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Na semana passada nós comemoramos o dia dos professores meditando sobre “O que eu aprendi com Jesus?

” -
que diferença os ensinos do Mestre dos Mestres fez nas nossas vidas?

Uma das muitas respostas a essa questão é que todo cristão se me torna responsável por ensinar
(principalmente, na prática) aquilo que aprendeu com o Senhor. O objetivo do discipulado Cristão é que nos tornemos
maduros, capazes de agir como Cristo agiu e/ou agiria - Ser como Ele.

Hoje vamos dar continuidade nesse assunto observando mais um ensino muito frisado e abordado pelo Salvador
várias vezes, em diferentes situações: “O Grande/Último 5ºdia útil”.

Ap 22:11,12
Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo;
o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.
12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.

Queremos meditar nas palavras do Jesus que ensinam que há uma recompensa. Nosso objetivo é que saiamos
daqui convencidos de que o Senhor Jesus é um ótimo empregador; e que Ele oferece excelente remuneração – há uma
recompensa e devemos ter expectativa por recebe-la!!!

Saia daqui convencido de que, quando Ele vier, ele estará com o seu contracheque em mãos para te
recompensar fartamente, conforme o seu esforço. Vale a pena se esforçar pelo Reino de Deus!

Você sabe que nossa vida é motivada por recompensas, né? A busca por recompensas é o grande estimulador
estudado na psicologia, responsável por fazer o nosso mundo girar. Ainda assim, em relação ao Reino de Deus, é possível
que isso não pareça ser verdade, ou, pelo menos, pode parecer haver alguma dificuldade em relação a esse tema.

Me acompanha aqui nesse comparativo:

Tão logo uma criança se torna capaz de atender a natureza sozinha, ela é enviada para as escolas, afim de que
elas desenvolvam seus potenciais, a socialização, a aprendizagem do idioma e dos códigos, da matemática, das ciências,
etc. e sejam cuidadas enquanto estamos ocupados e não podemos fazê-lo.

Ora. E estaríamos ocupados em que, senão em educar e cuidar da nossa prole?

Normalmente, estaremos ocupados em trabalhar. Mas quem preferiria passar o dia no labor a passar o dia
dedicando ao cuidado dos filhos? E o que justificaria nos sujeitarmos a uma troca tão infeliz?

Ora, justamente a necessidade de recursos que possam custear a sobrevivência nossa e de nossos filhos.
Recursos estes que adquirimos trabalhando, enquanto eles são cuidados na escola.

Nossas crianças, por sua vez, são introduzidas nas escolas já com esse propósito: de irem formando-se capazes
até o dia em que possam custear a própria sobrevivência e da sua prole por meio da remuneração do seu trabalho.

Nosso sistema de ensino e as grades curriculares atendem a essa lógica. É quase como uma fazenda que cultiva
trabalhadores, e nós somos aprendemos que viver é ir atrás de remuneração para custeamento da subsistência.

Quanto àqueles que não se enquadram nesse sistema, como são rotulados: - são vagabundos, vadios, inúteis,
etc... Há inclusive um texto da escritura que retrata essa questão: “Quem não trabalha, que também não coma”.

No entanto, nós não estamos questionando o trabalho, que é um mandato de Deus, e também não estamos
criticando a busca por remuneração. Por outro lado, isso tudo foi apenas um pano de fundo para comparar como essas
questões, tão obvias na nossa vida secular, parecem não fazer parte do reino de Deus.

Parece indelicado falar com Deus a respeito de recompensa, né? Salário?

Enquanto eu cursava o Seminario, uma vez a palavra de Deus me confrontou:

“Será que eu ofereço o melhor que posso oferecer ao Reino de Deus?”


Por exemplo – se eu estivesse contratado por uma empresa para fazer o que eu tenho que fazer, e fosse devidamente
remunerado por isso – será que eu faria melhor? Será que eu me esforçaria mais?
E porque razão eu acredito que não serei remunerado por aquilo que faço no Reino?
Quem foi que me convenceu de que não estou sendo e de que não serei pago para servir ao Senhor aqui?”

“Pronto! Agora o pastor vai começar a levantar causas sindicais na Igreja...”

Quase isso, kkk... A questão dessa causa não teria quanto ao empregador, mas o propósito dessa mensagem é
chamar a nossa atenção enquanto classe trabalhista, porque é promessa do próprio Senhor Jesus de que ele tem um
galardão para cada um, conforme as suas obras.

Veja bem: se baseamos a vida terrena, nossa e das gerações futuras, no conceito de remuneração, porque
seriamos desavisados, ou desinteressados, ou desintencionais em relação à vida eterna, ou aos tesouros celestiais
prometidos pelo próprio Jesus?

Eu cresci imaginando o Senhor quase como um hippie, quando ele dizia que os tesouros terrenos não
compensam, no entanto, o que ele está ensinando é que o que vale mesmo de verdade é o tesouro celeste. E, se isso é
verdade, não parece haver uma discrepância, já que nosso histórico e currículo pessoal são marcados por tudo aquilo
que fazemos ao perseguir uma boa remuneração terrena, enquanto há quase um desdém pela remuneração celestial,
sendo que é justamente isso o que o Senhor Jesus fomenta os seus discípulos a perseguirem:

Jo 6:27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos
dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.

Porque?

Entrega uma palavra do Senhor para o seu irmão aí – olha no fundo do olho dele e diz assim: “Cristo quer que
você persiga os tesouros celestiais!!!”

12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.

Vamos ao texto!

Talvez tenhamos dificuldades quando pensamos em galardões porque há aquele entendimento de que é errado
fazer as coisas com segundas intenções... “Ah, então não é errado, pastor!?” Sim, é. Apesar de que importa que o
evangelho seja pregado.

(Fp.1:18) Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade,
nisto me regozijo e me regozijarei ainda.

Não devemos servir ao Reino com segundas intenções, mas isso não significa também que é errado servir a Deus
tendo expectativa de receber um galardão pelo seu serviço, entende? São duas coisas diferentes...

Vamos olhar bem pra esse texto pra absorver tudo o que o Senhor está nos dizendo:

comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.

segundo as suas obras.

É certo que na sua vinda, o Senhor vai revelar e julgar as intenções do coração dos homens. Contudo, o galardão
não está relacionado às intenções... Tem aquele ditado que diz: “De boas intenções o inferno está cheio”. Tá, pode até
ser. Mas é certeza que o céu está ainda mais cheio de boas intenções, afinal, para o céu só vai quem quer, né? As vezes,
o indivíduo nem quer ir para o inferno, mas acaba lá, agora, pra ir para o céu, é preciso querer! É preciso ter boa
intenção, ainda que ela não garanta galardão... E porque a boa intenção não dá direito a galardão? Ora, porque Jesus
não disse que vai recompensar o que você quis fazer, ele vai recompensar conforme as suas obras, conforme as suas
ações, as boas intenções que você colocou em prática... Não basta apenas desejar orar, desejar se consagrar ao Senhor,
desejar anunciar o evangelho, é preciso colocar tudo isso em prática!

Ah, então eu só serei salvo se fizer tais e tais obras?

Claro, que não! Ninguém é salvo por obras! Não estou falando de salvação, o Senhor está falando sobre
galardão, recompensa... salvação é outro assunto!
Assim como apenas as suas intenções ou motivações não vão te garantir galardão, também não é pelos seus
méritos ou seus resultados que você será recompensado – Os resultados, Cristo dá conforme ele quer, agora o galardão,
Ele disse que será conforme as suas obras!

Pode ser que alguém pense que, por não ter alcançado multidões, não receberá galardão de Jesus. Outros
podem até pensar que, como por seu intermédio muitos foram alcançados, ele receberá um grande galardão, mas,
naquele dia, este pode acabar tendo uma grande surpresa, isso sim! Porque, mais uma vez, não é conforme os
resultados ou méritos.

É conforme o seu esforço, o seu trabalho, o seu empenho, o seu cansaço, o seu desgaste, o seu engajamento...
Esse é o sentido da palavra traduzida como “obra”.

1Co 3:8 Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho.

A palavra trabalho tem o sentido de labuta, dores, fadiga, dificuldade, trabalho duro...

Você sabe que a palavra esforço tem a mesma origem que a palavra agonia. É o sentido de lutar, competir, se
engajar para cumprir uma tarefa. É isso o que o Senhor virá recompensar! Não se trata de quantos pães e peixes você
tem e ou se o que você tem é suficiente, mas trata-se do senso de responsabilidade que você assume esforçando-se
para trazer tudo o que tem e é a serviço de Jesus, entendeu? Está comigo?

Meu pai foi confessou a Cristo depois de adulto, mas minha mãe teve um encontro com o Senhor ainda na
infância. Espero que um dia ela possa compartilhar o testemunho dela com os irmãos... o Que acontece é que quando
eramos crianças, que víamos as fotos antigas, ela falava dos professores da EBD que ela tinha, que atravessavam grandes
distâncias na garoa, no chão de barro, pra servir ao Senhor e à Igreja... Ela dizia: “Nossa! Aquela irmã vai ter um galardão
muito grande!!!” Como é bom recordar o esforço que outros fizeram em prol de servir ao Reino, né?! É animador!

E não fazia ideia do que significava a palavra: galardão, mas só pela entonação da voz dele, eu já imaginava que
fosse alguma coisa muito significativa. Com o tempo, alguém me ensinou que o galardão seria uma coroa, cheia de
pedrinhas preciosas... Aí você pensa como ficou a imaginação da criança...

Talvez, da dificuldade em compreender a natureza do galardão é que venha a dificuldade em ter expectativas ao
seu respeito.

Em um dado momento, alguém me ensinou que nos novos céus e nova terra, as ruas são de ouro, e há
abundancia de pedras preciosas. Aí eu estranhei, né... “Poxa... mas se no chão vai ter ouro e pedras preciosas, então,
não vai parecer muita coisas ter uma coroa bem grande desses materiais, né?”

Talvez, por desconhecer a natureza do galardão que há em Cristo, o interesse em perseguí-lo esfrie.

“Se lá não haverá pobreza, qual a vantagem em ter uma coroa de pedras preciosas?
Será que haverá algum tipo de vantagem, em receber, por exemplo, uma mansão com uma vista mais
interessante? Ou, localizada em uma vizinhança celestial melhor selecionada?”

Bem, creio que isso é um mistério, mas o propósito do galardão, não. E nem é comparativo... Ninguém vai usar o
galardão pra desfilar...

Obviamente, essa riqueza não tem o objetivo da subsistência, aqui é outro valor. Algo indesvalorizável!!! Algo
impossível de depreciar! De se tornar monótono! De se tornar tedioso! De se tornar vulgar! E o Senhor nos ensina a
desejar esse galardão! Ele quer te enriquecer no céu! Ele quer te pagar muito bem!

Não poucas vezes, o Jesus ensinou sobre esse galardão. Em Lc.6:23 e Mt 5:11,12 ele diz que grande é o galardão
nos céus de que é perseguido por sua causa, ou quem ama aos seus inimigos (Lc 6:35).

O Paulo dizia que tudo fazia por causa do evangelho, para lhe ser um participante, afim de receber uma coroa
que não deprecia (1Co 9:23-27).

A carta aos Hebreus (10:34-35) os elogiava por terem ciência de possuir um patrimônio durável e superior ao
que perderam na perseguição; e cuja esperança tem grande galardão!
O apóstolo João orientava a igreja a cuidar para não perder aquilo pelo qual se esforçaram tanto, mas que
recebessem completo galardão (1:8).

No Apocalipse o senhor revela um pouco da natureza desse galardão que recompensará o nosso esforço:

Ap 2:7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da
vida que se encontra no paraíso de Deus.

Ap 2:11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda
morte.

Ap 2:17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como
lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele
que o recebe.

Ap 2:26-29 Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, 27 e com
cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro; 28 assim como também eu recebi de
meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã. 29 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Ap 3:5 O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida;
pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. 6 Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas.

Ap 3:11-13 Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna
no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do
meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome. 13 Quem tem
ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Ap 3:21,22 Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu
Pai no seu trono. 22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Então, na nossa limitação, a gente não é capaz de identificar a natureza do galardão do Senhor, mas é possível
fazer uma comparação disso com o tratamento que o Senhor Jesus promete ao que vencer.

Imagine o Cristo que intencionalmente se fez servo, que ministrou incansavelmente entre os homens fazendo
toda a sorte de coisas boas, e como paga disso, recebeu uma coroa de espinhos, foi torturado, humilhado e assassinado
em nosso lugar, aceitando o castigo e a maldição que nos era destinada; que deitou sua alma na morte a fim de nos
resgatar para Deus; que viveu uma vida santa, digna e exemplar; imagine esse mesmo Cristo se aproximando de você, te
recebendo na glória, te tomando pela mão e lhe dizendo: “Servo bom e fiel! Eu reconheço o seu esforço! O seu esforço
valeu a pena! O seu trabalho foi útil pra mim! O seu labor, a sua entrega, o seu encargo tem valor pra mim! Eu sei
recompensar tudo isso!”

Ouvir isso do próprio Cristo já há de ser um galardão mais do que suficiente e infinitamente maior do que eu
possa merecer. Não consigo imaginar algo que seja mais precioso do que isso, uma honra maior do que essa!

Em contra partida, eu imagino o arrependimento por não ter feito mais, se eu chegar à outra vida tendo corrido
atrás apenas dessa... Por poder ter me esforçado mais e não tê-lo feito, por não ter me entregado mais, por ter gastado
os meus dias apenas em prol de coisas que pereceram; por ter vivido sem ter acreditado que Jesus iria me recompensar,
de que existiria uma recompensa eterna pelo meu esforço em prol do Reino... por ter priorizado outras riquezas, por ter
me esforçado tanto por outras coisas, como que correndo atrás do vento... chegando diante do Precioso Jesus tendo
vivido em busca do meu próprio Reino...

Não sei exatamente qual é o salário na sua área de atuação profissional, mas na minha profissão, a gente sempre
procura atuar nas áreas onde recebemos uma melhor paga pelo nosso trabalho. Há aquelas áreas onde, tanto
trabalhando pouco quanto trabalhando muito, você recebe o mesmo salário, mas uma estratégia na minha profissão é
ter expectativa de trabalhar em regiões onde eu rodo menos, tanto em tempo quanto em distância, e recebo mais por
isso. Hehehe. É assim na sua área?
Em horários de maior demanda, a gente recebe um valor só pra aceitar a corrida. Sendo assim, o meu objetivo
pra pagar as minhas contas, é sempre trabalhar o mínimo e receber o máximo. Faz sentido?kkkk

Em outras palavras, pra que isso não soe preguiçoso, vocês vão me compreender: Eu preciso aprender a priorizar
o meu esforço naquilo que é melhor recompensado!

Se eu acredito que a melhor recompensa para o meu esforço é adquirir e manter um bom patrimônio pra minha
descendência eu vou priorizar os meus esforços nessa área.

Se eu creio na promessa de Cristo, então eu vou doar minha vida. Eu serei intencional no meu esforço, não para
me exibir, não por causa daquilo que vou receber, mas porque o que Cristo é e tem é incomparável!

O Senhor Jesus tem um galardão e ele paga muito bem.

Reajustar a sua bussola.

Crente Jaiminho?

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