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como: onde vamos tocar, o que vamos tocar e como vamos tocar para, somente
aí, definir a sonoridade que precisaremos extrair da bateria. Por exemplo: se você
vai usar vassouras, o ideal é escolher um jogo de peles porosas, monofilme e usar
a afinação mais alta. Esse tipo de som fica difícil, ou quase impossível, de tirar
com pele clear duplofilme e afinação lá em baixo.
É claro que muitos de nós já teve a felicidade de ver o Steve Gadd tocando dessa
forma mas, convenhamos, é por essas e por outras que “ele” é o Steve Gadd, não
é mesmo?
O tambor está afinado, soando legal com a pele simples, mas queria ter mais
peso, um som mais gordo. O que fazer?
Primeiro tente mexer um pouco mais na pele resposta. Não era isso o que você
queria? Não se aflija, nesse caso você ainda tem várias opções. A primeira é
tentar o anel abafador externo que pode ser encontrado na maioria das lojas – os
principais são da REMO e da EVANS.
Esses anéis, colocados nas peles batedeiras dos surdos, sempre dão bom
resultado. A segunda é o feltro protetor que é colocado nos pés dos móveis para
evitar riscos no piso. Eles podem ser encontrados até em supermercados e são
fáceis de aplicar por serem auto-adesivos.
Caixa
A caixa, como sempre falo, é o coração da bateria. É ela que determina toda a
característica sonora do instrumento. Para termos uma exata idéia de sua
importância, com o intuito de controlar o som da caixa alguns fabricantes têm
investido em desenvolvimento de produtos e até criado modelos de peles
especiais para essa peça. Na caixa podemos usar todas a maneiras de abafar
citadas anteriormente e mais a do corte de harmônicos indesejáveis, que vou
mostrar como fazer. Partindo desse princípio antigo é que o Dave Weckl
“inventou” aquele sofisticado aparelhinho da REMO que, no final, tem o mesmo
resultado.
Conclusão
Essa é uma velha mania de alguns bateristas da antiga, por terem que estar
sempre repassando a afinação da pele animal de caixa- que era só o que havia na
época- devido à variação de temperatura, umidade do ar etc.
O abafadorzinho funciona com muita praticidade, uma vez que está sempre na
bolsa. Sabe aquele lugar que você chega para tocar e tem uma caixa 14”x 6 ½”
metálica, afinada no talo? Então, o chaveirinho resolve.
Amigos leitores, aqui nós vimos algumas soluções básicas para um acerto correto
na sonoridade da bateria, agora é só experimentar, tratar de criar seus próprios
macetes e partir para o principal, que é conhecer e tocar esse instrumento que a
cada dia desenvolve mais e mais nossa capacidade inventiva
Já escrevi sobre o assunto anteriormente, mas não custa nada relembrar, uma vez
que muita gente continua perguntando sobre isso. Procure colocar uma tensão
uniforme na pele “batedeira” e use o ouvido para descobrir em que momento o
tambor soa natural. A função da pele resposta é determinar quanto tempo a nota
vai durar (sustain). No caso de muita tensão, a nota será curta e o volume será
menor. Outra coisa determinada pela pele de resposta é o “caimento” ou decay.
• Se a pele de resposta estiver com afinação mais alta (aguda) que a “batedeira”, o
sustain será um pouco menor e o decay ascendente. Exemplo: “Taaim”.
• Se a pele de resposta estiver com afinação mais baixa (grave) que a “batedeira”,
o sustain será médio e o decay descendente. Exemplo: “Taaoomm”.
Agora que você lembrou como é que se afina o tambor, mãos à obra. Até aqui,
está tudo certo, mas falta ainda o “pulo do gato”: quando a afinação está ok, mas
há algum tambor “sobrando”. Procure afrouxar apenas um parafuso de afinação
da pele resposta e você verá como dá para “secar” o som do tambor.
Outra coisa que é importante saber: a bateria nem sempre soa da mesma forma.
Dependendo da sala, ela muda um pouco a sua característica sonora. Por isso, é
importante saber “buscar o som”. Quer mais uma dica? Se a esteira da caixa
estiver soando muito quando você tocar o primeiro tom, procure distanciar a
afinação entre a nota da caixa e do tom, para diminuir a ressonância da esteira.
Não erre
Comprimento, diâmetro, formato da cabeça ou ponta, ombro, pescoço e tipo de
madeira. Em conjunto, estes são os principais pontos que interferem e
caracterizam uma baqueta. Sei que estes nomes soam meio estranhos mas são
uma boa maneira de nos referirmos às diversas partes da baqueta. Vejam:
O corpo da baqueta é todo o seu comprimento, o ombro é a parte onde ela
começa a afinar, pescoço é toda a parte afunilada e cabeça é a ponta da baqueta.
Corpo
Pelo seu diâmetro podemos determinar o tipo de som que
vamos produzir. Quanto maior o diâmetro mais firme e
consistente será o som. Pelo comprimento podemos determinar
a “alavanca” que vamos obter com a baqueta: quanto maior a
alavanca, maior será a força de impacto.
Ombro
Determina a força e a velocidade do impacto. Quanto mais
próximo da cabeça, maior o poder de “chicote”, mais a baqueta
joga para a frente.
Pescoço
É quem determina a flexibilidade da baqueta. Quanto mais longo e fino o pescoço,
maior é a flexibilidade da baqueta – a baqueta é rápida e o seu toque é mais leve.
Já a baqueta com o pescoço mais curto é mais resistente e tem maior poder de
“pegada”.
Cabeça
O formato da cabeça influencia principalmente na sonoridade dos pratos: