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M k ...
ROMANOS
M ax L u c a d o
O GRANDE PROJETO DE DEUS
MC
mundocristao
MAX LUCADO
ROM ANOS
MC
mundocristão
São P aulo
Copyright © 2007 por Thomas Nelson
Publicado originalmente por Thomas Nelson Inc., Nashville, Tennessee, EUA.
Direitos negociados por Silvia Bastos, S. L., Agência Literária.
É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por quaisquer meios
(eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por
escrito, da editora.
Lucado, Max
Romanos: o grande projeto de Deus / Max Lucado; traduzido por Daniel Faria. — São
Paulo: Mundo Cristão, 2014. — (Coleção lições de vida)
12-15239 CDD-227.106
O s E ditores
Você tem um livro especial em mãos. Palavras esculpidas em ou
tras línguas. Ações ocorridas em épocas distantes. Acontecim en
tos registrados em terras longínquas. Conselhos oferecidos a um
povo estrangeiro. Esse é um livro singular.
É de surpreender que alguém o leia. E antigo demais. Alguns
dos escritos datam de cinco mil anos atrás. É esquisito demais. O
livro fala de enchentes incríveis, incêndios, terremotos e pessoas
com habilidades sobrenaturais. É radical demais. A Bíblia convi
da à devoção eterna a um carpinteiro que chamava a si mesmo de
Filho de Deus.
A lógica diz que esse livro não sobrevivería. Antigo demais,
esquisito demais, radical demais.
A Bíblia foi proibida, queimada, escarnecida e ridicularizada.
Acadêmicos zombaram dela. Reis decretaram sua ilegalidade.
M ais de mil vezes, a cova foi aberta e o canto fúnebre começou a
ser entoado, mas, por alguma razão, a Bíblia nunca permaneceu
na sepultura. Não somente sobreviveu; ela prosperou. É o livro
mais popular em toda a história. H á anos tem sido o mais vendi
do no mundo!
Não existe na terra um a explicação para isso. Essa, talvez, seja
a única explicação. A resposta? A durabilidade da Bíblia não se
encontra na terra; encontra-se no céu. Para os milhões, que testa
ram suas afirmações e reivindicaram suas promessas, há somente
um a resposta: a Bíblia é o livro e a voz de Deus.
Ao ler, seria sábio de sua parte pensar um pouco acerca de
duas perguntas: Q ual o propósito da Bíblia? Com o devo estudá-
-la? O tem po gasto na reflexão dessas duas questões vai engran
decer consideravelmente seu estudo bíblico.
Q ual o propósito da Bíblia?
Perm ita que ela própria responda a essa pergunta: P orque desde
criança você conhece as S agradas L etras, que são capazes de to rn á -lo
sábio p a r a a salvação m edian te a f é em Cristo Jesus (2Tm 3.15).
O propósito da Bíblia? Salvação. O maior desejo de Deus é
trazer seus filhos para casa. O livro dele, a Bíblia, descreve seu
plano de salvação. O propósito da Bíblia é proclamar o plano e o
desejo de Deus de salvar seus filhos.
E essa a razão de a Bíblia ter resistido ao longo dos séculos.
Ela tem a ousadia de enfrentar as questões mais difíceis a respeito
da vida: Para onde vou depois de morrer? Existe um Deus? O
que faço com os meus medos? A Bíblia oferece respostas a essas
questões cruciais. É o mapa que nos conduz ao m aior tesouro de
Deus: a vida eterna.
M as como usamos a Bíblia? Inúmeros exemplares das Escri
turas repousam não lidos em estantes e cabeceiras pelo simples
fato de as pessoas não saberem como lê-la. O que podemos fazer
para torná-la real em nossa vida?
A resposta mais clara encontra-se nas palavras de Jesus. Ele
prometeu: Peçam , e lhes será dado; busquem , e encontrarão; batam , e
a p o rta lhes será a b erta (M t 7.7).
O primeiro passo na compreensão da Bíblia é pedir a Deus para
ajudar-nos. Devemos ler em oração. Se alguém compreende a Pala
vra de Deus, é por causa de Deus, e não do leitor: M a s o Conselheiro,
o E sp írito Santo, que o P a i en via rá em meu nome, lhes ensinará todas as
coisas e lhesf a r á lem brar tudo o que eu lhes disse (Jo 14.26).
Antes de ler a Bíblia, ore. Convide D eus para falar com você.
Não vá às Escrituras procurando por sua m aneira de pensar; vá
em busca da m aneira de pensar dele.
Não devemos ler a Bíblia somente em oração; devemos lê-la
com cuidado. A garantia é: busquem, e encontrarão. A Bíblia não é
um jornal a ser folheado, mas um a m ina a ser garimpada: se p r o
curar a sabedoria como se p rocu ra a p r a ta e bu scá-la como quem busca
um tesouro escondido, então você en ten derá o que é tem er o S e n h o r e
achará o conhecimento de D eu s (Pv 2.4-5).
Q ualquer achado valioso requer esforço. A Bíblia não é exce
ção. Para compreendê-la, você não precisa ser brilhante, mas tem
de estar disposto a arregaçar as mangas e procurar, como obreiro
que não tem do que se en vergon h ar e que m a n eja corretam ente a p a la
v r a d a v e rd a d e (2Tm 2.15).
Eis um ponto prático: estude a Bíblia um pouco de cada vez.
Não se sacia a fome comendo 21 refeições de um a só vez a cada
semana. O corpo precisa de um a dieta constante para permanecer
forte. O mesmo acontece com a alma. Q uando Deus enviou ali
m ento a seu povo, no deserto, ele não providenciou pães prontos.
E m vez disso, enviou o maná, desta forma: flocos fin o s sem elhantes
a g ea d a [ ...] sobre a superfície do deserto (Êx 16.14).
Deus concedeu m aná em porções ilimitadas e envia alimento
espiritual da mesma forma: abrindo os céus com nutrientes sufi
cientes para a fome de hoje e providenciando ordem sobre ordem,
regra e m ais regra; um pouco aqui, um pouco a li (Is 28.10).
Não desanime se a colheita de sua leitura parece pequena. H á
dias em que um a porção m enor é tudo o de que precisamos. O
im portante é buscar diariam ente a mensagem daquele dia. U m a
dieta constante da Palavra de Deus no decorrer da vida edifica a
saúde da m ente e da alma.
U m a garotinha voltou de seu prim eiro dia na escola. A mãe
perguntou:
— Você aprendeu alguma coisa?
— Pelo visto, não aprendi o bastante — a m enina respondeu.
— Tenho de voltar amanhã, depois de am anhã e depois de depois
de amanhã...
Ê assim que funciona a aprendizagem e é assim que funciona
o estudo da Bíblia. A compreensão vem pouco a pouco, ao longo
da vida.
H á um terceiro passo na compreensão da Bíblia. Depois do
pedido e da busca, vem a batida. Depois de perguntar e procurar,
você bate: batam , e a p o r ta lhes será aberta (M t 7.7).
Bater é estar diante da porta de Deus. Ficar disponível. Subir
as escadas, cruzar o pórtico, colocar-se à porta e se voluntariar. Ba
ter vai além da esfera do pensam ento e entra na esfera da ação.
B ater é perguntar: O que posso fazer? Com o posso obedecer?
A onde posso ir?
U m a coisa é saber o que fazer. O utra é fazer. M as para aqueles
que fazem, que escolhem obedecer, um a recompensa especial os
aguarda: M a s o hom em que observa a te n ta m en te a lei p erfe ita , que
tr a z a liberdade, e p e r severa n a p r á tic a dessa lei, não esquecendo o que
o u viu m as p ra tica n d o -o , será f e l i z n a q u ilo q u e fiz e r (T g 1.25).
U m a promessa e tanto! A felicidade vem para quem pratica o
que lê! E o mesmo com m edicam entos. Se você apenas ler o ró
tulo, mas ignorar as pílulas, de nada vai adiantar. É o mesmo com
comida. Se você apenas ler a receita, mas nunca cozinhar, não vai
ser alimentado. D á-se o m esm o com a Bíblia. Se você apenas ler
as palavras, mas nunca obedecer, jam ais conhecerá a alegria que
Deus prometeu.
Peça. Procure. Bata. Simples, não é? Por que então não tentar?
Se o fizer, entenderá por que você tem nas mãos o livro mais
extraordinário da história.
Não me sinto muito inteligente no m om ento. Acabei de descer
do avião errado que me levou para a cidade errada e me deixou
no aeroporto errado. Fui para o leste em vez de ir para o oeste e
cheguei a H ouston em vez de chegar a Denver.
N ão parecia ser o avião errado, mas era. Atravessei o portão
errado, cochilei durante o voo errado e fui parar no lugar errado.
Paulo diz que todos nós fizemos a mesma coisa. N ão em rela
ção a aviões e aeroportos, mas com nossa vida e Deus. Ele diz aos
leitores romanos:
R eflexão
Romanos oferece um olhar detalhado e ampliado do plano espe
cial de Deus para a raça hum ana. O livro lhe m ostra as condições
“antes e depois” de sua vida em relação a Jesus Cristo. Ao iniciar
este estudo, reflita sobre seu estilo de vida anterior a sua conver
são. Identifique as principais mudanças realizadas por Cristo em
sua vida.
S ituação
O apóstolo Paulo escreveu essa carta para o grupo de cristãos
em Roma, a capital do Império Romano. Ele compôs essa car
ta de doutrina cristã após anos de trabalho missionário. Em bora
ainda não houvesse visitado Roma, ele tinha os cristãos romanos
em alta consideração. Q ueria passar mais tem po com eles, assim
como fizera com tantas outras novas igrejas em torno do mar
M editerrâneo. Essa carta é a m aneira de Paulo dizer: “Eis as li
ções centrais que eu gostaria de ensinar-lhes se eu pudesse passar
algum tem po do seu lado”. N a passagem a seguir, Paulo descreve
a glória e o poder do evangelho de Cristo.
O bservação
Leia Romanos 1.16-32 da N V I ou da RA.
E xploração
1. D e que diferentes maneiras Deus se revela às pessoas? (Para
conhecer algumas ilustrações bíblicas, leia Salmos 19.1,8; João
12.49; 14.10,26; A tos 14.17; Romanos 1.16,20; lC oríntios 2.13;
ljoão 5.13.)
2. D e que modo algumas pessoas têm provocado a ira de Deus?
4 .0 que acontece quando Deus perm ite que as pessoas sigam seu
próprio caminho?
I nspiração
Detrás dele, um a trilha de rastros.
Debaixo dele, o galope de um cavalo.
D iante dele, quilômetros a percorrer.
D entro dele, um a determinação firme como a rocha.
Olhos apertados. D entes cerrados. M ãos resolutas. Os cavalei
ros da antiga agência de correio Pony Express tinham uma tarefa:
entregar a mensagem depressa e com segurança. Eles avaliavam
todas as vantagens possíveis: o trajeto mais curto, o cavalo mais
rápido, a sela mais leve. A té mesmo a m arm ita menos pesada.
Somente os caras durões eram contratados. Conseguiam lidar
com os cavalos? Suportar o calor? Fugir de ladrões e sobreviver
a nevascas? O s jovens e os órfãos eram os preferidos. Os selecio
nados ganhavam 125 dólares por mês (um bom salário em 1860),
um revólver Colt, um a espingarda leve, um a camisa vermelha bri
lhante, calças azuis e oito horas para cobrir 130 quilômetros, seis
dias por semana. Trabalho duro e salário alto. M as a mensagem
valia a pena.
O apóstolo Paulo teria adorado o Pony Express. Pois ele, tal
como aqueles cavaleiros, havia sido incumbido de um a m ensa
gem.
“Tenho um a grande dívida para com vocês e para com todos”,
disse Paulo à igreja rom ana (Rm 1.14, Nova Bíblia Viva). O após
tolo tinha algo para eles: um a mensagem. Ele havia recebido a
missão, como um cavaleiro da Pony Express, de entregar a m en
sagem divina: o evangelho. Para Paulo, nada importava mais que
o evangelho. “Não me envergonho do evangelho”, ele escreveu em
seguida, “porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele
que crê” (v. 16).
Paulo vivia para transm itir a mensagem. A m aneira como as
pessoas se lembravam dele era secundário. (Do contrário, por que
ele se apresentaria como escravo? Veja Romanos 1.1.) A maneira
como as pessoas se lembravam de Cristo era o principal. A m en
sagem de Paulo não dizia respeito a si mesmo. A mensagem dele
dizia total respeito a Cristo.
T r e c h o d e I sto n ã o é para m im
R eação
6. Com o você descrevería a justificação a um novo convertido?
10. D e que modo essa passagem lhe dá ânimo para viver pela fé?
L ições de vida
Q uer sejamos novos na fé, quer crentes em C risto há m uitos anos,
todos nós lutamos com o desafio de m anter a fé em prontidão, até
o momento. Nossa tendência hum ana é recorrer a nossa justiça, a
nossa trajetória, a nossa capacidade de fazer o bem e de ser bons,
em vez de depositar nossa esperança em Cristo. E ntender de fato
que Jesus deseja nossa total confiança é um processo contínuo,
um a realidade do tipo “um dia de cada vez”. Os desafios de ontem
à fé podem dar informações às respostas de hoje, mas elas não nos
isentam de viver pela fé hoje. Se você está levando Cristo em con
sideração, depositar nele sua fé é um ponto de partida inevitável,
mas essa decisão não constitui a etapa final. Cada dia oferece uma
nova oportunidade de reconhecer e experimentar a vida pela jus
tiça de Cristo, não pela nossa. Se você confiou em Cristo recen
tem ente, que lições já aprendeu sobre viver pela fé? Se você é um
cristão de longa data, que disciplinas aprendeu sobre m anter a fé
viva? O u você anda “encostado espiritualm ente” há algum tempo?
D evoção
Pai, perdoa-nos por sermos testemunhas de tua majestade e ainda
assim vivermos como se tu não existisses. Perdoa-nos, Pai, quando
por vezes depositamos mais esperança nas coisas da terra do que
nas maravilhosas promessas de teu paraíso. Tem misericórdia de
nosso coração endurecido. Transforma-nos conforme a tua seme
lhança.
Para pensar
Escreva um a oração de agradecimento a D eus por salvar você de
um a vida de pecado e trazê-lo a um relacionamento justo com ele.
C o n h e c e n d o a C r is t o
R eflexão
N a últim a lição, delineamos a longa jornada que os seres hum a
nos empreenderam para longe de Deus. N o princípio os humanos
se rebelaram deliberadamente e, agora, cada nova geração sofre
os resultados dessa rebelião. Arrependim ento é o primeiro passo
dessa viagem de volta para casa. O evangelho oferece esperança
para a viagem. Quais medidas você tom ou recentem ente visando
aprofundar seu relacionamento com Cristo?
S ituação
Paulo estava ciente de que seus leitores tinham um a visão de
m undo dividida: judeus e gentios. Ele precisava obter a atenção
de dois tipos de pensam ento. Neste capítulo, ele se dirige à mente
autoconfiante dos judeus, que presumiam para si um lugar es
pecial no plano de Deus, e à m ente gentia, que se considerava
orgulhosamente autossuficiente. Am bas as formas de pensar pre
cisavam submeter-se a um a m udança de ponto de vista, enxer
gando a condição hum ana da perspectiva santa de Deus.
O bservação
Leia Romanos 2.1-16 da N V I ou da RA.
E xploração
1. Q ue motivo Paulo apresentou para aconselhar os romanos a
evitarem julgar os demais?
R eação
6. Q ue semelhanças você enxerga entre Judas e as pessoas a quem
Paulo endereçou essa carta?
L ições de vida
U m a área de tentação implacável tem a ver com nossa tendência
de nos comparar com os outros. Esse tipo de julgamento possui
um único propósito: fazer-nos sentir melhores, superiores e espi
ritualm ente seguros. A Bíblia aponta consistentemente os perigos
e o pecado dessas comparações. Nessa passagem, Paulo mostrou
que comparações apenas negam o fato de que estamos todos dian
te de um Deus santo como criaturas caídas necessitando desespe
radam ente de misericórdia. Q uando esquecemos de nos incluir
nesse cenário, somos incapazes de enxergar o próximo com clareza.
D evoção
Pai, todos nós falhamos contigo de alguma m aneira. Escolhemos
caminhos errados e tomamos decisões erradas. Conhecem os tua
lei, mas optam os por ignorá-la. Esforçamo-nos para impressionar
os outros com nosso conhecimento a teu respeito, enquanto nosso
coração está distante de ti. Perdoa-nos, Pai. G uia-nos a um rela
cionam ento mais verdadeiro e mais profundo contigo.
Para pensar
Q ue posso fazer para aprofundar meu relacionamento com Cris
to? Com o posso conhecê-lo melhor?
U m a d á d iv a in e s t im á v e l
R eflexão
Para nós é fácil questionar a maneira como Deus lida conosco. Os
caminhos de Deus não são os nossos caminhos, e jamais enten
deremos plenamente os mistérios de sua justiça, sua santidade e
seu poder. O que você faria com a hum anidade teimosa, se fosse
Deus? N o lugar do santo Criador, como você reagiría a suas cria
turas pecaminosas? Reflita sobre como Deus tem trabalhado em
seu coração e em sua vida recentemente. Q ue parte da salvação
ainda constitui um mistério para você?
S ituação
Paulo criou um impasse em relação à lei. As leis de Deus são boas,
diz ele, mas incapazes de nos motivar a viver de acordo com as
expectativas da justiça de Deus. Q uer a lei esteja presente quer
não, somos incapazes de obedecer perfeitam ente, portanto ainda
somos pecadores. Q ue dilema! M as Paulo está apenas lançando
as bases para as boas-novas, que vêm em Romanos 3. Aqui estão
definições úteis para três im portantes term os teológicos usados
em Romanos: 1) Justificação refere-se à declaração de Deus de que
não som os culpados de nossos pecados. 2) Redenção significa
que Jesus pagou a pena por nossos pecados ao m orrer na cruz. 3)
Expiação diz respeito ao sacrifício de C risto em nosso favor.
O bservação
Leia Romanos 3.21-31 da N V 1 ou da RA.
E xploração
1. E m que sentido as pessoas são todas iguais? O que todos nós
compartilhamos, especialmente em relação a Deus?
2. Com o as pessoas podem ser justificadas diante de Deus? (Pode
ser útil consultar 3.22-24 e Isaías 52.13— 53.12.)
I nspiração
“O am or”, diz Paulo, “nunca perece” (IC o 13.8). O verbo que Pau
lo emprega para perecer é usado em outros lugares para descrever
a m orte de um a flor que cai no chão, m urcha e apodrece. Traz
o sentido de m orte e extinção. O amor de Deus, diz o apóstolo,
nunca cairá no chão, murchará e apodrecerá. Por natureza, esse
am or é perm anente. Ele nunca se extingue.
Governos perecem, mas o amor de Deus dura para sempre.
Coroas são temporárias, mas o amor é eterno. Seu dinheiro aca
bará, mas o amor dele jam ais terá fim.
“Com o é possível D eus ter um am or como esse? Ninguém
possui amor infalível. N enhum a pessoa é capaz de amar com per
feição.” Você está certo. N enhum a é capaz. M as Deus não é um a
pessoa qualquer. Ao contrário de nosso amor, o amor dele nunca
perece. O amor de Deus é imensamente diferente do nosso.
Nosso amor depende do receptor do amor. Passem mil pes
soas diante de nós, e não teremos o mesmo sentim ento sobre
cada uma. Nosso amor será regulado pela aparência, pela perso
nalidade delas. M esm o quando encontram os alguns poucos de
quem gostamos, nossos sentim entos oscilarão. O tratam ento que
nos dispensarão afetará nosso am or por elas. O receptor regula
nosso amor.
Não é assim com o amor de Deus. Não temos nenhum im
pacto term ostático sobre o amor dele por nós. O am or de Deus
é incondicional e espontâneo. Com o disse Charles Wesley: “Ele
nos amou. Ele nos amou. Porque ele havería de am ar”.
Será que Deus nos ama devido a nossa bondade? Devido a
nossa amabilidade? Devido a nossa grande fé? Não, ele nos ama
por sua bondade, amabilidade e grande fé. João diz assim: “Nisto
consiste o amor: não em que nós tenham os amado a Deus, mas
em que ele nos amou” (IJo 4.10).
Pensar nisso não conforta você? O amor de D eus não depende
do nosso. A abundância de nosso amor não aum enta o amor dele.
A escassez de nosso amor não diminui o amor dele. Nossa bonda
de não eleva o am or dele, nem nossa fraqueza o dilui... Deus nos
ama simplesmente porque ele escolheu fazê-lo.
T r e c h o d e U m a m o r q u e vale a p e n a
R eação
5. Q uando você percebeu pela prim eira vez que a salvação é um a
dádiva gratuita proporcionada por Cristo?
L ições de vida
Aquilo que não tem preço não pode ser comprado ou adquiri
do. A vida eterna é um tesouro desse tipo. O u nós a recebemos
gratuitam ente, ou não a recebemos de m aneira alguma. Jamais
poderiamos pagar por ela. Jamais poderiamos merecê-la. E um
presente de Deus para nós; do contrário, não a teríamos. M as
seria um grande erro concluir neste caso que aquilo que é gratuito
é barato. C ustou m uito caro para Deus, incluindo a vida de seu
Filho, conceder-nos esse presente. Não há lugar para vangloria;
somente gratidão.
D evoção
Deus santo e Pai celestial, vimos a ti cientes de que não merece
mos estar em tua presença. Nós te agradecemos por teres con
cedido um caminho para nós através do sangue de teu precioso
Filho. Tua graça salvadora é um a dádiva inestimável. M antém -
-nos maravilhados e fascinados com aquilo que fizeste por nós.
R eflexão
Para tirar o máximo proveito desta lição, reserve alguns m inu
tos para rever a vida de Abraão, na Bíblia. Aqui estão algumas
passagens-chave: Gênesis 12.1-4; 15.1-6; 22.1-18 e Gálatas 3.6-9.
A o refletir sobre a vida de Abraão, tente pensar em alguém que
tem sido um exemplo de grande fé para você. Com o essa pessoa
testem unha sua fé?
S ituação
C om o intuito de apresentar sua defesa para o ancestral plano de
salvação de Deus, Paulo refez o caminho de volta da linhagem
judaica até o início, com Abraão. O próprio patriarca da nação ju
daica não era judeu. Paulo argum enta que, se Deus concedeu sal
vação (justificação pela fé) a Abraão, m uito antes de ele se tornar
pai da nação judaica, não faria sentido concluir que Deus tem um
plano para o resto dos gentios? E o plano de Deus sempre esteve
baseado na fé, não na linhagem.
O bservação
L e ia R o m an os 4 .1 3 - 2 5 d a N V I ou d a R A .
I nspiração
H en ry D rum m ond [escreve]: “Se refletir por um instante, per
ceberá que as pessoas que o influenciam são aquelas que acre
ditam em você. E m um a atm osfera de suspeitas o hom em se
retrai; na outra, porém , ele se descontrai e encontra encoraja
m ento e com panheirism o educativo. E maravilhoso que aqui
e ali, neste m undo austero e insensível, ainda existam algumas
raras almas em cuja m ente não reside maldade alguma. Esse é
o grande desapego das coisas mundanas. O amor vê o lado po
sitivo, expressa a m elhor parte de cada ação. Q ue maravilhoso
estado de m ente para viver! Q ue estímulo e bênção deparar com
algo assim ainda que por apenas um dia! Ser digno de confiança
é ser salvo. E se tentarm os influenciar ou anim ar os outros, logo
perceberemos que o sucesso é proporcional à confiança deles em
nossa confiança neles. Pois o respeito de alguém é a prim eira
recuperação do autorrespeito perdido pelo hom em ; nosso ideal
do que ele é torna-se para ele a esperança e o m odelo do que ele
pode vir a ser”.
Tal fé move m ontanhas de inércia nas pessoas. Pulveriza pre
conceitos e impossibilidades. Tal fé é o fruto do Gracioso E s
pírito de Deus que adoça um m undo azedo. Substitui suspeita
e desconfiança por amizade, esperança e bom ânimo. Dignifica
amigos, familiares e conhecidos casuais.
Fé desse calibre vem de Deus. Se ela está em falta, devemos
pedi-la. D eus nos exorta a solicitar-lhe ousadamente suas boas
dádivas (Lc 11.9-13). Ele de fato concede seu Gracioso Espírito
àqueles que requerem sua presença e estão preparados a coope
rar de todo o coração com seus m andamentos (At 5.32). Ele não
retém nada do que é bom para aqueles que buscam sua fé com
sinceridade. Deus é fiel.
T r e c h o d e F r u t o s d o E s p ír it o S a n t o ,
de P h il ip K e ller
R eação
6. D e que modo o exemplo de Abraão o inspira a buscar um a fé
mais profunda?
10. O que você norm alm ente faz quando experimenta dúvidas?
L ições de vida
Q uase todo m undo nos dias de Abraão, assim como em nossos
dias, tinha algum tipo de fé. Alguns acreditavam em ídolos, ou
tros, na sorte ou no acaso, e muitos sim plesm ente tinham fé em
si mesmos. A fé de A braão tinha um a finalidade divina. Sua fé
residia em Deus, e ele agia de acordo com ela. A fé que as pessoas
testem unham em nossa vida talvez não comunique autom ati
cam ente a finalidade de nossa fé. Elas perceberão os efeitos de
nossa fé. Se perguntarem , devemos estar prontos para dizer-lhes
que nossa fé repousa em Jesus Cristo. Vivemos pela fé porque
vivemos nele.
D evoção
Pai, aceitaste a fé de Abraão e aceitas a nossa hoje. Não merece
mos teu perdão e tua misericórdia; contudo, tu as concedes a nós
gratuitam ente. O brigado por cobrires nossa culpa com o sangue
de teu único Filho. C ontinua a fortalecer nossa fé em ti, para tua
glória.
Para pensar
D e que m odo as pessoas ao m eu redor são impactadas pela m inha
fé em Deus?
V it ó r ia so b r e o p e c a d o
R eflexão
Hábitos. O s melhores parecem impossíveis de desenvolver; os
piores aparecem sem nenhum esforço em nossa vida. Bons há
bitos desaparecem num piscar de olhos; maus hábitos perduram
como um a dolorosa incapacidade. Pense em alguma ocasião em
que você venceu um mau hábito. Com o conseguiu fazê-lo? D es
creva como se sentiu.
S ituação
Paulo sabe quão profunda é a tendência hum ana de abusar da gra
ça de Deus. Ele retorna à pergunta que deu início a este sexto
capítulo. Será que a realidade da graça de Deus nos permite pecar
à vontade, sem nos preocuparmos com as consequências? É claro
que não. A menos que nos coloquemos deliberadamente nas mãos
de Deus, tornando-nos escravos da justiça, a liberdade que nos é
oferecida em Cristo degenera em um tipo diferente de escravidão.
Por que escolheriamos servir ao mundo, a carne ou ao diabo, se
temos a oportunidade de servir a nosso Criador?
O bservação
Leia Romanos 6.15-23 da N V 1 ou da RA.
E xploração
1. Por que os cristãos devem evitar o pecado?
I nspiração
Im agine ser lançado num a prisão como suspeito de um a acusa
ção e perm anecer ali, praticam ente esquecido, enquanto o siste
ma, sempre tão lento, o julga. Você fica doente. É tratado com
crueldade. Sofre abuso, apanha. Você não começaria a sentir-se
perdido e desesperado?
Vamos voltar à pergunta: “Nós, os que morremos para o pe
cado, como podemos continuar vivendo nele?”. Q uem se ofere
cería para ser jogado num a prisão por mais um par de meses,
tendo estado ali anteriorm ente e sofrido as consequências de tal
situação? A ideia dele é: então, por que escravos libertos, que já
foram libertados do pecado e da vergonha, voltariam a viver sob
o m esm o jugo por mais tempo? Fomos programados para pensar
assim: Sei que vou pecar, falhar... que não vou conseguir. Uma vez
que isso é verdadeiro, preciso estarpronto para ser limpo. Você não foi
program ado para render-se a Deus como aqueles que têm poder
sobre o pecado.
Q uão m elhor é começar cada dia pensando em vitória, não
em derrota; despertar para a graça, não para a vergonha; enfren
tar cada tentação com pensam entos como “Jesus, és meu Senhor
e Salvador. Sou teu filho — liberto e dependente do teu poder.
Portanto, Cristo, este é o teu dia, para ser vivido para a tua glória.
Trabalha por meio dos meus olhos, da m inha boca, de meus pen
samentos e minhas ações de m odo a levar adiante a tua vitória. E,
Senhor, faz isso por todo o dia”.
T r e c h o d e 0 d e sp e r t a r d a graça,
de C h a r l e s S w in d o l l
R eação
6. E m sua opinião, por que as pessoas escolhem ser escravas do
pecado?
L ições de vida
A té confiar no poder e na presença de C risto em nossa vida, o pe
cado e os hábitos pecaminosos exercem poder sobre nós. Nossos
esforços para controlá-los são ineficazes. Q uer lutemos quer não,
estamos num a batalha perdida. N o entanto, quando aceitamos
a Cristo, as regras m udam . O pecado e os hábitos pecaminosos
já não têm poder, embora procurem incessantemente m anter in
fluência sobre nós e obter nossa permissão para prosseguir sua
obra maléfica. Paulo nos diz que, antes de conhecer a Cristo,
éramos escravos do pecado. M as C risto nos comprou e nos deu
liberdade. Podemos agora, pelo poder de Cristo, dizer não ao pe
cado e experimentar o poder de não só vencer o pecado, mas tam
bém os hábitos pecaminosos.
D evoção
Pai, sabemos que somos capazes de viver um a nova vida, livres da
escravidão do pecado graças à m orte e ressurreição de teu Filho.
Venceste o pecado e a morte. Pai, nós te pedimos que sejas o
Senhor de nossa vida. Protege-nos do mal e das tentações deste
m undo. Convidamos o poder purificador de teu Espírito Santo
para lim par nossa vida. Q ue possamos continuar a ser inculpáveis
até o dia da tua volta.
R eflexão
E m certos momentos, podemos viver na verdade do perdão e da
liberdade que temos em Cristo. E m outros, isso não é tão fácil.
Surpreendem o-nos “cedendo” a tentações que, a nosso ver, havía
mos deixado para trás. M as o livro de Romanos nos diz que fomos
libertos do pecado e já não estamos debaixo de condenação! Você
já se perguntou se Deus continuará a “livrar seu pescoço” pecado
após pecado? Com o você lida com a culpa e a vergonha em sua
vida?
S ituação
Paulo esclarece de m aneira genial a mensagem de nossa emanci
pação espiritual. Éram os escravos do pecado; agora somos livres
em Cristo. M as ainda lutamos. Estam os dolorosamente cientes
de nossas falhas hum anas e de nossa tendência a trair aquilo que
sabemos ser correto. Com o Cristo vincula nossa evidente instabi
lidade a sua natureza e a seu caráter imutáveis? Este capítulo nos
oferece um impressionante retrato do grandioso compromisso de
Deus para conosco.
O bservação
L e ia R om an os 8 .1 -1 7 d a N V I ou d a R A .
E xploração
1. Explique como a lei, entendida como lista de regras e normas
comportam entais, não é capaz de prover salvação.
I nspiração
Pedro aprendeu a lição. M as quer saber? Pedro esqueceu a lição.
Esse mesmo hom em que havia confessado a Cristo num barco
amaldiçoou a Cristo dois anos depois, quando a situação esquen
tou. N a noite anterior à crucificação, Pedro disse às pessoas que
jamais havia ouvido falar de Jesus.
Ele não poderia ter cometido um erro mais trágico. Ele sabia
disso. O robusto pescador escondeu nas grossas mãos o rosto bar
budo e passou a noite de sexta-feira aos prantos. Todos os sen
tim entos daquela m anhã na Galileia voltaram para ele. É tarde
demais.
M as então chegou o domingo. Jesus veio! Pedro o viu. Ele
estava convencido de que Jesus havia voltado dos mortos. N o en
tanto, aparentem ente, Pedro não estava convencido de que Cristo
voltara para ele. Assim, retornou ao barco — o mesmo barco, a
mesma praia, o mesmo mar. A briu mão da aposentadoria. Ele e
seus camaradas lim param os crustáceos do casco, desenrolaram as
redes e em purraram o barco ao mar. Pescaram a noite toda e, para
ser honesto, não pegaram nada.
Pobre Pedro. U m desastre como discípulo. Agora, um desastre
como pescador. N o m om ento que estava pensando se era tarde
demais para tentar o ramo da carpintaria, o céu ficou alaranjado,
e eles ouviram um a voz vinda da costa.
— Tiveram sorte?
G ritaram de volta:
— Não.
— Tentem do lado direito do barco!
C om nada a perder e sem orgulho algum a proteger, eles arris
caram. “Eles a lançaram, e não conseguiam recolher a rede, tal era
a quantidade de peixes” (Jo 21.6). Leva um m om ento até o déjà-
-v u atingir Pedro. M as, quando acontece, ele salta na água como
um a bala de canhão e nada o mais rápido que pode a fim de ver
aquele que o amava o bastante para recriar um milagre. D esta vez
a mensagem se firmou.
Pedro nunca mais pescou peixes. Ele passou o resto de seus
dias contando a quem quisesse ouvir: “Não é tarde demais para
tentar outra vez”.
Ê tarde demais para você? A ntes de dizer sim, antes de guar
dar as redes e em preender o cam inho de casa, duas perguntas.
Você entregou seu barco a Cristo? Sua mágoa? Seu dilema? Sua
luta? Você de fato recorreu a ele? E vocêfoifu n d o ? Você ignorou
as soluções superficiais e visíveis em busca das provisões pro
fundas que D eus pode conceder? T ente do lado direito do barco.
T r e c h o d e 0 Sa l v a d o r m o r a a o l a d o
R eação
6. Com o a verdade dessa passagem bíblica e a reflexão paralela
acima o motivam a viver?
7. D e que m odo sua vida m udou desde que você começou vida
nova em Cristo?
L ições de vida
O desejo de desistir não é tão incom um assim, mesmo para os
cristãos. Sentim entos de fracasso são familiares para todos nós.
Essa passagem da Palavra de Deus, no entanto, deixa claro que
desistir não é um a opção. N ada nos separa do am or de D eus.
O Espírito Santo nos ajuda a seguir em frente e a viver na liber
dade do perdão. Ele nos m ostra o que significa, em nossa vida,
“tentar do lado direito do barco”.
D evoção
Pai, queremos vir até ti, mas às vezes nos sentimos m uito enver
gonhados de quem somos e do que fazemos. Temos medo de ter
feito algo imperdoável, m edo de que nos rejeites. M as, Pai, tua
Palavra nos ensina que sacrificaste teu Filho como expiação para
nosso pecado. Não há pecado tão profundo que tua mão de per
dão não possa alcançar. Obrigado, Pai, pela garantia de que somos
perdoados e aceitáveis a teus olhos.
Para pensar
Com o eu me sinto ao ser julgado “inocente” por Deus?
O PLA N O PER FEITO DE D E U S
R eflexão
Algumas pessoas são expostas à mensagem da salvação por Jesus
Cristo centenas de vezes sem de fato ouvi-la uma única vez. As
boas-novas se perdem entre tantas outras mensagens sem pro
pósito nem esperança. O utras parecem responder à mensagem
na prim eira vez em que ouvem sobre Cristo. Q uem lhe falou a
respeito de Jesus e da mensagem de salvação do evangelho? Q ual
foi sua reação inicial?
S ituação
O apóstolo Paulo estava profundam ente ciente de que pisava em
solo sagrado com seus escritos. A história judaica que ele usou
para ilustrar o maravilhoso plano da graça de Deus para o m undo
inteiro era a mesma história que os judeus usavam para provar
o fato de serem o povo exclusivo de Deus. Paulo sentia imenso
amor por seus irmãos israelitas, e até desejava que pudesse tom ar
o lugar deles sob o juízo de Deus se isso lhes assegurasse o enten
dim ento do evangelho. Agora ele destaca os planos em curso para
Israel, o povo escolhido de Deus.
O bservação
Leia Romanos 10.1-15 da N V I ou da RA.
E xploração
1. O que há de errado em tentar ser salvo a sua própria maneira?
de B il l y G r a h a m
R eação
6. Q ue aspectos do caráter de Deus são demonstrados através de
seu plano de salvação?
L ições de vida
O plano perfeito de Deus implica um a reação nossa em duas eta
pas: crença interna e com portam ento externo. Aceitamos com o
coração e confessamos com a boca (10.9). A fé autêntica sempre
envolve o interior e o exterior. Não se trata apenas de um a form a
lidade pública ou um a crença particular; mas de ambas. E, um a
vez que tem início, prossegue. A reação interna nos conecta com
Deus; a reação externa confirma nossa crença e oferece a outros a
oportunidade de experimentar os mesmos benefícios do plano de
Deus que recebemos.
D evoção
Pai, ajuda-nos a entender que teu plano se baseia no amor, e não
em nosso desempenho. Ajuda-nos a ser cativados por teu amor.
A ser dom inados por tua graça. A regressarmos para ti nesse belo
caminho que preparaste para nós.
Para pensar
Com o m inha vida exterior pode refletir mais das realidades inter
nas de m inha salvação?
C hamado por D eus
R eflexão
Pense em um a honra ou um privilégio especial que você tenha
recebido. Talvez alguém que, sem que você esperasse, tenha reco
nhecido um serviço prestado. Q uem sabe um de seus filhos que
tenha separado um tem po para expressar apreço, ou seu chefe
o tenha recompensado de alguma maneira. Com o você se sentiu
com esse reconhecimento? Agora, pense na honra de ser reconhe
cido e chamado por Deus. Com o você se sente com isso?
S ituação
Neste capítulo, Paulo inclui referências sobre personagens bem
conhecidas do A ntigo Testam ento para ilustrar o plano mais am
plo de Deus. O apelo de Elias é registrado em IReis 19.10-18. A
profecia de Isaías de que Deus puniria aqueles de coração endu
recido é encontrada em Isaías 6.9-13. Romanos 11.8 é baseado
em D euteronôm io 29.4 e Isaías 29.10. Paulo continua a encorajar
seus leitores judeus e gentios a perceberem que o plano de Deus e
a oferta da salvação incluem, em últim a análise, todos eles.
O bservação
Leia Romanos 11.1-15 da N V I ou da RA.
9E D a v i diz:
11N ovam ente pergunto: Acaso tropeçaram para que ficassem caídos? D e
maneira nenhuma! Ao contrário, p o r causa da transgressão deles, veio salva
ção para os gentios, para provocar ciúme em Israel. 12M as se a transgressão
deles significa riqueza para o mundo, e o seufracasso, riqueza pa ra os gentios,
quanto mais significará a sua plenitude!
13Estou falando a vocês, gentios. Visto que sou apóstolo para os gentios,
exalto o meu m inistério,14 na esperança de que de alguma form a possa p ro
vocar ciúme em meu próprio povo e salvar alguns deles. 15Pois se a rejeição
deles é a reconciliação do mundo, o que será a sua aceitação, senão vid a dentre
os mortos?
Deus lhes deu espirito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvi
dos para não ouvir, até ao dia de hoje.
9 E d iz D avi:
E xploração
1. Por que as pessoas acreditavam que Deus havia rejeitado os
israelitas?
2. O que a resposta de Deus a Elias nos mostra?
I nspiração
O fato de que Deus escolheu alguns para serem salvos não signi
fica que ele tenha escolhido perdidos demais para a perdição. O
m undo já está perdido e m orto no pecado. Deixados por conta
própria, todos nós estaríamos eternam ente condenados. A per
gunta é: será que Deus tem o direito de inclinar-se, apanhar um
punhado de argila já condenado e com ele modelar um belo vaso?
É claro que tem . C. R. Erdm an apresenta isso na perspectiva cor
reta ao dizer: “A soberania de Deus jamais é exercida na condena
ção de hom ens que deveriam ser salvos; antes, resulta na salvação
daqueles que deveriam estar perdidos”.
A única m aneira de as pessoas saberem se estão entre os elei
tos consiste em confiar em Jesus Cristo como Senhor e Salvador
(lTs 1.4-7). D eus delega-lhes a responsabilidade de aceitarem o
Salvador, como um ato volitivo. Ao reprovar aqueles judeus que
não creram, Jesus responsabiliza a vontade deles. Ele não disse
“Vocês não podem vir a m im porque não são escolhidos”. Pelo
contrário, ele disse: “Vocês não querem vir a m im para terem vida”
(Jo 5.40, grifo do autor).
A verdadeira pergunta do cristão não é “o Deus Soberano tem
o direito de escolher as pessoas a serem salvas?”, mas, sim, “Por
que ele me escolheu?”. A resposta deveria fazer da pessoa um a
adoradora por toda a eternidade.
T r e c h o d e S u p re m a m a je sta d e ,
d e W il l ia m M acD onald
R eação
6. Q ue esperança Deus oferece a todas as pessoas?
L ições de vida
Por tentador que seja às vezes perguntar “Fui chamado por
Deus?”, a pergunta que verdadeiramente deve ser respondida é
esta: “Eu aceitei o convite de Deus?”. A ênfase que colocamos em
cada um a dessas perguntas diz m uito a respeito de como pensa
mos em Deus. Será que se trata de alguém que deseja nos m anter
na escuridão ou de alguém que não mede esforços para nos levar
à luz? Ele quer que vivamos em dúvida ou pela fé? Se deixarmos
que Deus cuide do chamado e nos focarmos em como responder-
-lhe no dia a dia, experimentaremos um a percepção crescente de
sua voz falando-nos poderosam ente através de sua Palavra.
D evoção
O soberano Deus, tu excedes nosso entendim ento. Teus caminhos
são perfeitos; tua misericórdia ilimitada nos assombra. Obrigado
por nos chamares e nos reivindicares para ti. Ensina-nos a confiar
mais em ti, a am ar-te profundam ente e a recorrer a ti, em hum il
dade, todos os dias.
Para pensar
Com o tenho respondido especificamente ao chamado de Deus
para m inha vida?
U m c o r p o , m u it a s pa rtes
R eflexão
Algumas das melhores dádivas concedidas por Deus são relacio
namentos com pessoas que nos m ostram o lado audaz e prático
de seguir a Jesus Cristo. Essas pessoas de fato vivem ! Não são
estereótipos e, ainda, nos fazem lem brar de Jesus. Q uebram o
protocolo e, ainda, elucidam a imagem de Deus. Com pouco mais
de um a palavra, eles nos desafiam a viver melhor, a sacrificar, a
prestar mais atenção. A vida transform ada deles nos instrui a ser
mais parecidos com Cristo. Você conheceu alguém assim recente
mente? Q ue dons ou capacidades você mais aprecia nessa pessoa?
Com o você lhe dem onstrou sua gratidão?
S ituação
N a maioria de suas cartas, o apóstolo Paulo passa a prim eira m e
tade delas lançando o alicerce do ensinamento. E encerra com
um a parte de aplicação. Romanos não é exceção. Paulo começa
a epístola falando sobre aquilo em que cremos e conclui com por
tanto, o que isso significa?. Paulo está dizendo: “Agora que vocês
captaram essas verdades fundamentais, eis como viver de acordo
com elas”.
O bservação
Leia Romanos 12.1-13 da N V I ou da RA.
E xploração
1. O que significa ser um sacrifício vivo? (Reflita sobre a seguinte
declaração: “O único problema com um sacrifício vivo é que ele
continua a se debater no altar”.)
I nspiração
Aceite sua parte no plano dele. Deus usa pessoas como Bob Rus-
sell para ilustrar seu tipo de amor. Bob m inistra na Igreja Cristã
Southeast em Louisville, Kentucky. Q uando Bob iniciou seu m i
nistério nos idos de 1966, a igreja tinha 125 membros, e Bob, 22
anos. D urante as últimas décadas, Deus transform ou essa igreja
num a de suas melhores e maiores famílias. M ais de dezesseis mil
pessoas se reúnem todo final de semana para adorar em um de
seus diversos cultos.
E m 1989 Bob tom ou um a decisão que surpreendeu a muitos.
Ele anunciou que dividiria a função de pregador com um pastor
de 27 anos. Ele e Dave Stone começariam a ministrar, juntos, à
igreja. N o plano anunciado, a cada ano Bob pregaria menos e
Dave, mais, proporcionando assim a Bob mais tem po para lide
rar a igreja, e à igreja mais tem po para contar com um sucessor
experiente.
N em todo pastor faria algo assim. Egos maiores em igrejas
menores têm apresentado dificuldades de entregar o púlpito. M as
Bob entende o perigo da hierarquia e é hum ilde o suficiente para
inverter essa ordem.
A verdadeira hum ildade não consiste em pensar m odestam en
te a respeito de si mesmo, mas em pensar corretam ente sobre si
mesmo. O coração hum ilde não diz: “Não consigo realizar nada”.
Pelo contrário, diz: “Não posso fazer tudo. Sei qual é m inha parte
e estou feliz por fazê-la”.
Q uando Paulo escreve “considerem os outros superiores a si
mesmos” (Fp 2.3, grifo do autor), ele usa um verbo que significa
“calcular”, “estim ar”. A palavra implica um julgam ento conscien
te apoiado em fatos cuidadosamente ponderados. Considerar os
outros superiores a si mesmo, portanto, não significa que não há
lugar para você; significa que você sabe qual é seu lugar. “N in
guém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve
ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo
com a m edida da fé que D eus lhe concedeu” (12.3).
T r e c h o d e Um a m o r q u e vale a p e n a
R eação
6. Por que é difícil resistir a com parar-nos com outros cristãos ou
a desejar o “papel” de outra pessoa no corpo de Cristo?
7. É difícil para você ser paciente quando suas habilidades pare
cem desnecessárias ou quando você enfrenta dificuldades para se
ajustar ao corpo da igreja local? Por quê?
8. Liste algumas áreas de sua vida em que você precise ser mais
paciente.
L ições de vida
O desafio para o seguidor de Jesus tem sempre m uito mais a ver
com por onde começar do que com o que fazer. Falta-nos mais
obediência que orientação. Sempre existem suficientes m anda
m entos gerais de D eus para nos m anter ocupados ao longo da
vida. O bedecer àquilo que sabemos geralmente conduz ao escla
recimento sobre aquilo que não sabemos. A m aior parte do que
Deus nos instrui a pôr em prática não exige que nos desloquemos
para realizá-lo. Podemos começar praticando amor, paz e paciên
cia exatamente onde estamos. Essas práticas muitas vezes nos
ajudam a identificar nossos dons e nosso papel no corpo.
D evoção
Deus de paz, ensina-nos o que significa ser pacificadores. Ajuda
m os a cultivar a paz entre ti e os outros, seja na igreja, no bair
ro, no escritório, seja na sala de aula. Ajuda-nos a começar hoje,
sejam quais forem as circunstâncias. Ensina-nos a confiar em ti
como nosso defensor em vez de fazê-lo constantem ente por nós
mesmos. Ensina-nos a arte de construir pontes em vez de muros.
Sejamos lentos para julgar e rápidos para perdoar. Não nos deixes
adiar para am anhã o que podemos fazer hoje.
Para pensar
Com o você pode oferecer a Deus seus dons espirituais e a si mes
mo como sacrifício vivo?
A m o r v e r d a d e ir o
R eflexão
“Tudo de que você precisa é am or”, diz um a canção. Isso talvez
seja verdade, mas a maioria das pessoas procura amor em locais
errados. U m a vez que Deus é a fonte de am or original e inesgo
tável, aqueles que o conhecem deveríam atuar como canais de seu
am or no mundo. Pense em algum m om ento em que um amigo
lhe mostrou amor de um a form a especial. Com o você se sentiu?
Com o você reagiu? D e que m aneira você experienciou o amor de
D eus por meio dessa expressão de amor?
S ituação
A última seção de Romanos inclui os ensinamentos de Paulo so
bre como deve ser o com portam ento dos seguidores de Jesus na
igreja e as instruções de como deve ser seu relacionamento com a
sociedade. Tais instruções versam sobre como reagir à hostilidade
do m undo e sobre os deveres inerentes à cidadania. N a sequência,
Paulo reitera o poder do amor. Nessa passagem, ele descreve a
natureza do am or autêntico, um amor que todo que serve a Cristo
deveria exibir.
O bservação
Leia Romanos 13.8-14 da N V I ou da RA.
E xploração
1. Q ual é a dívida que temos uns para com os outros? E m que
sentido essa “dívida” pode ser entendida?
I nspiração
Você sabe que seu amor é real quando chora com os que cho
ram e se alegra com os que se alegram. Sabe que seu am or é real
quando sente pelo próximo o que C atherine Lawes sentiu pelos
detentos da prisão Sing Sing. Q uando seu marido, Lewis, se tor
nou diretor da prisão, em 1921, ela era um a jovem mãe de três
filhas. Todos aconselhavam C atherine a nunca pôr os pés dentro
daqueles muros. M as ela não lhes deu ouvidos. Q uando aconte
ceu o prim eiro jogo de basquete da prisão, ela apareceu com as
três filhas e sentaram -se na arquibancada junto dos internos.
C erta vez Catherine disse: “M eu m arido e eu vamos cuidar
desses hom ens, e eu acredito que eles vão cuidar de mim! Não
tenho com que me preocupar!”.
Q uando soube que um assassino condenado era cego, C a
therine lhe ensinou braille, para que ele pudesse ler. Ao tom ar
conhecimento da existência de presos deficientes auditivos, ela
estudou a língua de sinais a fim de se comunicar com eles. Por
dezesseis anos, Catherine Lewis suavizou o coração endurecido
dos hom ens de Sing Sing. E m 1937 o m undo viu a diferença que
o verdadeiro am or faz.
Os prisioneiros sabiam que havia algo errado quando Lewis
Lawes não apareceu para trabalhar. Rapidam ente espalhou-se a
notícia de que sua esposa, C atherine, havia m orrido num acidente
de carro. No dia seguinte, seu corpo estava sendo velado em casa,
a um quilômetro e pouco da prisão. Q uando o diretor interino
fazia sua ronda matinal, ele percebeu um a multidão reunindo-se
perto do portão principal. Os prisioneiros com prim iam -se junto
à grade. O lhos cheios de lágrimas. Expressão facial solene. N in
guém falava, ninguém se movia. Eles se reuniram ali para ficarem
o mais perto possível da m ulher que lhes havia oferecido amor.
O diretor interino tom ou um a decisão admirável: “O k, ra
pazes, podem ir. Só não se esqueçam de estar de volta à noite”.
Aqueles eram os principais criminosos dos Estados Unidos. A s
sassinos. Ladrões. H om ens que a nação havia condenado à prisão
perpétua. Contudo, o diretor abriu as portas da prisão para eles,
e eles andaram, sem escolta nem guarda, até a casa de Catherine
Lawes para prestar-lhe suas últimas homenagens. E cada um de
les, sem exceção, retornou à prisão.
O verdadeiro amor transform a as pessoas.
T r e c h o d e U m a m o r q u e vale a p e n a
R eação
6. C ite alguns dos equívocos conceituais que as pessoas cometem
com relação ao amor?
L ições de vida
Q uando pediram a Jesus que resumisse o propósito da vida, ele
focou imediatamente no amor a Deus e no amor ao próximo. Jesus
estabeleceu o que Paulo ecoa nessa passagem: o amor verdadei
ro abrange automaticamente os demais m andamentos de Deus.
Não se trata de um amor egocêntrico, emotivo. O alvo é o tipo de
amor incondicional de Deus. U m a vez que aprendemos a amar
como Deus ama, os demais desafios da vida entrarão nos eixos.
D evoção
Deus, ajuda-nos a mostrar teu amor aos que nos rodeiam. Abre-nos
os olhos para as pessoas que precisam desesperadamente de um
toque amoroso. Seja a nossa vida testemunho de teu amor por nós,
de modo que, ao nos verem, as pessoas sintam teu amor por elas.
Para pensar
O que me motiva a amar as pessoas? O que me impede de amar
as pessoas?
A c e it a n d o u n s a os o u t r o s
R eflexão
Pode-se dizer que o nível de paz em qualquer situação é dire
tam ente proporcional ao nível de com prom etim ento que cada
participante está disposto a assumir. A paz sempre tem como
consequência o sacrifício. Ela exige que as pessoas considerem, de
bom grado, os interesses do outro tanto quanto os seus. Descreva
um a ocasião especial em que você percebeu um espírito de união
entre os cristãos. E m que sentido se tratava de paz verdadeira, e
como ela foi mantida?
S ituação
Ao longo de toda a carta aos Romanos, Paulo disponibiliza uma
fonte de orientações concisas e práticas para a vida espiritual.
Seus conselhos alternam entre escolhas e ações individuais, de
um lado, e bem-estar do corpo de Cristo, de outro. Ele celebra
a liberdade em Cristo, mas adverte quanto à tendência de tornar a
liberdade um fim em si, em vez de um meio para esse fim. A liber
dade de Deus não consiste em um a licença para fazer o que dese
jamos, mas na responsabilidade de sempre considerarmos o que é
melhor para os outros.
O bservação
Leia Romanos 14.13-23 da N V I ou da RA.
E xploração
1. Quais questões causavam divisão entre os cristãos de Roma?
2. Com o Paulo aconselhou os cristãos romanos a lidarem com
essas questões?
I nspiração
Aceitar as pessoas éfundam ental para perm itir-lhes ser o que são.
A questão [na época de Paulo] não consistia em um problema
com a carne, o alimento em si; tratava-se de um a questão de amor,
de aceitação. E ainda é. Com o é comum restringirmos o am or ao
torná-lo condicional: “Se você fizer (ou não fizer), então o aceita
rei”. Paulo começa por aí: “Aceitem uns aos outros!” [...] Aqueles
que não comiam [carne] (chamados aqui, em Rm 14.1, de “fracos
na fé”) foram exortados a aceitar e a não julgar os que comiam.
E aqueles que comiam foram exortados a aceitar e não desprezar o
que não comia. O segredo reside em aceitar um ao outro. É muito
fácil ler tudo isso contanto que eu permaneça na questão relativa
ao comer carne. Isso é tranquilo porque não se trata, hoje, de tabu.
É fácil aceitar aquelas pessoas hoje porque elas não existem!
Q ue dizer daqueles que fazem parte de nossa vida e que talvez
discordem de nós sobre questões consideradas, hoje, tabus nos
círculos cristãos evangélicos? Ir ao cinema... jogar baralho... não
ter um a “hora tranquila” todas as m anhãs... ir a um restaurante
que venda bebida alcoólica... ouvir certas músicas... dançar... to
m ar café... E m várias regiões de nosso país ou do m undo algumas
ou todas essas questões podem ser tabus. Lembre-se: nosso obje
tivo é a aceitação, a base de um estado m ental de graça.
T r e c h o d e O d espertar d a graça,
de C h a r l e s Sw in d o l l
R eação
6. Q ue assuntos de seu conhecimento são a causa de debates entre
cristãos? (O foco dessa pergunta e das duas seguintes não é dis
cutir, mas simplesmente levantar as questões que geram as atuais
controvérsias.)
11. Com o você pode evitar que irmãos cristãos vacilem na fé?
L ições de vida
Paulo nos obriga a questionar o que é mais importante: firmar
nossa vontade, ou viver segundo a vontade de Deus? As questões
culturais supérfluas mudam constantemente, mas as fundamentais
permanecem. Permitiremos que Deus nos ajude a amar uns aos
outros, a despeito de nossa tendência de fazer o contrário? Fare
mos a liberdade significar apenas a busca de nossos desejos, ou um
meio de buscar os desejos de Deus? E m última análise, devemos
reconhecer o senhorio de Cristo mesmo sobre nossa liberdade.
D evoção
Pai, pedim os-te que protejas tua igreja. Im pede-nos de valori
zar os direitos pessoais em detrim ento da unidade de tua igreja.
M antém -nos focados nas questões im portantes, nas que edifi-
carão teu reino. Capacita-nos a amar e aceitar-nos m utuamente.
M antém -nos unidos por meio de teu Espírito Santo.
Para pensar
Com o posso ser mais sensível às crenças de meus amigos cristãos?
“B r il h a n o m e io d o t e u v iv e r ”
R eflexão
O s cristãos não possuem um a reputação m uito exemplar quando
se trata de lidar com conflitos e confrontos. Temos dificuldade
de dizer a verdade em amor e de amar verdadeiramente. A m aio
ria de nós, no entanto, já se beneficiou em algum m om ento do
exemplo de um cristão que soube equilibrar a verdade com amor
autêntico. Com o esse exemplo positivo de habilidade em lidar
com conflitos encorajou você?
S ituação
A passagem final de nosso estudo de Romanos representa um
belo exemplo da prática de Paulo daquilo que pregava. Ao con
cluir sua carta, ele deseja enfatizar sua alta consideração por aque
les que a lerão. Paulo expressa sua confiança na capacidade deles
de lidar com as partes críticas e penosas de sua carta. Ele lembra
os leitores dos principais temas do plano glorioso de Deus para
o evangelho e de que Deus guarda no coração os melhores inte
resses deles.
O bservação
Leia Romanos 15.14-21 da N V I ou da RA.
E xploração
1. E m que se baseava a confiança de Paulo nos cristãos de Roma?
2. Liste algumas das realizações de Deus através da vida de Paulo.
I nspiração
U m a tem pestade provocou um apagão em nosso bairro. Q uando
as luzes se apagaram, tateei no meio da escuridão até o armário
onde guardávamos as velas para situações como essa... Peguei os
fósforos e acendi quatro velas... Estava me virando para sair segu
rando a vela maior quando ouvi um a voz.
— Ei, deixe essa vela aí.
— Q uem disse isso?
— E u disse.
A voz vinha de perto da m inha mão.
— Q uem é você? Que é você?
— E u sou um a vela.
Levantei a vela para olhar mais de perto. Você não vai acre
ditar no que eu vi. Havia um pequeno rosto na cera da vela... um
rosto em ação, movendo-se, cheio de expressão e vida.
— Não me tire daqui!
— Quê?
— Eu disse para não me tirar desse armário.
— O que você quer dizer com isso? E u tenho de tirar você
daqui. Você é um a vela. Seu trabalho é iluminar. Está escuro lá.
— M as você não pode me levar para lá. E u não estou pron
ta — explicou a vela, com olhos de súplica. — Preciso de mais
preparo.
Não conseguia acreditar no que estava ouvindo.
— M ais preparo?
— Sim, decidi que preciso pesquisar esse negócio de ilum inar
para que eu não saia por aí fazendo um m onte de bobagem. Você
ficaria surpreso se soubesse quão distorcido o brilho de um a vela
destreinada pode ser.
— Tudo bem, então — disse. — Você não é a única vela na
prateleira. Vou assoprar você e levar as outras!
N o m om ento em que enchi m inhas bochechas de ar, porém,
escutei outras vozes:
— Nós tam bém não vamos!
E ntão me virei e olhei para as outras três velas.
— Vocês são velas, e seu trabalho é ilum inar lugares escuros!
— Bem, essa pode ser sua opinião — disse a vela na extremi
dade esquerda. — Pode ser que, em sua opinião, nós tenham os de
ir, mas eu estou ocupada... estou m editando na im portância da
luz. É de fato esclarecedor.
— E vocês duas? — perguntei. — Vocês tam bém vão perm a
necer aqui?
U m a vela pequena, roliça, de cor púrpura, com bochechas re
chonchudas que me faziam lem brar o Papai Noel, disse:
— E stou esperando m inha vida ficar em ordem. Não estou
suficientemente estável.
A última vela tinha um a voz feminina, de som muito agradável.
— Eu gostaria de ajudar — explicou ela. — M as ilum inar a
escuridão não é m eu dom... Sou cantora. C anto para as outras
velas a fim de encorajá-las a brilhar mais intensamente.
Então ela começou uma versão do hino “Brilha no meio do teu
viver”. As outras três se juntaram, enchendo o cômodo de música.
D ei um passo para trás e analisei o absurdo daquilo tudo.
Q uatro velas perfeitamente saudáveis cantando umas para as ou
tras sobre brilhar mas se recusando a sair do lugar.
T rech o de D eus estãaq u i
R eação
6. Com o o exemplo de Paulo o inspira a envolver-se mais ativa
m ente no evangelismo?
L ições de vida
Finalizamos este estudo da carta aos Romanos com um tem a re
corrente: Com o trataremos o próximo? Com o amaremos aqueles
que partilham nossas crenças? E quanto àqueles que não parti
lham? Com o falaremos do evangelho e o viveremos dentro da
igreja e para o mundo? E sta carta nos convida a retornar a ela,
com frequência, em busca de encorajamento, direção e desafios.
Romanos nos leva a valorizar tudo o que Deus fez por nós. Q u an
to mais aprendemos a amar a Deus, mais bem preparados esta
mos para amar o próximo.
D evoção
Pai, perdoa-nos por ignorar o perdido; perdoa-nos por desfru
tar de form a egoísta da dádiva de tua salvação, sem partilhá-la
com os outros; perdoa-nos pelos m om entos em que mantivemos
a boca fechada, ocultando a verdade de tua Palavra, por m edo
do ridículo ou da rejeição. Enche-nos de coragem, Pai. Usa-nos
como instrum entos de tua misericórdia e graça estendida a um
m undo sujeito ao pecado.
Para pensar
Q uanto tenho “brilhado no meio do meu viver”?
Os textos da seção “Inspiração” foram traduzidos diretam ente
dos originais, em inglês, de M ax Lucado, listados abaixo, e das
seguintes obras: A G arden er Looks a t th e F ru its o f the S p irit, de W.
Philip Keller [F rutos do E s p írito Santo. Belo H orizonte: Betânia,
1981]; The Grace A w a k e n in g , de Charles Swindoll [O despertar d a
graça. São Paulo: M undo Cristão, 2009]; Peace w ith G o d , de Billy
G raham [E m p a z com D eus. Rio de Janeiro: Record, 1995] e A l o -
ne in M a je s ty , de W illiam M acD onald [Su prem a m ajestade. Porto
Alegre: C ham ada da M eia-N oite, 2012]. Todos esses livros e as
obras a seguir foram publicados por W Publishing Group, uma
divisão da Thomas Nelson, Inc., Nashville,Tennessee.
Q uando for o caso, apresentamos entre colchetes as corres
pondentes versões em português.