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27
00119
ISSN 1809-466X
9 77180 9 46 6007
Ano 17
Número 119
juLho/2023
R$ 29,99
€ 5,00
EVENTO PRESENCIAL
Novo Local
20 A 22
SETEMBRO
2023 Av. das Nações Unidas, 12551 - São Paulo - SP
Gás de
cozinha
Resíduo
orgânico
Resíduo
Esterco orgânico
animal
06
E-mail: amazonia@revistaamazonia.com.br
Meio Ambiente, Saúde, Se-gurança Pública e Agricultura e eventos da CEP: 66033-800
agenda Pan-Amazônia. “Os Estados da Amazônia Legal estão buscando Belém-Pará-Brasil
o fortalecimento institucional para que sejam capazes de enfrentarem... DIRETOR
AUTORIDADES FEDERAIS, ESTADUAIS Rodrigo Barbosa Hühn
08
ARTICULISTAS/COLABORADORES
diplomatas, especialistas e ambientalistas. “Hoje é dia de imersão ABB Robotics, Amy Imdieke, CAMS, CDB, Dr. Andrew Fanning, Emma Bryce,
sobre a COP. Conseguimos reunir palestrantes que são parceiros do Emily Cassidy, IGC, Lindsey Doermann, Michael Carlowicz, Michael Heithaus,
Ronaldo G. Hühn, Sally Younger, Simon Torkington, Stephen Buchmann,
Governo do Estado nas iniciativas que fizeram com que o Pará... Universidade do Arizona, UNFSA;
10
Observatory/Lauren Dauphin, NASA-JPL/Caltech, NASA Ozone Watch, NASA
energia solar para automatizar o plantio de sementes, acelerando o via AP/Arquivo, Nature Sustainability, NHS Foundation Trust/PA, NOAA,
reflorestamento na Amazônia e tornando o processo mais eficiente. Norman Kuring/MODIS da NASA, NWS Alaska-Pacific River Forecast Center,
OMM, Pincheira-Donoso, Paul Souders via Getty Images, Queen’s University
Usando a tecnologia de nuvem RobotStudio da ABB, os especialistas... Belfast, Reuters, Rudolph Hühn, Ruby E Stephens et al., Santiago Ramirez
Barahona, SB58, Steve Gschmeissner/Science Photo, Universidade de Leeds,
CONFERÊNCIA SOBRE ESTOQUES Universidade Internacional da Flórida, Unsplash, Xiang Zhèng, Wikicommons;
A
CIC
RE
ST
I
LE ESTA REV
gestão pesqueira (RFMOs); monitoramento, controle e vigilância,
17
e conformidade e execução; e participação efetiva de estados em NOSSA CAPA
desenvolvimento e não-partes. A Conferência de Revisão Resumida Abelha na colmeia sobre favo de mel. Há um pôster de abelha pendurado no Centro
oferece uma oportunidade periódica para fazer um balanço do de Ciências Espaciais da NASA que diz: “Aerodinamicamente o corpo de uma abe-
lha não é feito para voar; o bom é que a abelha não sabe”. A lei da física diz que uma
progresso e explorar novas formas de fortalecer a gestão eficaz... abelha não pode voar, o princípio aerodinâmico diz que a amplitude de suas asas
50
de responder. No entanto, em uma nova pesquisa publicada no
New Phytologist, mostramos que os primeiros polinizadores eram
provavelmente insetos. Além do mais, apesar de alguns desvios
evolutivos, cerca de 86% de todas as espécies de plantas com flores...
53
maneiras menos conhecidas. Em meu novo livro, “ What a Bee Knows:
Exploring the Thoughts, Memories, and Personalities of Bees”, eu me
baseio em minha experiência estudando abelhas por quase 50 anos
para explorar como essas criaturas percebem o mundo...
MAIS CONTEÚDO
[12] 5ª Sessão da Conferência Intergovernamental (IGC) sobre Biodiversidade de áreas além
da jurisdição nacional (BBNJ) [15] Derretimento do gelo e aumento do nível do mar: por que
2 graus Celsius é muito alto [22] Fitoplâncton costeiro em ascensão [23] A poeira atmosférica
tem um grande impacto na saúde dos oceanos globais [26] Imagens de satélite mostram que a
Para receber edições da
proliferação de algas costeiras aumentou nas últimas duas décadas [30] Turbulenta separação
Revista Amazônia gratuita-
de primavera [31] A Terra “está mais perto de outra extinção em massa do que pensávamos”
mente é só entrar no grupo
[35] O gelo na Antártica já derreteu antes [40] O aquecimento global nas regiões polares
www.bit.ly/Amazonia-Assinatura
[43] O Norte Global deve US$ 170 trilhões por emissões excessivas de CO2 [46] Imagens de
ou aponte para o QR Code
antes e depois que mostram como estamos transformando o planeta [56] Peixe dormindo?
[59] Quais animais sobreviverão às mudanças climáticas? [64] Algumas das principais invenções Portal Amazônia
médicas que mudaram o mundo até 2022 www.revistaamazonia.com.br
CLUBE DE REVISTAS
25º Fórum de
Amazônia, que acontece no mês de agosto,
em Belém, entre os países da Pan-Ama-
zônia e membros da Organização do Tra-
Governadores da
tado de Cooperação Amazônica (OTCA):
Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia,
Venezuela, Guiana e Suriname.
Amazônia Legal
O documento, validado durante a As-
sembleia Geral, reúne informações so-
bre as metas de gestão, o fortalecimento
de trabalho através de políticas públicas
Fórum dos Governadores da Amazônia Legal para que os Estados possam alcançar
suas metas de redução de emissões de
lança Carta de Cuiabá destacando importância gases, economia verde, matriz energéti-
de tratamento estratégico da Amazônia ca sustentável e descarbonização, além
do ponto de vista de que a Amazônia
deve ser tratada de forma estratégica
Fotos: Marco Santoa/Ag.Pará, Marcos Vicentti/Secom para o Brasil, e a criação de uma frente
parlamentar mista da Amazônia Legal.
O
evento reuniu governa-
dores e representantes
dos Estados do Amapá,
Acre, Amazonas, Mato
Grosso, Tocantins, Ro-
raima, Pará, Rondônia e do Maranhão.
Os compromissos iniciaram em reunião
com o governador do Mato Grosso,
Mauro Mendes, e em seguida, foi aberta
a Assembleia Geral para debates sobre
os resultados das reuniões das Câmaras
Governadores debatendo interesses sociais em benefício da Amazônia
Setoriais de Meio Ambiente, Saúde, Se-
gurança Pública e Agricultura e eventos
da agenda Pan-Amazônia. “Discutimos assuntos ligados à regu- “Em defesa da Amazônia, nós defen-
“Os Estados da Amazônia Legal estão larização fundiária, questões ambien- demos que: a Amazônia deve ser trata-
buscando o fortalecimento institucional tais, segurança pública, compras com- da do ponto de vista estratégico para o
para que sejam capazes de enfrentarem partilhadas e essas câmaras produziram Brasil em todas as suas esferas: ambien-
os seus desafios e, particularmente, importantes contribuições de uma troca tal e de desenvolvimento sustentável e
o desafio territorial certamente é um de experiências e, acima de tudo, nessa humano. Apoiamos a criação de uma
dos maiores, seja pela extensão, seja construção de agenda comum para que Frente Parlamentar Mista da Amazônia
pelas dificuldades logísticas e também nós possamos, juntos, fazer com que Legal, para que senadores e deputados
pela sobreposição de jurisdição destas essas ações, ao serem implementadas, federais do Estados da Amazônia Le-
áreas”, disse Helder Barbalho.O chefe produzam um resultado mais efetivo e gal possam atuar na defesa dos inte-
do Executivo do Mato Grosso reforçou mais eficiente para essa população que resses comuns da região no Congresso
que o fórum é importante na construção nós representamos na condições de Nacional”, disse o governador Helder
de uma agenda comum para a integra- chefes do executivo”, explicou o gover- Barbalho ao ler a Carta de Cuiabá. Ain-
ção de todos os Estados da região. nador Mauro Mendes. da durante a reunião dos governadores
foi referendada a nomeação de Marce-
llo Brito, como secretário-executivo do
Consórcio da Amazônia Legal, e as cria-
ções das Câmaras Setoriais de Agricul-
tura e Economia Verde, e de Cultura.
CARTA DE CUIABÁ
Nós, os governadores dos estados da Amazônia Legal, reu- 3. A Amazônia será tratada do ponto de vista estratégico
nidos neste dia 16 de junho de 2023, em Cuiabá/MT, durante para o Brasil, em todas as suas esferas: ambiental e de desen-
o 25º Fórum dos Governadores, apresentamos à sociedade volvimento sustentável e humano, dando voz às pessoas que
e ao Governo Federal as nossas deliberações e subsídios ao vivem nessas localidades;
posicionamento brasileiro na Cúpula da Amazônia, a reali- 4. O protagonismo de defender a Amazônia será exercido
zar-se em agosto de 2023, em Belém/PA, entre os países da por aqueles que de forma legítima representam os estados
Pan-Amazônia e membros da Organização do Tratado de Coo- que integram esse bioma.
peração Amazônica (OTCA): Brasil, Bolívia, Peru, Equador, 5. Apoiamos a criação de uma Frente Parlamentar Mista da
Colômbia, Venezuela, Guiana, e Suriname. Amazônia Legal, para que os Senadores e Deputados Fede-
Em atenção ao pacto federativo estabelecido pela Constitui- rais dos estados da Amazônia Legal possam atuar na defesa
ção Federal de 1988 e à atuação legal dos governos da Ama- dos interesses comuns da região no Congresso Nacional.
zônia Legal em seus respectivos territórios, é essencial que Os governos nacionais e subnacionais Pan-Amazônicos,
o Governo Federal, em seu posicionamento para a Cúpula da em especial os Governos Federal e estaduais da Amazônia
Amazônia, leve em consideração o posicionamento conjunto Legal brasileira, agora têm local e data para apresentar
dos nove estados consorciados (Acre, Amapá, Amazonas, Ma- ao mundo os resultados de suas políticas públicas e ações
ranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), para a região. O anúncio da escolha de Belém/PA como
que são objetos e agentes dos compromissos a serem estabe- anfitriã da COP-30 pela ONU nos abre uma janela de opor-
lecidos, sobre temas relativos ao meio ambiente, segurança tunidades que se encerrará em dezembro de 2025. É neste
pública, direitos dos povos indígenas e povos e comunidades sentido que pactuamos a colaboração mútua e pré-com-
tradicionais, crise climática, segurança energética e alimentar, petitiva, a fim de que possamos construir e compartilhar
produção com geração de emprego, renda e fomento a ativida- soluções para os desafios comuns. Por isso, reivindicamos
des que valorizem a floresta em pé. que as recomendações acima estejam representadas no
A unidade dos governadores se manifesta em defesa dos posicionamento do Governo Federal durante a Cúpula, as-
interesses da Região Amazônica: sim refletindo, de um lado, as nossas trajetórias, estraté-
1. Os Estados continuarão executando ações para o de- gias e colaborações; e, de outro, o empenho democrático
senvolvimento sustentável e a qualidade de vida de cerca que, seguramente, havemos de observar na articulação
de 30 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, com regional. Apenas pela atuação conjunta e estratégica po-
investimentos em segurança, saúde, educação, no social e deremos viabilizar o combate à pobreza e o salto de de-
meio ambiente; senvolvimento desejado para a região, impulsionado por
2. Estaremos envidando todos os esforços para garantir que os uma economia sustentável que preserve o meio ambiente
potenciais e riquezas naturais possam ser aproveitados de maneira e contribua para a qualidade da vida na Terra.
sustentável e garantindo a proteção da floresta, para gerar melho-
rias significativas à população desses Estados; Cuiabá,16 de junhode 2023
GLADSON LIMA CAMELI CLECIO LUIS VILHENA VIEIRA WILSON MIRANDA LIMA
Governador do Estado do Acre Governador do Estado do Amapá Governador do Estado do Amazonas
A
reunião de trabalho, que
acontece ao longo do dia
no Hangar Convenções e
Feiras, em Belém, reúne
também ministros, prefeitos, diplo-
matas, especialistas e ambientalistas.
“Hoje é dia de imersão sobre a COP.
Conseguimos reunir palestrantes que
são parceiros do Governo do Estado nas
iniciativas que fizeram com que o Pará
viabilizasse a candidatura e, agora, ser
sede deste evento global que vai gerar
oportunidades aos paraenses”, explicou
o governador Helder Barbalho.
A nossa agenda é dar conta do reca- Barbalho reafirmou que a COP irá ge-
do e fazer a melhor COP do mundo aqui rar oportunidades e legado aos paraen-
em Belém do Pará”, alertou o chefe do ses. “Essa agenda é para cada um que
Poder Executivo Estadual paraense. ama esse Estado e tem a oportunidade
Helder Barbalho também exemplificou de deixar um legado.
que uma edição da COP tem proporção Cada um vai ter que fazer a sua parte.
similar com uma edição de Copa do Essa é uma agenda transversal”, con-
Mundo ou dos Jogos Olímpicos. vocou o governador.
COP
A Conferência das Partes da Conven-
ção das Nações Unidas sobre Mudan-
ças de Clima, a COP, reúne anualmente
lideranças mundiais para debater solu-
ções para conter o aquecimento global
e criar alternativas sustentáveis para a
vida na Terra. A conferência deste ano
será nos Emirados Árabes. A de 2024
ainda não tem sede definida.
A
ABB Robotics desenvolveu
um projeto piloto, usando
um robô colaborativo (co-
bot) chamado YuMi, em
colaboração com a organização sem
fins lucrativos Junglekeepers para de-
monstrar o potencial dos robôs na re-
versão do desmatamento.
A YuMi usa energia solar para auto-
matizar o plantio de sementes, acele-
rando o reflorestamento na Amazônia
e tornando o processo mais eficiente.
Usando a tecnologia de nuvem RobotS-
tudio da ABB, os especialistas da ABB
simularam, refinaram e implantaram
programação robótica em tempo real a
12.000 km (7.460 milhas) de distância
em Västerås, Suécia, tornando o YuMi
um dos robôs mais remotos do planeta.
“A colaboração da ABB com a Jun-
glekeepers demonstra como a robótica
e a tecnologia de nuvem podem desem-
YuMi, o robô da ABB, ajudando a reverter o desmatamento na Amazônia
penhar um papel central no combate ao
Acelerando tarefas de plantio na selva, em uma região remota da Amazônia peruana. Assista o Video em: www.youtu.be/hmPsKy1Q3nY
YuMi é capaz de cavar um buraco ótima maneira de expor nossos pa- “É muito importante ter uma com-
no solo, jogar as sementes, compactar trulheiros a novas formas de fazer as binação de alta tecnologia e conserva-
o solo por cima e marcá-lo com uma coisas. Ele acelera e expande nossas ção. Existem muitas tecnologias que
etiqueta com código de cores. Com o operações e avança nossa missão”. podemos usar para preservar a flores-
YuMi, o Junglekeepers pode replantar O YuMi não apenas torna o reflores- ta, e esse robô pode ajudar muito a re-
uma área do tamanho de dois campos tamento mais rápido e eficiente, mas florestar mais rápido, mas temos que
de futebol a cada dois dias em zonas também permite que os Junglekee- ser muito seletivos. Temos que usar
que requerem reflorestamento. pers continuem fazendo o trabalho de em áreas de alto desmatamento para
“Até agora, perdemos 20% da área reflorestamento sem ter que encontrar acelerar o processo de replantio”.
total da floresta amazônica; sem o pessoas dispostas a ficar e trabalhar O projeto piloto está findando e
uso da tecnologia hoje, a conserva- em um local distante da selva. Após a após o término do programa, a ABB
ção ficará paralisada”, disse Moshin instalação, o YuMi funciona de forma planeja continuar explorando opor-
Kazmi, co-fundador da Junglekee- autônoma e só precisará de solução de tunidades para ajudar os Junglekee-
pers. “Ter Yumi em nossa base é uma problemas conforme surgirem. pers de forma mais ampla.
Acelerando tarefas de plantio na selva, em uma região remota da Amazônia peruana. Assista o Video em: www.youtu.be/hmPsKy1Q3nY
U
ma sensação palpável de
entusiasmo permeou a
Câmara do Conselho Eco-
nômico e Social (ECO-
SOC) na sede da ONU
em Nova York, quando os membros da
Conferência Intergovernamental (IGC)
se reuniram para adotar o novo trata-
do sob a Convenção das Nações Unidas
sobre o Direito do Mar (UNCLOS) em
a conservação e uso sustentável da bio-
diversidade marinha de áreas fora da
jurisdição nacional (BBNJ).
Abrindo a reunião, o presidente do
IGC, Rena Lee, elogiou os delegados por
seus esforços incansáveis para chegar a
um consenso sobre o novo instrumento
Aplausos para a adoção do Acordo BBNJ
juridicamente vinculativo.
N
as negociações climáticas
anuais de junho 2023 em
Bonn (SB58), na Alema-
nha, um encontro de nações
montanhosas, polares e de baixa altitu-
de se reuniu em um evento paralelo da
Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC )
. O evento, intitulado “Perda de recursos
hídricos nas montanhas e aumento do
nível do mar: por que 2°C é muito alto
para 3,5 bilhões”, enfocou as implicações
do desaparecimento constante do gelo
do planeta para a ambição e mitigação
do clima, perdas e danos e adaptação.
O
UNFSA compromete suas
partes a progredir em qua-
tro áreas de gestão pesquei-
ra: conservação e gestão de
estoques; mecanismos de cooperação
internacional através de organizações
regionais de gestão pesqueira (RFMOs);
monitoramento, controle e vigilância, e
conformidade e execução; e participação
efetiva de estados em desenvolvimento e
não-partes. A Conferência de Revisão Re-
sumida oferece uma oportunidade perió-
dica para fazer um balanço do progresso
e explorar novas formas de fortalecer a
gestão eficaz dos oceanos. A este respeito,
a reunião foi bem-sucedida.
Os delegados que se reuniram na
sede da ONU em Nova York puderam
revisar as recomendações da última
reunião da Conferência de Revisão em
2016 e fazer uma infinidade de pro-
postas nas áreas de gestão pesqueira.
As últimas notícias sobre a sustenta-
bilidade dos estoques de peixes sob o
mandato do UNFSA não são reconfor-
tantes nem desoladoras. As evidências
mostram que, por um lado, a situação
geral dos estoques de peixes altamen-
te migratórios e dos estoques de peixes
transzonais não melhorou desde 2016.
Ele destacou importantes desenvolvi- Ele disse que o nível geral de imple- que expressa preocupação com a falta de
mentos recentes, incluindo o Acordo de mentação melhorou, embora de forma progresso em outras áreas, inclusive so-
Subsídios à Pesca da Organização Mundial desigual, já que alguns estados e RF- bre a situação geral dos estoques de pei-
do Comércio (OMC); a adoção do GBF; e o MOs procederam de forma mais expe- xes altamente migratórios e transzonais,
Acordo BBNJ. Ele enfatizou que se espera dita do que outros. Vários delegados e que não avançou desde 2016, apesar de
que os RFMOs desempenhem um papel observadores fizeram declarações ge- melhorias em alguns estoques e regiões.
de coordenação chave na estrutura BBNJ. rais, que podem ser encontradas em: Sobre a conservação e gestão dos sto-
Sublinhou ainda os desafios colocados pe- www.bit.ly/3WLwhwB cks, as recomendações incidem sobre:
las alterações climáticas e pela pesca IUU. No documento final de 20 páginas, a a adoção e implementação de medidas
Mathias, em nome do secretário-geral Conferência de Revisão reafirma que eficazes de conservação e gestão; a apli-
da ONU, António Guterres, destacou os UNCLOS e UNFSA fornecem a estrutura cação das abordagens de precaução e
benefícios relacionados com a pesca, em legal para conservação e gestão de esto- ecossistêmica; determinar pontos de
particular para os países em desenvolvi- ques de peixes transzonais e estoques de referência ou pontos de referência provi-
mento. Ele destacou que a sobrepesca, peixes altamente migratórios, levando sórios para estoques específicos; fatores
a pesca IUU e as práticas de pesca des- em consideração outros instrumentos ambientais que afetam os ecossistemas
trutivas prejudicam a sustentabilidade internacionais relevantes. marinhos, incluindo impactos adversos
da pesca mundial. Ele pediu “redobrar Congratula-se com o progresso signifi- das mudanças climáticas e acidificação
nossos esforços para preservar a sus- cativo feito na implementação de várias dos oceanos; desenvolvimento de ferra-
tentabilidade da pesca a longo prazo” das recomendações da Conferência de mentas de gestão por área; a redução da
implementando totalmente o UNFSA. Revisão em 2016, ao mesmo tempo em capacidade de pesca para níveis compa-
tíveis com a sustentabilidade dos esto-
ques pesqueiros; a eliminação de subsí-
dios que contribuem para a pesca IUU,
sobrepesca e sobrecapacidade; artes de
pesca perdidas, abandonadas ou de ou-
tra forma descartadas, incluindo detritos
marinhos; coleta de dados e comparti-
lhamento de informações e arranjos de
dados da FAO e banco de dados de es-
tatísticas globais de pesca; conservação
e gestão de tubarões e conservação de
aves marinhas; medidas de conserva-
ção e gestão da pesca de profundidade;
fortalecimento da interface ciência-po-
lítica; estabelecimento de estratégias de
reconstrução e recuperação dos estoques
pesqueiros; gerenciamento de bycatch
e descartes; e cumprimento das obriga-
ções como membros ou não membros
cooperantes de RFMOs; e estabeleci-
mento de novos RFMOs ou acordos.
Plenária de Encerramento
O Presidente Morishita enfatizou
que os membros do UNFSA, RFMOs
e seus membros, e todas as partes in-
teressadas são responsáveis pela con-
servação e gestão dos recursos e ecos-
sistemas vivos marinhos.
Para melhorar a gestão eficaz e fortalecer a operacionalização da Abordagem Ecossistêmica para a Pesca
No encerramento de Conferência de Revisão Retomada do Acordo de Estoques de Peixes da ONU, à frente o Presidente Morishita
O
crescimento explosivo das
populações de fitoplânc-
ton pode produzir cores
vibrantes de azul, verde ou
vermelho , cobrindo milhares de quilô-
metros quadrados do oceano. Embora o
fitoplâncton desempenhe um papel cru-
cial na vida na Terra, às vezes eles po-
dem ameaçar os ecossistemas costeiros,
a pesca e a saúde humana ao liberar to-
xinas e causar esgotamento local do oxi-
gênio. Pesquisas recentes descobriram
que as flores se expandiram e se torna-
ram mais frequentes no século XXI.
Uma equipe internacional de cien-
tistas analisou 18 anos de imagens do
Moderate Resolution Imaging Spectro- Imagem do dia 30 de maio de 2023. As florações de fitoplâncton – que ocorreram ao longo das costas de 126
países – tornaram-se 60% mais frequentes durante o período de estudo e aumentaram de tamanho em 13%
radiometer (MODIS) no satélite Aqua
da NASA para desenvolver um banco de
dados global inédito de florações cos- um proxy para a mistura oceânica, es- que adiciona nutrientes às áreas costei-
teiras de fitoplâncton de 2003 a 2020. tava correlacionado com a frequência ras, também foram correlacionados com
O banco de dados documenta quando e de floração. O fitoplâncton prospera a proliferação costeira em alguns países,
onde as florações ocorreram. com os nutrientes trazidos da mistura embora essa relação não tenha sido clara
Depois de analisar 760.000 imagens de águas mais frias no fundo do ocea- em todas as áreas costeiras.
MODIS, a equipe de pesquisa descobriu no com águas mais quentes acima – um O fitoplâncton é fundamental para a
que as florações de fitoplâncton – que processo conhecido como ressurgência. biologia oceânica e para o clima, pelo que
ocorreram ao longo das costas de 126 Alguns dos maiores aumentos na fre- qualquer alteração na sua produtividade
países – tornaram-se 60% mais fre- quência de floração ocorreram nas pro- pode ter uma influência significativa na
quentes durante o período de estudo e ximidades de correntes de alta latitude, biodiversidade, nas pescas e no ritmo
aumentaram de tamanho em 13%. As como a corrente Oyashio no Mar do Ja- das alterações climáticas. Esta pesquisa
florações costeiras afetaram 31,5 mi- pão e a corrente no Golfo do Alasca. Mas é a primeira a fornecer um mapa global
lhões de quilômetros quadrados, o que algumas correntes, como a corrente da abrangente das tendências da prolifera-
representa 9% de toda a área oceânica. Califórnia no Oceano Pacífico, reduziram ção de fitoplâncton costeiro, possibilita-
O mapa acima mostra tendências na a ressurgência, o que levou a menos flo- da pelo sensoriamento remoto.
frequência de florações costeiras de fito- rações. O uso de fertilizantes e a expan- A equipe de pesquisa observou, no en-
plâncton durante o período de estudo. As são da produção de aquicultura costeira, tanto, que o método não diferencia entre
áreas vermelhas são onde as espécies de fitoplâncton que
flores começaram a aparecer são inofensivas e aquelas
com mais frequência. Essa que produzem toxinas ou são
tendência foi observada na prejudiciais aos ambientes
maior parte do Hemisfério marinhos. Mas o futuro lan-
Sul e nas altas latitudes do çamento da missão Plank-
Hemisfério Norte, de acor- ton, Aerosol, Cloud, ocean
do com Lian Feng, que lide- Ecosystem (PACE) da NASA
rou a pesquisa e é professor - que fará medições do ocea-
da Southern University of no do mundo em um espec-
Science and Technology em tro mais amplo de compri-
Shenzhen, China. A equipe mentos de onda - permitirá
descobriu que o gradiente aos pesquisadores separar
nas temperaturas da super- quais espécies de fitoplânc-
fície do mar, usado como ton estão presentes.
Imagem do Golfo do Alasca em 12 de abril de 2017
Fitoplânctons, servem como base da cadeia alimentar marinha e desempenha um papel fundamental no ciclo de carbono da Terra. As partí-
culas de poeira podem viajar milhares de quilômetros antes de cair no oceano, onde alimentam o fitoplâncton a longas distâncias da fonte de
poeira, disse a coautora do estudo Lorraine Remer, professora de pesquisa da Universidade de Maryland, no Condado de Baltimore. “Sabía-
mos que o transporte atmosférico de poeira do deserto é parte do que faz o oceano ‘clicar’, mas não sabíamos como encontrá-lo”, disse ela.
P
ela primeira vez, os pes- A pesquisa destaca a importância da O oceano serve como um componente
quisadores demonstra- poeira como fonte de nutrientes essen- crítico no ciclo do carbono, pois o dióxi-
ram o impacto significati- ciais para o fitoplâncton, que serve como do de carbono da atmosfera se dissolve
vo da deposição de poeira base da cadeia alimentar marinha e de- nas águas superficiais, permitindo que o
nos ecossistemas oceâni- sempenha um papel fundamental no ci- fitoplâncton converta o carbono em ma-
cos globais e nos níveis atmosféricos clo de carbono da Terra. O fitoplâncton, téria orgânica por meio da fotossíntese.
de dióxido de carbono. Liderada pelo organismos semelhantes a plantas que Essa matéria orgânica recém-formada
cientista da Oregon State University, habitam as camadas superiores do ocea- então afunda no oceano profundo, onde
Toby Westberry, a equipe publicou no, dependem da poeira de fontes terres- é armazenada, por meio de um processo
suas descobertas na Science. tres para obter nutrientes essenciais. conhecido como bomba biológica.
A equipe usou um modelo global con- Esse contraste é atribuído a diferentes A equipe de pesquisa planeja continuar
firmado da NASA para superar esse relações entre o fitoplâncton e seus pre- seu trabalho usando ferramentas de mo-
obstáculo. A pesquisa revelou que a dadores. Em ambientes estáveis de baixa delagem aprimoradas e dados avançados
resposta do fitoplâncton à deposição de latitude, o equilíbrio entre o crescimento de satélite da próxima missão de satélite
poeira varia de acordo com o local. do fitoplâncton e a predação é estreito, Plankton, Aerosol, Cloud, ocean Ecosys-
Em regiões oceânicas de baixa latitu- resultando em rápido consumo de nova tem (PACE) da NASA, incluindo dados
de, a entrada de poeira melhora predo- produção e transferência imediata para a coletados pelo instrumento HARP2
minantemente a saúde do fitoplâncton cadeia alimentar. Por outro lado, em re- projetado e construído pela UMBC.
sem afetar a abundância. giões de latitude mais alta com condições Westberry antecipa que a ligação entre
Em águas de latitudes mais altas, a de- em constante mudança, a ligação entre o a atmosfera e os oceanos mudará à me-
posição de poeira leva tanto à melhoria fitoplâncton e seus predadores é mais fra- dida que o planeta continuar a aquecer,
da saúde quanto ao aumento da abun- ca, permitindo que o crescimento do fito- enfatizando ainda mais a importância de
dância de fitoplâncton. plâncton estimulado pela poeira floresça. entender essas interações complexas.
Cientista da Oregon State University começa a desvendar o papel que a poeira desempenha na nutrição
dos ecossistemas oceânicos globais enquanto ajuda a regular os níveis de dióxido de carbono atmosférico
Florações de fito-
plâncton costeiro se
expandem e se inten-
sificam no século 21.
Pesquisadores usaram
imagens de satélite
para calcular a área
oceânica coberta por
proliferação de algas
a cada ano desde
2003. Eles revela-
ram que a área total
afetada pelo cresci-
mento do fitoplâncton
aumentou 13,2%.
Acredita-se que isso
seja o resultado do au-
mento da temperatura
da superfície do mar
e do escoamento de
fertilizantes e esgoto
U
ma equipe de cientistas da
Terra afiliados a várias insti-
tuições na China e nos EUA
descobriu que a proliferação
de algas costeiras (também conhecidas
como florações de fitoplâncton) tem au-
mentado nas últimas duas décadas.
Em seu estudo, publicado na Nature,
o grupo analisou dados de satélite for-
necidos a eles pela NASA para compa-
rar o tamanho e a frequência da proli-
feração de algas ao longo das costas dos
continentes do mundo.
Intensificação da proliferação de fitoplâncton nos oceanos costeiros.
O rio Amazonas despeja uma pluma de sedimentos no Oceano Atlântico. O rio envia uma média de
273.361 jardas cúbicas de água para o oceano a cada segundo. É o maior cinturão de algas do planeta
A proliferação de algas é um acúmulo Pesquisas anteriores mostraram aumentou em tamanho e frequência du-
de algas em uma área compartilhada que a proliferação de algas pode rante as duas primeiras décadas deste sé-
no topo de uma fonte de água. As algas servir como fonte de alimento para culo, à medida que os oceanos do mundo
são plantas aquáticas que contêm clo- algumas criaturas marinhas, mas esquentaram, de acordo com uma análise
rofila, mas não possuem folhas, raízes, também pode causar problemas, de cerca de 760.000 imagens de satélite.
caules, tecido vascular ou flores. como transportar e dispersar ma- As florações de fitoplâncton são acumula-
Eles variam em tamanho, desde es- terial tóxico. Descobriu-se que es- ções de algas microscópicas que formam
pécies unicelulares até grandes cadeias sas toxinas se acumulam nas redes redemoinhos fluorescentes característicos
de algas marinhas. Eles podem ter co- oceânicas, às vezes levando ao esgo- na superfície dos oceanos, rios e lagos
res diferentes e podem habitar siste- tamento do oxigênio, o que pode le- que, quando grandes o suficiente, podem
mas de água doce ou salgada. var a zonas mortas oceânicas. Nesse ser vistos do espaço. Essas algas são um
A proliferação de algas cresce à novo esforço, a equipe de pesquisa nutriente essencial para os animais mari-
medida que sua fonte de alimento encontrou evidências de que a proli- nhos, de peixes a baleias, mas a prolifera-
cresce, particularmente nitrogênio e feração de algas está aumentando, o ção de florações tornou-se um grande pro-
fósforo, ambos fornecidos indireta- que sugere que o escoamento de fer- blema ambiental em todo o mundo, pois
mente por fontes humanas, como o tilizantes está aumentando. A proli- algum crescimento descontrolado produ-
escoamento de fertilizantes. feração de algas nas áreas costeiras ziu efeitos tóxicos ou prejudiciais.
a, Padrões globais de tendências no gradiente de SST (a) e SST (b) de 2003 a 2020. c, Mudanças de longo prazo na frequên-
cia de bloom nas regiões marcadas em a e b, e sua relação com o SST e SST gradiente. A inclinação linear (S) da frequência de
bloom e o coeficiente de correlação (r) entre a frequência de bloom e o SST e o gradiente de SST (∇ SST) são mostrados. Os as-
teriscos indicam correlações estatisticamente significativas (P < 0,05). Mapas criados usando ArcMap 10.4 e Python 3.8
A pesquisa é a primeira tentativa de escala global e em alta resolução. É tam- elas carregam e os animais que se ali-
estabelecer um sistema para detectar bém um passo para entender como as mentam delas estão mudando à medida
e monitorar a proliferação de algas em correntes oceânicas, os nutrientes que que as águas esquentam.
Localizações de todos os registros HAEDAT que foram usados para validações de algoritmos deste estudo. Criado usando ArcMap 10.4*
Imagens dos dias 6 e 14 de maio de 2023, com visualização em 24 de maio de 2023. Terra Água Neve e gelo, pelos Lan-
dsat 8 — OLI, Landsat 9 — OLI-2 , da Nasa
E
ssas imagens revelam uma pai- Em vez disso, eles especularam que as Inundações nessa extensão podem
sagem rapidamente transfor- inundações na cidade poderiam ter sido ocorrer a cada 10 a 20 anos em alguns
mada ao longo do rio Yukon. A causadas por engarrafamentos menores, locais, disse ele, mas dados preliminares
imagem anterior (à esquerda), fluxo mais lento onde o rio se torna tran- indicam que a inundação em Circle foi
adquirida em 6 de maio de 2023, pelo çado perto de Circle e grandes quantida- próxima do nível recorde de 1945.
Operational Land Imager (OLI) no satéli- des de água e detritos liberados de engar- Temperaturas mais frias do que a
te Landsat 8 , mostra um trecho congela- rafamentos rio acima. média em abril, seguidas por um aque-
do do rio Yukon perto da cidade de Circle, cimento rápido e atrasado em maio,
no Alasca, cortando a neve paisagem. A carregam grande parte da culpa. Uma
outra imagem (à direita), obtida oito dias camada de neve de inverno acima da
depois pelo OLI-2 no Landsat 9 , mostra a média também contribuiu para a gra-
terra quase sem neve e o rio fluindo mais vidade das enchentes. As temperaturas
livre até aproximadamente 25 milhas (40 subiram enquanto grande parte da neve
quilômetros) rio abaixo (noroeste) de Cir- e do gelo estavam intactos, desenca-
cle, próximo ao topo da imagem. deando o que é conhecido como uma
Nesse ínterim, a cidade de Circle sofreu separação dinâmica. Nesse cenário, o
uma inundação dramática à medida que o gelo do rio se quebra em grandes pe-
gelo quebrado empurrava o rio. As inun- daços que têm maior probabilidade de
dações na cidade começaram por volta emperrar à medida que descem o rio.
das 17h de 13 de maio. “Foi relatado que As águas da enchente pareceram recuar O escoamento do derretimento da neve
a água subiu 3 metros em um período de tão rapidamente quanto subiram, de acordo adiciona mais água ao sistema, agra-
30 minutos logo depois disso”, disse o com relatos da mídia. Um piloto observou vando as inundações. Em contraste,
meteorologista Jim Brader, do escritório que a pista do aeroporto estava seca por volta um aquecimento mais gradual resulta
de previsão do Serviço Nacional de Me- das 10h da manhã seguinte, em 14 de maio. em uma ruptura térmica, na qual o gelo
teorologia (NWS) em Fairbanks. No entanto, prédios e infraestrutura da cida- apodrece lentamente no local e resiste à
Atolamentos de gelo - pedaços de gelo de sofreram danos significativos, com várias formação de congestionamentos.
quebrado que obstruem o fluxo de um casas sendo arrancadas de suas fundações. A O rompimento da primavera causou
rio - geralmente contribuem para inunda- fotografia acima, do NWS Alaska-Pacific Ri- mais inundações ao longo do rio Yukon
ções. A extensão em que esses congestio- ver Forecast Center , mostra uma vista aérea no final de maio, quando o gelo quebrado
namentos foram um fator nas inundações de Circle às 14h40 do dia 14 de maio. “Embo- do rio prosseguiu rio abaixo aos trancos e
em Circle é incerta. Os observadores do ra os congestionamentos de gelo aconteçam barrancos. O Serviço Nacional de Meteo-
NWS no campo não encontraram evidên- todos os anos, este ano foi muito pior do que rologia continuou a rastrear a localização
cias de uma única grande parada de gelo. a média”, disse Brader. de engarrafamentos e inundações.
A
Um grande número de criaturas que foram previamente rotuladas como ‘não ameaçadas’ (canto su-
perior direito) ou ‘quase ameaçadas’ (gráfico inferior) estavam sofrendo de declínios populacionais
destruição humana da vida
selvagem global está ocor-
rendo em um ritmo alar-
mante, de acordo com um
novo estudo publicado na Biological Re-
views recentemente. A defaunação, de-
finida como “o declínio em escala global
da biodiversidade animal” é uma conse-
quência perturbadora da vida humana
na Terra, postularam os autores do es-
tudo revisado por pares. A extinção tem
sido tradicionalmente rastreada pelas
categorias de conservação da Lista Ver-
melha da União Internacional para a
Conservação da Natureza (IUCN).
Quase metade dos animais do planeta
está enfrentando quedas acentuadas na
população, que é quase o dobro das esti-
mativas anteriores, alertam os cientistas.
O biólogo evolutivo Daniel Pincheira-
-Donoso, principal autor do novo estu-
do, disse que achou os resultados de sua
própria pesquisa ‘muito alarmantes’.
A equipe analisou mais de 700.000
espécies, incluindo mamíferos, aves,
répteis, anfíbios, peixes e insetos, para
entender quais populações correm o
risco de desaparecer do nosso planeta e A gama de elefantes da floresta africana é desta-
quais têm chance de sobrevivência. cada em verde claro. A maior população sobre-
vivente está no Gabão, na costa da África central
O estudo descobriu que a distribuição global de animais com populações decrescentes estava mais concentrada nos trópicos.
Os pesquisadores mapearam as populações ‘em declínio’, ‘estável’ e ‘crescente’ por grupo: mamíferos, aves, anfíbios, répteis, peixes e insetos
A distribuição global de animais com tendências populacionais desconhecidas. Cada grupo taxonômico é mapeado individualmente. Números
de espécies foram contados dentro de cada célula de grade de 1° × 1° cobrindo o globo, usando uma projeção de área igual de Behrmann
Coletando pedras na montanha Månesigden, em Heimefrontfjella, Queen Maud Land. A superfície polida da pedra mostra que ela foi coberta por
uma camada de gelo. Os pesquisadores analisaram a pedra em busca de isótopos cosmogênicos que podem dizer quanto tempo se passou desde
que a pedra foi coberta pelo gelo. Carl (Calle) Lundberg está fazendo anotações enquanto a estudante de doutorado Jenny Newall coleta amostras
O gelo na Antártica
já derreteu antes
Fotos: Ola Fredin, Nature, Norsk Polar Institute, NTNU
S
essenta por cento da água doce A maior parte do derretimento/perda Os resultados mostram que esse setor
do mundo está concentrada nas de gelo na Antártica ocorre por meio do de manto de gelo variou muito ao lon-
camadas de gelo da Antártica. derretimento das plataformas de gelo e go do tempo. Esta informação é impor-
Trinta milhões de quilômetros desprendimento de gelo causado pelo tante à medida que os pesquisadores
cúbicos de gelo talvez seja um número oceano. Isso, por sua vez, leva a uma ace- tentam aprender mais sobre o clima do
difícil de entender. Mas se absolutamen- leração das correntes de gelo em terra e planeta e como ele está mudando.
te todo o gelo da Antártida derretesse, os a uma maior descarga de gelo no oceano, O grupo de Rogozhina estudou a ca-
mares subiriam 58 metros em média. onde se perde devido ao derretimento/ mada de gelo na Antártica Oriental e
“A camada de gelo na Antártica Orien- desprendimento, disse ela. Esta tam- um derretimento ocorrido há alguns
tal armazena enormes quantidades de bém foi provavelmente a causa da maior milhares de anos. Os resultados foram
água. Isso significa que esta é a maior perda de gelo durante os períodos mais publicados na Nature Communications
fonte possível de aumento futuro do quentes do passado. Na Groenlândia, es- Earth & Environment.
nível do mar – até 53 metros se todo o ses dois processos contribuem com cerca
gelo da Antártica Oriental derreter – e é de 65% de toda a perda de gelo. O gelo no Leste está na terra
vista como a maior fonte de incertezas Mas nem todo o gelo precisa derreter
no futuro planejamento de adaptação antes de ter grandes consequências. A camada de gelo na Antártida não é
do nível do mar”, diz Irina Rogozhina, Pesquisadores da NTNU estavam uniformemente distribuída ou uniforme.
professor associado do Departamento entre um grupo de cientistas que exa- No Oeste, grandes partes da camada de
de Geografia da Universidade Norue- minou o gelo em Queen Maud Land, gelo ficam abaixo do nível do mar, até
guesa de Ciência e Tecnologia (NTNU). na Antártica Oriental. uma profundidade de 2.500 metros.
Área de estudo a) Antártica e o Oceano Antártico. O sombreamento antártico indica a elevação do manto de gelo e os contor-
nos do Oceano Antártico mostram a função do fluxo de transporte integrado verticalmente. As cores vermelhas (azuis) indicam
uma circulação ciclônica (anticiclônica), e o Giro de Weddell é destacado por uma seta branca. Os intervalos de contorno são 10
Sv (1 Sv = 1,0 × 106 m3 s−1). EAIS Manto de Gelo Antártico Leste, SR Shackleton Range, WS Mar de Weddell, WG Weddell Gyre. A
caixa preta marca o local mostrado em b. b) Visão geral de Dronning Maud Land e a localização da área de estudo de Gjelsvik-
fjella (caixa preta, c) dentro da bacia hidrográfica de Jutulstraumen (linha tracejada azul). Os círculos amarelos e a estrela verde
são locais onde as temperaturas da água do mar são extraídas do modelo de circulação geral atmosfera-oceano e a mudança
regional do nível do mar é calculada, respectivamente. A linha tracejada azul indica a área da bacia hidrográfica de Jutulstrau-
men usada para experimentos com modelos de placas de gelo. A seta vermelha mostra a direção aproximada do fluxo das Águas
Circumpolares Profundas (CDW) mais quentes. c) Visão geral de Gjelsvikfjella, incluindo Rabben, Grjotfjellet e Terningskarvet. As
setas indicam a direção do fluxo de gelo. Pequenas caixas brancas correspondem à Fig. 2a–c. Olhos azuis indicam localizações
aproximadas para as fotografias da Fig. 3. O mapa base é do pacote de dados Quantarctica GIS79 para QGIS. As velocidades do
gelo80 e os contornos da superfície do gelo (a cada 100 m) são sobrepostos na imagem Landsat da Antártica (LIMA)
Mapas topográficos detalhados de Grjotfjellet. As localizações das amostras e suas idades de exposição 10Be de Grjotfjel-
let (a), Rabben (b) e Terningskarvet (c) são mostradas junto com os pontos de referência de elevação correspondentes na
camada de gelo contemporânea. As cordilheiras bem definidas em Grjotfjellet são contornadas por linhas amarelas com al-
garismos romanos indicando os números da morena (I–IV). As idades de exposição 10Be de amostras erráticas coletadas das
cordilheiras da morena são rotuladas por seus números de moraina correspondentes. Linhas tracejadas azuis indicam locali-
zações passadas contemporâneas (negrito) e inferidas (finas) da margem do manto de gelo. Os contornos topográficos estão
em metros acima do nível do mar (m a.s.l.), com base no Modelo de Elevação de Referência da Antártica (REMA) de resolução
36deREVISTA
2 m eAMAZÔNIA
no Modelo Gravitacional da Terra 2008. A imagem de fundo é um mapa de imagem de relevo vermelho de índice
revistaamazonia.com.br
de proteção morfométrica produzido a partir do mesmo DEM com áreas glacialícias sombreadas em azul semitransparente.
CLUBE DE REVISTAS
“Embora esse tipo de resposta do
manto de gelo da Antártica Oriental ao
calor durante o Holoceno não seja com-
pletamente inesperado, ainda é difícil e
preocupante acreditar que o lento man-
to de gelo da Antártica Oriental possa
mudar tão rapidamente”, disse ela.
É difícil encontrar uma explicação
simples e fácil para esse comportamen-
to, ou determinar o momento exato em
que ocorreu o derretimento, até porque
as condições nesta parte do mundo às
vezes são bastante inóspitas. Mas os
pesquisadores encontraram uma ma-
neira de desvendar esse mistério.
Grande parte da camada de gelo da Antártica fica no leste e em terra acima do nível do
nível do mar, o que significa que é menos sensível à influência do oceano
A radiação cósmica
altera as rochas
Isso o torna muito vulnerável ao aque- Quando essas camadas de gelo der-
cimento dos oceanos. Em contraste, reteram, elevaram o nível do mar em O grupo de pesquisa examinou rochas
grande parte da camada de gelo no leste mais de 100 metros. de vários nunataks em Queen Maud
fica diretamente na terra, acima do ní- “A partir das evidências que apre- Land para exposição à radiação cósmi-
vel do mar, o que significa que é menos sentamos em nosso estudo, concluí- ca.
sensível à influência do oceano. mos que a camada de gelo da Antárti- “Nunataks são montanhas que se pro-
Este setor de manto de gelo na Antár- ca Oriental na Terra da Rainha Maud jetam através do gelo. Visitamos nu-
tica Oriental era mais fino no passado também derreteu rapidamente ao nataks e coletamos amostras”, diz Ola
do que é agora, e também não muito longo de suas margens entre 9.000 e Fredin, professor do Departamento de
tempo atrás. Na verdade, ficou mais fino 5.000 anos atrás, em um período que Geociências e Petróleo da NTNU.
após o fim da última era glacial, quan- chamamos de Holoceno médio. Nesta Os pesquisadores examinam diferen-
do enormes mantos de gelo cobriam a época, muitas partes do mundo experi- tes isótopos, ou variantes, de elementos
América do Norte, o norte da Europa e mentaram verões mais quentes do que como cloro, alumínio, berílio e néon nas
o sul da América do Sul. os atuais”, disse Rogozhina. rochas dos nunataks.
Fotografias de Grjotfjellet, Terningskarvet e Rabben. As localizações aproximadas dos locais de amostra são mostradas
por círculos amarelos junto com as idades de exposição 10Be. a Visão geral de Grjotfjellet, com Terningskarvet ao fundo. As
idades de exposição 10Be de amostras erráticas coletadas de três cordilheiras de morenas são rotuladas por seus números
de morainas correspondentes. b Locais de amostragem em Grjotfjellet imediatamente adjacentes à superfície da camada
de gelo contemporânea. Linhas tracejadas amarelas em a, b delineiam cordilheiras bem definidas em Grjotfjellet, com al-
garismos romanos indicando números de morena que correspondem àqueles em c Visão geral de Rabben. A elevação da
superfície do manto de gelo no lado oeste de Rabben (onde a fotografia foi tirada) é de aproximadamente 150–200 m mais
baixa do que no lado oposto. d Os 2690 m a.s.l. cume de Terningskarvet..
Imagem esquemática de um afinamento do EAIS em DML. a O EAIS avançou devido à queda do nível do mar durante
o LGM19. b O aquecimento do CDW iniciou o recuo da plataforma de gelo, conforme observado no setor do Mar de We-
ddell20. c O mar alto regional desencadeou o derretimento basal e o rompimento das plataformas de gelo, facilitado
pelo influxo de CDW mais quente, que atingiu um pico de 9–8 ka e continuou até ~5 ka, resultando no recuo da linha
de aterramento e no afinamento da camada de gelo. d A queda do nível do mar devido ao GIA do continente antártico
estabilizou as plataformas de gelo e/ou pode ter causado um novo avanço do EAIS, apoiado por fixação em elevações
de gelo e sulcos de gelo ao longo da margem DML
O aumento do mar e a água O gelo na Queen Maud Land é espesso ao longo da costa
por *Simon Torkington Fotos: Concordia Station/ Lagrange Laboratory, Copérnico, NASA Earth Observatory, NOAA, Unsplash/mlenny
P
inguins, ursos polares e frio
moribundo são o que a maio-
ria de nós associa às regiões
polares da Terra.
Mas o aquecimento global está mu-
dando essas áreas há muito congeladas
no topo e na base do planeta. Agora
podemos adicionar incêndios florestais
subterrâneos, ondas de calor e derreti-
mento do permafrost ao nosso conheci-
mento dos efeitos do clima nesses am- Aquecimento global: os polos norte e sul experimen-
taram ondas de calor sem precedentes em 2022
bientes desolados e frágeis.
Incêndios Zumbis
Com o aumento das temperaturas nas
regiões polares, o risco de incêndios flo-
restais no Círculo Polar Ártico está cres-
cendo. A Reuters relata que, em 2021,
A Antártida experimentou altas temperaturas recordes em março de 2022
os incêndios florestais que eclodiram na
Sibéria queimaram 168.000 quilômetros
quadrados de floresta boreal.
Incêndio perto de Zyryanka, República de Sakha, perto do Círculo Polar Ártico, Rússia
Os incêndios florestais no Ártico li- forma de fogo no Ártico é mais difícil de carbono tanto da vegetação quanto
beraram cerca de 16 milhões de tone- detectar. Os chamados incêndios zum- da turfa, que é um depósito natural
ladas de carbono em 2021, de acordo bis podem arder na turfa sob a superfí- de dióxido de carbono. Um relatório
com um relatório do Copernicus Cli- cie gelada do Ártico, durante os meses de cientistas do clima concluiu que o
mate Change Service. de inverno. Quando chega a primave- aumento no número desses incêndios
Enquanto a maioria dos incêndios ra, os incêndios reacendem a vegeta- florestais durante o inverno está dire-
florestais ocorre a céu aberto, outra ção da superfície, emitindo dióxido de tamente ligado à mudança climática.
As emissões de carbono dos incêndios florestais no Ártico aumentaram nos últimos anos
Adaptação às mudanças
climáticas polares
A Antártica é um dos lugares mais iso-
lados e inóspitos do planeta. Talvez não
seja surpresa, então, que não haja assen-
tamentos humanos permanentes no con-
tinente. Do outro lado do mundo, o Ártico
abriga quatro milhões de pessoas, muitas
delas de comunidades indígenas.
O Conselho do Ártico diz que o povo do
Ártico já está sentindo os efeitos das mu-
danças climáticas e acredita que o mundo
O aquecimento do Ártico continua a superar a média global
em geral terá muito a aprender com o povo
do Ártico à medida que se adapta às
Sumidouros de A equipe de pesquisa concluiu que: mudanças climáticas. O Conselho diz:
carbono esgotados “1,7 bilhão de toneladas métricas de “Entender como a mudança climática
carbono foram perdidas nas regiões de afetará o sistema climático e os ecos-
As regiões polares estão aquecendo permafrost do Ártico durante cada in- sistemas do Ártico é fundamental para
muito mais rápido do que a média glo- verno de 2003 a 2017. No mesmo perío- adaptar os meios de subsistência e in-
bal. No Ártico, 2022 foi o 6º ano mais do, uma média de 1 bilhão de toneladas formar a tomada de decisões nos níveis
quente nos registros que datam de métricas de carbono foram absorvidas regional, nacional e internacional”. As
1900. Essa taxa de aquecimento conti- pela vegetação durante as estações de opiniões expressas neste artigo são de
nua uma tendência ascendente que vem crescimento do verão . Isso muda a re- responsabilidade exclusiva do autor e
ocorrendo há décadas. gião de um ‘sumidouro’ líquido de dió- não do Fórum Econômico Mundial.
Uma das consequências do aqueci- xido de carbono - onde é capturado da
mento do Ártico é que o permafrost – atmosfera e armazenado - em uma fonte [*] Escritor Sênior, Agenda do Fórum WEF
solo congelado por milênios – está co- líquida de emissões”.
meçando a derreter. O derretimento do
permafrost é um duplo negativo para o Grande parte do
Círculo Polar Ár-
clima. Em primeiro lugar, o permafrost tico é coberta por
é um dos maiores sumidouros de car- permafrost, que
bono do planeta. Os cientistas estimam está descongelan-
do à medida que
que ele armazena cinco vezes mais car- as temperaturas
bono do que já foi liberado por huma- aumentam
nos queimando combustíveis fósseis.
Em segundo lugar, os cientistas do
Observatório da Terra da NASA fizeram
parceria em um estudo que descobriu
que o permafrost do Ártico está passan-
do de um importante sumidouro de car-
bono para um grande emissor de CO2 .
Eles descrevem a transição como;
“uma reversão total para uma região
que capturou e armazenou carbono por
dezenas de milhares de anos”.
O
dinheiro, que equivale a qua-
se US$ 6 trilhões por ano
ou cerca de 7% do Produto
Interno Bruto (PIB) anual
global, seria distribuído como compen-
sação a países de baixa emissão que de-
vem descarbonizar suas economias muito
mais rapidamente do que seria necessá-
rio. A compensação financeira pelas per-
das e danos que os países vulneráveis ao
clima enfrentam devido às emissões ex-
cessivas de CO2 de outros é vista como
uma parte cada vez mais importante
das negociações internacionais sobre
mudanças climáticas. Os delegados nas
Níveis excessivos de emissões de CO2
negociações da COP27 no Egito no ano
passado concordaram em estabelecer um
Fundo de Perdas e Danos para os países um grande estudo sobre como um esque- interativo que permite às pessoas explo-
afetados pela mudança climática. Pes- ma de compensação baseado em evidên- rar quais países podem ter direito a rece-
quisadores - liderados por um acadêmico cias poderia funcionar em quase 170 paí- ber compensação e quanto, e quais países
da Universidade de Leeds - publicaram ses. Eles também desenvolveram um site podem ser obrigados a pagar.
Emissões cumulativas mundiais e regionais de CO2 com relação a parcelas justas dos orçamentos
globais de carbono, tendências históricas (1960–2019) e tendências de cenários (2020–2050)
a, mundo. b, região Sul Global. c, região Norte Global. As emissões históricas (área preta), trajetória projetada de negócios
como sempre (linha tracejada) e trajetória líquida zero (linha azul) mostram emissões cumulativas relativas a parcelas jus-
tas do orçamento de carbono de 1,5 °C (linha amarela), com parcelas justas de 350 ppm (linha verde) e orçamentos de 2 °C
(linha vermelha) também mostrados. Os totais mundiais e regionais são agregados a partir de valores nacionais. Intervalos
de previsão prováveis (66%) são mostrados em tons mais claros em torno das projeções de negócios como sempre.
Os cinco maiores responsáveis por emissões excessivas – e quanto terão de pagar de compensação até 2050.
A tabela também mostra os cinco principais países que produziram baixas emissões e receberão indenizações
Colonização atmosférica
O professor Jason Hickel, do Instituto
Emissões cumulativas mundiais e regionais de CO2 com relação a parcelas justas dos orçamentos de Ciência e Tecnologia Ambiental da
globais de carbono, tendências históricas (1960–2019) e tendências de cenários (2020–2050)
Universidade Autônoma de Barcelona
(ICTA-UAB) e coautor do estudo, disse:
“As mudanças climáticas refletem pa-
A partir de 1960, esse orçamento de Sob o esquema, esse dinheiro seria drões claros de colonização atmosférica.
carbono é equivalente a 1,8 trilhão de to- dividido entre os países com baixas “Movimentos sociais e negociadores
neladas de CO2. Os pesquisadores então emissões de carbono com base enquan- do Sul global há muito argumentam
calcularam uma ‘parte justa’ com base na to de sua alocação justa eles perderiam. que os países que produziram emissões
igualdade desse orçamento total de carbo- O Dr. Fanning disse: “Descobrimos excessivas devem compensações ou re-
no para 168 países, com base no tamanho que 55 países sacrificariam mais de parações por danos relacionados ao cli-
da população. Eles compararam a aloca- 75% de suas parcelas justas, incluindo ma, que recaem desproporcionalmente
ção justa de cada país com a quantidade a maior parte da África subsaariana e sobre os países mais pobres que contri-
de CO2 que o país liberou historicamente da Índia. Nossos resultados mostram buíram pouco ou nada para a crise.
desde 1960, juntamente com um cenário que esse grupo de países com baixas “Nosso estudo se concentra apenas na
ambicioso em que descarboniza dos níveis emissões teria direito a receber uma compensação devida pela apropriação
atuais para ‘líquido zero’ até 2050. compensação média de US$ 1.160 per atmosférica, e isso deve ser considerado
Alguns países estavam dentro de sua capita por ano, em um mundo que adicional a questões mais amplas sobre
alocação de parcela justa, enquanto ou- mantém o aquecimento global abaixo custos de transição, adaptação e danos.
tros, principalmente as nações industria- de 1,5 grau. “Enquanto isso, os países “Também devemos prestar atenção às
lizadas do Norte global, já ultrapassaram que teriam menos de suas partes jus- grandes desigualdades de classe dentro
significativamente sua alocação - na ver- tas apropriadas também teriam direito das nações. A responsabilidade pelo ex-
dade, apropriando-se de parcelas justas a menos compensação. Encontramos cesso de emissões é em grande parte das
de outros países dos bens atmosféricos 13 países que sacrificariam menos de classes ricas que têm um consumo mui-
comuns. Por exemplo, o Reino Unido 25% de suas parcelas justas em nos- to alto e que exercem um poder despro-
usou 2,5 vezes sua parte justa - e os EUA so cenário líquido zero, incluindo a porcional sobre a produção e a política
usaram mais de quatro vezes sua parte China, que teria direito a receber US$ nacional. São eles que devem arcar com
justa. A Índia, por outro lado, usou pouco 280 per capita por ano, em média”. os custos da indenização”.
menos de um quarto de sua parte justa.
Os países que produziram emissões excessivas devem compensações ou re-
Precificando as perdas enfrentadas parações por danos relacionados ao clima, que recaem desproporcionalmente
sobre os países mais pobres que contribuíram pouco ou nada para a crise
pelos países de baixa emissão
Usando os preços do carbono dos
últimos cenários do IPCC, os pesqui-
sadores conseguiram colocar um valor
monetário nas emissões em excesso de
cada país em um mundo que respeita a
meta climática de 1,5c. Esse valor total
foi de US$ 192 trilhões (dentro de uma
faixa entre US$ 141 trilhões e US$ 298
trilhões), com o Norte global responsá-
vel por 89%, ou US$ 170 trilhões, e o
restante de países com altas emissões
no Sul global, especialmente os produ-
tores de petróleo estados, como Arábia
Saudita e Emirados Árabes Unidos.
E
ssas mudanças trazem pro-
fundas consequências para o
clima, ecossistemas, gestão
de recursos, economia, ar-
mazenamento e emissões de carbono,
saúde humana e outros aspectos da so-
ciedade. Os conjuntos de dados Landsat
são uma ferramenta crítica no monito-
ramento e gerenciamento de recursos
essenciais em um mundo em mudança.
Os seres humanos substituíram a natu-
reza como a força dominante que molda
a Terra. Desmatamos florestas, represa-
mos rios caudalosos, pavimentamos vas- Landsat 9 da Nasa em operação
tas estradas e transportamos milhares de
espécies ao redor do mundo. “Em gran-
de parte”, escreveram dois cientistas em
2015 , “o futuro do único lugar onde se
sabe que existe vida está sendo determi-
nado pelas ações dos humanos”.
Então, o que isso parece? Nas úl-
timas décadas, a NASA tem acom-
panhado via satélite as principais mesma floresta tropical, geleira ou incluindo urbanização, riscos naturais,
transformações que realizamos. Em cidade com anos ou décadas de dife- eventos climáticos e os efeitos do aque-
sua série “Imagens da Mudança” , a rença. As imagens a seguir apresen- cimento global. As diferenças costumam
agência publicou várias imagens de an- tam exemplos de mudanças globais ser de tirar o fôlego. Aqui mostramos al-
tes e depois mostrando exatamente a observadas pelos satélites da NASA, gumas das mudanças mais reveladoras:
O Mar de Aral, outrora maciço, quase desaparece. O Mar de Aral, visto em 2000 e 2014. Foto: Nasa
A Geleira Columbia, no
Alasca, recua rapidamen-
te. Columbia Glacier, no
Alasca, vista em 28 de
julho de 1986 e 2 de julho
de 2014. Foto: Nasa
O
que polinizou essas primei- Fotos: Esa Journals, Ruby E Stephens et al., Santiago Ramirez Barahona
ras plantas com flores, o
ancestral de todas as flores
que vemos hoje? Seriam
insetos carregando pólen entre aque-
las primeiras flores, fertilizando-as no
processo? Ou talvez outros animais, ou
mesmo vento ou água?
A pergunta tem sido complicada de
responder. No entanto, em uma nova
pesquisa publicada no New Phytologist,
mostramos que os primeiros poliniza-
dores eram provavelmente insetos.
Além do mais, apesar de alguns des-
vios evolutivos, cerca de 86% de todas
as espécies de plantas com flores ao lon-
go da história também dependeram de
insetos para polinização.
Cerca de 90% das plantas modernas – cerca de 300.000 a 400.000 espécies – são plantas com flores, ou o que os cientistas chamam de angiospermas
Que tipo de polinização evoluiu primeiro? Descobrimos que a polinização por insetos tem
Os insetos estavam lá no começo ou foram sido o método mais comum ao longo da histó-
uma “descoberta” posterior? ria das plantas com flores, ocorrendo cerca
Embora as primeiras evidências sugi- de 86% do tempo. E nossos modelos su-
ram que provavelmente foram insetos, gerem que as primeiras flores provavel-
até agora isso nunca foi testado em mente foram polinizadas por insetos.
toda a diversidade de plantas com flo-
res - sua árvore evolutiva completa. Aves, morcegos e vento
Uma árvore genealógica Também aprendemos sobre a evolu-
ção de outras formas de polinização. A
Para encontrar uma resposta, polinização por animais vertebrados,
usamos uma “ árvore genealógi- como pássaros e morcegos, pequenos
ca “ de todas as famílias de plan- mamíferos e até lagartos , evoluiu pelo
tas com flores, amostrando mais de menos 39 vezes – e voltou à polinização
1.160 espécies e remontando a mais por insetos pelo menos 26 vezes. A poliniza-
de 145 milhões de anos.Esta árvore ção pelo vento evoluiu ainda mais frequente-
nos mostra quando diferentes famílias mente: encontramos 42 instâncias. Essas plantas
de plantas evoluíram. Nós o usamos para raramente voltam à polinização de insetos.
mapear o que poliniza uma planta no presen-
te para o que pode ter polinizado o ancestral A árvore evolutiva para todas as famílias de plantas com flores
dessa planta no passado. mostra quando a polinização pelo vento, pela água e pelos
vertebrados evoluiu da polinização por insetos
Polinização por animais vertebrados, como pássaros e morcegos, pequenos mamíferos e até lagartos
A
s abelhas e outros polini- Abelha Blackthorn em Flores de mel
zadores são essenciais para
a sociedade humana. Eles
fornecem cerca de um ter-
ço dos alimentos que comemos , um
serviço com um valor global estimado
em até US$ 577 bilhões anuais.
Mas as abelhas são interessantes de
muitas outras maneiras menos conhe-
cidas. Em meu novo livro, “ What a Bee
Knows: Exploring the Thoughts, Memo-
ries, and Personalities of Bees”, eu me
baseio em minha experiência estudando
abelhas por quase 50 anos para explorar
como essas criaturas percebem o mun-
do e suas incríveis habilidades para na-
vegar, aprender , comunicar e lembrar.
Aqui está um pouco do que aprendi.
Abelha buraqueira de Dawson (Amegilla dawsoni). Nativas da Austrália Ocidental, são espécies solitárias que nidificam no
solo e as adultas só ocorrem de julho a setembro. Durante o resto do ano, existem como larvas subterrâneas dormentes
Cérebros ocupados Durante as seis a 10 horas que as abe- Por exemplo, os humanos veem o
lhas passam dormindo diariamente , as mundo através das cores primárias ver-
O mundo parece muito diferente para memórias são consolidadas em seus in- melho, verde e azul.
uma abelha do que para um ser huma- críveis cérebros – órgãos do tamanho de As cores primárias para as abelhas são
no, mas as percepções das abelhas di- uma semente de papoula que contêm 1 verde, azul e ultravioleta.
ficilmente são simples. As abelhas são milhão de células nervosas. Existem algu- A visão das abelhas é 60 vezes menos
animais inteligentes que provavelmente mas indicações de que as abelhas podem nítida do que a dos humanos : uma abe-
sentem dor , lembram-se de padrões e até sonhar. Eu gostaria de pensar assim. lha voadora não consegue ver os deta-
odores e até reconhecem rostos huma- lhes de uma flor até que ela esteja a cer-
nos. Eles podem resolver labirintos e Um mundo sensorial alienígena ca de 25 centímetros de distância. No
outros problemas e usar ferramentas entanto, as abelhas podem ver padrões
simples. A pesquisa mostra que as abe- A experiência sensorial que as abe- florais ultravioleta ocultos que são invi-
lhas são autoconscientes e podem até ter lhas têm do mundo é marcadamente síveis para nós, e esses padrões levam as
uma forma primitiva de consciência. diferente da nossa. abelhas ao néctar das flores.
O naturalista David Attenborough usa luz ultravioleta para mostrar como as flores podem parecer diferentes para as abelhas e para os humanos
As abelhas também podem detectar por segundo, as imagens individuais de nossos sistemas visuais de resolver
flores detectando mudanças de cor à parecem borradas em movimento. Esse imagens em movimento. As abelhas
distância. Quando os humanos assis- fenômeno, chamado de frequência de têm uma frequência de fusão de cintila-
tem a um filme projetado a 24 quadros fusão cintilante, indica a capacidade ção muito maior – você teria que rodar
o filme 10 vezes mais rápido para que
O olfato de uma abelha é 100 vezes mais sensível que o nosso parecesse um borrão para elas – então
elas podem voar sobre um prado florido
e ver pontos brilhantes de cores florais
que não resistiriam para os humanos.
À distância, as abelhas detectam as flo-
res pelo cheiro. O olfato de uma abelha é
100 vezes mais sensível que o nosso. Os
cientistas usaram abelhas para farejar
produtos químicos associados ao câncer
e ao diabetes no hálito dos pacientes e
para detectar a presença de explosivos.
O sentido do tato das abelhas também
é altamente desenvolvido: elas podem
sentir pequenas saliências semelhantes
a impressões digitais nas pétalas de al-
gumas flores. As abelhas são quase sur-
das à maioria dos sons aéreos, a menos
que estejam muito perto da fonte, mas
são sensíveis se estiverem em pé sobre
uma superfície vibrante.
A dança das abelhas é uma das formas interessantes de comunicação social que as espécies usam para se comunicar entre si. As abelhas são quase surdas
Peixe dormindo?
por *Michael Heithaus Fotos: Michael Heithaus, Universidade Internacional da Flórida, Unsplash, Xiang Zhèng
De tubarões a salmão, guppies a garoupas, eis como eles tiram uma soneca
Você poderia explicar como os peixes dormem? Eles se afastam nas
correntes ou se ancoram em um local específico quando dormem?
D
o peixinho dourado em seu
aquário a um robalo em um
lago e aos tubarões no mar
– 35.000 espécies de peixes
estão vivas hoje , mais de 3 trilhões delas.
Em todo o mundo, eles nadam em fon-
tes termais, rios, lagoas e poças. Eles des-
lizam através de água doce e salgada. Eles
sobrevivem nas águas rasas e nas profun-
dezas mais escuras do oceano, a mais de
oito quilômetros de profundidade. As arraias também são um tipo de peixe, mas são desossadas
Baleias e golfinhos
Baleias e golfinhos não são peixes –
são mamíferos, como gatos, cachorros e
pessoas. Eles passam a vida no oceano, Um tubarão tirando uma soneca? Assista o Vídeo: www.youtu.be/B7ePdi1McMo
mas não conseguem respirar debaixo
d’água. Em vez disso, eles periodica-
mente sobem à superfície e inalam ar Então eles dormem descansando me- Há muito mais para aprender sobre
através de seu espiráculo, que fica no tade de seu cérebro de cada vez . A outra como os peixes dormem. Biólogos ma-
topo de suas cabeças. metade se lembra de subir à superfície, rinhos como eu têm muitas perguntas
Se eles adormecessem profundamen- respirar e ficar alerta o suficiente para e passamos nossas carreiras em ocea-
te, como as pessoas fazem, baleias e gol- detectar o perigo. É possível que alguns nos, rios, lagos e laboratórios tentando
finhos se afogariam; eles não estariam peixes possam fazer a mesma coisa? Os encontrar respostas. Mas eu vou deixar
conscientes o suficiente para vir à su- cientistas estão tentando descobrir, mas você com isso, algo que eu sempre quis
perfície para respirar. ainda não sabem. saber: os peixes sonham?
Baleias e golfinhos
[*] Reitor Executivo da Faculdade de Artes, Ciências e Educação e Professor de Ciências Biológicas, Universidade Internacional da Flórida (FIU)
À
medida que as mudanças cli- A mudança climática está colocando em perigo grandes espécies no topo da cadeia alimentar,
máticas transformam nosso incluindo os ursos polares, vistos aqui no derretimento do gelo em Svalbard, na Noruega
mundo, os impactos serão
sentidos de forma desigual,
com alguns animais lutando para sobre-
viver e outros encontrando maneiras de
superar os desafios resultantes.
Este fenômeno é cada vez mais descri-
to como os “vencedores e perdedores sob
a mudança climática “, disse Giovanni
Strona, ecologista e ex-professor associa-
do da Universidade de Helsinque, agora
pesquisador da Comissão Europeia. Stro-
na liderou um estudo de 2022, publicado
na revista Science Advances, que cons-
tatou que, em um cenário intermediário
de emissões, podemos perder, em média,
em todo o mundo, quase 20% da biodi-
versidade de vertebrados até o final do
século. No pior cenário de aquecimento,
essa perda sobe para quase 30%.
A diversidade observada (A) é calculada sobrepondo faixas de distribuição de todos os vertebrados usados como um
molde ecológico para as espécies virtuais (ver Materiais e Métodos). A diversidade modelada (B) corresponde ao log e-
número transformado de espécies virtuais por localidade (média de 100 réplicas do modelo). A distribuição das espécies
virtuais não resulta diretamente da distribuição dos vertebrados do mundo real. Em vez disso, a diversidade modelada é
uma propriedade emergente do sistema simulado, decorrente da interação entre as espécies virtuais e a comunidade vir-
tual local/rede alimentar e ambiente. A resolução do mapa é de 1° × 1°
Então, quais animais são os “vencedores” Enquanto isso, 1 milhão de espécies Afetará diretamente as populações ao
e como eles realmente se sairão sob tempe- agora enfrentam a extinção em nosso induzir eventos climáticos extremos,
raturas crescentes, seca e perda de habitat? planeta por causa dessas ameaças gê- como tempestades; elevando as tem-
Não há dúvida sobre as ameaças à meas, de acordo com o relatório. peraturas ou reduzindo as chuvas além
biodiversidade da Terra decorrentes Agora há evidências crescentes de que dos limites de que uma espécie precisa
das mudanças climáticas e da des- a Terra está passando por sua sexta ex- para sobreviver; e diminuindo os prin-
truição do habitat. Em 2022, o World tinção em massa . cipais habitats dos quais os animais
Wildlife Fund (WWF) lançou o Living As mudanças climáticas contribuem dependem. Como a pesquisa de Strona
Planet Report, que descreveu um declí- para esses riscos de extinção de manei- mostrou, a mudança climática também
nio de 69% na abundância relativa de ras complexas e interconectadas, algu- pode ter efeitos indiretos que se espa-
espécies monitoradas desde 1970. mas das quais ainda desconhecidas. lham por um ecossistema.
Isso é quantificado como o aumento percentual na perda de diversidade no cenário de coextinção em comparação com
o cenário de referência (somente extinções primárias). Para facilitar a visualização e as comparações, definimos o valor
máximo da barra de cores como 2 (ou seja, 200% de aumento), mas os pixels pretos indicam todos os valores ≥ 200%.
A
indústria da saúde testemunhou
avanços notáveis na tecnologia
médica, levando a invenções
revolucionárias que transfor-
maram para sempre a forma como diagnos-
ticamos, tratamos e cuidamos dos pacien-
tes. De hospitais de holograma de ponta a
dispositivos vestíveis e sistemas de imagem
avançados, essas inovações redefiniram os
limites da medicina moderna. Neste artigo,
vamos mergulhar no mundo das invenções
médicas inovadoras que revolucionaram o
setor de saúde, abrindo caminho para um fu-
turo em que o atendimento ao paciente seja
mais eficiente, preciso e acessível. Vídeo cativante mostra os avanços mais recentes. Assista-o em: www.youtu.be/4f6ZUYEeNbU
A saúde é uma das indústrias mais importantes, e desenvolvê-la ajuda a curar muitas
doenças raras. Principalmente graças aos avanços tecnológicos no setor médico, que
possibilitaram uma compreensão mais profunda da humanidade
Empresas como a Craft Health Private Esta compacta caixa de ferramentas vo-
Limited em Cingapura estão utilizando ca- adora carrega materiais essenciais para
beças de impressão 3D para criar estruturas salvar vidas, incluindo desfibriladores ex-
complexas usando materiais como silicones, ternos automáticos (AEDs), medicamentos
pastas de cerâmica e poliuretanos. Essa tec- e assistência de RCP. Ao fornecer essas in-
Leituras de temperatura precisas nologia tem o potencial de revolucionar os tervenções críticas a pacientes necessitados,
e convenientes para seus filhos
sistemas de administração de medicamentos o Ambulance Drone tem o potencial de sal-
e a medicina personalizada, oferecendo tra- var vidas, principalmente em emergências
O advento da impressão 3D abriu novas tamentos sob medida para os pacientes. como insuficiência cardíaca, afogamento,
possibilidades no campo dos nutracêuticos Outra invenção notável apresentada no trauma e problemas respiratórios.
e farmacêuticos. vídeo é o Ambulance Drone. A indústria da saúde está em uma jornada
transformadora, impulsionada por inven-
Ambulance Drone, Salva vidas com uma rede de drones. Aumenta drasticamente a taxa de sobrevivência. ções médicas revolucionárias que mudaram
o cenário da medicina. Por meio de hospi-
tais com hologramas, sistemas de cirurgia
robótica, dispositivos vestíveis, impressão
3D e muito mais, testemunhamos o imen-
so potencial da tecnologia para melhorar os
resultados dos pacientes e revolucionar as
práticas de saúde.
À medida que abraçamos o futuro da
tecnologia de saúde, podemos esperar um
mundo onde as intervenções médicas sejam
mais precisas, personalizadas e acessíveis
a todos. Essas invenções inovadoras apre-
sentadas no vídeo fornecem um vislumbre
desse futuro, lembrando-nos das extraordi-
nárias possibilidades que temos pela frente
no campo da inovação em saúde.
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