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INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

RESUMO CAPÍTULO 2 - A SITUAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA DA GALILEIA NOS


DIAS DE JESUS

JESSYCA LILIAN DIAS SILVA

Ipatinga, Maio de 2021


INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

RESUMO CAPÍTULO 2 - A SITUAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA DA GALILEIA NOS


DIAS DE JESUS

JESSYCA LILIAN DIAS SILVA

Resumo Capítulo 2 apresentado à disciplina Pastoral


Urbana do Curso Livre em Teologia, Instituto
Teológico Quadrangular – Unidade Ipatinga.

Professor: Pr. Jean Carlos

Ipatinga, Maio de 2021


A SITUAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA DA GALILEIA NOS DIAS DE JESUS

A Palestina é uma área situada entre a África e a Ásia. Possuía uma


superfície de 34.000 km² e cerca de 650 mil habitantes. Era dividida entre: Judeia,
Samaria e Galileia (oeste); Itureia (norte); Gualanítide, Bataneia, Traconítide,
Auranítide, Decápolis e Pereia (sul).

A sociedade da Palestina era dividida em quatro grupos socioeconômicos:


ricos, grandes proprietários, comerciantes, pessoas do alto clero; grupos médios,
sacerdotes, pequenos e médios proprietários rurais ou comerciantes; pobres,
trabalhadores do campo ou cidade; e os miseráveis, mendigos, escravos ou excluídos
sociais, como ladrões. As diferenças sociais eram baseadas nos critérios: riqueza,
pobreza, sexo, função religiosa, conhecimento, pureza étnica etc.

A Palestina possuía importantes centros urbanos (Cesareia e Jerusalém), que


concentravam as atividades econômicas, tais como, pesca, pecuária, extrativismo,
construção, fiação e tecelagem, produção de artigos em couro e cerâmica, artesanato
de luxo (perfumes, extração e tratamento do betume), padeiros, barbeiros,
carregadores de água, etc. Porém, a principal atividade econômica era a agricultura.
Nessa região existia vias e portos que ajudavam na comunicação e transporte de
mercadorias e pessoas.

Durante a vida de Jesus, a Palestina foi governada principalmente pela


Dinastia Herodiana. Após o período de 44 d. C., a administração passou a estar nas
mãos dos procuradores romanos. As questões da comunidade judaica eram
resolvidas pelo Sinédrio, que existiam em todas as cidades e vilas da Palestina, e sua
sede ficava em Jerusalém.

A dominação romana gerou a progressiva romanização e helenizarão, e a


cobrança de impostos, o que causou movimentos de resistência armados contra a
Roma, resultando na Guerra Judaica e na destruição do Templo de Jerusalém. A
destruição do Templo fez cessar os sacrifícios, dando importância aos cultos nas
sinagogas e a Judeia se tornou uma província romana. Esses acontecimentos foram o
fator para separar judeus e cristãos. Uma nova revolta na Palestina, resultou numa
baixa populacional, na destruição e reconstrução de Jerusalém como colônia romana,
na proibição dos judeus de entrarem na cidade e no local do Templo foi construído um
templo pagão.

O Templo foi, até 70 d.C., o mais importante centro religioso judaico, onde
eram realizados os sacrifícios; o sinédrio se reunia; eram armazenadas as riquezas e
impostos dirigidos ao Templo, bem como objetos de culto. Mulheres e os não
circuncidados não podiam entrar no interior do Templo.

A vida religiosa e os cultos eram cuidados pelo clero chefiado pelo sumo-
sacerdote (provinha das famílias judaicas mais ricas). Os sacerdotes (posto de forte
caráter político) eram escolhidos e destituídos pelos governadores civis. Os sumo-
sacerdote era auxiliado por vários funcionários: o comandante do Templo, os chefes
das 24 equipes semanais, os sete vigilantes, três tesoureiros. Existiam cerca de 7 mil
sacerdotes divididos em 24 equipes que se revezavam nos serviços. Recebiam
salário, vindo dos sacrifícios e do dízimo. Ao lado dos sacerdotes, havia 10 mil levitas,
organizados em 24 equipes, que atuavam como músicos ou porteiros, e não recebiam
salários. As sinagogas eram centros religiosos, nelas se cultuava a Deus e era
estudada a Lei. As festas e outras práticas (circuncisão, guardar o sábado e a oração
cotidiana) religiosas no século I d.C., possuíam um papel importante na vida judaica.

Muitos acreditam que o cristianismo dividiu o judaísmo, entretanto já existia


vários grupos diferentes dentro do judaísmo antigo, sendo os principais grupos: os
Fariseus, Saduceus, Essênios, Herodianos e os Zelotes. Outros grupos: Levitas do
Templo, os escribas, os movimentos batista (seita que mantinha pratica de batismo de
João Batista).

No início da pregação de Jesus, ele foi visto como mais um dos diversos
grupos existentes, mas sua mensagem foi revolucionária, colocando o homem acima
da Lei e tradições, proclamado a mudança de coração, por meio da fé em seu
salvador, formando uma nova religião, o cristianismo, se separando do judaísmo
gradualmente.

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