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ENGENHARIA DE
REQUISITOS
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................3
1. FASES DE CONCEPÇÃO E ELABORAÇÃO.................................................................................4
1.1 FASE DE CONCEPÇÃO..............................................................................................................5
1.2 FASE DE ELABORAÇÃO...........................................................................................................7
s
1.3 LEVANTAMENTO DE REQUISITOS....................................................................................8
1.4 PREPARAÇÃO PARA ELICITAÇÃO DE REQUISITOS...............................................11
2. DISCIPLINAS E TÉCNICAS DE MODELAGEM DE REQUISITOS....................................13
2.1 CONFIRMANDO A ELICITAÇÃO.........................................................................................16
2.2 MODELAGEM DE REQUISITOS..........................................................................................17
2.3 FLUXO DE PROCESSO DE MODELAGEM...................................................................19
3. ESTIMATIVA DE CUSTOS E PRAZOS NA ENGENHARIA DE REQUISITOS..............23
3.1 ESTIMATIVA DE PRAZOS E CRONOGRAMA ..............................................................24
3.2 ESTIMATIVA DE CUSTOS E ORÇAMENTO...................................................................27
4. ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCOS...............................................................................29
4.1 APLICAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE RISCOS.....................................................30
4.2 PADRÃO DE PROJETO DE SOFTWARE.........................................................................32
4.3 GERENCIAMENTO DE CONFLITOS................................................................................35
4.4 MAIORES RISCOS NO DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE........................36
5. FERRAMENTAS DE ANÁLISE E GERÊNCIA DE REQUISITOS.........................................41
5.1 FERRAMENTAS VISUAIS..........................................................................................................42
5.2 COMPARATIVO DE FERRAMENTAS................................................................................49
6. IMPLEMENTAÇÃO DE RESULTADOS COM O MPS.BR......................................................52
6.1 PADRÃO DE QUALIDADE DE SOFTWARE NO BRASIL.........................................52
6.2 PROCESSOS DE PROJETO....................................................................................................54
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................................................56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................58
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INTRODUÇÃO
A partir disso, espera-se que ao final deste módulo seja capaz de distinguir os
conceitos relacionados a requisitos e ao desenvolvimento de software, passando
por especificações técnicas, metodologias e diferentes formas de se atingir tais
objetivos.
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Isso nos leva a dizer que requisitos são fundamentais em todo o processo de
software, em todas as etapas de seu projeto de desenvolvimento, como podemos
ver na Figura 1 a seguir.
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Mas, mesmo estando em um estado mais evoluído, por que gerenciar projetos
ainda pode ser tão difícil? No dia a dia das empresas de desenvolvimento, ainda
temos visto muitos projetos falharem, e isso é visto com frequência especialmente
no desenvolvimento de software. Algumas destas dificuldades decorrem da
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natureza inerente do produto que está sendo criado, já outras estão relacionadas
com a gestão ou o perfil da equipe a ser gerido. Entre o problemas comuns
relacionados a software podemos destacar alguns, como:
Embora alguns projetos falhem por razões técnicas, a maioria das falhas de
projeto são causadas por pessoas que ignoram os princípios da boa gestão de
projetos. Por isso, antes mesmo da fase de concepção ou iniciação ser começada,
é importante saber os princípios da gestão de projetos e como eles podem ser
aplicados ao desenvolvimento de softwares.
Todos esses aspectos são fundamentais, uma vez que o custo ou as condições
de entrega (que incluem prazo e escopo do projeto) podem ser extrapolados
ou entregues de maneira a não atender aos anseios dos stakeholders (partes
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Tendo tudo isso como base, veremos como as etapas precisam ser respeitadas
e cada fase poderá ter suas disciplinas atendidas conforme o ciclo mantém
seu curso. Como forma de aprofundar mais nas etapas iniciais do processo de
desenvolvimento de software, veremos um pouco mais sobre a fase de elaboração
a seguir.
Assim, podemos dizer que cada entrega realiza uma tarefa para um ou mais
requisitos de sistema. A entrega de uma dessas etapas pode ser via formulários,
um documento, um relatório ou até mesmo um manual ou hardware instalado. É
importante que durante a fase de elaboração as definições estejam claras para que
não ocorram equívocos nas entregas essenciais. Para que erros sejam evitados,
é importante que os requisitos sejam definidos o mais cedo possível. Em muitos
casos, pode ser necessário construir e testar um protótipo para desenvolver uma
boa compreensão do sistema quanto às suas necessidades e requisitos. Um
protótipo é particularmente útil em situações onde o cliente não tem certeza
sobre os requisitos que ele mesmo levantou, em casos de um sistema bastante
complexo.
Concepção Elaboração
Identificar necessidades Preparar planos de trabalho
Estabelecer metas Definir orçamento
Determinar a viabilidade Desenvolver cronograma
Preparar proposta Definir equipe do projeto
Estimar tempo e recursos Construir e testar protótipos
Identificar as pessoas-chave Obter a aprovação para a próxima
fase
Quadro 1 - Características e tarefas das fases de Concepção e Elaboração de Software
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Brainstorming
Esse método é utilizado por diferentes áreas. Na engenharia de requisitos,
um analista deve tentar obter um representante de cada grupo de partes
interessadas participantes na sessão de brainstorming. Um facilitador deve
garantir que, embora os participantes se sintam livres para propor novas ideias
e soluções, permaneçam focados na necessidade de negócios em questão e
não se envolvam em aumento de escopo, enfeitando demais os requisitos ou se
distraiam com outras questões de negócios. Todas as ideias devem ser registradas
para que não sejam perdidas. O método de brainstorming é particularmente útil
se o seu projeto não tiver uma escolha vencedora clara para uma solução, ou se as
soluções propostas existentes forem consideradas inadequadas. O processo de
brainstorming e a análise de acompanhamento resultante ajudarão a garantir que
a melhor solução possível seja alcançada para qualquer objetivo de negócio.
Análise de documentos
A análise de documentos envolve a coleta e revisão de toda a documentação
existente que seja pertinente ao seu objetivo de negócios ou que possa conter
dados relacionados a uma solução relevante. De acordo com o BABOK, essa
documentação pode incluir planos de negócios, estudos de mercado, contratos,
solicitações de propostas, declarações de trabalho, memorandos, diretrizes
existentes, procedimentos, manuais de treinamento, literatura de produtos
concorrentes, análises comparativas de produtos publicadas, relatórios de
problemas, sugestões de clientes, logs e especificações de sistema existentes,
entre outros. Em outras palavras, qualquer coisa escrita relacionada ao projeto
pode ser útil. Este tipo de elicitação é especialmente útil quando o objetivo
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Análise de interface
Visa analisar cuidadosamente a maneira como um usuário interage com um
aplicativo ou como um aplicativo interage com outro. De acordo com o BABOK,
uma análise de interface completa irá descrever o propósito de cada interface
envolvida e extrair detalhes de alto nível sobre ela, incluindo a descrição de seu
conteúdo. Esse tipo de elicitação é essencial para soluções de software que quase
sempre envolvem aplicativos interagindo entre si e/ou usuários interagindo com
aplicativos. Mas, a análise de interface também pode ser útil para soluções que
não sejam de software (como definir entregas de terceiros, por exemplo).
Entrevistas
Entrevistas individuais estão entre os tipos mais populares de elicitação
de requisitos, e por um bom motivo: elas dão ao analista a oportunidade de
discutir em profundidade os pensamentos de uma parte interessada e obter
sua perspectiva sobre a necessidade do negócio e a viabilidade de soluções
potenciais. Independentemente de o analista optar por uma entrevista estruturada
(com perguntas pré definidas) ou não estruturada (com conversas abertas), ele
deve compreender totalmente a necessidade do negócio para conduzir uma
entrevista bem-sucedida. É uma boa prática para um analista compartilhar suas
notas de entrevista com o entrevistado depois para garantir que não houve mal-
entendidos e para movimentar os pensamentos do entrevistado para quaisquer
insights adicionais.
Observação
A observação é bastante útil ao considerar um projeto que mudará ou
aprimorará os processos atuais. De acordo com BABOK, dois tipos básicos de
observação estão disponíveis para um analista: observação passiva (onde o
analista apenas observa alguém trabalhando, mas não interrompe ou engaja
o trabalhador de qualquer forma) e a observação ativa (onde um analista faz
perguntas ao longo do processo para ter certeza de que ela entendeu e até mesmo
experimentou partes do trabalho).
Prototipagem
A prototipagem é especialmente valiosa para as partes interessadas, como
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Workshops de requisitos
O Workshop envolve a reunião de stakeholders previamente identificadas
em um ambiente estruturado por um período de tempo definido, a fim de
eliciar, refinar ou editar requisitos. Para ter sucesso, os workshops de requisitos
devem incluir um gravador (ou alguém que registre em uma ata) para registrar
a entrada dos participantes e um facilitador para direcionar a discussão. Como
os participantes também podem fazer um brainstorm juntos e ouvir a opinião
uns dos outros, eles podem fornecer feedback imediato e refinamentos para
as necessidades de negócios identificadas, o que pode garantir uma elicitação
rápida e eficaz dos requisitos. Essa técnica é empregada na metodologia Design
Sprint, por exemplo.
Pesquisa ou questionário
Embora evitem a oportunidade de conversas pessoais diretas, as pesquisas
são úteis para reunir dados rapidamente de um grande grupo de participantes.
Como softwares de pesquisa online gratuitos estão prontamente disponíveis
(como os Forms de Google e Microsoft, por exemplo), as pesquisas são uma
forma barata de coletar dados objetivos de clientes ou usuários finais em
potencial. Tal como acontece com a seleção de interessados, uma pesquisa ou
questionário bem-sucedido deve ter participantes bem escolhidos. As pesquisas
podem ser estruturadas para oferecer uma série de opções finitas para feedback,
ou podem oferecer informações abertas, dependendo das necessidades do
projeto em questão. Pesquisas abertas são úteis para uma descoberta mais
ampla das necessidades de negócios; no entanto, quanto maior o número de
participantes em pesquisas abertas, mais difícil e demorada será a análise. O texto
da pesquisa deve ser bastante preciso. É uma boa prática para um analista solicitar
educadamente que os participantes da pesquisa respondam dentro de um prazo
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estágio é essencial para garantir que o analista entendeu com precisão e as partes
interessadas comunicaram com precisão as necessidades do projeto. A elicitação
serve, então, como pesquisa básica para a fase de criação de requisitos. Assim
que o analista tiver material suficiente, ele pode começar a elaborar os requisitos.
A análise pode ser apoiada na modelagem de negócio para melhor compreensão
do alvo a ser atingido.
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Artefato Descrição
Especificação de regras de Definição das restrições que influenciam ou orientam o funcionamento diário de um
negócios negócio ou organização.
Modelo de processo de ne- Captura os processos de negócios fundamentais, as entidades externas (clientes,
gócios fornecedores, parceiros ou concorrentes) e os principais fluxos de trabalho entre
eles.
Modelo de domínio de ne- Descreve as principais entidades de interesse para uma organização e seus relacio-
gócio namentos.
Declaração de missão Uma declaração das estratégias a serem seguidas para alcançar a visão de negócio.
Visão de negócio Uma declaração das metas principais de uma organização.
Modelo de organização Uma definição da localização, posições, unidades organizacionais e seus inter-rela-
cionamentos dentro de uma empresa.
Quadro 2 - Artefatos relativos a problemas de negócios
As regras de negócio de uma empresa devem definir uma visão geral precisa
e de alto nível do negócio e deve conter informações que sejam relativamente
estáveis ao longo do tempo. Por exemplo, dentro de um banco, a necessidade de
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Tome Nota
Em cada reunião em que se fizer, seja interna com sua equipe de projeto ou
externa com seu cliente, é essencial que se faça anotações. Gerentes de projetos
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Faça anotações
Depois de entregar os resultados desde as primeiras reuniões até a revisão
de requisitos, é importante continuar anotando os elementos que vão surgindo.
Anote os insights mesmo enquanto ainda são ideias hipotéticas. Cada elemento
requer uma anotação. Use uma ferramenta como Invision ou Skitch para fazer
anotações nos designs de tela, por exemplo.
Criar tarefas
Agora que temos um documento de requisitos elaborado e revisado, é hora de
passar a documentação de requisitos para sua equipe de desenvolvimento. O ideal
é que os desenvolvedores ou o líder de desenvolvimento executem a construção
de tarefas para passarmos a fase de construção. Embora algumas organizações
possam operar sob um processo em que os gerentes de projeto criem todas as
tarefas, algumas metodologias apontam que os próprios desenvolvedores criem
suas próprias tarefas. Isso permite que os desenvolvedores criem tarefas de uma
forma que se adapte à sua abordagem de desenvolvimento, mais fáceis de serem
colocadas em ação.
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não requer conhecimento prévio de código fonte. Ele é baseado em uma medida
sintética de funcionalidade de acordo com as regras de negócio. O número de
PF é determinado a partir de uma soma ponderada de entradas, saídas, consultas,
arquivos e interfaces com outros programas.
Existem outras métricas, como a por Pontos por Casos de Uso (PCU) que tem
o objetivo de medir recursos de projetos de software de acordo com a quantidade
e complexidades de casos de uso. Essa métrica é geralmente empregada quando
se trabalha sob o paradigma orientado a objetos (OO).
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Deve-se notar que um projeto pode ter vários caminhos críticos e que
as variações na duração das tarefas podem mudar um caminho crítico de um
conjunto de atividades para outro. O caminho crítico também é útil para identificar
riscos graves de programação. É comum que ferramentas mais completas de
gerenciamento de software incluam os meios de se criar e exibir ambas as formas
de se apresentar os cronogramas, tanto o diagrama de redes como o gráfico de
Gantt.
Além dos custos diretos de mão de obra, a estimativa pode incluir todos os
custos diretos não trabalhistas e custos diretos ou indiretos. Os custos de mão de
obra direta são determinados multiplicando as horas de trabalho por taxas de mão
de obra apropriadas para cada item da EAP. Custos diretos não laborais são todos
os outros encargos aplicados ao projeto, incluindo tarefas que são terceirizadas,
consultores, viagens e custos de material.
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• Tamanho do projeto;
• Estrutura do projeto;
• Experiência com tecnologia.
Percebe-se que, quanto maior o projeto, menos estruturado ele tende a ser
(ou seja, os requisitos não estão bem definidos e é provável que mude durante
o projeto). E, no geral, quanto menor a experiência da equipe com a tecnologia
do projeto, maior o risco de encontrarmos problemas. Buratti (2014) ainda
recomenda uma abordagem de contingência ao adotar uma estratégia apropriada
de gestão de projeto para cada tipo de risco. Um conjunto de ferramentas de
gestão está disponível para implementar cada estratégia, que inclui ferramentas
de integração externas, ferramentas de integração interna e ferramentas formais
de planejamento e controle.
• Identificação de risco;
• Análise de risco;
• Priorização de riscos;
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Uma forma útil para monitoramento de risco é uma lista com os principais
riscos que deve ser mantida e atualizada com frequência para identificar sempre
os maiores riscos por ordem de prioridade. Isso pode (e deve) ser feito com um
plano de gestão de software compatíveis com a necessidade de cada projeto,
cuja importância veremos no próximo tópico.
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Para que tenhamos êxito, um plano de projeto de software precisa estar bem
alicerçado em seções e tópicos que esclareçam os aspectos organizacionais de
um projeto. Um plano típico é descrito pela IEEE , no seu documento chamado
em português de Plano Padrão IEEE para Projeto de Software (IEEE Standard for
Software Project Management Plans, 1987), apresentado em português conforme
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o quadro a seguir:
1. Introdução
1.1 Visão Geral do Projeto
1.2 Entregáveis do Projeto
1.3 Evolução do Plano de Gerenciamento de Projeto de Software
1.4 Materiais de Referência
1.5 Definições e acrônimos
2. Organização do Projeto
2.1 Modelo de Processo
2.2 Estrutura Organizacional
2.3 Limites e interfaces organizacionais
2.4 Responsabilidades do Projeto
3. Processo de Gestão
3.1 Objetivos e prioridades de gestão
3.2 Suposições, Dependências e Restrições
3.3 Gestão de Risco
3.4 Mecanismos de monitoramento e controle
3.5 Plano de Pessoal
4. Processo Técnico
4.1 Métodos, Ferramentas e Técnicas
4.2 Documentação de Software
4.3 Funções de Apoio ao Projeto
5. Pacotes de trabalho, cronograma e orçamento
5.1 Pacotes de Trabalho
5.2 Dependências
5.3 Requisitos de Recursos
5.4 Orçamento e Alocação de Recursos
5.5 Cronograma
6. Componentes Adicionais
7. Índice
8. Apêndices
Quadro 2 - Plano Padrão de Projeto de Software segundo IEEE
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Conflitos internos tornam-se risco ao projeto uma vez que podem custar caro
seja pela exigência do aumento de escopo e requisitos do projeto de software ou
pela troca de mão de obra de algum profissional envolvido. Até mesmo a troca de
tecnologias, sejam tipos de servidores físicos ou de linguagem de programação,
afetam em custos e prazos, mudando o que foi antes projetado e se tornando um
risco a conclusão do projeto.
Muitas falhas de projeto podem ser atribuídas a uma falha nas comunicações.
Por isso, é responsabilidade do gerente do projeto criar um ambiente para uma
boa comunicação dentro da equipe e gerenciar o processo de comunicação
com as partes interessadas externas, particularmente com a organização do
cliente. Em um projeto eficaz, os gerentes mantêm todas as partes envolvidas
informadas, evitando surpreender o cliente. O sucesso também não depende
apenas de estruturas de relatórios formais. Linguagem corporal em uma reunião
de status muitas vezes pode fornecer mais informações do que um relatório de
status escrito.
Quando uma entidade toma uma decisão de criar um software, ela se expõe
a uma série de riscos. O total de tais riscos depende do tipo de instrumento que
for projetado. Esses riscos incluem questões financeiras e podem ser na forma
de alto risco, volatilidade nos requisitos, abertura de exceções etc. Assim, com
o objetivo de minimizar e controlar os riscos, os gestores de projetos praticam a
gestão de riscos. Não dar a devida importância à gestão de risco ao tomar decisões
de projeto pode causar estragos no processo ao longo do tempo, levando ao
rompimento de contrato (que não exclui processos por via judicial).
Estimativas imprecisas
Embora as estimativas sejam uma parte muitas vezes inevitável do
desenvolvimento de software (por pressão dos clientes ou stakeholders para obter
um preço ou prazo), elas podem criar risco se as estimativas criarem expectativas
que não podem ser atendidas. Estimativas imprecisas ocorrem quando a duração
de um projeto, marco ou iteração é subestimada pelo grupo do projeto. As
estimativas de software podem causar problemas entre desenvolvedores e
clientes porque aumentam os prazos do projeto e, portanto, também as despesas
com o projeto.
Variações de escopo
As variações de escopo ocorrem quando o escopo de uma iteração muda
depois que um período de tempo foi acordado. Devido ao valor de receber
feedback frequente do cliente, as partes interessadas ou proprietários do produto
muitas vezes pedem para variar o escopo de um projeto. No entanto, a variação do
escopo cria um risco grave para os projetos. Quando um escopo varia, isso afeta
significativamente a capacidade dos desenvolvedores de seguir o cronograma
original de um projeto.
• Comunicação efetiva;
• Obter aprovação frequente e reconhecimento do projeto de uma parte interessada;
• Seguir metodologias de desenvolvimento testadas;
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Código de má qualidade
Quando a qualidade de um projeto não se alinha com as expectativas das
partes interessadas, existe um risco significativo de que o projeto não seja bem-
sucedido. Pode parecer meio óbvio, mas o código-fonte de baixa qualidade pode
ocorrer por vários motivos, por exemplo, quando os projetos são subestimados e
os desenvolvedores se apressam para concluir a iteração.
• Revisões de código;
• Padrões e guias de codificação claros;
• Teste de todo o código;
• Nomear um Gerente de Produto dedicado para monitorar a qualidade do projeto e
assumir a responsabilidade de todos os interessados p
elo sucesso e falhas;
• Desenvolvimento em pares;
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Uma solução ideal passa por considerar estratégias de busca dos riscos desde
o início e continuar tal busca ao longo do projeto de software. Existem muitos
riscos ao construir um software e, se um risco for efetivamente identificado, ele
pode ser solucionado. É importante que se determine quais riscos são específicos
ao projeto e defina métodos para resolvê-los desde o início do projeto. Para ajudar
a identificar o impacto que um risco específico pode ter no projeto de software, é
possível usar uma matriz de risco. Para determinar quais são os maiores riscos em
um projeto, é preciso determinar o impacto e a probabilidade de ocorrência do
risco.
Mas, com certeza, existem outros tipos de riscos. Os citados aqui foram
apenas os mais frequentes e os de maior destaque no cenário de desenvolvimento
de softwares. Infelizmente, os riscos geralmente só se tornam evidentes quando
algo dá errado em um projeto. Portanto, é importante ficar bem claro desde o
início quem é responsável por quais aspectos do projeto e quando ele deve ser
entregue, a fim de determinar quem deve cuidar para que cada aspecto de risco
seja mitigado o mais rápido possível.
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Estudos mostram que 60% das falhas do projeto saem de alguma das fases da
engenharia de requisitos e muitas vezes não são descobertos até o final do projeto
ou quando o sistema já concluiu seu ciclo de vida (Marcelo e Salgado, 2015). Como
já vimos quando tratamos dos riscos em projetos de software, quanto mais tarde o
erro for detectado, mais caro é a retificação. Uma vez que requisitos ausentes ou
incompletos fazem com que os projetos falhem, é importante encontrar soluções
para melhorar a qualidade dos requisitos.
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5.1.1 OpenProposal
A abordagem OpenProposal é baseada na ferramenta de anotação Annotate!
Pro, onde os usuários finais podem anotar os requisitos quando eles acontecerem.
Possui uma visualização imediata para abordagem de sistemas abrangentes,
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em que o usuário final está envolvido desde o início. De acordo com Rashid et
al (2008), o OpenProposal permite aos usuários anotar suas solicitações de
recursos, erros ou solicitações de aprimoramento diretamente em seu espaço de
trabalho de aplicativos e enviar essas solicitações para o analista de de requisitos.
Assim, os usuários finais participam ativamente no processo de desenvolvimento
de software por meio do envio de requisitos para software, bem como software
em desenvolvimento.
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5.1.2 iRequire
Geralmente, os usuários finais participam de técnicas de elicitação por meio
de entrevistas e workshops para discutir suas necessidades, mas muitas práticas
podem ser esquecidas se uma estiver fora do contexto. Isso exige a documentação
dos requisitos no momento em que acontecem. O iRequire é uma abordagem
para uma ferramenta para uso do usuário final.
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Para manter a flexibilidade, a ordem das etapas pode ser executada como
se quiser, embora a sequência descrita acima seja sugerida. É importante notar
que o iRequire não é uma ferramenta de brainstorming, ela se concentra nos
requisitos descobertos durante o trabalho diário. Depois de reunir os requisitos,
os analistas de requisitos podem analisar e transcrevê-los em uma especificação
de requisitos formal. A implementação do iRequire é baseada em um aplicativo
para smartphone. As telas são estruturadas em um assistente de quatro etapas,
que permite uma orientação passo a passo para o usuário final (Figura 10).
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5.1.3 ConTexter
Proposto por Schneider et al (2014), o ConTexter é uma solução que vai além
de um simples aplicativo. Em locais públicos, as pessoas são confrontadas com
muitos sistemas diferentes para os quais fraquezas e falhas são percebidas. Muitas
vezes as pessoas gostam de dar feedback, se isso puder ser feito de uma maneira
fácil e sem esforço. O ConTexter fornece tal abordagem.
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usuário. Uma extensão permite o envio de áudio e vídeo como anexo. Atualmente
Schneider et al (2014) ainda trabalham em versões para iOS (iPhone) e Android.
5.1.4 Helix RM
O Helix RM facilita a colaboração com várias partes interessadas - capturando
requisitos simultaneamente, realizando revisões, sabendo o que está aprovado
e, o mais importante, estando ciente das mudanças. Com Helix RM, é possível
definir uma taxonomia rica de tipos de requisitos e seus relacionamentos para
garantir especificações completas de requisitos e simplificar a decomposição de
requisitos.
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• A - Em Otimização
• B - Gerenciado Quantitativamente
• C - Definido
• D - Largamente Definido
• E - Parcialmente Definido
• F - Gerenciado
• G - Parcialmente Gerenciado
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, deixamos claro que os papéis precisam ser respeitados. O usuário
final e o time de stakeholders são tão importantes como os analistas de requisitos,
analistas de sistemas e engenheiros de software. Todos formarão um só time
que, coeso, levarão o projeto ao sucesso, com a entrega de um produto final de
qualidade, sendo mensurado, analisado e validado até que se tenha o software
totalmente pronto e em uso (e até mesmo depois disso).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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