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A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

1. Muita gente só enxerga o valor emocional, sentimental da família;


2. Mas o problema desta avaliação é que a família somente é boa quando as
circunstâncias respaldam tal sentimento.
3. Quando há crise, problemas de relacionamento e uma série de outros
fatores que contribuem para que as emoções se desgastem, o valor
atribuído à família é seriamente comprometido. Atribuir à família apenas o
valor sentimental pode ser algo muito traiçoeiro.

4.Precisamos ir além disso e entender o valor que o Pai Celestial agregou à


família.

5. E então, somente então, poderemos trabalhar o valor emocional permitindo


que ele se alinhe ao que as Escrituras Sagradas nos ensinam.

6. Portanto, para consolidar o conceito do valor familiar, quero discorrer sobre


os princípios e valores bíblicos acerca da família.

DEUS PENSA EM TERMOS DE FAMÍLIA


a) O Senhor não trata apenas com indivíduos, mas também com famílias. É
claro que a salvação é individual, e a fé e a escolha (com suas
consequências) também.
b) O juízo vindouro também tem essa característica, e é por isso que a
Palavra de Deus declara: “Assim, pois, cada um de nós dará conta de si
mesmo a Deus” (Rm 14.12).
c) Contudo, quando falamos a respeito de propósito (não de
responsabilidade), percebemos que a Bíblia apresenta um Deus que pensa
em termos de famílias, e não apenas de indivíduos.
d) Quando o Senhor chamou o patriarca Abraão (na ocasião ainda chamado
de Abrão), e fez com ele uma aliança, ainda que estivesse tratando com um
indivíduo, estava também focando a família:

“Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa
de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação;
abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei
aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti
serão benditas todas as famílias da terra.”  (Gênesis 12.3)
a) Observe que o Senhor fala de multiplicar a família de Abrão com o
propósito de abençoar TODAS as famílias da terra.
b) Ou seja, Deus está prometendo abençoar uma família para, através dela,
poder abençoar todas as demais famílias do planeta (em todas as épocas).
É evidente que o Criador, em seus planos e propósitos para a humanidade,
pensa em termos de família. 
c) Encontramos este padrão (salvação individual mas propósito familiar) nas
histórias bíblicas. Basta recordar o que aconteceu com Noé:

“Porque eis que eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir, de debaixo do
céu, toda a carne em que há espírito de vida; tudo o que há na terra expirará.
Mas contigo estabelecerei o meu pacto; entrarás na arca, tu e contigo teus
filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos.”  (Gênesis 6.17,18)
a) Noé chamou a atenção de Deus com sua integridade. Ele, sozinho,
conseguiu isso. Mas o livramento se estendeu a toda a sua família. Vemos
o mesmo com Ló:

“(Gênesis 19.12-17)
Então disseram os homens a Ló: Tens mais alguém aqui? Teu genro, e teus
filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens na cidade, tira-os para fora deste
lugar; porque nós vamos destruir este lugar, porquanto o seu clamor se tem
avolumado diante do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo. Tendo
saído Ló, falou com seus genros, que haviam de casar com suas filhas, e
disse-lhes: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a
cidade. Mas ele pareceu aos seus genros como quem estava zombando. E ao
amanhecer os anjos apertavam com Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua
mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças no castigo da
cidade. Ele, porém, se demorava; pelo que os homens pegaram-lhe pela mão
a ele, à sua mulher, e às suas filhas, sendo-lhe misericordioso o Senhor.
Assim o tiraram e o puseram fora da cidade. Quando os tinham tirado para
fora, disse um deles: Escapa-te, salva tua vida; não olhes para trás de ti, nem
te detenhas em toda esta planície; escapa-te lá para o monte, para que não
pereças.”

b) O que podemos dizer da família de Ló? Sua mulher, ao sair de Sodoma,


olhou para trás (desobedecendo à ordem divina e demonstrando saudade
daquele lugar) e foi julgada por Deus. Seus futuros genros não creram
em sua mensagem e ainda zombaram dele. Suas filhas o embebedaram
para cometer incesto. Você consegue enxergar uma grande justiça na
vida destes familiares? Eu não! Aliás, vale ressaltar que quem foi chamado
de justo pelas Escrituras foi o próprio Ló:

“(2 Pedro 2.6-9)

Se, reduzindo a cinza as cidades de Sodoma e Gomorra, condenou-as à


destruição, havendo-as posto para exemplo aos que vivessem impiamente; e
se livrou ao justo Ló, atribulado pela vida dissoluta daqueles perversos
[porque este justo, habitando entre eles, por ver e ouvir, afligia todos os dias
a sua alma justa com as injustas obras deles]; também sabe o Senhor livrar
da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já
estão sendo castigados”.  
c) Mas ainda que a salvação seja individual, Deus, em termos de propósito,
também trata com as famílias. Continuamos encontrando este fato nas
páginas do Novo Testamento:

“(Atos 11.14)
E ele nos contou como vira em pé em sua casa o anjo, que lhe dissera: Envia
a Jope e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro, o qual te
dirá palavras pelas quais serás salvo, tu e toda a tua casa.”  

“(Atos 16.30)
Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”  
d) Precisamos compreender esse propósito divino para a família.
e) Entender o projeto de Deus nos ajudará a discernir o valor que Ele atribui à
família.

MANDAMENTOS FAMILIARES
a) Além das bênçãos sobre a família (que revelam o quanto o Senhor a
aprecia e quer que vivamos o Seu melhor), encontramos na Palavra de
Deus, também, a questão dos mandamentos familiares.
b) Desde que instituiu a família, o Criador a protegeu, dando aos homens leis
que deveriam proteger a instituição chamada família.
c) Nos Dez Mandamentos, temos dois deles diretamente ligados à questão
familiar (a ordem de honrar os pais e a de não adulterar – sem contar o de
não cobiçar a mulher do próximo).
d) As Sagradas Escrituras estão repletas de mandamentos familiares –
ordens divinas acerca da vida familiar.

 Esses mandamentos, se obedecidos, trazem bênçãos sobre a vida


daqueles que os praticam.
 Por outro lado, a quebra desses mandamentos, que denomino “pecados
familiares”, também trarão consequências diferenciadas (falarei mais sobre
isso num capítulo com o mesmo tema).
 A ordem divina de honrar os pais, por exemplo, é chamada de “o primeiro
mandamento com promessa”:

“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),
para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.”  (Efésios 6.1-3)
a) Obedecer aos mandamentos que protegem a família nos farão ser bem-
sucedidos em tudo e ainda aumentar nossos dias de vida. Prosperidade e
longevidade num pacote só!
b) Os filhos devem a seus pais não apenas obediência, mas também honra.
Ao se casarem, os filhos deixam pai e mãe e se unem ao seu cônjuge; isso
põe fim à necessidade de obediência, mas não de honra:

“(1 Timóteo 5.4)


Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam eles primeiro a exercer
piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus progenitores;
porque isto é agradável a Deus.”  
a) Os filhos devem recompensar seus pais (que os criaram) quando esses
chegam à velhice; devem suprir seus progenitores não só em suas
necessidades materiais. Ainda que não devam mais a obediência de
quando viviam sob seu teto, devem honra. Sempre!
b) Além dos mandamentos que determinam a conduta dos filhos para com os
pais, também encontramos na Bíblia os mandamentos que determinam a
conduta dos pais para com os filhos, especialmente a ordem de criá-los
no temor do Senhor:
“E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e
admoestação do Senhor.”  (Efésios 6.4)
“Que [o bispo] governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em
sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua
própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)”  (1 Timóteo 3.4,5)
 Também há mandamentos dados por Deus para os cônjuges. O marido
deve amar sua mulher, honrá-la e trata-la de forma correta; a esposa deve
submeter-se e respeitar seu marido:

“Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus


próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.”  (Efésios
5.28)

“Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis asperamente.”


(Colossenses 3.19)

“Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o


marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja,
sendo ele próprio o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita
a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos.”
(Efésios 5.22-24)
A FAMÍLIA EM NOSSA ESCALA DE VALORES
A escala de valores de muitos cristãos está desordenada. Alguns estão vivendo de
modo desordenado porque não fazem a menor ideia do que as Escrituras
ensinam a respeito do assunto; outros porque, mesmo tendo os valores e
prioridades devidamente ordenados no conceito mental, não conseguem mantê-
los na prática.

 Para quem deseja viver no lugar correto de importância à família atribuída


por Deus, a primeira coisa a ser feita é conhecer a escala de valores do
ponto de vista de Deus, ou seja, aquilo que a Bíblia ensina. Depois, é lutar
para fazer funcionar.

Deus em primeiro lugar


Não há nada, absolutamente nada, que possa ocupar o primeiro lugar de nossas
vidas, a não ser Deus. O mandamento dado a Moisés foi lembrado e enfatizado
pelo próprio Senhor Jesus:
“Aproximou-se dele um dos escribas que os ouvira discutir e, percebendo
que lhes havia respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os
mandamentos? Respondeu Jesus: O primeiro é: Ouve, Israel, o Senhor
nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as
tuas forças. E o segundo é este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Não há outro mandamento maior do que esses.”  (Marcos 12.28-31)
 Amar ao Senhor de todo o nosso coração, alma, entendimento e forças, é
colocá-lo em primeiro lugar nas nossas vidas. Jesus deixou bem claro a
qualquer que quisesse segui-lo como discípulo, que deveria
reconhecê-lo em primeiro lugar em suas vidas, na frente das pessoas
que normalmente nos são as mais amadas e queridas:

“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a
irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo.
Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo.
Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui,
não pode ser meu discípulo.”  (Lucas 14.26,27 e 33)
 O Senhor deve estar à frente dos pais, cônjuge, filhos e qualquer outro
familiar. Ele deve ser o primeiro valor em nossa lista ou escala de
prioridades. Deve vir antes de nossa própria vida. Deve vir antes de nossos
bens ou qualquer outra coisa. Quando falamos sobre Deus vir antes, não é
porque as coisas que nos dispomos a renunciar não têm mais lugar em
nossas vidas; apenas elas vêm depois.
 Por exemplo, se o meu cônjuge, incomodado com minha fé me dá um
ultimato e me manda escolher entre ele ou o Senhor, me disponho a
sacrificá-lo e ficar com Deus, pois Deus é o maior valor de minha vida.
 Mas se, mesmo não sendo cristão, meu cônjuge não se importa que eu
busque ao Senhor, então ele passa a ser meu segundo maior valor ou
prioridade (1 Co 7.12,13). O primeiro lugar de nossa vida, indiscutivelmente,
é de Deus:

“Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas.”  (Mateus 6.33)
Repetindo: isso não quer dizer que as outras coisas não caibam em nossas vidas;
tão somente que elas vêm depois de Deus.

Família em segundo lugar


 Muita gente tem errado ao pensar que a igreja ou o ministério vem logo
depois de Deus.
 Na verdade, a família vem em segundo lugar. Conheci, quando ainda era
um adolescente, uma senhora (do interior de São Paulo) que disse que
Deus a chamou para uma missão e desapareceu de casa por mais de um
mês.
 Quando os irmãos da congregação perceberam o que estava acontecendo,
tiveram que cuidar dos filhos dessa mulher, que não tinham o que comer e
nem vestir. O marido estava furioso porque roupas chegaram a apodrecer
no tanque enquanto a família aguardava ansiosa o término da “missão”. Isto
é um absurdo! Uma mulher destas, ainda que se intitule missionária, não
conhece a Bíblia.
 Até no caso de diminuir a intensidade do contato físico para se dedicar à
oração, o casal deve estar em acordo (1 Co 7.5). Mas aquela mulher não
consultou seu marido, e apenas disse: “Deus me chamou e eu estou indo”.
E ainda por cima, dizia que o marido é que era um carnal ao ponto de
não discernir a voz de Deus.

Como declarou D. L. Moody, o grande evangelista: “Acredito que a família foi


estabelecida muito antes da igreja, e o meu dever é primeiro com minha família.
Não devo negligenciar minha família”. Veja o que as Sagradas Escrituras ensinam
acerca do lugar da família na nossa escala de valores:

“Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família,
tem negado a fé, e é pior que um incrédulo.”  (1 Timóteo 5.8)
 Não há dúvida de que a família é nossa segunda prioridade depois de
Deus. Se alguém negligenciar sua família por causa da igreja, do ministério,
ou de qualquer outra coisa, por mais “espiritual” que pareça, estará contra a
Palavra de Deus.
 Paulo disse que tal pessoa está negando a fé e é pior do que um incrédulo.
Agora veja, o apóstolo estava falando com os crentes que iam à igreja mas
estavam negligenciando o lar. Logo, concluímos que a família vem antes da
igreja na nossa escala de valores. Há um outro texto que mostra claramente
a família como uma prioridade antes da igreja e do ministério. É o conselho
pastoral que Paulo queria estender a todos os ministros debaixo da
supervisão de Timóteo:
“É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só
mulher, …que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em
sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua
própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)”  (1 Timóteo 3.2,4 e 5)
Observe que o homem de Deus deve ser exemplar quanto à sua família. Fiel à sua
esposa, e governando bem sua casa e seus filhos; caso contrário, não poderá
cuidar de igreja e ministério.

1. A Palavra de Deus não deixa a menor sombra de dúvida quanto ao lugar


que nossa família deve ter na nossa escala de valores. Mas muitos cristãos
têm negligenciado a sua família.
2. Muitos pais que não dão tempo e atenção aos seus filhos se queixam de
vê-los desviados, mas não se apercebem que estão andando em
desordem.
3. Há esposas perdendo seus maridos e vice-versa, porque não os colocaram
no lugar certo na escala de valores. É hora de ordenarmos nossos passos e
darmos atenção, honra e dedicação devidas à família.

Trabalho em terceiro lugar


1. É impressionante a facilidade com que nos levamos aos extremos. De um
lado, temos na igreja pessoas que são viciadas em trabalho e cujas vidas
não estão em ordem, pois desrespeitaram a escala bíblica de valores,
pondo o trabalho em primeiro lugar.
2. De outro, temos aqueles que relegaram ao trabalho o último lugar na sua
escala de valores, ou que nem mesmo colocam o trabalho em suas
prioridades.
3. Quando a Bíblia fala daquele que não cuida da sua família sendo pior do
que o descrente (1 Tm 5.8), está falando, no contexto, sobre sustento
material, sobre provisão das necessidades físicas. Um cristão que não leva
a sério o trabalho, ao ponto de deixar sua família passar necessidade, está
violando os dois valores mais importantes que vêm logo depois de Deus.
4. O trabalho é uma ordem bíblica. É o meio do homem sustentar sua casa e
viver dignamente. Além disso, por meio do seu ganho ele também poderá
servir ao reino de Deus e ao necessitado:

“Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias
mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”.  (Efésios
4.28)
1. A Palavra de Deus também diz que aquele que não trabalha está andando
desordenadamente, fora do plano divino:

“Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: Se alguém não quer
trabalhar, também não coma. Pois, de fato, estamos informados de que entre
vós há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes se
intrometem na vida alheia. A elas, porém, determinamos e exortamos, no
Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranquilamente, comam o seu próprio
pão.”  (2 Tessalonicenses 3.10-12)
2. O mandamento de Deus é claro: quem não trabalha, não deve ser
sustentado pelos outros.
3. Cada homem tem a obrigação e a responsabilidade de se envolver com o
trabalho; isto não apenas o proverá quanto às suas necessidades, mas
ocupará corretamente o seu tempo, livrando-o de outros problemas. Paulo
se orgulhava de nunca ter sido um peso para ninguém, e de suas próprias
mãos (seu trabalho) terem lhe provido o sustento (At 20.34).
4. Mesmo quando Deus chama alguém para o ministério de tempo integral – o
que também é trabalho – deve-se ter a sensibilidade de reconhecer que, em
determinados momentos, devido à falta de recursos, nada há de errado em
se trabalhar em uma outra área até que a condição de sustento mude – foi
isto o que aconteceu com Paulo em Corinto (At 18.1-5).
5. Na vida dos que se dedicam de tempo integral, o ministério se enquadra na
prioridade “trabalho”. Jesus ao enviar seus discípulos para pregar e
ministrar ao povo, aplicou a eles o termo “trabalhadores” e mencionou seu
direito de salário, que é a recompensa legítima do trabalhador (Mt 10.7-10).
6. Alguns estudantes crentes não sabem onde devem colocar seus estudos
nesta escala. Considerando que o estudo é um meio de profissionalização e
preparo para melhores trabalhos, deve ser colocado no mesmo lugar que o
trabalho.
7. Porém, algumas famílias conseguem manter seus filhos somente
estudando sem que trabalhem, mas a maioria não. Portanto, devemos
aconselhar e encorajar nossos jovens que enfrentem a correria de exercer
as duas atividades, pois, independentemente da necessidade financeira, o
trabalho engrandece e amadurece a pessoa.
8. Se dermos o valor devido a cada uma destas atividades, mantendo-as em
ordem na escala de valores e respeitando esta ordem em nosso dia a dia,
deixaremos de ter muitos dos problemas que já tem nos incomodado. O
trabalho tem o propósito de servir ao cuidado familiar; mas requer muita
atenção e equilíbrio de nossa parte, uma vez que alguns, por se dedicar
demais ao trabalho, acabam perdendo a própria família da qual deveriam
cuidar, enquanto outros, por sua vez, negligenciam o cuidado básico.

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