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Recuperação e Reforço Estrutural

Prof. M.Sc. Antonio de Faria


Prof. DSc. Roberto Chust Carvalho
Profa. PHD Glaucia Maria Dalfré
Prof. Me. Ivan Francklin Junior
Enquadramento
Nesta aula......
- Seleção de materiais e técnicas de reparo:
Reparo de fissuras
Reparos superficiais
Reforços com adição de concreto novo
Argamassas
Concreto projetado

- Reforço com fibras


Enquadramento
Enquadramento
Enquadramento
Seleção de materiais e técnicas de reparo
Com as causas da patologia identificadas pode-se definir se a estrutura
passará por recuperação, reforço, ou por ambos os processos.

Etapas importantes:
• A seleção dos materiais;
• entendimento do que é requerido no reparo;
• características dos materiais;
• requisitos para a sua aplicação;
• metodologia de aplicação;
• dentre outros.
Após os requisitos estarem estabelecidos e as propriedades dos
materiais definidas, a especificações dos mesmos pode ser
efetuada.
Seleção de materiais e técnicas de reparo
Há outros obstáculos para o material alcançar eficiência:
O carregamento será removido durante o reparo?

Como será o comportamento do material durante o carregamento,


durante o aparecimento de tensões?
Como será o comportamento dimensional do
material frente as tensões distribuídas pelo
substrato de concreto?

Assim sendo, a escolha dos materiais é


um compromisso importante para o
desempenho final do reparo.
Seleção de materiais e técnicas de reparo

Aplicação dos materiais de reparo:


- Requer o entendimento de suas propriedades
- Avaliação das vantagens e desvantagens
- Detalhes de preparação de estrutura e técnicas
de aplicação

Um dos maiores desafios na escolha dos materiais é avaliar seu


comportamento junto com o substrato.
As mudanças das tensões no substrato e nos materiais de reparo
podem causar trincas, fissuras, delaminação e desagregação do
material de reparo.
Seleção de materiais e técnicas de reparo
A seguir serão detalhadas as principais propriedades exigidas dos
materiais de reparo, as quais podem auxiliar a escolha dos mais
adequados para as situações requeridas.
Materiais utilizados em reparos
Sistemas de reparo (Helene, 2003)
 Sistemas de reparo por repassivação localizada (argamassas, concretos
e grautes de base cimento Portland);

 Sistemas de reparo por barreira sobre a armadura (argamassas de base


epóxi, os primers e tintas de base epóxi);

 Sistemas de reparo por barreira sobre o concreto (vernizes e tintas de


base epóxi, acrílica ou poliuretana);

 Sistemas de reparo por barreira química (inibidores de corrosão);

 Sistemas de reparo por proteção catódica.


Materiais utilizados em reparos
Sistemas de reparo (Helene, 1997)

•Catódica por corrente impressa


Proteção •Catódica do tipo galvânica
direta
•Barreira física
•Barreira galvânica

•Repassivação •Argamassas e concretos


Proteção •Inibidores químicos •Realcalinização
indireta
•Recobrimentos • Extração eletroquímica de
superficiais do concreto cloretos
Materiais utilizados em reparos – PROTEÇÃO CATÓDICA
Materiais utilizados em reparos – PROTEÇÃO CATÓDICA
Materiais utilizados em reparos – PROTEÇÃO CATÓDICA

Reparo convencional (menos


indicado para concretos
contaminados por cloretos)

Reparo com proteção catódica


galvânica
Materiais utilizados em reparos
Materiais utilizados em reparos
Materiais utilizados em reparos
Materiais utilizados em reparos

Métodos de combate ou prevenção da corrosão (Panossian, 2010)


 Seleção de materiais: substituição do aço pelo aço inoxidável;
 Mudança do meio: reparo (retirada do concreto danificado e
recomposição), realcalinização e extração de cloretos;
 Revestimentos: tratamento da superfície do concreto ou
revestimento da armadura;
 Proteção catódica: por corrente impressa ou ânodos de sacrifício.
Materiais utilizados em reparos
A quantidade de materiais utilizados em reparos é elevada e
novos materiais são continuamente desenvolvidos e lançados
no mercado. Também suas propriedades e campo de utilização
são variáveis.
Para facilitar a descrição dos materiais, vamos subdividi-los em
duas categorias:
Maior propriedade, qual Classificação relacionada
seja o requisito de à profundidade do reparo:
resistência, aderência, - Rasos: variando entre 3 mm (tipo estucamento) a 30
proteção, revestimento e mm (ponto de atingir as armaduras).
auxiliares. - Médios: reparos entre 30 mm 60 mm.
- Profundos: reparos superior a 60 mm.

Vale lembrar que um material de reparo pode ter várias propriedades em conjunto,
como resistência, impermeabilidade, proteção, etc.
Materiais utilizados em reparos - Resistência
a) Concreto moldado
- tradicional material utilizado para reparação estrutural (geralmente,
reparos profundos);
- utiliza-se o concreto em reparos de maiores dimensões;
- suas características são modificadas para o incremento de
propriedades mais adequadas para a sua utilização (como
impermeabilidade, resistência, minimizar retração, aumento da
resistência química, dentre outras).
As principais modificações introduzidas são:
Utilização de cimentos especiais ou compostos, como o CPII-Z (com pozolana), CPIV
(cimento pozolânico), CPV (alta resistência inicial), CPI-S (resistente a sulfatos), etc.
CAD – Concreto de Alto Desempenho – Concreto com elevada resistência, com adição de
aditivos superplastificantes, sílica ativa, etc., podendo também ser incorporados escoria,
fibras metálicas ou sintéticas, etc.
Aditivos inibidores de corrosão, como nitrito de sódio ou cálcio, éster aminas, benzoato
de sódio, molibdato de sódio, etc.
Polímeros em forma de latex, como acrílico, SBR (estireno butadieno), etc.
Materiais utilizados em reparos - Resistência
b) Concreto projetado
- utilizado há bastante tempo para reparos de profundidade média a
profunda, como também em obras convencionais de revestimento de
túneis (NATM), minas, muros de contenção, etc.;
- Dispensa formas nas aplicações verticais ou sobrecabeça;

- Melhor aderência, causada pelo pela grande energia de impacto com o


substrato;
- Maior compacidade e, consequentemente, impermeabilidade.
Materiais utilizados em reparos - Resistência
b) Concreto projetado
O concreto projetado é aplicado de duas formas:
- Via seca: a água e aditivos só é adicionada no bico de projeção. Este
método exige grande experiência do operador em regular a quantidade
de água necessária.
Materiais utilizados em reparos - Resistência
b) Concreto projetado
O concreto projetado é aplicado de duas formas:
- Via úmida: O concreto já está previamente hidratado com água e
aditivos plastificantes e redutores de água, sendo incorporado na saída
do equipamento o aditivo acelerador. É o sistema mais utilizado
atualmente, devido ao melhor controle do fator água/cimento e da
qualidade final da concretagem.

Aditivos podem ser utilizados


para a projeção do concreto
(acelerador de pega ou
endurecimento)
O concreto projetado também
pode conter fibras metálicas,
polímeros, inibidores de
corrosão na sua composição.
Materiais utilizados em reparos - Resistência
b) Concreto projetado
Materiais utilizados em reparos - Resistência
c) Groutes (Graute)
- argamassas industrializadas cujas características principais são a elevada
fluidez, baixa permeabilidade, ausência de retração (retração
compensada) e elevadas resistências iniciais e finais;
- utilizados em muitas aplicações, como reparos estruturais médios ou
profundos, chumbamento de equipamentos, ancoragem de tirantes, etc.;

Grauteamento de um pilar Grauteamento de um equipamento


Materiais utilizados em reparos - Resistência
c) Groutes (Graute)

Aplicação de graute
em pilares
Materiais utilizados em reparos - Revestimento
Argamassa polimérica
- são muito utilizadas em reparos reparos rasos
até reparos de profundidade média, tendo
várias opções de características, para atender
uma série de situações de utilização;

- Base cimento – São argamassas à base de cimento Portland, em


composição ou não com cimentos aluminosos, contendo quartzo de
granulometria apropriada, polímeros em pó ou líquido e sua
composição.
Podem conter adições de microssílica, que proporcionam maior
impermeabilidade e resistência mecânica, e fibras sintéticas ou
metálicas, que incorporam as características de controle de fissuração
da argamassa, maior resistência ao impacto, cargas cíclicas, flexão e
tração.
Materiais utilizados em reparos - Revestimento
Argamassa polimérica
- são muito utilizadas em reparos, tendo várias
opções de características, para atender uma
série de situações de utilização;

- Base resinas – São argamassas à base de resinas de epóxi, poliéster,


furânica, éster vinílica dentre outras, contendo quartzo de
granulometria apropriada.
São normalmente utilizados em situações de necessidade de resistência
química, vibração, alta resistência à compressão, etc.

Deve-se tomar cuidado com algumas argamassas que sofrem retrações


acentuadas, normalmente quando aplicadas em espessuras superiores a 20 mm.
As argamassas com fibras apresentam melhor comportamento na redução da
retração e possuem boa tixotropia para aplicações verticais e “sobrecabeça”.
Procedimentos de reparos
Exemplos de materiais
 Argamassa polimérica (espessura até 50 mm) ± 50 MPa em 28 d;
 Argamasssa polimérica reforçada com fibras (aplicação manual ou
projetada), com espessura localizada até 100 mm;
 Argamassa polimérica resistente a sulfatos;
 Argamassa polimérica para áreas sujeitas a carregamento dinâmico
(grandes áreas horizontais);
 Argamassa polimérica com agente adesivo integrado (dispensa ponte de
aderência);
 Argamassa seca tipo dry-pack;
 Argamassa fluida (pisos, obras de infraestrutura), entre outras.
Procedimentos de reparos

Exemplos de materiais
 Graute de alto desempenho (espessura máxima de 100 mm);
 Graute de alta resistência (40 MPa em 1 dia e 80 MPa em 28 dias);
 Microconcretos (espessura máxima de 300 mm);
 Microconcreto com agente inibidor de corrosão;
 Graute epóxi (impermeável);
 Graute subaquático (reparos em condições subquáticas).
Materiais utilizados em reparos
Resumo dos materiais de reparo
Materiais utilizados em reparos
Inibidores de corrosão
- São produtos com o fim específico de proteger
as armaduras do concreto armado contra a
corrosão;
- Podem ser dos tipos de primer aplicados sobre
as armaduras, ou como aditivos incorporados às
argamassas, grautes e concretos;

- Os aditivos inibidores são mais utilizados


durante o processo de concretagem da
estrutura, como forma preventiva contra a
corrosão por cloretos.
Materiais utilizados em reparos
Inibidores de corrosão

Produtos Diminuem a Estruturas novas (preventiva)


químicos velocidade de
corrosão Estruturas existentes

Adicionados à Não usual no Brasil


Adicionados na
mistura de MCI (migratin corrosion
superfície do
concreto inhibitors)
concreto

Classificação: • De absorção (anódico, catódico, misto)


• De formação de filme passivo (bloqueando superfície metal)
• De passivação (favorece a estabilidade do filme de passivação)
Materiais utilizados em reparos
Inibidores de corrosão
Aplicação de inibidores de corrosão em concreto novo

Condição da estrutura:
ambiente agressivo,
eventualmente com
pequeno recobrimento das
armaduras.

Aplicação: inibidor introduzido


como adjuvante na formulação do
concreto.
Materiais utilizados em reparos – Injeção em trincas e fissuras
Injeções em trincas e fissuras
A injeção sob pressão de materiais em trincas e fissuras e utilizada para
obturar e preencher vazios, para “colar” ou solidarizar as trincas e fissuras,
para impermeabilizar ou vedar infiltrações.
Materiais utilizados em reparos – Injeção em trincas e fissuras
Materiais utilizados em reparos
Procedimentos de reparos
Procedimentos de reparos estruturais
Os processos de solução de problemas de reparos de concreto inclui a
análise do reparo, a estratégia e o projeto/ metodologia.

A análise do problema
deve ser compreendida,
inclusive as causas e os
efeitos da deterioração.
Procedimentos de reparos
Reparos superficiais
métodos de avaliação
conhecimento prévio de desempenho dos
das propriedades e materiais
características de
desempenho dos
materiais
engenharia
Técnicas de reparo estrutural
de superfície

normalizacao ferramentas e
pertinente equipamentos de
preparo da superfície
e de aplicação dos
materiais
Procedimentos de reparos
Reparos superficiais
O esquema abaixo detalha estes passos importantes de um
reparo de superfície:

 Análise do reparo, estratégia e projeto;


 Seleção dos materiais;
 Preparo de superfície;
 Reforço, limpeza e proteção das armaduras;
 Aderência dos materiais de reparo no substrato existente;
 Técnicas de execução.
Procedimentos de reparos

Preparo da superfície

A preparação da superfície são os procedimentos necessários para


preparar o concreto para a execução dos reparos.

A preparação é requerida para remover todo o substrato


deteriorado, contaminado ou danificado, para preparar a
superfície para receber os materiais de reparo.

Deve-se iniciar o serviço efetuando um rigoroso exame da


estrutura (visual, por percussão, ensaios, etc.), para a detecção
das áreas a serem reparadas.
Procedimentos de reparos
Procedimentos de reparos
Preparo da superfície
Deve-se efetuar a marcação e delimitação das áreas a serem
reparadas.
É importante delimitar as áreas de reparos em um desenho
geométrico retangular ou quadrado, evitando delimitar as áreas em
formas geométricas que dificultem a execução, como também
deve ser levado em consideração à estética do acabamento da
área reparada.
Procedimentos de reparos
Preparo da superfície
Delimitação
Procedimentos de reparos
Preparo da superfície
Após a delimitação da área de reparo, deve-se efetuar um corte
ortogonal na região delimitada, retirando todo o concreto em torno
da armadura.
Procedimentos de reparos
 Remover o concreto danificado: corte e apicoamento

Equipamentos mecânicos: martelete pneumático leve (5kg)

Apicoamento manual: ponteiro, talhadeira e marreta


Procedimentos de reparos

 Remover o concreto danificado: hidrojateamento


Procedimentos de reparos

 Remover o concreto danificado: hidrojateamento


Procedimentos de reparos

Preparo da superfície

O corte do concreto deve ser com cantos vivos e, o


seu interior (bordas) deve ser chanfrado em ângulos
de 45°- DIN 18349 30°até 60°

Exposição de toda a armadura

Espessura mínima de corte na face


superior deve ser de 3 vezes a espessura
do maior agregado
Procedimentos de reparos

Preparo da superfície
Procedimentos de reparos
Preparo da superfície
Limpar a armadura no padrão SA 2 ½ (condição próxima ao metal branco)
Observações:
Limpeza com escova de aço ou hidrojateamento

Em estruturas de concreto contaminado com cloretos, utilizar água quente


(60ºC)

Perda de seção de aço maior


que 10%

Substituição da armadura

Traspasse, luva, solda – NBR


6118:2014
Procedimentos de reparos
Preparo da superfície
Deve-se efetuar a limpeza rigorosa das armaduras, para a retirada
de todo o traço de oxidação.
Procedimentos de reparos

Preparo da superfície
Procedimentos de reparos
Preparo da superfície
Efetuar o tratamento anticorrosivo das
armaduras, formando uma película uniforme
de espessura recomendada em toda a
armadura.
Procedimentos de reparos
Preparo da superfície
Efetuar o preparo da área para receber a
argamassa de reparo. Dependendo da ponte
de aderência a ser aplicada entre o substrato
e a argamassa de reparo, podemos ter
procedimentos diversos.
Procedimentos de reparos
Preparo da superfície
 Aplicar ponte de aderência
 Preencher os vazios com material de reparo
 Proteger/dar o acabamento na superfície
Procedimentos de reparos
Aplicação do material de reparo
Após todos os procedimentos de
reparos estejam executados, a
argamassa de reparo é então
aplicada, firmemente comprimida,
para ocupar todos os espaços
vazios, inclusive na parte posterior
da armadura.

Os reparos localizados em
pequenas regiões, a aplicação do
material de reparo é normalmente
executado manualmente.
Procedimentos de reparos
Aplicação do material de reparo
Procedimentos de reparos
Aplicação do material de reparo

Para reparos em grandes regiões, normalmente a aplicação da argamassa


reparo é executada com equipamento de projeção, preferencialmente
por via úmida.

Após a aplicação da argamassa de reparo, deve-se efetuar a cura do reparo


com aspersão de água por 7 dias, ou cura química.
Procedimentos de reparos
Reparos médios e profundos
Na execução de reparos de profundidades média ou profunda,
devem ser entendidos como um reparo que vai suportar parte da
carga da estrutura.
Fatos que devem ser levados em consideração:
Procedimentos de reparos
Reparos médios e profundos
Procedimentos de reparos
Método de reparos médios e profundos
Existem vários métodos de reparação de profundidade média e profunda, devendo
ser estudado a forma mais apropriada para cada caso em questão.
Procedimentos de reparos
Método de reparos médios e profundos
Existem vários métodos de reparação de profundidade média e profunda, devendo
ser estudado a forma mais apropriada para cada caso em questão.
Procedimentos de reparos
Método de reparos médios e profundos
Existem vários métodos de reparação de profundidade média e profunda, devendo
ser estudado a forma mais apropriada para cada caso em questão.
Procedimentos de reparos
Método de reparos médios e profundos
A diferença básica entre os reparos médio e profundo difere-se
basicamente no tamanho dos agregados do material.

A preparação do substrato para receber o material de reparo são


praticamente semelhantes do adotado para reparos superficiais, assim
como a cura do material de reparo.
Procedimentos de reparos
Fissuras e trincas
A injeção das fissuras e trincas tem como objetivos principais evitar a
penetração de agentes agressivos, como também para, no caso de
fissuras “mortas” solidarizar a estrutura e proporcionar a boa distribuição
de cargas atuantes.
Seleção de materiais e técnicas de reparo
A fissura pode ter origem em fases diferentes da edificação.
Em uma visão geral, simplificada, as origens das fissuras de uma
edificação podem surgir na fase de projetos, de execução da
edificação e, inclusive, na fase de utilização, por mau uso da
unidade.

De forma geral, o termo fissura é preferível ao termo trinca.

Algumas normas e alguns peritos podem classificar as fissuras com


diferentes nomes, conforme a sua espessura.

Segundo a norma de impermeabilização (NBR 9575:2003), as


microfissuras têm abertura inferior a 0,05 mm. As aberturas com
até 0,5 mm são chamadas de fissuras e, por fim, as maiores de 0,5
mm e menores de 1,0 mm são chamadas de trincas.
Seleção de materiais e técnicas de reparo
Projetos de estruturas de concreto armado – classes de agressividade
Procedimentos de reparos
FISSURAS – como recuperar?
Procedimentos de reparos
FISSURAS – como recuperar?
Seleção de materiais e técnicas de reparo
Principais causas de fissuração
Seleção de materiais e técnicas de reparo
Principais causas de fissuração
Seleção de materiais e técnicas de reparo
Fissuras e procedimentos de recuperação
Procedimentos de reparos
Fissuras e trincas
a) Injeção em fissuras (acima de 0,20 mm) e trincas “mortas”
- Abertura de um sulco em forma de “V” ao longo da fissura/trinca, com largura de
15 mm de cada lado do eixo da fissura/trinca e profundidade de
aproximadamente 10 mm.
- Executar a selagem do sulco com argamassa epoxi ou argamassa polimerica.
- Em intervalos adequados, cerca de 20 a 50 cm (dependendo da abertura e da
profundidade da fissura ou trinca), colocar os bicos ou niples de injeção.
- Iniciar a injeção da resina epóxi, iniciando no ponto mais baixo para o mais alto.

A pressão de injeção varia entre 0,5 MPa a 2,0 MPa e da viscosidade da resina. Na
medida que a resina extravasar pelo bico/niple superior ao que se está injetando,
proceder à vedação do primeiro bico e passar para o bico seguinte e assim
sucessivamente.
Procedimentos de reparos
Fissuras e trincas
b) Injeção em fissuras mortas inferiores a 0,20 mm
- Fissuras de dimensões abaixo de 0,20 mm (micro fissuras), podem-se adotar a
colmatação com o pincelamento de solução de metassilicato ou fluorsilicato de
sódio, potássio, cálcio, diluídas em água quente, iniciando-se as primeiras
demãos com uma dissolução em água de 15% a 20%, passando-se a seguir a
uma dissolução de 30%, até a colmatação da fissura.

c) Calafetação em fissuras e trincas vivas com selantes


Para o caso de fissuras e trincas que se movimentam, não é recomendada a
solidarização da estrutura com injeção de resinas, já que as tensões internas
acabarão por fazer surgir novas fissuras ou trincas, para o alívio das tensões
restringidas.
Nestes casos, de forma a evitar a penetração de agentes agressivos, procede-se
a calafetação das fissuras e trincas com selantes elásticos, que acompanham a
movimentação das mesmas, mantendo-as estanques à penetração de agentes
agressivos.
Procedimentos de reparos
Fissuras e trincas
Seleção de materiais e técnicas de reparo

Abertura de sulco sobre a fissura Remoção do acabamento Aplicação de selante acrílico

Secagem da fissura selada Aplicação de impermeabilizante acrílico


Proteções adicionais
Possibilidades a serem consideradas na obtenção de uma obra
durável
Correta definição da qualidade e da espessura do cobrimento do concreto –
1º passo para obtenção de uma obra durável

Ações Ações
mecânicas ambientais

Propriedades Proteções
Vida útil
do concreto adicionais

Inspeção e
Espessura do Projeto
manutenção
cobrimento estrutural
programadas
Sistemas de reforço

SISTEMAS DE REFORÇO
Tipos:
Aumento de seção: utilização de concretos convencionais ou especiais,
com inclusão de armaduras adicionais

Reforço com perfis metálicos

Chapas de aço aderidas externamente ao concreto

Utilização de polímeros reforçados com fibras (PRF ou FRP): fibra de


carbono, vidro, aramida envolvidas por uma matriz polímérica, como a
epóxi
Sistemas de reforço
Aumento de seção - laje

Adesivo epoxídico para chumbamento


de barras de aço
Sistemas de reforço
Aumento de seção - laje
Sistemas de reforço
Aumento de seção - viga
Sistemas de reforço

Aumento de seção - viga


Sistemas de reforço

Aumento de seção - laje

Piancastelli
Sistemas de reforço
Inclusão novo elemento de concreto
Sistemas de reforço
Reforço com perfis metálicos
O método do reforço com o uso de perfis metálicos configura-se como um dos
métodos mais tradicionais comumente utilizado em situação de caráter
emergencial.
Não apresenta grandes alterações na geometria das peças reforçadas, sendo
colocadas mediante chumbamento com buchas expansivas e preenchimento com
resinas injetáveis.
A preparação da superfície é
importante, devendo ser dada atenção
especial à perfeita união do reforço
com o elemento estrutural em questão.

Caso haja a presença de fissuras na


peça a ser reforçada, deve-se
providenciar o reparo, antes da
execução do reforço.
Sistemas de reforço
Reforço com chapas de aço coladas
O método de reforço com colagem de chapas de aço externas a
peça estrutural é feita com a colagem de chapa de aço com
espessura adequada através de adesivo e uso de parafusos auto
fixadores, criando uma armadura secundária solidária a peça
estrutural.

Apresenta-se como solução de baixo


custo, com a introdução de pequenas
alterações na seção do elemento
reforçado e com pequena
interferência arquitetônica.
Sistemas de reforço

Reforço com FRPs


O FRP é definido basicamente como um material estruturado com
fibras de alta resistência embebidas numa matriz polimérica com
propriedades anisotrópicas e heterogêneas (Machado e Machado,
2015)
Sistemas de reforço

Reforço com FRPs


Apresenta-se o diagrama tensão vs deformação representativo do
comportamento à tração uniaxial dos diferentes tipos de fibras.
Note-se que a fibra de carbono apresenta maior resistência a
tração, assim como maior módulo de elasticidade.
Sistemas de reforço

Utilização de polímeros reforçados com fibras (PRF)

As fibras de carbono são caracterizadas por uma combinação de baixo peso, alta
resistência e grande rigidez. O seu alto módulo de elasticidade e, de certo modo, sua
alta resistência dependem do grau de orientação das fibras, ou seja, do paralelismo
entre os eixos das fibras.
Sistemas de reforço
Reforço com FRPs
As técnicas de reforço com materiais compósitos de CFRP podem
ser divididas em quatro grupos principais: os sistemas FRP-EBR
(Externally Bonded Reinforcement, em língua inglesa), onde o
sistema é colado exteriormente, e os sistemas FRP-NSM (Near-
Surface Mounted Reinforcement, em língua inglesa), onde o
sistema é inserido em ranhuras feitas.
Sistemas de reforço
Reforço com FRPs
Técnica EBR - Externally Bonded Reinforcement – que consiste na
colagem externa de mantas ou faixas de laminado na peça estrutural;
Técnica NSM - Near Surface Monted – que trabalha com a inserção de
laminados ou barras de FRPs no concreto de cobrimento do elemento
que será reforçado;
Técnica MF-FRP – Mechanically Fastened FRP – que é caracterizada pelo
uso de FRPs híbridos (com fibras de vidro e carbono) que são fixados
mecanicamente ao concreto utilizando pinos de fixação com
espaçamentos entre eles;
Técnica MF-EBR - Mechanically Fastened and Externally Bonded
Reinforced – que é a combinação da fixação executada na técnica MF-
FRP com os benefícios da colagem externa feitas pela técnica EBR.
Sistemas de reforço
Reforço com FRPs

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