fe  E f ,onde  fe   fd
O dimensionamento da técnica TRC à flexão segue mesma metodologia
apresentada na norma ACI 440.2R (2017). Para dar início ao
dimensionamento, arbitra-se uma posição inicial para a posição da linha
neutra (c).

Neste exemplo, a deformação pré-existente no concreto no momento da


instalação do reforço será desprezada.
 bi = 0‰

- Determinação da tensão e deformação no aço e no concreto

 d −c 
 s = ( fe +  bi )  
 d − c 
 f 
 c 
 c = ( fe +  bi )  
 d − c 
 f 

- Determinação dos parâmetros do bloco da compressão


1, 71  f c'
 =
'
c
Ec

4   c' −  c
1 =
6   c' − 2   c

3   c'   c −  c2
1 =
3  1   c'2
fc’= 34,5 MPa As = 1123,7mm2/m
Es = 200 GPa fy = 414 MPa

As  f s + A f  f fe
c=
1  f c'  1  b
Nova tentativa
c = 35,5mm
 bi = 0‰
- Determinação da tensão e deformação no aço e no concreto

 d −c 
 s = ( fe +  bi )  
 d − c 
 f 
 196mm − 35,5mm 
 s = (7, 2‰ + 0‰)    = 5, 29‰
 254mm − 35,5mm 
 c 
 c = ( fe +  bi )  
 d − c 
 f 
 35,5mm 
 c = (7, 2‰ + 0‰)    = 1,17‰
 254mm − 35,5mm 
- Determinação dos parâmetros do bloco da compressão

1, 71  f '
1,71 34,5MPa
 c' = c
 =
'
c = 0,00214 = 2,14‰
Ec 4700 34,5MPa
4   c' −  c 4  2,14‰ − 1,17‰
1 = 1 = = 0,703
6   c' − 2   c 6  2,14‰ − 2 1,17‰

3   c'   c −  c2 3  2,14‰ 1,17‰ − (1,17‰) 2


1 = 1 = = 0, 636
3  1   c'2 3  0, 703  (2,14‰) 2

As  f s + A f  f fe
c=
1  f c'  1  b
1123, 7mm2  414 N / mm2 + 92mm2 892,8 N / mm2
c= = 35,5mm
0, 636  34,5 N / mm  0, 703 1000mm
2
fc’= 34,5 MPa As = 1123,7mm2/m
Es = 200 GPa fy = 414 MPa

ESTADO LIMITE ÚLTIMO DA SEÇÃO REFORÇADA

  c    c 
M n = Fs   d − 1  + Ff  d f − 1 
 2   2 

Segundo as normas ACI 318 e ACI 562, o fator de redução é dado por:
 0,90 para  s  0, 005

 0, 25  ( s −  sy )
m = 0, 65 + para  sy   s  0, 005
 0, 005 −  sy
 0, 65 para  s   sy

M u = m .M n
RECOMENDAÇÕES DE DIMENSIONAMENTO DO REFORÇO AO
CISALHAMENTO SEGUNDO A NORMA ACI 549.4R (2020)

Segundo a norma ACI 549.4R (2020), dois diferentes arranjos podem ser
utilizados para o reforço externo ao cisalhamento com FRPs, tais como os
apresentados na Figura .

dfv=d
d
h

h
dfv=d-t

TRC TRC
Segundo a norma ACI 549.4R (2020), a deformação de tração máxima do

compósito ( fv ) é o menor valor obtido na análise apresentada na 1, na qual  fu
é a deformação última do material.
 4‰
 fv   (1)
  fu

Já a tensão de dimensionamento da TRC ( f fv ) é calculada por meio da


Equação 2, na qual é o do módulo de elasticidade do TRC fissurado.

f fv =  fv  E f
(2)
Segundo a norma ACI 549.4R (2020), a capacidade resistente ao
cisalhamento ( Vn ) com o uso de sistema de reforço TRC é baseada nas
normas ACI 318 (2019) e ACI 562 (2013) e é obtido pela soma da
parcela oriundas do concreto e mecanismos complementares (Vc ), da
parcela resistida pela armadura transversal existente (Vs ) e, também, da
parcela fornecida pelo compósito TRC (Equação 3). Assim, a capacidade
resistente é obtida pela incidência do fator de redução v sobre Vn , tal
como apresentado na Equação 4. Segundo as normas ACI 318 (2019) e
ACI 562 (2013), v possui o valor de 0,75.

Vn = Vc + Vs + V f (3)

Vu = v  (Vc + Vs + V f ) (4)
A capacidade resistente ao cisalhamento obtida com o uso de um
sistema de reforço TRC ( V f ) pode ser calculada pela determinação da
força resultante das tensões de tração no sistema, tal como o
apresentado na Equação 5, na qual n é o número de camadas, Af é a
área da grelha por largura unitária que efetivamente atua ao
cisalhamento e d fv é a altura útil do material de reforço (do ponto de início
da colagem até o centro de gravidade da armadura longitudinal
existente).

V f = n  Af  f fv  d fv (5)
A capacidade resistente máxima recomendada ao cisalhamento é obtida
pela somatória da parcela do sistema de reforço TRC (V f ) com a parcela
resistente da armadura transversal existente ( Vs ), e deve ser menor que
o especificado na Equação 6.

Vs + V f  0, 66  f c'  bw  d (6)
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO (Extraído de ACI 549.4R, 2013)

Uma viga de concreto armado com seção T foi originalmente projetada


para suportar uma força cortante de 200 kN. A inspeção indica que esta
viga apresenta concreto com resistência à compressão de 27,6 MPa
( Vc = 89,9 kN), estribos simples de aço com diâmetro de 10 mm e
espaçados ( s ) a 100 mm (3 m a partir dos apoios) ou 300 mm (restante
do vão), respectivamente, e tensão de escoamento ( f yt ) de 276 MPa, tal
como apresentado na Figura.
101,6
445,5
508

Ø 10 mm c/ 10 cm Ø 10 mm c/ 30 cm

Seção transversal do elemento. Medidas em mm


203
A viga passará por uma ação de aumento de sobrecarga e a análise
indica que, após o reforço, sua capacidade resistente à flexão é
adequada, mas pode não suportar a nova força de cisalhamento de 231
kN. Assim, pede-se:

(a) verificar a capacidade resistente atual e verificar a necessidade de


reforço do elemento ao cisalhamento; e

(b) caso necessário, dimensionar o sistema de reforço com o uso da


técnica TRC.
Vc = 89,9 kN f yt = 276 MPa

(a) verificação da capacidade resistente atual e verificação da


necessidade de reforço do elemento ao cisalhamento

As  f yt  d
Vs =
s

Vu =   (Vc + Vs )
(b) dimensionamento do sistema de reforço com o uso da técnica TRC

As propriedades do sistema de reforço TRC são Af de 0,046 mm2/mm, E f


igual a 124 GPa, tensão ( f fd ) e deformação última ( fu ) de 892,8 MPa e
7,2 ‰, respectivamente.

 4‰
 fv  
  fu
f fv =  fv  E f
d fv = d − t

V f = n  Af  f fv  d fv

101,6
445,5
508
203
Vc = 89,9 kN

Vu = v  (Vc + Vs + V f )
(b) Nova tentativa

V f = n  Af  f fv  d fv d fv = d − t

101,6
445,5
508
203

Vu = v  (Vc + Vs + V f )
Vs + V f  0, 66  f c'  bw  d

Você também pode gostar