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U NIVERSIDADE F EDERAL DE S ERGIPE

C ENTRO DE C IÊNCIAS E XATAS E T ECNOLOGIA


D EPARTAMENTO DE E NGENHARIA E LÉTRICA

R EDES DE C OMUNICAÇÕES

Profª. Raissa Bezerra Rocha, D.Sc.

raissarocha@academico.ufs.br

Era a hora terceira quando o crucificaram. O centurião que estava diante de Jesus, ao ver que Ele
tinha expirado assim, disse: "Este homem era realmente o Filho de Deus". Marcos, 15.
2023
R OTEIRO DA AULA

X Organização em camadas funcionais.

X Introdução ao protocolo TCP/IP.

X Modelo OSI.

X Descrição das camadas de Internet.

X Endereçamento.

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TAREFAS DIVIDIDAS EM CAMADAS

Tarefa simples → Um única camada

Tarefa complexa → Divisão em camadas

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VANTAGENS DA DIVISÃO EM CAMADAS

X Cada camada realiza tarefas menores e mais simples → Mais


fácil projeto, gestão e manutenção.

X Modularidade → Mudanças em tarefas atingem apenas as


camadas que realizam aquelas tarefas.

X Cada camada recebe serviços da camada inferior e provê


serviços para a camada superior.

X Sistemas intermediários na comunicação operam sobre algumas


camadas (não todas) → Redução da complexidade do sistema
total.

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P RINCÍPIOS DA DIVISÃO EM CAMADAS

Primeiro princípio: Para ter comunicação bidirecional, cada camada


deve desempenhar tarefas opostas, uma para cada direção.

Segundo princípio: Nos terminais de comunicação, sob camadas iguais


devem haver objetos iguais.

Conexões lógicas: Camadas iguais comunicam-se individualmente.

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S ÉRIE DE PROTOCOLOS TCP/IP

X TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol):


Protocolo hierárquico, em camadas, base para a Internet.

X Originalmente, tinha 4 camadas de software e 1 de hardware.


Hoje, consideram-se 5 camadas.

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A RQUITETURA DE COMUNICAÇÃO NA Internet

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C ONEXÕES LÓGICAS ENTRE CAMADAS NA
Internet

X As conexões nas camadas de aplicação, de transporte e de rede


são entre os terminais → O domínio é a Internet.
X As conexões nas camadas de enlace de dados e física são entre
terminais ou intermediários → O domínio é o enlace.
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E NCAPSULAMENTO

Cabeçalhos

X Transporte → Identifica aplicação, dados para controle de fluxo,


erros e congestionamento.
X Rede → Endereços dos hosts, dados para verificação de erros,
fragmentação dos dados, etc.
X Enlace de dados → Endereços de host/roteador.
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M ULTIPLEXAÇÃO

X Cada camada encapsula dados de diferentes protocolos


superiores.

X Encapsulamento deve identificar a que protocolo superior pacote


pertence.

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M ODELO OSI

X Modelo teórico Open Systems Interconnection (OSI) proposto no


fim da década de 1970 pela International Organization for
Standardization (ISO).
X OSI não é protocolo → É modelo para compreensão e projeto de
arquiteturas de rede flexíveis, robustas e interoperáveis.
X Objetivou facilitar comunicação entre diferentes sistemas sem
mudanças no hardware e software de base.
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OSI × Internet

X Camadas de apresentação e sessão ausentes na Internet →


Funções nas camadas de transporte e aplicação do TCP/IP
X Modelo OSI, posterior ao TCP/IP, falhou em substituí-lo por
várias razões:
X Custo de substituição.
X Camadas nunca amplamente definidas.
X Não mostrou melhora no desempenho que justificasse troca.
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D ESCRIÇÃO DAS C AMADAS DE Internet –
C AMADA F ÍSICA

X Recebe quadros de bits e transmite bits individuais.

X É responsável pela movimentação de bits individuais de um hop


para o seguinte.

X É uma camada lógica → Há uma camada oculta inferior, que


transporta sinais elétricos ou óticos → O meio de transmissão.

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D ESCRIÇÃO DAS C AMADAS DE Internet –
C AMADA F ÍSICA

X Define o tipo de meio de transmissão.


X Codifica os bits em sinais elétricos ou ópticos.
X Estabelece a duração de um bit, que é o tempo que ele perdura
e, consequentemente, a taxa de dados (número de bits enviados
a cada segundo)
X É responsável pela sincronizados em nível de bit entre o emissor
e receptor (sincronização dos os clocks do emissor e receptor ).
X É responsável pela configuração da linha, que pode ser ponto a
ponto (dois dispositivos conectados através de um link dedicado)
ou multiponto (um link compartilhado entre vários dispositivos).
X Define a topologia de rede.
X Define o modo de transmissão (simplex, half-duplex ou
full-duplex).
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D ESCRIÇÃO DAS C AMADAS DE Internet –
C AMADA DE E NLACE DE DADOS

X Recebe datagramas e transmite pacotes chamados quadros.

X Empacotamento: divide o fluxo de bits recebidos da camada de


rede em unidades de dados gerenciáveis denominados quadros
(frame).

X Endereçamento físico: Se os frames forem distribuídos em


sistemas diferentes na rede, ela acrescenta um cabeçalho ao
frame para definir o emissor e/ou receptor do frame. Se este for
destinado a um sistema fora da rede do emissor, o endereço do
receptor é o do dispositivo que conecta a rede à próxima.
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D ESCRIÇÃO DAS C AMADAS DE Internet –
C AMADA DE E NLACE DE DADOS

X Controle de fluxo: Se a velocidade na qual os dados são


recebidos pelo receptor for menor que a velocidade na qual os
dados são transmitidos pelo emissor, a camada de enlace de
dados impõe um mecanismo de controle de fluxo para impedir
que o receptor fique sobrecarregado.

X Controle de erros: A camada de enlace de dados acrescenta


confiabilidade à camada física adicionando mecanismos para
detectar e retransmitir frames danificados ou perdidos. Ela
também usa mecanismos para reconhecer frames duplicados.

X Controle de acesso: Quando dois ou mais dispositivos


estiverem conectados ao mesmo link são necessários
protocolos da camada de enlace de dados para determinar qual
dispositivo assumirá o controle do link em dado instante.

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D ESCRIÇÃO DAS C AMADAS DE Internet –
C AMADA DE E NLACE DE DADOS

X A comunicação na camada de enlace de dados ocorre entre dois


nós adjacentes.

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D ESCRIÇÃO DAS C AMADAS DE Internet –
C AMADA DE R EDE

X É responsável pela entrega de pacotes individuais desde o host


de origem até o host de destino.

X Determina rota para pacote de dados.

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D ESCRIÇÃO DAS C AMADAS DE Internet –
C AMADA DE R EDE

X Inclui o principal protocolo, Internet Protocol (IP):


→ Define formato de pacote de dados, chamado datagrama.
→ Define estrutura de endereçamento, que permite roteamento.
X Inclui protocolos de roteamento ponto a ponto e ponto a
multiponto → criam tabelas que auxiliam IP no roteamento.
X Inclui protocolos auxiliares:
X Internet Control Message Protocol (ICMP)
→ Auxilia IP em reportar problemas no roteamento.
X Internet Group Management Protocol (IGMP) → Auxilia IP em
multitarefas.
X Dynamic Host Configuration Protocol (DHCP) → Auxilia IP em
obter endereço de camada de rede de host.
X Address Resolution Protocol (ARP) → Auxilia IP em obter
endereço de camada de enlace de host ou roteador.

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D ESCRIÇÃO DAS C AMADAS DE Internet –
C AMADA DE R EDE

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D ESCRIÇÃO DAS CAMADAS DE Internet –
C AMADA DE T RANSPORTE

X Recebe mensagem da camada de aplicação e envia pacote,


chamado segmento ou datagrama de usuário.
X É responsável pela entrega de uma mensagem, de um
processo a outro.
→ Processo é um programa aplicativo que está sendo executado em
um host.

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D ESCRIÇÃO DAS CAMADAS DE Internet –
C AMADA DE T RANSPORTE

X Endereçamento na camada de transporte: chamado


endereçamento do ponto de acesso ao serviço ou endereço de
porta, é responsável por entregar cada pacote a um processo
específico de um dispositivo.

X Segmentação e remontagem: uma mensagem é dividida em


segmentos transmissíveis, com cada segmento contendo um
número de sequência. Esses números permitem à camada de
transporte remontar a mensagem corretamente após a chegada
no destino e identificar e substituir pacotes que foram perdidos
na transmissão.

X Controle de fluxo: realizada de uma extremidade à outra da


conexão e não apenas em um único link, como na camada de
enlace.

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D ESCRIÇÃO DAS CAMADAS DE Internet –
C AMADA DE T RANSPORTE

X Controle da conexão: a camada de transporte pode ser:

→ Não orientada à conexão: cada segmento é visto como um


pacote independente e ela o entrega à camada de transporte na
máquina de destino.

→ Orientada à conexão: estabelece em primeiro lugar uma conexão


com a camada de transporte na máquina de destino antes de
iniciar a entrega dos pacotes. Após todos os dados serem
transferidos a conexão é encerrada.

X Controle de erros: é realizado processo-a-processo e não


apenas em um único link, como na camada de enlace.

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D ESCRIÇÃO DAS CAMADAS DE Internet –
C AMADA DE T RANSPORTE

X Transmission Control Protocol (TCP) → Protocolo principal.

X Cria conexão (canal lógico) entre hosts antes da transmissão.

X Provê controle de fluxo → Iguala taxas de transmissão e recepção


nos hosts.

X Provê detecção de erros → Garante comunicação sem erro


(reenvio de segmentos em erro).

X Provê controle de congestionamento → Minimiza perda de


segmentos por congestionamento da rede.

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D ESCRIÇÃO DAS CAMADAS DE Internet –
C AMADA DE T RANSPORTE

X User Datagram Protocol (UDP):

X Não cria conexão → Datagramas de usuários independentes.

X Protocolo simples → Não provê controle de fluxo, detecção de


erros ou controle de congestionamento.

X Baixo overhead (sobregarca), atraente para aplicações que enviam


curtas mensagens e/ou não podem retransmitir mensagens
perdidas.

X Stream Control Transmission Protocol (SCTP) → Projetado para


aplicações multimídia.

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D ESCRIÇÃO DAS CAMADAS DE Internet –
C AMADA DE S ESSÃO

X É a camada que controla o diálogo da rede. Ela estabelece,


mantém e sincroniza a interação entre sistemas que se
comunicam entre si.
X Controle de diálogo: permite que a comunicação entre dois
processos ocorra em modo half-duplex ou full-duplex. (Quem
deve transmitir em cada momento).
X Sincronização: permite que um processo adicione pontos de
verificação, ou pontos de sincronização, a um fluxo de dados.
→ Exemplo: se um sistema estiver enviando um arquivo de duas mil
páginas, é recomendável inserir pontos de verificação a cada cem
páginas para garantir que cada unidade de cem páginas foi
recebida e confirmada de forma independente. Nesse caso, se
ocorrer uma falha durante a transmissão da página 523, as únicas
páginas que precisarão ser reenviadas após a recuperação do
sistema serão as páginas 501 a 523. As páginas anteriores à
página 501 não precisarão ser reenviadas.
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D ESCRIÇÃO DAS CAMADAS DE Internet –
C AMADA DE S ESSÃO

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D ESCRIÇÃO DAS CAMADAS DE Internet –
C AMADA DE A PRESENTAÇÃO

X É responsável pela sintaxe e semântica das informações


trocadas entre dois sistemas.

→ É responsável pela tradução, compressão e criptografia.

X Tradução: permite a interoperabilidade entre métodos de


codificação diferentes.

X Criptografia: emissor converte as informações originais em um


outro formato e envia a mensagem resultante pela rede. A
descriptografia reverte o processo original convertendo a
mensagem de volta ao seu formato original.

X Compressão: reduz o número de bits contidos nas informações.

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D ESCRIÇÃO DAS CAMADAS DE Internet –
C AMADA DE A PLICAÇÃO

X É responsável por prover serviços ao usuário.


→ Ela fornece interface com o usuário e suporte a serviços, como
e-mail, acesso e transferência de arquivos remotos, entre outros.
X Conecta logicamente terminal a terminal → Aplicações
(processos) trocam mensagens.
X Internet inclui vários protocolos → Usuário pode criar outros.
X Hypertext Transfer Protocol (HTTP) → Acesso ao World Wide Web
(WWW).
X Simple Mail Transfer Protocol (SMTP) → Protocolo principal de
correio eletrônico.
X File Transfer Protocol (FTP) → Transferência de arquivos.
X Terminal Network (TELNET) e Secure Shell (SSH) → Acesso
remoto.
X Domain Name System (DNS) → Provê endereços de camada de
rede.
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D ESCRIÇÃO DAS CAMADAS DE Internet –
R ESUMO

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E NDEREÇAMENTOS

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E NDEREÇAMENTOS

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E NDEREÇAMENTOS

X Endereços Físicos (endereço de link ): está incluso no frame


(quadro) usado pela camada de enlace. Trata-se do endereço
de nível mais baixo.
→ O tamanho e o formato desses endereços variam dependendo da
rede. Por exemplo, a Ethernet usa um endereço físico de 6 bytes
(48 bits).

07:01:02:01:2C:4B

X Endereços Lógicos: é o endereço IP (Internet Protocol), que


identifica de forma única e exclusiva um host conectado à
Internet.
→ São necessários para que as comunicações universais sejam
independentes das redes físicas subjacentes.

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E NDEREÇAMENTOS

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E NDEREÇAMENTOS

X Endereços de Portas: identificador atribuído a um processo.

→ O objetivo final das comunicações na Internet é de um processo


se comunicar com outro.

→ Um endereço de porta no TCP/IP tem um comprimento de 16 bits.

X Endereços Específicos: são endereços amigáveis para


aplicações específicas.

→ Exemplos: www.ufs.br, raissarocha@academico.ufs.br.

→ São convertidos pelo computador emissor em endereços lógico e


de porta correspondentes.

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E NDEREÇAMENTOS

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R EFERÊNCIAS B IBLIOGRÁFICAS

FOROUZAN, B.; MOSHARRAF, F. Redes de Computadores: uma


abordagem top-down. [S.l.]: McGraw-Hill, 2013.

FOROUZAN, B. Comunicação de Dados e Redes de


Computadores. 4 ed., São Paulo: McGraw-Hill, 2008.

KUROSE, J. F; ROSS, K. W. Redes de computadores e a Internet:


uma abordagem top-down. 6 ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2013.

TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. Redes de Computadores. 5


ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2014.

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