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CONHECER A DEUS

Texto. Jeremias 9. 23,24.

Durante os últimos 5 anos a nossa igreja foi regida pelo Projeto Centenário. Nossa
visão e nossas ações foram delineadas por este plano. O slogan que nos moveu foi: 100
anos Proclamando o Evangelho e Influenciando Gerações”. O centenário já passou e
agora abrimos uma nova etapa em nossa igreja. É hora de lançar uma nova visão e
buscar novos desafios.

Em oração e reflexão buscamos a orientação de Deus e ele nos levou a esta visão para
a nossa igreja – PIPPG: Discípulos em Missão. Isso é tudo o que precisamos ser
enquanto indivíduos. Isso é tudo o que precisamos ser enquanto Igreja. Essa visão
contém duas coisas essenciais: 1 – Precisamos ser discípulos. 2 – Precisamos viver em
missão.

Queremos voltar ao básico, ao simples, às origens, à essência do que é ser igreja.


Discípulos em missão. Essa visão responde à pergunta: Quem nós Somos? Discípulos.
Essa visão responde à pergunta: O que devemos fazer? Missão.

O que Deus ministrou ao meu coração é que precisamos de um alinhamento em torno


dessa visão. A liderança precisa saber, compreender e viver essa visão. Cada faixa
etária da igreja precisa saber, compreender e viver essa visão. Cada ministério precisa
saber, compreender e viver por essa visão.

Essa visão deve unificar nossos projetos, nossos eventos, nossas programações, nossas
atividades, nossos movimentos. Essa visão deve nortear a vida da comunidade. Essa
visão deve ser recebida, entendida, internalizada e vivida por cada membro da nossa
igreja. Você precisa entender que é um Discípulo de Jesus em Missão.

Qual é a nossa visão? PIPPG: Discípulos em Missão.

Mas, essa visão contém três dimensões principais. E é isso que nós vamos aprender
nestes 3 domingos.

E nós vamos afirmar que Discípulos em missão devem: Conhecer a Deus – Conectar
Pessoas – Compartilhar o Evangelho.

Hoje nós vamos falar sobre a primeira dimensão desse discipulado. Não há como ser
discípulo de Jesus sem conhecer o seu mestre. Essa é a dimensão vertical dessa nova
visão da igreja. Tudo começa com o conhecimento de Deus.
Então vamos refletir juntos sobre o conhecimento:

I - O objetivo da procura pelo conhecimento.


Eu quero falar sobre dois tipos de conhecimento de Deus:
 O primeiro é o conhecimento intelectual. Há muita gente que tem apenas esse
tipo de conhecimento. Sabe muito sobre Deus. É capaz de produzir um discurso
sobre Deus. Pode filosofar sobre Deus. Pode produzir uma tese sobre Deus. É
um conhecimento apenas cerebral, acadêmico, teológico e intelectual.
 O segundo é o conhecimento empírico. O outro tipo de conhecimento é o
empírico. É quando a pessoa não apenas conhece a Deus intelectualmente,
mas experimenta Deus em sua vida. É quando Deus não é apenas um objeto de
estudo, mas uma pessoa com quem se relaciona. É quando Deus não é apenas
uma ideia distante, mas um amigo próximo. É um conhecimento não apenas
cerebral, mas algo do coração.

Jó pode nos explicar bem o que é isso. Olha só o que ele diz: “Eu te conhecia só de
ouvir, mas agora os meus olhos te vêem”. Jó 42 5. Discípulos não podem conhecer a
Deus apenas de ouvir sobre ele, mas precisam experimentá-lo.

Já que nós estamos falando sobre o objetivo do conhecimento eu quero dar algumas
dicas práticas:

1 – Tenha o objetivo de conhecer a pessoa de Deus. Sim, precisamos conhecer a


pessoa de Deus. Conhecer quem Deus é. Precisamos conhecer o seu amor. Precisamos
conhecer a sua misericórdia. Precisamos conhecer o seu caráter. Precisamos conhecer
o seu poder. Precisamos conhecer a fidelidade de Deus. Precisamos conhecer a solidez
de Deus. Precisamos conhecer os seus atributos.

2 – Tenha o objetivo de conhecer a palavra de Deus. Meu Deus como nós temos
falado sobre isso. Como temos batido nesta tecla. Não há como ser discípulo de Jesus
sem conhecer a sua Palavra. E não há como conhecer a palavra sem manuseio. Não há
como conhecer a Palavra sem imersão. Não há como conhecer a palavra sem leitura.
Não há como conhecer a palavra sem interesse. Não há como conhecer a palavra sem
estratégia. O discípulo tem que entender a linguagem de Deus através da Bíblia.

3 – Tenha o objetivo de conhecer a vontade de Deus. A Bíblia é o manual de vida do


discípulo. É por ela que entramos em contato com a vontade de Deus. No mundo de
hoje tem prevalecido a vontade do homem. Mas, o discípulo deve ser regido pela
vontade de Deus. Ser discípulo é ser uma expressão da vontade de Deus na terra. É ser
uma ilustração viva de como Deus quer que vivamos. Olha só o que Jesus disse: “Vós
sois meus amigos (discípulos), se fazeis o que vos mando”. Jo. 15.14.
Tenha o objetivo de conhecer a vontade de Deus para o seu dia a dia. Tenha o objetivo
de conhecer a vontade de Deus para suas decisões. Tenha o objetivo de conhecer a
vontade de Deus para o seu futuro.

Uma verdade muito importante: Para conhecer a Deus é preciso andar com Deus. Não
há como conhecer a Deus de longe. Não há como conhecer sem conviver,
compartilhar, gastar tempo, andar e, sobretudo viver com alguém. É assim na amizade,
é assim nas relações de trabalho, é assim no casamento, é assim na relação com Deus.

II- Os prejuízos da falta de conhecimento.


A palavra que sempre caracterizou a Igreja Presbiteriana foi conhecimento. O povo
presbiteriano sempre se notabilizou por ser conhecedor das Escrituras, das doutrinas e
da sua herança teológica. Mas, eu digo com pesar que, até o povo presbiteriano foi
picado pela mosca da superficialidade. Eu digo com tristeza que perdemos o
diferencial do conhecimento.

É claro que o foco apenas no conhecimento pode gerar uma igreja fria, sem unção e
sem vida. Uma igreja com muita cabeça e pouco coração. Uma igreja com muita
informação e pouca vida. Mas é claro que a falta de conhecimento pode gerar uma
igreja herética, apóstata e sincrética. Uma igreja carismática, mas sem compromisso
com ética, a moral e a justiça.

As duas coisas são necessárias. Mas é preciso dizer que a igreja atual abriu mão do
conhecimento. E isso tem trazido prejuízos terríveis à comunidade do povo de Deus.

Quais prejuízos podemos apontar?


1 - A falta de conhecimento desagrada a Deus. “O boi conhece o seu possuidor, e o
jumento, o dono da sua manjedoura, mas Israel não tem conhecimento, o meu povo
não entende”. Isaías 1. 3. O profeta Isaías fala de um descontentamento divino.
Através do profeta, Deus disse que o seu povo estava agindo de uma maneira pior do
que um animal. Pois, até o animal conhece e se identifica com o seu dono, mas o povo
de Deus estava irreconhecível. E o que estava faltando era conhecimento. Atualmente,
a falta de conhecimento tem gerado discípulos irreconhecíveis. É por isso que estamos
afirmando que o discípulo precisa conhecer a Deus.

2 - A falta de conhecimento acarreta em erros. “Respondeu-lhes Jesus: errais, não


conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”. Mateus 22.29. Jesus identificou um
problema nos religiosos da época: falta de conhecimento. E a falta de conhecimento
estava induzindo o povo de Deus ao erro. Esse mesmo erro está sendo cometido pela
igreja de nossos dias. O conhecimento das Escrituras é medíocre. O conhecimento do
poder de Deus é insuficiente. A igreja precisa voltar a conhece a Palavra e o Poder de
Deus.

3 - A falta de conhecimento resulta em prisão. “E conhecereis a verdade, e a verdade


vos libertará”. João 8.32. Quando não se conhece a verdade o resultado é a
continuidade do aprisionamento. Não há libertação sem conhecimento da verdade.
Não há libertação sem conhecimento de Jesus, porque Jesus é a verdade encarnada.
Há muitos pretensos discípulos presos aos seus pecados, fracassos, mágoas,
ressentimentos, decepções, feridas, vícios, maus hábitos, círculos viciosos,
pensamentos negativos, egoísmos, limitações, imperfeições. Só o conhecimento da
verdade trará libertação. “Para a liberdade foi que Cristo vos libertou”. Gl. 5.1.

A falta de conhecimento produz muitos prejuízos. Por isso, o discípulo precisa


conhecer a Deus.

III - O desafio da busca de conhecimento.


A busca do conhecimento é um desafio para toda a vida. Cada etapa da vida desafia o
nosso conhecimento. Cada fase da vida estudantil desafia o nosso conhecimento. Cada
esfera de relacionamento desafia o nosso conhecimento. Cada degrau da carreira
profissional desafia o nosso conhecimento.

A vida cristã não foge a esta regra. O discipulado não foge a esta regra.

O que podemos dizer sobre esse desafio de buscar o conhecimento?


1 - Conhecer a Deus é um desafio real. O desafio de conhecer a Deus é real,
verdadeiro e urgente. Não pode ser ignorado. Não pode ser desconsiderado. Não pode
ser descartado. Não pode ser minimizado. Não pode ser postergado. É um desafio para
agora, para hoje, para esta geração. É para este tempo. É para a igreja de hoje.

2 - Conhecer a Deus é um desafio progressivo. Em Oséias 6.3 encontramos essa ideia.


“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”. O conhecimento de Deus é
progressivo. O conhecimento de Deus precisa ser aumentado. O conhecimento de
Deus deve ser elevado. Você conhece mais a Deus hoje do que quando começou sua
caminhada como discípulo de Jesus?

3 - Conhecer a Deus é um desafio prático. A busca do conhecimento de Deus é um


desafio prático que precisa ser incorporado ao nosso dia a dia. Para conhecer a Deus
você precisa gastar tempo com Deus. Para conhecer a Deus você precisa ser a Bíblia.
Para conhecer a Deus você precisa ter uma jornada de oração. Para conhecer a Deus
você precisa ser assíduo nos cultos. Para conhecer a Deus você precisa participar dos
momentos de estudos bíblicos. Para conhecer a Deus você precisa ter momentos
solitários e silenciosos com Deus.

Conheça a Deus, pois isso mudará sua visão, suas prioridades, suas ambições, sua
missão, seus investimentos e seu destino.

O que você vai fazer à partir de agora para conhecer mais a Deus?

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