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TELEPROMPTER
AULA 3
AS QUALIDADES DO PREGADOR
Consagração
É a completa entrega da vida a Deus, sem qualquer reserva. O
indivíduo oferece a Deus tudo que é e tudo quanto possui, desejando
pertencer-lhe para sempre. É a aceitação de Cristo como Senhor,
além de Salvador.
Após esta entrega inicial, a vida continua, e, com o passar do
tempo, devido ao nosso aprendizado cada vez maior das Sagradas
Escrituras e à nossa comunhão com Deus, descobriremos fraquezas
e pecados que jamais suspeitávamos.
Podemos ilustrar dizendo que somos como uma laranja, que
possui diversos gomos e que, na verdade, alguns deles foram
entregues ao domínio de Deus, e outros não. Estes gomos são as
áreas de nossa vida, tais como: as relações familiares, a
alimentação, o trabalho, a recreação, a vida sexual, os bens materiais
etc. Deus espera que – pela sua graça – todos os pecados sejam
abandonados, e todas as fraquezas vencidas, e que lhe entreguemos
todas as áreas de nossa vida. É por isso que não basta uma entrega
completa inicial. Ela precisa ser renovada a cada dia.
Nenhum cristão deve ser desonesto, mentiroso, intemperante,
preguiçoso, fornicário ou adúltero! E o que esperar de um pregador?
Como pode alguém com estes pecados ou outros semelhantes,
esperar orientar o povo de Deus? Que Deus não permita!
Em seus ensinos, Jesus frequentemente convidava seus
ouvintes a uma entrega total. Certa vez Ele disse: “Qualquer de vós
que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo” (Lc
14:33). Esse “tudo” pode variar de pessoa para pessoa, mas sempre 2
Humildade
Infelizmente há pessoas que usam o púlpito com propósitos
escusos ou dúbios, onde a intenção ilícita é chamar a atenção para
si mesmas. Isso pode ser feito de muitas maneiras: Através de um
vocabulário rebuscado, da oratória pomposa, de argumentos sutis,
de ilustrações pessoais que enalteçam o orador e de vestuário e
adornos ostensivos. Deste modo desviam o foco da mensagem e
de Cristo para o próprio eu. Tal procedimento é tão descabido como
visitar um salão de artes onde se encontra exposto um quadro no
valor de 100 milhões de dólares e então, não prestar atenção na tela
nem na moldura que a envolve, e sim no prego que segura o quadro.
Cristo e sua verdade são o quadro e a moldura, e nós, os pregadores,
não passamos de pregos. Nossa função é manter o quadro numa
boa posição para que possa ser visto e admirado pelas pessoas. E
enquanto isto acontece, ficarmos escondidos, atrás do quadro.
É bastante significativo o exemplo de Paulo. Embora tenha sido
um dos mais destacados servos de Deus, de todos os tempos,
possuía uma visão bastante humilde de si mesmo considerando-se 5
Entusiasmo
Esta qualidade está intimamente relacionada com as anteriores.
Aquelas são o fundamento desta. Significa “Deus no íntimo”. O
entusiasmo é responsável pelas grandes façanhas da humanidade.
O pregador cheio de entusiasmo move seus ouvintes. Por estar
sumamente interessado no assunto, por crer nele, e por esperar que
sua mensagem seja vitoriosa, é que ele fica entusiasmado. Esta é a
energia que o impulsiona a falar.
Conhecimento
Tem conhecimento aquele que possui uma gama de
informações e as entende. Elas podem provir de diversas fontes:
leituras, conversação, experiências da vida, participação de cursos,
etc. O pregador deve falar somente aquilo que está no âmbito de seu
conhecimento, e deve conhecer sempre muito mais sobre o assunto
do que aquilo que vai expor. Deve crescer continuamente em
conhecimento e buscar atualizar-se a fim de estar a par realidade na
qual está inserido. Embora conheça um pouco de muitas coisas,
deve, sobretudo, conhecer a Bíblia, que é sua principal ferramenta
de trabalho. Precisa estar bem familiarizado com ela.
Memória 6
Imaginação
Também chamada de criatividade. Torna os fatos vivos e reais.
É ela que dá colorido à mensagem, e sugere as mais belas
comparações e as mais formosas e adequadas figuras para os seus
pensamentos. A imaginação transforma velhas verdades em
mensagens atuais. Reveste velhos pensamentos com roupagem
nova. A imaginação do pregador deve ter como objetivo tornar o
auditório receptivo à mensagem, com naturalidade e sem esforço.
Assim, ela busca novos caminhos para o entendimento da
mensagem.
Vocabulário
É o conjunto de vocábulos que uma pessoa costuma usar.
Quando o vocabulário de alguém é reduzido, pobre, ele não
consegue expressar o que pensa. Por outro lado, quem tem um
vocabulário rico é capaz de compreender tudo aquilo que as pessoas
falam ou escrevem. O pregador, porém, em seu mister, deve evitar
palavras difíceis, técnicas, vulgares e chavões.
O vocabulário ideal é aquele que se adapta ao auditório, de
modo que todos entendam a mensagem. Embora simples, traduz as
ideias com clareza. Quanto maior o vocabulário de um orador, maior
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será também sua capacidade de adaptação aos mais diferentes tipos
de auditório.
Síntese
Consiste em dizer somente o que for necessário. O pregador não
deve ficar enrolando ou divagando. Sua mensagem deve ser concisa,
sem, contudo, excluir ou mutilar as informações essenciais.
Fluência
É falar com naturalidade, facilidade, espontaneidade. O orador
fala sem hesitações ou tropeços e concatena bem as ideias. Não
existem pausas longas ou fora de lugar, nem expressões tão
seguidamente repetidas como: “hã”, “né” e outras similares.
Também ele não inicia uma frase e imediatamente se arrepende,
volta e recomeça. Observe os exemplos que seguem:
▪ “Como disse o apóstolo Paulo”, “Como disse o apóstolo
Pedro”;
▪ “Boa noite!”, “Bom dia!”; e
▪ “Certa vez eu estava em Vitória”, “Certa vez eu estava em
Curitiba”.
Ser fluente também implica em ter uma comunicação tão natural
que o auditório não percebe que o orador está se valendo das
técnicas da oratória.
Note, porém, que ninguém começa falando em público já sendo
fluente. Isso vem com o tempo e a prática.
Coragem
É firmeza, intrepidez, ousadia. Há certos momentos em que o
pregador sabe que a mensagem que Deus lhe deu para comunicar
irá de encontro à conduta, às expectativas e à opinião geral dos
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ouvintes, e que proporcionará oportunidade para criar um clima de
desentendimento e de má vontade para com ele. Mas, se é isto que
deve pregar, precisará de muita coragem para fazê-lo.
Observação
O pregador poderá se valer dos mais variados elementos do dia
a dia para enriquecer e ilustrar sua mensagem. Para isto, deverá
estar atento a todas as coisas que o cercam. Era assim que Jesus
fazia. Seus ensinos eram permeados por parábolas baseadas em
coisas da natureza e do cotidiano das pessoas.
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TAREFA PARA CASA – Faça uma lista anotando todas essas
qualidades. Pense em cada uma delas em relação à sua vida. Quais
delas você possui? Quais precisam ser aperfeiçoadas? Escolha uma
delas e escreva uma meia página mencionando o que você pode
fazer de concreto para que essa qualidade seja sua.
ENCERRAMENTO – Meus irmãos, nosso estudo de hoje teve como
foco o pregador. Se Deus o chamou para pregar, ele também o está
chamando para desenvolver as qualidades que estudamos.
Submeta-se a Ele e peça Sua ajuda. Mas se esforce. Faça sua parte.
Fique com Deus e até a próxima aula!