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Estado de Defesa

Hipóteses de decretação:
Preservar/restabelecer ordem pública ou paz social ameaçadas por
instabilidade institucional, ou calamidade de grandes proporções na natureza.
Ex.: terremoto; tufão.
Procedimento para decretação do Estado de Defesa
Titularidade: Presidente da República (art. 84, IX, c/c art. 136, caput, da CF/88)
através de decreto presidencial. O presidente deve ouvir o Conselho da
República + Conselho de Defesa Nacional. São órgãos meramente consultivos
(auxiliam o Presidente nas decisões e a opinião/parecer dos dois conselhos
não vincula a decisão do Presidente). Significa que o PR tem
discricionariedade para decretar a intervenção.
Decreto do ED: tem três partes
A) PRAZO: duração do estado de defesa é de 30d (máximo), prorrogável por
mais 1 única vez em até 30d. Art. 136, § 2º, CF/88.
B) ÁREA ABRANGIDA: extensão territorial do ED (locais específicos).
C) MEDIDAS: coercitivas para afastar a situação excepcional. Art. 136, § 1º, da
CF/88).

Imediato: decretado o ED, o CN receberá o decreto do PR em 24h e deverá


decidir se mantém ou se extingue o ED (quórum: maioria absoluta).
Se o CN estiver em recesso, será convocado pelo Pres. do Senado para que
se reúna em até 5d.
O CN, reunido, apreciará do decreto do ED.
PRAZO DO CN PARA APRECIAÇÃO: 10d, a contar do RECEBIMENTO do
decreto.
Concomitante: o CN deverá criar uma comissão com 5 membros
(parlamentares) que acompanharão as medidas adotadas durante a
decretação do estado de defesa.
Sucessivo (a posteriori): cessado o ED, o PR relata ao CN todas as medidas
adotadas (relatório!). Se o CN não aceitar o relatório  PR poderá ser
responsabilizado  processo de impedimento do PR (impeachment).
Controle Jurisdicional (P. Judiciário):
Concomitante: art. 136, § 3º, CF/88, controle da prisão  levada ao juiz (Poder
Judiciário).
Sucessivo: art. 141, caput, CF/88: a responsabilidade dos agentes que
executaram o ED se mantém, mesmo após o fim do ED. Se praticados atos
ilícitos pelos executores da medida, serão responsabilizados (penal, civil,
administrativamente)...
Estado de Sítio: art. 137, CF/88.
O Presidente precisa, necessariamente, de autorização do CN (maioria absoluta) para
decretar o estado de sítio .
Hipóteses de decretação do Estado de Sítio:
I – Comoção grave NACIONAL; OU estado de defesa prévio frustrado.
II – Guerra (sempre externa); OU agressão armada estrangeira.

Procedimento para a decretação: Presidente da República deve OUVIR o


Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional (parecer é opinativo;
não vincula o PR); PEDE AUTORIZAÇÃO ao CN (quórum é de maioria
absoluta) e, se autorizado, o PR expede o decreto presidencial do estado de
sítio (art. 137, par. ún., CF.88).
Decreto do ES: tem três partes:
A) PRAZO:
Quanto ao inciso I, do art. 137: decreta-se o ES por 30d; + 30d; +30d; +30d;
+30d; +30d...
Quanto ao inciso II, art. 137: a duração do ES se vincula ao fato. Ex.: enquanto
durar a guerra, durará o ES.

B) ÁREA ABRANGIDA: toda a extensão territorial do Brasil será objeto do ES


(medida nacional).
C) MEDIDAS: coercitivas para afastar a situação excepcional  previstas no
art. 139, CF/88.
Obs.: pronunciamento de parlamentares (não se inclui nas restrições –
autorizado pela mesa); art. 139, par. ún.
Controle político (CN):
Prévio (anterior): PR que pede AUTORIZAÇÃO ao CN para decretar o ES. 
maioria absoluta.  PR expede o decreto ES. (Art. 137, CF/88).
Obs.: os demais controles políticos (concomitante - sucesso) são idênticos ao
ED.
Controle jurisdicional (P. Judiciário): são os mesmos controles realizados no
ED.

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