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Tarraxas

A busca pelo timbre, nunca deve parar para o guitarrista à credito que todos devem sempre
procurar novos equipamentos, seja testando, comprando, trocando, barganhando, enfim, tudo
para ter a própria opinião. Tudo bem com a opinião de endorsers respeitados, mas nada substitui
o “ouvido” e o gosto pessoal do prório guitarrista. Podem me perguntar por que estou dizendo
isso? Porque cada vez que puder colocar acessórios de boa qualidade no querido instrumento,
seja ele de qual custo for, está a caminho de construir um melhor timbre e melhor, mantendo-o por
mais tempo. É neste ponto que as tarraxas participam do timbre.

As tarraxas podem ser basicamente de 2 formas: as chamadas em linha (6), uma ao lado da outra,
como nos modelos Stratocasters e as (3 + 3), ou seja, 3 em cada lado do headstock do
instrumento. Podem ser blindadas, semi-blindadas ou abertas como categorias principais. As
blindadas, além da construção mais resistente, são totalmente fechadas, o que impede a entrada
de sujeira, que poderiam engripar o funcionamento das engrenagens. As tarraxas semi-bilindadas
são aquelas que conseguimos desmontá-las e expor suas engrenagens. Já as abertas, tem todas
as engrenagens expostas e sem proteção mecânica. Os demais tipos de tarraxas são variações
destas.
As tarraxas de boa qualidade são facilmente identificadas, pois além do acabamento cromado
primoroso, são mais pesadas em comparação com as originais de um instrumento de baixo custo.
Podemos perceber maior estabilidade em seu eixo, ou seja, sem folgas, e se houver uma leve
resistência em girar a tarraxa, isto significa maior estabilidade. Antes de pensar em trocar o jogo
de tarraxas observe, como visto na figura abaixo, o tipo e a angulação do headstock da sua
guitarra, para conferir a tensão entre as cordas e as tarraxas. Desta forma, com tarraxas de baixa
qualidade, e alta tensão das cordas, é comum que a afinação se mantenha por menos tempo que
com tarraxas de qualidade superior.
Headstock angulado é igual a

Maior tensão das cirdas nas tarraxas.


As tarraxas não participam do timbre, mas estão diretamente relacionadas à qualidade do som
que você emite aos ouvidos dos outros e, principalmente, aos seus. É muito confortável tocar em
uma guitarra que consegue se manter afinada por mais tempo. Quando um guitarrista iniciante
que comprou uma guitarra de baixo custo perceber que as tarraxas não estão segurando bem a
afinação, já é um bom sinal de sua evolução na sua curva de aprendizado. Assim, considere muito
importante a forma como você toca e a regulagem de sua guitarra. O importante é entender quais
são os tipos de tarraxas para ajudar em no aprendizado como músico e principalmente na hora da
compra.

Quais Tarraxas Deve Escolher?


Primeiro considere quanto pode investir na troca de um jogo novo de tarraxas. No mercado atual
você encontrará preços variando entre R$70,00 à R$350,00, ou mais baratos se já comprou nos
sites internacionais e teve paciência para esperar a entrega. Dertamente dentro destes valores
encontraremos tarraxas que atenderam a sua necessidade. Uma situação que raramente as
pessoas dão importância, ou nunca leram nas embalagens das tarraxas é sobre o número de
voltas da “borboleta” sobre seu eixo (360º) para a tarraxa completar uma volta completa. As
informações são geralmente: 1:12, 1:14 e até 1:20. A informação que deve tirar é que quanto
maior for o número de voltas da “borboleta” para um giro completo da tarraxa significa melhor
precisão na afinação. Por exemplo, nos modelos citados, o mais preciso tem a especificação 1:20.
No entanto, o mais comum no mercado são tarraxas entre: 1:12 à 1:18. Vamos agora conhecer os
tipos de tarraxas mais comuns.
Tarraxa Aberta

Este primeiro modelo com mecanismo exposto é mais comum em violões com cordas de nylon ou
aço e também em alguns modelos de contra-baixo. Vale a pena lembrar que mesmo sendo um
mecanismo de tarraxas mais primitivo, existem modelos de boa qualidade e outros que deixam
muito a desejar no quesito estabilidade do mecanismo.
Tarraxas Semi-Blindadas
Acompanhando a “evolução das Tarraxas” logo surgiram alguns modelos que conhecemos como
semi-blindados ou blindados, onde as estruturas não ficam visíveis. Desta forma, são menos
sujeitas as oxidações e ao acumulo de sujeira como já dito anteriormente. Os modelos abaixo são
semi-blindados, pois como já disse antes, conseguimos desmontar e expor as engrenagens. São
encontradas em modelos de guitarras Les Paul, Flying V e outros.

Tarraxas Blindadas
O modelo abaixo faz parte das tão procuradas “Tarraxas Blindadas”, mas cuidado, assim como
existem tarraxas abertas de boa qualidade, existem tarraxas blindadas de baixa qualidade. O
material com o qual ela é feita e a precisão de suas engrenagens que determinam a sua qualidade
e não apenas a nomenclatura blindada ou não. Nesta categoria é que encontramos a maior
variedade de marcas no mercado, pois são aplicadas a todos os modelos de guitarras.

Muitos guitarristas, principalmente aqueles que não usam guitarras com ponte tipo Floyd Rose e
gostam de “abusar” dos bends e da ponte tipo tremulo, procuram o modelo de tarraxa blindada da
figura abaixo, que apresenta uma peça a mais que trava o mecanismo das engrenagens. O mais
importante neste modelo é que a quantidade de corda que fica enrolada na tarraxa é muito
pequena, com isso, quando tocamos e mudamos a tensão das cordas nas tarraxas, existe pouca
corda presa para “afrouxar” e alterar a afinação.
Existe uma variante deste modelo, como mostrado na figura abaixo, que além da  tarraxa ser
blindada e com trava, ela ainda corta o excesso de corda. Infelizmente seu custo limita muito seu
uso.

Eu não consigo imaginar qual seria a próxima evolução em tarraxas além deste modelo mostrado
a seguir que afinam sozinhas as cordas. Basta você ligar o afinador e tocar todas as cordas de
uma vez só e aguardar o afinador analisar e afinar. Enquanto todos os LED´s que representam as
cordas não estiverem verdes você deve continuar tocando as cordas para que o afinador e as
tarraxas façam seu trabalho sozinhos. Existe um modelo de guitarra da Gibson que saiu de fábrica
com sistema semelhante, mas muito mais sofisticado. Trata-se da Gibson Robotic.

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