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Série: Pais & Filhos – Família

2º Semestre: Abril/Maio/Junho 2023

RESUMO
Nesse trimestre estaremos abordando alguns
aspectos sobre a família cristã. Nas aulas
professores e alunos estarão se aprofundando em
temas pertinentes e importantes para o
fortalecimento da célula mater da sociedade.

José Roberto Lopes Leão


Coordenador Escola Bíblica Dominical - INVP

O CONCEITO CRISTÃO E A
FAMÍLIA.
Pais & Filhos
Pais & Filhos – Família Texto Bíblico Básico:

SE o Senhor não edificar a


Domingo, 02 de abril 2023
casa, em vão trabalham os
Tema: Os Pilares da família cristã que a edificam; se o Senhor
não guardar a cidade, em vão
vigia a sentinela. (Salmo
127.1)
Introdução:
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não
guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” ( Salmos 127:1).
Antes de começar nossa aula de hoje, vamos começar com oração, pedindo para que Deus
e o Espirito Santo venham abrir nosso entendimento, e para que a palavra de Deus entre
e faça morada em nosso coração.
Nessa aula iremos falar um pouco sobre os
pilares necessários para que a família cristã
E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem
seja abençoada. Sabemos que Deus é o criador
esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
da família. No livro de Gênesis lemos que
Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra Deus criou o homem e viu que não era bom que
todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os
trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e o mesmo permanecesse sozinho, e então cria a
tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso mulher para ser sua auxiliadora (Gn 2:18-25).
foi o seu nome. Formando assim a primeira família da terra.
E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos
céus, e a todo o animal do campo; mas para o I – ENTÃO O QUE É UMA FAMÍLIA
homem não se achava ajudadora idônea. CRIADA POR DEUS?
Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre - Homem, mulher e sua prole( filhos). Toda a
Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas
costelas, e cerrou a carne em seu lugar; história da civilização humana é baseada nesse
modelo.
E da costela que o Senhor Deus tomou do homem,
formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. Mas sabemos que essa instituição maravilhosa
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e que foi criada pelo Senhor Criador, tem sido
carne da minha carne; esta será chamada mulher, duramente afrontada e bombardeada todos os
porquanto do homem foi tomada.
dias através de falsos ensinamentos em todos
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e os meios de comunicação (tv, rádio, internet
apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne. etc...).
Então depois de ter criado o homem e a
E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e
não se envergonhavam. Gênesis 2:18-25 mulher, Deus juntou-lhes como um casal e os
[Cite sua fonte aqui.] abençoou para que fossem férteis e se
multiplicassem sobre a terra (Gênesis 1:28).
Portanto, a unidade familiar nasce a partir do casamento. A Bíblia é clara quando a isso:

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“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão
ambos uma só carne” (Gênesis 2:24).
II – OS QUATRO PILARES DA FAMÍLIA CRISTÃ

Texto bíblico sugerido:

(Colossenses 3:18-21)

Vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos,


como convém no Senhor. Vós, maridos, amai a
vossas mulheres, e não as trateis asperamente. Vós,
filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto
é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis a
vossos filhos, para que não fiquem desanimados.

O tema é enfático: “Pilares de edificação da família” – ora, chega até ser um tema
redundante – o que é um pilar? É aquilo que sustenta uma grande estrutura. Então,
devemos nos concentrar nisto nesta aula, espero que sejamos edificados, desafiados e
constrangidos a fazer conforme nos ensina a Palavra de Cristo.
Acho que a passagem que temos diante de nós diz tudo o que precisamos saber para
abordamos este tema significativo. Temos aqui riquezas exegéticas singulares, temos aqui
o mais puro ensino do evangelho de Cristo para cada um de nós.
I – O Pilar Da Submissão: Notemos aqui neste texto como Paulo aborda esta temática.
É preciso compreender isso de forma muito clara, pois, a nossa sociedade pós-moderna
tem ensinado que a mulher tem galgado um espaço significativo, e que por isso, não deve
de forma alguma se submeter a vontade de alguém do gênero másculo.
Ou seja, temos visto o feminismo ser a bola da vez, o feminismo com sua perspectiva de
igualdade ou como de igualitarismo tem se tornado o conceito de submissão e tem se
colocado em xeque. O que fazer com esta palavra?
Será que submissão significa desprezar a mulher, significa relegá-la a um segundo plano?
Será que é isto que Paulo está ensinando? Será que é isto que o evangelho nos ensina?
Não! No grego temos na etimologia (origem da palavra submissão)."submissio ,onis",
com o sentido de abaixar o tom da voz. – este verbo significa “sujeitar-se”. Algumas
coisas são pertinentes neste texto:
a) é um verbo que está no tempo presente: e no grego a expressão sujeitar-se indica uma
ação contínua – sempre vivendo de forma submissa, esta é a ideia que temos no texto
sagrado.
b) este verbo está no modo do imperativo: ou seja, a submissão não é optativa, mas é uma
ordem. Paulo oferece as diretrizes para que uma família seja de fato edificada, é
necessária que a mulher, a esposa, seja uma mulher sábia, e saiba viver sua submissão ao
esposo.

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c) O verbo está na voz passiva: isto significa que esta submissão é voluntariosa; pois, este
é o conceito Paulino. E a resposta para esta submissão está no amor que é o vínculo da
perfeição.
A mulher não deve ser motivada pelo medo, ou pela insegurança a ser submissa ao seu
marido, pelo contrário, o que deve motivar a submissão da mulher é ver no seu Marido a
proteção, o afeto e carinho que este lhe reserva.
Quero trazer uma palavra de alerta sobre este verbo. A submissão da mulher não significa
que ela é o capacho do homem. Que deve ser alvo de desprezo longe disso. Por outro
lado, vocês mulheres devem levar em consideração um aspecto.
Não permitir que o mundo lhes ensine o que não está na palavra de Deus. Notem o termo
submissão, significa ter uma missão abaixo; a mulher é chamada para ser auxiliadora
idônea. Você tem uma missão de auxiliar seu esposo na criação do lar, na formação da
família, você deveria está unida com seu marido, tratando-o com respeito, dignificando-
o, honrando-o, somente assim teremos uma família realmente alicerçada, e
profundamente estabelecida. É disto que as famílias precisam de mulheres sábias que
saibam edificar sua casa. Que saibam levar a bom termo sua família e seu esposo pelos
caminhos da graça que procedem do lar.
II – O Segundo Pilar É O Amor: Notem como Paulo segue a sequência de seu texto:
“Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis asperamente” ...
Paulo agora se dirige aos maridos. Vocês querem saber qual pilar de fato edifica uma
família. O amor. Simplesmente o amor. Notaram como o apostolo é enfático aqui neste
texto? Paulo diz: Maridos. Amai – me surpreende o fato de que este imperativo não foi
dirigido às mulheres. Tem uma razão? Sim. Os homens são os cabeças do lar; mas
também a mulher tende a não aceitar a autoridade do marido no lar, e o marido tende a
ignorar sua esposa. Aqui está o verdadeiro caminho pra os divórcios, para os conflitos,
para as decepções – o amor que cura, e que restaura tudo; mas, preciso indagar,
precisamos caminhar um pouco mais. Como o marido deve amar a sua esposa?
Paulo nos responde isto no capítulo cinco de Efésios versículo 25 onde diz: “Vós,
maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se
entregou por ela” – isso é de grande importância.
Vivemos em uma cultura onde se diz que o amor é fazer sexo, onde amor é
sentimentalismo, onde amor é eu buscar a felicidade e se importar comigo mesmo. Ual!!!,
vejam como isso é diferente do evangelho de Jesus Cristo. Vejam como isso está longe
do padrão de Deus. Notem o que implica quando um homem se une a uma mulher. Vejam
como o padrão é alto demais para nós, para todos nós aqui.
Como foi que Cristo amou a igreja? Ele se entregou por ela, a amou quando não havia
beleza nela, a amou quando ela lhe dava as costas ao abraçar doutrinas estranhas, a amou
mesmo sabendo que ela não tinha nada para oferecê-lo, ele amou a igreja naquela cruz,
morreu por ela, e ressuscitou por ela, e a defende de seus inimigos, a ampara, cuida e zela
pela igreja.

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III – O Terceiro Pilar É A Obediência: O terceiro pilar edificador de uma família
certamente é a obediência. Paulo toca neste ponto importante ao dizer: “Vós, filhos,
obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor” (vs.20).
Chamo sua atenção para o verbo obedecer que aparece aqui no texto. No grego temos
“u`pakou,ete” hypakouete – a ideia é de dar ouvidos, imagem como isso é importante.
Pois, em nossos dias, os filhos dão ouvidos aos amigos, buscam conselhos com os amigos
– amam mais os amigos do que seus próprios pais acham que seus pais não sabem de
nada.
A Bíblia diz que devemos obedecer aos nossos pais. Este é o pilar singular, pois, muitos
de nossos jovens estão no mundo, estão nas drogas, estão nas sarjetas porque ignoraram
este preceito claro da verdade de Deus – note Paulo diz: “em tudo obedecei a vossos
pais”. Isso é importante. Isso é fundamental. Isso é bíblico.
IV - O Quarto Pilar É A Compreensão Dos Pais Para Com Os Filhos: O último
pilar é fundamental. Cobramos obediência de nossos filhos, mas nos esquecemos que por
vezes transformamos nossos filhos no que eles são hoje. Note o que está escrito aqui:
“Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados” (v.21) –
sabem porque muitos filhos não se aconselham com seus pais? Aqui está a razão. Os pais
são peritos em acabar com toda a perspectiva, com todos os sonhos de seus filhos.
O desprezo para com os filhos é gritante em nossa sociedade, vamos chorar e lamentar
profundamente porque estamos perdendo os nossos filhos, porque nunca valorizamos
seus estudos, suas tentativas, vivemos sempre chamando-os de incompetentes, que nunca
serão alguém na vida, as vezes e quase sempre nos casamos com a igreja, vivemos para a
igreja e esquecemos de nossos filhos, queremos prendê-los em nosso mundo, esquecendo-
nos que eles têm os mundos deles. Não preparamos os nossos filhos para o mundo, antes
os tiramos do mundo criamos um mosteiro espiritual e esquecemos que somos chamados
para estimulá-los neste mundo.

CONCLUSÃO:
Diante de tantos ataques que este mundo tenta desestruturar a família cristã, aqui
abordamos pilares que servirão para que nem o mundo e as forças espirituais do mal
interfiram na família. Pedimos ao Senhor que ajude aos pais que de acordo com Cl 3.18-
21, a família cristã se torne mais e mais fortalecida em meio ao um mundo que despreza
a base familiar sadia.

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Pais & Filhos – Família Texto Bíblico Básico:
Gn. 2.18, 21-24 - O Senhor Deus
Domingo, 09 de abril 2023 disse: "Não é bom que o homem
esteja sozinho. Farei alguém que o
Tema: A Família e os Desafios Atuais ajude e o complete" Então o Senhor
Deus o fez cair num sono profundo.
INTRODUÇÃO: Enquanto o homem dormia, tirou
dele uma das costelas e fechou o
A família é uma comunidade constituída por um homem espaço que ela ocupava.
e uma mulher, unidos por laço matrimonial, e pelos Dessa costela o Senhor Deus fez
filhos nascidos dessa união. uma mulher e a trouxe ao homem.
"Finalmente!", exclamou o homem.
A vida moderna proporciona conforto e oportunidades "Esta é osso dos meus ossos, e
materiais, mas não podemos ignorar as armadilhas carne da minha carne! Será
contra a vida espiritual da família cristã. chamada ‘mulher’, porque foi tirada
do ‘homem’".
O Diabo sempre intentou destruir a família (1 Pe 5.8). Por isso o homem deixa pai e mãe e
Entretanto, Deus tem colocado à disposição do crente se une à sua mulher, e os dois se
tornam um só.
um verdadeiro arsenal do Espírito Santo através da
Bíblia Sagrada: a oração, o jejum, a leitura bíblica, o (Nova versão transformadora)
poder do sangue de Cristo e a comunhão com o Espírito
Santo; são armas poderosas que devemos utilizar para combater o Maligno em sua fúria
contra a família (2 Co 10.4,5; Ap 12.11; 2 Ts 3.3; 1 Jo 2.13,14).

I. O CASAMENTO, O LAR E A FAMÍLIA


1. Origem do casamento. Deus viu que a solidão não seria boa para o homem (Sl 68.6;
113.9). Por isso, fez-lhe uma adjutora para viver em sua companhia (Gn 2.18,21-23).
Deus uniu o homem à sua mulher, a fim de serem “uma só carne” (Gn 2.24). Portanto, a
união conjugal tem de ser monogâmica, heterossexual e indissolúvel. Ou seja: o
casamento bíblico é a união de um homem com uma mulher até que a morte os separe.
Fora disso, qualquer tipo de união conjugal é “abominação ao Senhor” (Lv 18.22; 20.13;
Rm 1.27; 1 Co 6.10).

2. Origem da família. Antes de estabelecer a Igreja, Deus criou a família e determinou


regras para o seu desenvolvimento. Embora o Criador haja destinado apenas uma mulher
para o homem, o pecado levou o ser humano à poligamia, à fornicação e ao adultério,
ignorando o padrão da vida conjugal estabelecido por Deus (Gn 2.24; 4.1).

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3. Origem do lar. O primeiro lar foi formado por Deus. Neste lar havia amor, paz, saúde
e alegria (Gn 2.25). Até o trabalho era realizado sem estresse (Gn 2.5,15). O mais
importante, porém, era a presença de Deus (Gn 3.8a). Sendo esta também indispensável
ao lar cristão, deve ser buscada e cultivada por todos os membros da família.

II. OS ATAQUES CONTRA O CASAMENTO


1. O ataque no Éden. O primeiro ataque ao casamento ocorreu no Éden. Daquele
episódio, surgiu a inclinação inata do ser humano para pecar, trazendo como
consequências a iniquidade, as doenças, o envelhecimento e a morte física e espiritual.

2. Formas iníquas de união. Nestes dias trabalhosos e difíceis, os ataques (e como


sempre disfarçados e “justificados”) contra o casamento são os mais diversos. O que dizer
do casamento homossexual (Lv 18.22; 20.13; 1 Co 6.9-10; 1 Tm 1.10). Quem assim
procede, sofrerá o juízo divino (Gn 19.5,24; 1 Rs 14.24; Rm 1.26; Hb 13.4; Jd v.7; Gl
6.7). O homossexualismo é um ataque frontal ao casamento.
A Igreja do Senhor Jesus, como “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15), não pode
deixar de protestar contra tais coisas. O matrimônio deve ser valorizado conforme
recomenda a Palavra de Deus (Hb 13.4a).
III. OS ATAQUES CONTRA A FAMÍLIA
1. O primeiro ataque da serpente à instituição familiar. No Éden, o Diabo atacou
frontalmente o casamento e a família. Por causa do pecado, o primeiro casal foi expulso
do jardim (Gn 3.23,24), gerando uma série de males entre os quais o assassinato de Abel
(Gn 4.2-8). O pecado transtornou, profanou e perverteu o ser humano (Rm 7.8-24).

2. Ataques à família. Ao longo dos tempos, o inimigo vem atacando continuamente à


família de diversas maneiras:
a) Infidelidade conjugal. A vontade de Deus é que os cônjuges se amem mutuamente (Ef
5.25; Tt 2.4). Temos de fugir da infidelidade (1 Co 6.18a). O começo pode ser um olhar,
uma conversa, levando em seguida à consumação do pecado. Para evitar a infidelidade
conjugal, os cônjuges podem adotar medidas simples, mas eficazes, sempre com a graça
de Deus:
• Buscar a Deus em oração. Orando juntos, diária e constantemente, o casal fortalece
os laços espirituais e conjugais (Mt 26.41);
• Ler a Bíblia diariamente. É indispensável ao casal ler a Bíblia todos os dias. Alguns
dizem que não há tempo, mas a verdade inconteste é que “há tempo para todo o propósito
debaixo do céu” (Ec 3.1);
• O esposo deve dar prioridade à sua esposa. Volte a cultivar o carinho, o afeto, e a
expressão do amor conjugal para com a mulher de sua mocidade (Ef 5.25-28).

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• A esposa deve dar prioridade a seu esposo (Ef 5.33). A mulher cristã, com prudência
e amor, torna-se um esteio contra a infidelidade conjugal. Buscando a sabedoria divina,
ela haverá de preencher as necessidades emocionais e afetivas de seu cônjuge.
b) A ausência de Deus no lar. Nada pode preencher a falta de Deus no lar, a não ser o
próprio Deus. A ausência de Deus no lar é a causa de alguns problemas que afetam o
casamento e a família como um todo. Como vencer esse terrível inimigo?

• Cada membro da família, a partir do casal, deve tomar a decisão de servirão Senhor,
sem nunca se descuidar do culto doméstico. Faça como Josué: “Eu e minha casa
serviremos ao Senhor” (Js 24.15). Além disso, frequente a igreja juntamente com o seu
cônjuge e filhos.
• Levar a família a valorizar a igreja local (Sl 122.1; 27.4; 84.10; Ec 5.1). É
importante que os pais deem exemplo aos filhos, não apenas mandando-os para a igreja,
mas indo com eles à casa do Senhor. Incentive-os a tomar parte nas atividades da igreja
local.

IV. FORTALECENDO O LAR CONTRA OS ATAQUES DO MAL

1. Os ataques modernos à família e como vencê-los. Conforme já dissemos, são muitos


os ataques à família nos dias atuais.
a) A inversão de valores. A família está sendo destruída por novelas, filmes e toda mídia
iníquas, escritas e produzidas por pessoas distanciadas dos valores legitimamente cristãos,
e pelas publicações que zombam da Palavra de Deus (Is 5.20).
b) A tecnologia como instrumento do mal. A televisão, a internet, as redes sociais por
exemplo, vêm sendo traiçoeiramente usados pelo Diabo para contaminar preciosas vidas.
A Igreja do Senhor Jesus precisa, no poder do Espírito Santo, reagir contra o uso
inadequado e pecaminoso desses meios de comunicação em massa. Se não reagirmos, a
família cristã sofrerá pesadas consequências.
2. É necessário tomar posição. Josué afirmou: “porém eu e a minha casa serviremos ao
Senhor” (Js 24.15). A maior parte dos ataques contra a família tem sucesso, porque os
responsáveis pelos lares cristãos não tomam diante de Deus, uma posição firme e corajosa
contra essa perversa inversão de valores (Ef 6.4b; Dt 22.8).
3. É necessário temer a Deus e andar nos seus caminhos. “Bem-aventurado aquele que
teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!” (Sl 128.1). As promessas de que trata o salmo
são bênçãos extraordinárias sobre a família, incluindo o líder, a esposa, os filhos e os
filhos destes conforme promete Deus. Mas há um preço a pagar: Deus exige santidade no
lar de quem lhe professa o nome (Hb 12.14; 1 Pe 1.15).
4. É necessário edificar a casa sobre a Rocha (Mt 7.24; Sl 127.1). Edificar a casa “sobre
a rocha” é edificar o casamento, o lar e a família, sobre Cristo Jesus, que é a “a pedra”,
ou a rocha dos séculos (Mt 21.42; Lc 20.17; 1 Pe 2.7). Muitos crentes edificam sua casa
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sobre a areia (Mt 7.27), e amargam as consequências. Como está você construindo o seu
lar?

CONCLUSÃO
Hoje, mais do que nunca, é necessário manter a família nos padrões estabelecidos por
Cristo. Quando tomamos uma firme posição de manter o nosso lar na Palavra de Deus,
como o fez Josué (Js 24.15), certamente levaremos a nossa família a entrar na Arca, que
é Cristo (Gn 7).

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Pais & Filhos – Família
Domingo, 16 de abril 2023
Tema: A Criação dos filhos.

INTRODUÇÃO:
Por Que Deus nos dá Filhos?
Deus poderia ter feito uma multidão de seres humanos, mas fez apenas um homem e uma
mulher, e os encarregou de gerarem uma raça. Entre as muitas razões, três são as mais
importantes:
▪ Para Nos Mostrar o Seu Favor
(SL 127.3-5) Deus nos ama. Seu coração paterno desejava compartilhar conosco a linda
experiência de criar filhos. Eles não nos são dados para nos sobrecarregar ou nos fazer
sofrer inutilmente, mas para formar-nos à semelhança de Deus, o Pai Eterno.
▪ Para Criá-los em Deus
(EF 6.1-4; CL 3.20-21) Devemos ter uma atitude de seriedade e fé diante do privilegio de
criar filhos no Senhor. Temos apenas uns 18 ou 20 anos para completar em cada filho a
etapa de formação. Não podemos perder nenhum desses anos.
▪ Para Encaminharmos a Geração Seguinte na Vontade de Deus
(GN 18.17-19; SL 128) O homem se projeta para o futuro através dos filhos e dos filhos
de seus filhos. A maior obra que podemos fazer nesta vida é a de criar filhos para que
honrem ao Senhor e abram caminho para a extensão de seu reino. Deus não intervém
diretamente na criação de nossos filhos. Nós é que devemos assumir esta
responsabilidade. Não podemos ignorá-la, porque um dia vamos ter que prestar contas do
que fizemos nesta área.
Deus manifestou a sua confiança em Abraão quanto a isto (Gn 18.17-19). Entretanto,
revelou seu profundo desagrado com o sacerdote Eli por sua irresponsabilidade na
disciplina e formação de seus filhos (1Sm 2.12,27-30; 3.11-13).

I - Determinando Objetivos Na Formação Dos Filhos


Pv 22.6 “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não
se desviara dele”.
Esta tarefa não é fácil. Requer uma dedicação séria durante muitos anos. Mas Deus nos
assegura a sua graça e sabedoria.
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COMPREENDENDO A NATUREZA DA CRIANÇA (Pv 22.15; Sl 51.5). Elas não se
inclinam naturalmente para o bem. Por isso devemos ensiná-las, formá-las e discipliná-
las.

AS METAS IMPORTANTES NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA SÃO:


✓ Uma relação pessoal com Deus – consciência de que são parte da família de Deus
e devem se relacionar diretamente com ele.
✓ A formação do caráter – capacidade para enfrentar as responsabilidades da vida,
trabalho, casamento, solida base moral, autodisciplina, autoestima, domínio
próprio, controle sobre os sentimentos, gostos, etc.
✓ Formação social – clara consciência de sua identidade, capacidade de se relacionar
com outros, assumir compromissos, e sujeição às autoridades.
✓ Formação Física – hábitos alimentares e higiene.

II - Quais São as Responsabilidades dos Pais?


Há quatro áreas específicas de responsabilidade dos pais: exemplo, instrução, disciplina
e carinho. Tudo isto são expressões práticas do amor. Além de aceitarmos os filhos como
eles são, com seu próprio sexo, virtudes e debilidades, cor dos cabelos e da pele,
personalidade, devemos considerá-los que são herança do Senhor. Temos, portanto, a
responsabilidade diante de Deus de criá-los para a Sua glória.
1) Exemplo
Os filhos aprendem tudo com o comportamento de seus pais. Ensinamos mais com o
exemplo do que com palavras, ordens ou ameaças. O exemplo é a base fundamental para
formação do caráter dos filhos. Eles procuraram imitar seus pais no que dizem e no que
fazem. Não adianta cobrar ações de graça em toda e qualquer ocasião se os pais não agem
assim.
2) Instrução (Pv 22.6)
Enquanto o exemplo é a base fundamental para a formação da vida dos filhos, a instrução
direciona e ordena essa formação. Instruir significa: ensinar, doutrinar, formar, capacitar,
comunicar. As crianças não aprendem somente por ver e imitar, elas necessitam ser
instruídas na: honestidade, justiça, perdão, generosidade, respeito pelos outros, pudor e
asseio, modéstia, diligência e etc.
Também é responsabilidade dos pais incentivar os filhos a desenvolverem sensibilidade
espiritual, docilidade e boa disposição diante de Deus.
Áreas que merecem mais atenção dos pais:
✓ Realizar trabalhos e cumprir ordens;
✓ Ajudar outras pessoas;
✓ Concentrar-se nos estudos.
✓ Resolver problemas e discórdias sociais.
✓ Formar amizades;
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✓ Vencer a tentação;
✓ Desenvolver um sentido de dignidade moral;
✓ Usar bem o dinheiro e o tempo;
✓ Encontrar e permanecer no emprego;
✓ Desenvolver um bom comportamento com o sexo oposto;
✓ Descobrir sua vocação.
Os pais devem elogiar, felicitar e aprovar tudo aquilo que os filhos fazem bem ou quando
mostram interesse de acertar. Isto ajudará a firmar os valores positivos do caráter. Faz
com que os filhos se sintam reconhecidos e apreciados reforçando a autoestima. Os filhos,
por outro lado, devem conhecer os limites de sua liberdade. Isso se faz com pequenas
regras de funcionamento da casa. Essas regras devem ser poucas e razoáveis, e se exigirá
o cumprimento.
Quanto aos adolescentes, é necessário explicar-lhes bem as coisas. Não é bom agir com
uma atitude simplesmente impositiva. Quando se explica, isso ajuda na formação de
critério e bom juízo, ainda que eles resistam diante de normas estabelecidas. Entretanto,
apesar das boas e devidas instruções que os pais possam dar, nada substitui o exemplo
dos pais. Muitos não seguem este princípio e acabam “apagando com o cotovelo o que
escrevem com as mãos”.
3) Disciplina
Textos: Cl 3.20,21; Pv 3.12; Pv 13.24; Pv 19.18; Pv 20.30; Pv 22.15; Pv 23.13,14; Pv
29.15.
A relação de uma criança com Cristo prospera na medida em que obedece a seus pais.
Jesus Cristo vive e trabalha na vida de um filho obediente.
A obediência não é opcional nem se limita no que o filho considera justo. A obediência
deve ser a tudo. A autoridade dos pais foi dada por Deus para formar e disciplinar a seus
filhos e tem dele todo o respaldo.
Os pais podem se enganar muitas vezes, mas, quando isso ocorrer, devem admitir logo
seus erros. Ao admitir que estão errados, demonstram ser pessoas a quem Deus pode
respaldar. Sua autoridade não vem do fato de estarem certo, mas sim de Deus de quem
eles a receberam.
O Uso da Vara
Os textos acima citados, mencionam o termo vara repetidamente. Isso sugere um castigo
físico. Não se trata aqui de simplesmente castigar a criança. O uso das mãos ou de
objetos de uso pessoal foge do princípio e dos objetivos. As mãos servem para acariciar,
proteger e afagar. Cintos, chinelos, fios elétricos, etc. representam objetos pessoais. Mas
a vara (pode ser uma simples varinha de madeira, ou mesmo um objeto de couro) de uso
exclusivo, representa um instrumento de correção e disciplina.
Mais sabemos que pela pedagogia do ensino, não se aconselha usar a violência com a
criança, ao invés disso, a conversa, os ensinamentos e as disciplinas servem para
ensinar limites aos filhos de maneira sábia. Que o Senhor lhe conceda sabedoria plena
nessa área.

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Aspectos Importantes da Disciplina
a) Deus estabeleceu os pais como responsáveis diretos pela conduta de seus filhos (Pr
4:1-9; 1Sm 3.13,14).

b) O pai é a figura principal quanto a disciplina. Ainda que a mãe tenha que disciplinar,
o filho deve saber que ela conta com o apoio de seu marido. Isto facilita a tarefa da mãe.
c) Os pais têm que mostrar unanimidade na disciplina. A mulher deve ter o cuidado
para não contradizer a seu marido, e o homem deve respaldar a sua esposa,
especialmente na presença dos filhos.
d) Os pais não devem proferir ameaças nem expressões de ódio.
e) A disciplina deve ser administrada imediatamente após a ofensa ou desobediência
Ec 8.11 “Visto não se executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos
homens está inteiramente disposto a praticar o mal.”
f) A disciplina deve ser:
✓ Com firmeza e decisão;
✓ Com critérios estabelecidos (não segundo as emoções);
✓ Proporcional a ofensa; e,
✓ Sem ira ou amargura.
✓ O que Deve Ocorrer Após a Disciplina
✓ A disciplina correta deve seguir um processo que inclua:
✓ EXPLICAÇÃO: a criança deve saber o porquê da disciplina.
✓ CASTIGO : Sempre na melhor maneira à ofensa.
ORAÇÃO.
PERDÃO: a criança deve saber que a partir da disciplina não há mais culpa pelo ocorrido,
e que ela é amada pelos seus pais.
RECONCILIAÇÃO: isso significa reparar ofensas, pedir perdão, restituir coisa roubadas,
voltar a amizades rompidas, etc.
Principais Deficiências No Exercício Da Disciplina
a) Condicionar a obediência à compreensão da criança: a criança não obedece, apenas
concorda. Não há reconhecimento de autoridade, mas uma negociação.
b) Ajudar na “obediência” para evitar confronto: dar uma ordem e auxiliar na execução
quando a criança oferece resistência. Quando isto se torna um hábito (vício) doméstico
provoca sérios vexames em ambientes estranhos ou públicos.
c) Achar desculpas e justificativas para as manias: Ex.: “é o gênio”, “são os dentes”, “está
com sono”, etc. Nada disso justifica a rebeldia. A criança, mesmo indisposta, pode e deve
obedecer aos pais em tudo e prontamente.

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d) Diferenciar ordens (mais ou menos importantes): ordens são ordens e devem ser
obedecidas prontamente, qualquer que seja. Estabelecendo-se diferenças, confunde-se a
criança. Ela não entende porque há mais severidade para umas ordens do que para outras.
Ela só sabe que, às vezes, exige-se obediência e outras não. Exemplos: 1º – Não toque na
tesoura x Vá escovar os dentes; e, 2º – Não suba na janela (quarto andar) x Não toque na
radiola.
e) Deixar-se manipular: “Só essa vez”, “ó mãe, me perdoe”, “eu prometo que não faço
mais”, “estou tão cansado”, “você nunca me deu isto ou aquilo”, etc.
f) Deixar-se levar pela desculpa da memória, desobediência cor-de-rosa: “oh! esqueci”.
Vara é bom para a memória.
g) Compensação por sentimento de culpa: os pais se sentem culpados por não poderem
atender algumas necessidades e desejos, ou até caprichos dos filhos, por não terem
recursos, e querem compensar tornando-se muito tolerantes.
h) Não exigir obediência total, irrestrita e imediata: não entender ou não concordar com
Deus quanto a autoridade delegada aos pais. A base da relação pais x filhos é a autoridade
Pais inseguros apelidam frouxidão de “amor” ou compreensão.
i) Não exigir obediência na ausência dos pais, “você não é meu pai nem minha mãe”.
Filhos desaforados e desrespeitosos para com os mais velhos e adultos em geral.
j) Contentar-se com uma obediência circunstancial. Não buscar uma disposição de
submissão nos filhos nem os levar a ter uma cerviz dobrada. Quem acha muita explicação
para os erros dos filhos, também achará para os seus, diante de Deus.
k) Não entender que a disciplina é corretiva e formativa e não punitiva. As Escrituras
dizem: “vara da disciplina” – o castigo imposto pela vara, ao contrário de tentar punir,
visa, antes, corrigir defeitos e formar o caráter da criança.
l) Falta de perseverança: hoje disciplina, amanhã não, ainda que pelo mesmo motivo. Isto
confunde a criança.
m) Papai “Esquecido”: sempre esquece as advertências que fez e volta a advertir.
Ridiculariza-se a si mesmo e aos filhos.
n) Papai “Gamaliel” é o super-mestre: sempre explica muito e não age nunca. Esquece
que é a vara e não o sermão que afasta a estultícia do coração da criança.
o) Papai “Eli” é o super espiritual: quer transmitir uma imagem forte do “Papai-do-Céu”,
sendo ele próprio um molenga. Os filhos não aprenderão a temer o “Papai-do-Céu” se
não aprenderem a obedecer ao “papai-da-casa” ( Ex 32.21, 25 x Gn 18.19 ). O Deus de
Abraão ficou conhecido, depois dele, como “O Temor de Isaque”.
p) Papai “Fariseu” exige tudo e não faz nada. Os filhos não são estimulados e desafiados
pelo exemplo, além de perderem o respeito pelos pais diante da hipocrisia destes.

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4) Carinho
Ser o exemplo, dar instrução e disciplinar, são expressões de amor que muitas vezes não
são compreendidas ou consideradas com tal. Nossos filhos têm sentimentos e carências
afetivas. É necessário que se some a todas essas ações, muito carinho.
CARINHO é o mesmo que afeto, meiguice, docilidade, atenção e cuidado. São maneiras
de tratamento que expressam sensibilidade para com aqueles a quem amamos. Nossos
filhos sabem quando somos sensíveis a eles e às suas necessidades.

Existem algumas maneiras de se demonstrar isso:


✓ Expressão Verbal
Esta é a mais simples de todas, mas não menos importante. Dizer aos nossos filhos que
os amamos é o mínimo que podemos fazer. Expressões como: “Eu amo você”, “você é
muito importante para mim”, “sou grato a Deus por tua vida”, “você é um presente de
Deus para nós”, são simples, mas produzem um resultado maravilhoso.
Todos gostamos de saber que somos amados. Os que tem telefone, liguem especialmente
para os filhos, mande-lhes cartões e telegramas. Eles adorarão.
✓ Gestos Carinhosos
As palavras muitas vezes não conseguem expressar tudo. É preciso gestos! Um afago,
uma carícia, passar a mão pela cabeça, segurar com carinho as mãos, beijar, carregar nos
braços, carregar nas costas, rolar pelo chão, correr juntos, brincar de pega-pega e esconde-
esconde, podem ser expressões mais fortes que as palavras. Juntas, produzem uma
revolução de amor.
✓ Presentes Criativos
Nesta época em que o consumismo e a moda nos levam a comprar brinquedos
industrializados, diminuiu muito a criatividade dos pais. Presentes criativos, feitos pelos
próprios pais (carrinhos de sucata, pipas, barracas, aviões, cavalinhos, etc.…) têm um
valor muito maior. As crianças são sensíveis a isso.
Também é necessário que os pais saibam ensinar o valor de cada presente. Eles devem
ter um significado pessoal. Hoje em dia se dá presentes em épocas determinadas e não
por significados pessoais. Temos que presentear nossos filhos com coisas simples, porém
significativas. Cuidado para não trocar CARINHO POR PRESENTES CAROS. O
carinho é insubstituível!
✓ Valorizar Suas Ideias e Coisas
Ouvir os filhos: suas ideias e ideais. Interessar-se pelo que eles se interessam. Buscar suas
opiniões e sugestões. Dar oportunidade para que eles se expressem e participem das
decisões. Tudo isso são formas de dizer: “O que vocês são e dizem são importantes para
nós”.

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Respeitando seus gostos e desejos e, levando-os a alcançarem seus alvos, ajudaremos na
formação da autoestima deles. Nossos filhos precisam saber que são capazes e aceitos,
respeitados como indivíduos.
Amar = Exemplo + Instrução + Disciplina + Carinho

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Pais & Filhos – Família
Domingo, 23 de abril 2023
Tema: O Papel dos avós: como cultivar uma relação saudável
entre eles e os netos?
INTRODUÇÃO:
Saiba qual é o papel dos avós na criação dos netos e como a relação entre eles pode ser
benéfica para o desenvolvimento das crianças.
A educação de uma criança envolve inúmeros aspectos, como a criação familiar, a escola
e elementos externos. O papel dos avós pode não ser reconhecido pela maioria das
pessoas, porém, eles também desempenham função importante para o desenvolvimento
dos netos.
Cultivar uma relação saudável entre netos e avós pode trazer benefícios relevantes para a
formação da criança. A convivência com gerações diferentes é uma forma de trocar
experiências e conhecimento, além de demonstrar o carinho e o afeto familiar.
Na aula de hoje, vamos entender a importância dos avós na criação das crianças e
traremos algumas dicas de como cultivar uma relação saudável. Além disso, mostraremos
algumas atividades que podem ser realizadas. Troquemos experiências!

I - Entenda a importância dos avós na criação das crianças


Os avós têm papel importante no crescimento e na formação das crianças. Com a
experiência que eles acumulam, oferecem uma visão mais ponderada sobre a vida e são
capazes de transmitir segurança. A relação próxima com os netos contribui para dar mais
estabilidade emocional para os pequenos. Há quem acredite que a vó ou o vô são
responsáveis por mimar demais as crianças, o que realmente pode acontecer, porém, o

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amor que eles demonstram pelos netos é mais importante do que a superproteção que
possa existir.

A afetividade tem forte influência no desenvolvimento intelectual de uma criança, já que


os laços com outras pessoas permitem fortalecer características como solidariedade,
autonomia e responsabilidade. Além disso, a inteligência emocional é estimulada.
A convivência com pessoas mais experientes também pode ser saudável para o
aprendizado das crianças, que conseguem aproveitar a sabedoria dos mais velhos para
absorver conhecimentos. A relação entre eles faz com que os pequenos conheçam um
pouco mais sobre o passado e seu histórico familiar, compreendendo melhor quem eles
são.

II - Confira algumas dicas de como cultivar uma relação


saudável entre avós e netos.

Percebendo a importância desse


relacionamento, traremos algumas
dicas de como cultivar uma relação
saudável entre eles.

➢ Cultivar a afetividade
A afetividade é importante para as crianças, principalmente quando ela vem dos membros
da família. Por isso, os netos precisam saber que os avós estão prontos para dar carinho e
ajudar nos momentos de dificuldade. É interessante cultivar esse relacionamento saudável
desde os primeiros anos, pois, assim, quando for mais velho, o neto reconhecerá a
afetividade e continuará confiando em quem sempre esteve ao seu lado.

➢ Criar ambientes que sejam favoráveis para a integração


Crie um ambiente que facilite a interação entre essas gerações, sempre lembrando que as
idades e os costumes são diferentes. Por isso, busque atividades que também envolvam
as coisas que as crianças gostam, como tecnologia, filmes, televisão ou outros aspectos,
deixando que o relacionamento flua de forma natural.

➢ Respeitar a autoridade dos responsáveis


Os avós são importantes no desenvolvimento das crianças, mas a obrigação de criá-las é
dos responsáveis, por isso, é aconselhável respeitar essa diferença de papéis. É importante
encontrar um equilíbrio entre a disciplina e os mimos.

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É normal que cada pessoa tenha as regras da sua casa, mas, nesse caso, é importante
respeitar aquelas determinadas pelos responsáveis. Para que não haja problemas, é
interessante conversar e encontrar um padrão para os dois ambientes. Dessa maneira, o
período na casa dos avós será benéfico, pois, quando esses elementos estão alinhados, a
criança não se confunde e percebe que todos estão preocupados com o bem-estar dela.

➢ Conversar com as crianças


Os avós conseguem transmitir paciência, por isso os netos gostam de conversar com a
avó ou o avô. Nos primeiros anos, os assuntos podem envolver dificuldades na escola ou
problemas com colegas. Na adolescência, os temas podem ser as amizades ou primeiras
paixões. Com o passar do tempo, as conversas podem esbarrar na grande diferença de
idade, ainda assim, esse diálogo é importante para estreitar os laços.

➢ Estimular o convívio em momentos importantes


A infância reúne inúmeros momentos importantes para a criança, como as formaturas nas
séries iniciais, datas comemorativas e outros eventos significativos. Estimular a presença
dos avós nesses acontecimentos contribui para que a relação seja fortificada e valoriza os
feitos dos pequenos. Quando os avós estão presentes em Páscoa, Natal, dia das crianças
e aniversário, eles ficam guardados na memória da criança, que passa a ter um carinho
ainda mais especial por cada avô e avó.

➢ Conheça atividades interessantes que podem ser compartilhadas


Uma das formas de integração entre avós e netos é por meio de atividades e passeios que
possam ser feitos juntos. Confira algumas sugestões!
a) Reviver as brincadeiras de infância: Os avós podem passar tempo com os netos
revivendo as brincadeiras de infância do passado. Essa é uma forma de se entreter
e conhecer um pouco mais sobre cada um, além de criar um vínculo diferenciado.
Neste momento, se não for possível estar junto aos avós, criar momentos para
videochamadas, é uma forma de estimular a conexão com as crianças.
b) Construir pequenos projetos: Desenvolver um projeto em conjunto com alguém
de quem gostamos ajuda a fortalecer a ligação com essa pessoa. Isso pode ser feito
ao pintar um quadro, montar um quebra-cabeça ou outras atividades simples. O
interessante é que isso seja feito de forma conjunta, sem que um faça e outro
somente assista.
c) Participar de atividades físicas juntos: As atividades físicas são muito
importantes para todas as idades, sendo também uma boa opção de integração
entre avós e netos. É possível fazer uma caminhada, andar de bicicleta, nadar,
entre outros exercícios. Além de cuidar da saúde, esses momentos costumam ser
divertidos e prazerosos. Neste momento de pandemia, as atividades podem ser
adaptadas para dentro de casa, garantindo a segurança de todos.
d) Fazer uma pequena viagem
e) Viajar é uma forma interessante de fortalecer uma relação, pois desse modo várias
horas serão passadas na companhia da outra pessoa. Não é preciso ir longe para
viver esses momentos de conhecimento e diversão juntos, o que pode ser saudável
para esse relacionamento. Que tal já planejar esse momento para o pós-pandemia?

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f) Nesta aula, vimos o papel dos avós na educação das crianças e como eles
desempenham função importante na vida dos netos. Esse relacionamento, quando
cultivado de modo saudável, traz benefícios para a formação tanto em aspectos
emocionais quanto intelectuais. Portanto, dar as condições necessárias para que
essa relação aconteça afeta positivamente o desenvolvimento infantil

CONCLUSÃO:
Há quem diga que é com a chegada dos primeiros netos que as pessoas descobrem o que
é o amor verdadeiro. A mãe cheia de regras e limites, cede espaço para a avó que não
poupa carinhos e mimos ao neto. O pai, antes tão severo, se torna o super avô, que apesar
dos primeiros cabelos brancos, não hesita em rolar no chão, correr no parquinho e jogar
bola com as crianças.

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Pais & Filhos – Família
Domingo, 30 de abril 2023
Tema: A importância da relação saudável entre irmãos.
INTRODUÇÃO:
“Ter um irmão é ter, pra sempre, uma infância lembrada com segurança em outro
coração”. A frase de Tati Bernardi, famosa cronista brasileira, diz muito sobre o que os
irmãos podem representar na vida de uma pessoa. Eles são tão importantes que têm até
uma data especial no Brasil: no dia 5 de setembro, se comemora o Dia dos Irmãos! Você
sabia disso? Mas, para além do companheirismo, a relação fraterna tem outro papel muito
importante: auxiliar no desenvolvimento infantil.
As crianças que têm irmãos ampliam suas habilidades de empatia, de respeito às
diferenças e de resolução de problemas, dentre outras importantes capacidades.
I – BENEFÍCIO DA RELAÇÃO FRATERNA PARA A CRIANÇA.
“Quem tem um irmão tem tudo.”
Por medo da reação do filho primogênito à possível chegada de uma nova criança, muitos
pais podem evitar a possibilidade de aumentarem a família. Porém, um irmão traz
inúmeras vantagens para seu desenvolvimento. De acordo com especialistas, a chegada
de um novo membro no círculo familiar faz com que as crianças tenham que lidar com
novas emoções, tanto positivas quanto negativas, o que favorece o amadurecimento
emocional gradativo.
A criança experimenta diversos pensamentos e sentimentos – bons, ruins e ambivalentes
– que, a longo prazo, contribuem para seu desenvolvimento emocional enquanto ser
humano maduro e coerente.
A infância é fundamental para a criança descobrir qual é sua relação com o mundo e com
as pessoas ao seu redor. Junto dos irmãos, a criança tem parâmetros e apoio nessa jornada
de descoberta. O suporte fraterno está associado a níveis mais baixos de depressão e
solidão, enquanto os níveis de satisfação e autoestima são mais elevados.
Até mesmo as brigas, tão comuns entre irmãos, são positivas. Afinal, elas fazem com que
as crianças aumentem a capacidade de resolução de conflitos e colaborem com o
crescimento mútuo, que não seria possível na ausência de divergências.

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Além disso, outros benefícios da relação fraternal podem ser destacados, como: criar
maior independência, fortalecer a autoestima, valorizar as habilidades do outro e aprender
mutuamente a socializar.
II – O PAPEL DOS IRMÃOS NA CONSTRUÇÃO DA PERSONALIDADE
Quem disse que o papel dos irmãos é só implicar? Segundo estudos, a relação fraterna
também auxilia no processo de construção de personalidade e socialização da criança, já
que eles passam um tempo considerável interagindo entre si.

Com o convívio fraterno, os irmãos aprendem a respeitar as diferenças e se tornar mais


empáticos e ficam mais abertos a socializar com pessoas fora do círculo familiar.
Involuntariamente, irmãos podem colaborar no desenvolvimento da fala e, com o tempo,
podem aprender a nutrir diálogos sinceros.
Na hora das brincadeiras, um pode estimular a criatividade do outro, além da liderança, a
coragem e a gentileza. Existem casos em que um irmão ajuda o outro no aprendizado de
leitura e escrita.
Além disso, o convívio entre irmãos contribui para a formação da responsabilidade das
crianças em vários âmbitos, como nas tarefas domésticas, na vida financeira e até mesmo
no cuidado com os pais, quando estiverem idosos.
Até mesmo o ciúme entre tem um lado bom: cada um percebe suas particularidades, ao
notar semelhanças e diferenças com o outro, expandindo o autoconhecimento. O papel
dos pais é evitar comparações e ficar atento à rivalidade e aos comportamentos agressivos
que podem surgir na relação.
III – A POSIÇÃO DOS PAIS NA RELAÇÃO FRATERNA
Os pais desempenham um papel importante na constituição do laço fraterno.
Principalmente no começo, quando as crianças tendem a sentir ciúmes do novo membro
da família e a disputa por atenção pode se tornar excessiva.
Portanto, é essencial que os pais saibam reconhecer as individualidades de seus filhos e
valorizar a personalidade e as habilidades de cada uma das crianças. Não potencialize
competições entre elas, combinado?
Outro ponto a ser levado em consideração é que crianças aprendem com a observação.
Por exemplo, se você, adulto, tem desavenças com seus irmãos, evite que as crianças
vejam os tios como os vilões da história.
Promover a solidariedade entre irmãos é um trabalho sutil e feito ao longo do tempo, mas
o que importa mesmo é que prevaleça a compreensão de que essa relação tem muito mais
vantagens do que desvantagens.
Por isso, é importante passar segurança para os filhos e explicar os benefícios que os
irmãos podem trazer para as suas vidas. Afinal, não é apenas um irmãozinho, é um amigo
para toda a vida!

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CONCLUSÃO:
A família que deseja que todos sejam réplicas uns dos outros e não assimila as diferenças
acaba obstruindo o crescimento de todos. Maria Luiza Dias em seu livro Vivendo em
Família (Ed. Moderna), acrescenta: Na infância, tudo o que vem dos pais e avós
geralmente parece correto, mesmo que a criança resista a obedecer – os pais são vistos
como aqueles que já conhecem mais sobre o mundo.

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Pais & Filhos – Família Texto bíblico básico:
Esposas, sujeite-se cada uma a
Domingo, 07 de Maio 2023 seu marido, como é próprio a
quem está no Senhor.
Tema: Obrigações em família Maridos, ame cada um a sua
esposa e nunca a trate com
Leitura semanal devocional:
aspereza.
segunda-feira - 1Sm 17.12-18 Filhos, obedeçam sempre a seus
pais, pois isso agrada ao Senhor.
terça-feira - Gn 37.12-17
Pais, não irritem seus filhos,
quarta-feira - Gn 4.1-7 para que eles não desanimem.
quinta-feira - Mt 21.28-32
Colossenses 3:18-21 (NVT)
sexta-feira - Lc 4.14-20

sábado - Fp 2.1-18

INTRODUÇÃO:
Filhos: Direitos x Deveres
Pegue uma folha de papel e liste nela todos os direitos que você acredita ter como filho.
Imagino que essa não é uma lista pequena! Como vimos anteriormente, Deus confiou aos
pais a responsabilidade de educar os filhos, ensinando-os o caminho a seguir. E por lei,
este direito também é garantido socialmente às crianças e aos adolescentes por intermédio
do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente.
Mas será que como filhos, apenas temos direitos? Certamente não. E há uma razão para
isso. Deus deseja que aprendamos o caminho que devemos seguir em família, para quando
nos tornarmos adultos, sejamos sábios e não nos comportamos mais como crianças (1Co
13.11).
Enquanto a lista de direitos é bastante extensa, a lista de deveres é bem pequena, mas não,
por isso, menos importante. O nosso dever como filhos é o de sempre obedecermos aos
nossos pais. Como já vimos, a obediência demonstra amor e submissão e devemos isso
aos nossos pais e a Deus.

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AUXÍLIO PEDAGÓGICO

Estamos vivendo dias em que as pessoas precisam aprender a viver independentes. Com a saída da mulher para
o mercado de trabalho, muitos são os filhos que ficam sozinhos em casa, ou que estudam ou trabalham longe
do lar. Assim sendo, não acostume mal seu filho fazendo tudo por ele. Se você fizer isto, mais tarde ele vai ter a
tendência de jogar as responsabilidades sobre os outros.

[…] Os meninos também devem aprender a arrumar a casa, lavar o banheiro e a louça, e quando maiores
precisam saber cozinhar, costurar e passar roupa. As meninas devem ser treinadas nas tarefas domésticas, pois
mesmo que as regras da nossa sociedade estejam mudando, as mulheres ainda assumem mais a casa.

[…] Seja você pai ou mãe, ensine aos seus filhos as tarefas domésticas, a manter tudo organizado. Quando
chegar a adolescência e os filhos saírem para trabalhar ou estudar por períodos mais longos do dia, eles não
I terão
- Obediência,
mais tanto tempoumpara Estilo
ajudar em de
casa.Vida!
Porém, além de já ensinados, eles saberão realmente reconhecer
o seu esforço e dedicação a casa e a eles (CRUZ, Elaine. Amor e Disciplina para Criar Filhos Felizes. Rio de
Quantas vezes2012,
Janeiro: CPAD, você já se queixou por se ver obrigado a acatar uma decisão ou uma ordem
pp.213,14).
de seus pais? Nem sempre concordamos ou até mesmo conseguimos acreditar que aquela
decisão será para o nosso bem. Agora imagine que chegará o momento em que você estará
sujeito a outras autoridades, como um chefe, por exemplo. Com certeza você fará tudo o
que estiver ao seu alcance para agradá-lo, pois seu emprego dependerá disso. Mas Deus
nos ensina que a obediência não deve ser praticada somente quando estamos sendo
observados e podemos com ela ter algum retorno, algum benefício.
Lembre-se de que Deus sonda os corações e conhece as suas verdadeiras intenções. Por
isso, Colossenses 3.22-25 nos adverte a agirmos com sinceridade, sendo verdadeiros em
todo tempo. Tudo o que fizermos, devemos ser como se o fizéssemos para Deus. £ isso
não se aplica somente ao emprego não, mas, sobretudo, em relação a uma vida com justiça
e honestidade para com a nossa família (Cl 4.1).
Há uma história interessante contada por Jesus sobre dois irmãos que ao receberem um
pedido do seu pai, cada um respondeu conforme a sua própria vontade. Um disse que
obedeceria e o outro rejeitou o pedido. No dia em que eles deveriam executar a tarefa, o
filho que falou que não iria percebeu que aquele era o seu dever como filho e, movido
pelo amor ao pai, resolveu atender o seu pedido (Mt 21.28-32).
Você já se sentiu como esse rapaz alguma vez? Saiba que o Senhor se agrada quando
voltamos atrás das nossas atitudes erradas e nos colocamos prontos para obedecê-Lo. Que
a obediência seja um estilo de vida para você!

AUXÍLIO PEDAGÓGICO

Uma das tarefas primárias da criação de filhos é ensinar aos nossos filhos a obediência adequada à
autoridade de Deus, como ilustra esse mandamento bem conhecido: “Honra teu pai e a tua mãe, para
que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Ex. 20.12). Isso é feito
fundamentalmente pelo ensino de submissão responsiva alegre à direção parental. Precisamos entender
que, embora a obediência dos nossos filhos a nós possa não ser grande coisa ou mesmo algo que
pensamos não ser tão necessário, não temos permissão de fazer tal determinação.

Mesmo quando seja difícil e a batalha pareça não ter fim, ainda assim somos obrigados — como os que
estão sob a autoridade de Deus — a ensinar obediência, submissão e honra aos nossos filhos
(FITZPATRICK, Elyze; NEWHEISÉR, Jim. Quando Filhos Bons Fazem Escolhas Ruins. Rio de
Janeiro: CPAD, 2011, p.72).

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II - O Papel da Família
Antes de voltar ao céu, Jesus deu uma ordem a seus discípulos, que é de ir pelo mundo
inteiro e anunciar a todas as pessoas o Evangelho (Mc 16.15). Essa ordem não foi somente
aos seus discípulos. Ela é para todos que um dia ouvir a mensagem de boas novas e aceitar
a Cristo como Senhor e Salvador. Somos todos membros de uma só família, e é desejo de
Deus, o nosso Pai (Gl 3.26), que essa família cresça mais e mais.

Para isso Ele conta com a sua decisão de obedecer ao seu chamado. Como aprendemos
nas lições anteriores, Deus tem um plano especial para que a família seja um instrumento
a fim de abençoar o mundo e, por isso, a família possui um papel bem importante na
pregação da mensagem do Evangelho pelo mundo todo.
Assim como você possui obrigações dentro da sua família, a sua família tem obrigações
muito importantes diante de todo o mundo para levar a Palavra de salvação, fazendo com
que outras famílias sejam abençoadas noutros lugares.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

[Gálatas 3] M.26-Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. Paulo declara que
nós já não somos mais sujeitos ao tutor, que era a lei, e isso ele concluiu pelo de fato de agora todos
aqueles que foram justificados pela fé ‘serem filhos de Deus’. Paulo procura mostrar aos gálatas que
embora antes de conhecerem a Cristo fossem escravos, Deus não levou isso em consideração, pelo
contrário, em razão desse fato foi que Ele se compadeceu dos gálatas e livrou-os do poder da lei.

A utilização por Paulo do pronome ‘vocês’ implica numa relação direta. Todos os gálatas são filhos
de Deus ‘mediante a fé em Cristo’. A fé é, pois, o meio pelo qual os gálatas são filhos de Deus. Não
separa na realização da fé, mas na fé que se acaba de mencionar como chegada. Uma vez que a fé
chegou, não estamos mais sob os cuidados do tutor. Isso é o que proporcionou a fé que Paulo
menciona.

Foi através da fé e não da lei que os gaiatas passaram a ser o que são agora: o estar em Cristo. Fé é a
nova possibilidade do homem que chegou com Cristo, possibilidade real. É um fato,
independentemente de qualquer situação pessoal (SOARES, Germano. Gaiatas: Comentário. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009, pp.95,96).

Conclusão
Viver em família não é uma tarefa fácil. Mas sempre que lhe parecer ser algo ruim, por
conta das diferenças, lembre-se de que a sua família foi escolhida por Deus para ser a sua
primeira escola, onde você aprenderá as lições da vida. Sabendo do seu papel e cumprindo
o seu dever, você estará contribuindo para o bem estar do seu lar e para que o plano de
Deus se cumpra em sua casa, em sua vida e no mundo.

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Pais & Filhos – Família Texto bíblico básico:
Provérbios 21
Domingo, 14 de Maio 2023
…15Quando se faz justiça, os
Tema: Socorro! Meu Filho Está Se justos ficam felizes, entretanto
isso apavora os perversos! 16A
Desviando! pessoa que se desvia do caminho
da sensatez na assembleia dos
mortos permanecerá. 17Quem se
INTRODUÇÃO: entrega desvairadamente aos
prazeres passará necessidade;
Sua criança está começando a querer tomar decisões quem se apega ao vinho e à
sozinha e você nem notou como foi que esse dia carne gorda jamais será rico!…
começou. Parecia um dia qualquer em que você chega
no domingo de manhã e fala:
– Vamos, levanta! Tá na hora de se arrumar para ir para a igreja.
Você falou como todos os domingos, mas dessa vez, ao invés de simplesmente enrolar
um pouco mais no cobertor, de fazer de conta que estava dormindo profundamente ou até
mesmo indisposta, a sua criança tece uma pequena frase:
– Eu não quero ir para a igreja!
Você releva, respira fundo, dá uma bronca e a faz levantar meio que na marra. Ele vai e
no final do culto parece que até achou que valeu a pena ter ido. Depois de um ano, fazendo
a retrospectiva, você nota que a resposta do seu filho já não é mais a mesma. Se você
começar a contar dos 52 domingos do ano, pelo menos uns 25 ele já não foi à igreja. Teve
sábados que chegou de madrugada e você sabe que já perdeu o controle e ele estava
realmente dormindo profundamente, pois para quem chegou às 5 da manhã de domingo,
não tem como se indispor, pois você também vai perder o horário e só vai arranjar briga.
Você entende que não é isso que você quer.
Onde foi que você errou?
O comportamento do seu filho e a falta de comunicação básica faz você desconfiar de
muitos pecados naquele menino de coração doce que se apresenta no passado em uma
foto do quadro na parede. Onde foi que ele desviou? Onde foi que você errou?
– Senhor, será que não dá pra voltar no tempo e tentar de novo? – você pergunta numa
oração retórica, pois faz tempo que não ouve a resposta de Deus.

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I - Tirando a Trave do Olho
1 - Você precisa se dedicar mais à oração e nem imaginava que sabia orar até precisar.
Seu coração está para fora e você sente agonia só de vê-lo batendo sem controle. Você
entende agora a definição de ter um filho que você leu em algum lugar: “É ter o coração
batendo fora do peito”. Você odeia e ama aquele mesmo ser que você gerou com a ajuda
de Deus, agora nos caminhos do mal.
Nas suas orações, ou entre uma súplica e outra, você analisa a si mesmo. Sabe que agora
faria algumas coisas diferentes, mas o que fazer diferente agora e daqui para frente? Você
até lembra daquela antiga música que sua mãe cantarolava mais porque era sucesso do
que pensando no que ela dizia, mas agora faz sentido para você: “Meu Deus não sei orar.
Perdoe por favor. Perdi meu tempo aprendendo amar. Alguém que nunca soube o que é
o amor”. A primeira análise que você faz é esta, você não é uma pessoa de muita oração.
Justamente o que mais aproxima de Deus, você negligenciou e agora você entende o que
é ter um filho que não conversa com você e se afasta cada vez mais.
– “Senhor, tem mais coisas que eu chego aqui para confessar. Não fui um exemplo em
tantas coisas e agora nem sequer me sinto com moral para cobrar meu filho. Novamente,
perdoa, Senhor”.
2 - Desta vez você ora como se Deus estivesse ouvindo… você conhece até algumas
passagens que dizem que Ele ouve orações sinceras, mas também lembra que o pecado
cria uma barreira entre Deus e você. Uma antiga pregação ficou na sua mente e agora ela
veio à tona. O pregador disse que para ver seus pecados, você poderia fazer um exercício
e escrever num papel todos eles, mesmo que você jogasse fora depois para ninguém ver,
mas para que você visse pelo menos uma vez e admitisse. Você toma coragem e escreve.

“Por que Deus ainda me ama? Me


sinto muito perdido(a) com essa
situação. Acho que sei como cheguei
até aqui com toda essa luta dentro
de casa”.

– Filho, eu te amo. Meu amor encobre multidão de pecados – você tem certeza absoluta
que ouviu Deus falar com você. Então você nota que estas palavras vieram de dentro e
você tem o Espírito Santo! Você imediatamente faz uma comparação com a sua situação
e se identifica. Seu filho está sendo rebelde, malcriado, está certamente envolvido em
algum pecado muito sujo, mas você o ama apesar de se sentir decepcionado e impotente,
pois não pode decidir por ele.

27
Ei, você acabou de entender o que deve fazer: começar hoje! A mudança começa em
você! Assumiu seus pecados, está arrependido e a luta começa agora. Hoje é dia de
salvação na sua casa e ela começa por você!
Uma certa vez, na escola dominical, um irmão falou sobre a necessidade de planejar a
vida e você desprezou aquela aula porque discordou de um ou dois pontos. Hoje, aquele
irmão veio à sua memória e você decidiu fazer planos para reconquistar o seu filho e ter
uma família que nem sequer sonhou, porque nunca deu tempo suficiente para isso em
família. Lembra que aquele irmão falou que você precisava ter um objetivo e escrever no
papel. Você não lembra o resto, mas escreve que quer seu filho de volta e começa a pensar
o que fazer para conseguir isso.

II - Conselheiros à Mesa
1 - Você precisa de ajuda desesperadamente e não sabe quem pode te ajudar. Afinal, de
madrugada enquanto fica com o coração para fora, batendo sem controle, você não
consegue dormir. Ah, seu coração está em algum lugar fazendo alguma coisa que você
não sabe. Você recorre à sua biblioteca procurando conselheiros, vivos ou mortos, que
possam te ajudar. Você se rodeia de bíblia e livros e começa a olhar no sumário de cada
um deles e tenta encontrar frases que identificam sua dor.
Enquanto esperava madrugada adentro, os seus conselheiros sentaram-se à mesa com
você. Como é que você pôde deixá-los na estante respirando tanta poeira por tanto tempo?
Graças a Deus livros não morrem, graças a Deus seus conselheiros conheciam a Deus e
compartilharam suas experiências. A leitura te acalmou e as explicações de passagens
iluminaram seu caminho. Você já até tem uma noção por onde começar e reconquistar
seu filho de novo para Deus. É hora de orar de novo, diz um dos seus conselheiros à mesa:
“Senhor, entrego nas tuas mãos as minhas ansiedades. Cuida do meu filho”.
Daquela noite em diante, você planeja mais uma coisa que acha importante para fazer a
partir deste dia: “Senhor, prometo ler a Bíblia e livros edificantes todos os dias. Vou
assistir menos TV e vou ficar menos tempo na Internet perdendo meu tempo e vou
sentar aos Seus pés. Perdoe-me, Senhor, antes do meu filho, trata de mim… Eu sei que
vai ser difícil, sei que ainda vou dar muito trabalho, mas, Senhor, quebra meu coração
e faça de novo”.

III - Amor, Fé e Esperança


1 - Depois de mais uma noite de terror nos seus pensamentos sobre a Segurança e
integridade física, moral e espiritual do seu filho, você entende que não vai ser a última
só porque se arrependeu. Você sabe que antes da via dolorosa você também vai ser
chicoteado, humilhado, esbofeteado e, isso só começou, pois você vai ter que sofrer cada
passo sangrando até aquele dia em que você vai enfrentar a cruz. Você sabe o que falar
com Deus: “Pai, se possível, afasta de mim esse cálice, mas não seja feita a minha
vontade, mas a sua”.
2 - O amor de Deus é eterno. Resta você caminhar a cada passo, a cada gota de sangue na
fé sem ver o que vai ser. Você tem que ter esperança, é o que tem para agora. Deus está
te preparando para cuidar do seu rebanho – diz aquela mesma voz divina que já falou com
você como nunca antes.

28
“Senhor, aumenta minha fé. Me faz ter esperança no arrependimento do meu filho e
não permita que ele vá longe demais que não possa voltar. Acima de tudo, Senhor, me
ajuda a amá-lo até o fim da minha vida. Tudo a Ti, Senhor, entrego. Não importa onde
eu errei, me arrependo e me coloco nas Suas mãos para me fazer um vaso novo”…
“Senhor, eu sou impotente, mas o Senhor não! O Senhor pode todas as coisas e mais
do que podemos pedir e pensar. Eu creio”!
CONCLUSÃO:
Faça planos a partir de hoje. Daqui um ano você vai querer ter começado a mudança
HOJE. “Se quer que uma coisa fácil se torne difícil, deixe para amanhã“. Aprenda com
os seus erros. Corrija e mude o que pode hoje para que não chegue o dia em que não possa
mais mudar nada.
Não deixe de orar, reconhecer onde errou e se arrepender, ler a Palavra para iluminar o
seu caminho e se cercar de bons conselheiros de pessoas sábias na igreja e através da
Palavra de Deus e livros. Sobre o que você não tem controle, coloque nas mãos de Deus
e confie. Sobre o que você tem controle, Deus colocou em suas mãos e te capacitou com
poder para realizar muito mais do que você pode pedir ou pensar (Ef 3:20). Confie!
Nunca nada está perdido. Não desista! A sua história ainda não chegou ao fim, não
importa em que situação está. Só chega ao fim quando se perde a fé, a esperança e o
amor.
Um conselho: decisões feitas na emoção, podem não ser desfeitas. A emoção é um grande
catalizador do aprendizado e uma cola para a memória. Se você, na raiva ou na alegria,
tomou decisões erradas com seus filhos, pode custar muito caro. Então, antes de tudo,
paciência, calma, deixe para resolver quando puder colocar o amor acima de tudo. Amor
verdadeiro, não aquele pseudo amor que suporta tudo, que abraça o pecado e condena o
pecador dizendo que o que importa é ser feliz. Conheça e replique o amor de Deus que,
como Pai, corrige ao filho a quem ama (Hb 12:4-13 – Não deixe de ler)
Aponte para Cristo, mas você deve ser a seta. Mesmo depois de você partir, vai continuar
apontando para Cristo para os seus filhos e netos. Se você os ensinou quando crianças,
eles não vão esquecer apesar de poderem estar desviados e saberão o caminho para voltar.
Se não ensinou, comece agora. Não importa a idade dos seus filhos. Não dá pra voltar
atrás, mas dá pra pegar a máquina do tempo do arrependimento e começar deste ponto
em diante. Procure a justiça agora e seu sangue falará como o de Abel, mesmo depois de
partir deste mundo, o exemplo de Abel ainda fala (Hb 11:4). Se ninguém mais chegar até
Cristo por sua vida, pelo menos você chegará à salvação por Cristo, então terá valido a
pena.
AMÉM!!!

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Pais & Filhos – Família Texto bíblico básico:
“Eu, porém, esperarei no
Domingo, 21 de Maio 2023 SENHOR; esperei no Deus da
minha salvação; o meu Deus me
Tema: Conflitos na família ouvirá” (Mq 7.7).

VERDADE PRÁTICA:
Se buscarmos a graça de Deus e exercermos o amor que Ele nos concedeu, poderemos
resolver todos os conflitos que surgirem em nossa família.
INTRODUÇÃO:
Os conflitos familiares vêm de tempos imemoriais. No Éden, antes da Queda, havia um
ambiente perfeito: harmônico e amoroso. Mas o casal, ouvindo o tentador, perdeu a doce
comunhão com Deus, e a consequência não podia ser outra: o início de sérios conflitos
familiares. A boa nova para os nossos dias é saber da possibilidade, em Cristo, de
equacionarmos os problemas que, às vezes, afetam a família cristã.
I – DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES
1. Temperamentos diferentes. Dentre os vários motivos existentes para justificar os
desentendimentos entre os cônjuges, o que mais se destaca é o temperamento. Segundo
os psicólogos, temperamento “é a combinação de características inatas que herdamos dos
nossos pais que, de forma inconsciente, afetam o nosso comportamento”. De acordo com
o conceito popular, podemos dizer que o temperamento é a maneira própria pela qual
reagimos aos diversos estímulos e situações que se nos apresentam cotidianamente (Gn
25.27). Mas, pelo amor, podemos (e devemos) vencer todas as nossas diferenças, a fim
de que tenhamos um casamento feliz (1Pe 4.8).
2. Fatores que trazem conflitos. Diversos são os fatores que desencadeiam conflitos no
lar. Eis alguns deles:
a) Falta de confiança. O casamento só tem sentido quando é estabelecido na plena
confiança do amor verdadeiro, pois o amor folga com a verdade (1Co 13.6). Quando há
amor entre o casal não há motivos para desconfianças ou ciúmes (1Co 13.5b). Há quem
pense que o ciúme desenfreado é prova de amor. Grande engano! É loucura que pode,
inclusive, colocar em risco a estabilidade conjugal.
b) Tratamento grosseiro. Onde o Espírito Santo se faz presente há perfeito amor, paz,
alegria e longanimidade, que é a paciência para se suportar as falhas alheias (Gl 5.22).
Uma das formas de demonstrarmos o fruto do Espírito é vista na maneira como usamos

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nossas palavras, pois a palavra branda joga para longe o furor. Mas os conflitos entre os
cônjuges suscitam ira, ódio e destruição (Pv 15.1). E a forma com que tratamos uns aos
outros é vista por Deus como uma referência para designar quem é sábio ou não, pois a
sabedoria é manifesta em obras de mansidão (Tg 3.13).
c) Dívidas. As dívidas ocasionam muitos conflitos familiares, chegando até mesmo a
terminar um relacionamento conjugal. Quando uma pessoa se endivida não pensa em mais
nada a não ser nas dívidas. Algumas pessoas até adoecem. Assim, precisamos ouvir a
Palavra de Deus e nada dever a ninguém (Rm 13.8). Através de um planejamento
eficiente, bom senso e autocontrole podemos fugir das dívidas. Faça isso para o bem-estar
da sua família (Pv 11.15; 22.7,26)!
d) Infidelidade. Quando o cônjuge encobre a sua conduta pecaminosa o pecado vem a
público inesperadamente (Lc 12.2). O casamento sofre um duro golpe, os filhos ficam
sem direção e a família transtorna-se. É imperativo que os cônjuges evitem, a todo o custo,
o envolvimento extraconjugal. Além de ser um grave pecado contra Deus, é uma ofensa
contra o cônjuge, filhos e filhas (ler Pv 5.3-6). A infidelidade contra o cônjuge é
infidelidade contra Deus.
II – ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS
1. A mulher no mercado de trabalho. Devido às modernas demandas sociais, a mulher
deixou de se dedicar exclusivamente às funções domésticas, e passou também a exercer
funções em empresas e organizações diversas, ocupando a maior parte do seu tempo em
atividades profissionais. Mas essa mudança tem trazido sérias consequências. Há mais de
uma década, para cada dez homens que morria de infarto, apenas uma mulher sofria desse
mal. Hoje, o número de mulheres que morre desse mal subiu para quatro.
2. A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos. Sem a presença dos pais, as
crianças ficam desorientadas. Muitas vezes elas convivem com pessoas que não têm a
menor capacitação para educá-las. Por outro lado, algumas crianças ficam o dia todo em
frente da “babá eletrônica”, a televisão, ou com a “mestra eletrônica”, a internet. Ali, são
“educadas” pelos heróis artificiais. As figuras do pai e da mãe presentes estão cada vez
mais escassas. Tal ausência é sentida quando os nossos filhos entram na adolescência,
uma fase de novidades e mudanças bruscas.
III - MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS
1. Educação prejudicada. A melhor escola ainda é o lar. Precisamos ensinar a Palavra de
Deus aos nossos filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4; Pv 22.6). Infelizmente, o
excesso de ocupação dos pais relegou a educação dos filhos às instituições educacionais.
Esperando que tais entidades construam o caráter dos seus filhos, os pais ignoram a
família como instituição responsável pela formação espiritual e moral da criança. Muitos
não acompanham a rotina escolar dos filhos e sequer a filosofia pedagógica adotada pela
instituição de ensino.
2. Quem são os professores? Infelizmente, são graves os prejuízos à nação na área
educacional. Os “mestres” das crianças, hoje, são os artistas e as empresas de
telecomunicação. É comum ver as nossas crianças e adolescentes prostrados diante da
TV, consumindo todo tipo de má educação. Mas é raro vê-los nos cultos de oração e

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ensino da Palavra. Que a igreja local invista nos professores de Escola Dominical. Que
os professores da Escola Dominical se preparem eficazmente para o grande desafio de
ensinar a Palavra de Deus num mundo que jaz no maligno (Rm 12.7).
3. Falta de estrutura espiritual e moral. A ausência de Deus é o inimigo número um do
lar. É essencial que aqueles que constituem família convidem Jesus, o maior educador de
todos os tempos, a estar presente em seu lar. É indispensável que os pais, com a assistência
da Igreja, optem por servirem a Deus, contrariando as propostas do mundo (Js 24.15).
Realizemos o culto doméstico e, juntamente com os nossos filhos, estudemos a Bíblia.
Não nos esqueçamos: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a
edificam” (Sl 127.1).

CONCLUSÃO
Sempre haverá conflitos nas relações familiares, mas a família cristã precisa saber como
contornar tais conflitos à luz da Palavra de Deus. Com o amor verdadeiro no coração,
poderemos não somente vencer, mas igualmente evitar os conflitos. Basta ter a Jesus
como o hóspede de nosso lar.

Subsídio para o professor:


INTERAÇÃO
Foi no Éden que a família vivenciou seu primeiro e maior conflito. A consequência desta
desordem é sentida até hoje em todos os lares. Porém, Deus não foi pego de surpresa com
o pecado do homem e já no Éden providenciou a solução para as famílias e para a
iniquidade: Jesus Cristo. O Filho de Deus veio ao mundo como um bebê e experimentou
a vida familiar. Atualmente, em Jesus, as famílias podem resolver seus conflitos. Com o
amor verdadeiro no coração, que é resultado da graça divina, poderemos não somente
vencer, mas evitar as confusões. Para isto precisamos convidar Jesus a fazer do nosso lar
sua morada permanente. Que o Filho de Deus tenha a primazia em nossos lares.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
✓ Elencar alguns fatores que podem gerar conflitos entre os cônjuges.
✓ Analisar os resultados das atividades profissionais dos pais.
✓ Compreender a importância da fidelidade conjugal no casamento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza, conforme as suas possibilidades, o quadro abaixo. Inicie a aula com
a seguinte indagação: “Quais são os principais conflitos vivenciados pelas famílias na
atualidade?”. Ouça os alunos com atenção. À medida que forem falando, vá preenchendo
a primeira coluna do quadro. Depois faça a segunda pergunta: “Como podemos vencer
esses conflitos?”. Ouça as respostas e preencha a segunda coluna do quadro. Conclua a

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atividade orando com os alunos e pedindo que Deus dê sabedoria para que os conflitos
que tentam assolar as famílias sejam sanados com discernimento e prudência.

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Pais & Filhos – Família Texto bíblico básico:
“Porque ainda sois carnais, pois,
Domingo, 28 de Maio 2023 havendo entre vós inveja,
contendas e dissensões, não sois,
Tema: A família é o campo de porventura, carnais e não andais
treinamento de Deus. segundo os homens?” (1Co 3.3).

SÍNTESE
A família é o campo de treinamento de Deus, por isso, não pode se transformar em um
campo de batalha entre irmãos.

INTRODUÇÃO
Os conflitos familiares são tão antigos quanto a própria raça humana. Eles começaram a
partir do Éden, com a Queda, atingindo Adão e Eva e, posteriormente, Caim e Abel.
Desde muito cedo, o homem natural é inclinado a pecar, o que pode ser visto já nas
crianças de tenra idade, que são inclinadas ao egoísmo. Esse é o grande problema da
humanidade. Na narrativa bíblica, os grandes homens de Deus enfrentaram sérios
conflitos em suas famílias, como é o caso dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó, Davi… O
único remédio para solucionar conflitos é o amor de Deus que foi derramado em nossos
corações pelo Espírito Santo (Rm 5.5). A parábola do filho pródigo narra o epicentro dos
conflitos familiares. Filho rebelde em atrito com irmão que não perdoa, e o Pai, que
representa Deus, em busca da reconciliação familiar. Essa é a história de todos nós!

I. O GRANDE PROBLEMA
1. A maldade humana. A natureza humana decaída é fonte primordial de todos os
conflitos familiares. Jesus disse que é do coração do homem que saem os maus
pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios (Mc 7.21). Assim, num
agrupamento humano, seja a família, a escola ou a igreja, sempre haverá pessoas com
maus pensamentos. Dessa forma, existe no homem natural a tendência ao pecado, que
Paulo chama de inclinação da carne (Rm 8.6), por isso, no seio familiar sempre acontecem
conflitos. Diante disso, cabe aos cristãos dispensarem às suas famílias uma educação que
valorize o fruto do Espírito, que conduza à vida e à paz. A família é campo de treinamento
de Deus e não pode se transformar em campo de batalha entre irmãos.
2. O início precoce. A inclinação para o mal é bem clara na espécie humana, depois da
Queda, e começa bem cedo. Deus disse que a imaginação do coração do homem é má
desde a sua meninice (Gn 8.21) e que a estultícia (insensatez) está ligada ao coração do
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menino (Pv 22.15). Percebe-se claramente tal comportamento nas crianças ainda em tenra
idade. O mundo pós-moderno, porém, ao invés de tentar melhorar o homem, ensinando-
lhe valores morais, tem erguido métodos educacionais prejudiciais, tais como o
construtivismo, baseado na ideia de que o conhecimento não é objetivo, mas uma
construção social. Por conseguinte, não deveriam ser dadas respostas “certas” às crianças,
pois estas deveriam ser ensinadas a criar suas próprias soluções. A educação cristã fará
com que a insensatez da criança seja debelada.
3. A insaciabilidade. O homem é insaciável. Ele sempre quer ter mais e mais, o que pode
ser visto, igualmente, no seio familiar. O campo de treinamento do Senhor — a família
— deve refrear essa ânsia pelo possuir e impregnar o desejo pelo repartir, tarefa que não
é fácil. Esse é mais um aspecto do grande problema: a cobiça. Está escrito que o homem
natural nunca satisfaz a sua cobiça (Ec 6.7). A cosmovisão judaico-cristã, porém, possui
condições de incutir no homem valores morais indispensáveis, como o altruísmo, a
solidariedade, a bondade, a humildade, que combaterão essa terrível inclinação carnal
(1Co 3.3), transformando-o num verdadeiro cidadão do céu.
Pense!
É possível ter esperança de que, um dia, o mundo será livre das mazelas que hoje são
presenciadas em todos os lugares, e até na família?

Ponto Importante
O homem, enquanto estiver nesta casa terrestre, estará sujeito a inúmeras fraquezas,
que geram conflitos; mas um dia, na eternidade a paz será perfeita.

II. FAMÍLIAS EM CONFLITO


1. Ingratidão e desprezo. Há pessoas que não podem obter êxito em alguma área da vida,
que logo tratam de menosprezar os outros. Tal circunstância aconteceu na família de
Abraão, logo após Agar ficar grávida. Está escrito: “[…] e, vendo ela [Agar] que
concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos” (Gn 16.4). Diante disso, ela foi
expulsa da casa. No deserto, Deus falou com Agar, chamando-a de serva de Sarai e
mandou que ela se humilhasse diante de sua senhora (Gn 16.7,9). Deus é justo e fiel.
Nunca, em tempo algum, o Senhor compactuou com ingratidão e desprezo dentro ou fora
da família. Outro caso bem significativo foi o desprezo sofrido por Léia. Jacó, seu esposo,
a desprezava e, por isso, Deus curou sua infertilidade, enquanto Raquel, sua irmã e
concorrente, permaneceu estéril (Gn 29.31) por muito tempo (Gn 30.22).
2. Soberba e ciúme. O sucesso alheio nem sempre foi bem digerido pelos membros da
família. Moisés era um homem bem-sucedido e tinha uma família unida. Sua irmã Miriã
salvou sua vida, quando ele era bebê. Seu irmão Arão era o seu porta-voz. Tudo estava
tranquilo, até que a soberba e o ciúme entraram no seio familiar. Está escrito: “E falaram
Miriã e Arão contra Moisés […] E disseram: Porventura, falou o Senhor somente por
Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu” (Nm 12.1,2). Miriã e Arão
achavam que mereciam mais: soberba. E que Moisés tinha prestígio demais: ciúme. Não

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são essas as causas de muitos conflitos familiares? A situação foi resolvida somente
quando Deus interveio, chamando os três para uma conversa na tenda da congregação.
Os soberbos e ciumentos irmãos foram repreendidos. Infelizmente, muitas famílias são
destruídas por permitirem que tais sentimentos prevaleçam. O amor não se ensoberbece
(1Co 13.4).
3. O remédio sublime. Em toda a Bíblia encontramos famílias em conflitos e, para todas
elas, só houve um remédio: o amor. A prática do mal somente é vencida pela prática do
bem. Se for pago mal com mal, o mal sempre prevalecerá. E não haverá vencedores. Se
for pago, na família, olho por olho, é possível que, em breve, acabem todos cegos. José
teve que amar seus irmãos (Gn 45.1-15) e, inclusive, os beijou (aliás, somente depois que
os beijou foi que eles falaram com José); Davi também amou seus ingratos irmãos (1Sm
17.28,29; 22.1), dentre muitos outros. Como se sabe, amar não é um sentimento, mas uma
decisão. É preciso decidir amar, ainda que os pais não cumpram seus papéis. Ainda que
os irmãos enfrentem rivalidades. Está escrito que o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta… e que ele nunca falha (1Co 13.7,8).
Pense!
A ideia de pagar olho por olho deve estar presente na família?
Ponto Importante
A lei de talião não leva em consideração aspectos espirituais, mas somente humanos.
A lei de Cristo é: perdoe, que todos vencerão, e a justiça de Deus se estabelecerá.

III. A HISTÓRIA DE TODOS NÓS


1. O filho egoísta. Jesus contou uma parábola que se parece muito com a história de todos
nós, não apenas espiritualmente, mas também do ponto de vista familiar. É a parábola do
filho pródigo (Lc 15.11-32). Nela todos os elementos dos conflitos familiares estão
presentes. Há o filho egoísta, que pensa apenas em si e está enjoado da vida em família.
Ele não precisa de mais ninguém para viver, por isso viaja para longe do aconchego do
lar e desperdiça toda sua herança. Quando, por fim, chega ao fundo do poço, em
desespero, ele se lembra da casa do seu pai. Essa é a história de muitos filhos que, mesmo
sem partirem geograficamente, abandonaram o ideário familiar, buscando construir sua
história relativizando os valores morais, com independência emocional e sem
compartilhamento de vida. O fim, sempre, será a solidão, pois não há melhor lugar para
estar que na companhia daqueles que Deus estabeleceu como família. Ainda há tempo de
voltar!
2. O irmão que não perdoa. Na mesma história, Jesus também narra a situação de outro
filho que simplesmente não perdoa. Ele está aparentemente envolvido com a família, mas
seu coração está muito longe. E o pior: ele que tanto erra, não admite que ninguém erre.
Os conflitos passam sempre pela sua insensibilidade. Ele cumpre os rituais familiares,
mas é tão ou mais egoísta que aquele que pode ser chamado de a ovelha negra da família
(o pródigo). Este filho (mais experiente), que sempre está em conflito consigo e com os
outros, também precisa cair em si, reconhecer seu erro e voltar à boa convivência da vida
familiar.

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3. O Pai que reconcilia. Por fim, a parábola do filho pródigo traz a figura do reconciliador
— o Pai. Aquele que tenta, por todos os meios, trazer a união para a família, porque ali o
Senhor ordena a bênção e a vida para sempre (Sl 133.3). O pai, nessa parábola, simboliza
Deus, que sempre busca que a família esteja junta, em unidade.

A Bíblia nos conta uma linda história de amor entre Deus e os homens. Nela o Criador
está em busca da reconciliação com sua obra-prima — a raça humana (Leia Oseias 11.1-
4). Essa linguagem figurada que Deus usa nesse texto retrata bem o seu esforço em ver
as famílias unidas, cheias de graça e do Espírito Santo. O Senhor busca as famílias que
estão perdidas em seus conflitos intersubjetivos de interesses, que transformaram o campo
de treinamento do Reino em um verdadeiro campo de batalha terrenal. Ciúme, brigas,
agressões, infidelidades, e uma grande quantidade de males se multiplicam
inexplicavelmente. Falta paciência. Falta perdão. Falta amor. Esse não foi o propósito do
Criador — o Pai. Ele quer que as famílias vivam felizes, refletindo a glória do Seu Reino.

CONCLUSÃO
Não adiantam medidas psicológicas paliativas para resolver os conflitos familiares. Deus
deve ser convidado para fazer parte do ambiente familiar, para que a história mude e o
mal ceda. A família, o laboratório que Deus usa para forjar homens de fé, não pode ser
objeto de manipulação maligna, onde os membros são concorrentes, oponentes, inimigos.
Ela é o farol que traz luz para as nações, por amor a Jesus Cristo.

Subsídio para o professor:


OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
MOSTRAR que os conflitos familiares são um mal que atinge a humanidade desde o Éden;
ANALISAR algumas causas de conflitos no seio da família, entendendo que decidir amar
é o remédio para solucionar esses problemas;
IDENTIFICAR na parábola do filho pródigo semelhanças com a nossa história, tanto
espiritualmente como do ponto de vista familiar.
INTERAÇÃO
Professor, é possível e natural que, com o passar dos dias, a empolgação do início do
trimestre já tenha diminuído. Portanto, observe se há algum aluno que tem faltado com
frequência e procure informações sobre o motivo de sua ausência. O ideal é que o
professor tenha, no mínimo, o número do telefone de seus alunos, ou mesmo outras
informações que facilitem um contato direto e ágil. Se você tem esse cuidado, parabéns!
Caso não, providencie o mais rápido possível. Quanto ao(s) ausente(s), vá em busca
dele(s)! A estratégia a ser utilizada para trazê-lo de volta à sua classe, deve levar em conta
o motivo pelo qual não é mais frequente à Escola Dominical. O professor comprometido
com a obra para a qual foi vocacionado, jamais desiste de seus alunos!

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ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, a fim de introduzir o assunto e dinamizar a sua aula, sugerimos que você realize
uma pesquisa na internet e selecione casos de conflitos familiares com seus inevitáveis
prejuízos, com ou sem grande repercussão, de lugar remoto ou de dentro de seu contexto
social. Inicie a aula expondo aos seus alunos os casos selecionados, usando, para isso, o
recurso que achar conveniente ou que estiver à sua disposição. Analise com seus alunos
as causas, possíveis ou reais, que deram origem a estes casos específicos e que,
obviamente, são as mesmas de outros tantos. Faça-os compreender que os conflitos
familiares são um mal que atinge a humanidade desde o Éden, mas que precisa ser
combatido a fim de que não destrua as famílias. Ressalte, por fim, que decidir amar é o
remédio para solucionar esses problemas.

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Pais & Filhos – Família Texto bíblico básico:
Pais, não tratem seus filhos de
Domingo, 04 de Junho 2023 modo a irritá-los; antes,
eduquem-nos com a disciplina e
Tema: A Convivência em Família. a instrução que vêm do Senhor.

(Efésios 6.4) NVT


Mensagem: “Respeite o seu pai e a sua mãe, como eu,
o seu Deus, estou ordenando, para que você viva muito
tempo, e tudo corra bem para você na terra que estou lhe dando.” (Deuteronômio 5.16).

Devocional Semanal:
OBJETIVOS
Segunda: Sl 127.3-4
APONTAR os propósitos de Deus para a família;
Terça : At 16.31
DESTACAR os princípios para a boa convivência em família;
Quarta: Pv 6.20-23
MOTIVAR o adolescente a orar por sua família.
Quinta: C 3.20,21

Sexta: Pv 11.29

Sábado: Êx 20.12

EI PROFESSOR!
As famílias brasileiras têm uma composição plural: alguns adolescentes vivem com o pai
e a mãe dentro de casa, outros, são criados apenas por um dos pais; há ainda aqueles que
cresceram sob a tutoria de um responsável, como uma avó ou tia; há adolescentes que são
órfãos; alguns são filhos de cristãos, outros se converteram sozinhos e convivem.com pais
que seguem outra religião; há pais que amam seus filhos profundamente e outros que são
ausentes. Enfim, os contextos familiares são múltiplos e os dilemas são complexos. Nesta
lição vamos ensinar aos adolescentes os princípios bíblicos para a convivência em família
e veremos também que o projeto de Deus é salvar toda a família.
PONTO DE PARTIDA
Uma relação familiar saudável é essencial para o desenvolvimento do adolescente. A
família é fundamental e, após a lição, seus alunos deverão compreender essa verdade.
Para iniciar a aula, apresente o primeiro tópico. Em seguida, pergunte para a turma:
“Quem é a sua família”? Incentive a participação de todos. Para desenvolver o diálogo,
faça perguntas complementares, como por exemplo: “Toda sua família já é cristã?”

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Conforme os alunos forem compartilhando, demonstre interesse. Após a participação de
todos, desenvolva o segundo tópico da lição. Ao final da aula, convide cada aluno para
orar por sua família.
VAMOS DESCOBRIR
Como é sua família? Quem convive com você? Você tem irmãos? Cada família é singular
e especial. A família foi criada por Deus, ela é um projeto de Deus, por isso devemos
honrá-la Amar e cuidar da nossa família deve ser uma prioridade. Vamos refletir, hoje,
sobre o valor da nossa família e veremos nas Escrituras quais são as diretrizes de Deus
para nossa convivência familiar, veremos também que o propósito do Senhor é salvar
toda nossa casa.
I – A ORIGEM DA FAMÍLIA.
A Bíblia conta que Deus criou a família. O Senhor viu que o ser humano precisava, pois,
a solidão não lhe fazia bem (Gn 2.18). Por isso, ele formou o primeiro casal: Adão e Eva.
Assim, Deus instituiu o casamento como o padrão de relacionamento entre o casal (Gn
2.21-24). A partir dessa união, nasceram filhos (Gn 4.1,2,25). A história da humanidade
começa com a instituição de uma família (Mc 10.6-9). A família foi criada por Deus e,
por isso, ela deve ser valorizada, honrada e protegida. A família é formada por pessoas
diferentes. Cada pessoa da sua casa tem uma história, uma personalidade e um
temperamento.
Cada membro da sua família tem medos, memórias, projetos e sonhos. Cada ser humano
é único (Sl 139.14). No mundo inteiro, considerando todas as nações da Terra, não há
pessoas iguais às que compõem a sua família e por isso, ela é singular. Outrossim,
ninguém escolhe a família em que nasce. E sabemos que não existe uma “família
perfeita”. O que existe são famílias ajustadas, que seguem bons princípios de convivência
e que se amam. Assim, precisamos entender que Deus nos colocou na família certa. A
família é a escola onde Deus nos matriculou para aprendermos a amar.

Auxílio Pedagógico ao professor:


A partir dessas questões converse com
Distribua para seus alunos folhas e canetas. seus alunos sobre a convivência deles
Peça para que eles anotem no papel a com seus familiares. Aponte que o lar
resposta das perguntas que você vai fazer. deve ser um lugar de amor educação e
Escreva estas perguntas no quadro: colaboração mútua Mostre que não existe
1- Quais são as características da sua família perfeita, mas que em Deus as
família? famílias são abençoadas.

2- O que você mais gosta de fazer com sua


família?
3- Se você pudesse mudar algo em sua
casa, o que seria?
4- Você costuma ajudar nas tarefas de
casa?

40
II - OS PROPÓSITOS DE DEUS PARA A FAMÍLIA.
1. Na família encontramos segurança: apenas em alguns casos compor a família
por meia da adoção. De qualquer forma, é na família onde os filhos encontram
acolhimento, proteção, alimentação, vestimentas, moradia etc. Tudo isso dá aos
filhos segurança para crescerem e aprenderem. O lar deve ser a lugar mais seguro
do mundo para as crianças e adolescentes (Sl 4.8).
2. Na família, encontramos amor: Todo mundo deveria ser amado dentro da
família. O amor é um princípio bíblico. Na família encontramos o amor maternal,
por exemplo. Ele é muito grande. Em uma mensagem profética. Deus o
mencionou quando comunicou o seu amor pelo povo de Israel: Isaías 49.15. Na
família, encontramos o amor do pais, dos avós, dos tios e dos irmãos E somos
desafiados a amar também. O amor não é apenas um sentimento, mas é a decisão
de querer o bem do outro e fazer tudo o que é possível para que este bem aconteça.
Aprendemos o que é amor com o próprio Deus e devemos praticá-lo em nossa
casa (1 Jo 3.11; 4.19). O amor pode ser expresso de muitas formas: com palavras,
com atitudes, com obediência, com gratidão etc. Como você tem demonstrado
amor pela sua família?
3. Na família, aprendemos...: É com a nossa família que aprendemos a andar, falar,
nos alimentar e nos vestir. Em casa, estamos aprendendo constantemente, desde
hábitos, como escovar os dentes, até princípios morais, como falar a verdade e
honrar os pais. A Bíblia diz que é responsabilidade da família ensinar a crer em
Deus (Dt 6.1,2,7). O ensino das Escrituras, da oração e da adoração deveria
acontecer dentro de casa. A Igreja é também um agente de ensino cristão.
Entretanto, a fé deveria ser ensinada, primeiramente, dentro de casa (Dt 4.8,9) A
Fé em Cristo é a maior herança que uma família pode deixar para seus filhos (2
Tm 1.5). O aprendizado em família acontece todos os dias, através da rotina e de
pequenos hábitos (Pv 5.1,2). Especialmente ouvindo os conselhos e a instrução
dos responsáveis. O filho obediente mostra que está aprendendo com seus pais
(Pv 1.8,9; 13.1) E você? O que tem aprendido com a sua família? Quais são os
valores que seus pais ensinaram e que um dia você vai querer ensinar dos seus
filhos?
4. Na família nos relacionamos: A família é formada por várias pessoas. Cada
pessoa tem um papel e uma responsabilidade diferente. É preciso aprender a se
relacionar com todos da família. O pai e a mãe são autoridades. Eles possuem a
responsabilidade de administrar o lar e criar os filhos. Por isso, devem ser
obedecidos e honrados (Ex 20.12). Por outro lado, os avós e os tios também
ensinam e contribuem para o cuidado, de forma que também devem ser ouvidos.
Os irmãos são presentes de Deus e sempre estando ao seu lado. Eles merecem ser
amados, protegidos e apoiados. Os primos ou sobrinhos também são especiais e
devemos aprender a valorizá-los. Conviver em família pode ser desafiador, porque
cada pessoa tem um jeito e um temperamento próprio. Entretanto, com essas
pessoas que você deve aprender a servir, ouvir, amar e respeitar. Tais princípios,
que aprendemos dentro de casa são valiosos e necessários para a convivência em
outros espaços tais como a cola a vizinhança e no futuro o local de trabalho.
5. Deus quer salvar a família: Deus ama toda a família e quer salvar a todos.
Diversas histórias na Bíblia mostram este propósito. No Antigo Testamento, por

41
exemplo vemos Josué declarando corajosamente que toda a sua casa servirá ao
Senhor (Js 24.15); Raabe, com sua fé e entrega ao Senhor, livrou toda a sua família
da destruição que atingiu a cidade de Jericó (Js 6.23-25); Neemias, na ocasião da
reconstrução dos muros de Jerusalém, convocou todos os trabalhadores a pelas
suas famílias, a fim de que habitassem em um lugar seguro (Ne 4.14,16). No Novo
Testamento, vemos que Paulo e Silas falaram para um carcereiro: “[…] Creia no
Senhor Jesus e você será salva – você e as pessoas da sua casa” (At 16.31). E toda
a família dele creu em Cristo e foi batizada (At 16.32-34). Assim sendo, sempre
devemos orar para que Jesus salve cada um dos nossos familiares. E devemos
anunciar a salvação de Cristo para todos em nosso lar.

➢ AUXÍLIO PEDAGÓGICO: Conflitos entre pais e filhos podem ser recorrentes.


Entretanto, se os adolescentes seguirem algumas diretrizes básicas, eles poderão
ser minimizados. Mostre aos seus alunos que atitudes simples farão toda a
diferença na convivência familiar. “ – Siga a regra de ouro. Trata os outros como
você gostaria de ser tratado. Usar seu tempo para ser sensível aos horários uns dos
outros, frustrações, gostos e desgostos é um bom começo para eliminar alguns
conflitos em casa.
Leia nas entrelinhas: compreenda que a mãe e o pai podem ter uma pressão maior
do que podem revelar. Escolha a melhor hora para aproximar-se deles com um
pedido ou um boletim com notas não muito boas. Cuidado e consideração fazem
um papel principal nos relacionamentos familiares […].
Seja honesta: Conte a seus pais a verdade e toda a verdade. Na primeira
oportunidade. Omitir detalhes importantes pode fazer toda a diferença […]. Você
pode contar com isso: os seus pais certamente descobriram de alguma forma. É
melhor saberemos você.
Respeite a autoridade de seus pais: Eles são os pais, você é o filho. Eles são
responsáveis por você física, financeira e espiritualmente. Se eles ainda dizem
“não” depois que você conversou com calma e expôs seu ponto de vista, não
importa o quanto você discorde, é sua responsabilidade aceitar a decisão deles
com a autoridade dada por Deus fazendo parte da sua vida […]. Deus nem sempre
espera que você concorde com seus pais, Ele sabe que eles podem cometer erros.
Todavia, Ele espera que você os honre com sua obediência (SCHELLENBERG
#Pronto_Cresci! E agora? Rio de Janeiro CPAD 2013, p.61-63).

III - PRINCÍPIOS PARA A BOA CONVIVÊNCIA EM FAMILIA

1. OBEDIÊNCIA E HONRA AOS PAIS:


Obedecer do pai e a mãe é um mandamento bíblico (CL 3:20). Deus ordena isso
porque os pais têm autoridade sobre os filhos Deus se compromete em
recompensar a obediência com o prolongamento da vida. Respeite o seu pai e a
sua mãe, para que você viva muito tempo. (Êx 20.12). Assim, escolha obedecer a
seus pais todos os dias, pois eles são responsáveis, diante de Deus, da sociedade
e da Lei, por você e por promover cuidado, instrução e proteção. Obedeça aos
seus pais por amá-los e por amar a Deus (Ef 6.1).

42
2. AMOR E RESPEITO:
Todos os membros da família devem ser respeitados. A Bíblia tem orientações
para todos os membros da família, que objetivam a boa convivência (Cl 3.18-21).
Respeito não é opcional. É muito fácil tratar o próximo com respeito quando o
amamos. É por isso que o amor é indispensável (Jo 15.9, Ef 5.2). A Bíblia diz:
“Que o amor de vocês não seja fingido. Odeiem o mal e sigam o que é bom. Amem
uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns dos
outros com respeito” (Rm 12.9.10).

3. BOA COMUNICAÇÃO:
Uma comunicação saudável é essencial para a convivência familiar (Ef 4.29). É
através do diálogo que construímos uma relação de confiança com os nossos pais.
Atualmente, com o uso de celulares e da internet, nossa comunicação, geralmente,
se limita a áudios, textos e gifs nas plataformas de troca de mensagens. Embora
isso traga mais praticidade e seja comum, pode causar um certo distanciamento
dos pais e ruídos de comunicação. Você precisa valorizar momentos de “olha no
olho”. Não passe mais tempo com o celular do que com a sua família. Contato e
proximidade com a família são preciosos, porque nada substitui um abraço e um
sorriso. A comunicação dentro da família não deve ser agressiva, mas deve ser
assertiva (Pv 15.1). Sempre fale com respeito. Sempre fale a verdade. E esteja
pronto para ouvir (Tg 1.19). Através dessas três práticas, você poderá ter
conversas sinceras e profundas com a sua família (CL 4.6).

➢ AUXÍLIO PEDAGÓGICO:
Compartilhe com seus alunos a postura adequada para estabelecer uma boa
comunicação em família. “Pense sobre o que você vai dizer antes de fazê-lo.
Diálogo é o nome do jogo. Falar não é gritar. Até mesmo quando você ficar
frustrado, pode manter o tom de uma conversa […]. O tom de voz e sua inclinação
são vitais para uma discussão saudável. Agradeça a Deus uma vez que o diálogo
foi estabelecido, independente do resultado. Mostre sua estima à sua família por
ajudá-lo […] Qualquer lar tem seu próprio tempo de turbulência. Porém, uma vez
que você a supere, sua família ainda será sua família” (SHELLENBERGER, S.
#Pronto! Cresci! E agora? Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.63).

CONCLUSÃO:

Nós devemos amar nossa família. Aproveite os momentos que você tem com seus filhos.
Cada pessoa da sua família é especial e insubstituível seus filhos ao longo da vida, poderá
estudar em diversas escolas, ou a família morar em bairros diferentes, ou até mesmo trocar
de amigos. As fases da vida irão mudar e a família estará sempre ao seu lado. Por isso,
valorize seu lar.

43
Pais & Filhos – Família Texto bíblico básico:
O Senhor Deus disse: "Não é
Domingo, 11 de Junho 2023 bom que o homem esteja sozinho.
Farei alguém que o ajude e o
Tema: A Sutileza das Ideologias complete".
Contrárias a Família.
(Gênesis 2.18) NVT

VERDADE PRÁTICA:

Dentre os muitos perigos que a sociedade contemporânea enfrenta estão aqueles de


natureza ideológica que planejam destruir a família.
Leitura devocional diária:
Segunda – Mt 19.6 A família e a união
indissolúvel entre homem e mulher
Terça – Gn 2.24 A família como célula mater
da sociedade
Quarta – 1 Tm 3.2 A monogamia como
princípio bíblico do casamento
Quinta – Gn 2.23 O valor e o devido
reconhecimento da mulher
Sexta – Pv 31.15-18 A virtude da mulher na
família e na sociedade
Sábado – Dt 6.6-9 A família e transmissão de
PLANO DE AULA: valores para os filhos

1 – INTRODUÇÃO:

A família é um projeto especial de Deus. Em sua soberania ele estabeleceu fundamentos


que trazem estabilidade a essa magna instituição: monogamia, heterossexualidade e
indissolubilidade. Esses valores blindam a família contra as sutilezas das novas
configurações familiares que estão calcadas em ideologias malignas. Assim, nesta lição
aprenderemos os princípios bíblicos de uma família sólida que vive na presença de Deus.

2 – APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO:

A) Objetivos da Lição:
I) Abordar a família como um projeto especial de Deus;
II) Elencar os fundamentos da família cristã;

44
III) Esclarecer as sutilezas da nova configuração familiar;
IV) Apontar os princípios bíblicos para uma família sólida.
B) Motivação: Vivemos numa época desafiadora. Novas ideologias têm
promovido a “normalização” de novas configurações familiares que nada tem a
ver com 0 propósito de Deus. Como cristãos, de que forma devemos nos
comportar diante dessas novas modalidades de união?
C) Sugestão de Método: Uma das características da faixa etária do adulto é que
ele aprende quando deseja. Nesse sentido, a dinâmica da Escola Dominical segue
o princípio da voluntariedade. A presença do aluno no domingo pela manhã, ou
em outro dia noutras localidades, traz com ele a predisposição para aprender. Por
isso, sua aula deve ser bem planejada, estruturada e pensada. Se o aluno está
disposto a aprender não podemos perder a oportunidade de ensinar bem. Assim
sendo, ao longo da aula procure envolver a classe de maneira que a participação
dela seja representada. Faça perguntas, peça para alguém resumir um subtópico,
corrija o questionário com a classe.

3 – CONCLUSÃO DA LIÇÃO: Aplicação: A nossa família é o bem maior que Deus


nos deu. Nesse sentido, a lição nos convida a um compromisso com Ele e a nossa família.
Incentive a classe a orar pela família, a estabelecer uma meta de ensinar a Palavra de Deus
sistematicamente e a cultivar os valores da Bíblia no lar. É tempo de buscar a presença de
Deus em família. É tempo de viver na presença do Espírito Santo em família.

4 – SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR:

A) Vale a pena conhecer outras bibliografias a respeito do assunto abordado.


Assim professor, você terá melhores condições de se destacar em sala de aula.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O Conceito Cristão de Família” é uma reflexão que expande o
primeiro tópico a respeito da família como projeto de Deus;
2) O texto “Os Deveres da Família Cristã” traz uma proposta de aplicação dos
papéis exercidos pelos membros da família.

INTRODUÇÃO

Nesta lição mostraremos que a família é um projeto de Deus e que há valores


fundamentais sobre os quais ela está edificada. Tratamos aqui também dos perigos que
rondam a família cristã. Velhas práticas como a infidelidade conjugal, bem como os
modelos alternativos de construção familiar são perigos que demandam nossa atenção
contudo, há uma narrativa que faz passar a infidelidade conjugal como algo natural e
normal. Mudou-se o rótulo, mas o veneno continua mortífero. Por outro lado, os pais
devem ter cuidado a respeito das novas distorções da sexualidade como a teoria
genderqueer1. Vigiemos.

I – FAMÍLIA, PROJETO DE DEUS.


1- Uma instituição divina. Quando consultado pelos fariseus sobre a questão do
divórcio, Jesus respondeu: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt
45
19.6b). Ao dizer que ninguém separasse o que Deus havia ajuntado, nosso Senhor se
referia a constituição familiar. E mais, com essa fala, Jesus reconheceu que a família é
uma instituição divina. Foi Deus, e não o homem, que a criou. A família, portanto, é
criação de Deus. Esse fato mostra a importância que a família tem no projeto de Deus
para a humanidade. Ora, Ele tem um projeto para a humanidade e nele Deus inclui a
família; Ele tem um plano para a Igreja, e nele Deus também inclui a família.

2- A célula mater da sociedade. No contexto social, a família é a primeira instituição a


ser estabelecida (Gn 2.24). Ela é a célula mater da sociedade, ou seja, na base da sociedade
está a família. Na verdade, não poderia haver sociedade ou vida social sem a existência
da família. Esse fato é de suma importância para interpretar corretamente qualquer
fenômeno social. Não há dúvida de que a desagregação da família moderna está no topo
dos principais problemas sociais ora presenciados.

II - FUNDAMENTOS DA FAMÍLIA CRISTÃ


1- O casamento monogâmico e heterossexual. No contexto do Novo Testamento, o
casamento é monogâmico, isto é, o indivíduo só pode ter um cônjuge. A poligamia era
muito praticada no mundo antigo, inclusive no contexto do Antigo Testamento. Contudo,
no Novo Testamento o princípio da monogamia não era apenas ensinado, mas, sobretudo,
exigido (1 Tm 3.2). A poligamia, portanto, deve ser rejeitada como uma forma distorcida
e pervertida da construção familiar. Da mesma forma, o casamento bíblico é
heterossexual, isto é, constituído por um homem e uma mulher. Quando Deus criou o
primeiro casal os chamou de macho e fêmea (Gn 1.27). Por isso, Jesus disse que Deus
criou homem e mulher (Mt 19.4). Isso mostra que o gênero é baseado no sexo biológico.
Não há um terceiro sexo. Biblicamente, o casamento deve e precisa ser heterossexual –
constituído por um macho e uma fêmea, um homem e uma mulher.

2- O casamento indissolúvel e confessional. Outro princípio do casamento bíblico é que


ele é indissolúvel. Jesus disse que o que Deus ajuntou não separe o homem (Mt 19.6). O
casamento bíblico é feito para durar. Já foi dito neste trimestre que Jesus reconheceu a
cláusula de exceção, o adultério, como um acontecimento que pode pôr fim ao casamento
(Mt 19.9). Nesse caso há ainda a possibilidade do perdão por parte do cônjuge traído, o
que faz com que o casamento não seja dissolvido. Há ainda a questão do abandono por
parte do não crente, que, segundo o apóstolo Paulo, deixaria o cônjuge abandonado não
sujeito à servidão (1 Co 7.15). Contudo, deve-se observar que essas são exceções, e não
a regra. Ainda, outro princípio importante para considerar no contexto do casamento
cristão é a questão da confessionalidade. A Escritura preceitua que não deve haver união
entre o crente e o incrédulo (2 Co 6.14).

III - A SUTILEZA DA NOVA CONFIGURAÇÃO FAMILIAR

1- Casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em maio de 2011, o Supremo Tribunal


Federal (STF) reconheceu a união homoafetiva como núcleo familiar como qualquer outro.
Isso porque não havia e nem há uma lei aprovada no Congresso Nacional que legisle sobre
esse assunto. A partir do entendimento firmado pelo STF em maio de 2011, o Superior
Tribunal de Justiça (STJ) determinou, em outubro daquele ano, que o mesmo
reconhecimento se aplicava para os casamentos. Para evitar a falta de reconhecimento nos
46
cartórios, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou uma resolução em que
regulamentava os trâmites e proibia os cartórios de recusar a celebração de casamento civil
e a conversão da união estável em casamento entre pessoas do mesmo sexo. Essa nova
configuração familiar dada pela justiça brasileira provocou reações entre os cristãos,
principalmente os evangélicos. Ora, entendemos que a família é formada por homem e
mulher, conforme definida na Bíblia, e não entre duas pessoas do mesmo sexo (cf. Gn
2.24). O próprio Jesus afirmou que, no princípio, Deus fez macho e fêmea (Mt 19.4).

2- Sexualidade não-binária. Uma pessoa “não-binária” é aquela que não se percebe como
pertencendo a um único gênero. Nesse aspecto, ela acredita que a expressão de gênero não
se limita ao sexo masculino e feminino. Essa pessoa é genderqueer. Assim uma pessoa não-
binária pode achar que não é homem ou mulher. Nesse caso, teria uma ausência de gênero,
ou ainda pode achar que é as duas coisas ao mesmo tempo. Isso significa que mesmo tendo
o órgão genital de determinado sexo não se reconhece dentro desse gênero. Evidentemente
que isso contradiz a forma de expressão da sexualidade conforme revelada na Bíblia (Lv
18). É também uma negação das leis biológicas que define os sexos masculinos e
femininos.

IV - PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA UMA FAMÍLIA SÓLIDA

1- O papel dos pais. Os pais têm um papel preponderante na base da formação familiar.
Isso significa dizer que os pais têm a missão de transmitir valores a seus filhos (Dt 6.6-9).
A educação dos filhos, portanto, deve tomar como princípios os valores ensinados pela
Palavra de Deus, a Bíblia (Pv 1.8,9). A crise atual da família é uma crise de valores. Onde
há desestruturação familiar, a ausência de valores fortes predomina. Nesse aspecto, de
alguma forma, os pais falharam em transmitir ou incutir na formação dos filhos aquilo que
os definiria como verdadeiros cidadãos dos céus. No meio dessa guerra cultural, na qual se
procura a desconstrução da identidade cristã, não dá para ser neutro. Todos os pais
compromissados com a família e a sociedade na qual vivem têm o dever moral de dar a
conhecer a seus filhos o que Deus estabeleceu como modelo para a família cristã.

2- O papel da igreja. Alguém já disse que famílias fortes fazem igrejas fortes. Contudo, o
inverso também reflete a verdade – igrejas fortes fazem famílias igualmente fortes. Na
verdade, a igreja que é uma extensão familiar bem mais ampla, já que é constituída de
várias famílias, é uma entidade terapêutica onde a família pode ser curada. É missão da
igreja também curar uma sociedade doente (1 Pe 2.9-10). Por outro lado, uma igreja doente,
não acolhedora e distante da sociedade, não está cumprindo a missão para a qual foi
chamada. É preciso atenção para isso. Uma família cristã sadia tem na igreja uma forte
base espiritual. A igreja faz parte de sua vida. Isso significa que uma família forte faz parte
ativamente da igreja. Evidentemente que os filhos devem ser criados nesse contexto onde
os valores cristãos são transmitidos.

AUXÍLIO PARA FAMÍLIA CRISTÃ:

“OS DEVERES DA FAMÍLIA CRISTÃ


Em sua Epístola aos Efésios, Paulo trata dos deveres dos maridos, das esposas e dos filhos
(Ef 5.21-33; 6.1-4). Como fundamento para esses deveres, o apóstolo estabelece a regra
47
da sujeição mútua (Ef 5.21). Nem o marido é sem a mulher e nem a mulher é sem o marido
(1 Co 11.11). No texto bíblico, as mulheres recebem a incumbência de serem submissas
aos esposos (Ef 5.22), os maridos são exortados a amar suas mulheres do mesmo modo
como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25), e os filhos são orientados a obedecer e honrar pai e
mãe (Ef 6.1,2). Uma família cristã que observa esses princípios vive em harmonia, e as
deliberações são tomadas de comum acordo entre o marido e a mulher, cabendo a decisão
final à cabeça do lar (Ef 5.23). Não obstante, as decisões do âmbito do lar têm como
pressuposto o amor, e não a arbitrariedade ou autoritarismo” (BAPTISTA, Douglas.
Valores Cristãos: Enfrentando as questões morais de nosso tempo. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2018, p.109).

CONCLUSÃO:

Chegamos ao final de mais uma lição bíblica. Vimos que a família está sob ataque. Desvios
sutis procuram desconstruir o projeto da família tradicional. Velhas práticas, como a do
adultério, estão sendo “vendidas” para as famílias como normal e, até mesmo, necessário
para “turbinar” o relacionamento. Um engodo do Diabo. Nesse contexto de desconstrução
familiar, os pais devem, mais do que nunca, firmar e inculcar nos filhos os valores da fé
que uma vez foi entregue aos santos.
1-
Pessoas de gênero queer, ou genderqueer, podem ser:

• Pessoas que não são nem 100% homens, nem 100% mulheres. Ou seja, desde
pessoas sem gênero, pangênero e maveriques até andrógines, proxvirs e
demimulheres podem se chamar de genderqueer, caso queiram. Pessoas bigênero
ou com gênero que flui entre homem e mulher também podem se dizer
genderqueer;
• Pessoas cujo gênero e orientação estão interligados (por exemplo, homens que
não se sentem exatamente homens por sentirem atração por homens, e agem de
forma que não associam ao gênero masculino por conta disso);
• Pessoas que agem radicalmente contra as normas de gênero, pela maneira de se
vestir, por exemplo.
Genderqueer é uma identidade que é geralmente utilizada por pessoas que não se dizem
cisgênero – e não apenas por recusarem aceitar que são algo além de “normais” – mas é
possível que pessoas consideradas cis utilizem o rótulo, afinal ele é extremamente
abrangente.
O termo genderqueer – o nome em inglês é o mesmo que está aqui – foi possivelmente
criado no início dos anos 90. É um termo que propõe ser uma alternativa inclusiva ao
termo transgênero, por transgênero ser uma palavra mais aplicada a pessoas trans binárias,
ainda que tenha sido criada para ser mais inclusiva.
https://orientando.org/listas/lista-de-generos/genderqueer/

48
Pais & Filhos – Família Texto bíblico básico:
"Uma árvore é identificada por
Domingo, 18 de Junho 2023 seus frutos. Se a árvore é boa, os
frutos serão bons. Se a árvore é
Tema: A Mídia Virtual e a família. ruim, os frutos serão ruins.
Raça de víboras! Como poderiam
PROFESSOR, ESTUDAR A BÍBLIA É UMA DAS homens maus como vocês dizer o
FORMAS DE CRESCIMENTO EM SALA DE que é bom e correto? Pois a boca
AULA: fala do que o coração está cheio.
A pessoa boa tira coisas boas do
Professor, esse caminho de renovação tecnológica é tesouro de um coração bom, e a
um processo que avança cada vez mais rápido e não pessoa má tira coisas más do
teremos como impedir esse avanço. Precisamos formar tesouro de um coração mau.
nossos adolescentes para que sejam conscientes no uso Eu lhes digo: no dia do juízo,
das tecnologias e que aprendam a serem críticos de vocês prestarão contas de toda
tudo quanto lhes é apresentado pelas mídias virtuais, e palavra inútil que falarem.
alertá-los dos diversos riscos que pode surgir do uso Por suas palavras vocês serão
dessas mídias. absolvidos, e por elas serão
condenados".
Afinal, o conteúdo sempre é desenvolvido sob uma
Mateus 12:33-37 (NVT)
cosmovisão específica daqueles que o produzem e
também daqueles que o publicam. Uma isenção de
opinião nesses casos é irremediavelmente impossível. Assim, caro professor, siga
também o conselho paulino, isto é, “analisar tudo e reter o que é bom”. Ajude a formar
essa consciência crítica para que os adolescentes da sua igreja não sejam persuadidos
pelas sutilezas virtuais.

A tecnologia não é ruim por natureza, mas é necessário termos cuidado para uma bênção
não se tornar maldição, pois isso pode ocorrer sutilmente sem percebermos o seu real
perigo. A Bíblia narra o caso de um profeta cujas palavras de maldição foram lançadas
contra o povo de Israel, mas Deus as transformou irremediavelmente em bênção (Nm
22.1-24). Porém, o contrário também pode ocorrer. Aquilo que seria bênção para sua vida,
uma vez utilizada de maneira errada, pode levar você ao caminho de maldição.

QUAL É O OBJETIVO DESTA AULA?

✓ Discutir sobre o papel da mídia virtual;

✓ Ensinar os perigos da mídia virtual;

✓ Explicar os perigos da mídia virtual para a família.

49
Leia este texto: “A pessoa boa tira o bem do seu depósito de coisas boas, e a pessoa má
tira o mal do seu depósito de coisas más” (Mt 12.35).

Leitura devocional:
QUEBRE A ROTINA EM SALA DE AULA:
Segunda – Lc 5.1-11
Faça uma enquete com a classe, perguntando: Quais os meios que você
Terça – 1Ts 5,12-28 e a sua família, usam para se relacionar? Redes sociais, refeições em
família, e-mail, passeios ou outros?
Quarta – Mc 21.21-28
Com base nas respostas, discuta se essa realidade é boa ou se eles
Quinta – Mt 12.1-8 gostariam de modificar alguma coisa. Conclua que nada substitui a
Sexta – Ez 8.1-18 relação pessoal, e que esta deve sempre ser preferida em relação às
demais maneiras de se relacionar virtualmente. E que é crucial para
Sábado – 1Sm 12.19-25 saúde mental e espiritual do ser humano o cultivo relação pessoal.
Domingo – Mt 21.18-22

MÍDIA VITUAL:
Quando se fala em mídia virtual a primeira coisa que vem à nossa mente é a internet, não
é mesmo?! Em primeiro lugar, por mídia entendemos os meios de comunicação que
utilizam recursos eletrônicos, eletromecânicos ou digitais para levar a informação ao
público. Assim temos a televisão, o rádio e a internet como exemplos de mídia.
De modo geral, a mídia ter o objetivo de transmitir algum tipo de informação; seja pela
televisão, pelo rádio ou pelos sites de internet. Logo, a mídia domina conteúdo que chega
até as pessoas para constituir padrões de comportamento na sociedade.
A internet constitui o que chamamos de mídia virtual ou digital. Atualmente, esse tipo de
mídia se tornou o grande fascínio da nossa geração. Por certo você se encontra conectado
de alguma maneira, não é mesmo?!
Como na mídia convencional, na virtual se publica informações segunda uma forma
particular de compreender o mundo: aqui “mora” um dos perigos de qualquer mídia, bem
como na mídia virtual, ou seja, a intenção de publicar conteúdos de ^armação de opinião.
Como tudo na vida, a mídia virtual pode ser usada para o bem ou para o mal. Ora,
podemos usá-la para falar do amor de Deus, reencontrar parentes distantes ou amigos que
não mais encontramos. Entretanto, o perigo também habita esse tipo de mídia. Quantos
conteúdos são veiculados neste veículo que vão contra os princípios da Palavra de Deus
e tudo o quanto é sadio para vivermos bem?
Você precisa ter o cuidado com o que colocará diante dos seus olhos (SI 101.3).
Geralmente, não fazemos tudo o quanto é bom e que agrada a Deus porque optamos por
fazer o mal: Esta é a situação do pecador! Infelizmente, as mídias virtuais possuem uma
variedade de lixos digitais à distância de um click. A Bíblia nos aconselha e estimula:
“Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece
elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente” (Fp
4.8). Ou seja, avalie se o conteúdo que você tem consumido através das mídias virtuais é

50
bom, verdadeiro, puro e assim terá um parâmetro de comparação para saber se deve ou
não continuar consumindo esse conteúdo.
I – CONECTAR OU NÃO CONECTAR? EIS A QUESTÃO!
O problema com a mídia virtual não é a sua existência por si mesma, mas a forma que a utilizamos
e os problemas gerados a partir do uso equivocado desse instrumento. Um grave problema da
geração atual de adolescentes é o de trocar a vida real pela virtual. Muitos têm se deixado seduzir
pela criação de personagens virtuais; seja nas redes sociais, em jogos eletrônicos ou em salas de
bate-papo. Assim, se esquecem de se relacionar na vida real.
Jamais troque um bate-papo com seus amigos reais por um virtual! Lembre-se de que Deus nos
criou como seres que precisam se relacionar sinceramente, e que por isso nos colocou dentro de
uma família (Gn 2.18-25). Portanto, não troque o aconchego do seu lar, uma boa conversa com
os seus pais, com os seus amigos e com as pessoas, por horas de trocas de mensagens virtuais que
se perdem pelo tempo, fazendo posteriormente você se sentir inútil, pois aquele tempo todo foi
mal aplicado e desperdiçado.
A mídia virtual pode ser utilizada para fins benéficos. Mas lamentavelmente também pode ser
usada para fins malignos, pois atualmente presenciamos o aumento da segmentação familiar,
distanciando paulatinamente os filhos dos seus pais ou o contrário.
Faça um teste! Quando você entrar num metrô ou num ônibus, ou caminhar pelas calçadas, repare
que quase a totalidade das pessoas estão em estado de “hipnose” com os seus aparelhos, seja pelo
uso do “zap” ou pelo uso do “face”. Infelizmente essa prática tem achado lugar em nossos cultos,
escolas e lares! A conversa olho no olho tem desaparecido das nossas salas de jantar e das demais
reuniões. Não foque o seu olho no mundo virtual. Mas foque na vida real: ela passa rapidinho.
II – FAMÍLIA UNIDA PERNAMECE UNIDA, MAIS DIARIAMENTE CONECTADA...
Conseguir a atenção de alguém hoje não é uma tarefa fácil. Manter uma conversa simples e direta
com alguém, sem que este não olhe para a tela do celular, é quase impossível. Pessoas, uma ao
lado das outras, conversam via mensagem eletrônica, ignorando por completo a existência de
outras pessoas ao seu lado. Entre a família, as conversas são concentradas no vídeo engraçado ou
num material recebido por mensagem. O pai, a mãe ou o filho seguem ignorados
sistematicamente.
Esse enfraquecimento nas relações familiares gera um impacto indescritível em nossa vida, e por
consequência, em nossa sociedade. Os estragos causados são inimagináveis: adolescentes
depressivos, suicidas, introvertidos, sem habilidade de comunicar-se, e muitos outros males.
Cuidado para não ficar conectado demais e se esquecer da vida real! Este é um dom de Deus para
você! Experimente a beleza de valorizar o presente que Deus lhe deu: a sua família.
CONCLUSÃO:
Como vimos, a mídia virtual em si não é um problema, mas o modo como a utilizamos e o
conteúdo que nela consumimos que define se ela é boa ou má para nós. Use as mídias virtuais
com sabedoria e prudência, não se deixe seduzir por esse mundo, mas que a sua mente seja
formada e transformada pelo Espírito Santo (Rm 12.2).

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Pais & Filhos – Família Texto bíblico básico:
Gênesis 2. 4-25
Domingo, 25 de Junho 2023
Abra em vossas bíblias.
Tema: Família, Nosso Primeiro Grupo
Social.
DESTAQUE: “Porém eu e a minha família serviremos a Deus, o Senhor” (Js 24.15).

Leitura devocional:
OBJETIVOS:
Segunda – Gn 1.27
Compreender que a família é a célula mater da sociedade.
Terça – Gn 1.28
Saber que a família é um lugar de convivência, de
Quarta – Gn 2.18 acolhimento e de relacionamentos.
Quinta – Gn 2.16-17
Sexta – Gn 3.15
Sábado – Ef 6.1-2

QUEBRANDO A ROTINA:
Professor, sente-se com os alunos em círculo. Coloque no centro do círculo a caixa com
os vários objetos que você trouxe. Depois, peça que os alunos escolham um objeto que
possa representar um membro de sua família. De um tempo para que eles façam suas
escolhas. Logo após, peça para um deles dizer qual membro da família o objeto
representado e o porquê da escolha. Ouça-os com atenção e explique que a família e a
reunião de pessoas com temperamentos personalidades diferentes. Para que a vida em
família seja uma bênção, é preciso que cada um de seus membros cumpra os princípios
bíblicos estabelecidos pelo Senhor. Peço que os alunos leiam estes princípios
relacionados em Efésios 5. 22-33 e 6.1-4:
• Princípios para marido – Amar a esposa (Ef 5.27-28)
• Princípios para as esposas – Honrar (ser submissas) a seus maridos (Ef 5.23-24)
• Princípios para os filhos – Obedecer aos pais (Ef 6.1-2)
• Princípios para os pais – Não provocar os filhos (Ef 6.4).

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• Conclui explicando que não existem famílias perfeitas, porém a disfunção familiar
será evitada se observarmos os princípios bíblicos de Deus para a família.
HORA DE ESTUDAR PROFESSOR...
Prezado professor, você conhece alguma família que seja perfeita? Com certeza não, pois
a família perfeita existe apenas em comerciais de margarina. Mas isso não invalida o
plano de Deus para as famílias, pois Ele criou esta importante instituição para ser
funcional e garantir a nossa sobrevivência em sociedade. O pecado trouxe consigo a
disfunção familiar. No livro de Gênesis, podemos ver as famílias condenadas à morte
pelo pecado; porém, no livro do Apocalipse, a morte é destruída, as famílias são
resgatadas do pecado pelo sacrifício de Jesus e vão viver para sempre unidas com Deus,
o Criador.
A família vem sofrendo ao longo dos anos vários tipos de ataque do Inimigo, pois
destruindo as famílias, o futuro de qualquer sociedade se torna incerto. No século XXI, a
constituição familiar tem divergido muito do padrão bíblico que compreende em seu
núcleo básico-marido, mulher e filhos (Gn 2.24). Em muitas instituições de ensino, sejam
elas públicas ou privadas, já não se comemoram mais o Dia dos Pais ou das Mães, pois
agora existem as chamadas famílias homo afetivas. Tenho certeza de que esta lição será
uma boa oportunidade para refletir a respeito dos princípios divinos para a família e a
necessidade que temos de orar constantemente em favor dos nossos lares.

Vimos esse assunto


também na aula
anterior!

I – FAMÍLIA, CÉLULA MÁTER DA SOCIEDADE.


1. A família foi criada por Deus. É o primeiro e mais importante grupo social a que
pertencemos. Por isso, ela é chamada de célula mater da sociedade.
Primeiramente, Deus fez e preparou o mundo para receber essa instituição tão
especial. Depois, Ele criou o homem e a mulher. Mas a família não estava
completa, faltavam os filhos (Gn 4.1,2). Deus viu que o homem, coroa da criação,
não poderia viver sozinho! A família surgiu da necessidade de nos relacionarmos.
Como aprendemos na lição anterior, o homem é um ser gregário, ou seja, precisa
viver socialmente com outras pessoas para sobreviver.
2. Deus criou a família perfeita. Seus objetivos eram os melhores possíveis. Porém,
com a queda do homem (Gn 3), a família foi afetada e sofreu sérias consequências.
Depois de pecarem, Adão e Eva se esconderam de Deus e tentaram justificar seus
erros. Mas o relacionamento do casal já havia sido afetado pelo pecado.
3. Desde então, podemos afirmar que não existe mais uma família que seja perfeita.
Sim, família perfeita somente no comercial de margarina. Nem os heróis da fé
tiveram uma família tão perfeita assim. Um exemplo disso é a família de Isaque,
o filho da promessa O Senhor havia prometido a Abraão que sua descendência
seria como as estrelas do céu (Gn 15.5). Porém, a esposa amada de Isaque era
estéril (Gn 25.21). Parece que alguma coisa estava errada! Apesar disso, ele orou

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ao Senhor e Deus o abençoou com dois filhos: Esaú e Jacó. O texto bíblico diz
que já no ventre materno os dois irmãos brigavam (Gn 25.22).
4. Na família de Isaque também havia divisão. O pai gostava mais de Esaú, pois o
jovem era perito em caça. Já a mãe tinha como seu queridinho Jacó (Gn 25.27,28).
A divisão traz sérios problemas para a família. O Senhor. Jesus disse que nenhum
reino, ou instituição, e ou família, pode ficar de pé quando existe divisão (Lc
11.17). Lute para que sua família se mantenha unida. Ore, faça sua parte.
5. Com a ajuda e consentimento da mãe, Jacó enganou seu pai. As consequências
foram trágicas: Jacó, para não ser morto por seu irmão, teve que fugir para uma
terra distante. Seus pais não puderam mais vê-la. A família foi dividida. Quanto a
Esaú, o filho querido de Isaque, tornou-se um jovem rebelde. Ele casou-se com
algumas mulheres que não eram do agrado do seu pai, somente para contrariá-lo
(Gn 28.8,9).
6. Como você pode perceber, a família do patriarca Isaque passou por situações
terríveis, vivenciando muitos conflitos. Várias situações concorrem para destruir
as famílias, das quais, poderia nascer o Messias (Gn 3; 15; 21, 2 Sm 7.12-16). O
Inimigo também vai fazer de tudo para que os planos de Deus também não se
realizem em sua família. Mas, em Jesus somos mais que vencedores. Ore por sua
família e faça a sua parte para que todos vivam bem.
Se fôssemos relatar tudo o que aconteceu de ruim na família de Isaque, Esaú e
Jacó, certamente, faltaria espaço para escrever. Embora imperfeitos, o Senhor
Deus os amava e preservou a família dos patriarcas. Deus ama você. Ele também
deseja cuidar de você e de todos em sua casa. Não desanime!

AUXÍLIO DIDÁTICO: Professor, explique que a família é o primeiro grupo social a que
pertencemos. É na família que recebemos nossas primeiras lições e exemplos de moralidade,
civilidade e também a respeito de Deus e do Senhor Jesus. A criança vê Deus primeiramente
por intermédio dos pais. Por isso, a família é tão importante numa sociedade. A disfunção
familiar é perigosa tanto para as famílias como para a sociedade em geral.

II – VIVER E CONVIVER EM FAMÍLIA.


A. O modelo familiar muda com o passar dos tempos, já tivemos a era da família
patriarcal, consanguínea, etc., entretanto, isso não altera o valor, a importância da família,
e jamais vai invalidar o objetivo primordial de Deus em relação à vida familiar – o
estabelecimento de relacionamentos saudáveis. Atualmente, temos visto e vivido um
empobrecimento na área da convivência. Estamos ficando cada vez mais superficiais e
distantes uns dos outros. São pais que mal se falam. Quando estabelecem um diálogo,
este é monossilábico: “sim”, “não”, “espere”. Filhos que não conversam com seus pais,
mas possuem horas nas redes sociais, conversando com amigos virtuais. Porém, quando
esses “amigos” fazem algo que não gostam, basta apertar uma tecla para serem
“deletados”. Como se pudessem resolver os problemas de relacionamento apertando
apenas um botão. As pessoas não conversam mais em família, e o relacionamento familiar
tem sido comprometido.

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B. A convivência diária dentro de um lar não é algo fácil. Somos diferentes uns dos
outros, e isso não é algo ruim, mas salutar. Quem disse que as diferenças são
causas de desavença e falta de harmonia? Quando Deus viu que Adão precisava
de companhia, Ele não criou outro homem, mas, sim, uma mulher (Gn 2.18), um
ser totalmente diferente no aspecto biológico e psíquico. O objetivo de Deus era
que um complementasse o outro.
C. Não existem famílias perfeitas, assim como não existem pessoas perfeitas.
Completamos uns aos outros. Precisamos ter isso em mente, pois a boa
convivência é imprescindível para se ter uma família funcional. Por sermos
diferentes, temos mais facilidade de lidar uns com os outros. Já pensou se todos
fossem iguais? Devemos aprender a lidar com os pontos fortes e fracos de nossos
familiares.

AUXÍLIO DIDÁTICO: Professor, pergunte aos pais se eles têm filhos não-crentes. Caso haja
em classe alguém, peça que este responsável diga o que tem feito para evangelizar seu filho ou
sua filha. Depois explique que promessa do Senhor é salvar as nossas famílias e que precisamos
de muita sabedoria a fim de que todos em nossas casas sejam alcançados por nosso bom
testemunho. Em seguida, leia e discuta com os alunos o texto de Atos 16.31. Encerre orando
pelos alunos que têm filhos ou outra pessoa da família não-crentes. Diga que se eles orarem e
fizerem a sua parte, em breve poderão dizer: “Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”
(Js 24.15).

III - BOAS MANEIRAS DEVEM FAZER PARTE DO NOSSO DIA A DIA


As diferenças não são prejudiciais, mas a falta de respeito e até mesmo de boas maneiras
no relacionamento familiar são. É em casa que temos que aprender a dizer “bom dia”,
“com licença”, “obrigado(a)”, “por favor”, “desculpa”, “até logo”, etc. Palavras que são
significativas para trazer paz e harmonia a uma família, caso haja respeito entre os seus
membros.
As regras mais básicas de educação estão sendo abandonadas. Não há família que
permaneça saudável, mesmo que leia a Bíblia diariamente e ore, sem que seus membros
busquem tratar o outro com respeito, consideração e educação. Essa deve ser a primeira
lição de casa que deveríamos aprender.
IV – A BÍBLIA E A FAMÍLIA
O Criador estabeleceu para a família alguns princípios que vão ajudá-la a viver bem,
inclusive para os filhos. Você quer conhecer esses princípios? Então leia com atenção o
texto de Efésios 6.1-4. Sabemos que não existe família perfeita, mas, se seguirmos esse
padrão, evitaremos muitos problemas. A obediência requerida pela Bíblia (Ef 6.1) é uma
coisa justa. Ela traz muitas consequências boas-prosperidade e longevidade. É o primeiro
mandamento com promessa (Êx 20.12). A obediência é a demonstração de sabedoria. Os
filhos devem obedecer aos pais e os pais devem respeitar os filhos (v.4).

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A disciplina na família é necessária. Um pai que ama, corrige seu filho. Mas, infelizmente,
muitos pais acabam exagerando nas regras e deixando os filhos desanimados deve haver
equilíbrio. As regras e a disciplina devem ser acompanhadas de amor, que tudo suporta e
tudo espera. Não tem como não viver bem e deixar de ser feliz em uma família em que o
marido ama a sua esposa, em que a esposa respeite o marido da mesma forma que gosta
e quer ser respeitada, e onde os filhos obedecem aos pais, e são criados segundo os
padrões bíblicos. Isso é primordial para que tenha uma sociedade harmoniosa e feliz.
AUXILIO DIDÁTICO
Professor, converse com seus alunos e reforce a ideia de que as famílias sofrem mudanças,
mas os princípios de Deus não. Eles são eternos, imutáveis e inegociáveis. Leia com
atenção o texto abaixo e, se desejar, proponha um debate a respeito das principais
mudanças que a família vem sofrendo no século XXI. Para embasar teoricamente a
discussão, segue o texto de Antônio Tadeu Ayres. “Num estudo sobre a socialização da
criança, normalmente faríamos o caminho normal, estudando primeiro a família, depois
a escola e, como variável interveniente, os meios de comunicação de massa, em separado.
No presente contexto, no entanto, a dinâmica mais coerente é de fato a ordem que
adotamos, isso porque a geração de adultos que hoje constitui os professores e pais já foi
bombardeada desde a infância pelos meios de comunicação, e têm, como normal, em suas
vidas, os valores de pluralidade, ‘privatismo, etc.
Nesse sentido então, a família modernizada dificilmente está preocupada com a ideologia
repassada pela mídia ou pela universidade, por exemplo. Pelo menos, nos mesmos níveis
em que defende os seus interesses, quando há um aumento exagerado da mensalidade
escolar. Como resultado, acaba ela mesmo sendo um agente disseminador desses valores,
na medida em que os filhos são criados da maneira mais liberal’ possível, com um mínimo
de interferência dos por parte dos pais, mesmo quando isso seria absolutamente
recomendável” (AYRES, Antônio Tadeu Reflexos da Globalização Sobre a Igreja: Até
que ponto as últimas tendências mundiais afetam o Corpo de Cristo? 1 ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2001, pp. 41,42).
CONCLUSÃO
Deus tem um propósito para a sua vida e sua família. Embora não existe família perfeita,
é possível ter uma vida familiar saudável quando cada um faz a sua parte, obedecendo
aquilo que Deus determinou para a família. Embora a convivência diária dentro de um lar
não seja algo tão fácil de lidar, o objetivo de Deus é que nos completamos uns aos outros.
Não somos perfeitos, mas precisamos fazer a nossa parte, a fim de que tenhamos
relacionamentos saudáveis. Deus tem a orientação de que precisamos e este conselho
encontra-se em sua Palavra. Que possamos aprender e praticar a Palavra de Deus para
que saibamos lidar com os nossos pontas fortes e fracos, e também com o de nossos
familiares.

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