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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA

ALGA – MATRIZ INVERSA

1. Cálculo da matriz inversa, usando determinantes


Matriz Adjunta
Dada uma matriz A. Com os cofactores  ij   1 det Aij dos elementos aij da matriz A podemos
i j

formar uma nova matriz A, denominada matriz dos cofactores de A, A   ij  .


  11  12  13   1n 
 
  21  22  23   2n 
A   ij    31  32  33   3n 
 
      
  n2  n3   nn 
 n1
1 4 3 
 
Exemplo: Determinar a matriz dos cofactores da Matriz A   2 5 4 
1  3  2 
 
5 4 1 2 2 4 1 3 2 5
Resolução:  11   1  12   1  8 ;  13   1
11
2 ;   11
3 2 1 2 1 3
4 3 1 3 1 4
 21   1  22   1  23   1
2 1 2 2 23
 1 ; 5; 7
3 2 1 2 1 3
4 3 1 3 1 4
 31   1  32   1  33   1
31 3 2 3 3
1 2 3
5 4 2 4 2 5

 2 8  11
 
Então, A    1  5 7 
 1 2 3
 

Definição: Dada uma matriz quadrada A, chamamos de matriz adjunta de A à transposta da matriz
dos cofactores de A, isto é adjA  A  .
 2 1 1
 
No Exemplo anterior adjA  8  5 2
  11 7  3 
 
Teorema: A  A   det A  I

Vamos verificar este teorema a partir do exemplo anterior.


A  A   det A  I
1 4 3   2 1 1 1 0 0  1 0 0 1 0 0
         
2 5 4   8  5 2  = det A  0 1 0   0 1 0  = 1·  0 1 0
1  3  2    11 7  3  0 0 1  0 1  0 1 
       0  0

1
Definição: Dada uma matriz quadrada A de ordem n, chamamos de inversa de A a uma matriz B
tal que A · B = B · A = I, onde I é a matriz identidade. Denomidamos A-1 para inversa de A.

Suponhamos agora que Ann tenha inversa, isto é, existe A-1 tal que A · A-1 = I. Usando o
determinante temos, det(A · A-1) = det I  detA · detA-1 = 1.
Da última relação concluímos que se A tem inversa então.
1. detA ≠ 0
1
2. det A 1 
det A
Ou seja detA ≠ 0, é condição necessária para que A tenha inversa.
Veremos de seguida que esta condição é também suficiente:
Sabemos que A  A   det A  I . Considerando detA ≠ 0 podemos afirmar que A 
1
A  I ,
det A
então.
A 1 
1
adjA
det A
Teorema: uma matriz quadrada A admite uma inversa se, e somente se detA ≠ 0.

 2 1 0
 
Exemplo: Determine a inversa da matriz A    3 1 4
 1 5 
 6
1 4 3 4 3 1
Resolução:  11   1  12   1  13   1
11 1 2 1 3
  19 ; 19 ;   19
6 5 1 5 1 6
1 0 2 0 2 1
 21   1  22   1  23   1
2 1 2 2 23
5 ;  10 ;   11
6 5 1 5 1 6
1 0 2 0 2 1
 31   1  32   1  33   1
31 3 2 3 3
4 8 5
1 4 3 4 3 1

  19 19  19 
 
Então, A matriz dos cofactores é A    5 10  11 e a Adjunta é
 4 8 5 

  19  5 4 
 
adjA  A    19 10  8 
  19  11 5 
 

2 1 0   19  5 4 
1  
Sabendo que o det A   3 1 4   19 , logo A 
11
adjA   19 10  8 
det A  19  
1 6 5   19  11 5 
 5 4
 1  
 19 19 
 10 8 
A 1    1  
 19 19 
 11 5 
 1  
 19 19 

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Propriedades das matrizes inversas
Sejam A e B matrizes inversíveis então:
1. (A–1)–1 = A
2. (A–1)t = (At)–1
3. (AB)–1 = B–1 · A–1
1
4. det A 1 
det A

2. Cálculo da matriz inversa pelo Algorítmo de Gauss-Jordan

Algorítmo. Cálculo da inversa de uma matriz: Seja dada Ann , Para calcular a inversa
de A (se existir) leva-se a cabo com a matriz A I n n2 n a parte descendente do método de
eliminação de Gauss-Jordan aplicando a A. Se houver menos de n pivots, A não é invertível.
Se houver n pivots, logo a matriz é invertível.

Como achar a matriz inversa?

Para achar a matriz inversa, anulamos todos os elementos por cima e por baixo da diagonal da
matriz á esquerda usando as operações elementares. Finalmente divide-se cada linha pelo
 
respectivo pivot. No fim deste processo, a matriz obtida é I n A 1 .
Logo a matriz da direita A 1 é a matriz inversa de A.

Exemplo. Determine a matriz inversa de:


 2 1 0
 2 3  
a ) A    b)B    3 1 4 
 1 4  1 6 5
 
Resolução:

a) Coloquemos a matriz junto com a identidade e apliquemos as operações com linhas, para
reduzir a parte esquerda (que corresponde a A) á forma escada linha reduzida (ou matriz
identidade) e efectuando simultaneamente cada operação na parte direita.
2 3 1 0
  Troquemos a primeira linha com a segunda linha,isto é:
1 4 0 1 

1 4 0 1
 
 2 3 1 0  Multipliquemos a primeira linha por -2, e adicionemos a segunda linha,isto é:
 

1 4 0 1  1
 
 0  5 1  2  Multipliquemos a segunda linha por  5 isto é:
 

1 4 0 1
 1 2  Multipliquemos a segunda linha por -4, e adicionemos a primeira linha, isto é:
0 1  
 5 5

 4 3  4 3
1 0     
 5 5
, logo A 1
  5 5
0 1  1 2   1 2 
   
 5 5   5 5 
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b) Coloquemos a matriz junto com a identidade e apliquemos as operações com linhas, para
reduzir a parte esquerda (que corresponde a B) a forma escada linha reduzida (ou matriz
identidade) e efectuando simultaneamente cada operação na parte direita.

 2 1 0 1 0 0
 
  3 1 4 0 1 0  Troquemos a primeira linha com a terceira linha, isto é:
 1 6 5 0 0 1
 

 1 6 5 0 0 1
 
  3 1 4 0 1 0  Multipliquemos a primeira linha por 3 e -2, e adicionemos
 2 1 0 1 0 0
 
a segunda e terceira linha, respectivamente, isto é:

1 6 5 0 0 1 
  1
 0 19 19 0 1 3  Multipliquemos a segunda linha por isto é:
 0  11  10 1 0  2  19
 

1 6 5 0 0 1 
 1 3 
0 1 1 0  Multipliquemos a segunda linha por 11 e adicionemos
 19 19 
 0  11  10 1 0  2 
 
a terceira, isto é:

 
 
1 6 5 0 0 1 
0 1 1 0 1 3 
Multipliquemos a terceira linha por -5 e -1, e adicionemos
 19 19 
0 0 1 11 5
 1  
 19 19 
a primeira e segunda linha, respectivamente, isto é:

 55 44 
 5  
1 6 0 19 19 
 0 1 0  1  10 8 
Multipliquemos a segunda linha por -6 e adicionemos a
 19 19 
0 0 1 11 5
 1  
 19 19 
primeira linha, isto é:

 5 4  5 4
 1   1  
1 0 0 19 19   19 19 
 0 1 0  1  10 8  1  10 8 
 , Logo B    1 
19 19  19 19 
0 0 1 11 5  11 5
 1   1  
 19 19   19 19 

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FICHA DE EXERCÍCIOS NR-4

8 5 1
 
1. Dada a matriz A   0 9 3  . Obtenha a matriz C dos cofactores
4 6 2 

2 1 3
 
2. Dada amatriz A   0 2 1  Calcule: a) Adj A ; b) | A | ; c) A 1 .
5 1 3 

2 1 3 
 
3. Dada a matriz A =  0 2 1  Calcule: a) Adj A b)Det A c)A-1
5 3 
 1

4. Usando o método de Gauss-Jordan, determine a inversa da matriz dada e verifique o resultado.

 4 2 2  1 2 3 0 1 0 
1 2  3 1   cos  sen       
a)   b)   c)   d)   2  4 4 e)  4 5 6  f) 1 0 0
3 4  5 2  sen cos   4
 2 8  7 8 9 0 0 1
 
 
 3 1 1  5 1 5 2 2 3 1 1 1 1 1 0
         
g)   15 6 5  h)  0 2 0  i)  1 1 0 j)  2 3 2  k) 0 1 1
 5 2   5 3  15  1  4 7 5 0 0 1
 2   2 1     
 4 1 2  2 1 0 1  2 1 3  5 7
     
 3 1 0 0 2 1 2  3 0 1 2 3 
l)  m)  n) 
2 3 1 0 1 2 0 1  
0 0 1 2

    0 0
0 7 1 1 
 1  3
 1 3  4   0

5. Verifique se a matriz A é inversa da matriz B.


 1 3  5 3 
a) A    e B   
 2 5   2  1 
1 2 1  1 0 1 
   
b) A   0 1 0  e B 0 1 2 
 1 2  1  1 2  1
   
 3 1 1
  
 2 1 0  4 2 2
 
e B
3 3 1
c) A  0 1 1 
 2 0 3  4 4 2
   1 1 1 
  
 4 2 2 
5
 3 6 1   31 2 47 
   
6. Verifique se são inversas uma da outra as matrizes A   0 1 8  e B   16 1  24  .
 2 4 1  2 3 
   0
Caso não sejam, determine a inversa da matriz A.

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