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Palavras-chave: fotografia, poder, sujeito
Resumo: Paralelo entre as questões levantadas por Paul Virilio em sua análise do uso de tecnologias de
imagem no meio militar e as reflexões de Michel Foucault acerca das relações de poder presentes em
situações cotidianas, como pano de fundo teórico para a elaboração e produção de obra artística
fotográfica.
Introdução
Ele será dividido em duas partes distintas: primeiro, vou fazer uma breve
recordação de algumas fontes, resumindo a discussão proposta por Paul Virilio
sobre o uso do dispositivo fotográfico em salas de guerra e campos de batalha,
e relacionar brevemente aos estudos de relações de poder de Foucault. Depois
disso, vou apresentar os passos que tomei para alcançar os resultados a
serem exibidos no trabalho final.
Além do assunto
Nós queremos cantar hinos ao homem e à roda, que arremessa a lança de seu
espírito sobre a Terra, ao longo de sua órbita. [...] Estamos no promontório do
último dos séculos! ... Por que devemos olhar para trás, quando o que
queremos é superior: arrombar as portas misteriosas do Impossível? Tempo e
Espaço morreram ontem. Nós já vivemos no absoluto, porque nós criamos a
velocidade onipresente eterna. (MARINETTI. Manifesto do Futurismo. Apud
PHILLIPS, 1989)
Seu PC-carteira (PC-wallet, no original) será capaz de manter o áudio, hora,
local, e gravações de vídeo, eventualmente, de tudo o que acontece com
você. Ele será capaz de gravar cada palavra que você diz e cada palavra dita a
você, bem como a temperatura corporal, pressão arterial, pressão barométrica,
e uma variedade de outros dados sobre você e seus arredores. [...] O registro
resultante será o último diário e autobiografia, se assim o desejar. (GATES,
1996)
O sujeito
É importante dizer que não era o aparato técnico só que conjurou esta
crença, mas um conjunto de relações sociais que já trabalhavam para dar às
imagens este tipo de status. A imagem é mais útil do que o corpo; e se o
substituísse completamente? O objetivo de fazer imagens que são uma parte
inseparável do sujeito, à primeira vista, parecia perfeitamente realizado pela
fotografia. Afinal, é um processo óptico-químico que registra a presença de
vestígios do assunto. Antes disso, os pintores já usavam artifícios diversos para
capturar aspectos do assunto, como a câmara escura, e a intermediação do
artista era feita para revelar os atributos invisíveis de assunto (sua alma).
O ser do sujeito
Em "War and Cinema" Paul Virilio propõe uma investigação sobre "o uso
sistemático de técnicas de cinema nos conflitos do século XX". Ele analisa não
apenas o cinema de ficção como propaganda de guerra, mas também
descreve como o uso de imagens com fins estratégicos marcou o aparecimento
de um novo tipo de guerra, em que a função do olho substitui a função da
arma.(VIRILIO, 1992, p. 27)
O trabalho
O projeto final
Posfácio
Pondo isso de lado, eu tentei, com este trabalho, apresentar alguns dos
conceitos que tenho sobre a natureza imagem. Como uma imagem substituir o
sujeito (que entrega), não importa mais o que ela mostra, porque se mostra, em
primeiro lugar. Eu não sei se pretendemos, ou simplesmente não querem se
preocupar, mas vivemos como nós usamos as imagens para que possamos
ver o mundo, mas passamos o tempo todo olhando fotos.