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professores de canto
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trarão neste livro informações
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“O DITA
Conhecer a produção da voz e estár eien
cuidados a serem
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por tratar de um texto que oferecêtiaa
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HIGIENE VOCAL
O CANTO CORAL
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O CANTO CORAL
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*
Pós-Doutoramento na Universin' of Calitornia San Francisco - UCSF
* Diretora do Centro de Estudos da Voz - CEV
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REVINTER
Higiene Vocal Pareo Canto Coral
ISBN 85-7309-216-5
Ilustrações
Profº Maria Luiza Schmidt Rebhder
Cs
do maestro Samuel Kerr, por dedicar sua vida ensi-
Livraria e Editora RevinteR Ltda. nando o Brasil a cantar e sorrir.
lo
2
Matoso. 170 — Tijuca
Mara
70=130/= Rio-de Janeiro. RJ
Tel: (021) 5029-9988 Ao Coral Jovem da [Igreja Matriz de Rio Claro e. em
CaNTOS 1) 5502-683 especial. à regente Irmã Hermínia Meria Zago, onde
|
imugina-se que à prática do canto em erupo seja tão antiga quanto Conhecer à própria voz é descobrir uma das funções inaís fan-
o desenvolvimento da linguagem articulada. O homem primitivo já tásticas do corpo humano! :
USAVA O Cunto para se alegrar, exprimir seu pesar, avisar os outros de Mara Behlau
um perigo e para acalmar os poderes superiores. Cantar faz bem para Maria Inês Rehder
O corpo e
para à alma e. com razão, o provérbio diz "Quem canta seus
males espanta!". Observa-se comumente que os bebês modulam suas
vozes quando estão felizes, entoando as suas primeiras "composições",
para à alegria e a satisfação dos pais. Indivíduos de todas as culturas
sr.
cantam com diferentes finalidades, e até mesmo quando se está sozi-
nho ou nos causos de loucura, observa-se o canto como uma manifes-
tação extremamente humana.
Cantar em coro exige aleuns pré-requisitos. O resultado vocal
deve upresentar uma boa sonoridade para agradar e transmitir à essên-
cla da música e. neste sentido. a educação e a preparação vocal aju-
dam à conduzir o coro à sua própria identidade. O artista cantor. por
SUa vez. Necessita amparar à voz e defendê-la de tudo que possa dani-
CEFET TEEETEECTECOrECeerTerCeEeCrCeeeeeceeer (
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Leitura recomendada...
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DIZELZLLEITUSEESES SE
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CAPÍTULO
Carlos Yadwam
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Úvuta
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&
Línvua
Pulmões dão o
combustível = fole
erro
came
É Sons, TRA alguns
pode ser considerado uma espetacular máquina produtora
“"tum-tá” do coração e o suspiro da
mais
românticos como
Palxão. e outros menos românticos. como o som do estômago. quando estamos
e o
ciando à expiração pulmonar. O ar. passando pela laringe, coloca em vibração
às pregas vocais. que estão próximas entre si. Às pregas vocuis, desta forma.
fechum-se e ubrem-se numa segiiência muito rápida. realizando os chamados
TT
eom fome, ou dos intestinos com gases. Estes sons são produzidos de one ciclos vibratórios. Quanto maior a velocidade dos ciclos vibratórios. mais alta
nr
automática e temos pouco controle sobre eles. Por outro lado, a voz é 050 é à frequência do som emitido, o que quer dizer que mais aguda será 4 voz
mais complexo e sofisticado produzido pelo nosso de tal modo volun
TANTA
corpo, produzida.
trio que podemos modificá-lo e exercer sobre ele um controle
Ni verdade. o som que a laringe produz não é a voz que ouvimos de uma
de um
ão£e. Achumadoproduz
voz se no trato vocal, a partir de um som básico gerado na lu- pessoa, mas sim à chamada fonação. O som na laringe semelhante uo
é
a
tfonação. A laringe localiza-se no nenhuma consoante. Po-
pescoço e é um tubo com- barbeador elétrico. não sendo parecido com vogal ou
ana
Eosto
cartil; aum
de cartilagens. Mais particularmente, brin-
ra Eee
Mais
:
pregas vocais são as demos também imitá-lo vibrando lábios. como fazem crianças que
So estruturas os aus
as
Sponsáveis pela doada matéria-prima
pel:
produção matéria
sonora. nome popular de cor-
VA
O
-
cam de carrinho.
das vocais é |
ocais é incorreto pois não se tratam de cordinhas,is
nã
como as do violão. mas O número de vibrações que as pregas vocais fazem em um segundo é a
Sim de dobras ou
ER ca
pregus de musculatura.
fregiiência da voz de um indivíduo. Esta frequência depende de vários fato-
vocais localizam-se dentro da laringe, são res, como o comprimento das pregas vocais (quanto maiores, mais grave
será
o
ad apenas
Fr
paralelas ao solo. como se estivessem deitadas. As pregas vocais à voz) e de sua espessura (quanto mais finas, mais aguda será a voz). Portanto.
Se estão
a
que 9 ar entre nos pulmões e aproximam-se e vibram para que
a
maior quantidade de
.
e procurando emitir um som. brações em um segundo.
À
função principal da laringe porém, não é produzir à voz. mas sim pro- O som busico produzido pelas pregas vocais na laringe pussa por uma
ee
L os pulmões. Quando deglutimos ou quando
uma substância nociva ão série de cavidades de ressonância, que se ajustam como se fossem um alto-
a Se corpo pela boca ou pelo nariz. as pregas vocais spreciidm-se falante natural formado pela própria laringe. faringe. boca e nariz. Às cavida-
ed
EAD. ou
AR
aoEA aaa
a laríngea. Essa função é chamada de selamento des de ressonância amplificam este som. que é muito fraco quando saí de sua
-
importante para nossa sobrevivência. O fonte.
o
ê
Co otambém reulizado quando queremos erguer um peso ou Pode-se compreender. portanto. que a voz é o resultado do equilíbrio
NE
aaa do
iravés apoio dos braços. como quando subimos em
indivíduo está
de selamento
muito debilitado ou com pro-
entre duas forças - u força do ar que sai dos pulmões - a chamada força uero-
dinâmica, e à força muscular das pregas vocais - a chamada força mioelástica.
LA
eseio me ! —— fica enfraquecida e pode ocorrer Caso haja um desequilíbrio nesse jogo. poderá haver uma alteração vocal. Se
s para os pulmões, o que é chamado de aspiração, podendo
o ar que passa pela laringe é excessivo, à voz vai ser soprosa ouvindo-se “ar”
ção pulmonar e morte.
na emissão. uma queixa muito comum entre os cantores. Ao contrário, se a força
a
aerea
:
nara
função
í
produção da voz é secundária e foi superposta à
órgão, na escala de evolução filogenética dos unimuis.
deste
muscular for maior que à necessária. o som ficará comprimido em pouco
duVOZ sairá tensa é estrangulada.
ar e
Para produzirmos a voz. obedecemos uma seqiência de atos coordena- Os diferentes sons de uma língua - suas vogais e consoantes - são pro-
ad ea po
dos: |
ou seja, colocar o ar para dentro dos pul- duzidos nas cavidades acima da laringe. por mudanças nos articuladores. ou
O Seju. nas estruturas que estão nas cavidades de ressonância. Os sons são
aurti-
No
eee
re *
| * peças
: ementa.
vocais se afastam da linha média. permitindo
ÀO emitirmos à voz, as
à linha média, controlando e bloqueando
presas vocais se aproxi-
à saída do ur dos pulmões. ini-
culados principalmente na boca, através de movimentos da língua. dos lábios.
da mandíbula. dos dentes e do palato. Esses movimentos devem ser precisos e
los
a
7
s
* [Higiene Vocal vara e Canto Coral e
corretamente encadeados nas palavras e nas frases. para que sejam produzi-
dos sons claros, tornando à fala e 4 mensagem que se quer transmitir inteligí-
CAPÍTULO
veis.
Para a voz cantada, utilizamos às mesmas estruturas que produzem à voz
Falada. porém. com diferentes ajustes devido às necessidades do canto. De modo 2
simplificado, à respiração passa a ser mais profunda. as pregas vocais produ-
zem ciclos vibratórios mais controlados e com maior energia acústica, às cai-
<us de ressonância estão expandidas e introduzem uma maior amplificação ao
som básico. AS DIFERENÇAS ENTRE AS VOZES
i
FALADA E CANTADA
Existem
ENNIO
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do
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EM
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OL
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* Higiene Vocal para o Canto Coral e
* As Diferencas entre às Vozes Falada e Cantada *
PARÂMETRO
A
PARÂMETRO
E
RESPIRAÇÃO
FONAÇÃO
TAN
É natural.
VOZ FALADA === VOZ CANTADA. -
É treinada.
O
As pregas vocais fazem ciclos vi- As pregas vocais fazem ciclos vi-
ciclo completo de respiração Os ciclos respiratórios são pré- bratórios com o cociente de abertu- bratórios com o cociente de fecha-
(entrada e saída de ar) varia de acor-
do com a emoção e o
programados de acordo com as ra levemente maior que o de fecha- mento maior que o de abertura, o
comprimento frases musicais. mento. que gera um som acusticamente
das frases.
mais rico com maior tempo de
ێ
PARÂMETRO PARÂMETRO
A ressonância é geralmente média, A ressonância é geralmente alta, A qualidade vocal na voz falada A qualidade vocal depende da na-
em condições naturais do trato vo- dita “na máscara” ou de cabeça, o pode ser neutra ou com pequenos. tureza do coral, do estilo musical
cal, sem uso particular de alguma que indica que o foco de ressonân- desvios que identificam o falante e do repertório, sendo que carac-
cavidade, não necessitando a voz de cia concentra-se na parte superi- mas não chegam a ser considerados terísticas pessoais são geralmente
grande projeção. or do irato vocal. sinais de disfonia, como por exem- deixadas num segundo plano em
plo, a voz levemente rouca, sopro: favor de uma sonoridade única de
A intensidade habitual situa-se ao A intensidade quase nunca é cons-
arupo; porém. os desvios na voz.
:
redor de 644dB para conversação, tante. com variações controladas sa. áspera ou nasal.
tendem à ser percebidos princi-
mantendo-se relativamente cons- e rápidas de um pianíssimo à um
paimente no naipe, que se torna
tanie durante o discurso; a faixa de fortíssimo. num limite que pode ir
desequilibrado.
variações fica ao redor de 10dB da de 45dB 110dB.
4u
mais agudos e mais extensos. boca está sempre bem aberta, pro- Os distúrbios na produção da voz. Os distúrbios na produção da voz
cantada chamam-se disodias e 3
curando-se reduzir ao máximo os falada chamam-se disfonias.
|
obstáculos à saída do som. podem vir ou não acompanhados
de disfonia. =bile
sato
o
* Higiene Vocal para o Canto Coral + e Nx Diferencas entre às Vozes Falada e Cantadia *
ans
emp
PARÂMETRO PARÂMETRO
eps
O objetivo da voz falada é a trans- A mensagem a ser transmitida As pausas são individuais do falan-
AAVV:sos
As pausas são pré-programadas e
missão da mensagem, portanto a ar- aqui está além das palavras e, por- te, podendo ocorrer por hesitação, definidas pelo compositor e/ou
ticulação deve ser precisa e a iden- tanto, privilegiam-se os aspectos por valor enfático ou, ainda, refle- pelo regente do coral. possuindo
tidade dos sons deve ser mantida. musicais, o que pode sianificar, tir interrupções naturais do discur- forte apelo emocional e de inter-
em alguns casos, o sacrilício da SO. pretação.
articulação de certos sons, que po- As pausas que ocorrem por hesi-
As pausas de hesitação são normais
dem ser subarticulados ou distor-
e aceitáveis. podendo ser silencio- tação do cantor não são aceitáveis
cidos.
sas ou preenchidas por sons prolon- e causam constrangimento do can-
As Vogais e consoantes tem duração Na frase musical, as vogais são gados como “ahn...” ou “ubm...”. tor e ao público, que pode chegar
definida pela língua que se fala. geralmente mais longas que as à vaia. Além disso. falta de sincro-
consoantes e servem de apoio à nia entre os cantores nas entradas
qualidade vocal. das músicas também causam ctet-
to negativo.
Os movimentos articulatórios bási- Os movimentos articulatórios bá-
cos são definidos pela língua utili- sicos recebem influência dos as-
zada, porém, o padrão de articula- pectos tonais da música e da fra-
ção sofre grande influência dos as- se musical em si; desta forma, as
pectos emocionais do falante e do constrições que produzem os sons
discurso. e que são realizadas ao longo do
trato vocal, tendem a ser reduzi-
dos.
10
(CCTEITITATECETECESNINULEREUZVENTOSVSSWNWWUWWWNUWWWYS We
* Higiene Vocal para o Canto Coral + e
à Diferencas entre às Vozes Falada e Cantada *
PARÂMETRO PARAMETRO
A velocidade e o ritmo da emissão A velocidade e o ritmo da emissão É variável, com mudanças constan- É menos variável, procurando-se
falada são pessoais e dependem de cantada dependem do tipo de mú- tes. sempre manter otronco ereto.
múltiplos fatores, tais como carac- sica, da harmonia, da melodia e do As mudanças na postura corporal
As mudanças habituais na postura
terísticas da língua falada, persona- andamento que o regente confere interferem tanto na produção da
lidade e profissão do falante, obje-
corporal não interferem de modo
ao tema. voz quanto na estabilidade da
tivo emocional do discurso e fato-
significativo na produção da voz
coloquial. qualidade vocal.
res de controle neurológico.
—
aa
+
Sara pain do
do
due
:
de can-
diam intao, PE
;
intermediárias têm opção
AN
jura
cantada. Assim sendo. homens com vozes a
tar como baixos ou tenores e mulheres com vozes intermediárias como
conm-
RIA
Ao aos
traltos ou sopranos. Esta escolha geralmente está
scaundãv " e.
VOCE
aa
S
o o que esta classificação indica é que as vo- freqiientemente opta por deslocar os indivíduos de vozes intermediárias para
EE TONA
=
7 rn extensão e qualidade vocal. às segundas vozes (ou seja. as vozes muis graves). já que os baixos e princi-
onã pulmente us contraltos verdadeiras são muito raras. Isto. porém. pode ser ne-
ReulizariTf
lizaraciz, “licação vocal de um indivíduo pode ser uma tarefa muito
crmaiASA.,
a, fã
e icaçã do
regente ou do professor de técnica gativo para uma determinada voz. que passa a ser solicitada numa extensão
Ce dedicação
qu
requer ismpo
vocal. ários Eemérios são levados em consideração, dos quais podemos res- fora de sua emissão privilegiada.
saltar os seguintes:
*
estrutura cosnoral do falante:
*
earactiísticas anatômicas da laringe: Questão: |
*
características funcionais da emissão:
* características da personalidade. Se você tem uma voz de classificação intermediária. em que naipe
deveria cantar?
vicia, mago SEE de quánio muaior a estatura física e mais longas às pregas
sovindasa
e o.
“
Per SA
ão PE por outro lado. vozes agudas costumam estar àas-
aitiades mais imaturas e a indivíduos alegres. enquanto que
o
" "o Mais EToVes lito, em geral. associadas à personalidades mais maduras.
. . is o
itárias Ea duos tristes ou depressivos. Apesur de todos estes uspec- No naipe em que houver maior centorto vocal, em que sua voz fica murs
à. Fanacrenstess funcionais da emissão são determinantes na classifica- equilibrada. sem esforços extras. Além disso, você deve evitar ficar se deslo-
AGUDO
*
soprano de dó, a dó.3
lá, a lá, VOZES FEMININAS
*
meczo-soprano de
*
contralto de fá. a fá
2 4
*
tenor de dó, à dó,
* barítono de VOZES MASCULINAS
lá, a lá,
baixo
1º
*
de fá fá,
|
GRAVE
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TTTTTUITITTITNTYTTOTOWSWSINWNEZIZDIZEZENIZNÃIZIA
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O CANTO
CORAL ATRAVÉS DA CAPÍTULO
HISTÓRIA
sd candon RA
|
ME |
No ocidente, os coros
começaram efetivamente no século VI,
quandoo papa Gregório! estabeleceu
cen-
) nos
escolas de canto
tros da cristandade,
para garantir adequada execução da
músi-
TTTRTICENITTSTET
it
cera feita sem
upresentuções
acompanhamento musical, o canto “a capela”,
coral
INÉS
uma tardição que ainda hoje se MARA &
mantém. No século XVII os |
tiveram grande aceima- frmação: cRestlo MáSeoT SE. objetivos dos corais são bastante
ÃO entre os coraisamadores, onde as variados. mas existem ulguns problemas que podem ser considerados
mulheres passaram a comuns
Cantaras partes de Soprano
so e contralto, antes uos grupos de voz cantada. Dessas dificuldades tópicas. selecionamos
tradicionalmente
AE
aos
destinadas aos meninos.
menin
|
NEI
Características acústicas da emissão.
e nas upresentações;
o que faz do canto coral as vestimentas:
Uma complexa e rica
orquestra humana.
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às viazens fregiientes:
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desgaste do próprio recente.
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SS = C =
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= =” =.” /-///C--Ã-/ÃÁ SAC /
* Higiene Vocal para o Canto Coral + e Os Problemas mais Comuns dos Corais +
o que acontece pelo. mais diversos motivos. Em se tratando de corais religio- A [alta de conhecimento prévio das condições físicas dos locais das apre-
SOS OU
municipais, sabemos que geralmente os coralistas deixam os grupo por sentações pode gerar uma série de dificuldades Operacionais e vocais impre-
necessidades Financeiras e profissionais uma vez que neste tipo de coral can- mais é: ensaio é feito em um local adequado e à
TOTO
tar é opção e não há remuneração para os integrantes. Já nos corais universitá- apresentação em local inapropriado. principalmente no que se refere à condi-
rios Os coralistas geralmente são remunerados através de bolsas de incentivo ções de acústica. limpeza, colocação de praticáveis. espaço físico, etc.
à cultura, porém estas bolsas tem duração limitada e o coralista tende à deixar
o grupo ao final deste tempo.
eras
Questão: ]
4
Questão:
O que fazer quando o coral vai se apresentar em local que não o dos
ensaios?
Quais os principais problemas que a reciclagem de cantores sera
| K
para o grupo?
Resposta: |
Resposta: | Procurar conhecer antecipadamente o local ou solicitar algumas infor-
deve fazer, pelo
macões por carta ou telefone. Quando não for possível, o coral
À reciclagem dos
integrantes produz grandes discrepâncias vocais en- menos. cinco minutos de testes vocais antes da apresentação. utê mesmo sob
[re os cantores e à dificuldade de se manter uma identidade sonora. Além dis- vecal rápido, O ideal seria fazer um ensaio prévio
à forma de um aquecimento
o, ocorrem dificuldades adicionais na preparação e ensaio de peças mais com- no local para que ajustes de qualidade, emissão. ressonância e projeção pu-
plexo. assim como no desenvolvimento do trubalho dos profissionais envol-
dessem ser realizados. Para minimizar condições acústicas adversas podem ser
vidos. quer seja o regente. o professor de canto ou o fonoaudiólovo. adicionais como treinar o coro em diferentes formações ou
utilizados recursos
deslocar o naipe de maior número de integrantes ou o mais atinado para o fundo
do coral.
* Higiene Vocal pára o Canto Coral * Os Problemas mais Comuns dos Corais *
4. VESTIMENTAS
Us
5. VIAGENS FREQUENTES
O
i
apresenta um desenho tradicional Viagens frequentes para apresentações podem trazer sérios problemas
que é geralmente inadequado às condições do clima brasileiro. Comumente vocais principalmente devido às mudanças de clima e abusos vocais durante
são escolhidas batas por serem vestes oficiais da maior
parte dos corais do o trajeto. Além disso. fatores como o uso excessivoda voz e alimentação ina-
ETTA
mundo, especialmente os europeus. À chamada bata é uma vestimenta longa dequada podem concorrer para piorar a qualidade da voz.
confeccionada com tecido pesado e escuro. de maneas compridas úibotoada
OVOS
na frente desde o decote até à bainha. geralmente usada com uma faixa colo-
rida na cintura. Já os corais líricos apresentam
roupas confeccionadas para
aquele espetáculo e, quase sempre. ajustes pessoais podem ser Fealbados. Questão: |
O que fazer para minimizar e prevenir problemas vocais uma vez
Questão: que as viagens são inevitáveis e fazem parte da própria rotina do canto
| coral?
O que fazer se sua roupa for inadequada?
Resposta: Í
Resposta: |
rocure se inteirar do clima da cidade para onde está indo, principal-
mente com relação à temperatura. ventos constantes e umidade do ar. desta
Use somente a vestimenta do coral. sem sua
eo
roupa social por baixo. nara maneira você estará pres eniído com roupas adequadas. Procure estar na cida-
lar o peso e o calor, Além disso. procure. pelo menos. deslocar
os Dolls de da apresentação com. pelo menos. um dia de untecedência para que possa
do
Pescoço e aliviar o cinto, para que o aparelho vocal não fique restrito em se aclimutar. Durante 4 viagem. de ônibus ou avião. procure dormir e descan-
suas Movimentações. O ideal para o clima brasileiro seria
que as roupas fos- sar. evite conversar pois. ruídos constantes inerentes à esse tipo de transporte,
sem conteceionadas em tecidos de fibras naturais,
leves. com discreto decore constitui um abuso vocal bastante sério. Lembre-se de manter seu corpo sem-
cem cores claras.
pre bem hidratado. Os ensaios dentro de ônibus são absolutamente contra-in-
dicados devido à postura inadequada e ao ruído excessivo. deixe para ensaiar
no local da apresentação.
rWAAÇO
CEC ECECecoeeo erre es ( (
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FF ETTOFEeE
PEC rt e...
*
Higiene Vocal para o Canto Coral e
6. O DESGASTE DO REGENTE
(CAPÍTULO
O regente ou o professor de técnica vocal
i ocupa uma posição de alto
nsco no que diz respeito ao desenvolvimento de um problema de voz ou de
laringe. O uso excessivo da voz falada é uma realidade durante os ensaios.
o
que é, ainda, acentuado pela competição sonora com o próprio erupo vocal. É
comum que vo regente tente sobrepujar o volume do coro
para se fazer ouvir.
Alémdo excesso do uso de voz falada. é uma prática muito comum
OS regentes
entre AS NORMAS DE
cantar nos diversos naipes. ensaiando às diferentes vozes do coro.
deslocando sua emissão pelas diversas regiões da tessitura vocal, ensaiando HIGIENE VOCAL PARA O CANTO
diversos grupos em um dia e acumulando uma sobrecarga admirável.
Apesar
de o regente ser um integrante muito especial do coral.
suas pregas vocais são
semelhantes às dos outros membros do coro. e os cuidados
com à voz devem
ser redobrados, pois seu desgaste é ainda maior.
EITA
"So
Questão: |
O que um regente ou professor de técnica vocal deve fazer, além de
tomar os cuidados já
d descritos anteriormente?
Resposta: |
:
MARA & INES
Deve cantar apenas em sua região de conforto na tessitura vocal. ofere- Inter hábitos e acontecimentos podem ser nocivos para à voz do
sendo exemplos com o diapasão. piano ou orgão. além de descansos cantor. Vamos ressaltar o que deve ser evitado. explicando os efeitos negati-
físicos e
VOCAIS entre
suas diferentes atividades (ensaios. aulas. reuniões, etc.) é fazer vos, à fim de evidenciar os principais cuidados à serem tomados.
controles periódicos de sua laringe e sua voz. Eventualmente. alguns cantores Os principais hábitos nocivos para à voz do cantor, são os seguintes:
mais desenvolvidos podem atuar como ensaiadores de seu naipe, reduzindo o
desgaste do regente. Pigarrear
O ato de piguarrear é um atrito entre as pregas vocais; este roçar forte e agres-
sivo pode contribuir para o aparecimento de alterações nas pregas vocais.
pois o atrito provoca irritação e descamação do tecido.
tada
Falar muito
Alcatel
+
e.
H
íá
EAR ITAIMUNOROR ENOUOWOUOUUNAAOIO
* Higiene Vocal para o Canto Coral + * As Normas de Higiene Vocal para v Canto *
Falar cochichando ou sussurrando mecânico altamente potente tivesse que funcionar sem lubrificação de seus
Embora, uparentemente, cochichar ou sussurrar possa sugerir relaxamento componentes. Se sua permanência em locais com ambiente seco (por exem-
das pregas vocais, na verdade este é um ato de extrema força que pode, até plo, ao viajar para cidades cuja umidade relativa do ar é pequena, ambien-
mesmo, ser mais lesivo do que falar com a sonoridade habitual. tes com ar condicionado, etc.) for inevitável, procure se hidratar tomando
Gritar vários copos con: água em temperatura ambiente.
Falar em voz muito forte ou gritar é utilizar a laringe em sua força máxi- Descanso inadequado :
ma; evidentemente, o desgaste é maior e bem mais rápido nessas situações, Cantar é um ato de extremo gasto energético e os cantores c hegam até mes-
cansando a voz rapidamente e aumentando o risco do aparecimento de le- mo a perder peso durante às apresentações. À energia da laringe é recupe-
sões na superfície das pregas vocais, ou até mesmo de hemorragias rada através do descanso, muis especificamente através do sono. À voz nunca
submucosas. Os gritos devem ficur restritos à situações absolutamente ne- está boa depois de uma noite maldormida. A laringe recarrega sua energia
Cessárias. principalmente através do descanso. Programe-se para dormir o suficiente.
Realizar competição sonora Estresse
Fularem locais barulhentos constitui competição sonora, ou seja, você tende Um certo estresse é positivo para o canto, pois estresse nada mais significa
a elevar o volume de voz num esforço para se comunicar, na tentativa re- do que mobilização de energia; porém. o estresse excessivo é negativo (co-
flexa de vencer o ruído de fundo; o pior de tudo é que você geralmente nem nhecido tecnicamente por distresse) e prejudica a emissão. o que se obser-
|
percebe o quanto está se esforçando. va através de cansaço vocal, falta de resistência, rouquidão e - ar na voz -;
Falar fora de sua freqiiência habitual também pode ocorrer perda de notas da tessitura.
Todos apresentamos uma freqiiência de voz que nos identifica e que é cha-
Fumo
mada de frequência habitual. Enquanto falamos ou cantamos estamos cons- É de conhecimento comum que o fumo é ultumente nocivo para à laringe.
tantemente variando a frequência de nossa emissão, porém, existe um va-
lor médio onde nossa voz se situa. Alguns cantores tendem a usar a freqiiên- principalmente para cantores. Entre tantos outros efeitos, o fumo causa
cia do canto (geralmente mais aguda) na própria fala, o que representará irritação direta no trato vocal. pigarro, inflamação du região laríngea. tosse
e uumento de secreção viscosa. Lembre-se de que existe ima alta correla-
um ubuso vocal, além de soar artificial. Procure usar sua voz, do modo mais
nutural possível, fora das apresentações. ção entre o tabagismo e o desenvolvimento do câncer, particularmente na
laringe e nos pulmões. Aconselhamos os cantores à abandonarem este há-
Imitar sons, vozes e ruídos bito, considerando não só a saúde vocal. mas à qualidade de vida como um
Alguns cantores. pelo controle vocal desenvolvido, ou mesmo por dom, todo.
apresentam facilidade de imitar sons, vozes de outras pessoas e ruídos. É Álcool
muito difícil fazer essas manobras e ruídos vocais sem lesar o aparelho fona-
dor. o que determina que a maioria dos imitadores fiquem com sensação Oslíquidos não passam pela laringe, mas o álcool, principalmente os des-
de ardor e irritação após acabar suas imitações. Desta forma, se você não tilados (pinga. vodca e uísque), estão intimamente associados ao desenvol-
tem certeza de que consegue fazer imitações sem se prejudicar, evite-as. vimento do câncer. O consumo freqgiiente de bebidas alcóolicas provoca
edema (inchaço) das pregus vocais e irritação de toda a laringe. O álcool
Ingerir cafeína em excesso
A cafeína é encontrada no café e nos chás de ervas e também em refrige- fermentado (vinho e cerveja) é o menos irritunte. Evite beber antes de can-
tar. Abandone o mito de que um conhaque antes de cantar melhora a voz.
rantes dietéticos: além de estimulante. a cafeína favorece o refluxo
gastroesofágico, ou seja. o líquido ácido do estômago vem. em forma de Mudanças constantes de professor de canto
jato. como uma azia. para à boca, podendo ser desviado para a laringe. O É
sempre importante freqiientar aulas de canto. mesmo se você já se consi-
refluxo. por sua composição química. é extremamente irritante para as sen- dera um cantor pronto e formado. Nós não nos ouvimos como os outros nos
síveis mucosas da laringe. Se você tem o húbito de cafezinhos freqientes. ouvem e, além de toda à instrução técnica do professor de canto, ele repre
use o descafeinado. senta um ouvido exterior confiável para lhe oferecer uma avaliação de como
Ambientes secos anda realmente à sua voz. Faça aulas periódicas e. principal mente. procure
A redução da umidade do ar causa o ressecumento do trato vocal, induzin- não ficar mudando de professor o tempo todo. em busca de progressos rá-
do uma produção de voz com esforço e tensão. É como se um sistema pidos e espetaculares. Os professores usam recursos diferentes e mudar
24 25
nº
gens
CARA dd a Dad =-=oEoaddLddddddddoadodddddo dedo ddddod/de/dddsoddod ada ddds| xo
CO
MTITNITI
luríngeas nesse período. mas à tendência é à de haver um edema compreensão e explicação da produção da voz fizeram com que vários mitos
(inchaço) se perpetuassem até os nossos dias. Muitas crenças já não são mais comuns.
TOTO
generalizado no corpo e também localizado na laringe. Além disso. há uma porém, ainda observamos que existe muito desconhecimento quanto à ques-
muror tragilidade nos capilares sangiiíneos. o que favorece lesões hemorrágicas. tões tais como respirar e cantar pelo diafragma, respirar somente pelo nariz.
Isto sienifica que durante este
SSAIONT
período é mais comum se desenvolverem pe- não cantar em falsete e não apresentar quebras de voz nas passagens, gargare-
quenas alterações sobre as pregas vocais ou. ainda. tornarem-se mais acentu-
OESTE
adas às já existentes. Os nódulos vocais. Jar álcool ou tomar uma série de substâncias. em inúmeras combinações. para
popularmente chamados de “calos”. melhorar a voz.
Pedem, até mesmo. dobrar o seu tamanho. À voz tende à Ser mais
soprosa. com É importante
47H emissão, e às notas agudas são alcançadas com muior estorço. que se compreenda que uma boa produção vocal depende
a de uma associação correta entre dom e técnica. Por dom entendemos como
Evite também cantar à partir do sétimo mês de
Sb gestação. pois além do sendo as condições anatômicas e funcionais do aparelho fonador e os fatores
edema associado à esta condição. à respiração pode se tornar muito superfici-
+
41 e limitada neurológicos das áreas cerebrais. responsáveis pela audição e musicalidade.
devido à expansão abdominal. que dificulta a movimentação do
“
Por técnica entendemos como sendo dedicação. treino e paciência para se
diatraema,
úliiioa
colocar sob controle um sistema que responde essencialmente às emoções.
26
* Os Mitos da Voz Cantada +
*
Higiene Vocal para o Canto Coral +
ça
o
APRENDER A RESPIRAR E A pressão na laringe. Isto é suficiente e evite entrar nessa discussão interminá-
CANTAR COM O DIAFRAGMA vel sobre a respiração!
A
SA
MAO
forina de guarda-chuva aberto € separa o pulmão da cavidade abdominal. Na NUNCA RESPIRAR PELA BOCA
inspiração, à fase ativa do ciclo respiratório, o diafragma se retifica com a en- A cavidade nasal é a entrada preferencial do ar pura dentro do corpo.
trada do ur e massageia as vísceras, porém, não se respira com e nem pelo No nariz, o ar é purificado. aquecido e umedecido. usuíido. nesta tarefa. uma
dialragina e também não se canta pelo mesmo. Essa imagem era muito usada série de cílios (pêlos) e reentrâncias (coanas) por onde o ur passa em redemo-
por professores de canto no século passado e no início deste século, como uma inhos. Portanto. pode-se compreender a superioridade da respiração nasal. Por
associação para se mandar o ar para o fundo dos pulinões (retificando-se, por- outro lado. a respiração bucal é mais rápida e consegue direcionar maior quan-
tunto. à cúpula do diafragma) e encher mais o reservatório pulmonar. para se tidade de ar para dentro dos pulmões num tempo muito mais curto, já que o
ter thuxo de ar suficiente para as longas frases musicais. Ainda hoje algumas
trajeto a ser percorrido é menor é à porta de entrada é maior. Assim sendo, du-
pessems dereditam que para cantar devam aprender a respirar pelo diafragma, rante o canto ou à conversa em frases rápidas. é impraticável respirar apenas
OM etamo que a Voz passe à ser produzida no diafruaema. Na verdade. o que o
pelo nariz. o que nos leva à respiração buco-nasal, com entradas bucais nas
alumende canio aprende é à controlar melhor o fluxo de ar que sui dos pulinões
emissões que se sucedem rapidamente e entradas nasais nas pausas longas.
em direção à laringe e às pregas vocais.
Por outro Judo. existe muita discussão sobre qual seria a melhor respi-
NÃO USAR FALSETE,
ração para o canto, sendo este um tema de acirradas controvérsias entre re-
sentes, professores de técnica vocal e pesquisadores na área. Antes, dava-se
POIS É UMA VOZ FALSA E FAZ MAL.
ALÉM DISSO, MULHERES NÃO TÊM FALSETE.
muito mais importância a este aspecto. sendo que hoje até mesmo existem es-
colas de canto que praticamente negligenciam a prática respiratória. Falsete é um modo de se emitir à voz. Esse conceito está associado à
De modo bastante simplificado, existem duas opções respiratórias para noção de registros vocais. O termo registro deriva dos instrumentos musicais,
O canto e uma série numerosa de posições intermediárias. A primeira opção é especialmente do órgão, onde está relacionado a um grupo de tubos controla-
ade se mantero abdome expandido durante a emissão - o que é chamado po- dos por uma mesma tecla ou pedal.
pularmente de “cantar com a barriga para fora”, e a segunda preconiza que se Em relação à voz, registro refere-se aos diversos modos de se emitir os
mantenha o abdome encolhido durante a emissão - o que é chamado de “cun-
sons tessitura. Apesar de toda à discussão e controvérsia relativa a essa ques-
da
tar com à barriga para dentro”. Ambas as escolas geram bons e maus canto-
tão. de modo gera! reconhece-se u existência de três registros: o basal, o modal
tes, iuas às pessoas tendem à se sentir mais confortáveis cantando com o tórux
e o elevado
co abdome expandidos, embora isto não seja uma regra definitiva.
Um outro detaihe é que muitas vezes o aluno de canto é instruído a não O registro basal é o que apresenta as notas mais graves du tessitura. e,
mover os ombros enquanto respira. O ato de erguer os ombros durante a ins- por sua característica acústica de pulsação, é também chamado de registro
piração serve para liberar parcialmente es pulmões do ríeido limite da caixa pulsútil. À voz emitida nesse registro apresenta um som semelhante ao ranger
toracica, auxiliando uma rápida entrada de ur. 1sso pode ser observado quan- de uma porta ou a um motor de barco. Quase nunca se utiliza o registro basal
28
22
CTTACACCÇACAACAKTAACCACAACALKKCAKAAAÁACAAKAÁAAAAKAÁAAÁ CA AAAAA
O registro modal,
1
que
por sua vez, é o que apresenta maior número de no- existem regiões intermediárias entre eles, quer seja entre o basal e o modal. ou
tas, sendo o registro que geralmente usamos na
entre o modal e o elevado, onde ocorrem as principais mudanças nas ações
bbcidosy
senta dois sub-registros: o de peito e o de cabeça. musculares. Essas regiões são conhecidas como zonas ou notas de
1
que na verdade correspondem passagem.
a um maior uso da caixa torácica ou da cavidade da
boca e do nariz
para à res- Alguns cantores não mostram suas notas de passagem. enquanto outros apre-
Sonância (mas isso não quer dizer sentam verdadeiras quebras de sonoridade entre a última nota de um registro
que 2 voz passa a ser produzida nessas regi-
o
3:
es). Nesse registro às pregus vocais vão se alongando e a mucosa vai se tor- e a primeira nota do registro seguinte.
nando mais tensa à medida em
que as notas ficam mais agudas.
raras
DES
Na verdade, a mudança entre os ajustes musculares sempre ocorre e o
Finalmente, o registro elevado é o das notas mais agudas da tessitura
e que varia é o quunto ela é evidente ou não para o ouvinte. À questão é indivi-
CORTA
está dividido em dois sub-registros, o falsete e assobio dual e o trabalho do regente ou do professor de canto é auxiliar à mesclar à
o (também chamado
de flauta). O falsete é emissão entre os registros, de modo que as passagens não sejum evidentes e
quase sempre utilizado no canto e raramente na fala.
O nome falsete não
tenha-se a impressão de que o cantor apresenta um único e extenso registro
quer dizer que à voz soe falsa ou que seja produzida vocal.
pOr outras estruturas que não as pregas vocais. Falsete vem de falsa voz femi-
nina, pois alguns homens cantavam em falsete na idade média.
quando não se GARGAREJAR COM UÍSQUE OU SIMILARES
permitia que us mulheres participassem dos coros ANTES DOS ENSAIOS E APRESENTAÇÕES
religiosos. Tal voz masculi-
na aguda era tão apreciada que se chegou. inclusive,
à castrar cantores meni- Alguns cantores têm o hábito de gargarejar bebidas alcoólicas ou até
nos. por decreto. para se preservar à voz infantil
dos cantores “castrattio. Na emissão
num corpo adulto. os chama- mesmo de tomar uma dose para “esquentar” a voz antes de ensaios ou apre-
em falsete as pregas vocuis estão sentações. Essas pessoas geralmente referem que fica mais fácil cantar sob
alongadas. porém. com pouca tensão. À ação muscular é bastante diferente
do efeito do álcool.
registro modal e do basal.
Há dois aspectos a serem considerados: um de superfície e outro de ação
Quando estamos emitindo uma escala musical, dos gruves aos agudos. do sistema nervoso. O efeito de superfície, ou seja. a ação imediata do úlcoo!
chegamos um ponto em que percebemos que devemos modificar o ajuste
a sobre as paredes da boca e da faringe é o de uma anestesia ternpordária, 0 que
motor Para que o som seja corretamente produzido. sem esforço. Essa é a re- significa que as sensações nessa região ficam reduzidas. Assim, todo o estor-
g1ão de passagem pura o falsete. Em outras ço que pode-se estar fazendo para cantar não é percebido e o cantor pode erro-
palavras. a mudança para o falsete
corresponde 4d uma necessidade fisiológica de se prosseguir numa escala mu- neamente acreditar que está cantando melhor. O efeito sobre o sistema nervo-
sical em ascendente. so ocorre da seguinte forma: uma dose de álcool geralmente nos deixa mais
Quanto ao sub-registro em assobio, desinibidos. mais soltos e. portanto, o medo de uma apresentação pode dimi-
| pouco se sabe sobre esse tipo de nuir; contudo. a partir da segunda dose (ou até mesmo da primeira. em pesso-
emissão, quê apresenta som semelhante ao dos pássaros ou ao de uma flauta.
Um exemplo de uma as mais sensíveis) pode-se perder o controle fino da afinação e do volume de
cantora muito hábil no falsete e no assobio é a Yma Sumac.
voz, produzindo-se também uma articulação pouco precisa e com desvios nos
Concluindo, registros são modos de se emitir um som e cada sons di fula, como o conhecido "Zuzo beim?” (o “tudo bem” do alecoolistas À
registro
SPresenta um esquema motor particular. Assim sendo. os registros se diferen- qualidade vocal fica pustosa, comprometida para o canto.
clam por seus tons possuírem qualidade vocal. realidade acústica.
ativação Finalmente. embora o álcool não passe sobre us pregas vocais, esim pelo
muscular e característica aerodinâmica diferentes. Desta
forma, a afirmação esôfago. várias doses. principalmente de bebidas destiladas. podem causar
de que apenas os homens são
capazes de cantar em falsete não procede: ho- edema tinchaco; nas pregas vocais. dificultando sua vibração. Nunca é demais
mens e mulheres podem emitir tons em qualquer um dos
registros vocais. lembrar à estreita associação entre o consumo habitual de álcool e o câncer.
30
ZLe ITENFTIUVINCINHSSETSWENTINVEE
bn
:
paranão seu esquema
no teatro, não existe nenhum estudo científico sobre sua eficácia. Do mesmo
tempo do canto. Um cantor que fala do mesmo Jeito que
modo, não há estudos controlados sobre os componentes e os efeitos do pró- canta submete seu aparelho vocal a um desgaste muito
eos.
polis. porém, parece haver ação untiinflamatória e lubrificante da boca e fa- maior. AREEEEAO
rinve.
E também muito usada a combinação de mel e limão ou ainda de vina- 5. Ensaieo suficiente para ficar seguro quanto ao texto, me- MMA
o
en
gre e sal. Tais misturas, em particular, devem ser evitadas. O mel. consumido vens
faringee e à boca. mas o limão. o vinagre e o sal ressecaum às mucosas. e não medo e ansiedade ante o público. Não ensaie por mais de
des em ser usados com objetivos vocais. uma hora sem descanso.
Se você gosta de experimentar as receitas caseiras que lhe são sugeri-
das. procure verificar, de modo crítico. quais os efeitos produzidos emseu
apurelho tonador e em sua voz: porém. não faça tais testes antes das apresen-
tuções, à fim de evitar surpresas desagradáveis.
É2
7
í Monitore sua voz durante os ensaios e
apresentações:
aprenda a ouvir sua qualidade vocal e a reconhecer
racterísticas básicas de sua boa emissão.
as ca-
Q [uESTIONÁRIO PARA IDENTIFICAÇÃO
TURNO,
Aprenda a reco-
nhecer suas sensações de esforço vocal
e tensões desne- DE POSSÍVEIS PROBLEMAS DE VOZ
AREIA
positi-
Vamente a energia para uma
apresentação muis rica e
envolvente: a adrenalina é positiva e confere
emoção ao Assinale as respostas POSITIVAS:
e”
bo,
uu
Evite as festas ruidosas, lugares E) Você acha que sua voz é rouca”?
enfumaçados e barulhen-
tos. tanto antes como depois das Alguém já comentou que sua voz é rouca?
apresentações. Antes das
apresentações, os abusos em questão podem limitar Você fica rouco por mais de dois dias?
seu
resultado vocal; após as
apresentações seu aparelho Sua voz fica rouca após os ensaios?
fonador foi intensivamente solicitado e
está mais sensí- ULULUDUOO
Você tem ou
vel para responder a tais já teve algum problema de voz”?
agressões. E)
Mantenha uma dieta balanceada. pois o Sua voz piorou depois que você entrou no coral”?
canto é uma fun-
ção especial e requer grande aporte energético. Evite Ultimamente você tem demorado muis tempo para uquecer sua
o
excesso de gordura e alimentos condimentados. voz”?
o que
lentifica o processo digestivo. limita a
excursão respira- LL No dia seguinte à um ensaio ou à uma apresentação você fica sem
tória e reduz à energia disponível rouca?
para o canto. Além dis- VOZ OU COM à VOZ
so, se voltar muito tarde para casa ainda
e não ti ver se Durunte o canto sua voz quebra ou some”?
alimentado. ingira apenas alimentos leves de fácil
e di-
Sã
gestão. para evitar o refluxo gastroesofágico. Você desafina ou perde o controle da emissão”? os
,
| U
do
que
não consegue cantar?
Quando você canta suas veias ou músculos do pescoço saltam?
Você sente dores na região do
UDODOO
pescoço quando canta?
Você sente dores de cabeça upós o canto?
Você consegue controlar sua emissão cantada
no coral, ou não se
Ouve e segue a voz do erupo?
Seu coral costuma interpretar diversos estilos musicais?
Além do coral. você canta em outras situações?
LOU
Você canta durante muitas horas seguidas? O MARA & INÊS
ts —)
(CC KM KadddK dado /d--/-é dA /aCdogdZHKdCdAoAZÁAATATATITTITAIAS pe
dai
IA
Baixo —a voz masculina mais grave da classificação vocal, sendo. também, à Disfonia — qualquer dificuldade
na emissão natural da voz, seja por fatores
WUBINENTIE VOZ Mais rara nesse sexo; sua tessitura vocal média vai de fá, a fá, orgânicos ou funcionais. o que inclui as causas emocionais.
A
Barítono — voz masculina considerada de classificação intermediária, com Edema - inchaço nos tecidos, por acúmulo de líquido.
tessitura vocal média de lá, a lá,.
: Emissão falada ajustes empregados pelo aparelho fonador para produção
VANCE
- a
:
Calos nas cordas vocais — nome popularmente dado aos nódulos vocais, da fala.
bt,
que
são lesões de massa bilaterais, benignas, desenvolvidas na superfície das
14
ubusivo da voz. pulsão do ar dos pulmões; é durante a expiração que emitimos à voz.
pulmões e o coração.
grande intensidade, podendo ser levemente soprosa.
Ciclo respiratório - é um movimento completo de entrada de ar. a chamada
Faringe — cavidade entre a boca e o esôfago, importante na ressonância do
inspiração, e de saída de ar, a chamada expiração. devendo. portanto, estar ampliada e sem constrições.
som,
Ciclo vibratório — é um movimento completo de aproximação. contato e afas- — é o resultado da vibração das pregas vocais. O que apresenta um
Fonação
tamento das pregas vocuis: a frequência de um som emitido corresponde som semelhante ao de um burbeudor elétrico.
ao número de ciclos vibratórios produzidos; por exemplo, uma cantora
emitindo o dó, (dó central do piano). em 256Hz. realiza duzentos e cinqiienta Fortíssimo — sons ou passagens executadas com grande intensidade.
e seis ciclos vibratórios por segundo.
Freqiiência da voz = é o número de ciclos glóticos por segundo: homens apre-
Classificação vocal - é a distribuição das vozes de acordo com sua qualidade sentam fregiiência vocal muis grave que us mulheres que, por sua vez, úpre-
e extensão vocais. As vozes masculinas são classificadas em baixo. baríto- sentam freqgiiência vocal mais grave que às crianças.
no e tenor: enquanto que as vozes femininas em contralto, mezzo-soprano
Harmonia — diz-se que há harmonia quando duas ou mais notas de diferentes
e soprano.
sons são ouvidos ao mesmo tempo, produzindo um acorde.
Contralto — voz muis grave do sexo feminino, muito rara, com tessitura vocal Harmônicos do som — são múltiplos inteiros da frequência fundamental. pro-
média de fá, a fá.
duzidos no mesmo instante que esta, pela vibração das pregas vocais: bons
Desaquecimento vocal — exercícios empregados após o uso da voz cantada, a cantores produzem uma série mais rica de harmônicos.
fim de se retornar aos ajustes da voz falada: a voz desaquecida é mais gra-
Hemorragia laríngea submucosa - extravazamento sangiiíneo dos pequenos
Ve e menos intensa que a voz aquecida.
capilares sob mucosa que reveste as pregas vocais: pode ocasionar perda
u
imediata da voz: é conseqiiência de abuso vocal ou de predisposição
Diafragma - músculo em forma de vuarda-chuva aberto, que separa a cavida- hemorrágica. podendo haver futores emocionais associados.
de torácica da cavidade abdominal: é muito importante na respiração. sen-
|
do ativo na inspiração. é a primeira fase do ciclo respiratório. o que corresponde uo uto
Inspiração —
qência determinada geral mente la), geralmente utilizado para afinar vozes
(
Intensidade — corresponde uo volume da voz e está relacionada com à pres-
e Instrumentos. são subelótica e 1 força de adução das pregas vocais.
38 39
*
Higiene Vocal para o Canto Coral « * Pequeno Glossário +
. Laringe —
órgão em fórma de tubo contendo as pregas vocais; é composta por Refluxo gastroesofágico — jato de líquido ácido do estômago que é impulsio-
cartilagens e músculos; pela laringe passa apenas ar. nado em direção à boca podendo, neste trajeto, ser desviado para a laringe,
irritando e podendo lesar a superfície das pregas vocais; o refluxo gastro-
Melodia —
seqiiência de notas, de diferentes sons. organizados numa dada for-
ma de modo a fazer sentido musical para quem escuta. esofágico tem sido considerado uma importante causa de alteração vocal
em cantores, devido à hábitos vocais inadequados.
Mezzo-soprano — voz intermediária na classificação feminina, com tessitura
vocal média de lá, a lá. Registro vocal — é o modo de se emitir os sons da tessitura. A voz humana
apresenta três registros: o basal, o modal e o elevado, sendo que cada re-
Mucosa laríngea tecido de revestimento da laringe e também das pregas
— gistro upresenta uma característica auditiva. acústica, muscular e aerodi-
VOCAIS; à mucosa das pregas vocaisapresenta diversas camadas com pro- nâmica que o identifica.
priedades mecânicas diferentes, o que possibilita uma série complexa de
ajustes para a emissão da voz. Registro basal — é o registro que se compõe das notas mais graves da tessitura.
A qualidade vocal nesse registro apresenta característica pulsátil; raramente
Naipe — cada um dos grupos de vozes em que se costuma dividir um coral: empregado no canto ocidental, porém aparece em canções folclóricas e no
baixo e tenor (naipes masculinos), contraltos e canto tibetano Gyuto.
sopranos (naipes femininos).
Passagem — chama-se
região de passagem ou notas de passagem os tons in- Registro elevado - é o registro que possui as notas mais agudas: apresenta dois
termediários entre os registros vocais; geralmente a emissão nessa região é sub-revgistros. falsete e flauta: quase nunca é usado na fala.
Menos estável.
Registro modal — é o registro usado na conversação habitual e no canto em
Pianíssimo —
passagem executada com pouquíssima intensidade. geral: apresenta dois sub-registros, peito e cabeça, de acordo com a predo-
minância da ressonância.
|
do
Coral
Estolndóss
ITURA RECOMENDADA
]
'
ressonância;
BEHLAU. M. & PONTES, P. - Higiene vocal - informações básicas.
Voz
á
caracrerdis
aspera = voz de característica i São Paulo, Lovise, 1993.
desagradável, ruidosa e tensa: pode indicar
Voz
de á
CALDO
Voz Seis
entre as vozes neutra e soprosa. representando
—
BENNINGER. M.S.: JACOBSON. B.H. & JOHNSON. A F. - Vocal .
ea
-
VYoz
—voz ísti
deCicaracterística Verlag, 1982.
abafada. distorcida.
i i
geralmente encontra-
O
J.
-
aem indivíduos intoxicados (álcool ou drogas) ou em alterações neuro- DEJONCKERE. P.H.: HIRANO. M. & SUNDBERG. - Vibrato. San
lógicas (pós-derrame, por exemplo).
Diego. Singular, 1995.
VozZ rouca ide a.
v VOZ Tuidosa. ênci :
com turbulência, geralmente é resultado da presença FERREIRA. L.P.: OLIVEIRA. [.B.: QUINTEIRO. E. A. & MORATO.
— c
e laringe ou de nódulos vocais: voz 1ouca deve E.M. - Voz profissional: o profissional da voz. Curupicuíba, Pró-
ser avaliada
de |
cquadumente, pois rouquidão também aparece nos casos de câncer da Fono. 1995.
laringe.
FRANCATO. A .: NOGUEIRA Jr., |.:
PELA. S.M. & BEHLAU. M. -
Voz s Oprosa esc
voz com escape ã
de ar não sonorizado. resultado do fechamento Programa de aquecimento e desuquecimento vocal. In:
a i
—
VOZ Com
"neompleto dus pregas vocais durante a vibração: é seraimente o resultado MARCHEZAN. [.: ZORZL.J.L. & GOMES. LC.D. - Tópicos em
de tecnica incorreta ou de muita tensão durante à emissão. fonoaudiologia 1996. São Paulo, Lovise, 1996.
+3
(XITEXONNOS
* Higiene Vocal para o Canto Coral +
tao
AA
UNA
AA
GESTAO
A
AA
0)
SATALOFF, R.T. - Professional voice. The science and art of clinical
care. 2 ed. San Diego, Singular, 1997.
106
o,
Me
SCHAFER, M. - O ouvido pensante. São Paulo, Unesp, 1991.
Panamericana, 1981.