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Às autoras, es istas Em

prático sobre Diniess vocal:dir


especialmente aos
participantes dexung

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professores de canto
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orat, Ao
trarão neste livro informações
* Úteis NO
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“O DITA
Conhecer a produção da voz e estár eien
cuidados a serem
tomados faz”
melhores condições de
ouvi
om cantor.

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Sua leitura é recomendada todos= oo e

a 0sinteressa
por tratar de um texto que oferecêtiaa
se
cantada, com diversas sugestões com é

serefere à saúde vocal.

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ORANEA

cite
ao SS: rece e;e
do caco

O livro Higiene Vocal para o


Canto Coral, das fonoaudiólogas Mara
Behlau e Maria Inês Rebder, explica, de
modo didático e si mplificado, a produção da
voz humana, analisando às principais dife-
renças entre a voz falada e cantada, da
respiração à postura corporal. Os problemas
muis comuns dos corais são
apresentados,
seguidos de sugestões práticas para a sua
solução. Explicações sobre os hábitos nocivos
o
para 4 voz, como efeito do fumo, do álcool,
do pigarro e do
estresse, são: oferecidas ao
o ça,
AE

HIGIENE VOCAL
O CANTO CORAL
Ao

PARA

leitor, à fim de se desenvolver


uma cons-
ciência sobre as normas de higiene vocal.

Os mitos da voz cantada são


explorados e trazidos à realidade científica.
Há, ainda, dez regras de ouro da boa voz de
um cantor e um interessante questionário
que auxilia a auco-identificação de possíveis
problemas vocais.
"a

Finalmente, um pequeno glossário pro

oferece ao leitor definições simples sobre os


Principais termos técnicos na área. Mente

ae.

8
1

TM
dos

Mubo

TBTITIO

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É
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ii,
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O CANTO CORAL
f

MARA BEHLAL, Ph.D.


*
Fonoaudióloga Especialista em Voz
*
Mestra é Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana pela
Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina
UNIFESP-EPM ;

*
Pós-Doutoramento na Universin' of Calitornia San Francisco - UCSF
* Diretora do Centro de Estudos da Voz - CEV

MARIA INES REHDER


*
Fonoaudióloga Especialista em Voz
* Curso de Especialização em Patologias da Comunicação na
Universidade do Sagrado Coração de Bauru - USC
Mestranda em Distúrbios da Comunicação Humana na
Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina
UNIFESP-EPM
Pesquisadora Associada ao Centro de Estudos da Voz - CEV

=
REVINTER
Higiene Vocal Pareo Canto Coral

Copyright O 1997 by Livraria e Editora RevinteR Ltda.

Todos OS direitos reservados.


Eexpressamente proibida a reprodução
deste livro, no seu todo ou em
parte.
POr quaisquer meios, sem o consentimento
por escrito da Editora.

ISBN 85-7309-216-5

Ilustrações
Profº Maria Luiza Schmidt Rebhder

Cs
do maestro Samuel Kerr, por dedicar sua vida ensi-
Livraria e Editora RevinteR Ltda. nando o Brasil a cantar e sorrir.
lo

2
Matoso. 170 — Tijuca
Mara
70=130/= Rio-de Janeiro. RJ
Tel: (021) 5029-9988 Ao Coral Jovem da [Igreja Matriz de Rio Claro e. em
CaNTOS 1) 5502-683 especial. à regente Irmã Hermínia Meria Zago, onde
|

cinaullivrariaGrevinter.com.br tudo começou.


— http://www. revinter.com.br
Maria Inês
ficá-la. Comportamentos nocivos podem levar à um desgaste vocal e,
com isso, à voz pode ficar comprometida de modo definitivo.
RESENTAÇÃO Temos tido o prazer de, ao longo de nossa carreira clínica e cien-
tífica. conhecer e trabalhar com corais dos mais variados estilos e natu-
rezas. A riqueza deste trabalho faz-se já no contato com os integran-
tes desses grupos. pessoas que dedicam tempo de seu dia-a-dia para
O canto em grupo é provavelmente um dos maiores exercícios desenvolver a voz cantada e levar alegria e emoção à quem os escuta,
de convívio social. Quundo se canta em grupo, aprende-se harmonia, na maior parte das vezes, sem nenhuma remuneração.
equilíbrio. domínio de si mesmo. trabalho em equipe e. acima de tudo. Infelizmente à realidade brasileira não estimula tais práticas.
respeito pelo outro. Além de todos esses fatores, cantar é extremamente apesar de sermos um país tão musical. Por outro lado, os fonoaudió-
lúdico e pruzeiroso. e
logos, que estudam a comunicação humana seus distúrbios, também
não têm dedicado tempo suficiente a esta área. o que se reflete na fal-
Cantar envolve fatores orgânicos. psicológicos e técnicos. Um
coral é composto por indivíduos dotados de vozes com característi- ta de literatura. principalmente aquela direcionada uo cantor.
cus diversas e. embora muitas delas se encontrem na mesma catego- O objetivo do presente texto é levar ao público cantor e aos ami-
Na, existem diferenças determinadas por nuances acústicas. o
que pode sos do canto algumas noções básicas sobre u voz cantada, com parti-
torná-las completamente desiguais. Cabe ao regente conciliar e har- cular interesse no canto coral. O texto apresenta os principais cuida-
mMonizur estus vozes dentro do grupo coral. buscando uma identidade dos à serem tomados com a voz. a fim de se evitar ou reduzir proble-
sonora sem discrepâncias. com qualidade artística equilibrada. Mus vocais.

imugina-se que à prática do canto em erupo seja tão antiga quanto Conhecer à própria voz é descobrir uma das funções inaís fan-
o desenvolvimento da linguagem articulada. O homem primitivo já tásticas do corpo humano! :

USAVA O Cunto para se alegrar, exprimir seu pesar, avisar os outros de Mara Behlau
um perigo e para acalmar os poderes superiores. Cantar faz bem para Maria Inês Rehder
O corpo e
para à alma e. com razão, o provérbio diz "Quem canta seus
males espanta!". Observa-se comumente que os bebês modulam suas
vozes quando estão felizes, entoando as suas primeiras "composições",
para à alegria e a satisfação dos pais. Indivíduos de todas as culturas

sr.
cantam com diferentes finalidades, e até mesmo quando se está sozi-
nho ou nos causos de loucura, observa-se o canto como uma manifes-
tação extremamente humana.
Cantar em coro exige aleuns pré-requisitos. O resultado vocal
deve upresentar uma boa sonoridade para agradar e transmitir à essên-
cla da música e. neste sentido. a educação e a preparação vocal aju-
dam à conduzir o coro à sua própria identidade. O artista cantor. por
SUa vez. Necessita amparar à voz e defendê-la de tudo que possa dani-
CEFET TEEETEECTECOrECeerTerCeEeCrCeeeeeceeer (
CE

HIGIENE VOCAL PARA


O CANTO CORAL

1. À produção da voz DUMAnNa...cclllcccicciii


aços 1

2. As diferenças entre as vozes falada e cantada.......ccccccoccoo o C

. Y

3. Os problemas mais comuns dos COraiS......iicicoo 15


cD”
+. As normas de higiene vocal para 0
Canto... 23

5. Os mitos da voz Cantada.


cics eo 27
as o
As regras de ouro da boa voz de um Cantor......ciinno 33 NO

Questionário para identificação de possíveis problemas de voz..35

PEQUENO 'SIOSSÁNIO
cristo ooenmesrdara tala da FiRAEAEo Eca nada BoA de dl taSSs sH 37

Leitura recomendada...
neces rato: 13
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DIZELZLLEITUSEESES SE
Evan
CAPÍTULO
Carlos Yadwam
YE qe
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: 1

Úvuta
O
&
Línvua
Pulmões dão o
combustível = fole

So MARA & INÊS

J iveros imersos num universo sonoro e sentimo-nos confortáveis


é vida e 0 mundo sono-
quando temos os sons ambientais ao nosso redor. Som
ro nos dá à contirmação de pertencernios à esta reulidade, purticipar dela e
controlá-la. À presença do som é tão importante que quando o silêncio é ex- Í

cessivo. pode nos assustar. Um exemplo disto é o quanto ficamos alertas ao Í

muito quieta, pois parece que tlgo ruim poderá nos :j

passarmos por uma rua ;


acontecer.
! Í
de
ATMEOTCC/CaNSdCdaoansoAdZaZÁAAZAAKDiázadKaaaadAanaKZNMKan NE
* Higiene Vocal para o Canto Corai + e A Produção da %oz Humana *

erro

came
É Sons, TRA alguns
pode ser considerado uma espetacular máquina produtora
“"tum-tá” do coração e o suspiro da
mais
românticos como
Palxão. e outros menos românticos. como o som do estômago. quando estamos
e o
ciando à expiração pulmonar. O ar. passando pela laringe, coloca em vibração
às pregas vocais. que estão próximas entre si. Às pregas vocuis, desta forma.
fechum-se e ubrem-se numa segiiência muito rápida. realizando os chamados
TT

eom fome, ou dos intestinos com gases. Estes sons são produzidos de one ciclos vibratórios. Quanto maior a velocidade dos ciclos vibratórios. mais alta

nr
automática e temos pouco controle sobre eles. Por outro lado, a voz é 050 é à frequência do som emitido, o que quer dizer que mais aguda será 4 voz
mais complexo e sofisticado produzido pelo nosso de tal modo volun
TANTA

corpo, produzida.
trio que podemos modificá-lo e exercer sobre ele um controle
Ni verdade. o som que a laringe produz não é a voz que ouvimos de uma
de um
ão£e. Achumadoproduz
voz se no trato vocal, a partir de um som básico gerado na lu- pessoa, mas sim à chamada fonação. O som na laringe semelhante uo
é

a
tfonação. A laringe localiza-se no nenhuma consoante. Po-
pescoço e é um tubo com- barbeador elétrico. não sendo parecido com vogal ou
ana
Eosto
cartil; aum
de cartilagens. Mais particularmente, brin-
ra Eee
Mais
:

pregas vocais são as demos também imitá-lo vibrando lábios. como fazem crianças que
So estruturas os aus
as
Sponsáveis pela doada matéria-prima
pel:

produção matéria
sonora. nome popular de cor-
VA
O
-
cam de carrinho.
das vocais é |
ocais é incorreto pois não se tratam de cordinhas,is

como as do violão. mas O número de vibrações que as pregas vocais fazem em um segundo é a
Sim de dobras ou

ER ca
pregus de musculatura.
fregiiência da voz de um indivíduo. Esta frequência depende de vários fato-
vocais localizam-se dentro da laringe, são res, como o comprimento das pregas vocais (quanto maiores, mais grave
será

o
ad apenas

Fr
paralelas ao solo. como se estivessem deitadas. As pregas vocais à voz) e de sua espessura (quanto mais finas, mais aguda será a voz). Portanto.
Se estão

ea quanto mais agudos os sons que produzimos, maior número


de vibrações são

a
que 9 ar entre nos pulmões e aproximam-se e vibram para que

o O se produza. O ur é essencial para a producão da


da
voz. sendo o com-
fonução. Sem o ar não conseguimos ativar à vibração
realizadas em um segundo. ou seja. as pregas vocais estão completando uma
ciclos por segundo. Assim. quando uma soprano canta

a
maior quantidade de

redor 1.024Hz, suas pregas vocuis estão realizando 1.024 vi-


Ao "
p que pode comprovar fechando a boca e o nariz si- um dó, ao de

.
e procurando emitir um som. brações em um segundo.
À
função principal da laringe porém, não é produzir à voz. mas sim pro- O som busico produzido pelas pregas vocais na laringe pussa por uma

ee
L os pulmões. Quando deglutimos ou quando
uma substância nociva ão série de cavidades de ressonância, que se ajustam como se fossem um alto-

a Se corpo pela boca ou pelo nariz. as pregas vocais spreciidm-se falante natural formado pela própria laringe. faringe. boca e nariz. Às cavida-

ed
EAD. ou
AR
aoEA aaa
a laríngea. Essa função é chamada de selamento des de ressonância amplificam este som. que é muito fraco quando saí de sua

-
importante para nossa sobrevivência. O fonte.

o
ê
Co otambém reulizado quando queremos erguer um peso ou Pode-se compreender. portanto. que a voz é o resultado do equilíbrio

NE
aaa do
iravés apoio dos braços. como quando subimos em
indivíduo está
de selamento
muito debilitado ou com pro-
entre duas forças - u força do ar que sai dos pulmões - a chamada força uero-
dinâmica, e à força muscular das pregas vocais - a chamada força mioelástica.

LA
eseio me ! —— fica enfraquecida e pode ocorrer Caso haja um desequilíbrio nesse jogo. poderá haver uma alteração vocal. Se
s para os pulmões, o que é chamado de aspiração, podendo
o ar que passa pela laringe é excessivo, à voz vai ser soprosa ouvindo-se “ar”
ção pulmonar e morte.
na emissão. uma queixa muito comum entre os cantores. Ao contrário, se a força

a
aerea
:
nara
função
í
produção da voz é secundária e foi superposta à
órgão, na escala de evolução filogenética dos unimuis.
deste
muscular for maior que à necessária. o som ficará comprimido em pouco
duVOZ sairá tensa é estrangulada.
ar e

Para produzirmos a voz. obedecemos uma seqiência de atos coordena- Os diferentes sons de uma língua - suas vogais e consoantes - são pro-

ad ea po
dos: |

ou seja, colocar o ar para dentro dos pul- duzidos nas cavidades acima da laringe. por mudanças nos articuladores. ou

O Seju. nas estruturas que estão nas cavidades de ressonância. Os sons são
aurti-

No
eee
re *
| * peças
: ementa.
vocais se afastam da linha média. permitindo
ÀO emitirmos à voz, as
à linha média, controlando e bloqueando
presas vocais se aproxi-
à saída do ur dos pulmões. ini-
culados principalmente na boca, através de movimentos da língua. dos lábios.
da mandíbula. dos dentes e do palato. Esses movimentos devem ser precisos e
los
a

7
s
* [Higiene Vocal vara e Canto Coral e

corretamente encadeados nas palavras e nas frases. para que sejam produzi-
dos sons claros, tornando à fala e 4 mensagem que se quer transmitir inteligí-
CAPÍTULO
veis.
Para a voz cantada, utilizamos às mesmas estruturas que produzem à voz
Falada. porém. com diferentes ajustes devido às necessidades do canto. De modo 2
simplificado, à respiração passa a ser mais profunda. as pregas vocais produ-
zem ciclos vibratórios mais controlados e com maior energia acústica, às cai-
<us de ressonância estão expandidas e introduzem uma maior amplificação ao
som básico. AS DIFERENÇAS ENTRE AS VOZES
i
FALADA E CANTADA

Existem
ENNIO

várias formas de se comparar à voz falada e à voz cantada.


Selecionamos os parâmetros mais comuns para analisarmos às diferenças en-
tre esses dois ajustes e compararmos as realidades du voz falada coloquial e
do canto coral. São eles: respiração. fonação. ressonância e projeção de voz.
qualidade vocal. articulação dos sons da fala e pausas. e postura.

maçã

)
do

MOSS

EM

MTM:

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DER

|
ISA AA EU ESSSOS:
* Higiene Vocal para o Canto Coral e
* As Diferencas entre às Vozes Falada e Cantada *

PARÂMETRO
A

PARÂMETRO
E

RESPIRAÇÃO
FONAÇÃO
TAN

* CICLOS DE INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO * * PRoDpUção DO SOM LARÍNGEO BÁSICO *


CIT

É natural.
VOZ FALADA === VOZ CANTADA. -
É treinada.
O
As pregas vocais fazem ciclos vi- As pregas vocais fazem ciclos vi-
ciclo completo de respiração Os ciclos respiratórios são pré- bratórios com o cociente de abertu- bratórios com o cociente de fecha-
(entrada e saída de ar) varia de acor-
do com a emoção e o
programados de acordo com as ra levemente maior que o de fecha- mento maior que o de abertura, o
comprimento frases musicais. mento. que gera um som acusticamente
das frases.
mais rico com maior tempo de
ێ

A inspiração é relativamente lenta A inspiração é muito duração.


e rápida e bu-
nasal nas pausas longas, sendo mais cal. Produz-se uma série regular de har- Produz-se uma série mais rica de
rápida e bucal durante a fala:
mônicos - uns vinte deles, em mé- harmônicos - mais de trinta -. com
Um volume médio de ar é dia -, decrescendo de intensidade intensidade forte mesmo nos har-
usado Usa-se um volume de ar maior
duranteà fala. durante o canto. quuse esvazian- em direção ao harmônicos agudos. mônicos muis agudos.
do os pulmões. O atrito das mucosas das pregas vo- O atrito das mucosas das pregas
Ocorre Pequena movimentação cais é bastante aumentado nas situ- vocais é reduzido; os atos de pi-
pul- Ocorre grande movimentação
monar durante a tomada de ar. com pulmonar durante a tomada de ar, ações de pigarro. tosse uu mesmo garrear e tossir não são aceitos
POUCA expansão da caixa torácica.
com expansão de todas as paredes quando se quer dar ênfase a deter- durante a emissão cantada e a ên-
do tórax. minada palavra da emissão - ataque fase não é feita com ataques vo-
À saída do ar na expiração é um vocal brusco. cais bruscos, mas sim com mu-
pro- O controle da expiração (saída do
cesso passivo. dança na tensão das estruturas.
ar) é ativo, mantendo a caixa torá-
cica expandida durante o maior Percebe-se uma movimentação dis- A laringe tende a permanecer em
tempo possível. creta da laringe no pescoço, deter- posição baixa (na naior parte das
minada por variações na inflexão escolas de canto). estabilizada,
das frases. mesmo nuas frequências mais agu-
das.
À extensão de
freglências em uso A extensão de frequências é am-
habitual é de 3 a 5 semitons. depen- pla, ao redor de duas oitavas e
dendo da língua que se fala e da meia.
entonação empregada.
(Sesseeescaesaesneessesaeaessesscessanassaesnanses.esnscesess
Diferenças entre as Vozes Falada e Cantada
*
*
Higiene Vocal para o Canto Coral + e As

PARÂMETRO PARÂMETRO

RESSONÁNCIA E PROJEÇÃO DE VOZ QUALIDADE VOCAL

* VOLUME DE VOZ NO AMBIENTE *



TIMBRE DA VOZ *

A ressonância é geralmente média, A ressonância é geralmente alta, A qualidade vocal na voz falada A qualidade vocal depende da na-
em condições naturais do trato vo- dita “na máscara” ou de cabeça, o pode ser neutra ou com pequenos. tureza do coral, do estilo musical
cal, sem uso particular de alguma que indica que o foco de ressonân- desvios que identificam o falante e do repertório, sendo que carac-
cavidade, não necessitando a voz de cia concentra-se na parte superi- mas não chegam a ser considerados terísticas pessoais são geralmente
grande projeção. or do irato vocal. sinais de disfonia, como por exem- deixadas num segundo plano em
plo, a voz levemente rouca, sopro: favor de uma sonoridade única de
A intensidade habitual situa-se ao A intensidade quase nunca é cons-
arupo; porém. os desvios na voz.
:

redor de 644dB para conversação, tante. com variações controladas sa. áspera ou nasal.
tendem à ser percebidos princi-
mantendo-se relativamente cons- e rápidas de um pianíssimo à um
paimente no naipe, que se torna
tanie durante o discurso; a faixa de fortíssimo. num limite que pode ir
desequilibrado.
variações fica ao redor de 10dB da de 45dB 110dB.
4u

intensidade habitual. A qualidade vocal é extremamente À qualidade vocal! é mais estável ,

sensível ao interlocutor, à natureza devido ao tretmo dos cantores e


Quando é necessário projeção vo- Projeção vocal é uma necessida- sofre menos influência de fatores
de constante no canto, que deve do discurso ou à aspectos emocio-
cal. pura chamar alguém distante ou
nuis da situação. podendo ficar externos à realidade musical.
para dir um grito, geralmente usa-—— ser audível mesmo nos sons pia-
níssimos; para tanto, a inspiração momentaneamente trêmula ou sus-
se uma inspiração mais profunda,
é sempre maior que para a fala, a
surrada. por exemplo.
abre-se mais a boca e usa-se sons :

mais agudos e mais extensos. boca está sempre bem aberta, pro- Os distúrbios na produção da voz. Os distúrbios na produção da voz
cantada chamam-se disodias e 3
curando-se reduzir ao máximo os falada chamam-se disfonias.
|
obstáculos à saída do som. podem vir ou não acompanhados
de disfonia. =bile
sato

o
* Higiene Vocal para o Canto Coral + e Nx Diferencas entre às Vozes Falada e Cantadia *

ans

emp

PARÂMETRO PARÂMETRO

eps

ARTICULAÇÃO DOS SONS DA FALA PALSAS


AI

1 * PRODUÇÃO DAS VOGAIS E CONSOANTES * º INTERVALOS *

O objetivo da voz falada é a trans- A mensagem a ser transmitida As pausas são individuais do falan-
AAVV:sos
As pausas são pré-programadas e
missão da mensagem, portanto a ar- aqui está além das palavras e, por- te, podendo ocorrer por hesitação, definidas pelo compositor e/ou
ticulação deve ser precisa e a iden- tanto, privilegiam-se os aspectos por valor enfático ou, ainda, refle- pelo regente do coral. possuindo
tidade dos sons deve ser mantida. musicais, o que pode sianificar, tir interrupções naturais do discur- forte apelo emocional e de inter-
em alguns casos, o sacrilício da SO. pretação.
articulação de certos sons, que po- As pausas que ocorrem por hesi-
As pausas de hesitação são normais
dem ser subarticulados ou distor-
e aceitáveis. podendo ser silencio- tação do cantor não são aceitáveis
cidos.
sas ou preenchidas por sons prolon- e causam constrangimento do can-
As Vogais e consoantes tem duração Na frase musical, as vogais são gados como “ahn...” ou “ubm...”. tor e ao público, que pode chegar
definida pela língua que se fala. geralmente mais longas que as à vaia. Além disso. falta de sincro-
consoantes e servem de apoio à nia entre os cantores nas entradas
qualidade vocal. das músicas também causam ctet-
to negativo.
Os movimentos articulatórios bási- Os movimentos articulatórios bá-
cos são definidos pela língua utili- sicos recebem influência dos as-
zada, porém, o padrão de articula- pectos tonais da música e da fra-
ção sofre grande influência dos as- se musical em si; desta forma, as
pectos emocionais do falante e do constrições que produzem os sons
discurso. e que são realizadas ao longo do
trato vocal, tendem a ser reduzi-
dos.

10
(CCTEITITATECETECESNINULEREUZVENTOSVSSWNWWUWWWNUWWWYS We
* Higiene Vocal para o Canto Coral + e
à Diferencas entre às Vozes Falada e Cantada *

PARÂMETRO PARAMETRO

VELOCIDADE E RITMO | PosSTURA

* ANDAMENTO DA EMISSÃO * e Posição DO CORPO DURANTE à EMISSÃO *

A velocidade e o ritmo da emissão A velocidade e o ritmo da emissão É variável, com mudanças constan- É menos variável, procurando-se
falada são pessoais e dependem de cantada dependem do tipo de mú- tes. sempre manter otronco ereto.
múltiplos fatores, tais como carac- sica, da harmonia, da melodia e do As mudanças na postura corporal
As mudanças habituais na postura
terísticas da língua falada, persona- andamento que o regente confere interferem tanto na produção da
lidade e profissão do falante, obje-
corporal não interferem de modo
ao tema. voz quanto na estabilidade da
tivo emocional do discurso e fato-
significativo na produção da voz
coloquial. qualidade vocal.
res de controle neurológico.

A linguagem corporal acompanha à A linguagem corporal não é favo-


Alterações na velocidade e no ritmo Alterações na velocidade e norit- recida pelo cantos que privilegia
comunicação verba! c a intenção do
da emissão geralmente ocorrem in- mo da emissão são controladas,
discurso. particularmente aexpressão faci-
dependente da consciência do falan- pré-programadas e ensaiadas. al.
te. mas podem ser reguladas de
acordo com o objetivo emocional da
emissão.
TIAIZEKEIEISIUNEIDHELHZEIZEVNHUTEIZWVESTWwWWTqTewyYww

e Os: Problemas mais Comuns does Corais +


*
Higiene Vocal para o Canto Coral

aa
+

a 1. AS VOZES INTERMEDIÁRIAS Na formação de um coral geralmente às vozes intermediárias não são


da peça
previstas como naipe isolado. a menos que seja uma particularidade

Sara pain do
do

due
:
de can-
diam intao, PE
;
intermediárias têm opção

AN
jura
cantada. Assim sendo. homens com vozes a
tar como baixos ou tenores e mulheres com vozes intermediárias como
conm-
RIA

femininas, respectivamente primeira


- VOZES
TENTARIA ese baixos - VOZes masculinas, respectivamente primeira relacionada às necessidades

Ao aos
traltos ou sopranos. Esta escolha geralmente está
scaundãv " e.
VOCE

do coral. ou de determinadas peças musicais, mas à maioria dos regentes

aa
S

intermediárias a voz masculina de barítono e


:
e
!

o o que esta classificação indica é que as vo- freqiientemente opta por deslocar os indivíduos de vozes intermediárias para
EE TONA
=
7 rn extensão e qualidade vocal. às segundas vozes (ou seja. as vozes muis graves). já que os baixos e princi-

onã pulmente us contraltos verdadeiras são muito raras. Isto. porém. pode ser ne-
ReulizariTf
lizaraciz, “licação vocal de um indivíduo pode ser uma tarefa muito
crmaiASA.,

a, fã
e icaçã do
regente ou do professor de técnica gativo para uma determinada voz. que passa a ser solicitada numa extensão
Ce dedicação
qu

requer ismpo
vocal. ários Eemérios são levados em consideração, dos quais podemos res- fora de sua emissão privilegiada.
saltar os seguintes:
*
estrutura cosnoral do falante:
*
earactiísticas anatômicas da laringe: Questão: |
*
características funcionais da emissão:
* características da personalidade. Se você tem uma voz de classificação intermediária. em que naipe
deveria cantar?
vicia, mago SEE de quánio muaior a estatura física e mais longas às pregas

sovindasa
e o.

Per SA
ão PE por outro lado. vozes agudas costumam estar àas-
aitiades mais imaturas e a indivíduos alegres. enquanto que

o
" "o Mais EToVes lito, em geral. associadas à personalidades mais maduras.

. . is o
itárias Ea duos tristes ou depressivos. Apesur de todos estes uspec- No naipe em que houver maior centorto vocal, em que sua voz fica murs
à. Fanacrenstess funcionais da emissão são determinantes na classifica- equilibrada. sem esforços extras. Além disso, você deve evitar ficar se deslo-

Ca palavras, é à extensão de semitons que o indivíduo emi-


noto e qualidade musical, que determina o tipo de voz. As tessituras
das vozes treinadas são
apresentadas a seguir.
cando constantemente de naipe. o que pode desequilibrar sua emissão.

AGUDO
*
soprano de dó, a dó.3
lá, a lá, VOZES FEMININAS
*
meczo-soprano de
*
contralto de fá. a fá
2 4

*
tenor de dó, à dó,
* barítono de VOZES MASCULINAS
lá, a lá,
baixo

*
de fá fá,
|
GRAVE

16
(
TTTTTUITITTITNTYTTOTOWSWSINWNEZIZDIZEZENIZNÃIZIA
(
í (
( ( ( Í

* Higiene Vocal para o Canto Coral e

O CANTO
CORAL ATRAVÉS DA CAPÍTULO
HISTÓRIA

sd candon RA
|

ME |

Embora o canto coral tenha


atingido seu máximo desenvolvi-
ESISPIINNEEZ

mento na música ocidental. práticas de


canto em conjunto exis-
tem, desde à Antigilidade,
em muitas tradições folclóricas —p OSPROBLEMAS MAIS COMUNS DOS CORAIS
tribais. e

No ocidente, os coros
começaram efetivamente no século VI,
quandoo papa Gregório! estabeleceu
cen-
) nos

escolas de canto
tros da cristandade,
para garantir adequada execução da
músi-
TTTRTICENITTSTET

ca lituureica. Até o século XII, esse


canto, conhecido como
Gregoriano. apresentava uma única
voz. usando preferencial-
TO
mente notas agudas. Somente no século XV
começaram à ser
exploradas as notas graves da tessitura.
USSLIRARENII

Nos séculos XVI e XVII


a música coral expandiu-se
da para além
liturgia. A Reforma encorajou o canto informal
de cunções
religiosas em ETUpOsS, Como os salmos
na Franca e os hinos na
Alemanha. À Renascença italiana estimulou
toresamadores, osm
mudrigais. A maior parte das
os Eruposde
can-

it
cera feita sem
upresentuções
acompanhamento musical, o canto “a capela”,

coral
INÉS
uma tardição que ainda hoje se MARA &
mantém. No século XVII os |

'rubalhos ara coral de Bach


Bach e
Ne À
para

tiveram grande aceima- frmação: cRestlo MáSeoT SE. objetivos dos corais são bastante
ÃO entre os coraisamadores, onde as variados. mas existem ulguns problemas que podem ser considerados
mulheres passaram a comuns
Cantaras partes de Soprano
so e contralto, antes uos grupos de voz cantada. Dessas dificuldades tópicas. selecionamos
tradicionalmente
AE

aos
destinadas aos meninos.
menin

Festivais de corais tomaram-se


Mas e vamos anulisá-las e oferecer sugestões práticas.
algu-
para minimizar ou pelo
menos contornar os efeitos negativos sobre u produção da voz. São elas:
VEABAN

muito comuns nos séculos XIX


e XX. associados à
so instituições civis. acadêmicas e ret;
inIOSas.
à questão das vozes intermediárias:
ng Às especilicidades culturais à grande reciciagem dos coralistas:
ug
podem ser observados nos diferen-
tes estilos de canto. na escolha
das VOZES, na tensão Física o desconhecimento dos locais de

|
NEI
Características acústicas da emissão.
e nas upresentações;
o que faz do canto coral as vestimentas:
Uma complexa e rica
orquestra humana.

|
às viazens fregiientes:

| ||
ONE

EB
desgaste do próprio recente.
s
e o O

o o ro o ro o o o
A

RS

SS = C =
| =
= =” =.” /-///C--Ã-/ÃÁ SAC /

* Higiene Vocal para o Canto Coral + e Os Problemas mais Comuns dos Corais +

2. GRANDE RECICLAGEM DE CORALISTAS 3. DESCONHECIMENTO


DOS LOCAIS DAS APRESENTAÇÕES
À grande reciclagem de coralistas é uma
constante nos corais no Brasil.
Eca,

o que acontece pelo. mais diversos motivos. Em se tratando de corais religio- A [alta de conhecimento prévio das condições físicas dos locais das apre-
SOS OU
municipais, sabemos que geralmente os coralistas deixam os grupo por sentações pode gerar uma série de dificuldades Operacionais e vocais impre-
necessidades Financeiras e profissionais uma vez que neste tipo de coral can- mais é: ensaio é feito em um local adequado e à
TOTO

vistas. O exemplo comum o


No

tar é opção e não há remuneração para os integrantes. Já nos corais universitá- apresentação em local inapropriado. principalmente no que se refere à condi-

rios Os coralistas geralmente são remunerados através de bolsas de incentivo ções de acústica. limpeza, colocação de praticáveis. espaço físico, etc.
à cultura, porém estas bolsas tem duração limitada e o coralista tende à deixar
o grupo ao final deste tempo.
eras

Questão: ]
4

Questão:
O que fazer quando o coral vai se apresentar em local que não o dos
ensaios?
Quais os principais problemas que a reciclagem de cantores sera
| K
para o grupo?
Resposta: |
Resposta: | Procurar conhecer antecipadamente o local ou solicitar algumas infor-
deve fazer, pelo
macões por carta ou telefone. Quando não for possível, o coral
À reciclagem dos
integrantes produz grandes discrepâncias vocais en- menos. cinco minutos de testes vocais antes da apresentação. utê mesmo sob
[re os cantores e à dificuldade de se manter uma identidade sonora. Além dis- vecal rápido, O ideal seria fazer um ensaio prévio
à forma de um aquecimento
o, ocorrem dificuldades adicionais na preparação e ensaio de peças mais com- no local para que ajustes de qualidade, emissão. ressonância e projeção pu-
plexo. assim como no desenvolvimento do trubalho dos profissionais envol-
dessem ser realizados. Para minimizar condições acústicas adversas podem ser
vidos. quer seja o regente. o professor de canto ou o fonoaudiólovo. adicionais como treinar o coro em diferentes formações ou
utilizados recursos
deslocar o naipe de maior número de integrantes ou o mais atinado para o fundo
do coral.
* Higiene Vocal pára o Canto Coral * Os Problemas mais Comuns dos Corais *

4. VESTIMENTAS
Us
5. VIAGENS FREQUENTES

A vestimenta escolhida pelos corais


EAD

O
i
apresenta um desenho tradicional Viagens frequentes para apresentações podem trazer sérios problemas
que é geralmente inadequado às condições do clima brasileiro. Comumente vocais principalmente devido às mudanças de clima e abusos vocais durante
são escolhidas batas por serem vestes oficiais da maior
parte dos corais do o trajeto. Além disso. fatores como o uso excessivoda voz e alimentação ina-
ETTA

mundo, especialmente os europeus. À chamada bata é uma vestimenta longa dequada podem concorrer para piorar a qualidade da voz.
confeccionada com tecido pesado e escuro. de maneas compridas úibotoada
OVOS

na frente desde o decote até à bainha. geralmente usada com uma faixa colo-
rida na cintura. Já os corais líricos apresentam
roupas confeccionadas para
aquele espetáculo e, quase sempre. ajustes pessoais podem ser Fealbados. Questão: |
O que fazer para minimizar e prevenir problemas vocais uma vez
Questão: que as viagens são inevitáveis e fazem parte da própria rotina do canto
| coral?
O que fazer se sua roupa for inadequada?
Resposta: Í

Resposta: |
rocure se inteirar do clima da cidade para onde está indo, principal-
mente com relação à temperatura. ventos constantes e umidade do ar. desta
Use somente a vestimenta do coral. sem sua

eo
roupa social por baixo. nara maneira você estará pres eniído com roupas adequadas. Procure estar na cida-
lar o peso e o calor, Além disso. procure. pelo menos. deslocar
os Dolls de da apresentação com. pelo menos. um dia de untecedência para que possa
do
Pescoço e aliviar o cinto, para que o aparelho vocal não fique restrito em se aclimutar. Durante 4 viagem. de ônibus ou avião. procure dormir e descan-
suas Movimentações. O ideal para o clima brasileiro seria
que as roupas fos- sar. evite conversar pois. ruídos constantes inerentes à esse tipo de transporte,
sem conteceionadas em tecidos de fibras naturais,
leves. com discreto decore constitui um abuso vocal bastante sério. Lembre-se de manter seu corpo sem-
cem cores claras.
pre bem hidratado. Os ensaios dentro de ônibus são absolutamente contra-in-
dicados devido à postura inadequada e ao ruído excessivo. deixe para ensaiar
no local da apresentação.
rWAAÇO
CEC ECECecoeeo erre es ( (
(

FF ETTOFEeE
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*
Higiene Vocal para o Canto Coral e

6. O DESGASTE DO REGENTE
(CAPÍTULO
O regente ou o professor de técnica vocal
i ocupa uma posição de alto
nsco no que diz respeito ao desenvolvimento de um problema de voz ou de
laringe. O uso excessivo da voz falada é uma realidade durante os ensaios.
o
que é, ainda, acentuado pela competição sonora com o próprio erupo vocal. É
comum que vo regente tente sobrepujar o volume do coro
para se fazer ouvir.
Alémdo excesso do uso de voz falada. é uma prática muito comum
OS regentes
entre AS NORMAS DE
cantar nos diversos naipes. ensaiando às diferentes vozes do coro.
deslocando sua emissão pelas diversas regiões da tessitura vocal, ensaiando HIGIENE VOCAL PARA O CANTO
diversos grupos em um dia e acumulando uma sobrecarga admirável.
Apesar
de o regente ser um integrante muito especial do coral.
suas pregas vocais são
semelhantes às dos outros membros do coro. e os cuidados
com à voz devem
ser redobrados, pois seu desgaste é ainda maior.
EITA

"So

Questão: |
O que um regente ou professor de técnica vocal deve fazer, além de
tomar os cuidados já
d descritos anteriormente?

Resposta: |
:
MARA & INES

Deve cantar apenas em sua região de conforto na tessitura vocal. ofere- Inter hábitos e acontecimentos podem ser nocivos para à voz do
sendo exemplos com o diapasão. piano ou orgão. além de descansos cantor. Vamos ressaltar o que deve ser evitado. explicando os efeitos negati-
físicos e
VOCAIS entre
suas diferentes atividades (ensaios. aulas. reuniões, etc.) é fazer vos, à fim de evidenciar os principais cuidados à serem tomados.
controles periódicos de sua laringe e sua voz. Eventualmente. alguns cantores Os principais hábitos nocivos para à voz do cantor, são os seguintes:
mais desenvolvidos podem atuar como ensaiadores de seu naipe, reduzindo o
desgaste do regente. Pigarrear
O ato de piguarrear é um atrito entre as pregas vocais; este roçar forte e agres-
sivo pode contribuir para o aparecimento de alterações nas pregas vocais.
pois o atrito provoca irritação e descamação do tecido.
tada

Falar muito
Alcatel

O excesso de fala. principalmente em emissão continuada é prejudicial para


a laringe. pois submete o aparelho vocal à um estorço prolongado: nessas
chi
situações. o risco de se desenvolver uma lesão é também maior. Quando 9
ua uso continuado de fala ou canto se fizer necessário. procure. em seguida,
os descansar a voz pelo mesmo período.
3 :
$

+
e.
H
íá
EAR ITAIMUNOROR ENOUOWOUOUUNAAOIO
* Higiene Vocal para o Canto Coral + * As Normas de Higiene Vocal para v Canto *

Falar cochichando ou sussurrando mecânico altamente potente tivesse que funcionar sem lubrificação de seus
Embora, uparentemente, cochichar ou sussurrar possa sugerir relaxamento componentes. Se sua permanência em locais com ambiente seco (por exem-
das pregas vocais, na verdade este é um ato de extrema força que pode, até plo, ao viajar para cidades cuja umidade relativa do ar é pequena, ambien-
mesmo, ser mais lesivo do que falar com a sonoridade habitual. tes com ar condicionado, etc.) for inevitável, procure se hidratar tomando
Gritar vários copos con: água em temperatura ambiente.
Falar em voz muito forte ou gritar é utilizar a laringe em sua força máxi- Descanso inadequado :
ma; evidentemente, o desgaste é maior e bem mais rápido nessas situações, Cantar é um ato de extremo gasto energético e os cantores c hegam até mes-
cansando a voz rapidamente e aumentando o risco do aparecimento de le- mo a perder peso durante às apresentações. À energia da laringe é recupe-
sões na superfície das pregas vocais, ou até mesmo de hemorragias rada através do descanso, muis especificamente através do sono. À voz nunca
submucosas. Os gritos devem ficur restritos à situações absolutamente ne- está boa depois de uma noite maldormida. A laringe recarrega sua energia
Cessárias. principalmente através do descanso. Programe-se para dormir o suficiente.
Realizar competição sonora Estresse
Fularem locais barulhentos constitui competição sonora, ou seja, você tende Um certo estresse é positivo para o canto, pois estresse nada mais significa
a elevar o volume de voz num esforço para se comunicar, na tentativa re- do que mobilização de energia; porém. o estresse excessivo é negativo (co-
flexa de vencer o ruído de fundo; o pior de tudo é que você geralmente nem nhecido tecnicamente por distresse) e prejudica a emissão. o que se obser-
|

percebe o quanto está se esforçando. va através de cansaço vocal, falta de resistência, rouquidão e - ar na voz -;
Falar fora de sua freqiiência habitual também pode ocorrer perda de notas da tessitura.
Todos apresentamos uma freqiiência de voz que nos identifica e que é cha-
Fumo
mada de frequência habitual. Enquanto falamos ou cantamos estamos cons- É de conhecimento comum que o fumo é ultumente nocivo para à laringe.
tantemente variando a frequência de nossa emissão, porém, existe um va-
lor médio onde nossa voz se situa. Alguns cantores tendem a usar a freqiiên- principalmente para cantores. Entre tantos outros efeitos, o fumo causa
cia do canto (geralmente mais aguda) na própria fala, o que representará irritação direta no trato vocal. pigarro, inflamação du região laríngea. tosse
e uumento de secreção viscosa. Lembre-se de que existe ima alta correla-
um ubuso vocal, além de soar artificial. Procure usar sua voz, do modo mais
nutural possível, fora das apresentações. ção entre o tabagismo e o desenvolvimento do câncer, particularmente na
laringe e nos pulmões. Aconselhamos os cantores à abandonarem este há-
Imitar sons, vozes e ruídos bito, considerando não só a saúde vocal. mas à qualidade de vida como um
Alguns cantores. pelo controle vocal desenvolvido, ou mesmo por dom, todo.
apresentam facilidade de imitar sons, vozes de outras pessoas e ruídos. É Álcool
muito difícil fazer essas manobras e ruídos vocais sem lesar o aparelho fona-
dor. o que determina que a maioria dos imitadores fiquem com sensação Oslíquidos não passam pela laringe, mas o álcool, principalmente os des-
de ardor e irritação após acabar suas imitações. Desta forma, se você não tilados (pinga. vodca e uísque), estão intimamente associados ao desenvol-
tem certeza de que consegue fazer imitações sem se prejudicar, evite-as. vimento do câncer. O consumo freqgiiente de bebidas alcóolicas provoca
edema (inchaço) das pregus vocais e irritação de toda a laringe. O álcool
Ingerir cafeína em excesso
A cafeína é encontrada no café e nos chás de ervas e também em refrige- fermentado (vinho e cerveja) é o menos irritunte. Evite beber antes de can-
tar. Abandone o mito de que um conhaque antes de cantar melhora a voz.
rantes dietéticos: além de estimulante. a cafeína favorece o refluxo
gastroesofágico, ou seja. o líquido ácido do estômago vem. em forma de Mudanças constantes de professor de canto
jato. como uma azia. para à boca, podendo ser desviado para a laringe. O É
sempre importante freqiientar aulas de canto. mesmo se você já se consi-
refluxo. por sua composição química. é extremamente irritante para as sen- dera um cantor pronto e formado. Nós não nos ouvimos como os outros nos
síveis mucosas da laringe. Se você tem o húbito de cafezinhos freqientes. ouvem e, além de toda à instrução técnica do professor de canto, ele repre
use o descafeinado. senta um ouvido exterior confiável para lhe oferecer uma avaliação de como
Ambientes secos anda realmente à sua voz. Faça aulas periódicas e. principal mente. procure
A redução da umidade do ar causa o ressecumento do trato vocal, induzin- não ficar mudando de professor o tempo todo. em busca de progressos rá-
do uma produção de voz com esforço e tensão. É como se um sistema pidos e espetaculares. Os professores usam recursos diferentes e mudar
24 25

gens
CARA dd a Dad =-=oEoaddLddddddddoadodddddo dedo ddddod/de/dddsoddod ada ddds| xo

CO

MTITNITI

* Higiene Vocal para v Canto Coral +

constantemente de iinha de aprendizado pode prejudicar à voz. À constru-


TA
ção de uma VOZ cuntada é um
processo de desenvolvimento lento que exi- (CAPÍTULO
ge paciência e dedicação.
LEMBRETES GERAIS
Cuide de sua saúde geral - Munter-se em boas condições de saúde
geral
auxilia a produção da voz. quer seja cantada ou falada. São raros os indivídu- o
os doentes que mantém boa emissão vocal.
Mantenha uma dieta balanceada - Todas às funções especiais do
corpo.
e O canto é uma [unção especial.
requerem grande porte energético: mantenha OS MITOS DA VOZ CANTADA
Uma dieta balanceada e evite excesso de gorduras e alimentos muito condimen-
tados, o que lentifica o processo digestivo e limita a excursão
respiratória.
Aqueça e desaqueça à voz antes e depois das apresentações - Lembre-
se que o ajuste para à voz cantada é diferente do ajuste para a voz falada: as-
SIM, à VOZ cantada deve ser usada unicamente
nas situações de canto.
me
LEMBRETES PARA JOVENS CANTORES
Evite cantar nos extremos de sua tessitura. tanto em notas muito
A agudas
re
como em muito graves, para não forçar precocemente sua emissão. Trabalhe
sobre um repertório udequado às suas possibilidades e uo
seu preparo. Alegu-
Mas vozes levum vários anos
VITRAIS

para serem corretamente clussificadas. Se sua voz


não tem uma qualidade especificamente definida.
pode ser que a classificação
vocal vá demorar algum tempo. o importante é não
exigir mais do que suas
MO

sa condições vocais podem corresponder, sob o risco de se desenvolver lesões


AO
Nus pregas vocais.
A VARA KIMES
LEMBRETES PARA AS CANTORAS
NAO

FA úrea da voz humana é rica em mitos. devido não somente à natureza


Quando possível. evite cantar ou vocalizar com muito esforço no perí-
AO
odo pré-menstrual. geralmente de | à 3 dias antes da artística que a envolve, mas também por ela ser um produto considerado abs-
menstruação. e durante à trato, quuse etéreo. por vezes divino. Esta concepção e o atraso da ciência na
Menstruação. Não são todas às mulheres que upresentam alterações vocais e
USO

luríngeas nesse período. mas à tendência é à de haver um edema compreensão e explicação da produção da voz fizeram com que vários mitos
(inchaço) se perpetuassem até os nossos dias. Muitas crenças já não são mais comuns.
TOTO
generalizado no corpo e também localizado na laringe. Além disso. há uma porém, ainda observamos que existe muito desconhecimento quanto à ques-
muror tragilidade nos capilares sangiiíneos. o que favorece lesões hemorrágicas. tões tais como respirar e cantar pelo diafragma, respirar somente pelo nariz.
Isto sienifica que durante este
SSAIONT
período é mais comum se desenvolverem pe- não cantar em falsete e não apresentar quebras de voz nas passagens, gargare-
quenas alterações sobre as pregas vocais ou. ainda. tornarem-se mais acentu-
OESTE

adas às já existentes. Os nódulos vocais. Jar álcool ou tomar uma série de substâncias. em inúmeras combinações. para
popularmente chamados de “calos”. melhorar a voz.
Pedem, até mesmo. dobrar o seu tamanho. À voz tende à Ser mais
soprosa. com É importante
47H emissão, e às notas agudas são alcançadas com muior estorço. que se compreenda que uma boa produção vocal depende
a de uma associação correta entre dom e técnica. Por dom entendemos como
Evite também cantar à partir do sétimo mês de
Sb gestação. pois além do sendo as condições anatômicas e funcionais do aparelho fonador e os fatores
edema associado à esta condição. à respiração pode se tornar muito superfici-
+
41 e limitada neurológicos das áreas cerebrais. responsáveis pela audição e musicalidade.
devido à expansão abdominal. que dificulta a movimentação do

Por técnica entendemos como sendo dedicação. treino e paciência para se
diatraema,
úliiioa
colocar sob controle um sistema que responde essencialmente às emoções.
26
* Os Mitos da Voz Cantada +
*
Higiene Vocal para o Canto Coral +

do precisamos gritar. No canto, esta manobra pode tornar-se necessária, sem


o

ça

A VOZ FALADA É O RESULTADO


e
— que isso indique um problema de técnica vocal, em situações de exigência de
E DA VIDA EMOCIONAL, grande fluxo de ar. como por exemplo nas frases musicais em fortíssimo. Você
ate
ENQUANTO QUE A VOZ CANTADA É, pode constatar esse fato na fita de vídeo dos três tenores - Dorningos, Carreras
fev
EM GRANDE PARTE, O RESULTADO DE TREINO. e Pavarotti.
ra

O que você deve observar é se está se sentindo confortável com o tipo


de respiração que lhe é ensinado e se este ajuste não lhe causa sobrecarga ou
Vera

o
APRENDER A RESPIRAR E A pressão na laringe. Isto é suficiente e evite entrar nessa discussão interminá-
CANTAR COM O DIAFRAGMA vel sobre a respiração!
A

SA

O diafragma, um músculo muito importante na respiração, apresenta


A

MAO

forina de guarda-chuva aberto € separa o pulmão da cavidade abdominal. Na NUNCA RESPIRAR PELA BOCA
inspiração, à fase ativa do ciclo respiratório, o diafragma se retifica com a en- A cavidade nasal é a entrada preferencial do ar pura dentro do corpo.
trada do ur e massageia as vísceras, porém, não se respira com e nem pelo No nariz, o ar é purificado. aquecido e umedecido. usuíido. nesta tarefa. uma
dialragina e também não se canta pelo mesmo. Essa imagem era muito usada série de cílios (pêlos) e reentrâncias (coanas) por onde o ur passa em redemo-
por professores de canto no século passado e no início deste século, como uma inhos. Portanto. pode-se compreender a superioridade da respiração nasal. Por
associação para se mandar o ar para o fundo dos pulinões (retificando-se, por- outro lado. a respiração bucal é mais rápida e consegue direcionar maior quan-
tunto. à cúpula do diafragma) e encher mais o reservatório pulmonar. para se tidade de ar para dentro dos pulmões num tempo muito mais curto, já que o
ter thuxo de ar suficiente para as longas frases musicais. Ainda hoje algumas
trajeto a ser percorrido é menor é à porta de entrada é maior. Assim sendo, du-
pessems dereditam que para cantar devam aprender a respirar pelo diafragma, rante o canto ou à conversa em frases rápidas. é impraticável respirar apenas
OM etamo que a Voz passe à ser produzida no diafruaema. Na verdade. o que o
pelo nariz. o que nos leva à respiração buco-nasal, com entradas bucais nas
alumende canio aprende é à controlar melhor o fluxo de ar que sui dos pulinões
emissões que se sucedem rapidamente e entradas nasais nas pausas longas.
em direção à laringe e às pregas vocais.
Por outro Judo. existe muita discussão sobre qual seria a melhor respi-
NÃO USAR FALSETE,
ração para o canto, sendo este um tema de acirradas controvérsias entre re-
sentes, professores de técnica vocal e pesquisadores na área. Antes, dava-se
POIS É UMA VOZ FALSA E FAZ MAL.
ALÉM DISSO, MULHERES NÃO TÊM FALSETE.
muito mais importância a este aspecto. sendo que hoje até mesmo existem es-
colas de canto que praticamente negligenciam a prática respiratória. Falsete é um modo de se emitir à voz. Esse conceito está associado à
De modo bastante simplificado, existem duas opções respiratórias para noção de registros vocais. O termo registro deriva dos instrumentos musicais,
O canto e uma série numerosa de posições intermediárias. A primeira opção é especialmente do órgão, onde está relacionado a um grupo de tubos controla-
ade se mantero abdome expandido durante a emissão - o que é chamado po- dos por uma mesma tecla ou pedal.
pularmente de “cantar com a barriga para fora”, e a segunda preconiza que se Em relação à voz, registro refere-se aos diversos modos de se emitir os
mantenha o abdome encolhido durante a emissão - o que é chamado de “cun-
sons tessitura. Apesar de toda à discussão e controvérsia relativa a essa ques-
da
tar com à barriga para dentro”. Ambas as escolas geram bons e maus canto-
tão. de modo gera! reconhece-se u existência de três registros: o basal, o modal
tes, iuas às pessoas tendem à se sentir mais confortáveis cantando com o tórux
e o elevado
co abdome expandidos, embora isto não seja uma regra definitiva.
Um outro detaihe é que muitas vezes o aluno de canto é instruído a não O registro basal é o que apresenta as notas mais graves du tessitura. e,
mover os ombros enquanto respira. O ato de erguer os ombros durante a ins- por sua característica acústica de pulsação, é também chamado de registro
piração serve para liberar parcialmente es pulmões do ríeido limite da caixa pulsútil. À voz emitida nesse registro apresenta um som semelhante ao ranger
toracica, auxiliando uma rápida entrada de ur. 1sso pode ser observado quan- de uma porta ou a um motor de barco. Quase nunca se utiliza o registro basal

28
22
CTTACACCÇACAACAKTAACCACAACALKKCAKAAAÁACAAKAÁAAAAKAÁAAÁ CA AAAAA

* Higiene Vocal para o Canto Coral * Os Mitos da Voz Cantada +

no canto ocidental, mas ele


aparece em algumas canções folclóricas e no can- NÃO APRESENTAR
o

to dos monges budistas - o canto Gyuto. Nesse


mo

registro, as pregas vocais estão ZONAS DE PASSAGEM DE REGISTRO


muito encurtadas e a mucosa que as recobre. bem solta.
TIBS

Do que foi apresentado na questão dos registros vocais depreende-se


A

O registro modal,
1
que
por sua vez, é o que apresenta maior número de no- existem regiões intermediárias entre eles, quer seja entre o basal e o modal. ou
tas, sendo o registro que geralmente usamos na
entre o modal e o elevado, onde ocorrem as principais mudanças nas ações
bbcidosy

conversação. Este registro apre-


MOCTITAIGAAO

senta dois sub-registros: o de peito e o de cabeça. musculares. Essas regiões são conhecidas como zonas ou notas de
1
que na verdade correspondem passagem.
a um maior uso da caixa torácica ou da cavidade da
boca e do nariz
para à res- Alguns cantores não mostram suas notas de passagem. enquanto outros apre-
Sonância (mas isso não quer dizer sentam verdadeiras quebras de sonoridade entre a última nota de um registro
que 2 voz passa a ser produzida nessas regi-
o

3:
es). Nesse registro às pregus vocais vão se alongando e a mucosa vai se tor- e a primeira nota do registro seguinte.
nando mais tensa à medida em
que as notas ficam mais agudas.
raras

DES
Na verdade, a mudança entre os ajustes musculares sempre ocorre e o
Finalmente, o registro elevado é o das notas mais agudas da tessitura
e que varia é o quunto ela é evidente ou não para o ouvinte. À questão é indivi-
CORTA

está dividido em dois sub-registros, o falsete e assobio dual e o trabalho do regente ou do professor de canto é auxiliar à mesclar à
o (também chamado
de flauta). O falsete é emissão entre os registros, de modo que as passagens não sejum evidentes e
quase sempre utilizado no canto e raramente na fala.
O nome falsete não
tenha-se a impressão de que o cantor apresenta um único e extenso registro
quer dizer que à voz soe falsa ou que seja produzida vocal.
pOr outras estruturas que não as pregas vocais. Falsete vem de falsa voz femi-
nina, pois alguns homens cantavam em falsete na idade média.
quando não se GARGAREJAR COM UÍSQUE OU SIMILARES
permitia que us mulheres participassem dos coros ANTES DOS ENSAIOS E APRESENTAÇÕES
religiosos. Tal voz masculi-
na aguda era tão apreciada que se chegou. inclusive,
à castrar cantores meni- Alguns cantores têm o hábito de gargarejar bebidas alcoólicas ou até
nos. por decreto. para se preservar à voz infantil
dos cantores “castrattio. Na emissão
num corpo adulto. os chama- mesmo de tomar uma dose para “esquentar” a voz antes de ensaios ou apre-
em falsete as pregas vocuis estão sentações. Essas pessoas geralmente referem que fica mais fácil cantar sob
alongadas. porém. com pouca tensão. À ação muscular é bastante diferente
do efeito do álcool.
registro modal e do basal.
Há dois aspectos a serem considerados: um de superfície e outro de ação
Quando estamos emitindo uma escala musical, dos gruves aos agudos. do sistema nervoso. O efeito de superfície, ou seja. a ação imediata do úlcoo!
chegamos um ponto em que percebemos que devemos modificar o ajuste
a sobre as paredes da boca e da faringe é o de uma anestesia ternpordária, 0 que
motor Para que o som seja corretamente produzido. sem esforço. Essa é a re- significa que as sensações nessa região ficam reduzidas. Assim, todo o estor-
g1ão de passagem pura o falsete. Em outras ço que pode-se estar fazendo para cantar não é percebido e o cantor pode erro-
palavras. a mudança para o falsete
corresponde 4d uma necessidade fisiológica de se prosseguir numa escala mu- neamente acreditar que está cantando melhor. O efeito sobre o sistema nervo-
sical em ascendente. so ocorre da seguinte forma: uma dose de álcool geralmente nos deixa mais
Quanto ao sub-registro em assobio, desinibidos. mais soltos e. portanto, o medo de uma apresentação pode dimi-
| pouco se sabe sobre esse tipo de nuir; contudo. a partir da segunda dose (ou até mesmo da primeira. em pesso-
emissão, quê apresenta som semelhante ao dos pássaros ou ao de uma flauta.
Um exemplo de uma as mais sensíveis) pode-se perder o controle fino da afinação e do volume de
cantora muito hábil no falsete e no assobio é a Yma Sumac.
voz, produzindo-se também uma articulação pouco precisa e com desvios nos
Concluindo, registros são modos de se emitir um som e cada sons di fula, como o conhecido "Zuzo beim?” (o “tudo bem” do alecoolistas À
registro
SPresenta um esquema motor particular. Assim sendo. os registros se diferen- qualidade vocal fica pustosa, comprometida para o canto.
clam por seus tons possuírem qualidade vocal. realidade acústica.
ativação Finalmente. embora o álcool não passe sobre us pregas vocais, esim pelo
muscular e característica aerodinâmica diferentes. Desta
forma, a afirmação esôfago. várias doses. principalmente de bebidas destiladas. podem causar
de que apenas os homens são
capazes de cantar em falsete não procede: ho- edema tinchaco; nas pregas vocais. dificultando sua vibração. Nunca é demais
mens e mulheres podem emitir tons em qualquer um dos
registros vocais. lembrar à estreita associação entre o consumo habitual de álcool e o câncer.
30
ZLe ITENFTIUVINCINHSSETSWENTINVEE
bn

* Higiene Vocal para º Canto Coral *


lona

USAR "SPRAYS”", CHUPAR PASTILHAS


AS REGRAS DE OURO
ts
PARA LIMPAR A VOZ E A GARGANTA,
MASTIGAR GENGIBRE,
TOMAR MEL COM LIMÃO E SIMILARES
Medicações em forma de “spray” devem ser usadas apenas quando pres- DA BOA VOZ DE UM CANTOR
“Nunca condipões
cante quando não estiver em boas de
|
critas pelo médico e em casos específicos, como por exemplo, de inflamações
das vias aéreas, situações onde deve-se evitar o uso da voz cantada. Cantar saúde: cantar é um ato de esforço e de enorme gasto ener-
quando não se está em boas condições de saúde vocal pode ser muito arrisca- gético. Manter a saúde auxilia a produção da voz, quer seja
do e corre-se um alto risco de se produzir lesões no aparelho fonador, incluin- cantada ou falada. São raros os indivíduos doentes que
do edema e disfonias hemorrágicas das pregas vocais. Tais fórmulas em “spray” mantém boa emissão vocal.
geralmente incluem um componente analgésico e anestésico que atua como o
álcool sobre as paredes da boca e da faringe. Tais preparados, por serem apre- 2. Use roupas confortáveis, não apertadas, principalmente
sentados em forma de acrosol, chegam a atingir a laringe e os pulmões, po- na garganta, no peito, na cintura ou no abdômen.
dendo reduzir as próprias sensações da laringe e da árvore respiratória. o que 3. Mantenha-se sempre hidratado, bebendo, pelo menos.
prejudica ainda mais o canto. dois litros de água por dia; suas pregas vocais estarão em
As pastilhas, por sua vez, quando possuem componente unestésico, ótima condição de vibração quando sua urina esti ver trans-
upresentam os mesmos inconvenientes acima referidos e. quando há presença parente.
elevada de cítricos (limão ou laranja). ou ainda em versão dietética. podem res-
4, Aqueça e desaqueça a voz antes e depois das apresenta-
secar o trato vocal, devendo ser evitadas.
ções, respectivamente. Aqueça a voz através de exercíci-
Convém ressaltar, mais uma vez. que o que se deglute não passa pelas
os de flexibilidade muscular. antes de usá-la para o can-
Pregus vocuis e, portanto, não realiza ação direta sobre à laringe. O ato de chupar to: vocalize com variação de tons. começando pelos mé-
uma bala, ou mascar um chiclete. pode relaxar o trato vocal. soltando à mus- dios e depois indo em direção aos extremos da tessitura
cutatura da boca e da faringe, o que contribui para uma melhor voz: porém,
vocal. Após o término das apresentações ou ensaio, de-
:

raramente são as substâncias componentes as responsáveis pela melhoria da


saqueça à voz através de exercícios para retornar à sua voz
o

VOZ. mas sim os movimentos eletuados durante a


sucção e a mastigação. grave e mais baixo,
o falada natural; use bocejos, fala mais
vocal cantado além do
Quanto ao gengibre, embora muito usado no meio do canto popular e ficar usundo
nto

:
paranão seu esquema
no teatro, não existe nenhum estudo científico sobre sua eficácia. Do mesmo
tempo do canto. Um cantor que fala do mesmo Jeito que
modo, não há estudos controlados sobre os componentes e os efeitos do pró- canta submete seu aparelho vocal a um desgaste muito
eos.

polis. porém, parece haver ação untiinflamatória e lubrificante da boca e fa- maior. AREEEEAO

rinve.
E também muito usada a combinação de mel e limão ou ainda de vina- 5. Ensaieo suficiente para ficar seguro quanto ao texto, me- MMA

lodia e controle de voz; assim fazendo, você vai reduzira

o
en

gre e sal. Tais misturas, em particular, devem ser evitadas. O mel. consumido vens

interferência de aspectos emocionais negativos, como o


0

de isolado. é um lubrificante das caixas de ressonância superiores, a


1
1

faringee e à boca. mas o limão. o vinagre e o sal ressecaum às mucosas. e não medo e ansiedade ante o público. Não ensaie por mais de
des em ser usados com objetivos vocais. uma hora sem descanso.
Se você gosta de experimentar as receitas caseiras que lhe são sugeri-
das. procure verificar, de modo crítico. quais os efeitos produzidos emseu
apurelho tonador e em sua voz: porém. não faça tais testes antes das apresen-
tuções, à fim de evitar surpresas desagradáveis.

É2
7
í Monitore sua voz durante os ensaios e
apresentações:
aprenda a ouvir sua qualidade vocal e a reconhecer
racterísticas básicas de sua boa emissão.
as ca-
Q [uESTIONÁRIO PARA IDENTIFICAÇÃO
TURNO,

Aprenda a reco-
nhecer suas sensações de esforço vocal
e tensões desne- DE POSSÍVEIS PROBLEMAS DE VOZ
AREIA

cessárias, a fim de evitá-las. .


Lembre-se de que um certo nervosismo mobiliza
ON

positi-
Vamente a energia para uma
apresentação muis rica e
envolvente: a adrenalina é positiva e confere
emoção ao Assinale as respostas POSITIVAS:
e”
bo,

canto. Além disso, o público espera o sucesso do


cantor,”
o
V
MOITA

confie nesta química! :

uu
Evite as festas ruidosas, lugares E) Você acha que sua voz é rouca”?
enfumaçados e barulhen-
tos. tanto antes como depois das Alguém já comentou que sua voz é rouca?
apresentações. Antes das
apresentações, os abusos em questão podem limitar Você fica rouco por mais de dois dias?
seu
resultado vocal; após as
apresentações seu aparelho Sua voz fica rouca após os ensaios?
fonador foi intensivamente solicitado e
está mais sensí- ULULUDUOO

Você tem ou
vel para responder a tais já teve algum problema de voz”?
agressões. E)
Mantenha uma dieta balanceada. pois o Sua voz piorou depois que você entrou no coral”?
canto é uma fun-
ção especial e requer grande aporte energético. Evite Ultimamente você tem demorado muis tempo para uquecer sua
o
excesso de gordura e alimentos condimentados. voz”?
o que
lentifica o processo digestivo. limita a
excursão respira- LL No dia seguinte à um ensaio ou à uma apresentação você fica sem
tória e reduz à energia disponível rouca?
para o canto. Além dis- VOZ OU COM à VOZ
so, se voltar muito tarde para casa ainda
e não ti ver se Durunte o canto sua voz quebra ou some”?
alimentado. ingira apenas alimentos leves de fácil
e di-

gestão. para evitar o refluxo gastroesofágico. Você desafina ou perde o controle da emissão”? os
,

. Nunca se auto-medique: não tome remédios Você sente dificuldades no pianíssimo?


sugeridos por
leigos, nem chás e infusões de efeito desconhecido Você sente dificuldades no fortíssinio”?
(ge-
ralmente irritantes, ressecantes e estimulantes de
reflu- Você sente que sua voz é fraca demais para o coral?
xo gastroesofágico). Também não repita receitas
médi-
ULLUDLCOUU0OU

Você sente que sua voz é forte demais para o coral?


cas utilizadas numa certa ocasião. mesmo
que tenham
dado resultado positivo. Procure juda Você tem dificuldades para atingir as notas agudas?
aj
especializada. :
EFe
quando necessário. Você tem dificuldades para cantar às notas uraves?
As VS SE
Ne CE
:
= Quando você canta sai “ar” navoz?
Você tem alguns desses sintomas na laringe: coceira. urdor. dor.
sensação de garganta seca. sensação de queimação. sensação de
aperto ou bola na garganta?
4) Wi)
* Higiene Vocal para o Canto Coral e

Falta ar para você terminar às frases musicais?


ã Ao
final do dia sua voz está mais fraca?
:
3
ã
UDDDL Você canta em diversos naipes? QUENO GLOSSÁRIO :

Você mudou de naipe recentemente?


Você procura cantar mais forte
COBAIA
que os demais componentes do
6
coral?
A

| U
do

Você simplesmente articula, sem voz, certos trechos da música


bio

que
não consegue cantar?
Quando você canta suas veias ou músculos do pescoço saltam?
Você sente dores na região do
UDODOO
pescoço quando canta?
Você sente dores de cabeça upós o canto?
Você consegue controlar sua emissão cantada
no coral, ou não se
Ouve e segue a voz do erupo?
Seu coral costuma interpretar diversos estilos musicais?
Além do coral. você canta em outras situações?
LOU
Você canta durante muitas horas seguidas? O MARA & INÊS

Você pigarreia constantemente?


—) Afinação — ajuste do tom de uma nota em relação à outra, de modo que e nú-
Você tem ulergia das vias respiratórias”?
mero de vibruções corresponda às exigências da acústica. Este ajuste é apli-
Você tem resfriados frequentes? cado à instrumentos e a corais. A afinação do coro deve realizar-se em bai-
Você tem amigdualites, larineites ou faringites xa intensidade. Dentro du característica fraca da emissão em piano, os can-
frequentes?
tores poderão ouvir-se bem e ajustar sua voz uo todo. Quanto mais forte se
Você tem dificuldades digestivas. azia refluxoou gastro-esofágico?
ULDLULULL

fizer a afinação, maiores as chances do grupo cantar desafinado.


Você fuma”?
Você se uuto-medica quando tem problemas de voz? Aparelho fonador — conjunto de órgãos utilizados na produção da voz, a sa-
ber: pulmões. laringe (com as pregas vocais), faringe, boca e cavidade na-
Além da atividade do coral, você usa a voz de modo intensivo
em sal: convém lembrar que o aparelho fonador usa órgãos de outros sistemas
Outras situações?
emprestados para produzir a voz, que é uma função superposta.

Aquecimento vocal — exercícios desenhados pura oferecer flexibilidade aos


Observação: -

músculos responsáveis pela produção da voz. preparando a emissão para o


Se VOCÊ Marcou mais do que 4 itens, fique atento(a) e veja O
que pode ser cunto: à voz aquecida é mais aguda e mais intensa.
feito para modificar esses aspectos e se tais modificações surtem efeito
positivo. Se você assinalou acima de 6 itens. procure um especialista, sua Ataque vocal — refere-se ao início da produção da voz: é o momento em que
saúde vocal pode estar correndo um sério risco. as pregas vocals se encontram para a produção do som. o que Je ve ser fei-
to sem muito utrito.

ts —)
(CC KM KadddK dado /d--/-é dA /aCdogdZHKdCdAoAZÁAATATATITTITAIAS pe

dai

* Higiene Vocal para o Canto Coral + * Pequeno Glossário +

IA
Baixo —a voz masculina mais grave da classificação vocal, sendo. também, à Disfonia — qualquer dificuldade
na emissão natural da voz, seja por fatores
WUBINENTIE VOZ Mais rara nesse sexo; sua tessitura vocal média vai de fá, a fá, orgânicos ou funcionais. o que inclui as causas emocionais.

A
Barítono — voz masculina considerada de classificação intermediária, com Edema - inchaço nos tecidos, por acúmulo de líquido.
tessitura vocal média de lá, a lá,.
: Emissão falada ajustes empregados pelo aparelho fonador para produção
VANCE

- a
:

Calos nas cordas vocais — nome popularmente dado aos nódulos vocais, da fala.
bt,
que
são lesões de massa bilaterais, benignas, desenvolvidas na superfície das
14

Expiração é à segunda fase do ciclo respiratório. o que corresponde à ex-



pregas vocais, mais comuns em mulheres, produzidas por uso incorreto ou
É

ubusivo da voz. pulsão do ar dos pulmões; é durante a expiração que emitimos à voz.

Falsete — é um modo de se emitir os sons da tessitura, caracterizado por pre-


Caixa torácica é a estrutura de ossos e músculos do tronco, que contém os
gus vocais alongadas e com pouca tensão; a voz nesse registro é aguda. sem

pulmões e o coração.
grande intensidade, podendo ser levemente soprosa.
Ciclo respiratório - é um movimento completo de entrada de ar. a chamada
Faringe — cavidade entre a boca e o esôfago, importante na ressonância do
inspiração, e de saída de ar, a chamada expiração. devendo. portanto, estar ampliada e sem constrições.
som,
Ciclo vibratório — é um movimento completo de aproximação. contato e afas- — é o resultado da vibração das pregas vocais. O que apresenta um
Fonação
tamento das pregas vocuis: a frequência de um som emitido corresponde som semelhante ao de um burbeudor elétrico.
ao número de ciclos vibratórios produzidos; por exemplo, uma cantora
emitindo o dó, (dó central do piano). em 256Hz. realiza duzentos e cinqiienta Fortíssimo — sons ou passagens executadas com grande intensidade.
e seis ciclos vibratórios por segundo.
Freqiiência da voz = é o número de ciclos glóticos por segundo: homens apre-
Classificação vocal - é a distribuição das vozes de acordo com sua qualidade sentam fregiiência vocal muis grave que us mulheres que, por sua vez, úpre-
e extensão vocais. As vozes masculinas são classificadas em baixo. baríto- sentam freqgiiência vocal mais grave que às crianças.
no e tenor: enquanto que as vozes femininas em contralto, mezzo-soprano
Harmonia — diz-se que há harmonia quando duas ou mais notas de diferentes
e soprano.
sons são ouvidos ao mesmo tempo, produzindo um acorde.
Contralto — voz muis grave do sexo feminino, muito rara, com tessitura vocal Harmônicos do som — são múltiplos inteiros da frequência fundamental. pro-
média de fá, a fá.
duzidos no mesmo instante que esta, pela vibração das pregas vocais: bons
Desaquecimento vocal — exercícios empregados após o uso da voz cantada, a cantores produzem uma série mais rica de harmônicos.
fim de se retornar aos ajustes da voz falada: a voz desaquecida é mais gra-
Hemorragia laríngea submucosa - extravazamento sangiiíneo dos pequenos
Ve e menos intensa que a voz aquecida.
capilares sob mucosa que reveste as pregas vocais: pode ocasionar perda
u
imediata da voz: é conseqiiência de abuso vocal ou de predisposição
Diafragma - músculo em forma de vuarda-chuva aberto, que separa a cavida- hemorrágica. podendo haver futores emocionais associados.
de torácica da cavidade abdominal: é muito importante na respiração. sen-
|
do ativo na inspiração. é a primeira fase do ciclo respiratório. o que corresponde uo uto
Inspiração —

de introduzir o ar nos pulmões: a inspiração antecede a emissão da voz.


Diapasão pequena forqueta metálica, cuja vibração produz um som de fre-

qência determinada geral mente la), geralmente utilizado para afinar vozes
(
Intensidade — corresponde uo volume da voz e está relacionada com à pres-
e Instrumentos. são subelótica e 1 força de adução das pregas vocais.
38 39
*
Higiene Vocal para o Canto Coral « * Pequeno Glossário +

. Laringe —
órgão em fórma de tubo contendo as pregas vocais; é composta por Refluxo gastroesofágico — jato de líquido ácido do estômago que é impulsio-
cartilagens e músculos; pela laringe passa apenas ar. nado em direção à boca podendo, neste trajeto, ser desviado para a laringe,
irritando e podendo lesar a superfície das pregas vocais; o refluxo gastro-
Melodia —
seqiiência de notas, de diferentes sons. organizados numa dada for-
ma de modo a fazer sentido musical para quem escuta. esofágico tem sido considerado uma importante causa de alteração vocal
em cantores, devido à hábitos vocais inadequados.
Mezzo-soprano — voz intermediária na classificação feminina, com tessitura
vocal média de lá, a lá. Registro vocal — é o modo de se emitir os sons da tessitura. A voz humana
apresenta três registros: o basal, o modal e o elevado, sendo que cada re-
Mucosa laríngea tecido de revestimento da laringe e também das pregas
— gistro upresenta uma característica auditiva. acústica, muscular e aerodi-
VOCAIS; à mucosa das pregas vocaisapresenta diversas camadas com pro- nâmica que o identifica.
priedades mecânicas diferentes, o que possibilita uma série complexa de
ajustes para a emissão da voz. Registro basal — é o registro que se compõe das notas mais graves da tessitura.
A qualidade vocal nesse registro apresenta característica pulsátil; raramente

Naipe — cada um dos grupos de vozes em que se costuma dividir um coral: empregado no canto ocidental, porém aparece em canções folclóricas e no
baixo e tenor (naipes masculinos), contraltos e canto tibetano Gyuto.
sopranos (naipes femininos).
Passagem — chama-se
região de passagem ou notas de passagem os tons in- Registro elevado - é o registro que possui as notas mais agudas: apresenta dois
termediários entre os registros vocais; geralmente a emissão nessa região é sub-revgistros. falsete e flauta: quase nunca é usado na fala.
Menos estável.
Registro modal — é o registro usado na conversação habitual e no canto em
Pianíssimo —
passagem executada com pouquíssima intensidade. geral: apresenta dois sub-registros, peito e cabeça, de acordo com a predo-
minância da ressonância.
|

Pigarrear — ato de atrito


extremo entre às pregas vocals. geralmente utilizado
natentutiva de se retirar qualquer secreção ou para aliviar sensação de Ressonância processo de amplificação de determinados grupos de som e de

aperto amortecimento de outros.


ou corpo estranho da garganta; pigarrear pode ser sinal de disfonia Ou
re-
presentar um vício de fundo emocional: deve ser evitado por favorecer le- Ritmo - a palavra ritmo é usada para descrever os diferentes modos pelos quais
$OÕes nus
pregas vocais. um compositor agrupa os sons musicais. principalmente do ponto de vista
de duração dos sons e de sua acentuação.
Pólipo de prega vocal - lesão única e benigna de
prega vocal. em forma ge-
ralmente ovóide. mais comum em homens: pode ser relacionado ao uso Sistema de ressonância — nome dado a todas as cavidades do aparelho fona-
abusivo da voz, ou a grande esforço em instrumentos de dor que, sendo preenchidas de ur. são utilizadas na amplificação e no amor-
sopro; o fumo é
também um fator de favorecimento na formação do pólipo. tecimento de certas frequências da voz: são elas: os pulmões, a laringe. a
faringe, a boca, o nariz e os seios paranasais.
Pregas Vocais — duas dobras de músculo e mucosa.
que se situam dentro da
— voz feminina mais aguda da classificação vocal, com tessitura vocal
laringe. uma de cada lado. aproximando-se e vibrando
para a produção da Soprano
voz, apertando-se fortemente na tosse. espirro ou pivurro. tendo à funçã média de dó, à dó.: é a voz mais comum do sexo feminino.
de fechumento instantâneo da laringe durante deslutição
entrada de substâncias nocivas nos pulmões.

Qualidade vocal é o nome técnico dado ao


u
o OU para evitar a

timbre da voz: antigamente usa-


Tenor — voz masculina mais aguda da classificação vocal, com tessitura vocal
média de dó, a dó; é a voz mais comum do sexo masculino.

Tensão músculo-esquelética — tensão muscular excessiva e inadequada que.


va-se apenas a palavra timbre. hoje reserva-se esse vocábulo para os ins- no caso dos cantores. geralmente se concentra na laringe, no pescoço. na
trumentos.
nuca, nos ombros, nas costas e na mandíbula.
10 +1

UMAS
gas
eternas

do

Tessitura vocal — número


*
aros
Higiene Vocal para o Canto

de notas produzidas por um indivíduo; sendo que a


tessitura da voz cantada é menor que a da voz falada, pois na primeira in-
cluem-se apenas as notas que apresentam qualidade musical.
Aaz=EsZCKZaZaMERKZAZZKZNaNEWNINMNESTEENEVTWNWUN

Coral

Estolndóss

ITURA RECOMENDADA
]

'

Uníssono quer dizer emissão em conjunto de sons com às mesmas caracte-


NSUCAs acústicas; cantores ou instrumentos emitindo a mesma linha meló-


dica, na mesma altura (frequência), ao mesmo
tempo.
BOVLL

BEHLAU. M.;: DRAGONE. M:L.: FERREIRA; A : E. & PELA. 5. -


Vos —
som emitido no ambiente, produzido pelas pregas vocais e modificado Higiene vocal infantil - informações básicas. São Paulo. Lovise.
pelo sistema de ressonância: é o resultado da relação entre a fonação e a [997.
ER

ressonância;
BEHLAU. M. & PONTES, P. - Higiene vocal - informações básicas.
Voz
á
caracrerdis
aspera = voz de característica i São Paulo, Lovise, 1993.
desagradável, ruidosa e tensa: pode indicar
Voz
de á
CALDO

problemas congênitos ou lesões rígidas nas pregas vocais: não


representa BEHLAU. M. & PONTES, P. - Avaliação e tratamento das disfonias.
um estado normul da laringe e deve ser cuidadosamente avaliada. São Paulo; Lóvise. 1995.
oa fluida
Voz NS intermediária
Nes

Voz Seis
entre as vozes neutra e soprosa. representando

BENNINGER. M.S.: JACOBSON. B.H. & JOHNSON. A F. - Vocal .

uma emissão agradável e relaxada, geralmente de freqiiência


grave: é à arts medicine: the care and prevention of professional voice
Marca vocal de muitos locutores. disorders. New York. Thieme. 1994.
Voz nasal — voz de ressonância concentrada excessivamente na cavidade na- BOONE. D.R.. - Sua voz está traindo você? Como encontrar sua voz
sal. como resultado de alteração no Ffechumento da farinee.
o que faz com natural. Porto Alegre. Artes Médicas. 199%,

UE O Ur em excesso seja direcionado para à cavidade nasal. Quando estamos


resiriados., com o nariz entupido. nossa voz fica denasal. ou seja. BOONE. D.R. - Is vour voice telling on you? How to find and use vour
sem os
componentes normais da nasalidade, porém. a impressão é de natural voice. 2 ed. San Diego. Singular, 1997,
que estamos
talando pelo nariz.
BROWN. O.L. - Discover your voice. How to develop healthy voice
VozZ
. ” que identifique desvios, quer
neutra sem nenhum marcador específico
Orgânicos ou funcionais. voz normal.
ENIO habits. San Diego, Singular. 1996.

BUNCH. M. Dynamics of the singing voice. New York. Springer-

ea
-
VYoz
—voz ísti
deCicaracterística Verlag, 1982.
abafada. distorcida.
i i

geralmente encontra-

O
J.
-

aem indivíduos intoxicados (álcool ou drogas) ou em alterações neuro- DEJONCKERE. P.H.: HIRANO. M. & SUNDBERG. - Vibrato. San
lógicas (pós-derrame, por exemplo).
Diego. Singular, 1995.
VozZ rouca ide a.
v VOZ Tuidosa. ênci :
com turbulência, geralmente é resultado da presença FERREIRA. L.P.: OLIVEIRA. [.B.: QUINTEIRO. E. A. & MORATO.
— c

e laringe ou de nódulos vocais: voz 1ouca deve E.M. - Voz profissional: o profissional da voz. Curupicuíba, Pró-
ser avaliada
de |
cquadumente, pois rouquidão também aparece nos casos de câncer da Fono. 1995.
laringe.
FRANCATO. A .: NOGUEIRA Jr., |.:
PELA. S.M. & BEHLAU. M. -
Voz s Oprosa esc
voz com escape ã
de ar não sonorizado. resultado do fechamento Programa de aquecimento e desuquecimento vocal. In:
a i

VOZ Com

"neompleto dus pregas vocais durante a vibração: é seraimente o resultado MARCHEZAN. [.: ZORZL.J.L. & GOMES. LC.D. - Tópicos em
de tecnica incorreta ou de muita tensão durante à emissão. fonoaudiologia 1996. São Paulo, Lovise, 1996.
+3
(XITEXONNOS
* Higiene Vocal para o Canto Coral +
tao

AA

MENALDI, CA .J.- La Voz normal. Buenos Aires, Panamericana,


1993,
Ads
HS)
AA

UNA

SATALOFF, R. T. - Professional voice. The science and art of clinical


ABRA

AA

GESTAO

care. New York, Raven, 1991. 2


sd

A
AA

0)
SATALOFF, R.T. - Professional voice. The science and art of clinical
care. 2 ed. San Diego, Singular, 1997.
106

o,

Me
SCHAFER, M. - O ouvido pensante. São Paulo, Unesp, 1991.

SEGRE. R. & NAIDICH,. S. - Princípios de


MAN

foniatria. Buenos Aires.


*

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TEIXEIRA. S.B. - A arte de cantar. São Paulo, Movimento. 1976.

ZENDER, O - Regência Coral. São Paulo. Movimento, 1975.

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