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Manual

Do
Pregador
2ª CES – Sede/Novembro 2021
Eu tenho uma palavra de Deus para os pregadores do Evangelho

Aut: Geziel Gomes


Extraído da Bíblia Para Pregadores e Líderes.
EU TENHO UMA PALAVRA DE DEUS PARA OS PREGADORES DO
EVANGELHO

1- Devemos preparar verdadeiros banquetes para servir aos nossos


irmãos quando for da nossa responsabilidade, ministrar-lhes a
Palavra de Deus. Que o alimento que estamos servindo seja digno de
um banquete real: “Levou-me à sala do banquete, e o seu estandarte
em mim era o amor” (Ct 2.4) Nunca devemos deixar de colocar sobre
a mesa da Palavra o nosso melhor alimento, preparado com
ingredientes da despensa do céu. E que esse alimento seja sempre
novo, e nunca comida requentada. Que os ouvintes, quando ouvirem
que é você que vai pregar, saibam por experiências anteriores, que
serão nutridos com uma generosa porção do Pão da vida: “Porque o
pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão. E Jesus lhe
disse: EU sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e
quem crê em mim nunca terá sede”. (Jo 6:33-35).
2- Ao sermos honrados com a grandiosa oportunidade de pregar a
Palavra de Deus, ao nos posicionarmos diante congregação, jamais
devemos esquecer que estamos ali para pregar a Palavra de Deus, e
não tão somente nossas palavras, durante toda a mensagem, a voz é
sua, os argumentos são seus, mas existe a parte de Deus e a parte do
homem. A parte de Deus é tão importante que o pastor deveria
anunciar o pregador usando os seguintes termos:
“Com a palavra, a Palavra”, e não “com a palavra o pastor ou
pregador fulano de tal “. Quem vai falar é o Espírito Santo através da
instrumentalidade do pregador (Jo 16.8). Durante toda a entrega da
mensagem não devemos esquecer que não serão as nossas
eloquentes palavras que tocarão os corações dos nossos ouvintes. A
pregação não é do pregador, mas vem de Deus, através do pregador.
É no exercício de pregar a Palavra, que os ouvintes são tocados. Paulo
admoestou seu discípulo Timóteo; “Prega a palavra, insta, quer seja
oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a
longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2 ARA). O tesouro (a Palavra de
Deus) está em um vaso de barro (o homem)”: Temos, porém, este
tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de
Deus e não de nós” (2 Co 4.7).
3- Muitas vezes não alcançamos o coração e o entendimento dos
nossos ouvintes, porque falamos palavras difíceis. As palavras
sobrevoam suas cabeças, passam à altura de seus ouvidos, mas não
descem aos seus corações. Parece que queremos muito mais
impressioná-los com nossa cultura do que entregar-lhes uma
mensagem da Palavra de Deus que eles entendam, que eles digiram,
da qual eles possam tirar total proveito. Não nos empenhamos com
todo o nosso esforço para que eles voltem às suas casas sentindo-se
alimentados, prontos para colocar em prática o que ouviram, e
glorificando a Cristo e não ao pregador: “Todavia eu antes quero falar
na igreja, cinco palavras na minha própria inteligência, para que
possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua
desconhecida” (1 Cor 14.19). Deixemos de pregar no difícil idioma do
“teologuês”.
4- Não devemos nos esquecer que temos a obrigação, perante a noiva
do Senhor, de tornar compreensível nossa mensagem. Portanto,
devemos comunicar-nos de maneira apropriada, alcançando o nível
cultural dos ouvintes que nos ouvem, falando de modo simples,
claro, direto, com o coração transbordando de amor e da graça de
Deus. Nunca devemos tornar nossa mensagem um estudo fechado,
muito acima da compreensão dos nossos ouvintes. E ao fazermos a
exegese (interpretação) dos textos bíblicos, por mais criativa e
reveladora que ela seja, deve ser acessível a todos. Existe uma
armadilha na qual muitos pregadores caem: no meio da pregação,
eles descem a particularidade desnecessárias, prolixas, redundantes
como alguém que se enrolou na linha que usava para tecer sua rede
de pescar. Devemos falar o estritamente necessário. A partir dos
textos das Escrituras, a pregação deve ter como objetivo a edificação
da congregação e a salvação de almas. Um pregador que sabe
entregar bem a sua mensagem é capaz de torna-la, diante da
congregação, uma busca das marcas de Deus, da sombra de Deus,
das maravilhas de Deus dentro do texto bíblico.
5- Jamais devemos esquecer que os 40 ou 50 minutos de tempo que
empregamos ministrando a Palavra não são naquele dia, para muitos
crentes, o único momento em que eles tomam contato com a Palavra
viva e eficaz, que pode mudar suas vidas e alimentá-los até a próxima
ministração. Portanto, antes da entrega, devemos orar, jejuar e em
seguida nos debruçar e trabalhar sobre a melhor porção da Palavra
que o Espírito Santo nos inspirar, preparando a melhor mensagem
que conseguirmos para aquela ocasião. Deste modo, estaremos
sempre subindo, degrau por degrau, a escadaria da excelência:
“Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, tanto agora como no dia
eterno”. (2 Pe3.18 ARA).
6- Não devemos jamais subir a um púlpito para entregar uma
mensagem sem antes termos nos preparado com um período de
consagração diante de Deus e uma profunda reflexão sobre o texto
acerca do qual vamos pregar. No período de preparação, leia esse
texto 10,20,50 vezes, caso seja necessário. Se possível, faça como
muitos pregadores: decore o texto. Durante essa preparação,
devemos também nos apropriarmos de todas as fontes de pesquisa
(comentários, enciclopédias, manuais, Bíblias de estudo, sites de
internet). O pregador pregará exterior e poderosamente a Palavra de
Deus na medida em que ele mesmo se tornou interiormente ouvinte
da Palavra de Deus. A pregação representa o esforço do pregador em
exprimir diante dos seus ouvintes o que o Espírito Santo colocou
dentro do seu coração.
7- Não devemos esquecer que vivemos na era da velocidade da
brevidade, do encurtamento de tempo. Não é tão fácil hoje manter
a atenção dos ouvintes por momentos prolongados. Além do mais,
caso você queira com que seus ouvintes retenham o máximo de
conteúdo na memória, faça uso da concisão da brevidade. Lembre-
se de que quem está ouvindo sua mensagem, muitas vezes longa e
enfadonha, tem o costume de, se o assunto parece-lhe chato, mudar
de canal ou de tela apertando botão de um controle remoto ou com
um click no mouse de seu computador, quando está diante do
televisor ou do computador. Muitos deles, se pudessem, apertariam
o botão de um controle ou uma tecla para não ouvirem mais muitos
pregadores estilo espada: chatos e longos. Caso você seja daquele
tipo de pregador que faz um comprido arrodeio para levar o ouvinte
a entender o tema de sua mensagem, lamento ter de lhe avisar que,
após três minutos, a curva de atenção de qualquer ouvinte sofre uma
queda perigosa, se você continuar falando um monte de palavras que
não têm nada a ver com o assunto sobre o qual você vai pregar,
perderá a atenção e a boa vontade dos seus ouvintes, e aquela
mensagem será um fracasso.
8- Devemos respeitar o tempo que nos foi dado para a entrega da
mensagem. Só pregue uma mensagem longa se lhe for dado o tempo
necessário. Caso contrário, mantenha-se dentro do tempo que lhe foi
concedido. Isto é uma atitude de respeito ao líder da reunião e aos
ouvintes. Para que o pregador não atropele o tempo e passe da hora
que lhe foi estabelecida, é importante que haja diante dele um
relógio com os ponteiros grandes, e aquele que ele sempre consulte
esse relógio. Caso o relógio não exista, o pregador deve tirar do pulso
o seu próprio relógio e acomodá-lo na bancada do púlpito diante
dele. Porém, caso ele resolva manter o relógio no seu pulso, e de vez
em quando olhar para o relógio, isto será um convite para a
desconcentração dos ouvintes, que passarão a se preocupar com a
hora. E a olhar seus relógios. Portanto, jamais fique olhando para o
seu pulso. Tem pregador, que a certa altura da mensagem, diz: “Serei
breve”, e o que faz é exatamente o contrário, alongando-se na
mensagem e deixando os ouvintes impacientes por terem acreditado
na promessa de brevidade dele. Outros dizem:” Estou concluindo”, e
arrastam o sermão por ainda 15 ou 20 minutos, levando o auditório
à impaciência e desatenção. Os mestres da Retórica da antiguidade
recomendavam: “Poucas palavras e linguagem acessível são os
ingredientes do melhor discurso”. Quem sempre acha que tem pouco
tempo para dizer muita coisa, deve colocar em prática esse antigo
provérbio romano: “Muito em pouco”.
9- Devemos nos esforçar para multiplicar, por uma variável um pouco
abaixo ou um pouco acima de mil, o alcance das nossas mensagens.
As inimagináveis invenções dos atuais meios de comunicação, como
a imprensa, o rádio, a televisão, a internet, e, dentro desta última, as
redes sociais, revolucionaram os meios de propagação do evangelho.
Portanto, o anúncio do evangelho não pode deixar de usar esses
meios extraordinários, que são capazes de estender quase ao infinito
a área de escuta da Mensagem de Cristo. Todos os dias, milhões de
pessoas ouvem a Boa Nova trazida há dois mil anos por Jesus. A
velocidade de transmissão e propagação, com imagem e som, de
qualquer evento no mundo quase que entra no terreno do milagre.
O que acontece aqui hoje, chega dentro de instantes como notícia
em todas as partes do mundo. Atualmente, os grandes
televangelistas podem alcançar, com a pregação do evangelho, o
mundo inteiro (com exceção dos países fechados às transmissões de
fora de suas fronteiras). Hoje é plenamente possível satisfazer o
desejo de Deus,” que quer que todos os homens se salvem e venham
ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4). Hoje é possível assistir à
pregação de qualquer pregador da modernidade no Youtube. Pode-
se assistir a um culto ao vivo, participar de um culto de oração online
ou, simplesmente, fazer o download de uma mensagem.
10- Devemos subir ao púlpito com humildade, com o sentimento
de que vamos pregar aos nossos irmãos em Cristo e amigos. Mesmo
que seus ouvintes sejam compostos de 10.000 pessoas, você deve
pregar dando-lhes o sentimento de proximidade, como se estivesse
pregando a uma só. Não deve subir ao púlpito como se estivesse
subindo a um pódio (plataforma de campeão). Não deve subir ao
púlpito como se estivesse subindo a uma cátedra (a mais alta posição
na hierarquia do magistério). Não deve subir ao púlpito como se
estivesse subindo a um trono, como se estivesse assumindo uma
posição de império ou domínio.
11- Devemos aprender a pronunciar as palavras de maneira clara.
É fundamental que os nossos ouvintes ouçam e entendam
claramente as palavras que estamos pronunciando. Devemos falar, e
os ouvintes devem compreender as frases que construimos e
transmitimos a eles. Devemos treinar a pronúncia das palavras
pausadamente, sílaba, e aceleradamente frase por frase. A título de
nota cultural, conta-se que Demóstenes (348-322 a.C), que viria a ser
o maior orador grego, tinha o imenso desejo de tornar-se orador,
porém jamais poderia satisfazer esse sonho, pois era tímido e gago.
Demóstenes não se deu por vencido. Mirando-se nos exemplos dos
grandes oradores que vira em Atenas, sabia que o maior poder que
alguém poderia conquistar era o da oratória. Inventou então um
método para se livrar da timidez e da gagueira. Passou a caminhar à
beira da praia, com a boca cheia de pedras um pouco menores que
ovos de codorna.
O barulho das ondas, parecendo as multidões que o aclamavam,
curou-o da timidez. O esforço para pronunciar as palavras com a boca
cheia de pedras curou-o da gagueira. Demóstenes tornou-se o maior
orador grego de todos os tempos.
12- Temos a obrigação de falar e de nos fazer ouvir e entender.
Para isto, devemos treinar o domínio da nossa respiração. Não
devemos nos deixar levar por um ritmo de rajada veloz de palavras,
sem inserirmos entre elas, as pausas de silêncio, que são segundos
de ouro. O silêncio tem riquezas imensas. Nosso silêncio ajuda a
congregação a louvar o Senhor enquanto ela digere a longa porção
de mensagem que lhe foi passada até aquele momento. O silêncio
permite que respiremos um pouco e reconstruamos nossa linha de
raciocínio para darmos continuidade à mensagem. A correta
respiração envolve o abdômen e o diafragma. Não devemos falar
usando só as cordas vocais. Se o fizermos, ficaremos roucos, afônicos.
O único meio de não nos sentirmos cansados ou com falta de ar
enquanto falamos, é evitar falar aceleradamente. Caso você decida
falar frases muito longas, para não sentir-se sufocado, respire no
meio dessas frases.
13- Devemos sempre nos apresentar diante da congregação
trazendo para ela alguma coisa que ela queira ouvir. Algo que
buscamos aos pés do Senhor, desenvolvemos e estruturamos sob a
Unção do Espírito Santo, e que tenha como tema principal a pessoa
de Cristo; “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por
meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens ,
segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”(Cl 2.8).Não
devemos cair na tentação de dizer muita coisa aos nossos ouvintes ,
atirando informações bíblicas e conceitos teológicos para todos os
lados, como uma metralhadora. O resultado será uma mensagem
dispersiva, causadora de grande ruído na escuta, e que prejudica a
compreensão de todos. Jamais devemos confundir em um pregador
pentecostal o barulho que ele faz, a gritaria com o que ele prega, com
poder pentecostal. Uma igreja tomada pelo poder do Espírito Santo
é algo inconfundível. Mas também uma igreja sugestionada pelos
gritos de um pregador sem mensagem e impulsionado pela meninice
também é inconfundível.
14- A questão não é ter idade, jovens pregadores, a questão é ter
curriculum. E não estou falando de curriculum acadêmico, nem estou
defendendo o domínio da ignorantocracia. Só me cabe alertar os
jovens pregadores e os que aspiram a esse ministério de que o
verdadeiro pregador não se forma na universidade. O verdadeiro
pregador é forjado na sarça ardente. Qualquer televisão é capaz de
promover um jovem pregador em 24 horas, mas Deus precisará de
uns 20 anos para adestrar um verdadeiro pregador para o ministério.
A Igreja no Brasil tem muitos pregadores, mas está clamando por
profetas. A Igreja em nosso país tem oradores em abundancia, mas
tem uma grande carência de mestres comprometidos com o Reino, e
não com sua conta bancária. Um grande perigo que persegue os
pregadores jovens é a ânsia de se tornarem pregadores conhecidos
e ignorarem o ministério daqueles que Deus levantou antes deles. Se
perdermos a conexão com o passado, jamais construiremos pontes
para o futuro, porque as pontes para o futuro se constroem com as
pedras da conexão com o passado.
15- O Senhor deu o dom natural da eloquência para alguns, para
uns mais, para outros menos. Porém, não é esse dom natural que
toca o coração do inconverso e leva-o a converter-se à pessoa de
Jesus, não é esse dom que edifica e maravilha as almas resgatadas,
mas sim, o conhecimento, o poder, a intimidade de adquirirmos com
o Espírito Santo e com aquele a quem Ele glorifica. Jesus Cristo: “E
eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho
de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou sabedoria. Porque
nada me propus saber entre vós senão a Jesus Cristo e este
crucificado” (I Co 2.1,2) O legítimo pregador da Palavra de Deus não
prepara sermões para impressionar os ouvintes com a sua
eloquência, nem se preocupa em afagar a vaidade humana cobrindo
a congregação de elogios. O legítimo pregador tem o objetivo de
tocar as consciências daqueles que o ouvem, para que Deus
resplandeça em seus corações através da face de Jesus Cristo:”
Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o
Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus.
Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem
resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento
da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (2 Co 4.5,6).
16- Ao nos posicionarmos diante daqueles para quem vamos falar,
devemos estar com o semblante sereno, e não agressivo: amigável e
não hostil. Tudo em nós deve transmitir tranquilidade. Ainda
estamos mudos, mas é como se estivéssemos estirando a mão de
cortesia e paz para todos os que nos ouvirão. Aquele silêncio será
quebrado por uma voz amiga, por palavras que traduzem calor e
segurança. Dessa maneira, antes mesmo de falarmos, captaremos a
atenção e a confiança dos nossos ouvintes. Jamais devemos passar
aos nosso ouvintes a impressão de que somos superiores a eles.
Afinal, cada um deles é superior a nós em alguma habilidade ou
profissão, e poderia ensinar-nos alguma coisa. Portanto, respeitemos
aqueles que nos ouvem. Muitas vezes, os irmãos que estão reunidos
para nos ouvir não sabem quem somos, ouviram falar de nós, mas
nunca nos ouviram pregar. Não conhecem o nosso nível de
vocabulário, de conhecimento bíblico, nem se somos um pregador
sonífero, enquanto estiverem debaixo da obrigação de ouvir-nos.
Nossos ouvintes enfrentam problemas de toda sorte. Portanto, é
necessário envolve-los com uma mensagem que os encoraje, que lhe
dê esperança, que aviva a sua fé e que os lembrem de que Aquele a
quem servem é o Deus dos impossíveis.

17- Não devemos nos esquecer que não pregamos somente para
quem nos ouve; pregamos também para nós. Não devemos colocar-
nos em uma posição distante, mas devemos incluir-nos no sermão,
pois não somos extraterrestres ou feitos de outra matéria diferente
do barro do qual nossos irmãos são feitos. Devemos colocar-nos em
perfeita sintonia espiritual daquele que nos ouvem. Jamais devemos
preparar o sermão pensando: “O que vou dizer aos irmãos”? e, sim;
“O que a Palavra de Deus nos dirá hoje”?

18- Como tornar atual a Palavra em relação à realidade existencial


do povo de Deus? A mensagem da Palavra do Senhor pregada por
nós, deve voltar-se corajosamente para a situação de hoje e soar
“viva, e eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois
gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração” (Hb 4.12). A mensagem não deve ser sobre um tema vago,
retirado da generalidade dos assuntos que estão disponíveis ao
pregador. Muito pelo contrário, deve ser sobre um assunto concreto
da vida cotidiana do povo.

19- Devemos nos esforçar para que nossas mensagens sejam


cristocêntricas, simples e claras. Que a mensagem alcance nossos
ouvintes com toda a sua força. É necessário ir direto ao essencial, ao
prático. Uma coisa de extrema relevância que todo pregador deve
considerar, é que nunca teremos um grande futuro se virarmos as
costas para o passado. Nunca construiremos coisas grandes nos anos
que virão se não recolhermos as lições dos anos que se foram. Os
jovens pregadores devem ter paciência. A escada de Jacó não era um
elevador. Era composta de degraus que tinham de ser galgados um a
um. Pregadores famosos são feitos da noite para o dia; pregadores
de sucesso são lapidados ao longo de gerações.
De acordo com o título desta lição, a minha resposta é: e eu tenho a boa
vontade e o compromisso com Deus de tirar lições proveitosas para mim e
expressar também à outros.
Ao irmos ao Altar ministrar a Palavra de Deus devemos prepará-La antes, e
expor de maneira tal; que as pessoas da platéia tenham facilidade de
entender.
A ministração da Palavra de Deus não precisa de rodeios e sim, que seja
ministrada dentro do Contexto Bíblico. Precisamos falar mais a respeito de
Jesus e falar o mínimo sobre nós.
Ao explanarmos um versículo da Palavra de Deus, devemos explicá-lo com
poucas palavras, de maneira simples para que todos entendam. Nunca citar
nomes falando mal de pregadores nas nossas mensagens. O tempo que nos
foi dado é para ser usado como convém aos santos, aproveitando-o da
melhor forma possível. Devemos estar sempre atento para não avançarmos
no horário, pois se seguirmos assim, evitaremos que o irmão peque.
Só devemos falar: “estou chegando ao final da mensagem uma única vez e
concluí-la logo.
Devemos ter cuidado com nosso comportamento no Altar, pois Altar é lugar
santo e devemos nos apossar dos ensinos de Deus.
O pregador ou aquele que for ao altar, só deve saudar a Igreja quando
estiver plenamente no púlpito. Cuidado com os gestos, e nada de piadinha,
evitando ajustar o cabelo, as roupas e outras coisas mais.
Leve os versículos que vão ser citados já prontos para não tomar o tempo
em folhear tanto a Bíblia.
Ministre somente o que Deus mandar, para terminar no tempo hábil.
Que Deus nos use sempre.
Com amor, ao Senhor:
Pra Tereza Lemos Lobo 26/10/2021

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