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TEOLOGIA E HISTÓRIA

DOS BATISTAS
Unidade 1
UNIDADE 1 TEOLOGIA E HISTÓRIA DOS BATISTAS

SUMÁRIO 1. TEOLOGIA E HISTÓRIA DOS BATISTAS


1.1 AS MARCAS DA FÉ CRISTÃ 03

1.1.1 Os primeiros cristãos viam-se como pertencentes à família de


Deus, que era ao mesmo tempo local, regional e universal 03

1.1.2 Os primeiros cristãos desenvolviam sua fé e sua conduta a partir das


Escrituras Sagradas, que eram, portanto, centrais para a sua vida 03

1.1.3 Os primeiros cristãos tinham um sentido claro para a sua missão,


que era apresentar Jesus a todos, no mundo inteiro (conhecido),
independentemente de onde morassem 03

1.1.4 Os primeiros cristãos entendiam que a graça recebida demandava


deles uma vida íntegra, irrepreensível 04

1.1.5 Os primeiros cristãos esperavam a volta de Cristo 04

1.1.6 Os primeiros cristãos, com sua vida cheia de simplicidade 04

1.2 AS ROTAS DOS DESVIOS 04

1.2.1 Dualismo (libertinagem) 04

1.2.2 Sacerdotalismo 05

1.2.3 Sacramentalismo 05
UNIDADE 1

1.2.4 Mediadorismo 06

1.2.5 Tradicionalismo 06

1.2.6 Isolacionismo 07

GLOSSÁRIO 07

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BREVE ABERTURA
UNIDADE 1 Nas próximas páginas, seguiremos juntos pela história dos batistas.
Mas, antes, percorreremos um pouco da história dos cristãos.

Nossa ênfase será teológica, embora estejam presentes os aspectos


cronológicos desta história.

O fato de começarmos com o Novo Testamento não é uma adesão


ao sucessionismo, movimento segundo o qual sempre
houve batistas na história – o que não é verdade.
Devemos sempre ter em mente que história se faz
com documentos, sem lugar para especulação.

Boa pesquisa.

COMO O PASSADO SE TORNA PRESENTE o seu pertencimento à igreja local os fazia membros
Olhar o passado é olhar o presente. Antes de entrar- de uma igreja universal, invisível e visível. Não eram
mos no passado dos batistas, precisamos entrar no parte de uma seita, liderada por um homem, mas de
passado dos cristãos.1 uma religião estabelecida por Deus. Há uma irman-
dade que extrapola a comunidade local para integrar
Conceitos-chave: uma comunidade universal.

Marcas da fé cristã; Sacerdócio Quando Paulo chegou a Jerusalém como seguidor


universal; Sacramentalismo do Caminho de Jesus, ele e sua equipe de trabalho
“foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e
pelos presbíteros e relataram tudo o que Deus fizera
1.1 AS MARCAS DA FÉ CRISTÁ com eles” (Atos 15.4).

As narrativas bíblicas deixam salientes algumas mar-


cas dos primeiros cristãos. 1.1.2 Os primeiros cristãos desenvolviam sua
fé e sua conduta a partir das Escrituras Sa-
Imagem 1 gradas, que eram, portanto, centrais para a
sua vida.

Desde cedo, eles reuniam-se para ouvir, aprender e


ensinar a Palavra de Deus. Todas as discussões eram
com base nas Escrituras (Atos 17.2).

1.1.3. Os primeiros cristãos tinham um senti-


Fonte: https://goo.gl/images/p2AGnR do claro para a sua missão, que era apresen-
tar Jesus a todos, no mundo inteiro (conheci-
1.1.1 Os primeiros cristãos viam-se como do), independentemente de onde morassem.
pertencentes à família de Deus, que era ao
mesmo tempo local, regional e universal Nos primeiros 70 anos, algumas evidências mostram
que o evangelho foi anunciado, além de Israel, em
Espalhados primeiramente por Israel, (a atual) Tur- países como Síria, Egito (Marcos), Turquia (Paulo),
quia, Grécia e Itália, eles tinham a percepção de que Grécia (Paulo), Itália (Paulo), Índia (Tomé), Malta
1
AZEVEDO, Israel Belo de. Eklesia. Rio de Janeiro: Prazer (Paulo), Armênia (Judas Tadeu), Tunísia e França.
da Palavra, 2016.

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1.1.4 Os primeiros cristãos entendiam que a • Eles criam que Deus fazia uma casa tremer
graça recebida demandava deles uma vida (Atos 4.31).
íntegra, irrepreensível • Eles criam que deviam vender suas propriedades
e distribuir os recursos entre si (Atos 4.34-35).
O crescimento numérico dos professantes da fé ad- • Eles criam que Deus os protegia com anjos
vinha das palavras dos cristãos sobre Jesus e de suas (Atos 12.11).
vidas como imitadores de Jesus. • Eles criam que Deus os supriria em suas neces-
A meta de todos era apresentar “como igreja glorio- sidades (Filipenses 4.16).
sa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas • Eles criam no poder do Deus a quem oravam
santa e inculpável” (Efésios 5.27). (Tiago 5.14).
• Eles criam que tudo o que lhes acontecia, fosse
1.1.5 Os primeiros cristãos esperavam a volta bom ou ruim, vinha de Deus, até mesmo o mal
de Cristo (2 Coríntios 12.7).
• Eles criam que Deus pode fazer por nós mais in-
Eles viam-se como a comunidade do ínterim, do finitamente mais do que pedimos ou pensamos
tempo entre a vinda e a volta de Jesus. Nesse tempo, (Efésios 3.20).
se o sucesso era relativo, o fracasso também era. • Eles criam que precisavam exibir nos seus cor-
pos as marcas de Jesus (Gálatas 6.17).
Imagem 2 • Eles criam que precisavam dar o fruto do Espíri-
to Santo em suas vidas (Gálatas 5.22-23).

1.2 AS ROTAS DOS DESVIOS

Os livros do Novo Testamento foram escritos para


prevenir e corrigir os erros, tanto doutrinários quan-
to morais. Os inspirados autores também tinham
como objetivo relembrar a missão, que nunca deve
ser esquecida.

1.2.1 Dualismo (libertinagem)

Apesar da advertência de que os seguidores de Jesus


Fonte: https://goo.gl/images/2ehQYH devem viver de modo digno, muitos fazem da graça
uma oportunidade para a libertinagem, que vem de
Sua crença era segura: um tipo de dualismo em que o espírito (representan-
do a dimensão espiritual) e o corpo (representando
“Nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos a dimensão moral ou estética) são incomunicáveis, e
céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pedro não se afetam mutuamente.
3.13).
A certeza deles era que “o Senhor não retarda a sua Com esta perspectiva, esses cristãos fazem o que
promessa, ainda que alguns a têm por tardia [demo- acham ser bom, perfeito e agradável, mesmo que a
rada – ARC); mas é longânimo para convosco, não vontade de Deus não aprove um estilo de vida que
querendo que alguns se percam, senão que todos ve- não seja educada pela graça. Eles apreciam uma fra-
nham a arrepender-se” (2 Pedro 3.9 ARC) se (deslocada) de Agostinho de Hipona:

1.1.6 Os primeiros cristãos, com sua vida Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com
amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigi-
cheia de simplicidade res, corrigirás com amor; se perdoares, perdoa-
rás com amor. Se tiveres o amor enraizado em
ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus
• Tinham poder espiritual, recebido de Deus para
frutos.
testemunhar ao ponto do sacrifício pessoal e
concedido pelo Senhor para operar milagres ex- Ora, para ficarmos apenas em algumas práticas,
traordinários por meio de suas palavras e gestos. egoísmo não é expressão de amor; desrespeito ao

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outro não vem de quem ama; hedonismo não é ver- dro, que foi sucessor de Jesus Cristo.
dadeiro amor. Não devemos confundir as coisas. Quando outras denominações atribuem aos seus lí-
deres locais, regionais ou universais um poder seme-
Amor que se satisfaz com hedonismo é desvio, não é lhante, roçam igualmente no sacerdotalismo.
amor em toda a sua expressão, que inclui o interesse
pelo outro e a adoração a Deus. O sacerdotalismo é uma tragédia, porque
!
cria cristãos de segunda classe.
Ainda ao tempo do Novo Testamento, como ates-
tam as cartas de Paulo aos Coríntios bem como as
cartas de Jesus às sete igrejas da (atual) Turquia, 1.2.3 Sacramentalismo
amar verdadeiramente implica atenção e prática dos
ensinos da Palavra de Deus. Embora Deus privilegie o coração, pelo que lhe
interessa misericórdia e não sacrifício (Oseias 6.6),
O libertinismo é uma desgraça, porque tendemos a sacramentalizar os atos de que participa-
! nega a graça, embora diga afirmá-la. mos. Ligado ao sacerdotalismo, o sacramentalismo
pressupõe que a simples participação em determina-
dos rituais religiosos confere graça ao participante,
1.2.2 Sacerdotalismo independentemente da sua atitude. Na Igreja Cató-
lica Romana, são sete os sacramentos conferidores
Apesar da insistência no sacerdócio universal de de bênção: o batismo, a confirmação (ou crisma),
todos os que creem em Jesus como Senhor, alguns a eucaristia, a confissão perante um sacerdote (que
líderes apresentam-se como intermediários entre confere a absolvição ou penitência), a unção dos en-
os cristãos e Deus, numa negação da realidade do fermos (ou extrema-unção), a ordem (para a celebra-
vendaval que rasgou o véu que, no templo, separava ção dos sacramentos, concedida a bispos, presbíte-
as áreas do povo em geral e dos sacerdotes em par- ros e diáconos) e o casamento (ou matrimónio, que
ticular. é indissolúvel).
Imagem 3
Em outras denominações cristãs, o sacramen-
talismo pode assumir formas menos definidas,
mas igualmente fortes. Um exemplo pode ser a
participação dos cultos dominicais. Se deles par-
ticipamos para receber o favor de Deus, “incli-
namo-nos a uma estrutura de pensamento sa-
cramental em relação a toda a vivência cristã”.
No caso da ceia do Senhor,

a solenidade e até algum aparato que envolvem


a sua celebração, inevitavelmente, passam a ima-
Fonte: https://goo.gl/images/EpBkni gem de se tratar de alguma coisa tão especial
que confere bênção igualmente especial aos que
nela participam. Consequentemente, a Ceia do
O sacerdotalismo dos cristãos superou o dos judeus, Senhor deixa de ser um momento simples, em
ao ponto de atribuir a um líder – no caso, da Igreja que nos lembramos da bênção que foi a entrega
Católica Romana – o condão da infalibilidade (uma de Jesus por nós, para passar a ser a bênção em
si mesma.
doutrina de 1870)
Tomemos ainda o caso do batismo que, segundo a
quando se dirige, na qualidade de sucessor
doutrina bíblica, “é um ato de testemunho público,
do Apóstolo Pedro, que ele propriamente é,
em obediência ao Senhor, pelo qual dizemos aos ou-
a toda a Igreja; quando o objeto do seu pro-
nunciamento é a moral, a fé e/ou os costu-
tros que a nossa vida velha já morreu e já nascemos
mes; e quando define uma decisão dogmática.
de novo, para uma vida com Jesus”. A cerimônia é,
assim, “um ato subsequente à nova vida, em que da-
A referida infalibilidade deriva da ideia do sucessio- mos testemunho público da mesma”. No entanto,
nismo, segundo o qual todos os líderes máximos da muitas vezes “o modo como a prática em relação ao
Igreja Católica latina são sucessores do apóstolo Pe- batismo tem vindo a distanciar-se da simplicidade

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“Cristo é o único mediador, mas não no sen-


bíblica, tem contribuído para o tornar num fim em tido estrito. Os homens são membros do
si mesmo”. O batismo não pode ser visto com “uma corpo do único mediador e mesmo após a
meta, um alvo, um propósito que é alcançado no fim morte, continuam fazendo parte desse Cor-
de um processo, transformando-o numa espécie de po, conforme o livro do Apocalipse atesta.
prêmio”, como se trouxesse, “em si mesmo, algu-
ma bênção especial e é, de certa forma, um sinal da Assim, segundo o ensino católico,
aprovação de Deus”.
A Bíblia impressa também tem sido objeto de sacra- os anjos, os santos e a Virgem Maria possuem
modos distintos de ação. Os anjos, uma vez que
mentalização. são puro espírito, não estão ligados a nenhum
lugar específico e agem concentrando sua aten-
Em determinadas situações, parece ser mais ção espiritual em determinado lugar ou pessoa.
abençoador ter, guardar e mostrar o livro a que Esse jeito vale tanto para os anjos quanto para
chamamos Bíblia do que conformar a nossa os demônios.
vida ao seu conteúdo. Algumas pessoas pensam
que ter uma Bíblia em casa é bom, e se estiver Os santos, por sua vez, estão no céu, em Deus.
aberta num local central da casa, ainda é melhor. Fazem parte da chamada Igreja triunfante e seu
O objeto sobrepõe-se ao conteúdo e assume a ofício é interceder a Deus pelos homens. (...)
função abençoadora.
A Virgem Santíssima ocupa um lugar muitíssi-
mo especial: está entre a Santíssima Trindade
Somos capazes da sacramentalizar práticas boas, o e os anjos e santos. Por um desígnio especial,
foi escolhida por Deus para trazer ao mundo o
que as torna ruins, se delas participamos “com o seu Filho. E Deus não muda. É por ela, por-
pressuposto de que nos vão conferir algum tipo de tanto, que Jesus continua a ser gerado ao longo
da História. Ela ouve os pedidos dos homens,
bênção ou favor de Deus”. O sacramentalismo des- mas, estando em Deus, participa por graça da-
via “a atenção e o foco do que é essencial para o que quilo que Deus quer que ela saiba. Contudo, ela
é acessório, do que é espiritual para o que é material, não é onipotente nem mesmo onipresente, mas,
estando em Deus ressuscitada (corpo e alma),
do que é interior para o que é exterior”. O sistema pode estar presente onde quer que o Corpo de
“leva, inevitavelmente, a uma vivência cristã baseada Cristo esteja no mundo. A Virgem Maria faz
na negociação, no dever e haver, no toma lá, dá cá”, parte da misteriosa economia salvífica de Deus.
em que, se fazemos isto e aquilo, Deus vai automati-
camente nos abençoar. “Isto não é graça, é negócio.
E Deus não negocia conosco. Aquilo que nos dá é ! Ocerdotalismo,
mediadorismo, uma exacerbação do sa-
é uma das desgraças do cris-
sempre fruto da sua graça, a qual nunca vamos me- tianismo.
recer”.

sacramentalismo é trágico, pois afasta as


! Opessoas de Deus.
1.2.5 Tradicionalismo

Embora sejamos lembrados que a letra (isto é, a


tradição) mata e o Espírito Santo (que nos renova
1.2.4 Mediadorismo a mente) vivifica (2 Coríntios 3.6), tendemos a nos
apegar à tradição.
Embora todos os seguidores de Jesus sejam sacer-
dotes, tendemos a eleger mediadores. Os mediado- Imagem 4
res vivos são os sacerdotes humanos, que lideram as
igrejas. Os mediadores mortos são homens e mu-
lheres que, tendo levado vida virtuosa, são conside-
rados santos que intercedem pelos cristãos na terra.
O mediadorismo é o resultado secundário das per-
seguições sofridas por cristãos ao ponto de serem
martirizados por terem permanecido fiéis ao evan-
gelho professado. Tendo recebido a coroa da vida,
foi-lhes acrescentada a tarefa de interceder pelos vi-
vos, que pedem a sua intercessão junto à Trindade. Fonte: https://goo.gl/images/a35Sux
Um padre brasileiro oferece as razões:
O tradicionalismo se manifesta no sucessionismo,

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segundo o qual uma coisa é boa porque começou quismo, quando cristãos bem-intencionados deixa-
nos primórdios. Os católicos romanos derivam au- ram suas cidades e se recolheram em mosteiros, para
toridade para o seu líder, porque é tido como um não se contaminarem com o mundo.
sucessor do apóstolo Paulo. Alguns batistas apre- Sabemos que o mundo é contagioso, mas também
sentam-se como superiores por afirmarem que exis- sabemos que nossa missão é no mundo e para o
tem como grupo desde o Novo Testamento. Alguns mundo.
pentecostais se veem como continuadores sucessi-
vos do culto realizado em Jerusalém no dia de Pen- Ao longo da história, muitos grupos cristãos têm
tecostes. Alguns proponentes do modelo da igreja envergonhado a fé ao fanaticamente se isola-
em pequenos grupos (células, igrejas caseiras, entre rem em comunidades ermas para esperar a volta
outros nomes) afirmam que estão retomando a prá- de Jesus, que eles datam segundo interpretações
tica dos primeiros cristãos, que se reuniam em casas. próprias.
O tradicionalismo se expressa no preterismo, ou cul-
to ao passado, pressupondo que as coisas, as práti-
cas e as pessoas do passado são melhores que as do
presente. O passado não é examinado, a fim de ser Aprofunde seus conhecimentos:
aprovado ou reprovado, porque é visto como neces-
sariamente digno de saudade. Tradição ou Tradicionalismo?
Acesse: http://prazerdapalavra.com.br/co-
Na Igreja Católica Romana, a tradição é tão forte lunistas/oswaldo-jacob/4018-tradicao-ou-
que é vista como mais importante que a Bíblia. En- tradicionalismo-oswaldo-jacob
tre as denominações evangélicas, práticas do passa-
do são perenizadas, como se fossem boas sempre A igreja primitiva
em todos os lugares e em todos os tempos. Até mes- Acesse: http://vivos.com.br/a-igreja-primi-
mo liturgias são repetidas, como o demonstram os tiva/
espetáculos rejudaizadores, com celebrações de cul-
tos em cabanas, com uso de óleos e chifres, próprias
das celebrações hebreias no deserto.

O tradicionalismo se mostra no desejo de fazer hoje Assista aos vídeos:


o que foi feito ontem por ter sido feito ontem, numa
rejeição à renovação metodológica, para se alcançar A igreja Primitiva – Documentário
o resultado que o passado alcançou. Acesse: https://www.youtube.com/wat-
ch?v=tIrSV8K0BIM
É um equívoco fazer as coisas de determinado jeito História da Igreja Primitiva:
hoje pela simples razão de sempre terem sido feitas Acesse:https://www.youtube.com/wat-
desse jeito ontem. ch?v=R5snYP65KJ4

Se liga: “Tradicionalismo é a fé morta dos que


ainda vivem. Tradição é a fé viva dos que já mor-
reram”. [Nikolai Berdiaev]
GLOSSÁRIO
1.2.6 Isolacionismo
Sucessionismo: acreditar que os batistas são des-
Embora sejamos chamados para continuar no mun- cendentes de uma linha de supostos movimentos
do e transformá-lo com os valores do Reino de cristãos piedosos que tiveram início ainda nos tem-
Deus, inaugurado por Jesus, tendemos a nos isolar. pos de João Batista e passaram por grupos como os
Jesus não quis ficar no monte da transfiguração, mas dos montanistas, donatistas e albingenses (essa é a
nós queremos. Jesus disse para não sairmos do mun- tese daquele famoso livreto intitulado O rasto de san-
do, mas nós tentamos fugir dele. gue, de J. M. Carroll).

O isolacionismo encontrou um modelo no mona- Sacerdotalismo: influência predominante dos sa-

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cerdotes; teocracia, clericalismo; pej. atendimento


dos interesses dos sacerdotes em detrimento daque-
les dos leigos; pej. presunção indevida de autoridade
por parte dos sacerdotes.

Sacramentalização: se dá no ato de transformar


práticas boas em situações que as tornam ruins,
“com o pressuposto de que nos vão conferir algum
tipo de bênção ou favor de Deus”. É o entendimen-
to que algumas práticas cristãs conferem algum valor
místico, sagrado e/ou abençoado.

Mediadorismo: Mediador é o cargo que determi-


nado indivíduo executa como intermediário entre
duas partes distintas, que normalmente se opõem.
O mediador tem o papel de intervir na comunicação
entre as partes conflitantes, com o objetivo de che-
gar a um acordo ou conciliação. Na igreja, é o papel
atribuído a determinadas pessoas especiais para que
elas sejam o elo de comunicação com Deus.

Tradicionalismo: teol.  doutrina segundo a qual o


conhecimento humano só é alcançado por meio
de uma revelação primitiva e da tradição da Igreja;
fil. doutrina que vê na tradição a base do conheci-
mento e nas formas políticas e religiosas tradicionais
a expressão natural das necessidades de uma socie-
dade, ainda que não justificáveis pela razão.

Isolacionismo: dentro do contexto religioso, é a


atitude de cristãos bem-intencionados que deixam
suas cidades e se recolhem em mosteiros, a fim de
não se contaminarem com o mundo.

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