Eugenia brasilienses, mais conhecia popularmente como Grumixama. É uma
fruta exótica nativa do Brasil encontrada na Mata Atlântica, e por vezes, no Cerrado. Seu tamanho adulto pode chegar até 15 metros de altura, tem uma copa densa e estreita e suas flores são brancas e muito perfumadas. Seus frutos são pequenos, podendo ser roxos, vermelhos, amarelos e pretos. Possuem um sabor adocicado e único, sendo uma junção de Jabuticaba e Pitanga, eles são uma boa opção para geleias, sorvetes e para serem consumidos in-natura. Atualmente a Grumixama se encontra em extinção, por isso se tornou uma planta pouco conhecida e vista pelas pessoas, como muitas plantas nativas e até endêmicas da Mata Atlântica. A sua madeira é explorada para marcenaria, e por ser uma planta que exige muitos nutrientes e um bom habitat para se proliferar, a Mata Atlântica não serve como um bom lugar para sua vivência, considerando o grande desmatamento, exploração e queimadas ocorridas na região. Não só a Grumixama, mas muitas outras árvores frutíferas e plantas estão sofrendo de extinção, devido a grande exploração de madeira, frutos e desmatamento do seu local natural, como por exemplo o pau-brasil, cambuci, cambucá, palmeira-juçara, pinheiro-do-Paraná, gravatá, gonçalo alves, aroeira do sertão, cipó escada de macaco, jequitibá-rosa, peroba, andiroba, imbuia, mogno, pau-rosa e outras. Todas têm em comum o lugar em que se encontram, a Mata Atlântica, que hoje se tornou um dos biomas mais ameaçados do mundo. A Mata Atlântica, onde é encontrada em maiores quantidades a árvore da Grumixama, tem como seu clima predominante o tropical úmido e subtropical úmido, que são ideais para o melhor desenvolvimento da planta. Suas temperaturas médias e umidade do ar são elevadas durante o ano todo e as chuvas são regulares e bem distribuídas. Ela é considerada um dos mais ricos biomas do planeta, ou seja, com maior biodiversidade, ela é a segunda maior floresta em extensão do Brasil, constituída de planaltos e serras. Sua flora é rica e bem diversificada, contendo mais de 20 mil espécies vegetais, correspondendo por 35% das espécies existentes no Brasil. Da mesma maneira, sua fauna é bem rica, porém compartilham do mesmo problema, muitas espécies presentes correm risco de extinção, como muriqui-do-sul, o gato-maracajá, o veado-mateiro, a anta e o queixada.