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CURSO: FARMÁCIA
DISCIPLINA: ANÁLISES CLÍNICAS
MÓDULO: PARASITOLOGIA
3ª Aula avaliação; deverá conter diagnóstico (denominação científica correta do parasito), forma
evolutiva (forma evolutiva em que se encontra o parasito focalizado) e 3 características
que permitam reconhecer o parasito em questão.
PARASITOLOGIA
APOSTILA I
A amostra de fezes normal contém bactérias, celulose e outros alimentos não digeridos,
secreções gastrintestinais, pigmentos biliares, células provenientes das paredes intestinais,
eletrólitos e água.
São muitas as espécies de bactérias que constituem a flora normal dos intestinos e
contribuem para o processo digestivo; é o seu metabolismo que produz o forte odor característico
das fezes.
O intestino recebe enzimas digestivas, secretas principalmente pelo pâncreas, que agem
na metabolização e na absorção de proteínas, carboidratos e gorduras. São elas: tripsina,
quimiotripsina, aminopeptidase e lípase.
Os sais biliares contribuem para a digestão das gorduras, e acredita-se que o pigmento
biliar, na forma de urubilina, seja responsável pela cor castanha normal das fezes;
conseqüentemente, a obstrução do fluxo de bile para o intestino produzirá fezes claras e gordurosas.
Gota espessa:
▫ Colocar 5 mm3 de sangue na lâmina, espalhar, com auxílio de outra lâmina, essa gota
numa área de 1 cm2 e deixar secar ao ar durante seis a 36 horas;
▫ Corar pelo pan-ótico e deixar secar.
Camada delgada:
▫ Colocar uma gota de sangue na extremidade direta de uma lâmina e com uma extensora,
segurar por cima coma mão direita e, com uma inclinação de 45º, encostar adiante da
gota;
▫ deixar a gota se espalhar pela borda da extensora e puxar a gota até o fim da lâmina;
▫ secar por agitação vigorosa imediatamente;
▫ corar pelo pan-ótico e deixar secar.
Willis:
▫ Colocar 10g de fezes em um frasco.
▫ Diluir as amostras em solução saturada de açúcar ou sal (NaCl).
▫ Completar o volume até a borda do frasco.
▫ Colocar na boca do frasco uma lâmina, que devera estar em contato com o líquido.
▫ Deixar em repouso por cinco minutos.
▫ Após o tempo de repouso, retirar rapidamente a lâmina, voltando a parte molhada para
cima.
▫ Examinar ao microscópio com objetiva de 10x e/ou 40x;
▫ O uso de lamínula é facultativo.
Outras provas freqüentes no exame de fezes
1- Exame macroscópico
a) Cor e consistência: a consistência das fezes pode ser aquosa, pastosa, formada ou dura.
2- Microscópico
a) Pesquisa de leucócitos – é usado para determinar a causa da diarréia.
▫ Observa-se leucócitos sempre que as paredes intestinais são afetadas como ocorre na colite
ulcerativa e na infecção por agentes bacterianos patogênicos;
▫ Não são observados em infecções por bactérias que causam diarréia por produção de toxinas
(e não por invasão intestinal), por vírus e parasitas.
▫ A invasão por agentes patogênicos é indicada pela presença de apenas três neutrófilos p/c.
▫ As amostras podem ser examinadas a fresco ou coradas com azul de metileno ou Wright.
b) Parasitológico
3- Bioquímico
a) Sangue oculto – é usado para detecção de sangue.
▫ Usa-se as seguintes substâncias bioquímicas para esta reação: benzidina, orto-toluidina e
goma guaiacol. Todas elas utilizam a atividade pseudoperoxidase da hemoglobina que reage
com o peróxido de hidrogênio para oxidar um composto incolor e convertê-lo em um
composto corado.
▫ A atividade pseudoperoxidase, chave para esta reação, também está presente na
hemoglobina animal, em certos vegetais e em algumas bactérias intestinais.
▫ Atualmente, provas mais sensíveis para detecção de sangue oculto como a prova
imunológica (específica para hemoglobina humana) e quantitativa (detecta hemoglobina e
porfirina) vem substituindo o primeiro método citado.
b) Análise de gordura fecal: em casos de suspeita de esteatorréia ou para monitorar pacientes em
tratamento de distúrbios de absorção.
I- Protozoários
1- Giardia lamblia
▫ Cisto: forma ovalada, presença de núcleos, axonema e corpo parabasal;
▫ Trofozoíto: forma piriforme, região anterior mais larga, dois núcleos do tipo vesiculoso e
axonema que divide o flagelado ao meio.
2- Entamoeba coli
▫ Cisto: presença de membrana cística, apresenta de 4 a 8 núcleos, forma circular.
3- Entamoeba histolytica
▫ Cisto: presença de membrana cística, apresenta até 4 núcleos, forma circular.
II- Helmintos
1- Platelmintos
b) Taenia sp
▫ Não se diferencia a espécie (solium ou saginata) pela visualização do ovo, por isso usa-se
o termo sp após o nome do gênero (espécie desconhecida).
▫ Tem estrutura sub-esféria com dupla membrana, apresenta trabéculas entre estas
membranas dando-lhe aparência raiada e embrião hexacanto no interior da membrana
interna.
c) Schsitosoma mansoni
▫ Apresenta grande espículo lateral presente na região mais dilatada do ovo.
▫ Presença de larva miracídio no interior do ovo.
2- Nematelmintos
a) Ascaris lumbricoides
▫ Presença de 3 membranas: 1) interna, delicada, de natureza lipídica; 2) mediana,
grosseira, denominada casca; 3) externa, de natureza albuminóide, de morfologia
mamilonada, característica do ovo corticado.
▫ Presença de larva no interior do ovo (fértil);
▫ O ovo infértil não apresenta larva em seu interior;
▫ Forma arredondada (ovo fértil);
▫ Forma elíptica (ovo infértil).
b) Trichuris trichiura
▫ Ovo de formato elíptico;
▫ Apresenta saliências nas regiões polares (opérculos);
▫ Observa-se presença de massa germinativa no interior do ovo (não embrionado).
c) Enterobius vermicularis
▫ Ovo em forma de D;
▫ Envoltório de dupla membrana;
▫ Presença de larva no interior do ovo.
d) Ancilostomídeo
▫ Compreende ovos de Ancylostoma duodenale e Necator americanus;
▫ Apresenta contorno ovalado;
▫ Presença de duas membranas e no interior massa germinativa, constituída pelos
blastômeros.
e) Strongyloides stercoralis
▫ Estrutura presente no exame de fezes: larva filarióide;
▫ Apresenta esôfago longo e retilíneo, terminando na metade do corpo da larva;
▫ Presença de vestíbulo bucal curto;
▫ Presença de cauda com entalhe.