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NOVO TESTAMENTO

M k ...

ROMANOS

M ax L u c a d o
O GRANDE PROJETO DE DEUS

R o m a n o s é um livro fora de série! Considerado um dos maiores


textos teológicos jam ais escritos, ele apresenta as boas-novas de
maneira precisa e peculiar, Esse inigualável manual de vida cristã
nos ensina não apenas a respeito dos dons espirituais, do amor e
da boa cidadania, mas apresenta ainda um retrato bem apurado
da condição humana, levando-nos a refletir sobre o sentido da
vida e a esperança que Deus nos concede. Romanos é um texto
essencial acerca do crescim ento e do fortalecim ento da igreja,
convidando-nos a repensar os cam inhos que estam os trilhando e,
com isso, realinhar o rumo.

Os livros da série Lições de Vida são valiosos recursos para o estudo


da Bíblia, de forma individual ou em grupo. Cada seção oferece impor­
tantes explicações, reflexões, ensinamentos, perguntas para debate
e orações, a fim de que você amplie, de maneira prática e prazerosa,
seu conhecimento da Palavra de Deus.

Max Lucado é pastor e escritor de best-sellers mundialmente aclamados,


com mais de setenta livros publicados e oitenta milhões de exemplares
vendidos em dezenas de idiomas. Ele serve, atualmente, na Igreja de
Oak Hills em San Antonio, Texas (EUA), junto com a esposa, Denalyn,
e três filhas. Max e Denalyn atuaram por cinco anos como missionários
no Brasil.
Estudo Bíblico

MC
mundocristao
MAX LUCADO

ROM ANOS

O GRAN DE PROJETO DE DEUS

Traduzido por DANIEL FARIA

MC
mundocristão
São P aulo
Copyright © 2007 por Thomas Nelson
Publicado originalmente por Thomas Nelson Inc., Nashville, Tennessee, EUA.
Direitos negociados por Silvia Bastos, S. L., Agência Literária.

Os textos de referência bíblica foram extraídos da Nova Versão Internacional (NV1), da


Bíblica, Inc., salvo indicações específicas.

Todos os direitos reservados c protegidos pela Lei 9.610, dc 19/02/1998.

É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por quaisquer meios
(eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por
escrito, da editora.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Lucado, Max
Romanos: o grande projeto de Deus / Max Lucado; traduzido por Daniel Faria. — São
Paulo: Mundo Cristão, 2014. — (Coleção lições de vida)

Título original: Book of Romans: God’s Big Picture.


Bibliografia.

1. Bíblia. N.T. — Romanos — Comentários 2. Bíblia. N.T. — Romanos — Crítica e


interpretação 1. Título. II. Serie.

12-15239 CDD-227.106

índice para catálogo sistemático:


1. Romanos: Epístolas de Paulo: Interpretação e crítica 227.106
Categoria: Estudo Bíblico

Publicado no Brasil com todos os direitos reservados por:


Editora Mundo Cristão
Rua Antônio Carlos Tacconi, 79, São Paulo, SP, Brasil, CEP 04810-020
Telefone: (11)2127-4147
www.mundocristao.com.br
O r ie n t a ç õ e s ao l í d e r 7
C omo estudar a B í b l ia 9
I ntrodução a R omanos 13
L ição 1
Justos diante de Deus 15
L içã o 2
Conhecendo a Cristo 23
L içã o 3
Uma dádiva inestimável 29
L ição 4
Abraão e a fé 35
L ição 5
Vitória sobre o pecado 41
L ição 6
Sem culpa 47
L ição 7
O plano perfeito de Deus 55
L ição 8
Chamado por Deus 61
L ição 9
Um corpo, muitas partes 67
L içã o 10
Amor verdadeiro 73
L ição 11
Aceitando uns aos outros 79
L ição 12
“Brilha no meio do teu viver” 85
N ota ao l e i t o r 91
E studar a Bíblia é um dos grandes privilégios que recebemos do
Senhor. Ê desejo dele que conheçamos sua Palavra inspirada, que
é ú til p a r a o ensino, p a r a a repreensão, p a r a a correção e p a r a a in s­
trução na ju stiç a , p a r a que o hom em de D eu s seja apto e p len a m en te
p re p a ra d o p a r a toda boa obra (2Tm 3.16-17). Somos incentivados a
crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e S a lv a d o r Jesus
C risto (2Pe 3.18). O próprio Jesus nos ensinou a amar a Deus de
todo o nosso en ten dim en to (M c 12.30).
Para atingir esses objetivos, ele designou alguns como pastores
e mestres, a fim de edificar seu povo e conduzi-lo à maturidade
na fé (cf. E f 4.11-16), e M ax Lucado, como um desses vocaciona­
dos, tem se comprometido com o reino no ensino da Palavra. Por
isso, temos a satisfação de oferecer à Igreja evangélica este valioso
material didático para ser usado em grupo, porque acreditamos
que o estudo em conjunto torna o aprendizado interessante, rico e
produtivo (cf. Pv 27.17). Porém, não existe nenhum impedimento
ao estudo individual.
A fim de tornar o aprendizado mais eficaz, apresentamos al­
gumas dicas importantes:

1. Antes de tudo, ore e peça orientação ao Senhor para que a


Palavra seja ensinada e entendida com fidelidade e clareza.
2. Prepare-se adequadamente. Familiarize-se bem com cada
lição e não deixe de buscar subsídios para enriquecer o ensino.
3. Torne o aprendizado interativo e incentive a participação
de todo o grupo.
4. Trate com respeito todas as contribuições dos participantes.
Se houver necessidade de divergir de alguma ideia ou corrigi-la,
faça-o com mansidão e brandura (G16.1; E f 4.2; T t 3.2; T g 3.13).
5. Evite que uma pessoa dom ine a discussão. Isso inclui o lí­
der. Assim, para proporcionar o crescimento do grupo, resista à
tentação de dom inar ou m anipular a coletividade e impor seus
próprios pontos de vista.
6. Use a imaginação e a criatividade para incrementar as au­
las. Recorra a símbolos visuais, vídeos, músicas, dramatizações etc.
Lem bre-se: faça isso com moderação.

Esperam os que estas orientações e sugestões sejam úteis para


todos os membros do grupo; que todos cresçam juntos e façam
destes estudos um marco em sua formação espiritual, com o obje­
tivo de serem a cada dia mais parecidos com Jesus, nosso Senhor
e Salvador.

O s E ditores
Você tem um livro especial em mãos. Palavras esculpidas em ou­
tras línguas. Ações ocorridas em épocas distantes. Acontecim en­
tos registrados em terras longínquas. Conselhos oferecidos a um
povo estrangeiro. Esse é um livro singular.
É de surpreender que alguém o leia. E antigo demais. Alguns
dos escritos datam de cinco mil anos atrás. É esquisito demais. O
livro fala de enchentes incríveis, incêndios, terremotos e pessoas
com habilidades sobrenaturais. É radical demais. A Bíblia convi­
da à devoção eterna a um carpinteiro que chamava a si mesmo de
Filho de Deus.
A lógica diz que esse livro não sobrevivería. Antigo demais,
esquisito demais, radical demais.
A Bíblia foi proibida, queimada, escarnecida e ridicularizada.
Acadêmicos zombaram dela. Reis decretaram sua ilegalidade.
M ais de mil vezes, a cova foi aberta e o canto fúnebre começou a
ser entoado, mas, por alguma razão, a Bíblia nunca permaneceu
na sepultura. Não somente sobreviveu; ela prosperou. É o livro
mais popular em toda a história. H á anos tem sido o mais vendi­
do no mundo!
Não existe na terra um a explicação para isso. Essa, talvez, seja
a única explicação. A resposta? A durabilidade da Bíblia não se
encontra na terra; encontra-se no céu. Para os milhões, que testa­
ram suas afirmações e reivindicaram suas promessas, há somente
um a resposta: a Bíblia é o livro e a voz de Deus.
Ao ler, seria sábio de sua parte pensar um pouco acerca de
duas perguntas: Q ual o propósito da Bíblia? Com o devo estudá-
-la? O tem po gasto na reflexão dessas duas questões vai engran­
decer consideravelmente seu estudo bíblico.
Q ual o propósito da Bíblia?
Perm ita que ela própria responda a essa pergunta: P orque desde
criança você conhece as S agradas L etras, que são capazes de to rn á -lo
sábio p a r a a salvação m edian te a f é em Cristo Jesus (2Tm 3.15).
O propósito da Bíblia? Salvação. O maior desejo de Deus é
trazer seus filhos para casa. O livro dele, a Bíblia, descreve seu
plano de salvação. O propósito da Bíblia é proclamar o plano e o
desejo de Deus de salvar seus filhos.
E essa a razão de a Bíblia ter resistido ao longo dos séculos.
Ela tem a ousadia de enfrentar as questões mais difíceis a respeito
da vida: Para onde vou depois de morrer? Existe um Deus? O
que faço com os meus medos? A Bíblia oferece respostas a essas
questões cruciais. É o mapa que nos conduz ao m aior tesouro de
Deus: a vida eterna.
M as como usamos a Bíblia? Inúmeros exemplares das Escri­
turas repousam não lidos em estantes e cabeceiras pelo simples
fato de as pessoas não saberem como lê-la. O que podemos fazer
para torná-la real em nossa vida?
A resposta mais clara encontra-se nas palavras de Jesus. Ele
prometeu: Peçam , e lhes será dado; busquem , e encontrarão; batam , e
a p o rta lhes será a b erta (M t 7.7).
O primeiro passo na compreensão da Bíblia é pedir a Deus para
ajudar-nos. Devemos ler em oração. Se alguém compreende a Pala­
vra de Deus, é por causa de Deus, e não do leitor: M a s o Conselheiro,
o E sp írito Santo, que o P a i en via rá em meu nome, lhes ensinará todas as
coisas e lhesf a r á lem brar tudo o que eu lhes disse (Jo 14.26).
Antes de ler a Bíblia, ore. Convide D eus para falar com você.
Não vá às Escrituras procurando por sua m aneira de pensar; vá
em busca da m aneira de pensar dele.
Não devemos ler a Bíblia somente em oração; devemos lê-la
com cuidado. A garantia é: busquem, e encontrarão. A Bíblia não é
um jornal a ser folheado, mas um a m ina a ser garimpada: se p r o ­
curar a sabedoria como se p rocu ra a p r a ta e bu scá-la como quem busca
um tesouro escondido, então você en ten derá o que é tem er o S e n h o r e
achará o conhecimento de D eu s (Pv 2.4-5).
Q ualquer achado valioso requer esforço. A Bíblia não é exce­
ção. Para compreendê-la, você não precisa ser brilhante, mas tem
de estar disposto a arregaçar as mangas e procurar, como obreiro
que não tem do que se en vergon h ar e que m a n eja corretam ente a p a la ­
v r a d a v e rd a d e (2Tm 2.15).
Eis um ponto prático: estude a Bíblia um pouco de cada vez.
Não se sacia a fome comendo 21 refeições de um a só vez a cada
semana. O corpo precisa de um a dieta constante para permanecer
forte. O mesmo acontece com a alma. Q uando Deus enviou ali­
m ento a seu povo, no deserto, ele não providenciou pães prontos.
E m vez disso, enviou o maná, desta forma: flocos fin o s sem elhantes
a g ea d a [ ...] sobre a superfície do deserto (Êx 16.14).
Deus concedeu m aná em porções ilimitadas e envia alimento
espiritual da mesma forma: abrindo os céus com nutrientes sufi­
cientes para a fome de hoje e providenciando ordem sobre ordem,
regra e m ais regra; um pouco aqui, um pouco a li (Is 28.10).
Não desanime se a colheita de sua leitura parece pequena. H á
dias em que um a porção m enor é tudo o de que precisamos. O
im portante é buscar diariam ente a mensagem daquele dia. U m a
dieta constante da Palavra de Deus no decorrer da vida edifica a
saúde da m ente e da alma.
U m a garotinha voltou de seu prim eiro dia na escola. A mãe
perguntou:
— Você aprendeu alguma coisa?
— Pelo visto, não aprendi o bastante — a m enina respondeu.
— Tenho de voltar amanhã, depois de am anhã e depois de depois
de amanhã...
Ê assim que funciona a aprendizagem e é assim que funciona
o estudo da Bíblia. A compreensão vem pouco a pouco, ao longo
da vida.
H á um terceiro passo na compreensão da Bíblia. Depois do
pedido e da busca, vem a batida. Depois de perguntar e procurar,
você bate: batam , e a p o r ta lhes será aberta (M t 7.7).
Bater é estar diante da porta de Deus. Ficar disponível. Subir
as escadas, cruzar o pórtico, colocar-se à porta e se voluntariar. Ba­
ter vai além da esfera do pensam ento e entra na esfera da ação.
B ater é perguntar: O que posso fazer? Com o posso obedecer?
A onde posso ir?
U m a coisa é saber o que fazer. O utra é fazer. M as para aqueles
que fazem, que escolhem obedecer, um a recompensa especial os
aguarda: M a s o hom em que observa a te n ta m en te a lei p erfe ita , que
tr a z a liberdade, e p e r severa n a p r á tic a dessa lei, não esquecendo o que
o u viu m as p ra tica n d o -o , será f e l i z n a q u ilo q u e fiz e r (T g 1.25).
U m a promessa e tanto! A felicidade vem para quem pratica o
que lê! E o mesmo com m edicam entos. Se você apenas ler o ró­
tulo, mas ignorar as pílulas, de nada vai adiantar. É o mesmo com
comida. Se você apenas ler a receita, mas nunca cozinhar, não vai
ser alimentado. D á-se o m esm o com a Bíblia. Se você apenas ler
as palavras, mas nunca obedecer, jam ais conhecerá a alegria que
Deus prometeu.
Peça. Procure. Bata. Simples, não é? Por que então não tentar?
Se o fizer, entenderá por que você tem nas mãos o livro mais
extraordinário da história.
Não me sinto muito inteligente no m om ento. Acabei de descer
do avião errado que me levou para a cidade errada e me deixou
no aeroporto errado. Fui para o leste em vez de ir para o oeste e
cheguei a H ouston em vez de chegar a Denver.
N ão parecia ser o avião errado, mas era. Atravessei o portão
errado, cochilei durante o voo errado e fui parar no lugar errado.
Paulo diz que todos nós fizemos a mesma coisa. N ão em rela­
ção a aviões e aeroportos, mas com nossa vida e Deus. Ele diz aos
leitores romanos:

N ão há nenhum justo, nem um sequer (3.10).


Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (3.23).

Todos nós estamos no avião errado, diz ele. Todos. Gentios e


judeus. Toda gente tom ou o caminho errado. E todos precisamos
de ajuda.
Nessa profunda carta, Paulo explora todas as opções erradas
e nos conduz até a única opção correta. As soluções erradas são
o prazer e o orgulho (capítulos 1 e 2); a solução correta é Jesus
C risto (3.21-26). Segundo Paulo, somos salvos pela graça (favor
não merecido, não conquistado), através da fé (total confiança)
em Jesus e em sua obra.
A carta conclui com instruções práticas para o crescimento da
igreja, incluindo reflexões sobre dons espirituais (12.3-8), amor
genuíno (12.9-21) e boa cidadania (13.1-14). Os capítulos finais
fornecem instruções brilhantes sobre como lidar com todo tipo
de situação, desde a divisão na igreja até irmãos complicados.
Romanos é uma carta transform adora para pessoas dispostas
a adm itir que são pecadoras. Para aqueles que admitem estar no
avião errado, a carta oferece o itinerário correto.
Leia e tome nota. Você não vai querer perder este voo para casa.
J u st o s d ia n t e d e D eus

R eflexão
Romanos oferece um olhar detalhado e ampliado do plano espe­
cial de Deus para a raça hum ana. O livro lhe m ostra as condições
“antes e depois” de sua vida em relação a Jesus Cristo. Ao iniciar
este estudo, reflita sobre seu estilo de vida anterior a sua conver­
são. Identifique as principais mudanças realizadas por Cristo em
sua vida.

S ituação
O apóstolo Paulo escreveu essa carta para o grupo de cristãos
em Roma, a capital do Império Romano. Ele compôs essa car­
ta de doutrina cristã após anos de trabalho missionário. Em bora
ainda não houvesse visitado Roma, ele tinha os cristãos romanos
em alta consideração. Q ueria passar mais tem po com eles, assim
como fizera com tantas outras novas igrejas em torno do mar
M editerrâneo. Essa carta é a m aneira de Paulo dizer: “Eis as li­
ções centrais que eu gostaria de ensinar-lhes se eu pudesse passar
algum tem po do seu lado”. N a passagem a seguir, Paulo descreve
a glória e o poder do evangelho de Cristo.

O bservação
Leia Romanos 1.16-32 da N V I ou da RA.

Nova Versão Internacional


16Não me envergonho do evangelho, porque ê o poder de Deus para a sal­
vação de todo aquele que crê: prim eiro do judeu, depois do grego.17Porque no
evangelho é revelada a justiça de Deus, umajustiça que do principio aofim é
pela fé, como está escrito: “0 justo viverá pela fé".
18 Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e
injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça,19pois o que de
Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
20 Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno
poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendi­
dos p o r meio das coisas criadas, deform a que tais homens são indesculpáveis;
21porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe ren­
deram graças, mas os seus pensamentos tornaram-sefúteis e o coração insensa­
to deles obscureceu-se. 22 D izendo-se sábios, tornaram-se loucos 23 e trocaram
a glória do Deus im ortal p o r imagensfeitas segundo a semelhança do homem
mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis.
24 Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos peca­
minosos do seu coração, para a degradação do seu corpo entre si. 25 Trocaram a
verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados,
em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.
26Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. A té suas mulhe­
res trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza.
27 D a mesma form a, os homens também abandonaram as relações naturais
com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a co­
meter atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo
merecido pela sua perversão.
28Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os
entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não de­
viam. 29 Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e
depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia.
São bisbilhoteiros, 30 caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e
presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais;
31são insensatos, desleais, sem amor pela fa m ília , implacáveis. 32 Embora co­
nheçam ojusto decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas me­
recem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam
aqueles que as praticam.

Almeida Revista e Atualizada


16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê, prim eiro do ju deu e também do grego;17 visto
que a justiça de Deus se revela no evangelho, d e f é emfé , como está escrito:

O justo viverá porfé.

18 A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos


homens que detêm a verdade pela injustiça;19 porquanto o que de Deus se
pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20 Porque
os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua
própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo,
sendo percebidos por meio das coisas queforam criadas. Tais homens são, p o r
isso, indesculpáveis; 21porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glori­
ficaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus
próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.22 Inculcando-se
p o r sábios, tornaram-se loucos 23 e mudaram a glória do Deus incorruptível
em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, qua­
drúpedes e répteis.
24 Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências
de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;25pois eles muda­
ram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar
do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!
26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque a té as mu­
lheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário
à n atureza;22 semelhantemente, os homens também, deixando o contato na­
tural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo
torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição
do seu erro.
28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os
entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas incon­
venientes, 29 cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos
de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, 30 ca­
luniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores
de males, desobedientes aos pais, 31 insensatos, pérfidos, sem afeição natural e
sem misericórdia. 32 Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passí­
veis de morte os que tais coisas praticam, não somente asfazem , mas também
aprovam os que assim procedem.

E xploração
1. D e que diferentes maneiras Deus se revela às pessoas? (Para
conhecer algumas ilustrações bíblicas, leia Salmos 19.1,8; João
12.49; 14.10,26; A tos 14.17; Romanos 1.16,20; lC oríntios 2.13;
ljoão 5.13.)
2. D e que modo algumas pessoas têm provocado a ira de Deus?

3. Com o e por que a verdade do evangelho é escondida de algu­


mas pessoas?

4 .0 que acontece quando Deus perm ite que as pessoas sigam seu
próprio caminho?

5. Essa passagem descreve um a m aneira de encontrar Überdade da


escravidão do pecado. Com o ela a descreve?

I nspiração
Detrás dele, um a trilha de rastros.
Debaixo dele, o galope de um cavalo.
D iante dele, quilômetros a percorrer.
D entro dele, um a determinação firme como a rocha.
Olhos apertados. D entes cerrados. M ãos resolutas. Os cavalei­
ros da antiga agência de correio Pony Express tinham uma tarefa:
entregar a mensagem depressa e com segurança. Eles avaliavam
todas as vantagens possíveis: o trajeto mais curto, o cavalo mais
rápido, a sela mais leve. A té mesmo a m arm ita menos pesada.
Somente os caras durões eram contratados. Conseguiam lidar
com os cavalos? Suportar o calor? Fugir de ladrões e sobreviver
a nevascas? O s jovens e os órfãos eram os preferidos. Os selecio­
nados ganhavam 125 dólares por mês (um bom salário em 1860),
um revólver Colt, um a espingarda leve, um a camisa vermelha bri­
lhante, calças azuis e oito horas para cobrir 130 quilômetros, seis
dias por semana. Trabalho duro e salário alto. M as a mensagem
valia a pena.
O apóstolo Paulo teria adorado o Pony Express. Pois ele, tal
como aqueles cavaleiros, havia sido incumbido de um a m ensa­
gem.
“Tenho um a grande dívida para com vocês e para com todos”,
disse Paulo à igreja rom ana (Rm 1.14, Nova Bíblia Viva). O após­
tolo tinha algo para eles: um a mensagem. Ele havia recebido a
missão, como um cavaleiro da Pony Express, de entregar a m en­
sagem divina: o evangelho. Para Paulo, nada importava mais que
o evangelho. “Não me envergonho do evangelho”, ele escreveu em
seguida, “porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele
que crê” (v. 16).
Paulo vivia para transm itir a mensagem. A m aneira como as
pessoas se lembravam dele era secundário. (Do contrário, por que
ele se apresentaria como escravo? Veja Romanos 1.1.) A maneira
como as pessoas se lembravam de Cristo era o principal. A m en­
sagem de Paulo não dizia respeito a si mesmo. A mensagem dele
dizia total respeito a Cristo.
T r e c h o d e I sto n ã o é para m im

R eação
6. Com o você descrevería a justificação a um novo convertido?

7. C om base nessa passagem, explique o que é exigido para ser


justo diante de Deus. O que João 14.6 diz?

8. Com o você tem observado a justificação de Cristo transform ar


a vida de alguém? Explique.
9. Em que áreas de sua vida seus desejos pecaminosos tendem a
interferir em sua busca de viver um a vida justa?

10. D e que modo essa passagem lhe dá ânimo para viver pela fé?

L ições de vida
Q uer sejamos novos na fé, quer crentes em C risto há m uitos anos,
todos nós lutamos com o desafio de m anter a fé em prontidão, até
o momento. Nossa tendência hum ana é recorrer a nossa justiça, a
nossa trajetória, a nossa capacidade de fazer o bem e de ser bons,
em vez de depositar nossa esperança em Cristo. E ntender de fato
que Jesus deseja nossa total confiança é um processo contínuo,
um a realidade do tipo “um dia de cada vez”. Os desafios de ontem
à fé podem dar informações às respostas de hoje, mas elas não nos
isentam de viver pela fé hoje. Se você está levando Cristo em con­
sideração, depositar nele sua fé é um ponto de partida inevitável,
mas essa decisão não constitui a etapa final. Cada dia oferece uma
nova oportunidade de reconhecer e experimentar a vida pela jus­
tiça de Cristo, não pela nossa. Se você confiou em Cristo recen­
tem ente, que lições já aprendeu sobre viver pela fé? Se você é um
cristão de longa data, que disciplinas aprendeu sobre m anter a fé
viva? O u você anda “encostado espiritualm ente” há algum tempo?

D evoção
Pai, perdoa-nos por sermos testemunhas de tua majestade e ainda
assim vivermos como se tu não existisses. Perdoa-nos, Pai, quando
por vezes depositamos mais esperança nas coisas da terra do que
nas maravilhosas promessas de teu paraíso. Tem misericórdia de
nosso coração endurecido. Transforma-nos conforme a tua seme­
lhança.

• Para mais passagens bíblicas sobre justificação, leia ISamuel


26.23; IReis 10.9; Habacuque 2.4; Sofonias 2.3; Malaquias
4.2; Romanos 3.21; 8.10; Gálatas 3.11; 2Tim óteo 3.16.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 1.1-32.

Para pensar
Escreva um a oração de agradecimento a D eus por salvar você de
um a vida de pecado e trazê-lo a um relacionamento justo com ele.
C o n h e c e n d o a C r is t o

R eflexão
N a últim a lição, delineamos a longa jornada que os seres hum a­
nos empreenderam para longe de Deus. N o princípio os humanos
se rebelaram deliberadamente e, agora, cada nova geração sofre
os resultados dessa rebelião. Arrependim ento é o primeiro passo
dessa viagem de volta para casa. O evangelho oferece esperança
para a viagem. Quais medidas você tom ou recentem ente visando
aprofundar seu relacionamento com Cristo?

S ituação
Paulo estava ciente de que seus leitores tinham um a visão de
m undo dividida: judeus e gentios. Ele precisava obter a atenção
de dois tipos de pensam ento. Neste capítulo, ele se dirige à mente
autoconfiante dos judeus, que presumiam para si um lugar es­
pecial no plano de Deus, e à m ente gentia, que se considerava
orgulhosamente autossuficiente. Am bas as formas de pensar pre­
cisavam submeter-se a um a m udança de ponto de vista, enxer­
gando a condição hum ana da perspectiva santa de Deus.

O bservação
Leia Romanos 2.1-16 da N V I ou da RA.

Nova Versão Internacional


1Portanto, você, queju lga os outros, é indesculpável; pois está condenando
a si mesmo naquilo em quejulga, visto que você, quejulga, pratica as mesmas
coisas. 2 Sabemos que o ju íz o de Deus contra os que praticam tais coisas é
conforme a verdade.3Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas
pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do ju íz o de Deus? 4 Ou será que
você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reco­
nhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?
5 Contudo, p o r causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está
acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se re­
velará o seu justo julgamento. 6 Deus “retribuirá a cada um conforme o seu
procedimento ”. 1Ele dará vida eterna aos que, persistindo em f a z e r o bem,
buscam glória, honra e imortalidade. 8M as haverá ira e indignação para os
que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça. 9H averá tr i­
butação e angústia para todo ser humano que pratica o mal: prim eiro para o
judeu, depois para o grego;10 mas glória, honra e p a z para todo o que pratica
o bem: prim eiro para o judeu, depois para o grego. 11 Pois em Deus não há
parcialidade.
12 Todo aquele que pecar sem a Lei, sem a L ei também perecerá, e todo
aquele que pecar sob a Lei, pela L ei será julgado. 13 Porque não são os que
ouvem a L ei que sãojustos aos olhos de Deus; mas os que obedecem à Lei, estes
serão declaradosju stos.14 (Defato, quando os gentios, que não têm a Lei, p ra ­
ticam naturalmente o que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora
não possuam a L e i;15pois mostram que as exigências da L ei estão gravadas
em seu coração. Disso dão testemunho também a sua consciência e os pensa­
mentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os.) 16Isso tudo se verá no dia
em que Deus ju lg a r os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo, conforme o
declara o meu evangelho.

Almeida Revista e Atualizada


1 Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que se­
jas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as
próprias coisas que condenas. 2 Bem sabemos que o ju íz o de Deus é segundo
a verdade contra os que praticam tais coisas. 3 Tu, ó homem, que condenas os
que praticam tais coisas efa ze s as mesmas, pensas que te livrarás do ju íz o de
D eus? 4 Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimi-
dade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?
5Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo
ira para o dia da ira e da revelação do justo ju íz o de Deus, 6 que retribuirá
a cada um segundo o seu procedim ento:1 a vida eterna aos que, perseveran-
do em f a z e r o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; 8 mas ira e
indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.
9 Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem quef a z o mal,
ao judeu prim eiro e também ao grego;10glória, porém, e honra, e p a z a todo
aquele que pratica o bem, aojudeu prim eiro e também ao grego.11Porque para
com Deus não há acepção de pessoas.
12 Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e
todos os que com lei pecaram mediante lei serão ju lgados.13 Porque os simples
ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei
hão de serjustificados.14 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem,
p o r natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei
para si mesmos. 15 Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração,
testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamen­
te acusando-se ou defendendo-se,16 no dia em que Deus, por meio de Cristo
Jesus, ju lg a r os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.

E xploração
1. Q ue motivo Paulo apresentou para aconselhar os romanos a
evitarem julgar os demais?

2. Por que as pessoas tendem a ter como certa a bondade de Deus


independentem ente do que fizerem?

3. D e acordo com essa passagem, quais diretrizes Deus usa para


recompensar ou punir as pessoas?

4. Se ouvir a lei não justifica as pessoas diante de Deus, então o


que as justifica?

5. Com o podemos distinguir o certo do errado?


I nspiração
Por vezes eu me pergunto: que tipo de hom em esse tal Judas era.
Q ual era sua aparência, como ele se comportava, quem eram seus
amigos... A despeito de todas as coisas que não sabemos acerca
de Judas, existe algo de que não temos dúvida: ele não tinha re­
lacionamento algum com o M estre. Ele tinha visto Jesus, mas
não o conhecia. T inha ouvido Jesus, mas não o entendia. Possuía
religião, mas nenhum relacionamento.
Conform e Satanás abria caminho em torno da mesa, no cená-
culo, ele precisava de um tipo singular de hom em para trair nosso
Senhor. Precisava de um hom em que tinha visto Jesus, mas não o
conhecia. Precisava de um hom em que conhecia as ações de Jesus,
mas não havia captado a missão dele. Judas era esse hom em . Ele
conhecia o império, mas jamais conheceu o H om em .
Aprendemos essa lição atemporal com o traidor. As melhores
ferramentas de Satanás para a destruição não estão do lado de
fora da igreja, mas em seu interior. U m a igreja jamais morrerá por
causa da imoralidade na T V ou da corrupção no governo. M as
morrerá vítima da corrosão interna — daqueles que carregam o
nome de Jesus, mas nunca o conheceram, que têm religião, mas
nenhum relacionamento.
Judas usava o m anto da religião, mas nunca conheceu o cora­
ção de Cristo. Vamos fazer de nosso objetivo conhecer a Jesus...
profundamente.
T r e c h o d e M o ldado por D eu s

R eação
6. Q ue semelhanças você enxerga entre Judas e as pessoas a quem
Paulo endereçou essa carta?

7. D e que m aneira Paulo explica a diferença entre ser religioso e


ser justo diante de Deus? De que modo nossa vida evidencia essa
diferença?
8. O que é hipocrisia e por que ela é nociva para a igreja? (Ensi­
nam entos de Jesus sobre o assunto estão registrados em M ateus
6.2-8; 7.1-6; 15.5-9; 23.1-36 e em Lucas 6.41-42; 12.1-2.)

9. Q ue exemplos de corrosão espiritual você observa na igreja


hoje?

10. D e que maneiras sutis Satanás tenta corroer seu relaciona­


m ento com Cristo?

11. C om o você pode se prevenir dos ataques de Satanás?

L ições de vida
U m a área de tentação implacável tem a ver com nossa tendência
de nos comparar com os outros. Esse tipo de julgamento possui
um único propósito: fazer-nos sentir melhores, superiores e espi­
ritualm ente seguros. A Bíblia aponta consistentemente os perigos
e o pecado dessas comparações. Nessa passagem, Paulo mostrou
que comparações apenas negam o fato de que estamos todos dian­
te de um Deus santo como criaturas caídas necessitando desespe­
radam ente de misericórdia. Q uando esquecemos de nos incluir
nesse cenário, somos incapazes de enxergar o próximo com clareza.
D evoção
Pai, todos nós falhamos contigo de alguma m aneira. Escolhemos
caminhos errados e tomamos decisões erradas. Conhecem os tua
lei, mas optam os por ignorá-la. Esforçamo-nos para impressionar
os outros com nosso conhecimento a teu respeito, enquanto nosso
coração está distante de ti. Perdoa-nos, Pai. G uia-nos a um rela­
cionam ento mais verdadeiro e mais profundo contigo.

• Para mais passagens bíblicas sobre desenvolver um rela­


cionam ento com Cristo, leia M ateus 12.50; João 1.12; 15.5;
Romanos 8.15-17; 2Coríntios 5.17; Filipenses 3.8.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 2.1—3.8.

Para pensar
Q ue posso fazer para aprofundar meu relacionamento com Cris­
to? Com o posso conhecê-lo melhor?
U m a d á d iv a in e s t im á v e l

R eflexão
Para nós é fácil questionar a maneira como Deus lida conosco. Os
caminhos de Deus não são os nossos caminhos, e jamais enten­
deremos plenamente os mistérios de sua justiça, sua santidade e
seu poder. O que você faria com a hum anidade teimosa, se fosse
Deus? N o lugar do santo Criador, como você reagiría a suas cria­
turas pecaminosas? Reflita sobre como Deus tem trabalhado em
seu coração e em sua vida recentemente. Q ue parte da salvação
ainda constitui um mistério para você?

S ituação
Paulo criou um impasse em relação à lei. As leis de Deus são boas,
diz ele, mas incapazes de nos motivar a viver de acordo com as
expectativas da justiça de Deus. Q uer a lei esteja presente quer
não, somos incapazes de obedecer perfeitam ente, portanto ainda
somos pecadores. Q ue dilema! M as Paulo está apenas lançando
as bases para as boas-novas, que vêm em Romanos 3. Aqui estão
definições úteis para três im portantes term os teológicos usados
em Romanos: 1) Justificação refere-se à declaração de Deus de que
não som os culpados de nossos pecados. 2) Redenção significa
que Jesus pagou a pena por nossos pecados ao m orrer na cruz. 3)
Expiação diz respeito ao sacrifício de C risto em nosso favor.

O bservação
Leia Romanos 3.21-31 da N V 1 ou da RA.

Nova Versão Internacional


21 M as agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, indepen­
dente da Lei, da qual testemunham a L ei e os Profetas, 22justiça de Deus
mediante a f é em Jesus Cristo para todos os que creem. N ão há distinção,
23pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, 24sendojustificados
gratuitam ente p or sua graça, p or meio da redenção que há em Cristo Jesus.
2SDeus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante afé, pelo seu san­
gue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, h avia deixado impunes
os pecados anteriormente cometidos; 26 mas, no presente, demonstrou a sua
justiça, a fim de serjusto ejustficador daquele que tem f é em Jesus.
21 Onde está, então, o motivo de vangloria? É excluído. Baseado em que
princípio? N o da obediência à Lei? Não, mas no princípio da fé. 28Pois sus­
tentamos que o homem éjustificado pela fé, independente da obediência à Lei.
29Deus éD eus apenas dosjudeus? Ele não ê também o Deus dos gentios? Sim,
dos gentios também, 30 visto que existe um só Deus, que pela féju stificará os
circuncisos e os incircuncisos. 31Anulamos então a L ei pela fé ? D e maneira
nenhuma! A o contrário, confirmamos a Lei.

Almeida Revista e Atualizada


21 M as agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela
lei epelosprofetas;22justiça de Deus mediante a f é em Jesus Cristo, pa ra todos
[e sobre todos] os que creem; porque não há distinção, 23pois todos pecaram e
carecem da glória de D eu s,24 sendojustificados gratuitamente, por sua graça,
mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25 a quem Deus propôs, no seu
sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por
ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente come­
tidos;26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para
ele mesmo serjusto e ojustficador daquele que tem fé em Jesus.21 Onde, pois, a
jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? D as obras? Não;pelo contrário,
pela lei da fé. 28 Concluímos, pois, que o homem êjustificado pelafé, indepen­
dentemente das obras da lei. 29 Ê,porventura, Deus somente dosjudeus? N ão
o é também dos gentios? Sim, também dos gentios,30 visto que Deus é um só, o
qualjustificará, porfé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso. 31A nula­
mos, pois, a lei pela fé ? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.

E xploração
1. E m que sentido as pessoas são todas iguais? O que todos nós
compartilhamos, especialmente em relação a Deus?
2. Com o as pessoas podem ser justificadas diante de Deus? (Pode
ser útil consultar 3.22-24 e Isaías 52.13— 53.12.)

3. Usando essa passagem como ilustração, de que maneira o plano


de D eus dem onstra a justiça divina para com a humanidade?

4. O que deveria im pedir os cristãos de se vangloriarem?

I nspiração
“O am or”, diz Paulo, “nunca perece” (IC o 13.8). O verbo que Pau­
lo emprega para perecer é usado em outros lugares para descrever
a m orte de um a flor que cai no chão, m urcha e apodrece. Traz
o sentido de m orte e extinção. O amor de Deus, diz o apóstolo,
nunca cairá no chão, murchará e apodrecerá. Por natureza, esse
am or é perm anente. Ele nunca se extingue.
Governos perecem, mas o amor de Deus dura para sempre.
Coroas são temporárias, mas o amor é eterno. Seu dinheiro aca­
bará, mas o amor dele jam ais terá fim.
“Com o é possível D eus ter um am or como esse? Ninguém
possui amor infalível. N enhum a pessoa é capaz de amar com per­
feição.” Você está certo. N enhum a é capaz. M as Deus não é um a
pessoa qualquer. Ao contrário de nosso amor, o amor dele nunca
perece. O amor de Deus é imensamente diferente do nosso.
Nosso amor depende do receptor do amor. Passem mil pes­
soas diante de nós, e não teremos o mesmo sentim ento sobre
cada uma. Nosso amor será regulado pela aparência, pela perso­
nalidade delas. M esm o quando encontram os alguns poucos de
quem gostamos, nossos sentim entos oscilarão. O tratam ento que
nos dispensarão afetará nosso am or por elas. O receptor regula
nosso amor.
Não é assim com o amor de Deus. Não temos nenhum im ­
pacto term ostático sobre o amor dele por nós. O am or de Deus
é incondicional e espontâneo. Com o disse Charles Wesley: “Ele
nos amou. Ele nos amou. Porque ele havería de am ar”.
Será que Deus nos ama devido a nossa bondade? Devido a
nossa amabilidade? Devido a nossa grande fé? Não, ele nos ama
por sua bondade, amabilidade e grande fé. João diz assim: “Nisto
consiste o amor: não em que nós tenham os amado a Deus, mas
em que ele nos amou” (IJo 4.10).
Pensar nisso não conforta você? O amor de D eus não depende
do nosso. A abundância de nosso amor não aum enta o amor dele.
A escassez de nosso amor não diminui o amor dele. Nossa bonda­
de não eleva o am or dele, nem nossa fraqueza o dilui... Deus nos
ama simplesmente porque ele escolheu fazê-lo.
T r e c h o d e U m a m o r q u e vale a p e n a

R eação
5. Q uando você percebeu pela prim eira vez que a salvação é um a
dádiva gratuita proporcionada por Cristo?

6. O que ou quem ajudou você a alcançar essa percepção?

7.' D e que diferentes m aneiras as pessoas ten tam conseguir a


salvação?

8. Por que é importante entender que a salvação é um a dádiva de


Deus? Por que essa notícia não comovería certas pessoas?
9. Descreva como sua vida seria diferente sem Jesus.

10. D e que modo recebemos a aprovação de Deus?

L ições de vida
Aquilo que não tem preço não pode ser comprado ou adquiri­
do. A vida eterna é um tesouro desse tipo. O u nós a recebemos
gratuitam ente, ou não a recebemos de m aneira alguma. Jamais
poderiamos pagar por ela. Jamais poderiamos merecê-la. E um
presente de Deus para nós; do contrário, não a teríamos. M as
seria um grande erro concluir neste caso que aquilo que é gratuito
é barato. C ustou m uito caro para Deus, incluindo a vida de seu
Filho, conceder-nos esse presente. Não há lugar para vangloria;
somente gratidão.

D evoção
Deus santo e Pai celestial, vimos a ti cientes de que não merece­
mos estar em tua presença. Nós te agradecemos por teres con­
cedido um caminho para nós através do sangue de teu precioso
Filho. Tua graça salvadora é um a dádiva inestimável. M antém -
-nos maravilhados e fascinados com aquilo que fizeste por nós.

• Para mais passagens bíblicas sobre a dádiva da salvação,


leia João 3.16; Atos 4.12; Efésios 2.8; lTessalonicenses 5.9;
lT im óteo 1.15; T ito 2.11; Hebreus 5.7-9.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 3.9-31.
Para pensar
Com o posso falar às pessoas sobre a dádiva gratuita de Deus?
A b ra ã o e a fé

R eflexão
Para tirar o máximo proveito desta lição, reserve alguns m inu­
tos para rever a vida de Abraão, na Bíblia. Aqui estão algumas
passagens-chave: Gênesis 12.1-4; 15.1-6; 22.1-18 e Gálatas 3.6-9.
A o refletir sobre a vida de Abraão, tente pensar em alguém que
tem sido um exemplo de grande fé para você. Com o essa pessoa
testem unha sua fé?

S ituação
C om o intuito de apresentar sua defesa para o ancestral plano de
salvação de Deus, Paulo refez o caminho de volta da linhagem
judaica até o início, com Abraão. O próprio patriarca da nação ju ­
daica não era judeu. Paulo argum enta que, se Deus concedeu sal­
vação (justificação pela fé) a Abraão, m uito antes de ele se tornar
pai da nação judaica, não faria sentido concluir que Deus tem um
plano para o resto dos gentios? E o plano de Deus sempre esteve
baseado na fé, não na linhagem.

O bservação
L e ia R o m an os 4 .1 3 - 2 5 d a N V I ou d a R A .

Nova Versão Internacional


13N ã o foi mediante a L ei que Abraão e a sua descendência receberam a p ro ­
messa de que ele seria herdeiro do mundo, mas mediante a justiça que vem dafé.
14Pois se os que vivem pela L ei são herdeiros, a f é não tem valor, e a promessa
é inútil;13porque a L ei produz a ira. E onde não há Lei, não há transgressão.
16Portanto, a promessa vem pela fé, para que seja de acordo com a graça e
seja assim garantida a toda a descendência de Abraão; não apenas aos que es­
tão sob o regime da Lei, mas também aos que têm a f é que Abraão teve. Ele é o
p a i de todos nós.11Como está escrito: “Eu o constituíp a i de muitas nações". Ele
é nosso p a i aos olhos de Deus, em quem creu, o Deus que dá vid a aos mortos e
chama à existência coisas que não existem, como se existissem.
,s Abraão, contra toda esperança, em esperança creu, tornando-se assim
p a i de muitas nações, como f o i dito a seu respeito: “A ssim será a sua descen­
dência". 19 Sem se enfraquecer na fé, reconheceu que o seu corpo j á estava sem
vitalidade, pois j á contava cerca de cem anos de idade, e que também o ventre
de Sara j á estava sem vigor. 20Mesmo assim não duvidou nem f o i incrédulo
em relação à promessa de Deus, mas f o i fortalecido em sua f é e deu glória a
Deus, 21estando plenamente convencido de que ele era poderoso para cumprir o
que havia prometido. 22 E m consequência, “isso lhefoi creditado comojustiça".
23A s palavras “lhe f o i creditado” não foram escritas apenas para ele, 24 mas
também para nós, a quem Deus creditará justiça, a nós, que cremos naquele
que ressuscitou dos mortos a Jesus, nosso Senhor. 25Ele f o i entregue à morte por
nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação.

Almeida Revista e Atualizada


13Não f o i por intermédio da lei que a Abraão ou a sua descendência coube
a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante ajustiça d a fé .14 Pois, se
os da lei é que são os herdeiros, anula-se a f é e cancela-se a promessa,15porque
a lei suscita a ira; mas onde não há lei, também não há transgressão.
16 Essa é a razão p o r que provém da fé, para que seja segundo a graça, a
fim de que sejafirme a promessa para toda a descendência, não somente ao que
está no regime da lei, mas também ao que é da f é que teve Abraão (porque
Abraão ép a i de todos nós,11 como está escrito:
Por p a i de muitas nações te constituí.),
perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existên­
cia as coisas que não existem. 1SAbraão, esperando contra a esperança, creu,
para v ir a ser p a i de muitas nações, segundo lhefora dito:
Assim será a tua descendência.
19 E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo
amortecido, sendoj á de cem anos, e a idade avançada de Sara,20 não duvidou,
p o r incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando
glória a Deus, 21 estando plenamente convicto de que ele era poderoso para
cumprir o que prometera. 22 Pelo que isso lhefo i também imputado para ju s ­
tiça. 23 E não somente por causa dele está escrito que lhef o i levado em conta,
24 mas também p o r nossa causa, posto que a nós igualmente nos será imputado,
a saber, a nós que cremos naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nos­
so Senhor,25 o qualfoi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou
p o r causa da nossa justificação.
E xploração
1. Descreva como Abraão se tornou justo diante de Deus. A vida
de Abraão pode ter sido plena de amor por Deus, boas obras e
obediência às regras religiosas. M as nenhum a dessas coisas to r­
nou Abraão aceitável a Deus. O que levou Deus a aceitá-lo?

2. Com o Abraão recebeu a promessa de Deus? Com o outros po­


dem recebê-la?

3. Q ue obstáculos Abraão superou para crer na promessa de Deus?

4. O que significa ter um a forte fé? A força da fé depende de sua


fonte ou de seu objeto?

5. Q ue palavras foram escritas para Abraão e para nós?

I nspiração
H en ry D rum m ond [escreve]: “Se refletir por um instante, per­
ceberá que as pessoas que o influenciam são aquelas que acre­
ditam em você. E m um a atm osfera de suspeitas o hom em se
retrai; na outra, porém , ele se descontrai e encontra encoraja­
m ento e com panheirism o educativo. E maravilhoso que aqui
e ali, neste m undo austero e insensível, ainda existam algumas
raras almas em cuja m ente não reside maldade alguma. Esse é
o grande desapego das coisas mundanas. O amor vê o lado po­
sitivo, expressa a m elhor parte de cada ação. Q ue maravilhoso
estado de m ente para viver! Q ue estímulo e bênção deparar com
algo assim ainda que por apenas um dia! Ser digno de confiança
é ser salvo. E se tentarm os influenciar ou anim ar os outros, logo
perceberemos que o sucesso é proporcional à confiança deles em
nossa confiança neles. Pois o respeito de alguém é a prim eira
recuperação do autorrespeito perdido pelo hom em ; nosso ideal
do que ele é torna-se para ele a esperança e o m odelo do que ele
pode vir a ser”.
Tal fé move m ontanhas de inércia nas pessoas. Pulveriza pre­
conceitos e impossibilidades. Tal fé é o fruto do Gracioso E s­
pírito de Deus que adoça um m undo azedo. Substitui suspeita
e desconfiança por amizade, esperança e bom ânimo. Dignifica
amigos, familiares e conhecidos casuais.
Fé desse calibre vem de Deus. Se ela está em falta, devemos
pedi-la. D eus nos exorta a solicitar-lhe ousadamente suas boas
dádivas (Lc 11.9-13). Ele de fato concede seu Gracioso Espírito
àqueles que requerem sua presença e estão preparados a coope­
rar de todo o coração com seus m andamentos (At 5.32). Ele não
retém nada do que é bom para aqueles que buscam sua fé com
sinceridade. Deus é fiel.
T r e c h o d e F r u t o s d o E s p ír it o S a n t o ,

de P h il ip K e ller

R eação
6. D e que modo o exemplo de Abraão o inspira a buscar um a fé
mais profunda?

7. Com o nossa vida de fé pode influenciar pessoas?


8. Descreva alguma ocasião em que a fé de alguém fez diferença
em sua vida.

9. O que pode im pedir o crescimento de nossa fé?

10. O que você norm alm ente faz quando experimenta dúvidas?

11. O que podemos aprender com Abraão acerca de como lidar


com os obstáculos à fé?

L ições de vida
Q uase todo m undo nos dias de Abraão, assim como em nossos
dias, tinha algum tipo de fé. Alguns acreditavam em ídolos, ou­
tros, na sorte ou no acaso, e muitos sim plesm ente tinham fé em
si mesmos. A fé de A braão tinha um a finalidade divina. Sua fé
residia em Deus, e ele agia de acordo com ela. A fé que as pessoas
testem unham em nossa vida talvez não comunique autom ati­
cam ente a finalidade de nossa fé. Elas perceberão os efeitos de
nossa fé. Se perguntarem , devemos estar prontos para dizer-lhes
que nossa fé repousa em Jesus Cristo. Vivemos pela fé porque
vivemos nele.

D evoção
Pai, aceitaste a fé de Abraão e aceitas a nossa hoje. Não merece­
mos teu perdão e tua misericórdia; contudo, tu as concedes a nós
gratuitam ente. O brigado por cobrires nossa culpa com o sangue
de teu único Filho. C ontinua a fortalecer nossa fé em ti, para tua
glória.

• Para mais passagens bíblicas sobre a fé, leia Gênesis 15.6;


2Crônicas 20.20; Isaías 7.9; Habacuque 2.4; M ateus 9.29;
A tos 15.9; Romanos 5.1; 10.17.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 4.1—5.21.

Para pensar
D e que m odo as pessoas ao m eu redor são impactadas pela m inha
fé em Deus?
V it ó r ia so b r e o p e c a d o

R eflexão
Hábitos. O s melhores parecem impossíveis de desenvolver; os
piores aparecem sem nenhum esforço em nossa vida. Bons há­
bitos desaparecem num piscar de olhos; maus hábitos perduram
como um a dolorosa incapacidade. Pense em alguma ocasião em
que você venceu um mau hábito. Com o conseguiu fazê-lo? D es­
creva como se sentiu.

S ituação
Paulo sabe quão profunda é a tendência hum ana de abusar da gra­
ça de Deus. Ele retorna à pergunta que deu início a este sexto
capítulo. Será que a realidade da graça de Deus nos permite pecar
à vontade, sem nos preocuparmos com as consequências? É claro
que não. A menos que nos coloquemos deliberadamente nas mãos
de Deus, tornando-nos escravos da justiça, a liberdade que nos é
oferecida em Cristo degenera em um tipo diferente de escravidão.
Por que escolheriamos servir ao mundo, a carne ou ao diabo, se
temos a oportunidade de servir a nosso Criador?

O bservação
Leia Romanos 6.15-23 da N V 1 ou da RA.

Nova Versão Internacional


15E então? Vamos pecar porque não estamos debaixo da Lei, mas debaixo
da graça? D e maneira nenhuma!16Não sabem que, quando vocês se oferecem
a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem
obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à
ju stiç a ? 17Mas, graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do
pecado, passaram a obedecer de coração à form a de ensino que lhesf o i trans­
mitida. 18 Vocêsforam libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça.
19Falo isso em termos humanos, por causa das suas limitações humanas.
Assim como vocês ofereceram os membros do seu corpo em escravidão à impu­
reza e à maldade que leva à maldade, ofereçam-nos agora em escravidão à
justiça que leva à santidade.20 Quando vocês eram escravos do pecado, esta­
vam livres da justiça. 21 Quefru to colheram então das coisas das quais agora
vocês se envergonham? O fim delas é a morte! 22 M as agora que vocêsforam
libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, ofru to que colhem leva
à santidade, e o seufim é a vida eterna. 23 Pois o salário do pecado é a morte,
mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Almeida Revista e Atualizada


15 E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim
da graça? D e modo nenhum!16 Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis
como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do
pecado para a morte ou da obediência para a ju stiç a ? 17 M as graças a Deus
porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à
form a de doutrina a quefostes entregues;18 e, uma v e z libertados do pecado,
fostes feitos servos da ju stiç a .19 Falo como homem, por causa da fra q u eza da
vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da im­
pu reza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros
para servirem à justiça para a santificação. 20 Porque, quando éreis escravos
do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. 21 Naquele tempo, que resulta­
dos colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque ofim
delas é morte. 22 Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos
de Deus, tendes o vosso fru to para a santificação e, porfim , a vid a eterna;23
porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vid a
eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

E xploração
1. Por que os cristãos devem evitar o pecado?

2. Cite algumas consequências do pecado. (Para mais sugestões,


leia as seguintes passagens: Esdras 9.6-7; Salmos 66.18; Provér­
bios 23.29-35; Isaías 1.4-7; 59.2; Oseias 5.5-7 e M ateus 13.15.)
3. Quais são os resultados da obediência a Deus? (Os resultados
da obediência a Deus são descritos em passagens como Êxodo
19.5-6; D euteronôm io 5.29; Provérbios 23.17-18; M ateus 12.50;
João 14.23; Tiago 1.25 e ljoão 3.22-24.)

4. Q ue exemplo Paulo usou para ajudar os romanos a entenderem


seu ponto?

5. O que significa ser escravo de Deus?

I nspiração
Im agine ser lançado num a prisão como suspeito de um a acusa­
ção e perm anecer ali, praticam ente esquecido, enquanto o siste­
ma, sempre tão lento, o julga. Você fica doente. É tratado com
crueldade. Sofre abuso, apanha. Você não começaria a sentir-se
perdido e desesperado?
Vamos voltar à pergunta: “Nós, os que morremos para o pe­
cado, como podemos continuar vivendo nele?”. Q uem se ofere­
cería para ser jogado num a prisão por mais um par de meses,
tendo estado ali anteriorm ente e sofrido as consequências de tal
situação? A ideia dele é: então, por que escravos libertos, que já
foram libertados do pecado e da vergonha, voltariam a viver sob
o m esm o jugo por mais tempo? Fomos programados para pensar
assim: Sei que vou pecar, falhar... que não vou conseguir. Uma vez
que isso é verdadeiro, preciso estarpronto para ser limpo. Você não foi
program ado para render-se a Deus como aqueles que têm poder
sobre o pecado.
Q uão m elhor é começar cada dia pensando em vitória, não
em derrota; despertar para a graça, não para a vergonha; enfren­
tar cada tentação com pensam entos como “Jesus, és meu Senhor
e Salvador. Sou teu filho — liberto e dependente do teu poder.
Portanto, Cristo, este é o teu dia, para ser vivido para a tua glória.
Trabalha por meio dos meus olhos, da m inha boca, de meus pen­
samentos e minhas ações de m odo a levar adiante a tua vitória. E,
Senhor, faz isso por todo o dia”.
T r e c h o d e 0 d e sp e r t a r d a graça,

de C h a r l e s S w in d o l l

R eação
6. E m sua opinião, por que as pessoas escolhem ser escravas do
pecado?

7. Por que os cristãos continuam a lutar contra o pecado? (Para


detalhes referentes à tentação, leia M ateus 26.41; IC oríntios
10.13; Gálatas 6.1 e Hebreus 2.17-18; 4.14-16.)

8. Quais são os benefícios de sermos escravos da justiça?

9. Por que permitimos que o pecado controle áreas de nossa vida?

10. O que o cristão pode fazer para se libertar do pecado?


11. D e que modo essa passagem desafia sua atitude em relação ao
pecado em sua vida?

L ições de vida
A té confiar no poder e na presença de C risto em nossa vida, o pe­
cado e os hábitos pecaminosos exercem poder sobre nós. Nossos
esforços para controlá-los são ineficazes. Q uer lutemos quer não,
estamos num a batalha perdida. N o entanto, quando aceitamos
a Cristo, as regras m udam . O pecado e os hábitos pecaminosos
já não têm poder, embora procurem incessantemente m anter in­
fluência sobre nós e obter nossa permissão para prosseguir sua
obra maléfica. Paulo nos diz que, antes de conhecer a Cristo,
éramos escravos do pecado. M as C risto nos comprou e nos deu
liberdade. Podemos agora, pelo poder de Cristo, dizer não ao pe­
cado e experimentar o poder de não só vencer o pecado, mas tam ­
bém os hábitos pecaminosos.

D evoção
Pai, sabemos que somos capazes de viver um a nova vida, livres da
escravidão do pecado graças à m orte e ressurreição de teu Filho.
Venceste o pecado e a morte. Pai, nós te pedimos que sejas o
Senhor de nossa vida. Protege-nos do mal e das tentações deste
m undo. Convidamos o poder purificador de teu Espírito Santo
para lim par nossa vida. Q ue possamos continuar a ser inculpáveis
até o dia da tua volta.

• Para mais passagens bíblicas sobre vencer o pecado, leia


João 1.29; 8.34-36; ljoão 1.7; 3.4-9; 5.18.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 6.1-23.
Para pensar
D e quais maus hábitos eu preciso tratar? Q ue mudanças preciso
fazer para levar um a vida mais devota?
S em c u l pa

R eflexão
E m certos momentos, podemos viver na verdade do perdão e da
liberdade que temos em Cristo. E m outros, isso não é tão fácil.
Surpreendem o-nos “cedendo” a tentações que, a nosso ver, havía­
mos deixado para trás. M as o livro de Romanos nos diz que fomos
libertos do pecado e já não estamos debaixo de condenação! Você
já se perguntou se Deus continuará a “livrar seu pescoço” pecado
após pecado? Com o você lida com a culpa e a vergonha em sua
vida?

S ituação
Paulo esclarece de m aneira genial a mensagem de nossa emanci­
pação espiritual. Éram os escravos do pecado; agora somos livres
em Cristo. M as ainda lutamos. Estam os dolorosamente cientes
de nossas falhas hum anas e de nossa tendência a trair aquilo que
sabemos ser correto. Com o Cristo vincula nossa evidente instabi­
lidade a sua natureza e a seu caráter imutáveis? Este capítulo nos
oferece um impressionante retrato do grandioso compromisso de
Deus para conosco.

O bservação
L e ia R om an os 8 .1 -1 7 d a N V I ou d a R A .

Nova Versão Internacional


1Portanto, agora j á não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,
2porque p o r meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vid a me libertou da lei do
pecado e da morte. 3 Porque, aquilo que a L eifora incapaz de f a z e r p o r estar
enfraquecida pela carne, Deus ofez, enviando seu próprio Filho, à semelhança
do homem pecador.; como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na
carne, 4 a fim de que asjustas exigências da Leifossem plenamente satisfeitas
em nós, que não vivem os segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5 Quem v iv e segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne
deseja; mas quem v iv e de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o
que o Espírito deseja.6A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do
Espírito é vida e p a z ; 7a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não
se submete à L ei de Deus, nem pode fazê-lo. 8 Quem é dominado pela carne
não pode agradar a Deus.
9Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se
defa to o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito
de Cristo, não pertence a Cristo. 10M as se Cristo está em vocês, o corpo está
morto p o r causa do pecado, mas o espírito está vivo p o r causa da ju stiç a .11E,
se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês,
aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vid a a seus
corpos mortais, p o r meio do seu Espírito, que habita em vocês.
12 Portanto, irmãos, estamos em dívida, não para com a carne, para v i ­
vermos sujeitos a ela.13Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão;
mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, vive rã o ,14porque todos
os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de D eu s.15Pois vocês não
receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas rece­
beram o Espírito que os torna filhos por adoção, por meio do qual clamamos:
“Aba, Pai".16 O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somosfilhos
de Deus. 17 Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-
-herdeiros com Cristo, se de fa to participamos dos seus sofrimentos, para que
também participemos da sua glória.

Almeida Revista e Atualizada


1 Agora, pois, j á nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus. 2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do
pecado e da morte. 3 Porquanto o quefora impossível à lei, no que estava en­
ferm a pela carne, issof e z Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança
de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na
carne, o pecado, 4 a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não
andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. 5 Porque os que se incli­
nam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o
Espírito, das coisas do E sp írito .6 Porque o pendor da carne dá para a morte,
mas o do Espírito, para a vid a e p a z. 7 Por isso, o pendor da carne ê in im i­
zade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.
8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. 9 Vós, porém,
não estais na carne, mas no Espírito, se, defato, o Espírito de Deus habita em
vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse ta l não é dele.10 Se, porém,
Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto p o r causa do pecado, mas
o espírito é vida, p o r causa da ju stiç a .11 Se habita em vós o Espírito daquele
que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo
Jesus dentre os mortos vivijicará também o vosso corpo mortal, p o r meio do seu
Espírito, que em vós habita.
12Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a
v iv e r segundo a carne.13 Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para
a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes osfeitos do corpo, certamente, v i ­
vereis. 14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus sãofilhos de Deus.
15Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, ate­
morizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos:
Aba, P a i.16 0 próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somosfilhos de
D eu s.17 Ora, se somosfilhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-
-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremosglorificados.

E xploração
1. Explique como a lei, entendida como lista de regras e normas
comportam entais, não é capaz de prover salvação.

2. D e acordo com essa passagem, o que é incapaz de agradar a


Deus? Por quê?*3

3. D e que m aneira o Espírito de Deus transform a pessoas? (A no­


te: o Espírito de Deus dá nova vida às pessoas [Jo 6.63; 2Co 3.6];
capacita os crentes a realizar tarefas especiais ([Jz 3.10]; ajuda
os crentes a adorar [Jo 4.23-24]; habilita os crentes a anunciar o
evangelho [M t 10.19-20] e orienta, ensina e convence as pessoas
do pecado [Lc 12.12; Jo 14.26; 16.7-13]).
4. Com o alguém pode alcançar a vida verdadeira?

5. Explique o que significa viver de acordo com o Espírito.

I nspiração
Pedro aprendeu a lição. M as quer saber? Pedro esqueceu a lição.
Esse mesmo hom em que havia confessado a Cristo num barco
amaldiçoou a Cristo dois anos depois, quando a situação esquen­
tou. N a noite anterior à crucificação, Pedro disse às pessoas que
jamais havia ouvido falar de Jesus.
Ele não poderia ter cometido um erro mais trágico. Ele sabia
disso. O robusto pescador escondeu nas grossas mãos o rosto bar­
budo e passou a noite de sexta-feira aos prantos. Todos os sen­
tim entos daquela m anhã na Galileia voltaram para ele. É tarde
demais.
M as então chegou o domingo. Jesus veio! Pedro o viu. Ele
estava convencido de que Jesus havia voltado dos mortos. N o en­
tanto, aparentem ente, Pedro não estava convencido de que Cristo
voltara para ele. Assim, retornou ao barco — o mesmo barco, a
mesma praia, o mesmo mar. A briu mão da aposentadoria. Ele e
seus camaradas lim param os crustáceos do casco, desenrolaram as
redes e em purraram o barco ao mar. Pescaram a noite toda e, para
ser honesto, não pegaram nada.
Pobre Pedro. U m desastre como discípulo. Agora, um desastre
como pescador. N o m om ento que estava pensando se era tarde
demais para tentar o ramo da carpintaria, o céu ficou alaranjado,
e eles ouviram um a voz vinda da costa.
— Tiveram sorte?
G ritaram de volta:
— Não.
— Tentem do lado direito do barco!
C om nada a perder e sem orgulho algum a proteger, eles arris­
caram. “Eles a lançaram, e não conseguiam recolher a rede, tal era
a quantidade de peixes” (Jo 21.6). Leva um m om ento até o déjà-
-v u atingir Pedro. M as, quando acontece, ele salta na água como
um a bala de canhão e nada o mais rápido que pode a fim de ver
aquele que o amava o bastante para recriar um milagre. D esta vez
a mensagem se firmou.
Pedro nunca mais pescou peixes. Ele passou o resto de seus
dias contando a quem quisesse ouvir: “Não é tarde demais para
tentar outra vez”.
Ê tarde demais para você? A ntes de dizer sim, antes de guar­
dar as redes e em preender o cam inho de casa, duas perguntas.
Você entregou seu barco a Cristo? Sua mágoa? Seu dilema? Sua
luta? Você de fato recorreu a ele? E vocêfoifu n d o ? Você ignorou
as soluções superficiais e visíveis em busca das provisões pro ­
fundas que D eus pode conceder? T ente do lado direito do barco.
T r e c h o d e 0 Sa l v a d o r m o r a a o l a d o

R eação
6. Com o a verdade dessa passagem bíblica e a reflexão paralela
acima o motivam a viver?

7. D e que m odo sua vida m udou desde que você começou vida
nova em Cristo?

8. Com o os cristãos deveríam lidar com sentimentos de conde­


nação e culpa?
9. Q ue nova perspectiva este estudo lhe oferece acerca do sacrifício
de Cristo?

10. Q ue evidência do controle do Espírito Santo as pessoas po­


dem perceber em sua vida?

11. E m quais áreas você precisa depender mais do Espírito Santo


e menos de seus próprios desejos?

L ições de vida
O desejo de desistir não é tão incom um assim, mesmo para os
cristãos. Sentim entos de fracasso são familiares para todos nós.
Essa passagem da Palavra de Deus, no entanto, deixa claro que
desistir não é um a opção. N ada nos separa do am or de D eus.
O Espírito Santo nos ajuda a seguir em frente e a viver na liber­
dade do perdão. Ele nos m ostra o que significa, em nossa vida,
“tentar do lado direito do barco”.

D evoção
Pai, queremos vir até ti, mas às vezes nos sentimos m uito enver­
gonhados de quem somos e do que fazemos. Temos medo de ter
feito algo imperdoável, m edo de que nos rejeites. M as, Pai, tua
Palavra nos ensina que sacrificaste teu Filho como expiação para
nosso pecado. Não há pecado tão profundo que tua mão de per­
dão não possa alcançar. Obrigado, Pai, pela garantia de que somos
perdoados e aceitáveis a teus olhos.

• Para mais passagens bíblicas sobre o sacrifício de C ris­


to pelo pecado, leia João 1.29; Rom anos 3.25; 2Coríntios
5.21; H ebreus 9.26-28; 10.19-22; lP edro 2.24; ljo ão 2.2;
4.10.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 7.1— 8.39.

Para pensar
Com o eu me sinto ao ser julgado “inocente” por Deus?
O PLA N O PER FEITO DE D E U S

R eflexão
Algumas pessoas são expostas à mensagem da salvação por Jesus
Cristo centenas de vezes sem de fato ouvi-la uma única vez. As
boas-novas se perdem entre tantas outras mensagens sem pro­
pósito nem esperança. O utras parecem responder à mensagem
na prim eira vez em que ouvem sobre Cristo. Q uem lhe falou a
respeito de Jesus e da mensagem de salvação do evangelho? Q ual
foi sua reação inicial?

S ituação
O apóstolo Paulo estava profundam ente ciente de que pisava em
solo sagrado com seus escritos. A história judaica que ele usou
para ilustrar o maravilhoso plano da graça de Deus para o m undo
inteiro era a mesma história que os judeus usavam para provar
o fato de serem o povo exclusivo de Deus. Paulo sentia imenso
amor por seus irmãos israelitas, e até desejava que pudesse tom ar
o lugar deles sob o juízo de Deus se isso lhes assegurasse o enten­
dim ento do evangelho. Agora ele destaca os planos em curso para
Israel, o povo escolhido de Deus.

O bservação
Leia Romanos 10.1-15 da N V I ou da RA.

Nova Versão Internacional


1Irmãos, o desejo do meu coração e a minha oração a Deus pelos israelitas é
que eles sejam salvos. 2 Posso testemunhar que eles tèm zelo por Deus, mas o seu
zelo não se baseia no conhecimento. 3Porquanto, ignorando a justiça que vem
de D em e procurando estabelecer a sua própria, não se submeteram à justiça de
D eus.4 Porque ofim da L ei é Cristo, para a justificação de todo o que crê.
5 Moisés descreve desta form a a justiça que vem da Lei: “O homem que
f iz e r estas coisas viverá por meio delas”. 6M as a justiça que vem da f é diz:
“Não diga em seu coração: ‘Quem subirá aos céus?’ (isto é,para f a z e r Cristo
descer) 7ou ‘Quem descerá ao abismo ?’” ( isto é, para f a z e r Cristo subir dentre
os mortos). 8M as o que ela d i z ? “A palavra está perto de você; está em sua boca
e em seu coração", isto é, a palavra da f é que estamos proclam ando:9 Se você
confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, será salvo.10Pois com o coração se crêparajustiça,
e com a boca se confessa para salvação.11 Como d iz a Escritura: “Todo o que
nele confiaja m a is será envergonhado”. 12N ão há diferença entrejudeus e gen­
tios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que
o invocam ,13porque “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
14 Como,pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão na­
quele de quem não ouviram fala r? E como ouvirão, se não houver quem p re­
gue? 13E como pregarão, se nãoforem enviados? Como está escrito: “Como são
belos os pés dos que anunciam boas-novas!”

Almeida Revista e Atualizada


' Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a fa v o r
deles são para que sejam salvos. 2 Porque lhes dou testemunho de que eles têm
zelo p o r Deus, porém não com entendimento. 3 Porquanto, desconhecendo a
justiça de Deus eprocurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que
vem de D eu s.4 Porque ofim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.
5 Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da
lei viverá p o r ela .6 M as a justiça decorrente d a fé assim diz:
Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?,
isto é, pa ra trazer do alto a Cristo; 7 ou:
Quem descerá ao abismo?,
isto é, pa ra levantar Cristo dentre os mortos.
8 Porém que se d iz?
A pa la vra está perto de ti, na tua boca e no teu coração;
isto é, a palavra d a fé que pregamos. 9 Se, com a tua boca, confessares Jesus
como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo.10 Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa
a respeito da salvação.11 Porquanto a Escritura diz:
Todo aquele que nele crê não será confundido.
12 Pois não há distinção entre judeu e grego, uma v e z que o mesmo é o
Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam .13 Porque:
Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 Gomo, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele de quem nada ouviram ? E como ouvirão, se não há quem pregue?
15E como pregarão, se nãoforem enviados? Como está escrito:
Quãoformosos são os pés dos que anunciam coisas boas!

E xploração
1. O que há de errado em tentar ser salvo a sua própria maneira?

2. Q ue papel pensamentos e palavras desem penham em nossa


resposta à salvação?

3. Q ue promessa recebem as pessoas que creem e confessam ser


Jesus o Senhor?

4. D e que modo a justiça de Deus nos motiva a ter um compor­


tam ento piedoso?

5. O que essa passagem nos ensina sobre como as boas-novas são


anunciadas, entendidas e aceitas? (Anote: Romanos 10.14-15 en­
fatiza a im portância de anunciar a mensagem do evangelho. E
tentador presumir que esses versículos foram escritos para evan­
gelistas e pastores, mas todo cristão é responsável por anunciar as
boas-novas [leia 2Reis 7.9; M ateus 9.35-38; 28.18-20 e Atos 1.8].)
I nspiração
A Bíblia ensina que Deus é um Deus de amor. Ele queria fazer
algo pelo hom em . Ele queria salvar o hom em . Q ueria libertar o
hom em da maldição do pecado. Com o ele poderia fazê-lo? Deus
era um D eus justo. Ele era reto e santo. Desde o início havia
alertado o hom em de que, se ele obedecesse ao Diabo e desobe­
decesse a Deus, ele m orrería física e espiritualmente.
E m todo o A ntigo Testam ento, Deus concedeu ao hom em a
promessa da salvação se, pela fé, ele acreditasse na vinda do Re­
dentor. Por isso Deus começou a ensinar a seu povo que o hom em
só poderia ser salvo pela substituição. O utro teria de pagar a conta
pela redenção do ser humano.
E, graças a Deus, foi exatamente isso que aconteceu! C ontem ­
plando a terra pelas torres do céu, Deus vislumbrou este planeta
girando no espaço — amaldiçoado, condenado, aniquilado e rumo
ao inferno. Ele vê você e eu lutando sob a carga do pecado e pre­
sos a suas correias e cadeias. Ele tom ou sua decisão no concilio
celestial. As hordas angelicais se curvaram, humildes e reveren­
tes, quando o Príncipe dos Príncipes e Senhor dos Senhores, que
poderia criar mundos a partir do nada, entrou em sua carruagem
de joias, passou pelo portão perolado, atravessou os céus e, numa
noite escura da Judeia, enquanto as estrelas cantavam numa só voz
e os anjos o acompanhavam entoando louvores, desceu da carrua­
gem, lançou fora suas vestes e tornou-se homem!
T r e c h o d e E m paz co m D eu s,

de B il l y G r a h a m

R eação
6. Q ue aspectos do caráter de Deus são demonstrados através de
seu plano de salvação?

7. Com o o plano de Deus de salvar o m undo encoraja você?


8. Por que, para nós, é difícil seguir a Jesus?

9. O que podemos aprender com a resposta de Israel ao plano de


salvação de Deus?

10. Com o você pode se proteger contra a tentação de tentar con­


quistar a aprovação e a aceitação de Deus?

11. Por que é im portante falar às pessoas sobre sua fé em Jesus


Cristo? Alguém (talvez muitos) interrom peu o que estava fazen­
do para lhe comunicar o evangelho. Com o seu esforço pessoal
para transm itir a mensagem dem onstra sua apreciação pelos es­
forços que foram feitos em seu favor?

L ições de vida
O plano perfeito de Deus implica um a reação nossa em duas eta­
pas: crença interna e com portam ento externo. Aceitamos com o
coração e confessamos com a boca (10.9). A fé autêntica sempre
envolve o interior e o exterior. Não se trata apenas de um a form a­
lidade pública ou um a crença particular; mas de ambas. E, um a
vez que tem início, prossegue. A reação interna nos conecta com
Deus; a reação externa confirma nossa crença e oferece a outros a
oportunidade de experimentar os mesmos benefícios do plano de
Deus que recebemos.
D evoção
Pai, ajuda-nos a entender que teu plano se baseia no amor, e não
em nosso desempenho. Ajuda-nos a ser cativados por teu amor.
A ser dom inados por tua graça. A regressarmos para ti nesse belo
caminho que preparaste para nós.

• Para mais passagens bíblicas sobre o plano de salvação,


leia João 3.16; 4.22; A tos 4.12; 28.28; 2C oríntios 7.10;
ITessalonicenses 5.9; Apocalipse 7.10.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 9.1— 10.21.

Para pensar
Com o m inha vida exterior pode refletir mais das realidades inter­
nas de m inha salvação?
C hamado por D eus

R eflexão
Pense em um a honra ou um privilégio especial que você tenha
recebido. Talvez alguém que, sem que você esperasse, tenha reco­
nhecido um serviço prestado. Q uem sabe um de seus filhos que
tenha separado um tem po para expressar apreço, ou seu chefe
o tenha recompensado de alguma maneira. Com o você se sentiu
com esse reconhecimento? Agora, pense na honra de ser reconhe­
cido e chamado por Deus. Com o você se sente com isso?

S ituação
Neste capítulo, Paulo inclui referências sobre personagens bem
conhecidas do A ntigo Testam ento para ilustrar o plano mais am ­
plo de Deus. O apelo de Elias é registrado em IReis 19.10-18. A
profecia de Isaías de que Deus puniria aqueles de coração endu­
recido é encontrada em Isaías 6.9-13. Romanos 11.8 é baseado
em D euteronôm io 29.4 e Isaías 29.10. Paulo continua a encorajar
seus leitores judeus e gentios a perceberem que o plano de Deus e
a oferta da salvação incluem, em últim a análise, todos eles.

O bservação
Leia Romanos 11.1-15 da N V I ou da RA.

Nova Versão Internacional


1Pergunto, pois: Acaso Deus rejeitou o seu povo? D e maneira nenhuma!
E u mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjam im .2 Deus
não rejeitou o seu povo, o qual de antemão conheceu. Ou vocês não sabem
como E lias clamou a Deus contra Israel, conforme d iz a Escritura?3 “Senhor,
mataram os teus profetas e derrubaram os teus altares; sou o único que sobrou,
e agora estão procurando matar-m e."4 E qual f o i a resposta d iv in a ? “Reser­
vei para mim sete m il homens que não dobraram osjoelhos diante de Baal. ”
5Assim, hoje também há um remanescente escolhido pela g raça .6E, se épela
graça, j á não é mais pelas obras; sefosse, a graça j á não seria graça.
7 Que d izer então? Israel não conseguiu aquilo que tanto buscava, mas os
eleitos o obtiveram. Os demais foram endurecidos,8como está escrito:

“Deus lhes deu um espírito


de atordoamento,
olhos para não ver
e ouvidos para não ouvir,
a té o dia de hoje".

9E D a v i diz:

“Que a mesa deles


se transforme
em laço e armadilha,
pedra de tropeço e retribuição para eles.
10Escureçam-se os seus olhos,
para que não consigam ver,
e suas costasfiquem encurvadas
para sempre”.

11N ovam ente pergunto: Acaso tropeçaram para que ficassem caídos? D e
maneira nenhuma! Ao contrário, p o r causa da transgressão deles, veio salva­
ção para os gentios, para provocar ciúme em Israel. 12M as se a transgressão
deles significa riqueza para o mundo, e o seufracasso, riqueza pa ra os gentios,
quanto mais significará a sua plenitude!
13Estou falando a vocês, gentios. Visto que sou apóstolo para os gentios,
exalto o meu m inistério,14 na esperança de que de alguma form a possa p ro ­
vocar ciúme em meu próprio povo e salvar alguns deles. 15Pois se a rejeição
deles é a reconciliação do mundo, o que será a sua aceitação, senão vid a dentre
os mortos?

Almeida Revista e Atualizada


1 Pergunto, pois: terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo? D e modo
nenhum! Porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo
de Benjamim. 2 Deus não rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu.
Ou não sabeis o que a Escritura refere a respeito de Elias, como insta perante
Deus contra Israel, dizendo:

3 Senhor, mataram os teus profetas, arrasaram os teus altares, e só eu


fiquei, e procuram tirar-m e a vida.
4 Que lhe disse, porém, a resposta d iv in a ?
Reservei para mim sete m il homens, que não dobraram os joelhos
diante de Baal.

5 Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanes­


cente segundo a eleição da gra ça .6 E, se épela graça, j á não épelas obras; do
contrário, a graça j á não é graça. 7 Que diremos, pois f O que Israel busca,
isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos, 8
como está escrito:

Deus lhes deu espirito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvi­
dos para não ouvir, até ao dia de hoje.

9 E d iz D avi:

Torne-se-lhes a mesa em laço e armadilha, em tropeço e punição;


10 escureçam-se-lhes os olhos, para que não vejam, e fiquem para
sempre encurvadas as suas costas.

11 Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? D e modo ne­


nhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em
ciúmes.12 Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e
o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!
13 D irijo-m e a vós outros, que sois gentios! Visto, pois, que eu sou apóstolo
dos gentios, glorifico o meu m inistério,14para ver se, de algum modo, posso
incitar à emulação os do meu povo e salvar alguns deles.15Porque, se ofa to de
terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu resta­
belecimento, senão vida dentre os mortos?

E xploração
1. Por que as pessoas acreditavam que Deus havia rejeitado os
israelitas?
2. O que a resposta de Deus a Elias nos mostra?

3. Por que as pessoas tentam conquistar a graça de Deus? Por que


nossos esforços não fazem de Deus nosso devedor?

4. Por que algumas pessoas estão abertas para as boas-novas e


outras, fechadas?

5. Por que podemos ter convicção de que a graça de Deus se des­


tina a todo que a recebe?

I nspiração
O fato de que Deus escolheu alguns para serem salvos não signi­
fica que ele tenha escolhido perdidos demais para a perdição. O
m undo já está perdido e m orto no pecado. Deixados por conta
própria, todos nós estaríamos eternam ente condenados. A per­
gunta é: será que Deus tem o direito de inclinar-se, apanhar um
punhado de argila já condenado e com ele modelar um belo vaso?
É claro que tem . C. R. Erdm an apresenta isso na perspectiva cor­
reta ao dizer: “A soberania de Deus jamais é exercida na condena­
ção de hom ens que deveriam ser salvos; antes, resulta na salvação
daqueles que deveriam estar perdidos”.
A única m aneira de as pessoas saberem se estão entre os elei­
tos consiste em confiar em Jesus Cristo como Senhor e Salvador
(lTs 1.4-7). D eus delega-lhes a responsabilidade de aceitarem o
Salvador, como um ato volitivo. Ao reprovar aqueles judeus que
não creram, Jesus responsabiliza a vontade deles. Ele não disse
“Vocês não podem vir a m im porque não são escolhidos”. Pelo
contrário, ele disse: “Vocês não querem vir a m im para terem vida”
(Jo 5.40, grifo do autor).
A verdadeira pergunta do cristão não é “o Deus Soberano tem
o direito de escolher as pessoas a serem salvas?”, mas, sim, “Por
que ele me escolheu?”. A resposta deveria fazer da pessoa um a
adoradora por toda a eternidade.
T r e c h o d e S u p re m a m a je sta d e ,

d e W il l ia m M acD onald

R eação
6. Q ue esperança Deus oferece a todas as pessoas?

7. O que você pode aprender com essa passagem sobre a soberania


de Deus e nossa responsabilidade?

8. Pelo que essa passagem o faz sentir-se grato?

9. E m que sentido você vê que algumas pessoas estão enganadas


sobre o verdadeiro caminho da salvação?

10. E m que as pessoas têm depositado sua esperança por salvação?


11. Por que é im portante não menosprezar a salvação?

L ições de vida
Por tentador que seja às vezes perguntar “Fui chamado por
Deus?”, a pergunta que verdadeiramente deve ser respondida é
esta: “Eu aceitei o convite de Deus?”. A ênfase que colocamos em
cada um a dessas perguntas diz m uito a respeito de como pensa­
mos em Deus. Será que se trata de alguém que deseja nos m anter
na escuridão ou de alguém que não mede esforços para nos levar
à luz? Ele quer que vivamos em dúvida ou pela fé? Se deixarmos
que Deus cuide do chamado e nos focarmos em como responder-
-lhe no dia a dia, experimentaremos um a percepção crescente de
sua voz falando-nos poderosam ente através de sua Palavra.

D evoção
O soberano Deus, tu excedes nosso entendim ento. Teus caminhos
são perfeitos; tua misericórdia ilimitada nos assombra. Obrigado
por nos chamares e nos reivindicares para ti. Ensina-nos a confiar
mais em ti, a am ar-te profundam ente e a recorrer a ti, em hum il­
dade, todos os dias.

• Para mais passagens bíblicas sobre como Deus escolhe


salvar, leia Deuteronôm io 9.4-5; Romanos 2.4; 8.28-29;
Efésios 1.4-6,11; 2.8-9; lT im óteo 2.3-4; T ito 3.4-5.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 11.1-36.

Para pensar
Com o tenho respondido especificamente ao chamado de Deus
para m inha vida?
U m c o r p o , m u it a s pa rtes

R eflexão
Algumas das melhores dádivas concedidas por Deus são relacio­
namentos com pessoas que nos m ostram o lado audaz e prático
de seguir a Jesus Cristo. Essas pessoas de fato vivem ! Não são
estereótipos e, ainda, nos fazem lem brar de Jesus. Q uebram o
protocolo e, ainda, elucidam a imagem de Deus. Com pouco mais
de um a palavra, eles nos desafiam a viver melhor, a sacrificar, a
prestar mais atenção. A vida transform ada deles nos instrui a ser
mais parecidos com Cristo. Você conheceu alguém assim recente­
mente? Q ue dons ou capacidades você mais aprecia nessa pessoa?
Com o você lhe dem onstrou sua gratidão?

S ituação
N a maioria de suas cartas, o apóstolo Paulo passa a prim eira m e­
tade delas lançando o alicerce do ensinamento. E encerra com
um a parte de aplicação. Romanos não é exceção. Paulo começa
a epístola falando sobre aquilo em que cremos e conclui com por­
tanto, o que isso significa?. Paulo está dizendo: “Agora que vocês
captaram essas verdades fundamentais, eis como viver de acordo
com elas”.

O bservação
Leia Romanos 12.1-13 da N V I ou da RA.

Nova Versão Internacional


1Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam
em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.
2Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação
da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa,
agradável eperfeita vontade de Deus.
3 Por isso, pela graça que me f o i dada digo a todos vocês: Ninguém tenha
de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário,
tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da f é que Deus lhe
concedeu. 4Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e
esses membros não exercem todos a mesmafunção, 5 assim também em Cristo
nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos
os outros.6 Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nosf o i dada. Se
alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da suafé. 7Se o seu dom
é servir, sirva; se é ensinar, ensine;8se é dar ânimo, que assim faça; se é con­
tribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com
zelo; se é mostrar misericórdia, que ofaça com alegria.
9 O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom.
10 Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos
outros mais do que a si próprios.11Nunca lhesfalte o zelo, sejam fervorosos no
espírito, sirvam ao Senhor.n Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tri-
bulação, perseverem na oração.13 Compartilhem o que vocês têm com os santos
em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade.

Almeida Revista e Atualizada


1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o
vosso corpo p o r sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus.
3 Porque, pela graça que mef o i dada, digo a cada um dentre vós que não
pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo
a medida da f é que Deus repartiu a cada um. 4 Porque assim como num só
corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função,
5 assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e mem­
bros uns dos outros,6 tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nosfo i
dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; 7 se ministério, dediquemo-
-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo ; 8 ou o que exorta
faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com
diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.
9 O amor seja sem hipocrisia. D etestai o mal, apegando-vos ao bem.
10A m ai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos
em honra uns aos outros. 11 N o zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de
espírito, servindo ao Senhor;12 regozijai-vos na esperança, sede pacientes na
tributação, na oração, perseverantes;13 compartilhai as necessidades dos san­
tos; praticai a hospitalidade.

E xploração
1. O que significa ser um sacrifício vivo? (Reflita sobre a seguinte
declaração: “O único problema com um sacrifício vivo é que ele
continua a se debater no altar”.)

2. O que Paulo quis dizer com “transform em -se pela renovação


da sua m ente” (12.2)?

3. O que impede os cristãos de pensarem e agirem como parte de


um só corpo?

4. Q ue conselho essa passagem oferece sobre a convivência m útua


no corpo de Cristo?

5. Com base nessa passagem, quais diretrizes básicas deveríam go­


vernar nossas reações em circunstâncias normais e difíceis (v. 11-12)?

I nspiração
Aceite sua parte no plano dele. Deus usa pessoas como Bob Rus-
sell para ilustrar seu tipo de amor. Bob m inistra na Igreja Cristã
Southeast em Louisville, Kentucky. Q uando Bob iniciou seu m i­
nistério nos idos de 1966, a igreja tinha 125 membros, e Bob, 22
anos. D urante as últimas décadas, Deus transform ou essa igreja
num a de suas melhores e maiores famílias. M ais de dezesseis mil
pessoas se reúnem todo final de semana para adorar em um de
seus diversos cultos.
E m 1989 Bob tom ou um a decisão que surpreendeu a muitos.
Ele anunciou que dividiria a função de pregador com um pastor
de 27 anos. Ele e Dave Stone começariam a ministrar, juntos, à
igreja. N o plano anunciado, a cada ano Bob pregaria menos e
Dave, mais, proporcionando assim a Bob mais tem po para lide­
rar a igreja, e à igreja mais tem po para contar com um sucessor
experiente.
N em todo pastor faria algo assim. Egos maiores em igrejas
menores têm apresentado dificuldades de entregar o púlpito. M as
Bob entende o perigo da hierarquia e é hum ilde o suficiente para
inverter essa ordem.
A verdadeira hum ildade não consiste em pensar m odestam en­
te a respeito de si mesmo, mas em pensar corretam ente sobre si
mesmo. O coração hum ilde não diz: “Não consigo realizar nada”.
Pelo contrário, diz: “Não posso fazer tudo. Sei qual é m inha parte
e estou feliz por fazê-la”.
Q uando Paulo escreve “considerem os outros superiores a si
mesmos” (Fp 2.3, grifo do autor), ele usa um verbo que significa
“calcular”, “estim ar”. A palavra implica um julgam ento conscien­
te apoiado em fatos cuidadosamente ponderados. Considerar os
outros superiores a si mesmo, portanto, não significa que não há
lugar para você; significa que você sabe qual é seu lugar. “N in ­
guém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve
ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo
com a m edida da fé que D eus lhe concedeu” (12.3).
T r e c h o d e Um a m o r q u e vale a p e n a

R eação
6. Por que é difícil resistir a com parar-nos com outros cristãos ou
a desejar o “papel” de outra pessoa no corpo de Cristo?
7. É difícil para você ser paciente quando suas habilidades pare­
cem desnecessárias ou quando você enfrenta dificuldades para se
ajustar ao corpo da igreja local? Por quê?

8. Liste algumas áreas de sua vida em que você precise ser mais
paciente.

9. D e que m aneira as dificuldades podem ser bênção?

10. C om base nessa passagem, quais dons espirituais você acha


que D eus lhe concedeu?

11. O que significa ser “transform ado” e servir a Deus de todo o


coração?

L ições de vida
O desafio para o seguidor de Jesus tem sempre m uito mais a ver
com por onde começar do que com o que fazer. Falta-nos mais
obediência que orientação. Sempre existem suficientes m anda­
m entos gerais de D eus para nos m anter ocupados ao longo da
vida. O bedecer àquilo que sabemos geralmente conduz ao escla­
recimento sobre aquilo que não sabemos. A m aior parte do que
Deus nos instrui a pôr em prática não exige que nos desloquemos
para realizá-lo. Podemos começar praticando amor, paz e paciên­
cia exatamente onde estamos. Essas práticas muitas vezes nos
ajudam a identificar nossos dons e nosso papel no corpo.

D evoção
Deus de paz, ensina-nos o que significa ser pacificadores. Ajuda­
m os a cultivar a paz entre ti e os outros, seja na igreja, no bair­
ro, no escritório, seja na sala de aula. Ajuda-nos a começar hoje,
sejam quais forem as circunstâncias. Ensina-nos a confiar em ti
como nosso defensor em vez de fazê-lo constantem ente por nós
mesmos. Ensina-nos a arte de construir pontes em vez de muros.
Sejamos lentos para julgar e rápidos para perdoar. Não nos deixes
adiar para am anhã o que podemos fazer hoje.

• Para mais passagens bíblicas sobre identificar seus dons espi­


rituais e aprender a usá-los para o encorajamento de outros
cristãos, leia ICoríntios 12.12-31; 14.1-40 e Efésios 4.1-16.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 12.1-21.

Para pensar
Com o você pode oferecer a Deus seus dons espirituais e a si mes­
mo como sacrifício vivo?
A m o r v e r d a d e ir o

R eflexão
“Tudo de que você precisa é am or”, diz um a canção. Isso talvez
seja verdade, mas a maioria das pessoas procura amor em locais
errados. U m a vez que Deus é a fonte de am or original e inesgo­
tável, aqueles que o conhecem deveríam atuar como canais de seu
am or no mundo. Pense em algum m om ento em que um amigo
lhe mostrou amor de um a form a especial. Com o você se sentiu?
Com o você reagiu? D e que m aneira você experienciou o amor de
D eus por meio dessa expressão de amor?

S ituação
A última seção de Romanos inclui os ensinamentos de Paulo so­
bre como deve ser o com portam ento dos seguidores de Jesus na
igreja e as instruções de como deve ser seu relacionamento com a
sociedade. Tais instruções versam sobre como reagir à hostilidade
do m undo e sobre os deveres inerentes à cidadania. N a sequência,
Paulo reitera o poder do amor. Nessa passagem, ele descreve a
natureza do am or autêntico, um amor que todo que serve a Cristo
deveria exibir.

O bservação
Leia Romanos 13.8-14 da N V I ou da RA.

Nova Versão Internacional


8Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois
aquele que ama seu próxim o tem cumprido a Lei. 9Pois estes mandamentos:
“N ão adulterarás", “N ão matarás", “N ão furtarás”, “Não cobiçarás”, e qual­
quer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: “A m e o seu próximo
como a si mesmo".10 O amor não pratica o m al contra o próximo. Portanto, o
amor é o cumprimento da Lei.
11Façam isso, compreendendo o tempo em que vivemos. Chegou a hora de
vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxim a
do que quando cremos.12A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portan­
to, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz.
13 Comportemo-nos com decência, como quem age à lu z do dia, não em orgias
e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e
in ve ja .14A o contrário, revistam-se do SenhorJesus Cristo, e nãofiquem p re­
meditando como satisfazer os desejos da carne.

Almeida Revista e Atualizada


s A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos
ameis uns aos outros;pois quem ama opróxim o tem cumprido a le i.9 Pois isto:

N ão adulterarás, não matarás, nãofurtarás, não cobiçarás, e, se há


qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: A m a ­
rás o teu próximo como a ti mesmo.

10 O amor não pratica o m al contra opróximo; de sorte que o cumprimento


da lei é o amor.
11E digo isto a vós outros que conheceis o tem po:já é hora de vos despertar­
des do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no
princípio cremos.12 Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as
obras das trevas e revistamo-nos das armas da l u z .13Andemos dignamente,
como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissolu­
ções, não em contendas e ciúmes;14 mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e
nada disponhaispara a carne no tocante às suas concupiscências.

E xploração
1. Q ual é a dívida que temos uns para com os outros? E m que
sentido essa “dívida” pode ser entendida?

2. Segundo Paulo, que m andam ento resume toda a lei?


3. Explique com suas palavras como essa passagem descreve o
amor verdadeiro.

4. O que Paulo quer dizer quando descreve os cristãos como


“quem age à luz do dia”?

5. D e que modo podemos nos “revestir” do Senhor Jesus? (Passa­


gens como Gálatas 3.26-27; Efésios 4.22-24 e Colossenses 3.9-17
podem oferecer algum insight.)

I nspiração
Você sabe que seu amor é real quando chora com os que cho­
ram e se alegra com os que se alegram. Sabe que seu am or é real
quando sente pelo próximo o que C atherine Lawes sentiu pelos
detentos da prisão Sing Sing. Q uando seu marido, Lewis, se tor­
nou diretor da prisão, em 1921, ela era um a jovem mãe de três
filhas. Todos aconselhavam C atherine a nunca pôr os pés dentro
daqueles muros. M as ela não lhes deu ouvidos. Q uando aconte­
ceu o prim eiro jogo de basquete da prisão, ela apareceu com as
três filhas e sentaram -se na arquibancada junto dos internos.
C erta vez Catherine disse: “M eu m arido e eu vamos cuidar
desses hom ens, e eu acredito que eles vão cuidar de mim! Não
tenho com que me preocupar!”.
Q uando soube que um assassino condenado era cego, C a­
therine lhe ensinou braille, para que ele pudesse ler. Ao tom ar
conhecimento da existência de presos deficientes auditivos, ela
estudou a língua de sinais a fim de se comunicar com eles. Por
dezesseis anos, Catherine Lewis suavizou o coração endurecido
dos hom ens de Sing Sing. E m 1937 o m undo viu a diferença que
o verdadeiro am or faz.
Os prisioneiros sabiam que havia algo errado quando Lewis
Lawes não apareceu para trabalhar. Rapidam ente espalhou-se a
notícia de que sua esposa, C atherine, havia m orrido num acidente
de carro. No dia seguinte, seu corpo estava sendo velado em casa,
a um quilômetro e pouco da prisão. Q uando o diretor interino
fazia sua ronda matinal, ele percebeu um a multidão reunindo-se
perto do portão principal. Os prisioneiros com prim iam -se junto
à grade. O lhos cheios de lágrimas. Expressão facial solene. N in­
guém falava, ninguém se movia. Eles se reuniram ali para ficarem
o mais perto possível da m ulher que lhes havia oferecido amor.
O diretor interino tom ou um a decisão admirável: “O k, ra­
pazes, podem ir. Só não se esqueçam de estar de volta à noite”.
Aqueles eram os principais criminosos dos Estados Unidos. A s­
sassinos. Ladrões. H om ens que a nação havia condenado à prisão
perpétua. Contudo, o diretor abriu as portas da prisão para eles,
e eles andaram, sem escolta nem guarda, até a casa de Catherine
Lawes para prestar-lhe suas últimas homenagens. E cada um de­
les, sem exceção, retornou à prisão.
O verdadeiro amor transform a as pessoas.
T r e c h o d e U m a m o r q u e vale a p e n a

R eação
6. C ite alguns dos equívocos conceituais que as pessoas cometem
com relação ao amor?

7. E m que sentido a visão que D eus tem do amor é diferente


da visão que o m undo cultiva? (Anote: para saber mais sobre a
visão que D eus tem do amor, leia Jerem ias 31.3; João 3.16; 14.15;
16.27; Rom anos 5.8; IC oríntios 13.1-13; Efésios 2.4-5 e ljoão
3.1; 4.7-21.)
8. Por que é im portante amar o próximo?

9. Com o você norm alm ente responde às “pessoas indignas de


am or” em nossa sociedade?

10. D e que m aneira você dem onstra am or aos amigos?

11. Pense em alguém que precise sentir o amor de Deus. Com o


você pode dem onstrar-lhe esse amor?

L ições de vida
Q uando pediram a Jesus que resumisse o propósito da vida, ele
focou imediatamente no amor a Deus e no amor ao próximo. Jesus
estabeleceu o que Paulo ecoa nessa passagem: o amor verdadei­
ro abrange automaticamente os demais m andamentos de Deus.
Não se trata de um amor egocêntrico, emotivo. O alvo é o tipo de
amor incondicional de Deus. U m a vez que aprendemos a amar
como Deus ama, os demais desafios da vida entrarão nos eixos.

D evoção
Deus, ajuda-nos a mostrar teu amor aos que nos rodeiam. Abre-nos
os olhos para as pessoas que precisam desesperadamente de um
toque amoroso. Seja a nossa vida testemunho de teu amor por nós,
de modo que, ao nos verem, as pessoas sintam teu amor por elas.

• Para mais passagens bíblicas sobre amar o próximo, leia


João 15.9-13; IC oríntios 13; Gálatas 5.13-14; Efésios 5.1-2;
Colossenses 3.12-14; lPedro 1.22; ljoão 3.11-23; 4.7-8.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 13.1-14.

Para pensar
O que me motiva a amar as pessoas? O que me impede de amar
as pessoas?
A c e it a n d o u n s a os o u t r o s

R eflexão
Pode-se dizer que o nível de paz em qualquer situação é dire­
tam ente proporcional ao nível de com prom etim ento que cada
participante está disposto a assumir. A paz sempre tem como
consequência o sacrifício. Ela exige que as pessoas considerem, de
bom grado, os interesses do outro tanto quanto os seus. Descreva
um a ocasião especial em que você percebeu um espírito de união
entre os cristãos. E m que sentido se tratava de paz verdadeira, e
como ela foi mantida?

S ituação
Ao longo de toda a carta aos Romanos, Paulo disponibiliza uma
fonte de orientações concisas e práticas para a vida espiritual.
Seus conselhos alternam entre escolhas e ações individuais, de
um lado, e bem-estar do corpo de Cristo, de outro. Ele celebra
a liberdade em Cristo, mas adverte quanto à tendência de tornar a
liberdade um fim em si, em vez de um meio para esse fim. A liber­
dade de Deus não consiste em um a licença para fazer o que dese­
jamos, mas na responsabilidade de sempre considerarmos o que é
melhor para os outros.

O bservação
Leia Romanos 14.13-23 da N V I ou da RA.

Nova Versão Internacional


13 Portanto, deixemos de ju lgar uns aos outros. E m v e z disso, façamos
o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do ir­
mão. 14 Como alguém que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que
nenhum alimento é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o consi­
dere; para ele é im puro.15Se o seu irmão se entristece devido ao que você come,
você j á não está agindo p o r amor. Por causa da sua comida, não destrua seu
irmão, p o r quem Cristo morreu. 16Aquilo que é bom para vocês não se torne
objeto de maledicência.17Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas
justiça, p a z e alegria no Espírito Santo;18aquele que assim serve a Cristo é
agradável a Deus e aprovado pelos homens.
19 Por isso, esforcemo-nos em prom over tudo quanto conduz à p a z e à
edificação mútua. 20Não destrua a obra de Deus p o r causa da comida. Todo
alimento épuro, mas é errado comer qualquer coisa quefaça os outros tropeça­
rem. 21E melhor não comer carne nem beber vinho, nem f a z e r qualquer outra
coisa que leve seu irmão a cair.
22Assim, seja qual f o r o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso
permaneça entre você e Deus. F eliz é o homem que não se condena naquilo que
aprova. 23M as aquele que tem dúvida é condenado se comer, porque não come
comfé; e tudo o que não provém da f é épecado.

Almeida Revista e Atualizada


13 N ão nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tom ai o
propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irm ão.14 E u sei e estou
persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura,
salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura. 15 Se, p o r causa
de comida, o teu irmão se entristece, j á não andas segundo o amor fraternal.
Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a fa v o r de quem Cristo
m orreu.16 N ão seja, pois, vituperado o vosso b em .17 Porque o reino de Deus
não é comida nem bebida, mas justiça, e p a z, e alegria no Espírito Santo.
18Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos
hom ens.19 Assim, pois, seguimos as coisas da p a z e também as da edificação
de uns pa ra com os outros. 20 N ão destruas a obra de Deus p o r causa da
comida. Todas as coisas, na verdade, são limpas, mas é mau para o homem o
comer com escândalo. 21E bom não comer carne, nem beber vinho, nem f a z e r
qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar [ou se ofender ou
se enfraquecer]. 22 A f é que tens, tem -na para ti mesmo perante Deus. Bem -
-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova. 23 M as aquele
que tem dúvidas é condenado se comer, porque o quef a z não provém defé; e
tudo o que não provém def é é pecado.

E xploração
1. Quais questões causavam divisão entre os cristãos de Roma?
2. Com o Paulo aconselhou os cristãos romanos a lidarem com
essas questões?

3. Q ual é a ideia central desenvolvida por Paulo nessa passagem?


Esse debate sobre comer alimento oferecido a ídolos pode não
parecer relevante hoje. No entanto, qual é a verdade atem poral de
Romanos 14.17 que se aplica em qualquer situação, ainda que o
assunto possa mudar?

4. Q uando os cristãos devem ser tolerante para com as crenças de


um irmão cristão?

5. Explique por que é mais im portante m anter a unidade em de­


trim ento dos direitos pessoais.

I nspiração
Aceitar as pessoas éfundam ental para perm itir-lhes ser o que são.
A questão [na época de Paulo] não consistia em um problema
com a carne, o alimento em si; tratava-se de um a questão de amor,
de aceitação. E ainda é. Com o é comum restringirmos o am or ao
torná-lo condicional: “Se você fizer (ou não fizer), então o aceita­
rei”. Paulo começa por aí: “Aceitem uns aos outros!” [...] Aqueles
que não comiam [carne] (chamados aqui, em Rm 14.1, de “fracos
na fé”) foram exortados a aceitar e a não julgar os que comiam.
E aqueles que comiam foram exortados a aceitar e não desprezar o
que não comia. O segredo reside em aceitar um ao outro. É muito
fácil ler tudo isso contanto que eu permaneça na questão relativa
ao comer carne. Isso é tranquilo porque não se trata, hoje, de tabu.
É fácil aceitar aquelas pessoas hoje porque elas não existem!
Q ue dizer daqueles que fazem parte de nossa vida e que talvez
discordem de nós sobre questões consideradas, hoje, tabus nos
círculos cristãos evangélicos? Ir ao cinema... jogar baralho... não
ter um a “hora tranquila” todas as m anhãs... ir a um restaurante
que venda bebida alcoólica... ouvir certas músicas... dançar... to ­
m ar café... E m várias regiões de nosso país ou do m undo algumas
ou todas essas questões podem ser tabus. Lembre-se: nosso obje­
tivo é a aceitação, a base de um estado m ental de graça.
T r e c h o d e O d espertar d a graça,

de C h a r l e s Sw in d o l l

R eação
6. Q ue assuntos de seu conhecimento são a causa de debates entre
cristãos? (O foco dessa pergunta e das duas seguintes não é dis­
cutir, mas simplesmente levantar as questões que geram as atuais
controvérsias.)

7. Com o os cristãos podem lidar com questões controversas de


modo a edificar a igreja, em vez de prejudicá-la?

8. C om o os cristãos podem m ostrar amor e aceitação ao próximo,


a despeito das diferentes opiniões sobre certos assuntos?
9. C ite alguns dos assuntos que, em sua opinião, não vale a pena
debater?

10. Quais crenças você não está disposto a comprometer?

11. Com o você pode evitar que irmãos cristãos vacilem na fé?

L ições de vida
Paulo nos obriga a questionar o que é mais importante: firmar
nossa vontade, ou viver segundo a vontade de Deus? As questões
culturais supérfluas mudam constantemente, mas as fundamentais
permanecem. Permitiremos que Deus nos ajude a amar uns aos
outros, a despeito de nossa tendência de fazer o contrário? Fare­
mos a liberdade significar apenas a busca de nossos desejos, ou um
meio de buscar os desejos de Deus? E m última análise, devemos
reconhecer o senhorio de Cristo mesmo sobre nossa liberdade.

D evoção
Pai, pedim os-te que protejas tua igreja. Im pede-nos de valori­
zar os direitos pessoais em detrim ento da unidade de tua igreja.
M antém -nos focados nas questões im portantes, nas que edifi-
carão teu reino. Capacita-nos a amar e aceitar-nos m utuamente.
M antém -nos unidos por meio de teu Espírito Santo.

• Para mais passagens bíblicas sobre aceitar o próximo, leia


M ateus 7.1-5; Romanos 15.7; IC oríntios 4.5; Gálatas 2.6;
T iago 4.12.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 14.1— 15.13.

Para pensar
Com o posso ser mais sensível às crenças de meus amigos cristãos?
“B r il h a n o m e io d o t e u v iv e r ”

R eflexão
O s cristãos não possuem um a reputação m uito exemplar quando
se trata de lidar com conflitos e confrontos. Temos dificuldade
de dizer a verdade em amor e de amar verdadeiramente. A m aio­
ria de nós, no entanto, já se beneficiou em algum m om ento do
exemplo de um cristão que soube equilibrar a verdade com amor
autêntico. Com o esse exemplo positivo de habilidade em lidar
com conflitos encorajou você?

S ituação
A passagem final de nosso estudo de Romanos representa um
belo exemplo da prática de Paulo daquilo que pregava. Ao con­
cluir sua carta, ele deseja enfatizar sua alta consideração por aque­
les que a lerão. Paulo expressa sua confiança na capacidade deles
de lidar com as partes críticas e penosas de sua carta. Ele lembra
os leitores dos principais temas do plano glorioso de Deus para
o evangelho e de que Deus guarda no coração os melhores inte­
resses deles.

O bservação
Leia Romanos 15.14-21 da N V I ou da RA.

Nova Versão Internacional


14Meus irmãos, eu mesmo estou convencido de que vocês estão cheios de
bondade eplenamente instruídos, sendo capazes de aconselhar-se uns aos ou­
tros. 15A respeito de alguns assuntos, eu lhes escrevi com toda a franqueza,
principalmente parafazê-los lembrar-se novamente deles, por causa da graça
que Deus me deu, 16 de ser um ministro de Cristo Jesus para os gentios, com
o dever sacerdotal de proclamar o evangelho de Deus, para que os gentios se
tornem uma oferta aceitável a Deus, santificados pelo E spírito Santo.
17Portanto, eu me glorio em Cristo Jesus, em meu serviço a D eu s.ls Não
me atrevo a fa la r de nada, exceto daquilo que Cristo realizou p o r meu in ­
termédio em palavra e em ação, a fim de levar os gentios a obedecerem a
D eu s,19pelo poder de sinais e maravilhas epor meio do poder do Espírito de Deus.
Assim, desdeJerusalém e arredores, até o Ilírico, proclamei plenamente o evangelho
de Cristo. 20 Sempref i z questão de pregar o evangelho onde Cristo ainda não
era conhecido, de fo rm a que não estivesse edficando sobre alicerce de outro.
21M as antes, como está escrito:

“Hão de vê-lo aqueles que


não tinham ouvido fa la r dele,
e o entenderão aqueles
que não o haviam escutado”.

Almeida Revista e Atualizada


14 E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais
possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoes­
tardes uns aos outros.15 Entretanto, vos escrevi em parte mais ousadamente,
como para vos trazer isto de novo à memória, p o r causa da graça que me
f o i outorgada por D eu s,16para que eu seja ministro de Cristo Jesus entre os
gentios, no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus, de modo que a
oferta deles seja aceitável, uma v e z santificada pelo Espírito S anto.17 Tenho,
pois, motivo de gloriar-m e em Cristo Jesus nas coisas concernentes a Deus.
ís Porque não ousarei discorrer sobre coisa alguma, senão sobre aquelas que
Cristo f e z p o r meu intermédio, para conduzir os gentios à obediência, p o r
p a la vra e p o r obras,19p or força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito
Santo; de maneira que, desde Jerusalém e circunvizinhanças a té ao Ilírico,
tenho divulgado o evangelho de Cristo,20 esforçando-me, deste modo, p o r p re­
gar o evangelho, não onde Cristo j á fora anunciado, para não edficar sobre
fundam ento alheio;21 antes, como está escrito:
H ão de vê-lo aqueles que não tiveram notícia dele, e compreendê-lo os que
nada tinham ouvido a seu respeito.

E xploração
1. E m que se baseava a confiança de Paulo nos cristãos de Roma?
2. Liste algumas das realizações de Deus através da vida de Paulo.

3. O que Deus tem realizado através da sua vida?

4. Por que Paulo preferia não m inistrar onde outros já haviam


ministrado? Quais seriam os pontos positivos e negativos dessa
decisão?

5. Q ue princípios evangelísticos da vida de Paulo você procura


aplicar em sua vida?

I nspiração
U m a tem pestade provocou um apagão em nosso bairro. Q uando
as luzes se apagaram, tateei no meio da escuridão até o armário
onde guardávamos as velas para situações como essa... Peguei os
fósforos e acendi quatro velas... Estava me virando para sair segu­
rando a vela maior quando ouvi um a voz.
— Ei, deixe essa vela aí.
— Q uem disse isso?
— E u disse.
A voz vinha de perto da m inha mão.
— Q uem é você? Que é você?
— E u sou um a vela.
Levantei a vela para olhar mais de perto. Você não vai acre­
ditar no que eu vi. Havia um pequeno rosto na cera da vela... um
rosto em ação, movendo-se, cheio de expressão e vida.
— Não me tire daqui!
— Quê?
— Eu disse para não me tirar desse armário.
— O que você quer dizer com isso? E u tenho de tirar você
daqui. Você é um a vela. Seu trabalho é iluminar. Está escuro lá.
— M as você não pode me levar para lá. E u não estou pron­
ta — explicou a vela, com olhos de súplica. — Preciso de mais
preparo.
Não conseguia acreditar no que estava ouvindo.
— M ais preparo?
— Sim, decidi que preciso pesquisar esse negócio de ilum inar
para que eu não saia por aí fazendo um m onte de bobagem. Você
ficaria surpreso se soubesse quão distorcido o brilho de um a vela
destreinada pode ser.
— Tudo bem, então — disse. — Você não é a única vela na
prateleira. Vou assoprar você e levar as outras!
N o m om ento em que enchi m inhas bochechas de ar, porém,
escutei outras vozes:
— Nós tam bém não vamos!
E ntão me virei e olhei para as outras três velas.
— Vocês são velas, e seu trabalho é ilum inar lugares escuros!
— Bem, essa pode ser sua opinião — disse a vela na extremi­
dade esquerda. — Pode ser que, em sua opinião, nós tenham os de
ir, mas eu estou ocupada... estou m editando na im portância da
luz. É de fato esclarecedor.
— E vocês duas? — perguntei. — Vocês tam bém vão perm a­
necer aqui?
U m a vela pequena, roliça, de cor púrpura, com bochechas re­
chonchudas que me faziam lem brar o Papai Noel, disse:
— E stou esperando m inha vida ficar em ordem. Não estou
suficientemente estável.
A última vela tinha um a voz feminina, de som muito agradável.
— Eu gostaria de ajudar — explicou ela. — M as ilum inar a
escuridão não é m eu dom... Sou cantora. C anto para as outras
velas a fim de encorajá-las a brilhar mais intensamente.
Então ela começou uma versão do hino “Brilha no meio do teu
viver”. As outras três se juntaram, enchendo o cômodo de música.
D ei um passo para trás e analisei o absurdo daquilo tudo.
Q uatro velas perfeitamente saudáveis cantando umas para as ou­
tras sobre brilhar mas se recusando a sair do lugar.
T rech o de D eus estãaq u i

R eação
6. Com o o exemplo de Paulo o inspira a envolver-se mais ativa­
m ente no evangelismo?

7. O que o impede de testem unhar de Cristo? Quais das velas da


história melhor representa sua vida?

8. D e que modo você pode superar esse obstáculo?

9. Você reluta em falar de Deus às pessoas? Com o você pode su­


perar isso?

10. C ite algumas maneiras criativas de anunciar o evangelho.


11. Q uem partilhou com você a' mensagem do evangelho? Com o
você pode agradecer a essa pessoa, especialmente se não tem mais
contato com ela?

L ições de vida
Finalizamos este estudo da carta aos Romanos com um tem a re­
corrente: Com o trataremos o próximo? Com o amaremos aqueles
que partilham nossas crenças? E quanto àqueles que não parti­
lham? Com o falaremos do evangelho e o viveremos dentro da
igreja e para o mundo? E sta carta nos convida a retornar a ela,
com frequência, em busca de encorajamento, direção e desafios.
Romanos nos leva a valorizar tudo o que Deus fez por nós. Q u an ­
to mais aprendemos a amar a Deus, mais bem preparados esta­
mos para amar o próximo.

D evoção
Pai, perdoa-nos por ignorar o perdido; perdoa-nos por desfru­
tar de form a egoísta da dádiva de tua salvação, sem partilhá-la
com os outros; perdoa-nos pelos m om entos em que mantivemos
a boca fechada, ocultando a verdade de tua Palavra, por m edo
do ridículo ou da rejeição. Enche-nos de coragem, Pai. Usa-nos
como instrum entos de tua misericórdia e graça estendida a um
m undo sujeito ao pecado.

• Para mais passagens bíblicas sobre evangelismo, leia M a ­


teus 5.13-16; 28.18-20; Atos 1.8; 2Coríntios 2.14-17; lT es-
salonicenses 2.8; lPedro 3.15-16.
• Para completar o livro de Romanos durante este estudo
em doze partes, leia Romanos 15.14— 16.27.

Para pensar
Q uanto tenho “brilhado no meio do meu viver”?
Os textos da seção “Inspiração” foram traduzidos diretam ente
dos originais, em inglês, de M ax Lucado, listados abaixo, e das
seguintes obras: A G arden er Looks a t th e F ru its o f the S p irit, de W.
Philip Keller [F rutos do E s p írito Santo. Belo H orizonte: Betânia,
1981]; The Grace A w a k e n in g , de Charles Swindoll [O despertar d a
graça. São Paulo: M undo Cristão, 2009]; Peace w ith G o d , de Billy
G raham [E m p a z com D eus. Rio de Janeiro: Record, 1995] e A l o -
ne in M a je s ty , de W illiam M acD onald [Su prem a m ajestade. Porto
Alegre: C ham ada da M eia-N oite, 2012]. Todos esses livros e as
obras a seguir foram publicados por W Publishing Group, uma
divisão da Thomas Nelson, Inc., Nashville,Tennessee.
Q uando for o caso, apresentamos entre colchetes as corres­
pondentes versões em português.

A L o v e Worth G ivin g . Copyright © 2002 de M ax Lucado. [U m


a m o r que v a le a p en a . Rio de Janeiro: CPA D , 2004],
N e x tD o o r S avior. Copyright © 2003 de M ax Lucado. [O S a lv a ­
d o r m ora ao lado. Rio de Janeiro: CPA D , 2005].
G o d G am e N ea r. Copyright © 2004 de M ax Lucado. [D eu s está
aqu i. São Paulo: M undo Cristão, 2013].

O s seguintes livros foram publicados por outras editoras es­


trangeiras:

I t s N o t A b o u t M e . Copyright © 2004 de M ax Lucado. Bren-


twood, Tennessee: Integrity Publishers. [Isto não é p a r a m im .
Rio de Janeiro: CPA D , 2005].
S haped by G od (publicado anteriorm ente como O n The A n v it) .
Copyright © 2001 de M ax Lucado. W heaton, Illinois: Tyn-
dale House Publishers. [ M o ld a d o p o r D eus. São Paulo: Procla­
mação, 2010]

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