APOSTILA DE GRAVAÇÃO DE

BATERIA

Nesta apostila iremos ver alguns itens para gravarmos vários

timbres de bateria e chegar ao melhor timbre para a concepção do
seu projeto.
Antes de começarmos a falar de gravação e timbragem, vamos
primeiro conhecer o que vem a compôr uma bateria padrão
(standart).

A bateria standart é composta de 5 tambores e 3 pratos.

Os tambores são dividos em:

-Caixa, com o tamanho de 14”x5,5”
-Tons, que são 2, com o tamanho de 12”x8” e 13”x9”
 -Surdo, com o tamanho de 16”x16”
-Bumbo, com o tamanho de 22”x18”

E os pratos são divididos em:

-Hi-hat ou contra-tempo, com o tamanho de 14” com 2 pratos,
um em cima (top) e um embaixo (bottom)
-Crash ou ataque, com o tamanho de 16”
-Ride ou condução, com o tamanho de 20”

Teremos também em muitos casos a nomenclatura standart,

somente referindo-se aos tambores, pois muitas das vezes o
baterista levará para a gravação seu próprio set-up de pratos.

Partindo deste, vamos começar a detalhar todos os

componetes da bateria, começando pelo tambores.

Os 2 tambores principais da bateria são a caixa e o bumbo,

pois eles são os mais utizados durante o groove.
A caixa tem como sua característica principal ter a presença da
esteira, sem esta a caixa passa a ser um tambor como os outro, só
que de outra medida. A esteira fica localizada na parte inferior da
caixa e é feita de varios arames em espiral e fica sempre em contato
com a pele de resposta da caixa.

caixa de metal caixa de madeira

O bumbo, geralmente é o maior tambor da bateria e tocado

com um pedal de bumbo que é assionado com um dos pés do
baterista. Eles tem tamanhos que vão desde 14” até 26”.

Os tons são os tambores menores e medianos da bateria e

geralmente fica posicionado a frente da caixa e em cima do bumbo.
Eles podem também estar presos a um suporte que é apoiado no
bumbo ou estar preso a um ton hold que vai preso a alguma estante
de prato. São conssiderados tons os tambores que vão de 8” até 14”
de diametro.
Os surdos são como os tons mas com tamanhos maiores, e
ficam geralmente posicionados ao lado do baterista. Geralmente eles
possuem pés de apoio próprios, mas eles também podem ser fixados
com um ton hold. Possuem tamanhos que vão desde 14” até 24”.
Cuidado para no confundir os surdos com ton e nem com o bumbo,
em tamanhos menores a diferença do surdo para o ton é a
profundidade dele, e em tamanhos maiores a diferença dele pro
bumbo é que ele não é tocado com os pés (pedal de bumbo) e sim
com as mãos (baquetas).

Explicado a parte do tambores, vamos passar para os pratos

da bateria.
Existem hoje no mercado diverssos tipos e tamanhos de
pratos, vamos abordar aqui somente os pratos mais comuns e mais
utilizados nas gravações.
 Vamos começar pelo Hi-hat ou contra-tempo. O hi-hat é
mencionado sempre como se fosse um prato, mas na verdade ele é
um conjunto formado por dois pratos, o bottom (prato de baixo) e top
(prato de cima). Ele é posicionado ao lado do baterista e perto da
caixa. O hi-hat tem função de condução na música e tem seus
tamanhos mais comuns de 14” e 13”, mas que vão desde 10” até
15”.

Abordaremos agora o Ride ou condução, pois junto com o hi-

hat eles formam o par de pratos de maior importancia na bateria,
devido a função de conduzir na música. O ride tem como
caracteristica ser grande (tamanho padão de 20”) e ter um som de
ping bem presente. O som de ping é um som dado pela a ponta da
baqueta e é como o próprio nome som sugere. O ride tem tamanho
que vai desde 18” até 24”, sendo os tamanhos mais comuns os de
20”, 21” e 22”.

O próximo é o Crash ou ataque. O crash é um prato que serve

para marcações e efeitos na música. Ele pode possuir sons
diverssos, fosco até brilhoso, soave até agressivo, dependendo do
seu diametro e espessura. Seus tamanhos que vão de 14” até 22”.
Ressaltando que os tamanhos maiores onde se igualam ao ride tem
como diferença o som, que é mais expalhado, o ride tem o som mais
preciso (o ping).
 Alguns pratos complementares que serão abordados, são os
pratos de efeito splash e china.
O splash é um prato bem pequeno, que tem seus tamanhos de
6” até 12”, e possui, geralmente, um som doce, brilhante e com
pouco realese.

O china por sua fez é um prato bem caracteristico, pos ele

possui um formato um pouco diferente, porque uma dobradura na
ponta dele, como se fossem abas. O som dele é geralmente
explosivo e parecido com um gongo chinês. Ele possui tamanhos
muito diverssos que podem ir desde 8” até 22”.
 Os pratos são feitos de 3 diferentes composições, liga de latão,
liga de bronze B8, ou liga de bronze B20. Os mais usuais e
conssiderado os melhores pelos bateristas são os de liga B20, e os
maiores fabricantes de pratos são: Paiste, Sabian e Zildjian.
Lembre-se sempre do conceito da música antes de escolher os
pratos a serem utilizados.

O próximo item a ser abordado são as peles da bateria. A pele

da bateria apesar de parecer um item com pouca importancia, é um
dos itens com maior importancia, pois ela junto com o tipo de
madeira dos tambores é que vão lhe dar o timbre adeguado ao seu
projeto.

Basicamente temos 2 tipos diferentes de peles, a pele lisa ou

clear, e a pele porosa ou coated. A partir dessas duas pele teremos
enumeras variações de diferente de pele. Iremos falar um pouco das
mais usadas e alguns aspéctos delas.

A pele lisa (clear) é feita de nylon transparente e tem

espessura de 0,7mm à 0,10mm. Possue um timbre bastante brilhoso
e com uma ressonancia (release) entre mediano e longo. Ela é dificil
afinação sem a utilização de alguma fita para grudar na pele ou itens
como uma tira adesiva de silicone, ou até mesmo um anel abafador.
 A pele porosa (coated) é feita de nylon branco ou transparente
com uma camada de tinta especial borrifada por cima dela no qual
produz a porisidade da caracteristica da pele. Possui a mesma
espessura da pele lisa (clear) e tem um timbre mediano entre o
brilhoso e o fosco e com uma ressonancia (release) longo. Essa pele
já possui uma maior facilidade de se afinar, embora qualquer
apertada em algum dos parafusos possa mudar bem o som dela.

Partindo dessas duas peles veremos agora algumas de suas

variações começando pela variações da pele lisa (clear).
A variação mais conhecida da pele lisa (clear) é a pele
hidraulica (hydraulic). A pele hidraulica são duas peles lisas (clear)
de 0,7mm, uma em cima da outra com um óleo entre elas preso até
quase na borda dela por um círculo, que geralmente possui a cor
preta. A pele hidraulica possue um timbre mediano entre o fosco e
brilhante, tendendo para o fosco e com uma ressonancia (release)
muito curta.

Uma outra variação da pele lisa (clear) é a pele ebony. A pele

ebony é feita de nylon preto e ela é toda preta. Ela também possui
uma versão hidraulica onde ele é preta com o círculo branco. O
timbre dessa pele é bem fosca e morta de ressonancia (release),
mais morta de ressonancia ainda na versão hidraulica, em contra
partida ela adiciona um peso muito grande aos tambores devido ela
destacar o ataque da baqueta ou maceta do bumbo.
 Veremos agora algumas variações da pele porosa (coated). As
variações da pele porosas (coated) são bem simples, elas são
nítidas atravez da coloração, partindo que a pele porosa é branca, as
outras peles vão ficando mais escuras, quanto mais escuras, mais
vintage ficará o som, e quanto mais vintage menos brilho o som da
pele terá, mas com o mesmo tipo de ressonancia (release).

Temos uma outra variação que vale tanto para pele lisa (clear)
quanto pra pele porosa (coated) que é o controlled sound (controle
de som), que é um circulo de pele extra, grudado por baixo da pele,
que serve pra conter um pouco a ressonancia (realese) quanto pra
durabilidade da pele (vida útil).
 Além da importância de sabermos escolher a melhor pele para
cada ocasião, também devemos saber como afinar a bateria
corretamente.

O primeiro passo para afinarmos a bateria é quando colocamos

a pele. Após colocarmos a pele colocamos o áro e apertamos os
parafusos com as mãos até eles travarem e não der mais para
apertar. Depois vamos precionar com a palma das mãos o centro da
pele para a pele seder. Aí vamos começar a afinar com a chave de
afinação de bateria. No caso de números pares de parafusos vamos
afinar com a chave, sempre apertartando em cruz, o seja apertamos
um parafuso e depois o parafuso do lado oposto, e continuarmos
com o parafuso da transversal. Sempre apertando a mesma
quantidade de vezes, exemplo: apertei um parafuso com uma virada
uma vez num parafuso, vou apertar o parafuso oposto com uma
virada também. Quando temos números impar de parafuso vamos
afinar os parafusos apertando parafuso sim parafuso não.