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INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

VIVÊNCIA CRISTÃ

CAPÍTULO 1

TÓPICO 1 - O QUE É A VIVÊNCIA CRISTÃ

DEFINIÇÃO

É a arte de viver diariamente seguindo a vida de Cristo, ou seja, seguir o exemplo deixado
por Ele, e aperfeiçoar-se como cristão dia após dia rumo ao alvo (Salvação).

PERSONALIDADE X CARÁTER

A personalidade é um conjunto de características psicológicas que ditam como uma


pessoa pensa, sente e age.

O caráter é formado por traços morais de um indivíduo que determinam a forma contante
de uma pessoa agir e reagir.

A ATUAÇÃO DA PALAVRA NA FORMAÇÃO DO CARÁTER E DA PERSONALIDADE

A bíblia é como um manual para os cristãos nela encontraram-se nortes para todos os
prosseguimentos de vida, influenciando-nos ao repreender, corrigir e instruir na justiça.
Por fim, ela influencia no agir ao aprimorar e nos preparar para o exercício das boas
obras.

A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO NA FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE E DO CARÁTER

Ele age em nossas vidas de tal maneira que nos faz aptos a realizar a vontade de Deus a
partir da revelação da sua palavra, aguardando-nos a saber, ser e fazer a vontade de
Deus.

TÓPICO 2 – CONHECIMENTO DE DEUS

DEFINIÇÃO DE CONHECIMENTO

“1. Ato ou efeito de conhecer. 2. Ideia, noção. 3. Informação, notícia, ciência. 4. Prática da
vida, experiência. 5. Discernimento, critério, apreciação. 6. Consciência de si mesmo,
acordo”.

É o conjunto de informações que o indivíduo adquire por meio da sua experiência,


aprendizagem, crenças, valores e insights sobre algo no decorrer da sua trajetória. A
pessoa que detêm o conhecimento é capaz de saber alguma informação ou instrução e a
mesma pode mudar comportamentos e auxiliar na tomada de decisões.

CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO DE DEUS

É o relacionamento intímo entre nós e o nosso Deus, conhecendo-o profundamente e não


só acumulando informações sobre Ele.

COMO CONHECER A DEUS

Conhecer Deus não é saber fatos sobre Ele. A Palavra diz que conhecer Deus é ter
intimidade, relacionamento com Ele. Como podemos conhecer mais de Deus? Conhecer
Deus verdadeiramente envolve compromisso de obedecer a Deus e a sua Palavra. Nós
fomos criados para fazermos as obras de Deus conforme descrito em Efésios 2.10: “Pois
somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão
preparou para que andássemos nelas”. A vontade de Deus é que o conheçamos. Faz
parte do plano de Deus continuar a se revelar para o mundo. Porém, é nossa
responsabilidade viver a fé que é necessária para conhecer Deus. Sigamos em conhecer
mais e mais de Deus. A Palavra diz em Mateus 5.13-14 que somos sal da terra e que, por
meio de nós, outros também venham a conhecê-Lo, servindo e sendo sal e luz nesta
Terra. Conhecer Deus é uma aventura maravilhosa na presença dEle; é poder trilhar o
caminho da verdade descrita na sua Palavra e encontrar descanso e refúgio em seus
braços. A Palavra diz: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Oseias 3.6).
A vida cristã é muito simples. Os problemas, muitas vezes criados pelo homem na própria
vida e na de outras pessoas, é por falta do conhecimento de Deus. Todo drama que aflige
o nosso coração é porque não conhecemos a Deus verdadeiramente. Relacionamentos
destruídos, filhos rebeldes, a escravidão às coisas materiais, o amor ao dinheiro, às
coisas deste mundo, tudo isso acontece porque falta aos filhos de Deus o conhecimento
do Pai. Falta uma vida de intimidade com o Senhor. Só podemos ter intimidade com quem
conhecemos. Pois assim não há máscaras, não é preciso provar nada para ninguém,
podemos mostrar quem realmente somos. São “os de casa” que nos conhecem de
verdade, sabem quem somos quando estamos felizes ou tristes. E Deus deseja ser da
nossa casa. Ele deseja sentar e comer conosco, e nos chama a conhecê-lo, a abrirmos a
porta do nosso coração para que Ele entre, sonde, nos cure, e possa nos direcionar aos
caminhos de vida e não de morte. “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha
voz e abrir a porta, entrarei em sua casa cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3.20).
Jesus é o nosso exemplo a ser seguido. A nossa fé não é teoria ou um conjunto de
doutrinas, mas é o nosso relacionamento, nossa intimidade com o Senhor. E
relacionamento com Deus significa permanecer nele, seguir o exemplo de Jesus. Ele é o
nosso modelo. Jesus disse: “Se alguém me ama, meu Pai o amará e viremos para ele e
faremos nele morada” (João 14.23). Muitos buscam a visitação do Senhor, mas
opropósito de Deus é morar, permanecer em nós.

POR QUÊ CONHECER A DEUS

Jesus nos ensinou o princípio do amor da maneira mais linda. Ele se identificou conosco,
vindo ao mundo como homem, sentindo o que sentimos. A Palavra diz que Jesus foi
tentado em tudo como somos tentados, mas não cometeu pecado. Ele foi homem,
encarnado e amou aqueles que ninguém podia amar, os excluídos, os doentes, os
pecadores. E deu a vida por todos, independente de raça, cor, estado civil. Ele morreu na
cruz, pagando um alto preço de cruz para que fôssemos feitos justiça de Deus, tornando-
nos filhos de Deus. Não há amor maior! E é esse amor sem reservas, sem acepções que
Jesus nos exemplificou por meio da sua vida, e Ele é o mesmo, continua nos amando e
deseja em seu coração que façamos o mesmo pelo nosso próximo. Por isso, quando
conhecemos Deus, o amor é natural em nós. Nós amamos porque Ele nos amou primeiro.

TÓPICO 3 – DEVOCIONAL

O QUE É DEVOCIONAL

O termo devocional deriva da palavra devoção, que significa apego sincero e fervoroso a
Deus. Podemos definir, então, que ele é o período de tempo que uma pessoa separa para
se dedicar aos assuntos espirituais, ou seja, investir momentos em contato com o divino.

Existem várias formas de realizá-lo, sendo que alguns podem fazer um culto breve em
família com uma leitura bíblica, outros cantam hinos, estudam algum livro que trate sobre
assuntos espirituais e ajude a aproximar de Deus. De forma geral, ele está ligado com o
estudo da Bíblia e de conteúdos que possam trazer nutrição espiritual.

O relacionamento com Deus deve ser constante, portanto, nada melhor do que separar
um tempo para seu devocional diário. O tempo deve ser definido por você, de acordo com
o que for possível e necessário dentro da sua realidade.
QUAL É A IMPORTANCIA DELE PARA O CRISTÃO

Mas será que separar um tempo para a devoção é importante para o cristão? Essa é uma
dúvida muito comum, pois alguns acreditam que não há necessidade de estar em contato
diário com Deus. Porém, esse hábito traz benefícios para a vida espiritual. Vamos
conhecer os principais!

Incentiva o exercício diário da oração e meditação

Por meio das práticas devocionais você consegue exercitar a oração e a meditação
diariamente. Esses hábitos são fundamentais para o nosso viver cristão, já que orar é
uma forma de conversar com Deus. Do mesmo modo, a meditação também é muito
importante, pois durante ela conseguimos tira lições sobre nossa vida espiritual.

Permite que você conheça a vontade divina

Durante seus períodos devocionais você tem a oportunidade de conhecer a vontade de


Deus para a sua vida em diversas áreas. A Bíblia é muito rica em ensinamentos que são
valiosos para a nossa vida, sendo como bússolas a guiar nossos passos.

Estreita o relacionamento com Deus

É difícil estreitar o relacionamento com uma pessoa quando temos pouco ou nenhum
contato com ela. Assim funciona quando falamos do relacionamento com Deus. É muito
difícil nos aproximarmos dEle sem ter contato diário de qualidade. Por isso, o devocional é
uma forma de nos conectar ao divino e manter a relação próxima.

Proporciona o crescimento espiritual

O crescimento espíritual só se dá quando buscamos conhecimento e entendimento sobre


os assuntos que dizem respeito a isso. Portanto, ao praticar as atividades devocionais
como parte do seu cotidiano, você se alimentará de conteúdos sólidos, que contribuirão
para o fortalecimento da sua espiritualidade.

COMO FAZER O DEVOCIONAL

Agora que já entendemos o significado e a importância do devocional cristão, vamos


entender como ele pode ser feito. Não existe um modelo correto para ser seguido, sendo
que cada pessoa pode decidir o que é melhor de acordo com a disponibilidade e hábitos
pessoais. Mesmo assim, algumas dicas ajudam a organizar esse momento. Confira
nossas sugestões!
Separar um tempo e um lugar

A primeira dica é separar um tempo e um lugar para realizar o seu devocional. As


constantes atividades do dia a dia consomem grande parte de nossas horas, portanto,
quando esse momento não é colocado no seu planejamento diário, é possível que ele
seja deixado de lado.

Por isso, ter um horário e um local certos para realizar o seu devocional é uma forma de
se comprometer com esse momento e garantir que ele ocorrerá diariamente. Se possível,
separe as primeiras horas da manhã e um lugar calmo, pois isso ajuda a manter a
concentração e aproveitar mais o que será estudado.

Fazer um plano de leitura bíblico

Ler a Bíblia sempre traz benefícios, mas quando um plano de leitura bíblico é feito, os
resultados são melhores. Você pode definir se começará por Gênesis, pelo Novo
Testamento ou se pretende fazer algum estudo temático.

Definir um método de leitura é importante para que você saiba exatamente o que deve ser
lido a cada dia. Existem planos que propõem a leitura de toda a Bíblia em um ano ou que
dividem os textos em temas específicos, o que pode ser um bom método de estudo.

Dar atenção ao preparo espiritual

O momento devocional deve ser diferente do que um estudo comum de algum tema
secular. É uma hora separada para ouvir a voz de Deus e entender o que ele quer para a
sua vida. Por isso, é importante separar tempo para oração, pedindo inspiração e
compreensão sobre os conteúdos que serão estudados.

Use esse tempo para se conectar com Deus, meditando nas palavras que foram
estudadas. Busque sempre entender a mensagem que está lendo e peça compreensão e
entendimento.

Fazer um caderno de anotações

Outra dica interessante é fazer um caderno de anotações sobre os seus momentos


devocionais diários. Nele, você pode anotar passagens que tenham chamado a atenção,
perguntas sobre textos que tenham deixado alguma dúvida e fazer reflexões sobre temas
espirituais.

Essas anotações são uma fonte importante de pesquisa para você e contribuem para o
crescimento espiritual. Por meio delas é possível acompanhar a sua evolução e encontrar
mensagens de conforto em momentos complicados.
CAPÍTULO 2

TÓPICO 1 – RELACIONAMENTO INTERPESSOAIS

Relacionamentos interpessoais são associações sociais, conexões ou afiliações entre


duas ou mais pessoas. Eles variam em diferentes níveis de intimidade e
compartilhamento, implicando a descoberta ou estabelecimento de um terreno comum, e
podem ser centrados em torno de algo compartilhado entre dois indivíduos ou um grupo.

O tema é de interesse de áreas de estudo como a sociologia, psicologia e antropologia.


Mas também é um campo fundamental para os negócios e desenvolvimento pessoal. E
tem muito a ver com a maneira que nós tratamos e nos relacionamos com os outros e,
principalmente, com a qualidade dessas interações e relacionamentos.

Os pilares de um bom relacionamento interpessoal

Sabemos que, para ser efetivo no mundo corporativo, é necessário construir sólidas
pontes ao nosso redor. O mais importante é segurar ou neutralizar possíveis reações
pessoais e se concentrar primeiro nos outros.

Coloque-se no lugar do outro

A capacidade de nos colocarmos no lugar do outro é conhecida como empatia, um dos


mais importantes princípios da inteligência emocional.

Cada indivíduo é único e rico dentro de suas singularidades. Procure honestamente ver


as coisas do ponto de vista da outra pessoa. E saiba como extrair o melhor de seus
colegas e colaboradores, sempre com respeito e cumplicidade.

As relações interpessoais no trabalho precisam de empatia para deixar o dia a dia mais
humanizado,  harmonioso e produtivo. No livro Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas,
Carnegie sugere que comecemos a observar se nós temos esse hábito de nos colocar no
lugar do outro. Afinal, nós também temos nossos defeitos, não é mesmo?

Melhore sua abordagem

Saiba adaptar seu discurso a quem ele se dirige. Assim, você consegue ser claro e pode
cobrar exatamente o que precisa de cada colega.  Logo no início de sua interação com
outra pessoa, esteja atento e aberto a tudo o que ele lhe passar de informação. Isso
mostra que você é um bom ouvinte e se preocupa em considerar a opinião dos outros.

Exponha suas opiniões, desde que estejam dentro do contexto, e mostre suas ideias e
sua preocupação com o outro. Estreite laços com colegas e conheça um pouco de cada
um. Resumindo, demonstre interesse pelas pessoas com quem você interage e seus
relacionamentos melhorarão consideravelmente.

Carnegie afirma que se você quer que os outros gostem de você, você deve mostrar que
faz questão deles também! Além disso, quando você demonstra interesse genuíno em
uma pessoa, colocando-se à disposição para ouvir suas ideias, você está, de certa forma,
conquistando e fidelizando as pessoas com quem se relaciona.

Abrace as diferenças

As pessoas não são iguais, consequentemente, possuem um modo de pensar diferente.


Por isso, é preciso  saber lidar com personalidades distintas a todo tempo e aprender a
respeitar a opinião dos outros.

Além disso, Pessoas diferentes podem contribuir de maneira única no ambiente de


trabalho. Saiba respeitar o que cada um tem de melhor. Mesmo quando lidamos com
alguém que não nos agrada, devemos nos esforçar para manter a tolerância e nunca
pensar em prejudicar o trabalho desse colega, pois isso prejudicaria as relações
interpessoais no trabalho que foram cultivadas.

Carnegie nos aconselha a não rechaçar a opinião alheia, “nunca diga ao outro que ele
está errado”.  Se você discorda de alguém, e deseja preservar uma boa relação, só
exponha o seu lado se o outro realmente quiser saber sua opinião. E, ainda assim, faça
de maneira sutil, dizendo algo como “posso estar errado, mas eu penso diferente de
você”.

Evite discussões a todo custo

Temos que ter sempre em mente que, em uma discussão, quando as duas pessoas
vociferam, não há comunicação, apenas ruídos, ego e péssimas vibrações.  Dale
Carnegie acredita que a gentileza e a amizade são sempre mais fortes do que a própria
força. Ou seja, não tente impor nada. Quando você se mostra uma pessoa amiga e
sincera, as pessoas tendem a concordar com você e cooperar.

TÓPICO 2 – A FAMÍLIA

O relacionamento familiar é um aspecto básico das nossas vidas. Saiba como se


comunicar uns com os outros de forma mais positiva.

Uma família é herdada e não se pode escolhê-la. Para muitos, o relacionamento familiar é
um problema e fonte de conflitos, mas, para outros, trata-se de uma fonte de grande
felicidade. Em qualquer caso, segundo os psicólogos e terapeutas familiares, não se pode
negar que o relacionamento familiar nos afeta profundamente..

Tempo para a família

É muito importante dedicar uma parte do seu tempo à sua família, seja para realizar
atividades que estimulem a boa convivência, ou fomentar a interação comunicativa entre
todos. E, além disso, dedicar um tempo para a família é alcançar um desenvolvimento
emocional e cognitivo mais saudável, para si e demais membros.

Ter tempo para o relacionamento familiar não deve ser tratado como uma questão
secundária, ela é muito importante. Ter uma boa relação com os irmãos e os pais
fortalece não apenas os laços afetivos mas, também, melhora a autoestima dos membros
da família.

TÓPICO 3 – RELACIONAMENTOS COM A LIDERANÇA

É preciso que exista proximidade e relacionamento com a equipe para que a liderança
consiga inspirar a obra, fortalecer o ambiente e evidenciar a causa.

JESUS E AS AUTORIDADES DO SEU TEMPO.

Jesus, aquele a quem em tudo devemos imitar, veio ao mundo em uma época difícil. O
seu país estava sob o domínio do poderoso Império Romano e muito dos direitos de
cidadãos do seu povo não eram respeitados. César era o soberano senhor de um vasto
império e mantinha o poder com mão de ferro. Além disso as autoridades religiosas do
seu país haviam se corrompido a tal ponto que foi preciso Ele fazer uma "limpeza" no
templo expulsando os camelos e os cambistas de lá.

Contudo, por pelo menos duas vezes, Jesus defrontou-se com momentos decisivos na
área de submissão a autoridade. A primeira delas foi quando os cobradores do imposto do
Templo confrontaram a Pedro perguntando se Jesus pagava ou não o imposto das duas
dracmas (Mt 17:24-27). A segunda foi quando alguns espertalhões, que o queriam pegar
em cilada, lhe perguntaram se era certo ou não pagar imposto a César (Mt 22:15-22; Mc
12:13-17; Lc 20:20-25).

Na primeira ocasião Jesus disse a Pedro que fosse ao mar e lançasse o anzol, pois no
primeiro peixe que ele fisgasse teria uma moeda de valor suficiente para pagar o imposto
de Jesus e o dele. Na segunda ocasião a resposta dele foi: "Dai, pois, a César o que é
de César, e a Deus o que é de Deus". Ou seja, ao filho de Deus é certo pagar imposto
ao Estado. Mas a autoridade do Estado não é ilimitada, acima dele está Deus. O Deus
que a tudo vê e conhece o coração de todos os homens. Até mesmo o de César! A César
o imposto; a Deus, e somente a Ele, a adoração.

Atentar para o verbo grego usado por Jesus, nos ajudará a entender a força e o sentido
do mandamento do Senhor. Ele usou o verbo apodote (de apodidomi - que significa: dar
o que é devido; devolver; pagar de volta; entregar) em lugar de dounai (de didomi - que
significa simplesmente dar). Os três evangelistas usaram a mesma palavra, significando
assim que temos uma obrigação tributária para com o estado.

Quando caiu nas mãos das autoridades judaicas que o entregaram para as autoridades
romanas, Jesus não questionou o seu poder, aliás o seu abuso do poder. Porque Ele não
fez isso? Creio que a sua resposta a Pilatos nos ajuda a entender a sua atitude
aparentemente apática. Pilatos lhe disse que tinha autoridade para matá-Lo ou para livrá-
Lo da morte. Então Jesus lhe disse: "Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de
cima não te fosse dada" (Mt 22:37). Ou seja, Jesus sabia que acima de Pilatos, acima
do Império Romano estava aquele que tem o controle total da situação, Deus. Pilatos
estava no poder porque Deus, por mais contraditório que pareça, o havia colocado ali.

Assim sendo, podemos notar que até mesmo aquele que tem todo o poder no universo, o
Senhor Jesus, quando se fez homem respeitou e obedeceu a lei dos homens.

PEDRO E PAULO E A OBEDIÊNCIA AO ESTADO

Leiamos Romanos 13:1-7 e I Pedro 2:13-19.

1"Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que

não procede de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. 2De modo
que aquele que se opõe à autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem

trarão sobre si mesmos condenação. 3Por que os magistrados não são para temor
quando se faz o bem, e sim, quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade?

Faze o bem, e terás louvor dela; 4visto que a autoridade é para teu bem. Entretanto, se
fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de

Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. 5É necessário que lhe estejais sujeitos,
não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência.
6Por esse motivo também pagais tributos: porque são ministros de Deus, atendendo

constantemente a esse serviço. 7Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo,
tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra" (Rm
13:1-7 - grifos acrescentados).

13"Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor; quer ao rei como

soberano; 14quer às autoridades como enviadas por ele , tanto para o castigo dos

malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem. 15porque assim é a vontade de

Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos; 16como
livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo

como servos de Deus. 17Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, honrai
ao rei.

 18Servos, sede submissos, com todo o temor aos vossos senhores, não somente aos

bons e cordatos, mas também aos perversos; 19porque isto é grato, que alguém
suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus"
(12:13-18 - grifos acrescentados).

Tanto Pedro, como Paulo, usam o mesmo verbo para transmitir a idéia de sujeição
(upotasso: sujeitar-se, estar subordinado ou sujeito a; submeter-se, colocar-se debaixo
de). Os dois, assim que iniciam o assunto, usam o mesmo verbo. Este é o verbo principal
dos trechos e é com esta idéia em mente que devemos procurar entender o contexto das
exortações.

Primeiramente, atentemos para as exortações de Paulo:

• Devemos sujeitar-nos às autoridades (v. 1).


• As autoridades são instituídas por Deus (v. 1).
• Rebelar-se contra o governo é rebelar-se contra Deus e há que se arcar com as
consequências (v. 2).
• A autoridade é ministro de Deus (vv. 4,6).
• A obediência, antes de ser pelo medo de ser pego e punido, deve ser pelo nossa
consciência para com Deus (v. 5). Mesmo que o cristão tenha 100% de certeza que não
será preso por violar uma lei, é seu dever obedecê-la.
• Com o dinheiro dos nossos impostos as autoridades mantém a ordem e o bem
estar (v.6).

• Devemos pagar (quitar) nossos débitos com todos, os quais são: tributo; imposto;
respeito; honra (v. 7).

É importante o facto de Paulo também ter usado o mesmo verbo que Jesus usou para
expressar o nosso dever. Diz ele: "Pagai a todos..." (apodote - de apodidomi - que
significa: dar o que é devido; devolver; pagar de volta; entregar). É como se ele estivesse
fazendo eco as palavras do Senhor: "Dai a César o que é de César..." (Mc 2:17).

Em segundo lugar, atentemos para as exortações de Pedro:

• Devemos nos sujeitar as autoridades instituídas (v. 13).


• A nossa sujeição é, primeiramente, pela nossa obediência ao Senhor (v. 13).
• As autoridades são alistadas: o rei e os seus enviados (vv. 13,14).
• A sujeição as autoridades é um excelente meio de testemunhar aos incrédulos.
Assim a boca deles ficará tapada, ficarão emudecidos, isto é, ficam sem argumentos
contra o cristão honesto e cumpridor das leis.
• A nossa liberdade em Cristo não deve servir de pretexto para não nos sujeitarmos
às autoridades, pois devemos viver como servos de Deus (v. 16).

Há uma série de exortações curtas que resumem o comportamento do cristão em todos


os círculos de relacionamentos: o Amar aos irmãos; o Temer a Deus; o Honrar ao rei.

O nosso dever não é só para com a autoridade boazinha, mas também para com as não
tão boas assim (v. 18). Quando, por causa da nossa consciência para com Deus,
sofremos injustiças, isto agrada a Deus (v. 19). Tendo visto estas verdades, façamos
agora uma conclusão e aplicação para a nossa vida diária.

TÓPICO 4 – RELACIONAMENTOS PROFISSIONAIS

Investir em boas relações profissionais também é prezar pelo avanço da sua carreira e
garantir posições no seu emprego atual.

• Foque no simples

Quando você estiver ingressando em uma nova empresa, bata um papo com um tom
informal com seus novos colegas de trabalho. Pergunte o que eles estão achando sobre
trabalhar lá, suas especialidades dentro da organização e seus hobbies.

• Pratique humildade e gratidão

Ninguém quer trabalhar com um “sabe tudo” ou alguém que pensa que não precisa de
ajuda. Se você agir dessa maneira, o número de pessoas que vão querer trabalhar com
você e construir um relacionamento será bem pequeno. É importante deixar claro em
suas ações, principalmente em feedbacks e reuniões gerais, que você está ali para
aprender, independentemente de seu momento de carreira.
• Mostre transparência

O que mais incomoda e abala as relações profissionais é a falta de transparência em


processos. Muitas áreas dependem do trabalho de outro setor para concluir suas
atividades. Atrasos são normais e sempre vão acontecer, mas comunicar isso
previamente de maneira honesta, apontando os motivos para o trabalho não fluir, é o
ponto fundamental para preservar as relações e não gerar estresse na equipe.

• Escute e observe

Faça questão de entender por completo a cultura da empresa, seus processos e o perfil
dos colegas. Cada organização tem sua dinâmica e ritmo, muitas vezes imposta por quem
colabora para seu desenvolvimento. Saiba se adaptar ao ambiente e respeitar o espaço
de todos.

• Seja um facilitador, sempre!

Uma facilitar é alguém que sempre age para colaborar com sua equipe e colegas, seja lá
qual for o assunto. Você vai perceber que existem várias possibilidades de ajudar seus
colegas em diversas atividades que muitas vezes não estarão sob sua responsabilidade e
contribuir com isso não te custará nada. Estamos falando sobre ser solícito e sempre
tentar contribuir com soluções, melhorando o clima do ambiente.

O ambiente de trabalho em algumas empresas, mesmo, cristã, é insuportável pelo fato


daqueles que deveriam promover o bem estar, serem os primeiros a estar contaminados
pelos inimigos do bom relacionamento. Relembrando, são eles:

• Espírito de Crítica

• Intolerância

• Sofisticação

• Suspeitas

• Cinismo

• Preconceitos

• Reações Rancorosas

• Orgulho

• Atitudes de Rejeição

• Atitude Fechada, Inacessível


CAPÍTULO 3

TÓPICO 1 – OBRAS DA CARNE

O QUE É CARNE

Dentro do contexto neotestamentário e de acordo com o original do termo obras da carne,


o vocábulo carne é sarx. Essa palavra é utilizada para designar a natureza adâmica que
domina o velho homem e o leva a praticar as obras da carne relacionadas no texto bíblico
em referência. A palavra carne, de acordo com a teologia, denota a fragilidade humana e
a sua tendência ao pecado.

QUAIS SÃO AS OBRAS DA CARNE

Adultério – É o  “ato de se relacionar com terceiro na constância do casamento”, é


considerado uma grave violação dos deveres conjugais.

O adultério é um pecado e por isso quem o pratica se opõe à vontade de Deus. Adulterar
significa quebrar um voto que é feito durante o casamento, um voto de fidelidade.

Quem adultera não é fiel, e está desobedecendo um mandamento de Deus. Quando duas
pessoas se unem em matrimônio, não fazem isso apenas perante os homens e a lei, mas
perante Deus, que deseja que o casamento seja uma união inquebrável entre um homem
e uma mulher.

Algumas referências bíblicas sobre Adultério: – Êxodo 20:14 Mateus 5:27 – 28, Marcos
10:11-12

Fornicação – É qualquer relacionamento sexual fora do padrão do casamento entre um


homem e uma mulher. Na Bíblia fornicação também é chamada de imoralidade sexual ou
prostituição.

O sexo é uma bênção de Deus para o casamento, nunca pode ser “casual”. A Palavra de
Deus nos ensina que ao nos relacionarmos sexualmente com um pessoa, nos tornamos
uma só carne com ela, (Mc 10:6-8), por essa razão não se pode haver concessões a esse
tipo de prática. Aquele que incorre em tal pecado, peca contra Deus e contra seu próprio
corpo, que é habitação do Espirito Santo.

Algumas referências bíblicas sobre fornicação: Efésio 5:3, Colossenses 3:5, Romanos
13:13

Impureza – É tudo que contamina a pessoa. Impureza é sujeira espiritual. Todos nos
precisamos ser limpos das impurezas, para podermos ter uma vida de plena comunhão
com nosso Salvador. A impureza na Bíblia pode ser relacionada a imoralidade sexual,
mas também a outras atitudes do homem caído.

TÓPICO 2 – FRUTO DO ESPÍRITO

A importância do fruto do Espírito

É evidente o contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito. Diante da depravação


da natureza humana, sabemos que seria impossível ao homem exercer tais virtudes. É
por isso que o Espírito Santo é quem nos capacita a exercê-las. Portanto, demonstrar o
fruto do Espírito em nossas vidas não é uma questão de auto-justiça ou mérito próprio,
mas de submissão à direção e domínio do Espírito Santo.

Em sua exposição sobre o fruto do Espírito, Paulo continua dizendo que “contra tais
coisas não existe Lei” (Gálatas 5:23). Com isto ele quer dizer que não há qualquer
restrição a esse modo de vida santo caracterizado pelo fruto do Espírito Santo. Além
disso, é vivendo assim que desfrutamos da verdadeira liberdade em Cristo.

Paulo também deixou claro que a única maneira de vivermos o fruto do Espírito em
nossas vidas é através da nossa união com Cristo. Essa união reflete nossa completa
dependência d’Ele. Nós não somos capazes de exibir por nossa própria força, essas
virtudes que fundamentam o caráter cristão.

Assim, o apóstolo nos ensina que “os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com
suas paixões e concupiscências” (Gálatas 5:24). Jesus levou consigo na cruz a nossa
natureza carnal. Portanto, nossa carne e os desejos provenientes dela que nos
escravizavam, foram crucificados com Cristo. O golpe fatal já foi dado! Deus já
providenciou tudo o que precisamos para vivermos em novidade de vida de uma forma
que o agrada.

O fruto do Espírito na vida cristã

No entanto, cabe a nós agora vivermos na prática o que somos em princípio. Se nossa
carne foi crucificada com Cristo, então agora vivemos no Espírito. Se o Espírito é a fonte
de nossas vidas, se é Ele quem nos capacita a vivermos em retidão, então devemos
entregar completamente nossos passos a Ele. Por isso o apóstolo escreve: “se vivemos
pelo Espírito, andemos também pelo Espírito” (Gálatas 5:25).

Se somos verdadeiramente seguidores de Cristo, necessariamente devemos viver de


uma maneira compatível à nossa fé. A vida cristã deve ser completamente dependente do
poder que o Espírito Santo nos concede de mortificar as paixões e desejos carnais,
revelando em nossa conduta os efeitos da cruz de Cristo.

Como servos do Senhor, a primeira coisa que deve ser notado em nosso modo de viver é
o fruto do Espírito. Se olharmos para nossa própria vida e não enxergarmos o fruto do
Espírito nela, então pode ser que nossas raízes não estejam no Calvário.

Amor

O amor é a base para todas as outras virtudes (cf. 1 Coríntios 13; Efésios 5:2;
Colossenses 3:14). No mesmo capítulo 5 de Gálatas, Paulo já havia enfatizado a
importância e necessidade do amor na vida dos verdadeiros cristãos (Gálatas 5:6,13).

Paulo não foi o único a enfatizar a prioridade do amor na vida dos santos. O apóstolo
João escreveu que “aquele que não ama não conhece a Deus” (1 João 4:8; cf. 3:14;
4:19). O apóstolo Pedro também ressaltou esse princípio em sua primeira epístola (1
Pedro 4:8). Claro que tudo isto reflete o ensino do próprio Jesus, onde Ele pessoalmente
ensinou que seus discípulos seriam conhecidos pelo amor demonstrado (João 13:34,35).

Alegria

A alegria é uma consequência direta do amor. Essa não é uma alegria superficial, nem
mesmo significa a ausência de aflições e dificuldades. Essa alegria é aquela que o
apóstolo Pedro escreveu dizendo que é “inefável e gloriosa” (1 Pedro 1:8).

Essa alegria também é a mesma que o apóstolo Paulo sentia ao dizer: “entristecidos, mas
sempre alegres” (2 Coríntios 6:10). A alegria produzida pelo Espírito Santo em nós, faz
com que nos alegremos mesmo diante da dor, pois somos capazes de compreender que
todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28).

Paz

No livro de Salmos aprendemos que aquele que ama a Lei de Deus possui grande paz
(Salmos 119:165; cf. 29:11; 37:11; 85:8). Resultante do amor, essa paz é a marca de um
coração sereno. ela é uma tranquilidade experimentada verdadeiramente apenas por
aqueles que são justificados mediante a fé (Romanos 5:1).

Quando alcançamos essa paz, inevitavelmente desejamos compartilhá-la, para que


outros também a tenham (Mateus 5:9). Pela cruz de Cristo é que hoje temos a genuína
paz.

Longanimidade

A longanimidade é a paciência característica de quem foi regenerado, que nos preserva


das típicas explosões de ira tão comuns nas obras da carne (Gálatas 5:20). A paciência
como fruto do Espírito Santo é fundamentada na confiança de que Deus cumprirá suas
promessas. Essa certeza não nos deixa cair em desespero (2 Timóteo 4:2,8; Hebreus
6:12).

Benignidade

Sabemos que nosso Deus manifesta a benignidade (Romanos 2:4; 11:22; cf. Salmos
136:1). No ministério do Senhor Jesus narrado nos Evangelhos, podemos claramente
perceber tamanha benignidade demonstrada por Ele para com os pecadores (Marcos
10:13-16; Lucas 7:11-17,36-50; 8:40-56; 13:10-17; 18:15-17; 23:24; João 8:1-11; 19:25-
27).

Diretamente resultante do amor, somos aconselhados a demonstrar benignidade. Isso


significa que não devemos causar dor a ninguém (Mateus 5:43-48; Lucas 6:27-38).

Bondade

A bondade pode ser traduzida como a generosidade presente no coração e expressa nas
ações daqueles que são guiados pelo Espírito. É a excelência moral e espiritual produzida
pelo Espírito Santo em nós que nos capacita a zelar pela verdade e pelo que é correto.
Essa bondade no leva a rejeitar tudo o que é mal e perverso.

Fidelidade

A fidelidade em algumas traduções aparece traduzida como “fé”. Essa também é uma
tradução correta do termo grego utilizado. Porém, devido à clara relação com a bondade e
a benignidade citadas anteriormente, a tradução que mais se encaixa ao contexto é
“fidelidade” ou “lealdade”.

Analisando a própria Epítola aos Gálatas, podemos perceber que faltava lealdade a
muitos membros daquela comunidade cristã, não só para com Paulo (Gálatas 4:16), mas
para com o próprio Evangelho (Gálatas 1:6-9; 3:1; 5:7). Assim, fidelidade como fruto do
Espírito não apenas se resume à lealdade para com os homens, mas principalmente para
com Deus e à sua vontade.

Mansidão

A Mansidão é o oposto da agressividade, da raiva, da violência. Sermos gentis uns para


com os outros revela o fruto do Espírito em nós, e nos faz ser imitador do nosso Senhor
(Mateus 11:29; 2 Coríntios 10:1).
Domínio próprio

O fruto do Espírito pode ser visto na relação que alguém tem consigo mesmo. O domínio
próprio também pode ser traduzido como “temperança”. No sentido original, o termo grego
descreve a capacidade de uma pessoa conter-se a si mesma. Exercendo o domínio
próprio, submetemos todas as nossas vontades à obediência a Cristo.

CAPÍTULO 4

TÓPICO 1 – SANTIFICAÇÃO

A santificação é a dedicação a Deus, se separando do pecado. Quando uma pessoa


aceita Jesus como seu senhor e salvador, acontece a santificação. Através da
santificação, a atitude e o caráter do crente são transformados por Deus.

Qando acontece a santificação?

A Bíblia fala da santificação como uma coisa que já aconteceu, está acontecendo e ainda
vai acontecer.

• Fomos santificados – no momento em que você aceita Jesus em sua vida, você é
santificado. A sua vida é dedicada a Deus, não mais ao pecado. Você agora é santo. - 1
Coríntios 1:2; 1 Coríntios 6:11
• Estamos sendo santificados – a santificação é também uma coisa progressiva na
vida do crente, transformando o seu caráter para ser mais e mais como Jesus. Com o
tempo Deus vai lidando com os diferentes problemas e pecados na nossa vida. À medida
que o relacionamento com Deus se vai aprofundando, Ele vai mostrando áreas da vida
que precisam ser transformados e ajuda a mudar. É um crescimento. - 2 Coríntios 3:18; 2
Coríntios 7:1
• Vamos ser santificados – quando Jesus vier nos buscar, seremos completamente
santificados, livres de todo o pecado e impureza. Aí teremos sido aperfeiçoados
viveremos eternamente com Cristo. - 1 Tessalonicenses 5:23-24

TÓPICO 2 – REINO DE DEUS

O conceito do Reino de Deus pode ser trabalhado tanto de forma mais ampla quanto mais
restrita; tanto em seu significado mais geral quanto mais específico. Como foi dito, seu
significado geral fala do reinado eterno e soberano de Deus sobre tudo. Do começo ao fim
a Bíblia mostra Deus como o rei supremo que governa todas as coisas (cf. Salmos
103:19; 113:5; Daniel 4:34,35; Mateus 5:34; Efésios 1:20; Colossenses 1:16; Hebreus
12:2; Apocalipse 7:15; etc.).
Já o Reino de Deus em seu significado mais restrito fala de tudo o que envolve a ação
soberana de Deus na redenção de seu povo. Por isso inclui-se no conceito de “Reino de
Deus” a obra de Cristo, a realidade presente da Igreja e as bênçãos da salvação, e a
consumação de todas as promessas na bem-aventurança eterna no universo redimido.

Nesse sentido é impossível dissociar a ideia de salvação do conceito de Reino de Deus. A


entrada no Reino de Deus expressa justamente a realidade de ser redimido por Cristo e
habitado pelo Espírito Santo. Então ninguém pode entrar no Reino de Deus por seus
próprios méritos.

Os discípulos entenderam a intima conexão entre salvação e Reino de Deus. Quando


Jesus disse que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico
entrar no Reino de Deus, eles logo questionaram: “Então, quem pode ser salvo?” (Marcos
10:25,26).

Os aspectos do Reino de Deus

Considerando a ideia da revelação e desenvolvimento progressivo do Reino dos Céus ao


longo dos tempos, podemos dizer que a Bíblia expõe o Reino de Deus em dois aspectos:
presente e futuro. Vejamos melhor cada um desses dois aspectos.

O aspecto presente do Reino de Deus

No aspecto presente, falamos do Reino de Deus em seu prosseguimento atual na Igreja.


Nesse aspecto, W. Hendriksen fala do Reino de Deus como sendo o domínio do Senhor
reconhecido no coração e ativo na vida do seu povo. Então esse conceito envolve as
bênçãos da salvação para aqueles que reconhecem o senhorio de Cristo. Os cidadãos do
Reino são aqueles que foram arrancados do reino das trevas para o Reino de Cristo
(Colossenses 1:13).

Também é verdade que o Reino de Deus se desenvolve de forma misteriosa durante a


era do Evangelho (Mateus 13:19-52; Marcos 4:30). Ainda nesse aspecto presente, Jesus
diz que o Reino de Deus não vem com aparência exterior, “porque o Reino de Deus está
entre vós” (Lucas 17:20,21). Aqui, através de sua vida e testemunho, a Igreja é chamada
a tornar visível o Reino de Deus. Além disso, os milagres de Jesus, operados pelo poder
do Espírito Santo, serviram como evidência da chegada do Reino de Deus (Mateus
12:28).

Portanto, o Reino de Deus nesse último estágio, no aspecto presente, foi inaugurado por
Cristo (Mateus 2:2; 4:23; 9:35; 27:11; Marcos 15:2; Lucas 16:16; 23:3; João 18:37). Agora
ele está em pleno andamento na Igreja (Mateus 24:14; Romanos 14:16,17; 1 Coríntios
4:19,20; Colossenses 4:11).

O aspecto futuro do Reino de Deus

O Reino de Deus continuará em progresso até que alcançará sua manifestação final e
plena quando Cristo voltar em glória. Sim, num certo aspecto o Reino de Deus já está
aqui, mas, num outro aspecto, ele ainda virá. Ele é algo presente, mas também é algo
futuro (Mateus 7:2-22; 25:34; 26:29). Por isso Jesus Cristo fala do Reino como uma
herança que está preparada para os santos (Mateus 25:34).

O Reino de Deus, que nesse último estágio presente estende-se a todos os povos e
nações, em breve será consumado (1 Coríntios 15:50-58; Apocalipse 11:15). O dia em
que isso acontecerá está decretado pelo próprio Deus, mas é desconhecido dos homens
(Atos 1:7). Quando o Reino de Deus for consumado vindo em toda sua plenitude, a
vontade divina será obedecida de forma perfeita no universo redimido.

CAPÍTULO 5

O TEMOR DO SENHOR

TÓPICO 1 – COMPROMISSO COM DEUS

Compromisso com Deus é algo que precisamos demonstrar e viver ao longo da nossa
caminhada cristã. É algo indispensável. Um Deus magnifico como o nosso exige isso.
Dedicação a ele e a sua Palavra é a demonstração de que reconhecemos sua majestade
e nos submetemos a ela.

Sendo assim neste estudo bíblico você verá uma análise detalhada de como é possível
desenvolver um relacionamento com Deus, de forma sadia e estruturada, de maneira
prática e objetiva.

1. Compromisso com Deus e Com a Sua Palavra

Ao longo da história do cristianismo não é incomum encontrarmos pessoas querendo


fazer uma série de coisas “em nome de Jesus”, mas sem nenhum compromisso com a
Palavra de Deus.

Inúmeras heresias, homens e mulheres sem paixão. Discursos vazios, pregações


entediantes. Tudo isso e muito mais é fruto de relacionamentos sem compromisso com o
Senhor e com a sua Palavra.

O salmista nos dá um exemplo contundente ao declara o seu amor pela Palavra de Deus
(Salmos 119:97). Esse amor é expresso por meio da meditação diária e contínua na
verdade Sagrada, algo que produz crescimento espiritual.

O comportamento de Jesus na tentação do deserto é um maravilhoso exemplo de


compromisso com Deus. Ele resistiu firmemente aos argumentos do diabo com uma
expressão poderosa: “Está escrito…” (Lucas 4.4).

Ou seja, é algo que está diretamente ligado aos fundamentos da Palavra de Deus. O bom
desenvolvimento de um, precisa necessariamente do outro como alicerce.

2. Compromisso a Obra de Deus

Cristãos sem compromisso nas Igrejas dos nossos dias é mais comum que um
parlamentar investigado na “lava-jato”. É uma vergonha!

O Senhor Deus já disse isso ao profeta Jerenias há alguns milhares de anos atrás, que
qualquer um agisse de maneira fraudulenta em sua obra, é maldito (Jeremias 48:10).
Pessoas que substituem suas responsabilidades na obra do Senhor por qualquer coisa,
estão debaixo do “radar negativo” de Deus.

Compromisso com Deus exige compromisso com a Sua obra. Se você assumiu algo no
Reino, siga em frente e dê o seu melhor até o fim.

Em algum momento de seu ministério, um ouvinte disse ao Senhor Jesus que o seguiria,
mas pediu para ir se despedir de seus familiares. A isso, O Mestre respondeu que não
devemos olhar para trás na hora do chamado (Lucas 9:61,62).

Ele “põe um grifo” na atenção de quem serve na obra de Deus. Se alguém quer arar a
terra em linha reta não pode olhar para trás. Ou seja, só há uma forma de demonstrar
empenho com a obra de Deus, e é por meio do foco.

Compromisso com Deus e com a sua obra só podem ser comprovados por meio de uma
vida dedicada. Focada. Aquele que ara a terra não pode simplesmente deixar de arar, ou
fazê-lo de qualquer forma.

Uma das coisas que me chamam a atenção neste ponto, é o que o Senhor Deus diz a
Habacuque. Ele ordena que o profeta escreva a visão, tornando-a legível, grande, de
forma que até que passasse rapidamente, pudesse enxergar. Era talvez o primeiro
outdoor da civilização (Habacuque 2:2).

O Objetivo?

O Senhor dá uma instrução a Habacuque para que todas as pessoas que passassem por
ele soubessem de sua dedicação e seu foco para com a missão.

Acredito que Deus espera o mesmo de nós. Se você deseja demonstrar compromisso
com o Senhor, tenha compromisso com a obra dele.

3. Compromisso Com a Igreja de Deus

Porque vale mais um dia nos teus átrios do que mil. Preferiria estar à porta da casa do
meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios. (Salmos 84:10)

É impressionante o número de pessoas que acham que para ser um cristão saudável não
é mais necessário ir a Igreja ou ser da Igreja, porque são Igreja. Pensam que a intimidade
com Deus está desligada da vivência no Templo.

Horrível engano!

Escolho seguir pelo caminho do salmista. Prefiro estar na casa de Deus. Desfrutar da
comunhão entre os irmãos (Salmos 84:10). Estar na casa de Deus é estar na casa do Pai.
O Salmista demonstrava profunda alegria pelo “simples” fato de ser convidado a ir a casa
do Senhor (Salmos 122:1).

Seu compromisso com Deus exige que você tenha compromisso a Igreja de Deus. Ela é o
corpo de Cristo. A noiva do Cordeiro.

Ao longo de sua vida e ministério o Senhor Jesus Cristo esteve continuamente no Templo.
Após sua ascensão, os apóstolos mantiveram a rotina de estar todos os dias no templo e
nas casas, para ensinar sobre Jesus (Atos 5:42).

Particularmente amo a casa do Senhor. Posso sinceramente dizer que é uma das paixões
da minha vida. Estar na Igreja, como Igreja, para adorar ao Senhor e aprender no seu
Santo Templo.

Compromisso com Deus exige compromisso com a Igreja. Por melhor que seja sua
intenção não há como desvencilhar um do outro.

TÓPICO 2 – TEMOR DO SENHOR

Existe um dever básico a ser observado na vida cristã: temer a Deus e guardar os seus
mandamentos.
Segundo, existe uma razão para que se faça isto: Deus há de trazer o juízo toda obra –
ou seja, todos os homens darão contas de suas ações perante de Deus num determinado
momento, mas tanto cristãos quanto não cristãos comparecerão perante Deus, em
momentos diferentes e suas obras serão avaliadas. Sabemos que compareceremos
perante o Tribunal de Cristo e sabemos também que os ímpios comparecerão ao Juízo
Final. Servir a Deus e temê-lo, guardando os seus mandamentos assegura-lhe um lugar
no Tribunal de Cristo, onde a Igreja será galardoada pelos seus feitos. Ignorar a Deus
assegura-lhe um lugar no Juízo Final, onde a condenação será certa. Neste ASPECTO, A
Igreja Tem dois papéis fundamentais: preservar-se a si mesma para o Reino de Deus e
levar a mensagem das Boas Novas aos não cristãos, salvando-os da ira futura. Existe
uma relação íntima entre guardar os mandamentos e temer a Deus. Somente
obedecemos a quem tememos. Quando entendemos quem é Deus, passando a temê-lo,
certamente teremos todo o cuidado para com os seus mandamentos. Quem teme a Deus
guarda os mandamentos. Quem não teme, ignora. Esta é uma área que tem sido
violentamente atacada pelo diabo, mas de uma forma muito sutil, destruindo do coração
de todos, cristãos e não cristãos, o conceito de temer-se a Deus. Toda vez que o conceito
de autoridade é enfraquecido, seja no lar ou na sociedade, junto enfraquece-se o temor
de Deus, sendo substituído, nalguns casos, pela rejeição a Deus e a autoridades em
geral.

CAPÍTULO 6

PERDÃO E RECONCILIAÇÃO

TÓPICO 1 – PERDÃO

Perdão é reconhecer que alguém cometeu uma ofensa contra você mas decidir largar o
rancor e o desejo de retribuição contra essa pessoa. Perdão verdadeiro é uma decisão
feita com a ajuda de Deus e que liberta. Nós devemos perdoar porque Deus nos perdoou
muito mais.

POR QUE PERDOAR

• Porque Deus perdoou você – seus pecados podem parecer pequenos


comparados com outra pessoa mas são todos impossíveis de pagar. Se Deus é
perfeitamente justo e perdoou você, você também deve perdoar. - Mateus 18:23-35
• Porque liberta – quando você libera perdão, você não só liberta o ofensor do seu
ódio; você também fica liberto. A falta de perdão causa mais problemas ao ofendido que
ao ofensor, traz amargura e pode destruir sua vida (Provérbios 27:4).

O QUE É RECONCILIAÇÃO

Reconciliação é a acção e a consequência de reconciliar. Este verbo faz menção a deixar


para trás uma briga ou um confronto, retomando uma amizade ou outra ligação afectiva
que se encontrava interrompida por uma desavença.

TÓPICO 2 – UMA PARÁBOLA MODERNA

DÍVIDA - Ato ou efeito de dever algo a alguém; obrigação de dar, fazer ou pagar algo
(geralmente alguma quantia em dinheiro) a outrem; obrigação. A quantia (ou a coisa) que
é objeto de tal obrigação. Toda obrigação moral de dar ou fazer uma determinada coisa,
em virtude de um favor ou bem recebido.

DEVEDOR - Que, ou aquele que deve.Que tem obrigação para com alguém: eu lhe sou
devedor da própria vida. É uma entidade legal que tem uma dívida para com outra
entidade. A entidade pode ser um indivíduo, uma empresa, um governo, uma empresa ou
outra pessoa jurídica.

CREDOR - Aquele a quem se deve dinheiro ou outra coisa; quem emprestou dinheiro: o
vizinho passa a vida correndo dos credores!Pessoa ou empresa que vendeu algo por
crediário, pagável em prestações.Quem faz jus a algo; merecedor, digno: ser credor da
estima de alguém.

CONFLITO – é a ofensa cometida pelo ofensor contra o ofendido e que, obrigatoriamente,


precisa ser solucionado. A relação de confiança é quebrada.

OFENSOR – é a parte frágil no processo visto que é o acusador do conflito, a sua atitude
demonstra que não tem poder sobre a situação, a qual foi causada por conta de uma vida
espiritual fragilizada ou por um momento de discuido.

OFENDIDO – é a parte que pode solucionar o conflito visto que, espiritualmente falando
apresenta uma vida espiritual em ordem, contando assim o poder de Deus para resolver o
conflito, este é recurso que possui para fazê-lo. Pode exigir a reparação negando-se a
perdoar e, submetendo com isto, o ofensor a uma situação de constrangimento, visto que
sempre saberá que alguém tem algo contra ele.

TÓPICO 3 – DEUS ESQUECE

Deus esquecer algo parece um contrassenso para quem é Onisciente e nada lhe escapa,
seja no passado, seja no futuro. Mas como entender esse “esquecimento” de Deus
então? O uso do termo esquecer é um uso conotativo que enfatiza a perfeição do perdão
divino.

PERDOAR É ESQUECER?

Em Gênesis 1.26,27 lemos o relato da criação do homem. Uma das peincipaia


características do homem é que ele foi criado à imagem e semelhança de Deus. Trazendo
em nosso ser os atributos do nosso Deus e a memória, a capacidade de lembrar, são
partes destes atributos. Uma compreensão desta natureza, ainda que corrompida pelo
pecado, revela muito do que Deus é, afinal, Ele repartiu conosco uma fagulha do que Ele
mesmo é.

Perdoar é muito mais do que esquecer. Porque se for somente isto pergunto: E se um dia
eu lembrar? Qual será a minha reação? Não somos máquinas, não somos computadores
que podem ter suas memórias deletadas. Somos mais. Temos o poder de Deus que age a
favor dos que o amam e os capacita a agir de formas elevadas.

Perdoar não é esquecer. Perdoar é aprender a lidar, é deixar de gastar tempo e energia
com fatos e pessoas , é seguir em frente e se livrar de pesos desnecessários e que não
são seus.

QUANDO EU PERDOO

O perdão é condicional e uma das necessidades é o arrependimento. Porém, existe outro


aspecto condicional do perdão tão importante quanto. O meu perdão está atrelado ao
perdão que estou disposto a dar aos outros. Se eu perdoar, serei perdoado, caso
contrário, serei as consequências da minha dureza em aceitar as falhas alheias, não
reconhecendo que sou tão falho quanto qualquer outra pessoa.

As mágoas prejudicam a nós mesmos. Uma coleção de mágoas pode nos tornar pessoas
amarguradas, frias, incrédulas. Elas nos corroem, levam o brilho dos nossos olhos, a
nossa esperança, a nossa fé.

QUANDO EU NÃO PERDOO

O homem que fora perdoado deixa a prisão e logo encontra alguém que lhe devia algum
dinheiro. Ele manda prender o homem até que o pague. Um contrassenso – como uma
pessoa presa pagará a sua dívida? Isto é o que fazemos com alguém quando não
perdoamos os seus pecados ou quando alguém não nos perdoa. O indivíduo fica numa
situação sem saída. Está impedindo de quitar o seu débito, afinal, precisaria de liberdade
para conseguir obter os recursos necessários. Está criando o impasse.

Perceba que a falta de perdão causa uma quebra de relacionamento. O ofendido precisa
abrir mão dos seus direitos, caso contrário o problema nunca se resolverá. Emais, o
ofendido que nega o perdão, como já vimos compromete a sua própria vida, já que
tambem é um devedor a Deus.

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