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APOSTILA DE ESTUDOS

PARA O C.O.E.R.

DEZEMBRO DE 2019

Thalles A.
PROCEDIMENTOS DE TESTES DE
COMPROVAÇÃO DE CAPACIDADE
OPERACIONAL E TÉCNICA.

INTRODUÇÃO:
Para executar o Serviço de Radioamador se faz necessário que o interessado seja titular
de Certificado de Operador de Estação de Radioamador - COER. O
Regulamento do Serviço de Radioamador, aprovado pela Resolução n o 449, de
17/11/2006, estabelece, em seu art. 33, que o COER será concedido aos aprovados em
testes de avaliação, segundo as seguintes classes:
I. Classe "C", aos aprovados nos testes de Técnica e Ética Operacional e
Legislação de Telecomunicações;
II. Classe "B", aos portadores de COER classe “C”, menores de 18 anos, decorridos dois
anos da data de expedição do COER classe "C", e aos maiores de 18 anos, desde que
aprovados, em ambos os casos, nos testes de Técnica e Ética Operacional, Legislação de
Telecomunicações e Conhecimentos Básicos de Eletrônica e Eletricidade e Transmissão e
Recepção Auditiva de Sinais em Código Morse;
III. Classe "A", aos radioamadores classe "B", decorrido um ano da data de expedição do
COER classe “B”, e aprovados nos testes de Técnica e Ética Operacional, Legislação de
Telecomunicações, Conhecimentos Técnicos de
Eletrônica e Eletricidade e Transmissão e Recepção Auditiva de Sinais em Código Morse.
Para o Serviço de Radioamador é necessária a realização de testes e avaliação da
capacidade operacional e técnica para operação da estação, devendo o candidato procurar
as Gerências Regionais ou as Unidades Operacionais da Anatel (endereços podem ser
encontrados em http://www.anatel.gov.br), nas capitais dos Estados.
Para fazer os testes, o interessado deve consultar o endereço eletrônico da Anatel
(http://sistemas.anatel.gov.br/SEC), suas Gerências Regionais ou Unidades Operacionais
nas capitais dos Estados, para verificar o calendário de realização de testes para obtenção
do Certificado de Operador de Estação de
Radioamador– COER.
Os órgãos citados no inciso anterior deverão se encarregar também da constituição de
bancas especiais para atendimento aos candidatos portadores de deficiências físicas,
moléstias contagiosas ou acometidas de males que lhes impeçam a livre movimentação.
Considerada a característica da deficiência, os testes poderão ser adaptados quanto à
forma, à natureza e ao conteúdo.
Serão nulos, no todo ou em parte, os testes nos quais se comprove ter havido
irregularidade, quer no ato de inscrição, quer na realização, sujeitando-se os responsáveis
às penalidades previstas em lei.
O candidato aos testes de avaliação deverá se inscrever diretamente no endereço
eletrônico da Anatel (http://sistemas.anatel.gov.br/SEC), ou por via postal.
Antes da realização dos testes, o candidato deverá apresentar:
a) documento de identidade;
b) autorização do responsável legal, se menor de dezoito anos;
c) documento expedido pelo Ministério da Justiça, que reconheça a igualdade de direitos e
deveres com os brasileiros, quando se tratar de candidatos de nacionalidade portuguesa
(Portaria do Ministério da Justiça ou certidão de igualdade);
d) comprovante da aquisição de conhecimentos técnicos de radioeletricidade ou recepção
auditiva e transmissão de sinais em código Morse que possibilite a isenção das respectivas
provas, quando for o caso;
Observação: quanto à comprovação citada no item “d”, conforme a Tabela I do Anexo III do
Regulamento do Serviço de Radioamador, esta deverá ser apresentada com até cinco dias
antes do encerramento das inscrições.
Os candidatos poderão se inscrever e prestar as provas em qualquer Unidade da
Federação. Não serão aceitas as inscrições dos candidatos que:
a) não preencham os requisitos estabelecidos para a classe pretendida;
b) estejam incluídos no Sistema de Impedimentos – SISCOI;
c) estejam em débito com o FISTEL;
d) estejam em situação de irregularidade junto à Receita Federal.

DOS TESTES DE AVALIAÇÃO:


Os testes que habilitarão o candidato a obter o Certificado de Operador de Estação de
Radioamador, constituir-se-ão das seguintes matérias e respectivos índices de acertos
para aprovação, dependendo da classe:
a) Técnica e Ética Operacional – 70%;
b) Legislação de Telecomunicações – 70%;
c) Conhecimentos Básicos de Eletrônica e Eletricidade – 50%;
d) Conhecimentos Técnicos de Eletrônica e Eletricidade – 70%;
e) Código Morse:
Recepção Auditiva – 87 caracteres;
Transmissão Manual - 87 caracteres.
Observações:
Será considerado aprovado no exame de código Morse o candidato que tiver conseguido
acertar, no mínimo, oitenta e sete caracteres em cada uma das provas, ficando reprovado
quem não atingir estes valores quer em transmissão, quer em recepção;
Os testes de Recepção Auditiva e Transmissão de Sinais em Código Morse serão
constituídos de textos – em linguagem clara, com 125 (cento e vinte e cinco) caracteres
(letras, sinais e algarismos), cada um deles, transmitidos em cinco minutos e recebidos em
igual período.
O ingresso ao local de realização dos testes será permitido após a devida identificação do
candidato. O candidato será considerado aprovado nas matérias em que atingir os índices
estabelecidos.
O pedido da expedição do Certificado de Operador de Estação de Radioamador deverá ser
feito, no máximo, um ano após a aprovação da última prova realizada para a respectiva
classe.
O conteúdo dos testes de avaliação será baseado nas ementas e programas previstos
nestes procedimentos e que constem no banco de dados do Sistema de Emissão de
Certificados (SEC), da Anatel.
A aprovação final possibilitará ao candidato requerer o Certificado de Radioamador e a
Licença de Funcionamento de Estação.
Os certificados de Operador de Estação de Radioamador serão expedidos de acordo com
a aprovação nas provas conforme citado abaixo:
I. Classe "C": aprovados nos testes de Técnica e Ética Operacional e
Legislação de Telecomunicações;
II. Classe "B":
Aos radioamadores classe “C”, menores de 18 anos, decorridos dois anos da data de
expedição do COER classe “C”, desde que aprovados nos testes de Conhecimentos
Básicos de Eletrônica e Eletricidade e Transmissão e Recepção Auditiva de Sinais em
Código Morse;
Aos radioamadores classe “C”, maiores de 18 anos, desde que aprovados nos testes de
Conhecimentos Básicos de Eletrônica e Eletricidade e Transmissão e Recepção Auditiva
de Sinais em Código Morse.
Aos maiores de 18 anos, sem COER, que desejam ingressar diretamente na classe “B”,
desde que aprovados nos testes de Técnica e Ética Operacional, Legislação de
Telecomunicações, Conhecimentos Básicos de Eletrônica e Eletricidade e Transmissão e
Recepção Auditiva de Sinais em Código Morse.
III. Classe "A": acesso restrito aos radioamadores classe "B", decorrido um ano da data de
expedição do COER classe “B”, e aprovados no teste de Conhecimentos Técnicos de Eletrônica e
Eletricidade.

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO:


Os testes terão caráter eliminatório e serão aplicados na sequência e com a duração de
tempo indicado:
a) Técnica e Ética Operacional: 20 questões – 60 minutos;
b) Legislação: 20 questões – 60 minutos;
c) Conhecimentos Básicos de Eletrônica e Eletricidade: 20 questões – 60 Minutos;
d) Conhecimentos Técnicos de Eletrônica e Eletricidade: 20 questões – 60 minutos;
e) Código Morse para candidatos à classe “B”:
Recepção Auditiva – texto com 125 caracteres – 5 minutos;
Transmissão Manual – texto com 125 caracteres – 5 minutos.
Os ingressos ao local onde serão aplicados os testes dependerão da comprovação da
identidade do candidato com a respectiva inscrição.
O candidato menor de 18 anos que não possuir cédula de identificação poderá apresentar
Certidão de Nascimento ou qualquer documento que o identifique. No local de aplicação
dos testes será permitido acesso, além dos candidatos, apenas das pessoas designadas
para sua aplicação.
O candidato que tiver comportamento inconveniente durante a aplicação dos testes será
impedido de concluí-los e considerado reprovado.
Na avaliação dos testes, além das questões não respondidas ou respondidas
incorretamente, serão consideradas erradas as questões:
a) assinaladas a lápis;
b) assinaladas em duplicidade;
c) que apresentarem qualquer tipo de rasura.

RESULTADO:
A avaliação dos testes será concluída no prazo máximo de 8 (oito) dias e o resultado
estará à disposição do candidato durante o prazo de 60 (sessenta) dias contados da data
de sua publicação no endereço eletrônico da Anatel
(http://sistemas.anatel.gov.br/SEC).
REVISÃO:
É assegurado ao candidato requerer revisão do resultado dos testes, dentro do prazo de
60 (sessenta) dias a contar da data de sua publicação.
O pedido de revisão deverá ser dirigido à unidade responsável da Anatel pela aplicação
dos testes.

VALIDADE DOS TESTES


O prazo para o requerimento do COER será de doze meses, a contar da data da
publicação dos resultados dos testes de avaliação, uma vez que é de um ano a validade
das provas realizadas.

CONTEÚDOS:

Prova de legislação de telecomunicações:


Legislação de telecomunicações aplicável ao Serviço de Radioamador, compreendendo:
Lei Geral de Telecomunicações, Lei no 9.472, de
16/7/1997; Regulamento de Radiocomunicações da União Internacional de
Telecomunicações (UIT) e o Regulamento do Serviço de Radioamador.

Prova de técnica e ética operacional:


Estação de Radioamador: receptor, transmissor, transceptor e diagrama de blocos;
equipamentos experimentais e suas principais características técnicas, estabilidade,
tolerâncias; diagrama de blocos de receptores, transmissores e retransmissores;
transceptores QRP e transmissores para irradiação de sinal piloto, interfaces para modos
digitais;
Estação Repetidora: noções básicas e diagrama de bloco;
Operação: fixa ou móvel, em simplex ou através de Repetidora;
Frequência e Comprimento de Onda: noções básicas - batimento de frequência,
medidores;
Antena: noções básicas, uso de antena artificial, medições de potência e onda
estacionária; transmissão, casamento de impedância, ondas estacionárias; antena
direcional e seus princípios, ganho da antena, acopladores; noções básicas -
VHF/UHF/SHF; antenas direcionais, tipos e características técnicas, antenas especiais,
diagramas de irradiação, ângulo de irradiação, antenas para HF - VHF - UHF - SHF,
estudos da propagação; cálculo de antenas dipolo simples, V invertido, linhas de
transmissão;
Modos Digitais: noções básicas de CW, RTTY, AMTOR, ASCII, PACKET e PACTOR;
Comunicados Especiais: noções básicas;
Emergências: procedimentos operacionais em situações de emergência; operação em
situação de emergência, busca e salvamento;
Telecomunicações: mensagem, informação, onda portadora, modulação e demodulação,
AM, FM, SSB;
Comunicados: como estabelecer um comunicado nas diversas modalidades; como
estabelecer um comunicado de DX em fonia ou telegrafia; código Q; diplomas brasileiros,
concursos e contestes brasileiros; principais diplomas internacionais, concursos e
contestes internacionais;
Interferências: tipos de interferências, alternativas de solução; como detectar e evitar;
Propagação: ondas terrestres, espaciais, camadas atmosféricas, fluxo solar - FOT, MUF;
Componentes Eletrônicos: identificação, definição, simbologia e princípios de
funcionamento;
Ética Operacional: comportamento ético do radioamador e seu Código de Ética;
Procedimentos indispensáveis;
Evolução da Eletrotécnica e do Radioamador: evolução da eletrotécnica e do
radioamadorismo no Brasil, etapas;
Faixas e Sub-Faixas: modalidades e tipos de emissão para estações de radioamador.

Prova de conhecimentos básicos de eletronica e


Eletricidade:
Valor de uma corrente elétrica e a necessidade de um diâmetro mínimo para o condutor
elétrico que a transporta;
Conceitos de Diferença de Potencial (V), Corrente (I) e Resistência (R) e suas unidades;
Dimensões de uma antena dipolo de fio para uma frequência determinada quando se
conhece o fator de velocidade para o fio;
Frequência de recepção quando o Efeito Doppler ocorre para:
a) receptor móvel e emissor parado;
b) receptor parado e emissor móvel.
Valor da Resistência Equivalente quando vários resistores são associados em série e em
paralelo;
Exemplos de Oscilação Forçada;
Experimentos com os quais se podem determinar as grandezas acima mencionadas;
Corrente Elétrica e sua unidade, o Ampère;
Conceitos usados na descrição de osciladores forçados: excitador, oscilador, amplitude,
frequência de excitação, frequência natural de oscilação e amortecimento;
Conceitos usados na descrição de osciladores forçados: Excitador, Oscilador, Amplitude,
Frequência de excitação, Frequência natural de oscilação e Amortecimento;
Conceito de autoindução;
Conceito de Diferença de Potencial associado à energia de uma carga mencionar sua
unidade;
Conceito de Interferência (superposição de ondas de mesmo comprimento de onda) e
citar exemplos;
Conceito de modulação de uma onda;
Conceito de Relação de Onda Estacionária em uma linha de transmissão;
Conceito de Resistência Elétrica;
Conceito de Ressonância;
Conceitos de Comprimento de Onda, Frequência, Velocidade de Propagação e
Amplitude de uma onda;
Conceitos de Corrente Efetiva e Tensão Efetiva e relacioná-los com Corrente de Pico e
Tensão de Pico;
Conceitos de Polarização Linear, Polarização Circular e Polarização Elíptica;
Ação de uma bobina em um circuito de corrente continua;
Geração de uma Onda Estacionária a partir de uma Onda Incidente e de uma Onda
Refletida;
Modulação por Amplitude (AM) e Modulação por Frequência (FM) de uma onda;
Ocorrência de Reflexão e Refração quando uma onda ao se propagar encontra um outro
meio de características diferente do primeiro meio;
Propriedade Carga Elétrica associada às partículas do átomo;
Camadas da Ionosfera responsáveis pela reflexão dos sinais de rádio;
Linhas do Campo Magnético de um ímã, da Terra, e de um Solenóide;
Uso de Amperímetro para a determinação da corrente elétrica em um circuito simples;
Uso do Voltímetro na determinação da diferença de potencial entre pontos de um circuito
simples;
Experimentos simples no qual se pode observar a ação de uma força magnética;
Efeito Doppler;
Fenômeno da Indução Magnética em um solenóide;
Funcionamento de um diodo semicondutor em um circuito;
Funcionamento de um eletroímã simples e de seu uso em um relé;
Funcionamento de um Transformador;
Funcionamento de um transistor no papel de uma Resistência de controle da corrente;
Funcionamento de uma antena;
Funcionamento de uma válvula diodo;
Funcionamento e principais características de uma antena dipolo e de uma antena
vertical de 1/4 de onda;
Papel de um Fusível em um circuito elétrico;
Processo de Carga e Descarga de um Capacitor;
Processo de Ionização e Recombinação;
Processo de reflexão dos sinais de rádio na ionosfera, estabelecendo as principais
características dos modos de propagação e suas relações com a hora do dia;
Uso de satélites artificiais em telecomunicações;
Capacitor;
Experimento destinado a produzir uma oscilação forçada;
Modelo simples para o átomo e as moléculas;
Procedimento simples de medida de resistência com o uso de Ohmímetro;
Circuito de uma Fonte de corrente continua: transformador, ponte de retificação de
diodos, capacitor de filtragem e regulador de tensão. Função de cada um destes
elementos;
Valor da Resistência de um resistor mediante a associação de suas cores de código com
as cores de uma tabela de código fornecida;
Ondas Transversais de Ondas Longitudinais;
Oscilação Forçada e Oscilação Livre;
Diferença conceitual entre modulação de Dupla Faixa Lateral (DSB) e de
Faixa Lateral Simples (SSB);
Diferença entre Condutores e Isolantes;
Diferença entre corrente contínua e corrente alternada;
Diferença entre linha de transmissão balanceada e linha de transmissão desbalanceada;
Condições para a existência de Interferência Construtiva e Interferência Destrutiva;
Conceito de Carga e o estado elétrico de um corpo;
Condição para a ocorrência de Ressonância quando existe Oscilação Forçada;
Tipo de polarização para vários tipos de antenas mais usadas;
Equação C = I.f para calcular uma das grandezas;
Equação V = R.I em um circuito de uma única malha;
Equação V = R.I para calcular uma das grandezas, quando as outras duas são dadas.
Prova de recepção auditiva e transmissão de sinais em
Código morse:
Textos, em linguagem clara, com 125 caracteres (letras, sinais e algarismos), para
candidatos à classe “B”.

Prova de conhecimentos técnicos de eletrônica e


Eletricidade:
Além do conteúdo citado no item 7.3, o candidato deverá ser capaz de:
Associar a boa estrutura dos metais com a sua estrutura molecular;
Definir formalmente a relação entre resistência, resistividade, comprimento de onda e
área de seção reta de um resistor;
Descrever microscopicamente a corrente gerada em um semicondutor sujeito a uma
tensão;
Descrever o funcionamento de um transistor em um circuito simples de amplificação de
sinal;
Usar a Lei de Joule para relacionar a potência dissipada em um resistor com diferença de
potencial aplicada e com a corrente fluindo pelo mesmo.

OBS: O CONTEUDO DE ESTUDO A SER APRESENTADO


A SEGUIR E VOLTADO PARA O EXAME DE CLASSE C
LEGISLAÇÃO

ANEXO À RESOLUÇÃO N.º 449, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2006


REGULAMENTO DO SERVIÇO DE RADIOAMADOR

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Capítulo I
Dos Objetivos

Art. 1º. Este Regulamento tem por objetivo disciplinar as condições para execução do
Serviço de Radioamador e a obtenção do Certificado de Operador de Estação de
Radioamador. As estações do Serviço de Radioamador devem operar nas condições
estabelecidas no Regulamento de
Uso do Espectro de Radiofreqüências, bem como no Regulamento sobre Condições de
Uso de Radiofreqüências para Estações do Serviço de Radioamador.
Art. 2º. A execução do Serviço de Radioamador é regida pela Lei n.º 9.472, de 16 de julho
de 1997, pelo Regulamento dos Serviços de Telecomunicações, por outros regulamentos e
normas aplicáveis ao serviço e por este Regulamento.
Art. 3º. O Serviço de Radioamador é o serviço de telecomunicações de interesse restrito,
destinado ao treinamento próprio, intercomunicação e investigações técnicas, levadas a
efeito por amadores, devidamente autorizados, interessados na radiotécnica unicamente a
título pessoal e que não visem qualquer objetivo pecuniário ou comercial.

Capítulo II
Das Definições

Art. 4º. Para os fins a que se destina este Regulamento, aplicam-se as seguintes
definições:
I – Comunicação de terceira parte: mensagem enviada pelo operador de controle (primeira
parte) de uma estação de radioamador para outro operador de estação de radioamador
(segunda parte) em favor de outra pessoa (terceira parte).
II – Certificado de Operador de Estação de Radioamador (COER): é o documento
expedido pela Anatel à pessoa física que tenha comprovado ser possuidora de capacidade
técnica para operar estação de radioamador.
III – Estação de Radioamador: é um conjunto operacional de equipamentos, aparelhos,
dispositivos e demais meios necessários à execução do Serviço de Radioamador, seus
acessórios e periféricos e as instalações que os abrigam e complementam, concentrados
em locais específicos, ou alternativamente, um terminal portátil.
IV – Indicativo de Chamada de Estação de Radioamador: é a característica que identifica
uma estação e que será usada pelo radioamador no início, durante e no término de suas
emissões ou comunicados.
V – Licença para Funcionamento de Estação de Radioamador: é o documento que autoriza
a instalação e o funcionamento de estação do Serviço de Radioamador, com o uso das
radiofreqüências associadas.
VI – Radioamador: pessoa habilitada a operar estação do Serviço de Radioamador.
TÍTULO II
DA AUTORIZAÇÃO

Capítulo I
Da Expedição da Autorização

Art. 5º. A autorização para execução do Serviço de Radioamador será expedida pela
Anatel:
I – ao titular do Certificado de Operador de Estação de Radioamador (COER);
II – às associações de radioamadores;
III – às universidades e escolas;
IV – às associações do Movimento Escoteiro e do Movimento Bandeirante;
V – às entidades de defesa civil.
Art. 6º. A autorização para execução do Serviço de Radioamador será formalizada pela
expedição da Licença para Funcionamento de Estação de Radioamador, que incorpora
também a autorização para o uso das radiofreqüências associadas.
Parágrafo único. A autorização para execução do serviço será expedida a título oneroso,
por prazo indeterminado e a autorização de uso de radiofreqüências associadas será
expedida pelo prazo de vinte anos, prorrogável por igual período, e também a título
oneroso.

Capítulo II
Das Licenças

Art. 7º. A Licença para Funcionamento de Estação de Radioamador é intransferível, na


qual constará, necessariamente, o nome do autorizado, a sua classe, o indicativo de
chamada da estação e a potência autorizada. A licença autoriza o radioamador a utilizar
qualquer das radiofreqüências destinadas à sua classe, em conformidade com o
Regulamento sobre Condições de
Uso de Radiofreqüências para Estações do Serviço de Radioamador.
Parágrafo único. Estação de Radioamador com capacidade para comunicação via satélite
somente poderá operar se constar da Licença para Funcionamento de Estação observação
a respeito com o devido destaque.
Art. 8º. O valor e as condições de pagamento pelo direito de uso das radiofreqüências
estão estabelecidos no Regulamento de Cobrança de Preço Público pelo Direito de Uso de
Radiofreqüências (PPDUR).
Art. 9º. A prorrogação do uso de radiofreqüência associada, sempre onerosa, poderá ser
requerida até três anos antes do vencimento do prazo original, e será feita com base nos
dados cadastrais existentes no Banco de Dados Técnicos e Administrativos (BDTA) da
Anatel, cuja atualização incumbe ao radioamador.
Art. 10. O requerimento para obtenção da licença poderá ser assinado:
I – Pelo interessado;
II – Por procurador, mediante apresentação do respectivo instrumento de procuração;
III – Pelo responsável legal, quando se tratar de menor; e,
IV – Pelo dirigente ou seu preposto, no caso de pessoa jurídica.
§ 1o Quando se tratar de pessoa física, o requerimento deverá ser instruído com cópias
autenticadas do documento de identidade e do CPF do interessado.
§ 2o Quando se tratar de pessoa jurídica, o requerimento deverá ser instruído com cópia
autenticada do CNPJ e dos atos constitutivos da entidade, devidamente registrados, bem
como com a indicação de radioamador classe "A" responsável pelas operações da
estação.
§ 3o Alternativamente, em substituição às cópias autenticadas, poderão ser apresentadas
cópias e respectivos originais para autenticação pela Anatel.
Art. 11. O radioamador estrangeiro deverá apresentar, quando da solicitação da licença
para funcionamento de estação, passaporte ou carteira de estrangeiro em vigor. A licença,
neste caso, será expedida com validade limitada ao prazo de permanência do radioamador
no país.
Art. 12. As licenças para funcionamento de estação serão expedidas na Unidade da
Federação onde se localiza o domicílio do responsável. As referentes às estações
repetidoras serão expedidas na Unidade da Federação onde se localiza a sede ou
domicílio da autorizada.
Art. 13. A licença não procurada pelo seu titular, ou devolvida pelo Correio por não coincidir
com o endereço constante do cadastro da Anatel, será cancelada e excluída do Banco de
Dados Técnicos e Administrativos da Anatel 30 (trinta) dias após sua emissão ou
devolução.
Parágrafo único. A emissão da segunda via da licença para funcionamento de estação
somente será feita sem ônus, caso não haja débito relacionado com a licença original e se
o dano ou extravio for, comprovadamente, imputável ao Correio ou à Anatel.
Art. 14. O executante do Serviço de Radioamador deve manter seus dados atualizados,
bem como informar à Anatel as alterações das características técnicas ou mudança de
endereço das estações.

Capítulo III
Da Permissão Internacional de Radioamador

Art. 15. A Anatel expedirá licença para operação temporária de estações de radioamadores
nos Estados membros da Comissão Interamericana de Telecomunicações – CITEL,
signatários da Convenção Interamericana sobre a Permissão Internacional de
Radioamador, de 1995.
Art. 16. Qualquer radioamador devidamente autorizado para executar o Serviço no Brasil,
poderá solicitar a Permissão Internacional de Radioamador (IARP: do inglês International
Amateur Radio Permission), excetuando-se os radioamadores estrangeiros.
Art. 17. A IARP poderá ser utilizada apenas no território de outros Estados membros da
CITEL, signatários do Convênio. A validade da licença será de até um ano, limitada pela
data de vencimento da licença do radioamador.
Art. 18. As condições de uso da IARP estão estabelecidas no Convênio Interamericano
sobre Permissão Internacional de Radioamador.
Art. 19. Na expedição da IARP incidirá o preço de serviço administrativo.

Capítulo IV
Da Extinção

Art. 20. A autorização do Serviço de Radioamador não terá sua vigência sujeita a termo
final, extinguindo-se somente por cassação, caducidade, decaimento, renúncia ou
anulação.
Capítulo V
Das Taxas e Preços Públicos

Art. 21. Sobre estação de radioamador incidirão taxas devidas ao Fundo de Fiscalização
das Telecomunicações – Fistel, o Preço Público pelo Direito de Exploração do Serviço -
PPDESS e o Preço Público pelo Direito de Uso de Radiofreqüências – PPDUR.
Art. 22. A Taxa de Fiscalização de Instalação – TFI incidirá no ato da expedição da Licença
para Funcionamento de Estação de Radioamador.
§1º A mudança de classe do radioamador implicará a emissão de nova Licença para
Funcionamento de Estação de Radioamador, com incidência de TFI e pagamento do
PPDUR.
§ 2º A licença expedida por alterações de outra natureza que não a referida no §1º,
implicará o pagamento do preço do serviço administrativo.
Art.23. A Licença para Funcionamento de Estação de Radioamador somente será entregue
mediante a verificação de quitação da TFI, do PPDUR e do PPDESS.
Art. 24. A Taxa de Fiscalização de Funcionamento - TFF deve ser paga, anualmente, de
acordo com o Regulamento para Arrecadação de Receitas do Fundo de Fiscalização das
Telecomunicações – Fistel.

TÍTULO III
DAS ESTAÇÕES

Capítulo I
Da Classificação das Estações

Art. 25. As estações do Serviço de Radioamador podem ser:


I – Estação Fixa: Aquela cujos equipamentos estejam instalados em local fixo específico,
compreendendo os seguintes tipos:
a) Tipo 1: Localizada na Unidade da Federação onde for domiciliado ou tiver sede o
autorizado;
b) Tipo 2: Localizada em Unidade da Federação diferente do domicílio ou sede do
autorizado;
c) Tipo 3: Destinada exclusivamente à emissão de sinais pilotos para estudo de
propagação, aferição de equipamentos ou radiodeterminação.
II – Estação Repetidora: Aquela cujos equipamentos sejam destinados a receber sinais de
rádio de uma estação de radioamador e retransmitir automaticamente para outras estações
de radioamador. As Estações Repetidoras podem ser:
a) Tipo 4: Repetidora sem conexão à rede de serviço de telecomunicações;
b) Tipo 5: Repetidora com conexão à rede do Serviço Telefônico Fixo Comutado e/ou do
Serviço de Comunicação Multimídia.
III – Móvel - Aquela cujos equipamentos são destinados a serem usados quando em
movimento ou durante paradas em pontos não especificados, sendo classificada como
Tipo 6 – Estação Móvel.
IV – Estação Terrena – Aquela com capacidade de transmissão via satélite, sendo
classificada como tipo 7.
Parágrafo único. Em repetidora do tipo 5 com conexões à rede de STFC e SCM é vedado
o uso da mesma para a fruição do tráfego entre redes desses dois serviços.
Art. 26. A cada tipo de estação corresponderá uma Licença para Funcionamento de
Estação de Radioamador.
Art. 27. Ao radioamador é permitido licenciar mais de uma estação fixa por Unidade da
Federação, podendo inclusive ser do Tipo 3.

Capítulo II
Das Restrições na Localização de Estações

Art. 28. Ao autorizado é garantido o direito de instalar seu sistema irradiante, observados
os preceitos específicos sobre a matéria relativos às zonas de proteção de aeródromos e
de heliportos, bem como de auxílio à navegação aérea ou costeira, consideradas as
normas de engenharia e posturas federais, estaduais e municipais aplicáveis às
construções, escavações e logradouros públicos.
Art. 29. Na instalação de estação transmissora do Serviço de Radioamador, deverá ser
observado o atendimento à regulamentação emitida pela Anatel referente a exposição
humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos na faixa de radiofreqüência.

TÍTULO IV
CERTIFICADO DE OPERADOR DE ESTAÇÃO DE RADIOAMADOR – COER

Capítulo I
Das Regras Gerais

Art. 30. O Certificado de Operador de Estação de Radioamador é expedido a título


oneroso, é intransferível, tem prazo de validade indeterminado e habilita seu titular a obter
autorização para executar o Serviço de Radioamador e a operar estação do mencionado
serviço devidamente licenciada, podendo ser obtido por qualquer pessoa física residente
no Brasil.
Art. 31. O prazo para o requerimento do COER será de doze meses, a contar da data da
publicação dos resultados dos testes de avaliação, uma vez que é de um ano a validade
das provas realizadas.
Art. 32. O radioamador estrangeiro pode ser dispensado da obtenção do COER, devendo
operar sua estação nas condições equivalentes à de sua habilitação original e em
conformidade com a regulamentação brasileira. Ao término do prazo de validade de sua
habilitação original e permanecendo no Brasil, o radioamador deverá atualizar sua
habilitação original ou obter o Certificado de Operador de Estação de Radioamador no
Brasil.

Capítulo II
Dos Exames de Qualificação

Art. 33. O COER será concedido aos aprovados em testes de avaliação, segundo as
seguintes classes:
I – Classe "C", aos aprovados nos testes de Técnica e Ética Operacional e Legislação de
Telecomunicações;
II – Classe "B", aos portadores de COER classe “C”, menores de 18 anos, decorridos dois
anos da data de expedição do COER classe "C", e aos maiores de 18 anos, desde que
aprovados, em ambos os casos, nos testes de Técnica e Ética Operacional, Legislação de
Telecomunicações e Conhecimentos Básicos de Eletrônica e Eletricidade e Transmissão e
Recepção Auditiva de Sinais em Código Morse;
III – Classe "A", aos radioamadores Classe "B", decorrido um ano da data de expedição do
COER classe “B”, e aprovados nos testes de Técnica e Ética Operacional, Legislação de
Telecomunicações, Conhecimentos Técnicos de Eletrônica e Eletricidade e Transmissão e
Recepção Auditiva de Sinais em Código Morse.
§ 2º As inscrições para a mudança de classe somente podem ser efetuadas após
encerrados os prazos discriminados nos incisos II e III.
§ 3o Estão isentos, em função da classe pretendida, de testes de Conhecimentos (Básicos
ou Técnicos) de Eletrônica e Eletricidade ou de Transmissão e Recepção Auditiva de
Sinais em Código Morse o candidato que comprove possuir tais capacidades técnica e
operacionalmente, conforme
Tabela I do Anexo III.

TÍTULO V
ASPECTOS OPERACIONAIS E TÉCNICOS

Capítulo I
Das Regras Gerais

Art. 34. As estações de radioamador devem operar em conformidade com a respectiva


licença, limitada a sua operação às faixas de freqüências, tipos de emissão e potência
atribuídas à classe para a qual esteja licenciada.
Art. 35. Ao radioamador é vedado desvirtuar a natureza do serviço, assim como usar de
palavras obscenas e ofensivas, não condizentes com a ética que deve nortear todos os
seus comunicados.
Art. 36. O radioamador está obrigado a aferir as condições técnicas dos equipamentos que
constituem suas estações, garantindo-lhes o funcionamento dentro das especificações e
normas. No caso de uso de equipamentos experimentais, sempre que solicitado pela
autoridade competente, o radioamador deverá prestar as informações relativas às
características técnicas da estação e de seus projetos.
Art. 37. A estação de radioamador só poderá ser utilizada por terceiros ou operada por
outro radioamador na presença do titular da estação ou responsável e respeitadas a ética
do serviço e as disposições da legislação e normas vigentes.
Art. 38. O radioamador que, eventualmente, operar estação da qual não seja o titular,
poderá transmitir o indicativo de chamada da sua estação e o da estação que estiver
operando para se identificar, limitada a sua operação às faixas de freqüências, tipos de
emissão e potência atribuídas à classe de menor grau, seja do radioamador visitante ou da
estação visitada.
Parágrafo único. O radioamador estrangeiro poderá operar eventualmente estação de
radioamador, na presença do titular ou responsável pela estação, devendo neste caso,
transmitir, além do indicativo de chamada constante de seu documento de habilitação
original, o da estação que estiver operando.

Capítulo II
Da Terceira Parte

Art. 39. As estações de radioamador não poderão ser utilizadas para transmitir
comunicados internacionais procedentes de terceira parte ou destinado a terceiros, exceto
em situações de emergência ou desastres.
Parágrafo único. O disposto no caput não é aplicável quando existir acordo específico, com
reciprocidade de tratamento, que permita a troca de mensagens de terceiras partes entre
radioamadores do Brasil e do país signatário.
Capítulo III
Das Condições Operacionais

Art. 40. A transmissão simultânea em mais de uma faixa de freqüências é permitida nos
seguintes casos:
I – Na divulgação de boletins informativos de associações de radioamadores;
II – Na transmissão realizada por qualquer radioamador quando configurada situação de
emergência ou calamidade pública;
III – Nas experimentações e comunicações normais que envolvam estações repetidoras ou
que exijam, necessariamente, o emprego de outra faixa de freqüências para
complementação das transmissões;
IV – Nas competições internacionais.
Art. 41. Não poderá o radioamador operar estação sem identificá-la. Parágrafo único.
Durante as transmissões, o indicativo de chamada deverá ser transmitido, pelo menos, a
cada hora e, preferencialmente, nos 10 (dez) minutos anteriores ou posteriores à hora
cheia.
Art. 42. A todo tempo e em todas as faixas de freqüências o operador da estação deve dar
prioridade a estações efetuando comunicações de emergência.
Art. 43. Poderão ser utilizados, nos comunicados entre radioamadores, o Código Q (Séries
QRA a QUZ) e o Código Fonético Internacional.

Capítulo IV
Das Estações Repetidoras

Art. 44. A Licença para Funcionamento de Estação Repetidora do Serviço de Radioamador


poderá ser requerida por:
I – por titular do Certificado de Operador de Estação de Radioamador (COER) Classe “A”;
II – associações de radioamadores;
III – universidades e escolas;
IV – associações do Movimento Escoteiro e do Movimento Bandeirante;
V – entidades de defesa civil.
Art. 45. A estação repetidora deve possuir dispositivos que irradiem, automaticamente, seu
indicativo de chamada em intervalos não superiores a dez minutos, bem como dispositivo
que possibilite ser desligada remotamente.
Art. 46. A estação repetidora poderá manter sua emissão (transmissão), no máximo, por
cinco segundos, após o desaparecimento do sinal recebido (sinal de entrada).
Art. 47. O uso continuado da estação repetidora não poderá exceder a três minutos,
devendo a estação possuir dispositivo que a desligue automaticamente após esse período.
A temporização retornará a zero a cada pausa no sinal recebido.
Art. 48. A estação repetidora poderá transmitir unilateralmente, sem restrições de tempo,
nos seguintes casos:
I – Comunicação de emergência;
II – Transmissões de sinais ou comunicados para a medição de emissões, observação
temporária de fenômenos de transmissão e outros fins experimentais autorizados pela
Anatel;
III – Divulgação de boletins informativos de interesse de radioamadores;
IV – Difusão de aulas ou palestras destinadas ao treinamento e ao aperfeiçoamento
técnico dos radioamadores.
Art. 49. A conexão de estação repetidora à rede de Serviço Telefônico Fixo Comutado –
STFC será permitida desde que haja anuência da prestadora local de STFC.
Art. 50. Somente radioamadores classes "A" ou "B" poderão operar estação repetidora
com conexão à rede do STFC.
Art. 51. A estação repetidora somente poderá ser conectada à rede do STFC quando
acionada por estação de radioamador, não sendo permitido o acionamento da mesma
através da rede telefônica pública.
Art. 52. A estação repetidora conectada à rede de serviço de telecomunicações deve
possibilitar que sejam ouvidas ambas as partes em contato, em sua freqüência de
transmissão.
Art. 53. O radioamador que utilizar da repetidora conectada à rede de serviço de
telecomunicações deve se identificar no início e no fim do comunicado.
Art. 54. As estações repetidoras devem ser abertas a todos os radioamadores, observadas
as classes estabelecidas, admitindo-se apenas a codificação para acesso à rede do STFC.

TÍTULO VI
DOS INDICATIVOS DE CHAMADA

Capítulo I
Da Classificação

Art. 55. Compete à Anatel atribuir os indicativos de chamada para o Serviço de


Radioamador.
Art. 56. É facultado ao radioamador escolher, desde que vago, o indicativo de chamada,
que identifica sua estação de forma unívoca.
Parágrafo único. A vacância de um indicativo de chamada ocorrerá por extinção da
autorização, decorrido o prazo de um ano da exclusão da licença do Banco de Dados
Técnico e Administrativo da Anatel.
Art. 57. Os indicativos de chamada são classificados em:
I – Efetivos: São os utilizados quotidianamente para identificação em quaisquer
transmissões;
II – Especiais: Os que forem atribuídos a estações de radioamadores especificamente para
uso em competições nacionais ou internacionais, expedições e eventos comemorativos, de
conformidade com o estabelecido neste Regulamento, limitado o uso e a validade ao
período de duração do evento.
Art. 58. O indicativo especial será concedido mediante requerimento à Anatel e constará da
autorização válida para o período de duração do evento ou eventos acumulados até o
limite de 1 (um) mês.
§1º. Na expedição da autorização para uso do indicativo especial, incide apenas o preço
de serviço administrativo.
§2º. Será concedido 1 (um) único indicativo especial por vez a cada estação de
radioamador.
Art. 59. Quando houver apenas estação móvel licenciada, será atribuído indicativo de
chamada da Unidade da Federação onde for domiciliado o radioamador ou sediada a
pessoa jurídica requerente.
Capítulo II
Da Formação dos Indicativos de Chamada Efetivos

Art. 60. Os indicativos de chamada de estação de radioamador serão formados de acordo


com as tabelas dos Anexos I e II deste Regulamento.
Parágrafo único. Não poderão figurar como sufixos dos indicativos de chamada os
seguintes grupamentos de letras: DDD, SNM, SOS, SVH, TTT, XXX, PAN, RRR e a série
de QAA a QZZ
Art. 61. Para as classes "A" e "B", o indicativo de chamada será constituído de prefixo
correspondente à Unidade da Federação onde se localiza a estação, seguido do número
identificador da região e de agrupamento de duas ou três letras.
Art. 62. Para a classe "C" os indicativos de chamada terão, respectivamente, o prefixo PU
seguidos do número identificador da região e de agrupamento de três letras
correspondentes à Unidade da Federação onde se localiza a estação do autorizado.
Art. 63. Os indicativos de chamada das estações de radioamadores estrangeiros serão
constituídos do prefixo correspondente à Unidade da Federação onde se localiza a
estação, seguido do agrupamento de três letras do alfabeto, iniciado pela letra "Z".
Art. 64. O indicativo de chamada das estações localizadas em ilhas e arquipélagos
oceânicos, penedos e atóis terá a seguinte formação:
I – Para estações de radioamadores classe “A” ou "B", os indicativos serão formados pelo
prefixo "PY", seguido do número "0" e do agrupamento de duas ou três letras, sendo a
primeira letra aquela identificadora da ilha, arquipélago oceânico, penedo ou atol em
questão;
II – Para estações de radioamadores classe "C" os indicativos serão formados pelo prefixo
"PU", seguido do número "0" e do agrupamento de três letras, sendo a primeira letra
aquela identificadora da ilha, arquipélago oceânico, penedo ou atol em questão;
III – O sufixo do indicativo de chamada terá como primeira letra aquela identificadora da
ilha, arquipélago oceânico, penedo ou atol, conforme a seguir indicado:
a) "F" para estações localizadas no Arquipélago de Fernando de Noronha;
b) "S" para estações localizadas nos Penedos de São Pedro e São Paulo;
c) "T" para estações localizadas na Ilha de Trindade;
d) "R" para estações localizadas no Atol das Rocas;
e) "M" para estações localizadas nas Ilhas de Martim Vaz.
Art. 65. Para as estações localizadas na Região Antártica:
I – Os indicativos de chamada efetivos para as classes “A” e “B”, terão o prefixo “PY”,
seguido do número “0”, mais um agrupamento de duas ou três letras sendo a primeira
obrigatoriamente a letra “A”;
II – Os indicativos de chamada efetivos para a classe “C” terão o prefixo “PU”, seguido do
número “0”, mais um agrupamento de duas ou três letras sendo a primeira
obrigatoriamente a letra “A”.
Art. 66. Para as estações de radioamadores estrangeiros classes “A” e “B” localizadas nas
ilhas ou arquipélagos oceânicos, penedos ou atóis ou na Região Antártica, os indicativos
de chamada efetivos serão formados pelo prefixo “PY”, seguido do dígito “0”, mais um
agrupamento de três letras, sendo a primeira a letra “Z” e a segunda aquela identificadora
da ilha, arquipélago, penedo ou atol em questão ou da Região Antártica.
Art. 67. Para as estações de radioamadores estrangeiros classe “C” localizadas nas ilhas,
arquipélagos oceânicos, penedos ou atóis ou na Região Antártica, os indicativos de
chamada efetivos serão formados pelo prefixo “PU”, seguido do dígito “0”, mais um
agrupamento de três letras, sendo a primeira a letra “Z” e a segunda aquela identificadora
da ilha, arquipélago oceânico, penedo ou atol em questão ou da Região Antártica.
Capítulo III
Da Formação dos Indicativos de Chamada Especiais

Art. 68. Os indicativos especiais terão a seguinte formação:


I – Prefixos da série ZV-ZZ seguidos do dígito identificador da Unidade da Federação (1 a
9), ilha, arquipélago oceânico, penedo, atol ou Região Antártica (0), mais um agrupamento
de até três letras, podendo ser solicitados por radioamadores das classes “A”, “B” e “C”;
II – Prefixos da série PP-PX, seguidos do dígito identificador da Unidade da Federação (1 a
9), ilha, arquipélago oceânico, penedo, atol ou Região Antártica (0), mais um agrupamento
de até três letras, podendo ser solicitados apenas por radioamadores da classe “A” que
comprovem documentalmente a participação em, pelo menos, dois concursos
internacionais;
III – Exceto nos casos previstos no inciso VI deste artigo, os sufixos dos indicativos
especiais outorgados às estações de radioamadores da classe “C” terão três letras, sendo
a primeira obrigatoriamente a letra “W”;
IV – O sufixos dos indicativos especiais das estações de radioamadores das classes “A” e
“B” operando nas ilhas, arquipélago oceânico, penedo ou atol terão como primeira ou única
letra aquela identificadora da Ilha em questão;
V – Os sufixos dos indicativos especiais das estações de radioamadores das classes “A” e
“B” operando na Região Antártica terão como primeira ou única letra, obrigatoriamente a
letra “A”;
VI – Os sufixos dos indicativos especiais das estações de radioamadores da classe “C”
operando nas ilhas, arquipélago oceânico, penedo, atol ou na Região Antártica terão três
letras, sendo a primeira a identificadora da Ilha em questão ou da Região Antártica e a
segunda, a letra “W”.
Art. 69. Os indicativos especiais para operações e expedições em Faróis e Ilhas, que não
as Oceânicas referidas neste Regulamento, terão obrigatoriamente o dígito indicador da
Unidade da Federação à qual pertençam geograficamente, sendo proibida a utilização do
dígito 0.
Art. 70. Os indicativos especiais com apenas uma letra no sufixo serão atribuídos para uso
exclusivo em concursos internacionais e expedições.
Art. 71. Na atribuição dos indicativos de chamada especiais não se aplica o disposto no art.
56, podendo o mesmo ser atribuído a outra estação de radioamador logo após o termo
final constante da Licença de estação de radioamador.
Art. 72. Em ocasiões especiais e mediante justificativa do interessado, a Anatel poderá
dispensar o atendimento às regras de formação de indicativo especial dispostas neste
capítulo.

TÍTULO VII
DAS SANÇÕES

Art. 73. A infração a este Regulamento, bem como a inobservância dos deveres
decorrentes deste Regulamento, sujeita os infratores às sanções aplicáveis pela Anatel,
conforme definidas no Livro III, Título VI “Das Sanções” da Lei nº 9.472, de 16 de julho de
1997, bem como aquelas decorrentes de regulamentação expedida pela Anatel.
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 74. Fica estabelecido prazo de 24 meses contado da data de publicação deste
regulamento, para que os atuais radioamadores Classe “D” solicitem a migração de seu
COER para a Classe “C” citada no art. 33, inciso I, deste Regulamento.
§1º. A expedição da nova licença para a Classe “C” implicará o pagamento do preço do
serviço administrativo.
§2º. Durante o período de transição, a Anatel não distribuirá indicativos especiais com o
prefixo “ZZ”.
ÉTICA OPERACIONAL

A observância à ética operacional pelo radioamador, além de permitir a boa e


harmoniosa convivência, é decorrência de exigência legal, consoante se verifica nos
dispositivos a seguir transcritos, extraídos do Anexo à Resolução nº 449, de 17 de
novembro de 2007, que trata sobre o Regulamento do Serviço de Radioamador, verbis:

Art. 35. Ao radioamador é vedado desvirtuar a natureza do serviço, assim como usar
de palavras obscenas e ofensivas, não condizentes com a ética que deve nortear todos os
seus comunicados.

Art. 37. A estação de radioamador só poderá ser utilizada por terceiros ou operada
por outro radioamador na presença do titular da estação ou responsável e respeitadas a
ética do serviço e as disposições da legislação e normas vigentes.

Ademais, para ingresso no serviço de radioamador, é exigida a aprovação em prova


de conhecimento sobre a ética operacional, consoante disposto no art. 33 do anexo à
Resolução 449/07.

Ressalta-se que os princípios éticos são a base de um radioamadorismo sadio,


fraterno e construtivo e visam proporcionar a harmonia e o entusiasmo humano.
Lembre-se que o radioamadorismo é um contínuo processo de aprendizado. Nós
aprendemos através de instruções, e os comentários abaixo fornecerão princípios básicos
para uso consciente de nossa QRG.

1 O coordenador da Rede ou Rodada é o responsável pelo fato de ser a mesma


conduzida de maneira ordenada e cortês e que não perturbe outros comunicados.
2 Nenhuma rede ou operador individual tem o direito exclusivo a uma frequência
específica, a menos que esteja conduzindo tráfego de emergência. O uso pertence aquele
que a está ocupando no momento.
3 Não interrompa no meio de uma conversação, se você pretende fazer uma
chamada a outra estação ou pretende juntar-se ao grupo, ou rodada. Espere, ao menos,
até que o câmbio da estação que está com a palavra termine e, só então anuncie seu
indicativo de chamada depois que a estação que estiver falando desligar o PTT ou VOX.
O uso do “break” só é permitido em casos de comprovada emergência.
4 Identificar uma estação com “BOA TARDE”, “BOM DIA”, “ESTOU CHEGANDO
AÍ?”, “OPORTUNIDADE”, etc., não são formas aceitáveis de identificação. Sempre
provocam um retorno inútil de câmbio, que poderia ser evitado, por exemplo “BOM DIA DE
QUEM”, “QUEM CHAMOU?”, “OPORTUNIDADE PARA QUEM?” e por aí afora.
5 Se você achar que uma nova estação que chegou à freqüência não sabe quem
você é, por bom procedimento operacional e por cortesia, dê-lhe seu indicativo de
chamada e nome.
6 Mesmo que a estação que se identificou seja de seu melhor amigo, se não é sua
vez de falar, não entre na QRG, não o cumprimente, não lhe dirija a palavra. Espere a sua
oportunidade de falar, dentro da seqüência natural.
7 É extremamente desagradável desenvolver uma conversação bilateral com os
demais à parte, em uma rodada.
8 Nunca faça comentários ou observações durante a conversação de outros. É
deselegante.
9 Use frases elegantes em sua conversação. Evite palavreado chulo, palavras e ou
jargão de sentido duvidoso e impróprio das bandas de radioamador, de forma que não
venha ferir a suscetibilidade dos que estão escutando.
10 Lembre-se que sua transmissão está sendo ouvida por muitos radioescutas,
inclusive por monitores e rastreadores de banda. Do que disser nas faixas dependerá o
conceito que cada ouvinte fará do radioamadorismo brasileiro.
11 Não interrompa quem está falando, salvo se tiver algo muito importante a
acrescentar. Interromper uma conversa é tão deseducado em rádio como pessoalmente.
12 Evite criticar pela faixa, ou então comentar sobre assunto de que não tem real
conhecimento. A crítica pela faixa pode assumir graves proporções e causar males
irreparáveis.
13 Não extravase sentimentos negativos pela faixa quando uma medida ou atitude
dos Órgãos Diretivos não lhe agradar, ou quando uma falha administrativa causar
dissabor. Procure o diálogo com sinceridade.
14 Evite enfileirar-se com os que, por motivos inconfessáveis, procuram tudo
denegrir e aviltar.
15 Os comunicados devem ser amistosos e compreensivos. A maneira de fazer as
coisas é tão importante quanto as coisas que devem ser feitas.
16 Ajude os menos experientes. Faça isso de uma forma elegante, desinteressada e
paciente.
17 Guarde sigilo quanto às comunicações eventualmente ouvidas em outras faixas,
que não as de radioamador.
18 Evite fazer crítica a outros modos de transmissão pelo fato de não se dedicar a
esta ou aquela modalidade operacional.
19 Se você tiver necessidade de um QSO mais demorado, será demonstração de
camaradagem e consideração aos demais colegas se procurar uma janela fora dos
segmentos de DX.
20 O trote pela QRG, embora seja gozado para quem o pratica, predispõe a outra
parte a ficar desconfiada, insegura e sempre na expectativa de um novo trote. Isso poderá
fazer com que, em situações emergenciais, ela não acredite naquilo que esteja ouvindo.
21 QRM zero é coisa que não se pode pretender no radioamadorismo. Sempre
haverá um ou outro QRM neste ou naquele QSO, devido ao congestionamento das faixas,
o que não é motivo para descarregar na QRG frases e/ou palavras inconvenientes. Se
você quiser comunicados livres de interferências, o radioamadorismo talvez não
seja a opção mais adequada.
22 Jamais suprima parte de seu indicativo de chamada. Somente completo ele é
exclusivo.
23 Quando se tratar de um QTC de emergência ou SOS, interrompa todo e
qualquer QSO, dando prioridade exclusivamente ao operador que está de posse do
QTC/SOS na QRG.
24 Se você tem uma estação “poderosa” deve ser o primeiro a colaborar para que
todos “tenham sua vez”. Será fácil para você aguardar o término do contato já
estabelecido, torcer por ele e, depois então, caçar a figurinha. O companheiro do contato
anterior vai ficar contente com o colega que teve a consideração de aguardar o término de
seu QSO.
25 É extremamente desagradável ouvir que este ou aquele colega impediu ou
dificultou o outro com QRM ou sinais de sua estação.
26 Faça sempre saber que você evita contatar estações que sejam violadoras
habituais dos preceitos básicos de ética operacional.
27 Respeite as freqüências das Expedições de DX. Evite entrar em sua QRG em
desacordo com as normas da boa operação e da ética radiomadorística. Muito esforço foi
previamente desenvolvido até se conseguir chegar “ao ar”. Os operadores trabalham em
condições difíceis, tem que ser verdadeiros malabaristas para atender milhares de
chamados do mundo inteiro. Os equipamentos, muitas vezes, ficam em cima de pedras ou
mesmo no chão. Os expedicionários se alimentam a base de conservas, passam noites
mal dormidas, são perturbados por insetos e, tudo isso, para proporcionar ao resto do
mundo a oportunidade de faturar mais uma “figurinha” ou um novo país para o DXCC.
28 Não entre em cima de colega que já iniciou a contestação a um CQ. Dê-lhe a
chance para concluir seu contato antes que você tente seu chamado.
29 Respeite os responsáveis e mantedores de repetidoras. Embora instaladas no
alto de torres, edifícios e montanhas, elas não caem do céu. Geralmente um grupo de
pessoas se empenha para colocar este serviço à sua disposição. O equipamento, as
antenas, cabos coaxiais, alimentação, etc, são montados e mantidos com consideráveis
gastos. Geralmente um grupo, ou, excepcionalmente, uma pessoa são os responsáveis
pela instalação e manutenção. Se você deseja utilizar uma repetidora de sua região, entre
em contato com a pessoa responsável ou o grupo que a mantém. Sem apoio financeiro,
além de não haver expansão as repetidoras existentes poderãoser desativadas.
30 Os câmbios “espada” (câmbios muito longos) podem impedir que alguém utilize a
QRG, mesmo que esteja com alguma emergência.
TECNICA OPERACIONAL
GLOSSÁRIO
CW = Telegrafia
CQ = Chamada geral
DX = Comunicado a longa distancia
SPLIT = Uso de frequencias distintas para transmissao e recepcao
RODADA = Comunicado em conjunto
BREAK = Interrupcao
PTT = Push to talk (microfone)
VOX = Sistema de acionamento da transmissao por voz
HT = HANDIE TALK (transmissor de mao)
UHF = Frequência ultraelevada
VHF = Frequencia muito elevada.
PILE-UP = Passo em salto
MANAGER = Coordenador
PSE MANAGER (PLEASE MANAGER) = Por favor informe o coordenador
QSL INFO (QSL INFORMATION) = Informacao para enderecamento do QSL
PSE UR CALL (PLEASE YOUR CALL) = Seu indicativo, por favor?
FB (FINE BUSINESS) = Otima Transmissão
OM (OLD MAN) = Radio Amador
RCVR (RECEIVER) = Receptor
XMTR (TRANSMITER) = Transmissor
XCVR (TRANSCIEVER) = Transceptor
SN (SOON) = Logo, cedo ou em breve
UP (UP) = Acima. Ex.: 5 up = 5kHz acima de frequencia
DOWN (DOWN) = Abaixo. Ex.: 10 down = 10kHz abaixo na frequencia
TKS (THANKS) = Obrigado
SK (SILENT KYE) = Fim de transmissão. Pode significar Radioamador falecido.
PSE (PLEASE) = Por favor, quando for pedir algo a outra a outra estação
QSP = Ponte. (Quando duas estacoes não conseguem ouvir-se mutuamente, uma terceira
entra para fazer a “ponte”, ou seja, a conexão entre as duas).
SOS = Pare de falar imediatamente. Será transmitida uma mensagem de emergência.
73 (SEVENTY THREE) = Setenta e tres, Significa ABRAÇO.

RESPEITE PARA SER RESPEITADO


- Seja leal!
- Aja corretamente!
- Não abuse dos códigos!
- Não interrompa outros comunicados desnecessariamente!
- Não atrapalhe os comunicados de emergências!
- Seja solidário!
UM POUCO DE HISTÓRIA

Em 1837, Samuel B. Morse inventou o telegrafo, um sistema capaz de transmitir


sinais eletricos a distancia que, devidamente interpretados de acordo com um codigo
inventado por ele, o Codigo Morse, permitiam a transmissao de uma mensagem entre dois
pontos distantes.
Em 1864, James Clarck Maxwell preve a existencia de ondas de radio
Em 1888, o Alemão Heinrich Hertz prova a existência de ondas de radio
Em 1896, o Italiano Guglielmo Marconi realiza experiencias de transmiçao de sinais
telegraficos, que conseguem ser captados a centenas de metros de distancia, criando o
telegrafo sem fio.
Em 1893, o Padre Gaucho Roberto Landell de Moura ja fazia espantosas
experiencias bem-sucedidas de transmissão e recepcao da voz, sem fio, a uma distancia
de cerca de 8km. Na Avenida Paulista, em Sao Paulo, de onde o conseguiu contatar o alto
de Santana.

IMPORTANTE
- Os radioamadores devem conduzir-se nas faixas com integral respeito as normas legais,
sobretudo as que regulam o Servico de Radioamador.
- Nossas obrigacoes perante aos demais colegas radioamadores nao se limitam apenas a
dispositivos regulamentares. Mais importante e o uso do bom senso e de cortesia
reciproca, ao compartilharmos as frequencias que nos sao destinadas.
- Nos comunicados em geral, e especialmente nos comunicados internacionais, procure
utilizar as orientacoes contidas neste material, contribuindo assim para formacao de uma
boa imagem do Radioamadorismo Brasileiro.

EQUIPAMENTOS
Para garantir a qualidade do Servico de Radioamador, utilize somente equipamentos
certificados e homologados pelo Ministerio das Comunicacoes.
Da mesma forma, o sistema Irradiante (conjunto formado por antena, cabo, conectores e
isoladores) e fundamental para o bom desempenho da estacao , evitando interferencias
em outros servicos.
Em caso de duvida na instalacao, consulte um colega radioamador ou tecnico
especializado.
CÓDIGOS UTILIZADOS NO RADIOAMADORISMO

Somente o CODIGO Q e o CODIGO MORSE são autoriazados para o uso dos


Radioamandores
FONÉTICO INTERNACIONAL
Fonetico não e um codigo sim uma convenção com o fim de facilitar a comunicação

A ALFA
B BRAVO
C CHARLIE
D DELTA
E ECO
F FOX
G GOLF
H HOTEL
I INDIA
J JULIET
K KILO
L LIMA
M MIKE
N NOVEMBER
O OSCAR
P PAPA
Q QUEBEC
R ROMEU
S SIERRA
T TANGO
U UNIFORME
V VICTOR
W WHISKEY
X X-RAY
Y YANQUE
Z ZULU

OS NÚMEROS
Os numeros tambem sao “codificados” de uma maneira muito simples. Quem fala “seis”,
pode ser interpretado como “treis”. Entao, evite essa confusao dizendo:

0 Zero de Negativo;
1 Um de Primeiro;
2 Dois de Segundo;
3 Tres de Terceiro;
4 Quatro de Quarto;
5 Cinco de Quinto;
6 Seis de Sexto;
7 Sete de Setimo;
8 Oito de Oitavo;
9 Nove de Nono.
(Nao estranhe. O zero e chamado de negativo mesmo).
CÓDIGO Q “QUEBEC” INTERNACIONAL
Este codigo e utilizado em todo o mundo, sendo que a cada conjunto de tres letras
associa-se uma ideia. O código Q e distribuído e 4 series.

Serie QAA a QNZ = Reservado ao serviço aeronáutico, regulamentado pela ICAO.


Serie QOA a QQZ = Reservado ao serviço marítimo.
Serie QRA a QVZ = Destinado ao serviço geral.
Serie QVZ a QZZ = Não distribuída

CONJUNTOS BASICOS

QAP = Na escuta.
QAM = Condição meteorológica.
QRA = Nome do operador.
QRL = Você está ocupado.
QRG = Frequência.
QRM = Interferência.
QRN = Estática.
QRO = Aumentar a potência da estação.
QRP = Diminuir a potência da estação.
QRS = Transmita mais devagar.
QRT = Fim de transmissão.
QRU = Ocorrência.
QRV = Estou à disposição.
QRX = Aguarde.
QRZ = Quem está chamando?
QSA = Qualidade do sinal.
QSB = Variacao de intensidade de sinais.
QSM = Repita a mensagem.
QSJ = Dinheiro.
QSL = OK. Confirmado. Tudo entendido.
QSO = Conversa. Comunicado. Contato.
QSY = Mudar de frequência.
QUF = Informação sobre perigo.
QTA = Cancele a mensagem
QTI = Destino.
QTC = Mensagem.
QTO = Banheiro.
QTH = Local.
QTR = Horário.
TKS = Obrigado
CODIGO MORSE
ANEXOS
FORMAÇÃO DOS INDICATIVOS DE CHAMADA EFETIVOS
UNIDADES DA FEDERAÇÃO CLASSES "A" OU "B" CLASSE "C"
ACRE PT 8 AA a ZZ PU 8 JAA a LZZ
PT 8 AAA a YZZ
ALAGOAS PP 7 AA a ZZ PU 7 AAA a DZZ
PP 7 AAA a YZZ
AMAPÁ PQ 8 AA a ZZ PU 8 GAA a IZZ
PQ 8 AAA a YZZ
AMAZONAS PP 8 AA a ZZ PU 8 AAA a CZZ
PP 8 AAA a YZZ
BAHIA PY 6 AA a ZZ PU 6 JAA a YZZ
PY 6 AAA a YZZ
CEARÁ PT 7 AA a ZZ PU 7 MAA a PZZ
PT 7 AAA a YZZ
DISTRITO FEDERAL PT 2 AA a ZZ PU 2 AAA a EZZ
PT 2 AAA a YZZ
ESPÍRITO SANTO PP 1 AA a ZZ PU 1 AAA a IZZ
PP 1 AAA a YZZ
GOIÁS PP 2 AA a ZZ PU 2 FAA a HZZ
PP 2 AAA a YZZ
MARANHÃO PR 8 AA a ZZ PU 8 MAA a OZZ
PR 8 AAA a YZZ
MATO GROSSO PY 9 AA a ZZ PU 9 OAA a YZZ
PY 9 AAA a YZZ
MATO GROSSO DO SUL PT 9 AA a ZZ PU 9 AAA a NZZ
PT 9 AAA a YZZ
MINAS GERAIS PY 4 AA a ZZ PU 4 AAA a YZZ
PY 4 AAA a YZZ
PARAÍBA PR 7 AA a ZZ PU 7 EAA a HZZ
PR 7 AAA a YZZ
PARANÁ PY 5 AA a ZZ PU 5 MAA a YZZ
PY 5 AAA a YZZ
PARÁ PY 8 AA a ZZ PU 8 WAA a YZZ
PY 8 AAA a YZZ
PERNAMBUCO PY 7 AA a ZZ PU 7 RAA a YZZ
PY 7 AAA a YZZ
PIAUÍ PS 8 AA a ZZ PU 8 PAA a SZZ
PS 8 AAA a YZZ
RIO DE JANEIRO PY 1 AA a ZZ PU 1 JAA a YZZ
PY 1 AAA a YZZ
RIO GRANDE DO NORTE PS 7 AA a ZZ PU 7 IAA a LZZ
PS 7 AAA a YZZ
RIO GRANDE DO SUL PY 3 AA a ZZ PU 3 AAA a YZZ
PY 3 AAA a YZZ
RONDÔNIA PW 8 AA a ZZ PU 8 DAA a FZZ
PW 8 AAA a YZZ
RORAIMA PV 8 AA a ZZ PU 8 TAA a VZZ
PV 8 AAA a YZZ
SANTA CATARINA PP 5 AA a ZZ PU 5 AAA a LZZ
PP 5 AAA a YZZ
SÃO PAULO PY 2 AA a ZZ PU 2 KAA a YZZ
PY 2 AAA a YZZ
SERGIPE PP 6 AA a ZZ PU 6 AAA a IZZ
PP 6 AAA a YZZ
TOCANTINS PQ 2 AA a ZZ PU 2 IAA a JZZ
PQ 2 AAA a YZZ
FORMAÇÃO DE INDICATIVOS DE CHAMADA EFETIVOS
ILHAS E ARQUIPÉLAGOS OCEÂNICOS, CLASSES "A" e "B" CLASSE "C"
PENEDOS, ATÓIS e REGIÃO ANTÁRTICA
FERNANDO DE PY 0 FA a FZ e PU 0 FAA a FZZ
NORONHA PY 0 FAA a FZZ
MARTIM VAZ PY 0 MA a MZ e PU 0 MAA a MZZ
PY 0 MAA a MZZ
ATOL DAS ROCAS PY 0 RA a RZ e PU 0 RAA a RZZ
PY 0 RAA a RZZ
PENEDO DE SÃO PEDRO PY 0 SA a SZ e PU 0 SAA a SZZ
E SÃO PAULO PY 0 SAA a SZZ
TRINDADE PY 0 TA a TZ e PU 0 TAA a TZZ
PY 0 TAA a TZZ
REGIÃO ANTÁRTICA - BRASIL PY 0 AA a AZ e PU 0 AAA a AZZ
PY 0 AAA a AZZ

FORMAÇÃO DE INDICATIVOS DE CHAMADA ESPECIAIS


UNIDADES DA FEDERAÇÃO Classes A e B Classe C

ACRE ZV8, ZW8, ZX8, ZY8, ZZ8 ZV8W, ZW8W, ZX8W, ZY8W,
AMAPÁ ZZ8W
AMAZONAS
MARANHÃO
PARÁ
PIAUI
RONDÔNIA
RORAIMA
ALAGOAS ZV7, ZW7, ZX7, ZY7, ZZ7 ZV7W, ZW7W, ZX7W, ZY7W,
CEARÁ ZZ7W
PARAÍBA
PERNAMBUCO
RIO GRANDE DO NORTE
BAHIA ZV6, ZW6, ZX6, ZY6, ZZ6 ZV6W, ZW6W, ZX6W, ZY6W,
SERGIPE ZZ6W
DISTRITO FEDERAL ZV2, ZW2, ZX2, ZY2, ZZ2 ZV2W, ZW2W, ZX2W, ZY2W,
GOIÁS ZZ2W
SÃO PAULO
TOCANTINS
ESPÍRITO SANTO ZV1, ZW1, ZX1, ZY1, ZZ1 ZV1W, ZW1W, ZX1W, ZY1W,
RIO DE JANEIRO ZZ1W
MATO GROSSO ZV9, ZW9, ZX9, ZY9, ZZ9 ZV9W, ZW9W, ZX9W, ZY9W,
MATO GROSSO DO SUL ZZ9W
MINAS GERAIS ZV4, ZW4, ZX4, ZY4, ZZ4 ZV4W, ZW4W, ZX4W, ZY4W,
ZZ4W
PARANÁ ZV5, ZW5, ZX5, ZY5, ZZ5 ZV5W, ZW5W, ZX5W, ZY5W,
SANTA CATARINA ZZ5W
RIO GRANDE DO SUL ZV3, ZW3, ZX3, ZY3, ZZ3 ZV3W, ZW3W, ZX3W, ZY3W,
ZZ3W
FORMAÇÃO DE INDICATIVOS DE CHAMADA ESPECIAIS
UNIDADE DA FEDERAÇÃO CLASSE “A”
PREFIXO/CONJUNTO
ACRE PX8
AMAPÁ
AMAZONAS
MARANHÃO
PARÁ
PIAUI
RONDÔNIA
RORAIMA
ALAGOAS PQ7, PV7, PW7 e PX7
CEARÁ
PARAÍBA
PERNAMBUCO
RIO GRANDE DO NORTE
BAHIA PQ6, PR6, PS6, PT6, PV6, PW6 e PX6
SERGIPE
DISTRITO FEDERAL PR2, PS2, PV2, PW2 e PX2
GOIÁS
SÃO PAULO
TOCANTINS
ESPÍRITO SANTO PQ1, PR1, PS1, PT1, PV1, PW1 e PX1
RIO DE JANEIRO
MATO GROSSO PP9, PQ9, PR9, PS9, PV9, PW9 e PX9
MATO GROSSO DO SUL
MINAS GERAIS PP4, PQ4, PR4, PS4, PT4, PV4, PW4 e PX4
PARANÁ PQ5, PR5, PS5, PT5, PV5, PW5 e PX5
SANTA CATARINA
RIO GRANDE DO SUL PP3, PQ3, PR3, PS3, PT3, PV3, PW3 e PX3

FORMAÇÃO DE INDICATIVOS DE CHAMADA EFETIVOS


CLASSES "A" e "B" CLASSE "C"
FERNANDO DE PY 0 FA a FZ e PU 0 FAA a FZZ
NORONHA PY 0 FAA a FZZ
MARTIM VAZ PY 0 MA a MZ e PU 0 MAA a MZZ
PY 0 MAA a MZZ
ATOL DAS ROCAS PY 0 RA a RZ e PU 0 RAA a RZZ
PY 0 RAA a RZZ
PENEDO DE SÃO PEDRO PY 0 SA a SZ e PU 0 SAA a SZZ
E SÃO PAULO PY 0 SAA a SZZ
TRINDADE PY 0 TA a TZ e PU 0 TAA a TZZ
PY 0 TAA a TZZ
REGIÃO ANTÁRTICA - BRASIL PY 0 AA a AZ e PU 0 AAA a AZZ
PY 0 AAA a AZZ
FORMAÇÃO DE INDICATIVOS DE CHAMADA ESPECIAIS
CLASSES A e B CLASSE C
ILHA DE FERNANDO DE NORONHA ZV0F, ZW0F, ZX0F, ZY0F, ZV0FW, ZW0FW, ZX0FW,
ZZ0F ZY0FW, ZZ0FW
PENEDOS DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO ZV0S, ZW0S, ZX0S, ZY0S, ZV0SW, ZW0SW, ZX0SW,
ZZ0S ZY0SW, ZZ0SW
ILHA DE TRINDADE ZV0T, ZW0T, ZX0T, ZY0T, ZV0TW, ZW0TW, ZX0TW,
ZZ0T ZY0TW, ZZ0TW
ATOL DAS ROCAS ZV0R, ZW0R, ZX0R, ZY0R, ZV0RW, ZW0RW, ZX0RW,
ZZ0R ZY0RW, ZZ0RW
ILHA DE MARTIM VAZ ZV0M, ZW0M, ZX0M, ZY0M, ZV0MW, ZW0MW, ZX0MW,
ZZ0M ZY0MW, ZZ0MW
REGIÃO ANTÁRTICA ZV0A, ZW0A, ZX0A, ZY0A, ZV0AW, ZW0AW, ZX0AW,
ZZ0A ZY0AW, ZZ0AW
FORMAÇÃO DE INDICATIVOS DE CHAMADA ESPECIAIS
CLASSE A
ILHA DE FERNANDO DE NORONHA PP0F, PQ0F, PR0F, PS0F, PT0F, PV0F, PW0F e PX0F
PENEDOS DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO PP0S, PQ0S, PR0S, PS0S, PT0S, PV0S, PW0S e PX0S
ILHA DE TRINDADE PP0T, PQ0T, PR0T, PS0T, PT0T, PV0T, PW0T e PX0T
ATOL DAS ROCAS PP0R, PQ0R, PR0R, PS0R, PT0R, PV0R, PW0R e PX0R
ILHA DE MARTIM VAZ PP0M, PQ0M, PR0M, PS0M, PT0M, PV0M, PW0M e PX0M
REGIÃO ANTÁRTICA PP0A, PQ0A, PR0A, PS0A, PT0A, PV0A, PW0A e PX0A

TABELA DE ISENÇÕES
Requerente Isenção Comprovação da Isenção
Militares da Oficiais formados pela Escola Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
Marinha Naval. Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
Eletricidade. Ministério da Marinha).
Oficiais do Quadro Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
complementar do Corpo da Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
Armada ou Corpo de Fuzileiros Eletricidade. Ministério da Marinha)
Navais aperfeiçoamento em
Armamento, Comunicações,
Eletrônica ou Máquinas.
Oficiais do Corpo de Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
Engenheiros e Técnicos Técnicos de Ministério da Defesa (ou do ex-
Navais. Eletrônica e Eletricidade. Ministério da Marinha).
Praças do Corpo da Armada Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
especializados em Eletricidade Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
(EL), Aviônica (VN), Eletricidade; transmissão e Ministério da Marinha).
Comunicações Interiores (CI), recepção auditiva de sinais em
Armas Submarinas (AS), Código Morse.
Eletrônica (ET), Motores (MO),
Artilharia (AT), Operador de
Radar (OR) e Operador de
Sonar (OS).
Praças do Corpo da Armada Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
especializados em Telegrafia. Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
Eletricidade; transmissão e Ministério da Marinha).
recepção auditiva de sinais em
Código Morse.
Praças do Corpo de Fuzileiros Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
Navais especializados em Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
Comunicações Navais (CN). Eletricidade; transmissão e Ministério da Marinha).
recepção auditiva de sinais em
Código Morse.
Praças do Corpo de Fuzileiros Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
Navais Sub-especializados em Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
Eletrônica. Eletricidade. Ministério da Marinha).
Militares do Oficiais e Cadetes do 4º Ano Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
Exército da Arma de Comunicações. Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
Eletricidade; transmissão e Ministério do Exército).
recepção auditiva de sinais em
Código Morse.
Oficiais de qualquer Arma Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
possuidores do Curso O. I. Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
(Oficiais de Comunicações) da Eletricidade. Ministério do Exército) e
Escola de Comunicações do certificado de conclusão do
Exército. curso expedido pela Escola.
Praças possuidores do curso Transmissão e recepção Carteira de identidade do
S-17 (Telegrafia) da Escola de auditiva de sinais em Código Ministério da Defesa (ou do ex-
Comunicações do Exército. Morse. Ministério do Exército) e
certificado de conclusão do
curso expedido pela Escola.
Praças possuidores dos cursos Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
S-19 (Avançado de Eletrônica) Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
ou S-21 (Avançado de Eletricidade. Ministério do Exército) e
Eletricidade) da Escola de certificado de conclusão do
Comunicações do Exército. curso expedido pela Escola
Militares da Oficiais-aviadores e Cadetes- Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
Aeronáutica aviadores do último ano da Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
Academia da Força Aérea. Eletricidade; transmissão e Ministério da Aeronáutica)
recepção auditiva de sinais em
Código Morse.
Oficiais especialistas em Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
Comunicação. Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
Eletricidade; transmissão e Ministério da Aeronáutica)
recepção auditiva de sinais em
Código Morse.
Sub-oficiais e Sargentos Conhecimentos Básicos ou Carteira de identidade do
Radiotelegrafistas formados Técnicos de Eletrônica e Ministério da Defesa (ou do ex-
pela Escola de Especialistas Eletricidade; transmissão e Ministério da Aeronáutica)
da Aeronáutica. recepção auditiva de sinais em
Código Morse.
Cabos radiotelegrafistas Transmissão e recepção Carteira de identidade do
formados pelos Comandos auditiva de sinais em Código Ministério da Defesa (ou do ex-
Aéreos Regionais. Morse. Ministério da Aeronáutica)
Civis Engenheiros, alunos de escola Conhecimentos Básicos ou Carteira do CREA ou diploma
de ensino superior e Técnicos de Eletrônica e registrado no Ministério da
tecnólogos especializados em Eletricidade. Educação; ou curriculum ou
eletrônica ou histórico escolar que
telecomunicações. demonstrem terem sido
Técnicos formados por escolas aprovados em disciplinas que
profissionalizantes oficiais ou contenham todos os tópicos
oficializadas, especializados relativos ao programa de
em eletrônica ou conhecimentos técnicos.
telecomunicações.
Radiotelegrafistas formados Conhecimentos técnicos; Certificado de Radiotelegrafista
por escolas oficiais ou transmissão e recepção expedido pela pertinente
oficializadas. auditiva de sinais em Código escola.
Morse.
FREQUNCIAS PARA RADIOAMADOR

SUBIDIVISÕES DE FAIXAS
CODIGO Q COMPLETO PARA
RADIOAMADORES
OBSERVAÇÕES TECNICAS

Estação de Radioamador
Receptor: Equipamento que recebe Mensagem
Transmissor: Equipamento que Transminte a mensagem
Transceptor: Equipamento que Transmite e Recebe as Mensagem em um unico Aparelho

Estação Repetidora: É um rádio-transceptor utilizado quando as estações de transmissão


e recepção estão muito afastadas (mais de 50 Km) ou para contornar obstáculos no
terreno.

Operação:
Fixa: Estação de radio não pode ser movida com facilidade
Móvel: Estação de radio portatil de grande mobilidade
Simplex: Modo de operação em que a transmissão da informação se processa apenas de
um ponto A para um ponto B (transmissão unidirecional).
Semiduplex: Modo de operação que ora transmite, ora recebe.
Duplex: Modo de operação em que a transmissão e a recepção ocorrem simultaneamente
no mesmo equipamento.
Frequência e Comprimento de Onda:
Noções básicas: As ondas de rádio se propagam tanto junto da superfície terrestre quanto
em direção ao espaço. Essas ondas eletromagnéticas se deslocam no espaço à
velocidade da luz, aproximadamente 300.000 Km/Seg.
Comprimento: O comprimento de onda de rádio é a distância percorrida por uma onda
durante o tempo requerido para completar um ciclo.

Frequencia: Freqüência de uma onda de rádio é o número de ciclos completos que


ocorrem durante o espaço de um segundo.

Antena:
Noções básicas: Nos sistemas de radiocomunicações, a energia de radiofreqüência é
gerada por um radiotransmissor, que alimenta uma antena transmissora, através de uma
linha de transmissão. A antena transmissora irradia essa energia no espaço em velocidade
próxima da luz. A antena receptora absorve uma parte dessa energia e a transmite para o
aparelho receptor, através de outra linha de transmissão.
Modos Digitais:
CW: Uso do código Morse é agora um pouco obsoleto, embora ainda seja empregado em
algumas finalidades específicas, incluindo rádio faróis, e por CW (continuous wave - onda
contínua), operadores de radioamadorismo. Código Morse é o único modo
de modulação feito para ser facilmente compreendido por humanos sem ajuda de um
computador, tornando-o apropriado para mandar dados digitais em canais de voz.
RTTY: RTTY ou “Radio teletipo” é um modo FSK que tem sido usado mais do que
qualquer outro modo digital (exceto o código morse). RTTY é uma técnica muito simples
que usa um código de cinco bits para representar todas as letras do alfabeto, os números,
alguns sinais de pontuação e alguns caracteres de controle. Aos 45 baud (tipicamente)
cada bit é 1/45.45 longos segundos, ou 22 ms e corresponde a uma velocidade de
digitação de 60 WPM. Não há correção de erros no RTTY; ruídos e interferências podem
ter um efeito muito prejudicial. Apesar de suas desvantagens relativas, RTTY ainda é
popular com muitos radioamadores. Este modo foi implementado com o software da placa
de som do PC comumente disponíveis.
AMTOR: AMTOR é um modo FSK que raramente é utilizado pelos radioamadores no
século 21. Enquanto um modo robusto, ele só tem 5 bits (tal como o seu antecessor RTTY)
e não pode transferir ASCII estendidos ou dados binários. Com uma taxa de
funcionamento conjunto de 100 baud, ele não compete eficazmente com a correcção de
velocidade e erro de mais modos ARQ modernos como Pactor. A versão não-ARQ deste
modo é conhecido como FEC, e conhecido como SITOR-B pelos serviços de informação
da Marinha.
ASCII: ASCII é uma sigla para “American Standard Code for Information Interchange”
(Código Padrão Norte-americado para Intercâmbio de Informações). Esse código foi
proposto por Robert W. Bemer, visando padronizar os códigos para caracteres alfa-
numéricos (letras, sinais, números e acentos). Assim seria possível que computadores de
diferentes fabricantes conseguissem entender os códigos.
PACKET: HF PACKET – É um modo FSK (neste caso a 300 baud) que consiste numa
adaptação do popular Packet FM usado em VHF (1200 baud). Embora a versão HF do
Packet Rádio tenha uma mais reduzida largura de banda devido aos níveis de ruído
normalmente associados às operações em HF, ele mantém os mesmos protocolos e a
capacidade de utilização em "node" de muitas estações na mesma frequência. Apesar da
sua reduzida largura de banda (300 baud), este modo não é fiável para a generalidade das
comunicações de amador nas bandas de HF nem para passar tráfego de rotina e dados
entre áreas onde haja falta de cobertura de repetidores de VHF (digipeaters). O Packet em
HF e VHF tem recentemente crescido em popularidade, pois este é o protocolo usado pelo
APRS – Automatic Position Reporting System, em VHF e nos 30 metros HF.
PACTOR: PACTOR é um modo FSK e é um padrão em empresas transnacionais Multi-
Modo moderno. Ele é projetado com uma combinação de pacotes e Técnicas Amtor.
Embora este modo também está desaparecendo em uso, é o modo digital mais popular do
ARQ amador HF hoje e usado principalmente por amadores para enviar e receber e-mail
através do rádio. Este modo é um grande avanço em relação AMTOR, com sua taxa de
operação de 200 baud, técnica de compressão de Huffman e verdadeira capacidade de
transferência de dados binários.
situação de emergência, busca e salvamento;
Telecomunicações:
Mensagem:Qualquer pensamento ou idéia, expressos de forma simples, em linguagem
clara ou sigilosa e preparada de forma a poder ser transmitida por algum meio de
comunicações.
Informação: É a resultante do processamento, manipulação e organização de dados, de tal
forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do
sistema (humano, animal ou máquina) que a recebe.
Onda portadora: Componente de radiofreqüência de uma onda transmitida, sobre a qual se
pode superpor um sinal de áudio, de informação, de código ou outra forma qualquer, que
possa ser impressa.
Modulação: Processo de variar a amplitude, freqüência ou fase da portadora, segundo
outros sinais, para transmitir informação. O sinal modulador pode ser de áudio, de vídeo
(televisão), pulsos elétricos, tons simples para operar relés, etc.
Demodulação: É o processo que nos permite reverter o processo da modulação. Também
chamado de detecção, envolve dispositivos eletrônicos, chamados modems, encarregados
de detectar a onda portadora modulada e extrair dela o sinal modulante.
AM: AM (Amplitude modulada) - A freqüência permanece constante e alteramos a
amplitude do sinal.
FM: FM (Freqüência modulada) - Neste caso, a amplitude da portadora permanece
inalterada; modula-se a freqüência, ou seja, alteramos as características da freqüência.
SSB: SSB (Banda lateral singela) - Forma derivada e aperfeiçoada da modulação em
amplitude, onde se utiliza apenas uma banda do sinal senoidal da onda, modulando-se a
amplitude do sinal. A frequência permanece constante.
Interferências:
Interferência de radiofreqüência :Este tipo de interferência é causado por sinais de
radiofreqüência (RF) na freqüência do receptor sem fio afetado ou perto dessa freqüência.
Os sinais de interferência podem ter sido transmitidos intencionalmente ou não-
intencionalmente, como resultado de algum defeito ou característica indesejada da fonte.
Não é necessário que o sinal de interferência esteja exatamente na mesma freqüência do
sistema sem fio para causar problemas. Sinais fortes de RF que estejam perto da
freqüência sem fio podem afetar a operação do receptor sem fio, causando problemas de
áudio e de recepção.
Interferência elétrica: A interferência elétrica não beneficia ninguém e quase nunca é
intencional. Com poucas exceções, os equipamentos que causam problemas de
interferência elétrica não foram concebidos para serem fonte de energia de RF.
Freqüentemente, a interferência resulta de um defeito, uma falha ou um problema de
manutenção que podem ser corrigidos rapidamente. Alguns tipos de equipamentos
eletrônicos simplesmente tendem a gerar interferência no curso normal de operação.
Intermodulação: A intermodulação é um tipo de interferência às vezes encontrada em
sistemas de microfone sem fio. A intermodulação difere das outras formas de interferência
pelo fato de ser criada no próprio sistema sem fio, não diretamente por alguma fonte
externa. Outros tipos de interferência são causados por outros transmissores na freqüência
de operação do sistema sem fio, por portadoras de estações de TV, pela saída harmônica
de transmissores em freqüências mais baixas, por emissões espúrias de vários tipos de
equipamentos eletrônicos e por fontes externas semelhantes. Em cada caso, o sinal
interferente está em uma freqüência muito próxima da freqüência do sistema sem fio.
Propagação:
Ondas terrestres: As frentes de onda se propagam junto ao solo, acompanhando a
curvatura da terra.

Ondas Espaciais: A propagação entre a antena transmissora e a antena receptora ocorre


sem a influência da terra.

Propagação Ionosférica: A onda celeste sofre reflexões na ionosfera e na troposfera. A


uma altura que varia entre 80 km e 400 km a atmosfera está ionizada, ou seja, os tomos
possuem cargas elétricas. Em conseqüência a trajetória dos sinais de rádio de certas
faixas de frequências, pode ser modificada fazendo que se curvem de volta para a terra.
Fluxo Solar: E uma medida dos sinais de rádio gerados pelo Sol. Ele é medido todos os
dias na frequência de 2800Mhz. Um aumento destes sinais, proporcionam, assim como as
manchas solares uma melhora nas condições de propagação. Pode variar de 60 até 300.
Quanto mais baixo, teremos menos manchas solares e propagação ruim.
FOT: FREQUÊNCIA DE TRABALHO OTIMA (FOT) - A melhor freqüência de operação é a
que permite comunicar com menos problemas. Deve ser suficientemente alta para evitar
problemas de multipath fading, absorção, e ruído encontrados nas freqüências mais
baixas; mas não tão alta que possa ser afetada por mudanças bruscas na ionosfera. Uma
freqüência que corresponda a estas exigências é a FREQUÊNCIA DE TRABALHO OTIMA
(FOT). Fot é a abreviatura de "frequence optimum de travail". A fot é cerca de 85% da muf,
mas esta percentagem varia e pode ser bastante menos que 85%.
MUF: FREQUÊNCIA MÁXIMA UTILIZÁVEL (MUF) - Quanto mais alta a freqüência de uma
onda rádio, menor o grau de refração causada pela ionosfera. Por isso, para um
determinado ângulo de incidência e hora do dia, existe uma freqüência máxima que pode
ser usada na comunicação entre dois pontos. Esta freqüência é conhecida como
FREQUÊNCIA MÁXIMA UTILIZÁVEL (MUF). Ondas rádio com frequências acima da muf
são refratadas mais lentamente e retornam à terra num ponto para lá do local pretendido
ou perdem-se no espaço. Variações na ionosfera podem baixar ou subir a muf prevista em
qualquer altura. Isto é especialmente verdade na camada F2.
ECHOLINK: RADIOAMADORES NA INTERNET

Trata-se de um sistema que integra estaçoes de radio e conexoescom a Internet,


possibilitando que as estações façam contado atraves de conexões por radio o por
computadores.

Obs: Serviço Gratuito, So para Radioamadores, compativel pra PCs, Celulares e Tablets.
RESUMO DOS CODIGOS PARA RADIO AMADORES

CODIGO Q ALFABETO FONETICO INTERNACIONAL


QAP Na escuta Letras Palavras Pronuncias
QRA Nome do operador A Alpha AL – FA
QSA Intensidade dos sinais B Bravo BRA – VO
QRM Interferência C Charlie CHAR – LIE
QRN Estática D Delta DEL – TA
QRQ Transmitir mais depressa E Echo E – CHO
QRS Transmitir mais devagar F Foxtrot FOX – TROT
QRT Parar transmissão G Golf GOL – FE
QRV Estou à disposição H Hotel HO – TEL
QRX Aguarde I India IN – DI – NA
QRZ Quem está chamando? J Juliet JU – LI – ETE
QSJ Dinheiro K Kilo KI – LO
QSL Entendido, Positivo L Lima LI – MA
QSY Mudar de frequência M Make MAI – QUE
QTA Cancelar a mensagem N November NO – VEM – BER
QTC Comunicado, Mensagem O Oscar OS – CAR
QTH Localização P Papa PA – PA
QTI Destino Q Quebec QUE – BE – QUE
QTJ Velocidade de deslocamento R Romeu RO – MEU
QTR Hora exata S Sierra SI – E – RRA
QUA Informação T Tango TAN – GO
QUB Informe sua visibilidade U Uniforme U – NI – FOR – ME
QRU Ocorrência V Victor VIC – TOR
QTO Banheiro W Whiskey WHIS – KEY
QRL Você está ocupado? X X Ray EX – REY
QSM Repita a mensagem Y Yankee IAN – QUI
QSN Você me escutou Z Zulu ZU – LU
QUF Informação sobre perigo Numero Por extenso Pronuncia
QTZ Manter estação aberta 0 Zero ZE – RO
QAM Condição meteorológica 1 Uno U – NO
QRG Qual a frequência? 2 Dois DO – IS
TKS Obrigado 3 Três TRE – IS
NIL Sem alteração 4 Quatro QUA – TRO
NUMERICO SEQUENCIAL 5 Cinco CIN – CO
0=Negativo 1=Primeiro 2=Segundo 6 Seis MEIA - DUZIA
3=Terceiro 4=Quarto 5=Quinto 7 Sete SE – TE
6=Sexto 7=Sétimo 8=Oitavo 8 Oito OI – TO
9=Nono 9 Nove NO – VE
CODIGO MORSE
A .- G --. M -- S ... Z --.. 1 .---- 7 --...
B -... H .... N -. T - 2 ..--- 8 ---..
C -.-. I .. O --- U ..- 3 ...-- 9 ----.
D -.. J .--- P .--. V ...- 4 ....- 0 -----
E . K -.- Q --.- X -..- 5 .....
F ..-. L .-.. R .-. Y -.-- 6 -....
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Anatel www.anatel.gov.br/institucional/
LABRE – Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão www.labre.org.br/
Google www.google.com
Manual de Campanha C 11-1 - EMPREGO DAS COMUNICAÇÕES, 2ª Edição, 1997
Manual de Campanha C 24-9 - EXPLORAÇÃO EM RADIOTELEFONIA, 3ª Edição, 1995.
Manual de Campanha C 24-12 - Sinais de serviço e indicativos operacionais. 1°
Edição,1972
Manual de Campanha C 24-18 - EMPREGO DO RÁDIO EM CAMPANHA, 4ª Edição,
1997,

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