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Fundamentos e

Metodologia da
Educação Corporativa
Módulo

3 Tecnologias mediadoras da
educação
Fundação Escola Nacional de Administração Pública

Presidente
Diogo Godinho Ramos Costa

Diretor de Educação Continuada


Paulo Marques

Coordenador-Geral de Educação a Distância


Carlos Eduardo dos Santos

Conteudista/s
Eneides Batista Soares de Araújo (conteudista, 2019)

Curso produzido em Brasília 2019.

Enap, 2019

Enap Escola Nacional de Administração Pública


Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF

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Sumário
1. Orientações sobre o Módulo 3....................................................... 5

2. Aprendizagem flexível: uma nova proposta para a oferta da educação


corporativa........................................................................................ 6

3. Aprendizagem aberta.................................................................... 7

4. As Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs) e as suas


possibilidades de interatividade na educação.................................... 8
4.1. Conceitos relacionados à tecnologia................................................................9
4.2. Educação flexível e sua evolução....................................................................10
4.3. Ferramentas para a educação........................................................................11

5. O uso de recursos tecnológicos na educação corporativa............. 13


5.1. Tecnologias para ensino presencial................................................................13
5.2. Tecnologias para ensino a distância...............................................................16

6. Encerramento.............................................................................. 19

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3
Módulo
Tecnologias mediadoras da
educação
1. Orientações sobre o Módulo 3
Neste módulo, falaremos sobre mediação e flexibilização das atividades de ensino e sobre o uso
consciente das Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs) na aprendizagem.

A sociedade atual está marcada pela presença constante da informatização em todas as áreas
da vida, seja em casa, no ensino ou no trabalho. Entretanto, a tecnologia não se resume ao uso
massivo de celulares, computadores e tablets; a definição é mais ampla, como veremos neste
módulo.

Ao analisarmos as tecnologias mediadoras que podem ser utilizadas na educação, precisamos


ter em mente não só essa definição, mas também nossos objetivos de ensino e a forma de
interação escolhida.

Após o estudo, você será capaz de:

• Relatar os conceitos de aprendizagem flexível.

• Identificar relações entre os objetivos, os conteúdos e o uso de ferramentas para


mediação da aprendizagem.

• Selecionar ferramentas para mediação da aprendizagem.

• Reconhecer as diferentes possibilidades das Tecnologias da Informação e de Comunicação


(TICS) como recursos para a mediação da aprendizagem.

• Descrever as possibilidades midiáticas para fomentar a aprendizagem interativa e


colaborativa nos ambientes educacionais.

• Distinguir as ferramentas síncronas e assíncronas e suas possibilidades de interação na


mediação da aprendizagem corporativa a distância.

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2. Aprendizagem flexível: uma nova proposta para a
oferta da educação corporativa

"Pela primeira vez na história da humanidade, a maioria das


competências adquiridas por uma pessoa no início de seu
percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira.
[...] Trabalhar quer dizer, cada vez mais, aprender, transmitir
saberes e produzir conhecimentos." (LEVY, 1999, p.157)

A aprendizagem flexível não deve ser entendida apenas como sinônimo da educação a distância
(EAD), mas também como uma possibilidade de flexibilizar a oferta dos cursos.

Trata-se de conduzir a formação profissional fazendo uso dos vários recursos possíveis, apoiados
em um ambiente de aprendizagem que possibilite a participação ativa do servidor, tendo como
pressupostos flexibilidade, interatividade e autonomia.

Na maioria das organizações públicas, a educação presencial ainda é a modalidade predominante


na formação profissional. É expressiva a quantidade de cursos que são realizados em sala de
aula e em laboratórios de informática, com a presença ativa do professor como palestrante e
responsável principal pela transmissão de conhecimentos. Nesses ambientes, o formato de aula
tradicional, pautado na presença do professor, no quadro e no livro, ainda é seguido. Assim, até
a própria configuração da sala de aula não convida ao debate de ideias.

Sancho e Hernández (2006, p. 32) defendem que:

"as salas de aula devem tornar-se lugares em que estudantes


e professores se comunicam de forma interativa, e como
especialistas e companheiros na localidade, na cultura e no
globo".

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É necessário, para esses autores, considerar um repensar na condução dos cursos presenciais,
saindo da única forma de entrega da educação unidirecional. Isso implica um repensar pedagógico,
que deve ser pautado não apenas nos avanços das Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs), mídias, hipermídias e na sua utilização, mas também em um repensar na condução do
processo de ensino-aprendizagem presencial e/ou a distância, pautado nos estudos dos teóricos
dessas áreas.

Para Moran (2000, p. 47):

"se ensinar dependesse só de tecnologias já teríamos achado as


melhores soluções há muito tempo. Elas são importantes, mas
não resolvem as questões de fundo". Complementa o mesmo
autor que "aprendemos pelo interesse, pela necessidade.
Aprendemos mais facilmente quando percebemos o objetivo,
a utilidade de algo, quando nos traz vantagens perceptíveis. O
conhecimento que é elaborado a partir da própria experiência
torna-se muito mais forte e definitivo em nós".

3. Aprendizagem aberta
Na literatura, ainda não se tem uma definição concreta do que vem a ser esse modo de
aprendizagem. Pouco se encontra a respeito e, por vezes, são usadas outras nomenclaturas,
tais como: aprendizagem aberta; aprendizagem aberta flexível (AAF); aprendizagem flexível
colaborativa.

No Dicionário de Terminologia de EAD, encontra-se a seguinte definição de aprendizagem aberta:

Aprendizagem aberta: "um conceito de educação que tem as características de abertura;


abertura a diversas clientelas sem restrições; abertura a variações individuais em termos de
critérios de aprovação; abertura a variações individuais em termos de métodos ou meios de
ensino-aprendizagem. Para permitir tanta abertura e flexibilidade, os sistemas de aprendizagem
aberta geralmente utilizam materiais autodidáticos e sistemas de EAD".

Já Beeton e Duguid (2007, p. 32) definem aprendizagem aberta flexível:

Aprendizagem aberta flexível: a AAF pode encerrar abordagens da aprendizagem convencional,


tais como programas baseados em textos e em material audiovisual, cursos e aprendizagem

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empírica (desde que o seu fornecimento seja possível num formato aberto e flexível, e que o seu
acesso seja permitido aos formandos sempre que o desejarem), bem como novas abordagens,
tais como o uso de novas tecnologias, por exemplo, CD-ROM ou vídeo interativo.

Nesse contexto, destaca-se que a "flexibilização da aprendizagem" está diretamente ligada à


oferta adequada de um curso, o qual deve ser atraente ao público. Para isso, alguns elementos
importantes para viabilizar a construção do saber precisam ser considerados e bem trabalhados.
São eles:

i) A mídia.

ii) A metodologia utilizada (presencial ou a distância).

iii) Os momentos de experiência prática.

iv) O apoio de um orientador ou tutor e o acompanhamento de um coordenador


pedagógico, responsável pela orientação didático-pedagógica.

v) A escolha da melhor metodologia a ser ofertada.

vi) Avaliação das ações desenvolvidas, de modo que promovam a efetividade dos
cursos ofertados.

É necessário que você assista ao vídeo indicado na plataforma da Escola Virtual de


Governo.

Segue link do video

https://cdn.evg.gov.br/cursos/271_EVG/videos/modulo01video07.mp4

4. As Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs)


e as suas possibilidades de interatividade na educação
Marco Silva (2010) divide as formas de mediação em duas categorias: um-todos e todos-todos.
Assim, tecnologias utilizadas na educação, com conteúdo pré-definido, mas sem possibilidade
de retorno daqueles que a utilizam, como o rádio e a TV educativa, são classificadas como
mediação um-todos. Já a utilização de tecnologias de forma colaborativa e com redefinição do
planejamento de forma constante, como a utilização de blogs e wikis, são classificadas como
todos-todos.

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AMBIENTE DE APRENDIZAGEM

PRESENCIAL E@D

NO ENSINO

PEDAGOGIA
CENTRADA

NO ALUNO

Antes de tratarmos das possibilidades de interação, precisamos conceituar os termos tecnologia,


tecnologia da informação e tecnologia da comunicação.

4.1. Conceitos relacionados à tecnologia


Usualmente, a palavra tecnologia traz à lembrança as últimas novidades da informática:
celulares com múltiplas funções, computadores cada vez mais poderosos e menores, tablets
com funcionalidades surpreendentes. No entanto, esse conceito é mais amplo, pois tecnologia
engloba a habilidade humana de desenvolver coisas utilizando sua engenhosidade sem estar
restrita às máquinas.

Podemos encontrar uma definição bem elaborada sobre o que é tecnologia na Wikipédia:

"Assim, é fácil perceber que tecnologia é o conhecimento humano colocado em prática. Ela serve
para ampliar as nossas possibilidades físicas. Podemos pensar na Internet como um repositório
das nossas memórias, como um ponto de encontro para trocarmos informações com pessoas de
lugares distantes, como um ambiente de aprendizagem".

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O que é Tecnologia da Informação?

O termo tecnologia da informação serve para designar o conjunto


de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e o uso
da informação. Ela está fundamentada nos seguintes componentes
(BEAL apud REZENDE, 2000):

• Hardware e seus dispositivos e periféricos.


• Software e seus recursos.
• Sistemas de telecomunicações.
• Gestão de dados e informações.

O que é Tecnologia da Comunicação?

Podemos entendê-la como as mídias, isto é, rádio, televisão, Internet. Utiliza a produção, o
armazenamento, a utilização e a reutilização das informações produzidas cotidianamente e que
podem ser processadas e copiadas logicamente.

Compreendemos, dessa maneira, que as tecnologias não dizem respeito apenas às ferramentas.
Segundo Pierre Levy, possuímos as tecnologias da inteligência, das quais a linguagem oral e
a linguagem escrita são suas representantes. Para ele, qualquer criação do homem cujo uso
amplie, exteriorize e altere as funções cognitivas, como a memória, a imaginação, a percepção e
o raciocínio, é uma tecnologia da inteligência.

Podemos ir além: para a pesquisadora Juana Sancho, em entrevista ao Jornal do Brasil, "a
conotação de novo ou velho pode ter uma dimensão absoluta e outra relativa. Um objeto,
artefato, ideia ou conceito podem ser novos para um indivíduo ou grupo mesmo que tenha sido
elaborado, fabricado, criado ou desenvolvido anos ou séculos antes. Pode ser algo cotidiano e
parte da vida de todo um país ou de determinados grupos sociais e, ao mesmo tempo, ser um
futurismo inalcançável para outros países, para alguns indivíduos ou grupos do próprio país. No
momento, porém, o adjetivo "novo" acompanha as tecnologias, sobretudo as relacionadas à
informação (computadores, redes telemáticas, televisão digital etc.). Essa visão afasta a atenção
do público das novas biotecnologias (clonagem, blindagem de células, reprodução assistida,
alimentos transgênicos) que estão afetando nossas vidas tanto ou mais que as tecnologias da
informação".

4.2. Educação flexível e sua evolução

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De fato, a educação a distância é bem antiga, sendo que, ao longo do tempo, as tecnologias
mediadoras do processo é que foram sendo substituídas. Houve educação a distância por
correspondência, a qual, no Brasil, teve representação nos cursos oferecidos pelo Instituto
Universal Brasileiro. Em função da dimensão continental de nosso país e de sua diversidade
social, esses cursos por correspondência obtiveram muito sucesso.

Esse formato praticamente se extinguiu no final dos anos de 1990, com a proliferação dos cursos
via satélite e a chegada da Internet. Atualmente, encontramos educação a distância por meio da
televisão aberta - os telecursos da Fundação Roberto Marinho são um exemplo.

Há, também, a televisão corporativa com vídeos pré-gravados em CD ou DVD e distribuídos pelas
organizações. Atualment,e há um grande número de instituições que utilizam a Internet e o
ambiente Moodle para promover treinamentos para um maior número de participantes e em
locais distantes.

Arnal Villarroel (apud MARTINS; BORGES; POLAK; NASCIMENTO DE SOUZA, 2000) considera
a existência de três gerações das tecnologias da comunicação que também possibilitam a
aprendizagem flexível: mídia impressa ou comunicada por outros meios; mídia de comunicação
síncrona, a combinação de televisão e computador: áudio e videoconferência; e mídia assíncrona,
o e-mail. Essas são possibilidades de comunicação que podem ser utilizadas de forma criativa,
combinadas com o ensino a distância e presencial, complementando-se.

4.3. Ferramentas para a educação


Com o advento da Internet, novas mídias passaram a auxiliar a interação, surgindo diferentes
recursos utilizados no processo de ensino e de aprendizagem: blogs, wikis, redes sociais como o
Twitter e o Facebook, ambientes de aprendizagem como o Moodle, repositórios de informações
como a Wikipédia, marcadores de endereços como o Delicious, dentre outros.

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Essas novas mídias podem auxiliar na implantação e, até mesmo,
na consolidação da gestão do conhecimento das instituições,
servindo como disseminadoras das informações do negócio e da
estratégia das mesmas.

As TICs, mídias e hipermídias podem ser possibilidades atrativas


nos ambientes de educação tanto a distância quanto presencial,
uma vez que essas ferramentas são utilizadas para mediar uma
educação bidirecional, interativa, construtiva e ativa. Isso pode
facilitar o realce e a valorização dos dois atores principais do
processo de ensino-aprendizagem, professor e aluno, de forma que
ambos tenham consciência do seu papel na construção do saber. É importante considerar que o
uso dessas tecnologias permite a autonomia do aluno, que pode pesquisar, comparar, confrontar
situações, o que também é importante para o seu aprender.

Segundo Sancho (1998. p.17), "quando damos a conotação de educacional à tecnologia, esta
perde o seu sentido genérico e passa a se referir a todas as ferramentas intelectuais, organizadoras
e de instrumentos à disposição de ou criados pelos diferentes envolvidos no planejamento, na
prática e avaliação do ensino".

Com o advento das comunidades virtuais, nas quais interesses comuns são compartilhados,
organizam-se novas formas de interação e aprendizagem, gerando a inteligência coletiva proposta
por Levy (2000).

refletindo
Fica evidenciado que a possibilidade dos recursos tecnológicos, cada vez
mais interativos e utilizados nas organizações em cursos de formação e
desenvolvimento profissional tem alterado, sobremaneira, a concepção do
que é educação presencial e a distância. A gestão desses recursos envolve
uma variedade de reflexões e tomada de decisões que norteiam o projeto a
ser realizado. Para isso, articulado ao planejamento pedagógico, é necessário
trabalhar um plano para definição e administração desses recursos para
melhor fluidez da proposta pedagógica.

Para Fonseca e Couto (2005, p. 62), a interatividade é "a possibilidade de


efetivas trocas entre todos os membros participantes de uma comunidade,
situação em que interferem, criam ações e reações, bem como produzem
diversas situações de associação para o convívio social". Nesses espaços as
pessoas aprendem ao estabelecer relações com os saberes por meio da troca
e da cooperação.

Conclui-se que o mais importante na escolha das tecnologias que serão


utilizadas pelo educador corporativo é a sua concepção pedagógica, se é
centrada no ensino ou se é centrada na aprendizagem.

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5. O uso de recursos tecnológicos na educação corporativa
Como visto anteriormente, no seu planejamento, o educador
corporativo deve levar em conta quais serão seus objetivos para a
aula que está planejando e, partindo dessa premissa, deve escolher
qual recurso tecnológico será mais efetivo, pois fala e texto
continuam sendo as tecnologias mais utilizadas no ensino presencial
e no ensino a distância.

Para a condução pedagógica, nos ambientes corporativos, o


educador pode utilizar diversas outras ferramentas e, para tanto,
deverá analisar qual é a mais adequada para alcançar os objetivos
propostos como resultado da aprendizagem. No planejamento, já
se deve definir se as aulas serão presenciais ou a distância e definir se, no ensino a distância, a
medição será realizada na metodologia síncrona ou assíncrona de comunicação.

5.1. Tecnologias para ensino presencial

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Quadro-negro ou quadro branco

É uma ferramenta que auxilia a organização das ideias durante uma aula expositiva. A sua
maior vantagem é a versatilidade, pois pode ser encontrada em todas as salas de aula, além
de um grande número de salas de reuniões. As funções do quadro-negro, para Piletti (1987),
são: apresentar esquemas, resumos, quadros sinóticos; registrar dados; visualizar ideias através
de desenhos; transcrever e resolver exercícios; apresentar graficamente os tópicos complexos e
abstratos.

Para sua utilização devem ser observadas as seguintes dicas:

• Não dê as costas totalmente para os alunos: escreva um pouco de lado e fale ao mesmo
tempo em que escreve para manter a atenção.

• Escreva de forma legível e com letra grande, use letra de forma.

• Use canetas de cores diferentes para dar ênfase a uma palavra ou a uma parte de um
desenho e para mostrar relações ou distinguir partes de um todo.

• Limpe o quadro totalmente antes de qualquer utilização.

• Comece a escrever na parte de cima e da esquerda para a direita.

• Escreva frases curtas.

• Use a moldura superior para orientar a sua escrita.

• Reparta o quadro em partes, caso ele seja muito grande, e comece pelo lado esquerdo.

• Usar o apagador de cima para baixo.

• Verifique os pincéis e o apagador antes do início da apresentação.

Lousa interativa

Trata-se da evolução do quadro-negro ou branco, agora com funções agregadas.

É importante que, ao utilizar essa ferramenta pela primeira vez, o educador corporativo verifique
a forma correta de manuseio. Algumas lousas necessitam de "ponteiros" especiais, já outras
podem ser manuseadas apenas com o toque dos dedos.

Devem-se ter os mesmos cuidados em relação ao quadro-negro ou branco. E é preciso ter


atenção para que a aula não se transforme em um show de tecnologia perdendo, assim, o foco.

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Apresentações de slides

• São importantes na apresentação de gráficos e tabelas.

• O fundo e a cor da fonte devem ser contrastantes para facilitar a leitura.

• Evite passar pela frente da projeção.

• Evite apenas ler as informações projetadas.

• É importante ter um plano alternativo para uma eventual falta de energia ou falha do
equipamento.

• A apresentação pode ser utilizada em lousas interativas.

Filmes

• São mais eficazes os filmes com até 25 minutos de duração para aulas que tenham
duração de 60 minutos.

• Estimulam o debate, atraindo a atenção dos alunos.

• Evite usar como "tapa buraco".

Flip chart

• É uma ferramenta que permite utilização ordenada e rápida.

• Sua utilização é indicada para grupos pequenos e médios.

• Pode ser preparado antes ou durante a exposição.

• Pode ser utilizado como roteiro.

• Após a utilização, as folhas podem ser afixadas na parede como cartazes.

Recomendações:

Evite a divisão silábica e escreva apenas o necessário para a compreensão da ideia.

As folhas podem ser folheadas para recordar assuntos já abordados.

Verifique as canetas e a quantidade de folhas no bloco antes da utilização.

Deve ser posicionado em uma área iluminada e visível a todos os participantes.

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5.2. Tecnologias para ensino a distância

Videoconferência

A videoconferência permite que pessoas de pontos diferentes interajam trocando informações


e conhecimentos sobre assuntos previamente definidos. O educador corporativo pode explicar
situações, utilizando não só a sua habilidade de comunicação, mas também outros recursos,
como uma apresentação de slides ou o acesso à Internet para fazer uma demonstração de
utilização de sistema.

• Economia de tempo, evitando o deslocamento físico para um local especial.

• Economia de recursos, com a redução dos gastos com viagens.

• Aumento da possibilidade do aprendizado colaborativo.

• A reunião pode ser gravada e disponibilizada posteriormente.

• Visualização e alteração do diálogo pelos integrantes em tempo real.

• Compartilhamento de aplicações; transferência de arquivos.

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Chat

Diferentemente dos fóruns, onde as mensagens são disponibilizadas a todos os participantes para
leitura em momentos diversos, há a necessidade de presença virtual em um mesmo momento.

Mensagem eletrônica (e-mail)

É uma ótima forma de manter contato com os alunos, pois permite a troca de informações e
documentos com rapidez.

Quando utilizada como ferramenta pedagógica, é importante definir regras para evitar
aborrecimentos: estabelecer convenção para o assunto das mensagens; definir tempo de
resposta e tamanho de documentos enviados.

Criação de blogs e wikis

São fáceis de criar e de manter e permitem agregar ferramentas para controle de comentários e
anexação de arquivos. Podem ser gerenciados por uma pessoa ou por um grupo de pessoas. Sua
importância centra-se na possibilidade de reutilizar e compartilhar conteúdos.

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A diferença fundamental entre os blogs e as wikis é a forma de disponibilização das informações.
Nos blogs, os textos são dispostos obedecendo a uma ordem cronológica, as wikis são formadas
por uma coleção de páginas relacionadas entre si.

Um exemplo de gerenciador de blogs é o Blogspot e um de gerenciador de wikis é o TikiWiki.


Como vantagens de seu uso, podemos citar:

• Estrutura informal.

• Facilidade de uso.

• Interação por meio de comentários.

• Possibilidade de inserção de ferramentas, tais como calendário e contadores de acesso.

• Localização de assuntos através de tags.

Fórum virtual

• Permite a troca de conhecimentos de forma assíncrona, ou seja, não é necessário que


todos participem do fórum no mesmo momento.

• Os objetivos do fórum devem ficar claros para os alunos.

Simulador

• Permite criar situações reais ou hipotéticas em que o aprendiz pode realizar atividades
sem medo de perder dados ou informações importantes.

• Reforça competências técnicas.

• Aumenta a confiança do aprendiz na realização de suas ações, uma vez que nem todas
as ações podem ser facilmente simuladas. Assim, em alguns casos, podem existir
múltiplas respostas corretas.

Moodle – Ambiente Virtual de Aprendizagem

O Moodle é conhecido como AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem. Ele é uma das múltiplas
ferramentas existentes para criação e gerenciamento de cursos que utilizem a Internet.

Por ser disponibilizado gratuitamente, é o mais utilizado no mundo. Como o governo brasileiro
orienta que se utilize software livre, o Moodle é o indicado.

Saiba mais: http://moodle.org/

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Marcador

• Serviços on-line que permitem guardar, compartilhar e categorizar sites.

• As categorizações podem ser públicas ou privadas. É uma forma de se ter os favoritos do


navegador sempre a mão.

• É interessante para guardar informações importantes e recuperá-las rapidamente.

• São exemplos: http://delicious.com/ e http://www.diigo.com/

6. Encerramento
Encerramento do Módulo 3

Neste módulo, você conheceu um pouco mais das tecnologias mediadoras que podem ser
utilizadas na Educação Corporativa. Percorremos um breve caminho que mostrou a evolução das
diversas mídias e sua transposição para o uso educacional.

Esperamos que as sugestões de atividades tenham sido úteis. Lembre que as tecnologias
mediadoras podem ser utilizadas tanto para a educação presencial quanto para a educação a
distância e, ao optar entre uma das duas, será necessário ter clareza dos objetivos educacionais
que devem ser alcançados na ação educativa.

Não deixe de fazer o questionário avaliativo do Módulo 3. Ele ajudará a fixar o conteúdo estudado,
além de ser importante para a composição de sua nota final do curso.

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