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U N I D A D E 7 – B A R R A S N Ã O M E TÁ L I C A S

Dimensionamento de
estruturas com barras não
metálicas de FRP - flexão
C I V 3 1 4 - M AT E R I A I S C O M P Ó S I TO S E N G E N H A R I A C I V I L : D I M E N S I O N A M E N TO D E
E L E M E N TO S C O M B A R R A S N Ã O M E TÁ L I C A S E S I S T E M A S D E R E F O R Ç O

MSc. Amanda Duarte Escobal Mazzú


Introdução

Materiais de boa
qualidade

Estruturas de Dosagem
Manutenções
preventivas concreto armado adequada
duráveis em
ambientes
agressivos

Correta execução
Introdução
• Erros de projeto e execução;
Problemas • Falta de acompanhamento e manutenção;
frequentemente • Utilização de materiais de baixa qualidade;
encontrados • Desconsideração da agressividade do ambiente
no projeto.

Mecanismos relativos ao
concreto, à armadura e à
estrutura (ABNT NBR 6118, 2014).
Introdução
Elevada resistência mecânica

FRP Boa resistência a agentes deNovas


agressividade ambiental
técnicas e materiais

Fiber Reinforced Polymer Magneticamente inertes


Menor massa
Histórico (Tavares, 2006)
Final da 2ª Guerra Mundial

Indústria Naval
Indústria Aeronáutica

“Spitfires” ingleses

Na construção civil:

• Primeira aplicação em meados dos anos 50;


• Pesquisas isoladas nos anos 60 nos EUA e nos anos 70 na Europa e no Japão;
• No final dos anos 80 começaram a atrair investidores e pesquisadores do mundo todo
(motivados pelo aumento dos problemas de corrosão);
Histórico (Tavares, 2006)
• 1987: Pesquisadores japoneses, indústrias
e construtoras e o Ministério da
Construção;

• 1991: Comitês ACI 440 nos EUA – duas


normas (ACI 440.R e ACI 440.1R);

• 1991: BRITE-EURAM Project na Inglaterra;

• 1993: EUROCRETE na Inglaterra – grupo de


pesquisa FIB TG 9.3;

• Década de 90: pesquisas isoladas iniciais


no Brasil (Fortaleza – CE).
Aplicação
• Até a metade dos anos 90, as japoneses já
tinham mais de 100 aplicações de FRP
como armadura;
• Nos anos 2000, a China se tornou a maior
usuária do material;
• Na Europa, a aplicação começou na
Alemanha (ponte rodoviária com FRP
protendido, em 1986);
• No Canadá, com o desenvolvimento da
norma em 2006, foram construídas mais
de 200 pontes com armadura de FRP;
• Nos EUA, foi aplicado FRP como armadura
em pontes, em unidades hospitalares de
ressonância magnética e construções à
beira mar.
Aplicação
Quando utilizar?

Elementos de concreto armado suscetíveis à corrosão por íons cloreto e ataques


químicos;
Elementos de concreto armado que necessite de armadura não metálica devido à
neutralidade magnética;
Alternativa eficaz em termos de custos para revestimentos epoxídicos ou
galvanizados;
Alternativa economicamente viável à armadura de aço inoxidável;
Aplicações que requerem não condutividade térmica;
Em concretos expostos à ambientes marinhos.
Aplicação

Vigas de suporte em contato direto com a água (the Qatar Fertiliser Company)
Aplicação

Reforço de talude
Aplicação

Tabuleiro de pontes
Aplicação

Tabuleiro de pontes
Aplicação

Armadura de GFRP em Dayton, OH, Salem Avenue Bridge, em 1999


Aplicação

Estruturas magneticamente inertes


Aplicação

Parede de proteção com barras de GFRP


Aplicação

Tabuleiro de ponte com armadura de GFRP


Vantagens e Desvantagens
Não sofrem corrosão (maior durabilidade) Menor módulo de elasticidade

Menor massa (1/4 a 1/5 da barra de aço) Maior custo de aquisição

Magneticamente inertes Desempenho em temperaturas elevadas

Inertes a ataques químicos e íons cloretos Comportamento frágil

Resistência à tração superior ao aço Degradação em ambientes alcalinos

Redução do cobrimento de concreto Suscetíveis à umidade (inchamento)


Propriedades
Propriedades
Classificações Carbono Pitch
Carbono
Carbono PAN

Vidro - S

Vidro Vidro - E
Quanto ao Fibras
Basalto Vidro - AR
tipo de fibra
Poliacrílica

Poliaramida (nylon, aramida)


Sintéticas
Polivinílica (vinil)

Outras
Propriedades
Classificações
Epóxi

Poliéster
Resinas
Vinil éster
Quanto ao
Aglomerante das
aglomerante fibras
Outras

Cimento Portland Comum


Cimento
Outros
Propriedades
Classificações

Areada
Lisa
Não areada

Quanto à Vidro-S
Trançada
conformação Vidro-E
superficial Espiral

Deformada Em forma de cordoalha

Dentada

Torcida
Propriedades
• Propriedades mecânicas das fibras, da matriz polimérica e a adesão entre fibras e
matriz são os fatores que mais afetam as propriedades e o desempenho dos
compósitos de FRP.

Matriz polimérica

Resina
Propriedade
Poliéster Éster vinílica Epóxi
Densidade (g/cm³) 1,1 – 1,4 1,1 – 1,3 1,2 – 1,3
Temperatura de transição vítrea (°C) 100,0 110,0 120,0
Resistência à tração (MPa) 34,5 – 103,5 73,0 – 81,0 55,0 – 130,0
Módulo de Elasticidade (MPa) 2,1 – 3,4 3,0 – 3,3 2,8 – 4,1
Alongamento (%) 2,5 6,0 8,0
Propriedades
Fibras

Módulo de Resistência à Deformação


Material
elasticidade (GPa) tração (MPa) última (%)
Alta resistência 215 – 235 3500 – 4800 1,4 – 2,0
Ultra alta resistência 215 – 235 4800 – 6000 2,0 – 2,3
Carbono
Alto módulo 350 – 500 2500 – 3100 0,5 – 0,9
Ultra alto módulo 500 – 700 2100 – 2400 0,2 – 0,4
E 70 1900 – 3000 3,0 – 4,5
Vidro
S 85 – 90 3500 – 4800 4,5 – 5,5
Baixo módulo 70 – 80 3500 - 4100 4,3 – 5,0
Aramida
Alto módulo 115 – 130 3500 – 4000 2,5 – 3,5
Basalto 80 – 90 2500 – 3200 3,0 – 3,5
Propriedades

FRP

Propriedade Aço GFRP CFRP AFRP


Tensão de escoamento (MPa) 276 - 517 - - -
Resistência à tração (MPa) 483 - 1600 483 - 690 600 - 3690 1720 – 2540
Módulo de elasticidade (GPa) 200 35 - 51 120 - 580 41 – 125
Deformação de escoamento (%) 0,14 – 0,25 - - -
Deformação de ruptura (%) 6 - 12 1,2 – 3,1 0,5 – 1,7 1,9 – 4,4
Propriedades

4000
FRP CFRP

AFRP

Tensão (MPa)
3000
• Não apresentam patamar de
escoamento (menor ductilidade);
BFRP
• Comportamento elástico-linear 2000
(ruptura frágil); GFRP
• Menor módulo de elasticidade
(maiores deformações, menor 1000
rigidez e maior fissuração); AÇO
• Anisotropia (capacidade resistente
apenas na direção longitudinal). 0
0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05

Deformação (mm/mm)
Propriedades
FRP

• Tendo em vista as diferenças nas propriedades de barras de aço e de FRP, não é


recomendada uma substituição direta (mesma área de armadura) entre os materiais.

• Se uma substituição direta for utilizada, as seções com armadura de FRP apresentarão
maiores deslocamentos e fissuras em comparação às seções com armadura de aço;

• Cálculo de um diâmetro equivalente em função dos módulos de elasticidade do aço e do


FRP.
Área de aço equivalente
Área de FRP Diâmetro de aço equivalente

A f  Ef Módulo de elasticidade do FRP


   s,eq 2
A s,eq = A s,eq =
Es Módulo de elasticidade do aço 4
Propriedades
FRP
40
V1_LAB_S_45d
35 V2_LAB_S_45d
V1_LAB_GFRP_45d
30 V2_LAB_GFRP_45d
Aço

25

Força (kN)
20 Primeira fissura
Esmagamento do concreto
15 Escoamento do aço
F
10
GFRP

5
LVDT HS100 50257529
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Deslocamento (mm)

Fonte: Mazzú (2020)


Propriedades
FRP

• Compressão: ruptura ligada à microfissuração das fibras e os valores de resistência à


compressão são muito dependentes dos materiais constituintes e do volume de fibras,
sendo difíceis de determinar;

• Cisalhamento: geralmente é mais baixa e dada pelas propriedades da matriz e distribuição


local das tensões, sendo que as barras podem ser facilmente cortadas com serras comuns
em direção perpendicular às fibras;

• Em elementos de concreto armados com FRP a deformação e a abertura de fissuras serão


maiores após o carregamento, quando comparados a um elemento armado com aço na
mesma quantidade, assim o ELS é o condicionante do dimensionamento.
Dimensionamento à flexão
• A substituição de barras de aço por barras de FRP altera comportamentos, logo, os
procedimentos de dimensionamento devem ser adaptados às propriedades da armadura
não metálica;

• O dimensionamento é realizado garantindo-se a segurança contra a ruína e a adequação às


condições de utilização. Assim, apesar do ELS ser o limitante do dimensionamento, este é
realizado com base no ELU;

• Existem normas de dimensionamento desenvolvidas no Japão, EUA (ACI 440.1R, 2015),


Canadá, Europa e Rússia. No Brasil, a Prática Recomendada para Projeto de Estruturas de
Concreto Armado com Barras de FRP elaborada pelo Comitê IBRACON/ABECE 303: Uso de
Materiais não convencionais para Estruturas de Concreto, Fibras e Concreto Reforçado com
Fibras, deve ser lançada em breve.
Dimensionamento (ACI 440.1R, 2015)
Estado Limite Último (ELU) – Fator ambiental de redução

• As propriedades das barras de FRP fornecidas pelo fabricante devem ser consideradas como
propriedades iniciais, sem a inclusão
CE
de efeitos de exposição ambiental a longo prazo. Assim,
estas devem ser reduzidas por um fator que leva em conta o tipo de exposição ambiental (CE).

Condição de exposição Tipo de fibra Fator ambiental de redução (CE)


Carbono 1,0
Concreto não exposto à água e intempéries Vidro 0,8
Aramida 0,9
Carbono 0,9
Concreto exposto à água e intempéries Vidro 0,7
Aramida 0,8
Dimensionamento (ACI 440.1R, 2015)
Estado Limite Último (ELU) – Propriedades mecânicas de projeto

Resistência média à tração


das amostras teste
Desvio padrão

ffu = CE  ffu* f = fu,ave − 3  


*
fu
Resistência à tração de Resistência à tração da barra de FRP dada pelo fabricante ou o
projeto da barra de FRP valor médio obtido experimentalmente para amostras teste

Deformação de ruptura média à


tração das amostras teste
Desvio padrão

 fu = CE   *fu  *fu =  u,ave − 3  


Deformação de ruptura de Deformação de ruptura da barra de FRP dada pelo fabricante ou o
projeto da barra de FRP valor médio obtido experimentalmente para amostras teste
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Modos de ruína

• Barras de FRP não apresentam escoamento, logo a melhor situação de


dimensionamento é a ruína do elemento por esmagamento do concreto na fibra mais
comprimida, pois ainda existe uma ductilidade dada pelo desenvolvimento do
comportamento plástico do concreto antes da ruína;

• A forma mais econômica de dimensionamento é considerada quando o elemento


atinge a ruína balanceada, na qual ocorrem, simultaneamente, a deformação da
armadura e o esmagamento do concreto;

• São três os casos possíveis para a ruína do elemento: ruína governada pelo
esmagamento do concreto, ruína governada pela ruptura da barra e ruína governada
pela ruptura da barra e esmagamento do concreto.
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Hipóteses básicas

• Seções planas permanecem planas após a deformação do elemento;

• Deformação máxima de ruptura do concreto é de 3 ‰;

• A capacidade resistente do concreto à tração não é considerada na resistência do


elemento;

• O comportamento das barras de FRP é elástico linear até a ruptura;

• Existe aderência perfeita entre o concreto e as barras de FRP.


Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Momentos solicitante e resistente

Momento resistente do elemento (dependente do tipo de ruína)


Momento solicitante do elemento “Dead load” – Peso próprio

  Mn  Mu Mu = 1,2 ou 1,4  DL + 1,6  L L


Coeficiente de redução que depende do tipo de ruína “Live load” – Cargas atuantes

• O momento resistente é calculado em função do tipo de ruína que governa o


comportamento do elemento estrutural (esmagamento do concreto, ruptura da
barra de FRP ou ruptura balanceada). Desta forma, primeiramente é necessário
identificar o tipo de ruína.
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Determinação do tipo de ruína

Taxa de armadura balanceada


Área de armadura de FRP
Resistência à compressão do concreto

Af fc' E f   cu
f =  fb = 0,85  1  
bd Altura útil ffu E f   cu + ffu
Deformação máxima de ruptura no concreto
Largura da seção transversal
Taxa de armadura de FRP Módulo de elasticidade da barra de FRP

1 = 0,85 − 0,05 
( fc ' − 27,6 )
6,9
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Determinação do tipo de ruína

• Se  f   fb a ruína é governada pela tração, ou seja, pela ruptura da barra de FRP;

• Se  fb   f  1,4   fb a ruína é balanceada, ou seja, governada pela ruptura da barra de


FRP e esmagamento do concreto atuando de maneira simultânea;

• Se  f  1,4   fb a ruína é governada pela compressão, ou seja, pelo esmagamento do


concreto.

 0,55 →  f   fb
 f
 = 0,3 + 0,25  →  fb   f  1, 4   fb
  fb
 0,65 →  f  1, 4   fb
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Esmagamento do concreto

b f 'c
cu

c a=1.c 0,85.f 'c.b.a

d L.N.

Af
ff Af .ff
f

 a A f  ff f  cu  1  d − a 
Mn = A f  ff   d −  a= =  f = cu   
 2 0,85  fc'  b d−c c  a 
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Esmagamento do concreto

b f 'c
cu

c a=1.c 0,85.f 'c.b.a

d L.N.

Af
ff Af .ff
f

 
(E f   cu )
2
0,85  1  fc'
ff = E f   f ff =  +  E f   cu − 0,5  E f   cu   ffu
 4 f 
 
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Esmagamento do concreto

b f 'c
cu

c a=1.c 0,85.f 'c.b.a

d L.N.

Af
ff Af .ff
f

 f  ff 
Mn = f  ff   1 − 0,59  '   b  d 2

 fc 
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Ruptura da barra de FRP

b f 'c
c
c a=1.cb 0,85.f 'c.b.a
L.N.
d

Af
ffu
fu Af .ffu

• Diagrama de tensões não pode ser aproximado para a forma retangular uma vez
que a deformação máxima de ruptura no concreto não é atingida (  c   cu );
• Incógnitas:  c e a . Análise complexa, logo, é realizado um cálculo conservador e
simplificado.
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Ruptura da barra de FRP

b f 'c
c
c a=1.cb 0,85.f 'c.b.a
L.N.
d

Af
ffu
fu Af .ffu

• O produto 1  c varia dependendo das propriedades  cu 


cb =  d
do material e da taxa de armadura de FRP. O valor  cu +  fu 
máximo deste produto é atingido quando a deformação 1  c b 

máxima do concreto é atingida ( 1  c b ). Mn = A f  ffu   d −
 2 
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Ruptura balanceada
b f 'c
cu

c a=1.c 0,85.f 'c.b.a

d L.N.

Af   cu 
fu
ffu Af .ffu c= d
  cu +  fu 
• É uma forma mais conservadora de considerar a ruptura   a
A f  ffu   d − 
pela barra de FRP. LN é levada a um ponto onde ocorra a 
  2
ruptura simultânea do concreto e da barra. Mn  
• Momento resistente será o menor valor entre o bloco 0,85  fc'  b  1  c   d − a 
  2 
tracionado e o bloco comprimido. 
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Armadura mínima

• Deve ser verificado apenas para o caso de ruína governada pela ruptura da barra de
FRP;

• Utilizada para evitar a ruptura por fissuração do concreto;

• Caso a ruína não seja governada pela ruptura da barra de FRP, a área mínima de
armadura fica automaticamente verificada.

0,41 fc' 2,3


A f,mín = b d  b d
ffu ffu
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Múltiplas camadas ou diferentes tipos de FRP

• Em uma seção com ruína controlada pela tração, as armaduras de aço escoam e,
consequentemente, considera-se que a força de tração atua no centro de gravidade das
barras com magnitude igual à área de armadura vezes a tensão de escoamento do aço;
• Como o FRP não apresenta região plástica, a tensão em cada camada de barras irá
variar em função de sua distância à linha neutra. O mesmo ocorre quando se utiliza
diferentes tipos de FRP em uma mesma seção, uma vez que a tensão nas barras será
diferente;
• Assim, nestes casos, a deformação nas barras de FRP devem ser determinadas por
compatibilidade de deformações e, caso exista falta de informação sobre as distâncias à
linha neutra, deve ser considerada a barra mais distante e não o centro de gravidade;
• Desta forma, a fibra mais distante da linha neutra será a responsável pelo controle da
ruína de todas as camadas.
Dimensionamento à flexão
Estado Limite Último (ELU) – Estimativa da altura da seção

• O ACI 440.1R (2015) recomenda espessuras mínimas para lajes maciças unidirecionais e
vigas, as quais devem ser utilizadas apenas para a concepção inicial do projeto;
• As dimensões dos elementos posteriormente precisam ser revisadas com base nos
limites de deflexões impostos.

Espessura mínima (h)


Ambas as
Elemento Simplesmente Uma extremidade
extremidades Em balanço
apoiado contínua
contínuas
Lajes maciças
L/ 13 L/17 L/22 L/5,5
unidirecionais
Vigas L/ 10 L/12 L/16 L/4
Exemplos
Exemplo 1

Determinar a capacidade resistente à flexão da viga apresentada, utilizando o modelo de


dimensionamento do ACI 440.1R (2015).
25,40
Dados:
• 3 barras de GFRP com diâmetro de 25,4 mm;
• Estribos com diâmetro de 12,7 mm;
34,29

• Resistência à tração da barra de GFRP dada pelo


40,64

fabricante igual a 551,58 MPa;


• Módulo de elasticidade da barra de GFRP dado pelo
fabricante igual a 41,37 GPa;
• Resistência à compressão do concreto igual a 27,6 MPa;
3 Ø 25,4 mm
• Viga localizada no interior de uma edificação.
6,35
Exemplos
Exemplo 1

1) Determinação do fator ambiental de redução:

CE = 0,8

Condição de exposição Tipo de fibra Fator ambiental de redução (CE)


Carbono 1,0
Concreto não exposto à água e intempéries Vidro 0,8
Aramida 0,9
Carbono 0,9
Concreto exposto à água e intempéries Vidro 0,7
Aramida 0,8
Exemplos
Exemplo 1

2) Determinação das propriedades de projeto:

ffu = CE  ffu*

 fu = CE   *fu
Exemplos
Exemplo 1

3) Determinação do modo de ruína:

Af
f =
bd

 fb = 0,85  1 
f '
c

E f   cu
1 = 0,85 − 0,05 
( f
c
'
− 27,6 )
ffu E f   cu + ffu 6,9
Exemplos
Exemplo 1

4) Determinação da tensão na armadura:

 
(E f   cu )
2
0,85  1  fc'
ff =  +  E f   cu − 0,5  E f   cu   ffu
 4 f 
 
Exemplos
Exemplo 1

5) Determinação do momento resistente:

A f  ff
a=
0,85  fc'  b

 a
Mn = A f  ff   d − 
 2
Exemplos
Exemplo 1

5) Determinação do momento resistente:

 0,55 →  f   fb
 f
 = 0,3 + 0,25  →  fb   f  1, 4   fb
  fb
 0,65 →  f  1, 4   fb

  Mn  Mu
Exemplos
Exemplo 2

Determinar a capacidade resistente à flexão da viga apresentada, utilizando o modelo de


dimensionamento do ACI 440.1R (2015).
25,40
Dados:
• 3 barras de GFRP com diâmetro de 15,9 mm;
• Estribos com diâmetro de 12,7 mm;
34,77

• Resistência à tração da barra de GFRP dada pelo


40,64

fabricante igual a 620,53 MPa;


• Módulo de elasticidade da barra de GFRP dado pelo
fabricante igual a 41,37 GPa;
• Resistência à compressão do concreto igual a 27,6 MPa;
3 Ø 15,9 mm • Viga localizada no interior de uma edificação.
5,87
Exemplos
Exemplo 2

1) Determinação do fator ambiental de redução:

CE = 0,8

Condição de exposição Tipo de fibra Fator ambiental de redução (CE)


Carbono 1,0
Concreto não exposto à água e intempéries Vidro 0,8
Aramida 0,9
Carbono 0,9
Concreto exposto à água e intempéries Vidro 0,7
Aramida 0,8
Exemplos
Exemplo 2

2) Determinação das propriedades de projeto:

ffu = CE  ffu*

 fu = CE   *fu
Exemplos
Exemplo 2

3) Determinação do modo de ruína:

Af
f =
bd

 fb = 0,85  1 
f '
c

E f   cu
1 = 0,85 − 0,05 
( f
c
'
− 27,6 )
ffu E f   cu + ffu 6,9
Exemplos
Exemplo 2

4) Determinação do momento resistente:

 cu 
cb =  d
 cu +  fu 

 1  c b 
Mn = A f  ffu   d −
 2 
Exemplos
Exemplo 2

4) Determinação do momento resistente:

 0,55 →  f   fb
 f
 = 0,3 + 0,25  →  fb   f  1, 4   fb
  fb
 0,65 →  f  1, 4   fb

  Mn  Mu
Exemplos
Exemplo 2

5) Verificação da armadura mínima:

0,41 fc' 2,3


A f,mín = b d  b d
ffu ffu
Exemplos
Exemplo 3

Dimensionar a viga de concreto armada com barras de GFRP.

Dados:
• Momento devido às cargas permanentes • Módulo de elasticidade da barra
(D) igual a 75,6 kN.m; de GFRP dado pelo fabricante igual
• Momento devido à carga acidental (L) a 44815,92 MPa;
igual a 47,25 kN.m; • Viga localizada no interior de uma
• Largura da viga de 304,8 mm; edificação;
• Resistência à compressão do concreto • Adotar armadura com diâmetro de
igual a 27,6 MPa; 25,4 mm.
• Resistência à tração da barra de GFRP
dada pelo fabricante igual a 551,58 MPa;
Exemplos
Exemplo 3

1) Determinação do fator ambiental de redução:

CE = 0,8

Condição de exposição Tipo de fibra Fator ambiental de redução (CE)


Carbono 1,0
Concreto não exposto à água e intempéries Vidro 0,8
Aramida 0,9
Carbono 0,9
Concreto exposto à água e intempéries Vidro 0,7
Aramida 0,8
Exemplos
Exemplo 3

2) Determinação das propriedades de projeto:

ffu = CE  ffu*

 fu = CE   *fu
Exemplos
Exemplo 3

3) Determinação da taxa de armadura:

 fb = 0,85  1 
f '
c

E f   cu
1 = 0,85 − 0,05 
( fc ' − 27,6 )
ffu E f   cu + ffu 6,9
Exemplos
Exemplo 3

4) Determinação da tensão na armadura:

 
(E f   cu )
2
0,85  1  fc'
ff =  +  E f   cu − 0,5  E f   cu   ffu
 4 f 
 

 f  ff 
Mn = f  ff   1 − 0,59  '   b  d 2

 fc 
Exemplos
Exemplo 3

5) Determinação do momento resistente:

Mu = 1,2  DL + 1,6  L L

 0,55 →  f   fb
 f
 = 0,3 + 0,25  →  fb   f  1, 4   fb
  fb
 0,65 →  f  1, 4   fb

  Mn  Mu
Exemplos
Exemplo 3

6) Determinação da altura útil:

 f  ff 
Mn = f  ff   1 − 0,59  '   b  d 2

 fc 
Exemplos
Exemplo 3

7) Determinação da armadura necessária:

Af
f =
bd

Af
nº barras =
A f,1barra
Exemplos
Exemplo 4

Dimensionar uma viga de concreto armado com largura de 17,8 cm, vão livre de 3,35 m,
simplesmente apoiada, localizada em um ambulatório médico. Esta viga está submetida
a uma carga permanente (g2) igual a 3,0 kN/m e sobrecarga (q) de 5,8 kN/m. Utilizar
armadura composta por duas barras de GFRP com diâmetro de 16 mm (resistência à
tração de 620,6 MPa, módulo de elasticidade de 44800 MPa e deformação última de
tração igual a 14‰ – dados fornecidos pelo fabricante).

Dados:
• Resistência à compressão do concreto
igual a 27,6 MPa;
• Cobrimento de 38 mm; Considerar:
• Estribos com diâmetro de 9,5 mm. wu = 1,4 (wDL) + 1,6(wLL)
Exemplos
Exemplo 4

1) Estimativa da altura útil:

Espessura mínima (h)


Ambas as
Elemento Simplesmente Uma extremidade
extremidades Em balanço
apoiado contínua
contínuas
Lajes maciças
L/ 13 L/17 L/22 L/5,5
unidirecionais
Vigas L/ 10 L/12 L/16 L/4

f
d = h − c − t −
2
Exemplos
Exemplo 4

2) Levantamento de cargas:

g1 = b  h   concreto
gtotal = g1 + g2

w u = 1,4  w D + 1,6  w L

w u  L2
Mu =
8
Exemplos
Exemplo 4

3) Determinação do fator ambiental de redução:

CE = 0,8

Condição de exposição Tipo de fibra Fator ambiental de redução (CE)


Carbono 1,0
Concreto não exposto à água e intempéries Vidro 0,8
Aramida 0,9
Carbono 0,9
Concreto exposto à água e intempéries Vidro 0,7
Aramida 0,8
Exemplos
Exemplo 4

4) Determinação das propriedades de projeto:

ffu = CE  ffu*

 fu = CE   *fu
Exemplos
Exemplo 4

5) Determinação do modo de ruína:

Af
f =
bd

 fb = 0,85  1 
f '
c

E f   cu
1 = 0,85 − 0,05 
( f
c
'
− 27,6 )
ffu E f   cu + ffu 6,9
Exemplos
Exemplo 4

6) Determinação do momento resistente:

 cu 
cb =  d
 cu +  fu 

 1  c b 
Mn = A f  ffu   d −
 2 
Exemplos
Exemplo 4

6) Determinação do momento resistente:

 0,55 →  f   fb
 f
 = 0,3 + 0,25  →  fb   f  1, 4   fb
  fb
 0,65 →  f  1, 4   fb

  Mn  Mu
Exemplos
Exemplo 4

7) Verificação da armadura mínima:

0,41 fc' 2,3


A f,mín = b d  b d
ffu ffu
Exemplos
Exemplo 5

Determinar a capacidade resistente e a força máxima que pode ser aplicada em uma viga
de concreto armado, biapoiada, submetida a flexão em 3 pontos e com exposição interna.
Dados:
• Resistência à compressão do concreto igual a 32,8 MPa;
• 2 barras de GFRP com diâmetro de 10 mm (resistência à tração e
12,00 12,00
módulo de elasticidade, dados pelo fabricante, iguais a 1047 MPa e 48
GPa, respectivamente ;

16,90

16,90
• Estribos com diâmetro de 5,0 mm.

20,00

20,00
F

115 cm 115 cm

1,50

1,50
250 cm

2Ø 6.3mm
17,5 20
2Ø 10mm
Exemplos
Exemplo 5

1) Determinação do fator ambiental de redução:

CE = 0,8

Condição de exposição Tipo de fibra Fator ambiental de redução (CE)


Carbono 1,0
Concreto não exposto à água e intempéries Vidro 0,8
Aramida 0,9
Carbono 0,9
Concreto exposto à água e intempéries Vidro 0,7
Aramida 0,8
Exemplos
Exemplo 5

2) Determinação das propriedades de projeto:

ffu = CE  ffu*

 fu = CE   *fu
Exemplos
Exemplo 5

3) Determinação do modo de ruína:

Af
f =
bd

 fb = 0,85  1 
f '
c

E f   cu
1 = 0,85 − 0,05 
( f
c
'
− 27,6 )
ffu E f   cu + ffu 6,9
Exemplos
Exemplo 5

4) Determinação da tensão na armadura:

 
(E f   cu )
2
0,85  1  fc'
ff =  +  E f   cu − 0,5  E f   cu   ffu
 4 f 
 
Exemplos
Exemplo 5

5) Determinação do momento resistente:

A f  ff
a=
0,85  fc'  b

 a
Mn = A f  ff   d − 
 2
Exemplos
Exemplo 5
F

5) Determinação do momento resistente:


115 cm 115 cm
L = 230 cm

DM

+
F.L/4

DV
F/2

+
- F/2
Exemplos
Exemplo 5

5) Determinação do momento resistente:

 0,55 →  f   fb
 f
 = 0,3 + 0,25  →  fb   f  1, 4   fb
  fb
 0,65 →  f  1, 4   fb

  Mn  Mu
Exemplos
Exemplo 5
F

5) Determinação do momento resistente:


115 cm 115 cm
L = 230 cm

DM

+
F.L/4

DV
F/2

+
- F/2
Exemplos
40
Exemplo 5
35

30
ACI 440.1R (sem )
25

Força (kN)
20
ACI 440.1R (com )

15

10

5 V1_GFRP
V2_GFRP
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Deslocamento (mm)
U N I D A D E 7 – B A R R A S N Ã O M E TÁ L I C A S

Obrigada!
C I V 3 1 4 - M AT E R I A I S C O M P Ó S I TO S E N G E N H A R I A C I V I L : D I M E N S I O N A M E N TO D E
E L E M E N TO S C O M B A R R A S N Ã O M E TÁ L I C A S E S I S T E M A S D E R E F O R Ç O

amandadescobal@hotmail.com

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