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CADERNO DE INSTRUÇÃO DO ESTÁGIO DE

OPERAÇÕES NO PANTANAL/2015 (EOPan/2015)

ÍNDICE

CAPÍTULO ASSUNTO PÁGINA


1 - Finalidade 2
I GENERALIDADES
2 - Premissas Básicas 2
1 - A cidade de Corumbá 3
GUARNIÇÃO DE 2 - O 17º Batalhão de Fronteira 4
II
CORUMBÁ-MS 3 - Centro de Instrução de Operações no
5
Pantanal (CIOpPan)
1 - Requisitos para Inscrição 7
2 - Da Seleção de Candidatos 7
NORMAS PARA
III 3 - Inspeção de Saúde 7
INSCRIÇÃO E SELEÇÃO
4 - Exame de Aptidão Física 9
5 - Teste de Conhecimento Militar 11
1 - Preparação Orgânica 13
PREPARAÇÃO DO
IV 2 - Preparação Psicológica 13
CANDIDATO
3 - Apresentação e Documentação 14
PREPARAÇÃO DO - Material a ser Providenciado pelo Estagiário
V 15
MATERIAL e pelo CIOpPan
CONDICIONANTES DO 1 - Normas Gerais do Estágio 20
VI
ESTÁGIO 2 - Desligamentos e Conclusão do Estágio 20
1 - Sugestões ao Comandante do Candidato 22
2 - Orientações Gerais ao Candidato 22
VII DIVERSOS
3 - Telefones Úteis 23
4 - Oração do Guerreiro do Pantanal 23
Página 2 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

CAPÍTULO I
GENERALIDADES

1. FINALIDADE
a. Estabelecer o primeiro contato com o futuro estagiário e seu Comandante, orientando a sua
preparação, visando o seu sucesso no ESTÁGIO DE OPERAÇÕES NO PANTANAL.
b. Orientar os candidatos ao EOPan com relação a sua preparação física, orgânica, psicológica,
material e administrativa, que deve ser realizada antes de sua apresentação para o início do estágio.
c. Cumprimentar o candidato ao EOPan, pelo elevado senso profissional demonstrado ao inscrever-se
para um Estágio que exige muito sacrifício, abnegação e vontade de vencer.

2. PREMISSAS BÁSICAS
a. O EOPan é destinado a habilitar oficiais a planejar e executar operações no Pantanal, nas funções de
Comandante de Subunidade (Cmt SU) e Comandante de Pelotão de Fuzileiros (Cmt Pel Fuz) e
habilitá-los a ocupar cargos e a exercer funções, quando necessário no CIOpPan; e habilitar os sargentos,
a planejar e executar operações, com eficácia, no Pantanal, a fim de contribuir no desempenho dos cargos
referentes a respectiva graduação.
b. Todo militar deve buscar o constante auto-aperfeiçoamento.
c. A motivação do estagiário é um dos principais componentes para o sucesso do processo de ensino-
aprendizagem.
d. A Unidade de origem do estagiário será, também, uma beneficiada pelo sucesso do seu integrante.
Página 3 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

CAPÍTULO II
A GUARNIÇÃO DE CORUMBÁ

1. A CIDADE DE CORUMBÁ
a. Aspectos Gerais
No coração do Pantanal, talvez o maior patrimônio da humanidade, às margens do majestoso rio
Paraguai, numa área de 62.960 km² encontra-se a cidade de Corumbá, a 190° de latitude Sul e 590° de
longitude Oeste, situada a 118 metros do nível do mar. Corumbá representa para o estado de Mato
Grosso do Sul, não somente o principal núcleo urbano da região do Pantanal, como também, uma parte
significativa de sua história. A cidade se destaca pelo número e traçado dos bairros, praças, jardins, cais
do porto e uma ampla vista para o Pantanal. Conta com uma população de aproximadamente 100 mil
habitantes.
b. Transportes
A cidade está em um entroncamento rodo-ferro-fluvial que a coloca em situação ótima para
transporte. A vizinhança com a República da Bolívia, faz de Corumbá uma cidade com boas perspectivas
em participar das ações comerciais advindas com o Mercosul. Os portos de Corumbá e Ladário possuem
condições de atender o embarque e desembarque dos mais variados tipos de carga.
O aeroporto Internacional de Corumbá, com uma pista de 1.660 metros, opera com aviões tipo jato
e turbo-hélice. A empresa que opera atualmente no aeroporto é a AZUL, que liga Corumbá a Campo
Grande-MS.
A empresa de ônibus ANDORINHA, faz a ligação interestadual de Corumbá a Campo Grande e de
Corumbá ao Rio de Janeiro, passando por São Paulo.
c. Distâncias rodoviárias partindo de Corumbá
Campo Grande/MS: 403 Km Curitiba/PR: 1.394 Km Brasília/DF: 1.537 Km
Miranda/MS: 224 Km Rio de Janeiro/RJ: 1.847 Km São Paulo/SP: 1.417 Km
Belo Horizonte/MG: 1.856 Km Puerto Suarez/BO: 15 Km Puerto Quijarro/BO: 6 Km
d. Hotel de Trânsito
A Guarnição dispõe de 01 Hotel de Trânsito, localizado na área central da cidade, ao lado do
Comando 18ª Bda Inf Fron. Possui 9 (nove) apartamentos, sendo 1 (um) para Oficial General, 4 (quatro)
para Oficiais e 4 (quatro) para ST/Sgt. Os telefones para contato são: (67) 3231-2861/
3231-2701/3231-2901.
e. Comércio
O setor é variado e atende as necessidades da comunidade e ao intenso número de turistas que
afluem à região. Um dos mais ativos setores é o pesqueiro, que é coordenado pela Cooperativa de Pesca
de Corumbá, armazenando, refrigerando e distribuindo o pescado.
Corumbá possui 23 hotéis com 895 apartamentos e quartos. Além de pensões, pontos de táxi,
agências bancárias (BB – CEF –Santander – Itaú – Bradesco), lanchonetes, locadoras de veículos,
farmácias, postos de combustível, restaurantes, churrascarias, locadoras de vídeos e agências de correios.
Corumbá possui vários supermercados: QUADRI, FERNANDES, POPULAR e outros.
O comércio de artigos militares não possui loja especializada, mas funcionam dois bazares que
oferecem artigos e peças da indumentária militar.
f. Compras na Bolívia
Conforme informativo da Receita Federal em Corumbá, os bens integrantes da bagagem de viajantes
estão isentos dos impostos incidentes para importação, dentro da cota mensal de U$ 300,00 (trezentos
dólares).
g. Clubes Militares
1) CMC
Existe um clube para os oficiais na Rua Firmo de Matos, centro da cidade, telefone (67)
3231-7032. O Círculo Militar de Corumbá, tradicionalmente conhecido como CASARÃO, possui: 02
piscinas, quadra de futebol gramada, quadra de tênis, bar, área de churrasqueira, salão nobre e academia
de musculação.
Página 4 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

2) CRESSE
Existe, também, o Clube Recreativo de Subtenentes e Sargentos do Exército, conhecido como
CRESSE, com 02 piscinas, campo de futebol, quadra de vôlei de praia e churrasqueiras, localizado em
área privilegiada na Fronteira do Brasil com a Bolívia, telefone (67) 3232-3537.
h. Organizações Militares e Órgãos de Segurança Pública
1) Marinha do Brasil
- 6º Distrito Naval, localizado na cidade de Ladário, distante cerca de 5 Km de Corumbá. Possui
as seguintes OM: SSTA (Sistema de Segurança de Tráfego Aquaviário), GREPD (Grupo de Embarcações
de Patrulha e Desembarque), Comando da Flotilha de Mato Grosso, Base Fluvial de Ladário, Hospital
Naval de Ladário, Capitania Fluvial do Pantanal, Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário, Depósito
Naval de Ladário, Centro de Intendência da Marinha em Ladário, Serviço de Sinalização Náutica do
Oeste, 4º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, bem como, os navios Monitor Parnaíba, NTrFlu
Paraguassu, NApLog Potengí, NAsH Tenente Maximiano, AvTrRu Piraim, NPa Piratini, NPa Pirajá, NPa
Penendo e NPa Poti.
2) Exército Brasileiro
- Cmdo 18ª Bda Inf Fron, Cia Cmdo 18ª Bda Inf Fron e 17º Batalhão de Fronteira.
3) Polícia Federal
- Conta com uma delegacia de polícia federal.
4) Destacamento de Proteção ao Vôo (FAB)
- Funciona no Aeroporto Internacional de Corumbá atuando no controle do tráfego aéreo.
5) Polícia Militar
- Possui o 6º Batalhão de Polícia Militar.
6) Polícia Militar Ambiental
- Órgão vinculado à PM/MS. Possui uma unidade ambiental que atua no combate aos delitos e
crimes ambientais.
7) Polícia Civil
- Funcionam duas delegacias normais e uma delegacia especializada na Defesa da Mulher.
8) Corpo de Bombeiros
- Atende a região de Corumbá e Ladário com um Grupamento de Bombeiros.

2. O 17º BATALHÃO DE FRONTEIRA


a. Antecedentes históricos
As origens do atual 17º B Fron remontam a 14 de maio de 1842, data da criação do Corpo
Provisório de Caçadores de Minas Gerais, na cidade de Ouro Preto. Iniciada a Guerra da Tríplice Aliança,
a fusão do Corpo Provisório de Minas Gerais com o de São Paulo, em 28 de julho de 1865, ativou o 21º
BC, que teria destacada atuação como integrante da Coluna Expedicionária de Mato Grosso sob o
comando do Cel CAMISÃO.
A 21 de abril de 1867, o 21º BC transpõe o Rio APA, penetrando em território paraguaio. Foi
marcante o desempenho nos combates de LAGUNA (07 Maio), BELA VISTA (08 Maio) e
MACHORRA (11 Maio). Ainda no decurso da guerra, a 22 de fevereiro de 1870, o 21º BC aporta em
CORUMBÁ para vigiar a calha do Rio PARAGUAI até o Forte de Coimbra, onde permanece desde
então, aquartelado na cidade mais importante do Pantanal.
De 1908 a 1914, foi constituído o atual quartel com parte do material vindo da Europa,
particularmente as telhas.
b. Passado recente
A partir de 1920, passa a denominar-se 17º BC, mantendo a tradição histórica do Corpo de
Caçadores e legendário 21º BC. Somente em 1994, após cerca de 74 anos, recebeu a atual denominação.
Isso explica porque pessoas da comunidade ainda o chamam carinhosamente "17 BC". Em 1987, recebeu
também a denominação histórica de "Batalhão ANTÔNIO MARIA COELHO", em homenagem ao
herói da retomada de Corumbá, durante a Campanha do Paraguai, um dos mais empolgantes feitos de
armas de que se pode orgulhar o Exército Brasileiro.
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O 17º B Fron foi designado pela Port Min Nr 423, de 16 de junho de 1997, como Unidade de
Emprego Peculiar (UEP), especialmente apta a atuar no ambiente do Pantanal e com a missão de
conduzir os Estágios de Operações no Pantanal (EOPan), destinados a Oficiais e Praças da área do
Comando Militar do Oeste (CMO).
O uniforme utilizado na OM é o 4º A1 (combate) - gorro camuflado ou boina verde oliva, coturno
de lona preta, além de outros uniformes e equipamentos de uso normal numa Organização Militar.
O 17º B Fron possui o Pelotão Especial de Fronteira de Porto Índio, localizado a 230 km de
Corumbá, próximo a divisa com Mato Grosso e fronteira com a Bolívia, na ilha Insua. O destacamento
está mobiliado com um efetivo total de 30 (trinta) militares.

3. CENTRO DE INSTRUÇÃO DE OPERAÇÕES NO PANTANAL (CIOpPan)


a. Histórico
Com a designação do 17º B Fron como OM de emprego peculiar, de acordo com a Portaria
Ministerial nº 423 de 16 de junho de 1997, houve necessidade de especializar militares a operar em
ambiente com característica do pantanal mato-grossense.
Em 1998, a OM com toda sua infra-estrutura foi considerada como base de instrução e apoio ao
estágio. Desse modo, seu armamento, equipamento, viaturas, embarcações, pessoal e instalações foram
disponibilizadas para estas finalidades.
Como o Núcleo de Operações no Pantanal (NOP) ainda não estava concluído, as instalações do
Sistema de Embarcação Fluvial da OM foram adaptadas para alojamento, reserva de material, sala de
instrução e administração, tudo voltado exclusivamente para os estagiários.
A partir de 1999, o NOP passou a se denominar SIOP - Seção de Instrução de Operações no
Pantanal.
A Portaria Nr 077-EME, de 04 de agosto de 2011, aprovou a Diretriz para a implantação do Centro
de Instrução de Operações no Pantanal, sendo criado o mesmo através da Portaria Nr 187, de 30 de
novembro de 2011.
Até o EOPan 14/3, já foram habilitados a operar no ambiente pantaneiro 1025 (um mil e vinte e cin-
co) guerreiros do Pantanal, conforme tabela a seguir:
Órgão Oficiais S Ten/Sgt Outros Total
Exército Brasileiro 407 454 - 861
Marinha do Brasil 1 - - 1
Força Aérea - 1 - 1
Polícia Federal - - 1 1
Polícia Militar de Mato Grosso do Sul 4 - - 4
Polícia Militar do Mato-Grosso 1 - - 1
Corpo de Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul 3 - - 3
Polícia Militar Ambiental-MS 4 - - 4
Exército do Paraguai 1 1 - 2
Exército da Bolívia 1 3 - 4
Cadetes da AMAN - - 37 37
Alunos da EsSA - - 106 106
Total 1025
b. Missão
Adestrar Oficiais e Sargentos do Comando Militar do Oeste a operar no complexo ambiente do
Pantanal, aplicando as técnicas de sobrevivência, técnicas especiais, executando operações contra forças
regulares e irregulares, de forma a aprimorar o conhecimento da doutrina de emprego tropa em ambiente
pantaneiro.
c. Localização
Está localizada no interior do 17º B Fron, Rua Cáceres, 425, Bairro Centro, Corumbá/MS, CEP:
79304-040.
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d. Organograma
- É mobiliada por 04 oficiais, 01 subtenente, 05 sargentos e 28 Cb/Sd, acrescidos por apoios de
comunicações, saúde, embarcações e viaturas do 17º B Fron, distribuídos da seguinte maneira:

Instrutor-Chefe

Seção de Doutrina e Pesquisa Seção de Estagiários Seção de Instrução Seção Logística

e. Fale conosco

Endereço Endereço Eletrônico


http://www.17bfron.eb.mil.br
E-mail
17º B Fron - Rua Cáceres, 425 17bfron@6cta.eb.mil.br
Bairro: Centro, Corumbá - MS
CEP 79304-040 Telefones

(67) 3231-5828 (PABX)


(67) 3232-5305 (S3/17° B Fron)
Página 7 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

CAPÍTULO III
NORMAS PARA INSCRIÇÃO E SELEÇÃO

1. REQUISITOS PARA A INSCRIÇÃO


Os requisitos para a inscrição e seleção de voluntários para o EOPan são os seguintes:
a. No caso do EOPan/1, ser oficial e estar no posto de Tenente ou Asp Of, das Armas, Quadro de
Material Bélico e Serviço de Intendência, nesta ordem de prioridade.
b. No caso do EOPan/2, ser 3º Sargento e 2º Sargento (não aperfeiçoado - CAS), das Armas, Quadro
de Material Bélico e Serviço de Intendência, nesta ordem de prioridade.
c. Ser voluntário para realizar o EOPan, cabendo às OM, o encaminhamento das relações dos
voluntários para o CMO, por meio do canal de comando.
d. Após receber e analisar a relação dos voluntários, o CMO remeterá às Unidades a relação dos
candidatos que atenderem aos requisitos exigidos, cabendo às OM, as providências para a realização de
inspeção de saúde (IS) e Exame de Aptidão Física (EAF);
e. Os candidatos de outros Comandos Militares de Área, Nações Amigas e Forças Auxiliares terão sua
inscrições autorizadas pelo Comando Militar do Oeste, mediante solicitação de seus respectivos
comandos e instituições.
f. Ter requerido sua inscrição dentro do prazo estabelecido pelo CMO.

2. SELEÇÃO DE CANDIDATOS
a. Na seleção para cada Estágio, após definido o universo de militares que estão em condições de
concorrer, por estarem de acordo com a legislação em vigor, os candidatos serão ordenados levando em
consideração a ordem de prioridade estabelecido pelo Comando Militar do Oeste.
b. Caso o CMO não estabeleça uma prioridade, os candidatos serão ordenados levando em
consideração:
1) militares no primeiro ano de guarnição.
2) militares com menor tempo de serviço na guarnição ou que não fazem parte do Plano de
Movimentação da OM.
3) necessidade de serviço da OM, justificado por seu comandante.
4) melhor valorização do mérito.
c. Os militares designados para o EOPan deverão atender aos requisitos prescritos no Regulamento de
Movimentações de Oficias e Praças do Exército (R-50), Instruções Gerais para a Movimentação de
Oficias e Praças do Exército (IG 10-02) e Instruções Reguladoras para a Movimentação de Oficiais e
Praças do Exército (IR 30-31).
d. As vagas destinadas ao CMO, não ocupadas por voluntários, poderão ser preenchidas de acordo com
a legislação em vigor, adotando a seguinte sistemática:
1) selecionar compulsoriamente oficiais e sargentos, recém egressos das escolas de formação e
transferidos para as OM da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, que atendam os requisitos exigidos,
priorizando aqueles de menor antiguidade.
2) persistindo vagas não ocupadas, selecionar compulsoriamente oficiais e sargentos, recém
transferidos para as OM do Comando Militar do Oeste, preferencialmente, das Unidades da 18ª Brigada
de Infantaria de Fronteira, que atendam os requisitos exigidos, priorizando aqueles de menor antiguidade.
3) persistindo as vagas não ocupadas, solicitar a outros Comandos Militares de Área, a indicação de
voluntários, preferencialmente, das OM pertencentes às FAR que atendam os requisitos exigidos.
4) persistindo as vagas não ocupadas, destinar vagas a militares integrantes das Forças Auxiliares
do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, conforme interesse do CMO e observando os requisitos exigidos.

3. INSPEÇÃO DE SAÚDE (IS)


a. Será realizada uma IS, na guarnição do candidato, pela JISG e a conferência da Ata IS na Guarnição
de Corumbá.
b. A IS deverá atender às prescrições contidas nas IGMEx, nas IRPMEx, nas NTPMEx, nas Normas
do DECEx e neste Caderno de Instrução.
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c. A JISG deverá lavrar, ao término da IS, a Ata de cada candidato com os resultados individuais. Os
resultados deverão ser publicados no BI da OM. Uma cópia da Ata, bem como do BI da OM que a
publicou, deverão ser conduzidas pelo candidato que vier a ser relacionado para o Estágio e entregues no
CIOpPan, por ocasião de sua apresentação para a conferência.
d. Por ocasião da IS, os seguintes exames médicos com os seus laudos deverão ser apresentados,
pelo candidato relacionado: reação para picada de abelha; radiografia de tórax (postero-anterior e
perfil – pulmões e coração) e dos seios da face; reação de Machado Guerreiro; hemograma
completo; contagem de plaquetas; glicemia de jejum; EAS (sumário de urina); ECG
(eletrocardiograma em repouso); uréia e creatinina; eletroencefalograma; dentário; comprovante
de vacinação antitetânica e antiamarílica; vacina contra difteria e vacina contra a hepatite B.
e. Por ocasião da apresentação dos candidatos no CIOpPan, os mesmos serão submetidos à conferência
da Ata de IS pela JISE de Corumbá.
f. Constituem causas que podem incapacitar o candidato para a matrícula:
1) todas as doenças, afecções e síndromes que motivem a isenção definitiva, baixa ou reforma.
2) peso desproporcional à altura e ao biótipo e percentual de gordura.
3) reações sorológicas positivas para Sífilis, doença de Chagas ou HIV sempre que, afastadas as
demais causas da positividade, confirmem a existência daquelas doenças.
4 ) campos pleuro-pulmonares anormais, inclusive os que apresentarem vestígios de lesões
anteriores, observada a radiografia do tórax.
5) hérnias, quaisquer que sejam suas sedes ou volumes.
6) albuminúria ou glicosúria persistentes, observadas através do EAS ou exame de rotina da urina.
7) hidrocele.
8) cicatrizes que, por suas naturezas e sedes, possam em face dos exercícios, vir a comprometer o
uso de equipamentos.
9) pés chatos, espásticos com artroses das articulações intrínsecas dos pés, quando reveladas
radiologicamente.
10) hipertrofia acentuada da glândula tireoide, associada ou não aos sinais clínicos de
hipertireoidismo.
11) varizes acentuadas.
12) área cardíaca em desacordo com o biótipo.
13) hipertensão arterial, caracterizada por índices superiores a 140mm Hg (sistólica) e 90mm Hg
(diastólica), ou evidências clínicas de hipertensão arterial sistêmica.
14) taquicardia permanente superior a cem batimentos por minuto, desde que acompanhada de
outras perturbações clínicas.
15) ausência ou atrofia de músculos, quaisquer que sejam as causas, desde que venham a
comprometer o desempenho físico e psicomotor do militar.
16) imperfeições na mobilidade funcional das articulações, bem como quaisquer vestígios
anatômicos e funcionais de lesões ósseas anteriores, desde que venham a comprometer o desempenho
físico e psicomotor do militar.
17) anemia acentuada, com hemoglobinometria inferior a sessenta por cento.
18) acuidade visual inferior a 7/10 (sete décimos), em ambos os olhos, sem correção.
19) ausência de um olho.
20) discromatopsia absoluta e acromatopsia (ambos verificados por chapa pseudo-isocromáticas
e/ou lãs de Holgreen).
21) estrabismo com desvio superior a 10 graus.
22) exame radiológico dos seios da face compatível com sinusite crônica (passível de ser
confirmado por tomografia computadorizada).
23) desvio do septo, dos pólipos nasais dos cornetos ou afecções que impeçam o livre trânsito do ar
nas vias aéreas superiores.
24) dentadura insuficiente:
a) ausência de qualquer dente da bateria labial (incisivos e caninos), tolerando-se dentes
artificiais que satisfaçam à estética.
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b) menos de seis molares opostos dois a dois, tolerando-se dentes artificiais, em raízes de
lesões periapicais (coroas e pontes fixas ou móveis), que assegurem mastigação perfeita.
25) cáries, lesões periapicais, paradentosas ou afecções que comprometam os tecidos de
sustentação dos dentes.
26) deficiência auditiva para voz cochichada de 3 metros em cada ouvido, ou seja, 3/5 (três
quintos) ou combinações 4/5 (quatro quintos) e 2/5 (dois quintos) ou 5/5 (cinco quintos) e 1/5 (um
quinto).
27) doenças infecto-contagiosas.
28) alterações no eletroencefalograma (EEG), contra-indicado por parecer de especialista.
29) frequência respiratória permanente (FRP) superior a vinte incursões respiratórias (IR) por
minuto.
30) exame toxicológico clínico positivo sempre que, afastadas as demais causas da positividade,
confirmem a existência de substâncias tóxicas.
31) resultado de glicemia, demonstrando alteração metabólica (hipoglicemia ou hiperglicemia).
32) audibilidade com perda tolerável de até 35 Db (trinta e cinco decibéis), nas frequências de 500
(quinhentos) a 2000 (dois mil) ciclos/segundo.
33) ausência de sinal evidente de sensibilidade anormal ao ruído.

4. TREINAMENTO FÍSICO MILITAR

4.1 Exame de Aptidão Física


a. Compete à OM do candidato, submetê-lo ao Exame de Aptidão Física (EAF), perante uma
Comissão de Aplicação e Fiscalização (CAF) constituída por, no mínimo 03 (três) oficiais,
preferencialmente possuidores do EOPan e, sempre que possível, um deverá possuir o Curso de Instrutor
de Educação Física da EsEFEx.
b. A comissão será nomeada em BI pelo Cmt OM do candidato e deverá executar, rigorosamente, o
previsto nas Normas para Realização dos Exames de Aptidão Física.
c. O resultado do EAF será registrado em Ata de Exame de Aptidão Física assinada por todos os
membros da CAF e publicado no BI da OM de origem do candidato, devendo este ser apresentado por
ocasião da apresentação no CIOpPan.
d. O EAF terá caráter impeditivo e eliminatório para a matrícula, caso o candidato não atinja os
índices previstos.
e. Provas a serem realizadas:
Período Sequência Condições de execução Padrão mínimo

- Em uma piscina, lago ou curso d’água, nadar a distância Candidatos com


prevista, sem qualquer auxílio de meios externos e sem até 34 anos, tempo
interrupção, podendo ser utilizado qualquer tipo de estilo, de 20 min.
Natação com exceção do nado submerso.
400m - Uniforme: 4º A1 (blusa de combate) com mangas Candidatos acima
abaixadas, com coturno, sem cobertura e sem fardo aberto. de 35 anos
- A partida será dentro d’água. (inclusive), tempo
Tarde de 22 min.
1º Dia
- Em uma piscina, lago ou curso d’água, flutuar o tempo
Os candidatos
previsto, sem auxílio de qualquer meio de fortuna ou
deverão flutuar em
externo. O candidato deverá manter-se na vertical e não
Flutuação um tempo de 15
deverá deslocar-se ou girar o corpo.
minutos, sem
- Uniforme: 4º A1 (blusa de combate) com manga
interrupção.
abaixada, com coturno, sem cobertura e sem fardo aberto
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Período Sequência Condições de execução Padrão mínimo


Candidatos com
até 34 anos, tempo
- Em pista ou circuito de piso regular, plano, o candidato de 25 min.
Manhã Corrida
deverá correr a distância prevista. Candidatos acima
2º Dia 5.000 m
- Uniforme: 4º A1 (busto nu) sem blusa e sem cobertura. de 35 anos
(inclusive), tempo
de 27 min.
1) Observações específicas para a execução de cada prova:
a) Natação Utilitária
(1) O tempo de realização será registrado para avaliações posteriores.
(2) O militar deverá nadar quatrocentos metros, em qualquer estilo, não sendo permitido
o nado submerso (caracterizado pelo militar permanecer mais de cinco segundos com a cabeça abaixo
da linha d'água), partindo da posição de flutuação natural, sem impulso, não podendo apoiar-se
v i s a n d o auxílio para flutuação.
(3) A prova poderá ser realizada em até duas tentativas.
b) Flutuação
(1) A prova poderá ser realizada em qualquer meio aquático, preferencialmente sem
correnteza.e o tempo de realização será registrado para avaliações posteriores.
(2) O militar deverá manter o corpo na vertical (caracterizado por não haver afloramento de
barriga, nádegas, cintura, pernas e pés) e não poderá realizar deslocamentos que excedam a área de uma
circunferência de 2,5 metros de diâmetro, nem poderá apoiar-se visando auxílio de flutuação (raias ou
bordas da piscina), durante a prova. Para tal, a área de flutuação deverá ser balizada por cordas de nylon
e/ou raias, que não deverão ser tocadas pelo candidato durante a realização da prova.
(3) A contagem do tempo terá início com o candidato na posição de pé ou de flutuação
natural.
(4) A prova poderá ser realizada em até duas tentativas.
(5) O candidato que tiver sua atenção chamada por três vezes, por estar flutuando fora do
padrão (normas estabelecidas), terá sua prova interrompida e o objetivo considerado como não alcançado.
c) Corrida
A prova poderá ser realizada em até duas tentativas.

4.2. Atividades físicas durante o Estágio


a. Haverão sessões de TFM de natação utilitária.
b. Observação: o guia do aquecimento será um estagiário escalado imediatamente antes de cada
sessão. Todos os estagiários devem estar em condições de conduzir a sessão.

4.3. Exigências no decorrer do Estágio


- No decorrer do estágio, o estagiário deverá atingir, dentre outros, os seguintes objetivos
psicomotores:
a. Natação
1) Nadar 1000 (mil) metros, ininterruptamente (4º A1, armado, com fardos aberto e de combate).
2) Realizar o nado indiano em 20 metros (4º A1, armado).
3) Realizar o nado submerso (apnéia dinâmica) em 20 metros (4º A1, armado).
4) Realizar flutuação no tempo de 20 min (4º A1, com fardo aberto e armado).
4.4. Observações gerais referentes à preparação física
a. O candidato deve manter o controle imediato (frequência cardíaca), após o término de cada sessão
de treinamento físico.
b. Durante os treinamentos, é fundamental que o candidato realize os alongamentos preconizados
antes das sessões de TFM e particularmente após a atividade física principal.
Página 11 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

c. Preparação física não é só a prática de atividades físicas, mas também os cuidados prévios com a
saúde, particularmente a bucal (dentes e garganta) e das doenças crônicas que possam prejudicar seu
desempenho.
d. Procure realizar uma alimentação balanceada e rica em frutas, peixes, legumes e verduras.

5. TESTE DE CONHECIMENTO MILITAR (TCM)


a. Um dos instrumentos que o candidato irá dispor para bem cumprir a sua missão é a preparação
intelectual.
b. Alguns assuntos a serem ministrados no CIOpPan, particularmente os relacionados à vida no
Pantanal e instrução básica, já foram transmitidos nas Escolas de Formação/Aperfeiçoamento ou no
Estágio de Adaptação ao Pantanal. No entanto, é necessário que o candidato recicle seus conhecimentos,
com o intuito de atingir o seu objetivo, que é a conclusão com aproveitamento do EOPan.
c. O TCM será aplicado por uma CAF nomeada pelo Diretor de Ensino do CIOpPan e presidida por
um oficial do EM/17º B Fron.
d. O TCM será realizado na Guarnição de Corumbá, após o candidato ser considerado apto na IS e no
EAF, o qual terá caráter eliminatório para a matrícula, caso o candidato não atinja o índice mínimo
desejável (50%).
e. No TCM não caberá grau de recurso.
f. Visando facilitar essa preparação, serão apresentados a seguir os assuntos que serão exigidos no
TCM, teste escrito realizado antes do início do Estágio:

Tempo de
Assunto Objetivo Específico Estudo
(Sugestão)
- Cálculo de antenas.
- Autenticação de mensagens.
- Criptografia e decriptografia de mensagens.
Comunicações 08
- Identificar os equipamentos rádio utilizados nas operações no Pantanal.
- Identificar as características de operação dos equipamentos rádio
empregados no Pantanal.
- Identificar os principais distúrbios térmicos, provocados pelas
condições climáticas do Pantanal.
Distúrbios
- Identificar as formas de prevenção e o tratamento dos distúrbios 02
Térmicos
térmicos.
- Identificar os sintomas e a prevenção da rabdomiólise.
- Classificar as patrulhas quanto a finalidade e extensão da missão.
Patrulha - Citar a organização geral das patrulhas. 04
- Citar os tipos e as missões das patrulhas.
- Calcular a escala de equivalência de uma carta topográfica.
- Identificar os ângulos formados pelas direções-base em um diagrama
Topografia de orientação. 02
- Identificar Norte de quadrícula, Norte Verdadeiro, Norte Magnético e
Norte Geográfico.
- Identificar as distâncias de segurança para o manuseio de explosivos.
- Identificar as propriedades dos explosivos militares.
- Identificar as características dos principais explosivos de uso militar,
Explosivos e
particularmente o PETN, Pólvora Negra e TNT. 06
Destruições
- Identificar uma carga explosiva pelo processo elétrico.
- Identificar uma carga utilizando cordel detonante.
- Cálculo de carga de TNT para diversas explosões.
Página 12 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

- Identificar os botões de controle no GPS.


GPS - Identificar as telas de comando no GPS. 02
- Citar as peculiaridades da utilização do GPS no ambiente pantaneiro.
- Identificar o alcance máximo e de utilização da Pst Beretta M975,
Pára-FAL 7,62 mm, Mtr MAG, AT-4, e morteiros 60 e 81mm.
Armamento - Identificar as características da Pst 9mm Beretta M975.
Munição e - Identificar as partes principais do morteiro 60mm. 03
Tiro - Identificar os tipos de granadas do morteiro 81mm.
- Identificar os tipos de munição da Pst 9mm Beretta M975, Pára-FAL
7,62 mm, Mtr MAG, AT-4, e morteiros 60 e 81mm.
- Operações ofensivas.
- Identificar as características de uma marcha para o combate fluvial.
- Identificar as características de um ataque de infiltração.
- Operações defensivas.
- Identificar as características de uma defesa de ponto forte.
- Operações ribeirinhas.
Operações - Identificar os fundamentos doutrinários das operações ribeirinhas. 12
- Identificar os aspectos gerais das operações ribeirinhas desenvolvidas
pela Força Terrestre e pela Marinha do Brasil.
- Identificar as responsabilidades na segurança da faixa de fronteira.
- Identificar os procedimentos utilizados para realizar um desembarque
ribeirinho.
- Identificar as técnicas de maneabilidade fluvial e assalto ribeirinho.
Bibliografia recomendada:
- C 5-25: Explosivos e Destruições.
- C 7-5: Exercícios para Infantaria.
- C 7-10: Companhia de Fuzileiros.
- C 21-26: Leitura de cartas e Fotografias Aéreas.
- C 21-74: Instrução Individual para o Combatente.
- C 21-75: Patrulhas.
- C 24-17: Funcionamento do Centro de Mensagens.
- C 24-50: Segurança das Comunicações.
Observação: servir-se das edições mais recentes em cada fonte de consulta e para demais
instruções, valer-se do conteúdo disponibilizado na página da internet do 17º B Fron, no link
CIOpPan.
Página 13 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

CAPÍTULO IV
PREPARAÇÃO DOS CANDIDATOS

1. PREPARAÇÃO ORGÂNICA
a. Para obter êxito no EOPan é importante que o candidato esteja bem organicamente, o que reflete
ótimo estado de saúde.
b. É necessário que o candidato adote as seguintes providências:
1) cópia da ata de inspeção de saúde (ou xerox autenticada), expedida por Médico Perito, de acordo
com o previsto nas Normas Técnicas sobre Perícias Médicas no Exército, que o julgou apto para realizar
o EOPan. Este documento poderá, em último caso, ser substituído pela cópia do boletim que publicou a
referida ata.
2) por ocasião da realização da inspeção de saúde, as juntas ou Médicos Peritos poderão solicitar
exames complementares aos candidatos suspeitos de possuírem alguma patologia, devendo o resultado
destes exames serem apresentados, no CIOpPan, anexos à ata de inspeção de saúde ou cópia do boletim
que publicou a mesma.
3) os candidatos deverão apresentar o comprovante que conste a realização das vacinas de uso
obrigatório, previstas nas Normas Técnicas sobre Vacinação e uso de imunobiológicos no Exército
(Portaria nº 069-DGP, de 17 de abril de 2003):
a) o comprovante de vacinação antitetânica e antiamarílica.
b) vacina contra difteria.
c) vacina contra a hepatite B.
4) Informar à JISE/Corumbá e ao CIOpPan, quando de sua apresentação, se apresentou algum
problema de saúde prévio, crônico ou não.
5) Os candidatos que não cumprirem as determinações acima, estarão sujeitos a não serem
matriculados no Estágio.

2. PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA
a. A preparação psicológica tem fundamental importância pois, se for bem realizada, seguramente
definirá o sucesso no desempenho das atividades exigidas no EOPan. Ela é de responsabilidade única e
exclusiva do candidato, devendo ser realizada com a maior antecedência possível, visando à adaptação
comportamental necessária para suportar toda carga de pressão que o Estágio proporcionará.
b. A motivação para realizar o EOPan é a principal ferramenta emocional que se dispõe para uma
adequada preparação psicológica e, sendo assim, deverá constantemente estar presente, impulsionando o
indivíduo a enfrentar e vencer todos os óbices em busca de seu ideal.
c. Ao preparar-se psicologicamente para o EOPan, o candidato deve ter em mente que esta atividade se
faz necessária, uma vez que seu objetivo é criar condições para enfrentar, satisfatoriamente e com
eficiência, um duro, intenso e prolongado treinamento de combate na área do Pantanal. Dessa forma, é
importante o candidato, desde já, desenvolver condições emocionais favoráveis a relativizar os seus
principais problemas do cotidiano, minimizando ou reduzindo a carga de estresse e descontrole que
poderá ocorrer, tornando-se assim mais suscetível a lidar adequadamente com situações futuras de intensa
pressão psicológica.
d. O comprometimento com o EOPan exige que a atenção do indivíduo esteja direcionada, única e
exclusivamente, para o objetivo final. Preocupações e obrigações não relacionadas diretamente com o
Estágio não devem incomodá-lo, sob pena de prejudicar o seu sucesso. Isso requer que o candidato
prepare sua família para suportar o longo tempo de ausência, prevendo procedimentos em possíveis
ocorrências de saúde com dependentes, providências quanto à administração da situação financeira e
outros problemas e obrigações comuns no cotidiano. A ausência de qualquer óbice de natureza familiar,
obrigacional e financeira é uma grande aliada no bom desempenho no Estágio.
e. É importante ressaltar que uma preparação psicológica adequada possibilitará ao futuro estagiário
suportar o desconforto, a fadiga, o calor, o ritmo intenso e continuado de atividades intelectuais e físicas,
com poucas horas de sono, com a sobrecarga da mochila e equipamento, e com a alimentação restrita. Ao
ser submetido à rispidez necessária e à pressão psicológica, que leva o homem ao limite das suas
Página 14 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

possibilidades, o estagiário deverá sempre ter em vista o seu objetivo final: a conclusão do EOPan com
aproveitamento.

3. APRESENTAÇÃO DO CANDIDATO E DOCUMENTAÇÃO


a. Datas de apresentação para início do Estágio
- A apresentação para o início do estágio, em princípio, seguirá o previsto no quadro abaixo,
visando a realização da conferência da IS, EAF, TCM e medidas administrativas:

Data/Estágio EOPan 15/1 EOPan 15/2


Data de apresentação 05/04/15 09/08/15
Data do início do Estágio 06/04/15 10/08/15
Data do término do Estágio 24/04/15 28/08/15
b. Documentação a ser apresentada por ocasião da matrícula
1) 03 (três) fotos 3 X 4 (sendo uma com trajes civis).
2) Cópia da Ata de IS para o EOPan e exames médicos complementares eventualmente realizados.
3) Comprovante da realização das vacinas obrigatórias.
4) Cópia do BI publicando a realização do EAF.
5) Cópia da identidade plastificada.
6) Cópia do cartão FUSEx plastificado.
7) Declaração de voluntariado para realizar o Estágio, assinada pelo Cmt OM e pelo candidato.
Página 15 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

CAPÍTULO V
PREPARAÇÃO DO MATERIAL

1. MATERIAL A SER PROVIDENCIADO PELO ESTAGIÁRIO E PELO CENTRO


a. Uma boa preparação do material contribuirá muito para o êxito no Estágio.
b. Visando facilitar, será apresentado neste item o material a ser providenciado pelo estagiário e a ser
fornecido pelo CIOpPan, bem como a constituição dos fardos abertos, de combate e de bagagem, além de
sugestões de constituição dos "kits" de sobrevivência, de higiene, de anotações, de manutenção e de
primeiros socorros.

1.1. Material mínimo a ser providenciado pelo estagiário


Qtde Material Observação
02 Cadeado com cópia das chaves Armário/Saco VO
01 Uniforme 3º D1 Armário
01 Facão de 14’’ com bainha e punho de cor preta Fardo aberto
01 Porta-bússola e coldre Fardo aberto
02 Cantil Fardo aberto
02 Porta-cantil (1) Fardo aberto
01 Cinto NA (1) Fardo aberto
01 Suspensório (1) Fardo aberto
02 Porta-carregador de fuzil (1) Fardo aberto
01 Bússola (é a prevista para o kit de sobrevivência) Fardo aberto
01 Caneco (1) Fardo de combate
01 Poncho Fardo de combate
01 Camiseta camuflada Fardo de combate
01 Uniforme 4º A1 operacional (muda) Fardo de combate
01 Mosquetão com rosca Fardo de combate
01 Marmita e talher articulado completo (1) Fardo de combate
01 Cabo solteiro preto (10/12 mm de espessura e de 5 m) Fardo de combate
01 “Kit” de sobrevivência Fardo de combate
01 “Kit” de higiene Fardo de combate
01 “Kit” de primeiros socorros Fardo de combate
01 “Kit” de manutenção do armamento Fardo de combate
01 “Kit” de anotações Fardo de combate
01 “Kit” de costura Fardo de combate
01 “Kit” de manutenção do coturno Fardo de combate
01 “Kit” de camuflagem individual Fardo de combate
06 Bastão luminoso (cialume) Obs.: não pode ser de pequeno porte Fardo de combate
04 Bastão luminoso (cialume) Obs.: de pequeno porte Fardo de combate
01 Par de meias (muda) Fardo de combate
01 Cueca (muda) Fardo de combate
01 Mochila de grande capacidade com armação (1) Fardo de combate
01 Uniforme 5ª A Fardo de bagagem
01 Toalha de banho Fardo de bagagem
01 Sunga preta Fardo de bagagem
03 Uniforme 4º A1 operacional Fardo de bagagem
04 Camiseta camuflada Fardo de bagagem
01 Saco VO Fardo de bagagem
04 Pares de Meia Fardo de bagagem
04 Cueca Fardo de bagagem
Página 16 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

01 Par de coturnos (lona preta) Fardo de bagagem


01 Roupa civil (somente durante a Fase de Operações) A ser definido
Plaqueta de identificação (posto/graduação, nome, identidade,
01 A ser definido
Nr do cartão FUSEX, tipo sanguíneo e fator RH)
03 Papel auto-adesivo (metro) A ser recolhido
01 Protetor auricular A ser definido
01 Óculos de proteção para o tiro Fardo de combate
Retinidas (resistentes) para ancoragem do armamento e material
02 Fardo de combate
(mínimo 2,5 m)
Sacos plásticos resistentes de diversos tamanhos para Fardo de combate e
-
impermeabilização do material Fardo de bagagem
01 Pote grande para guardar e impermeabilizar munição Fardo de combate
01 Mochila de hidratação, cantil ou garrafa plástica de 2 litros Fardo de combate
1.2. Material a ser fornecido pelo CIOpPan
Qde Material Observação
01 Armamento (PARAFAL 7,62 mm) -
04 Carregadores Fardo de combate
01 Gorro de selva numerado -
01 Rede de selva (2) Fardo de combate
- Observações: (1) Caso o estagiário não disponha do material, em caso excepcional, poderá ser
fornecido pelo CIOpPan. A prioridade para o fornecimento do material é para os militares da Guarnição
de Corumbá e das demais OM do CMO, nesta ordem.
(2) o estagiário poderá trazer o material de sua OM.
1.3. Material opcional a ser providenciado pelo estagiário:
- O CIOpPan apresenta uma relação de alguns itens que, pela experiência e observação de outros
Estágios, são julgados úteis, mas é importante destacar os aspectos da individualidade, experiência
profissional, particularmente a adquirida durante o Estágio de Adaptação ao Pantanal. Um item pertinente
e interessante para um estagiário, pode não ser para outro. É interessante o candidato também procurar
trocar experiências com Of/Sgt possuidores do EOPan, com o intuito de obter maior quantidade de
subsídios para decidir ou não pela aquisição de um determinado material, bem como sua preparação.
Qtde Material Observação
01 Banco de campanha -
01 Rede de fixação de capacete (preto) -
01 Kit para o frio (malvinão, luvas, etc.) -
01 Manta de velame -
01 Meia de média compressão -
02 Bermuda em lycra Evita assaduras
01 Lanterna de cabeça -
1.4. Observações gerais sobre o material
a. Os fardos, obrigatoriamente, deverão conter no mínimo os itens relacionados no item 1.1 do
presente capitulo.
b. O estagiário, a seu critério, poderá acrescentar outros itens ou aumentar a sua quantidade, exceto
no fardo aberto.
c. A critério do Instrutor-Chefe, em coordenação com o estagiário 01 (xerife), outros itens poderão
ser autorizados e acrescidos no fardo aberto.
d. A munição conduzida fora dos carregadores, obrigatoriamente, deverá estar impermeabilizada.
e. Os carregadores, obrigatoriamente, não poderão estar impermeabilizados.
f. A mochila, obrigatoriamente, deverá ter flutuabilidade.
g. Os uniformes 4º A1, obrigatoriamente, deverão estar apenas sem velcros de posto/graduação,
arma/quadro/serviço, cursos, estágios, bandeira do país, nome de guerra e Instituição/OM.
Página 17 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

h. Os coturnos, obrigatoriamente, deverão ser amarrados usando o sistema de soltura rápida, com
cadarço velame.
i. Prepare-se o melhor possível pois, se no combate convencional na área do Pantanal a logística já é
um tanto peculiar e difícil, as adversidades são agravadas pela impossibilidade do combatente receber,
com oportunidade, o apoio dos escalões superiores.
1.5. Sugestões referentes ao material
a. Com a finalidade de facilitar a preparação do material, o CIOpPan apresenta algumas sugestões
que podem ser seguidas ou não, a critério de cada estagiário.
1) O material, dentro do possível, deve ter tamanho, volume e peso reduzido, visando facilitar o
acondicionamento nos “kits” e redução da massa para transporte.
2) O estagiário deve possuir em seu armário e no fardo de bagagem, alguns itens para repor seus
“kits” conduzidos no fardo de combate, tais como óleo para manutenção do armamento, sabonete, creme
dental, aparelho de barba, pilhas, papel higiênico, álcool, repelente, bainha do facão, entre outros.
3) Com a finalidade de impermeabilizar o material, procure utilizar sacos plásticos resistentes, ou
seja, grossos. Evite utilizar sacos plásticos para lixo, pois não são resistentes.
4) Procure fechar todos os sacos plásticos com ligas (garrote) ou tiras de câmaras de pneu.
5) Retire as ferragens do suspensório e substitua por cadarço velame.
6) Retire as ferragens do cinto de guarnição e substitua por velcro.
7) Retire as presilhas de fixação do porta-cantil e porta-carregador, e substitua por velcro ou
cadarço velame.
8) Reforce a costura e os botões de todos os uniformes.
9) Utilize tiras de câmaras de pneu (moto) para vedar os estojos plásticos.
10) É interessante conduzir álcool em gel e/ou lenço umedecido, com a finalidade de realizar a
higiene individual.
11) Creme hidratante é um bom substituto para o creme de barbear, pois não exige água e pode ser
acondicionado em recipientes pequenos.
12) Os coturnos devem estar “amaciados”, com a finalidade de evitar bolhas no pé.
13) Extensor tipo elástico (cor preta) para fechar a mochila.
1.6. Cuidados com o material
- O estagiário deverá, diuturnamente, cuidar do seu material individual e coletivo, ocasionalmente
distribuído durante alguma missão.
1.7. Sugestão para constituição dos “Kits”
a. A constituição dos "kits" varia de acordo com a individualidade do militar e área de atuação.
b. Desta forma, segue-se uma sugestão do CIOpPan quanto ao material componente dos diversos
"kits", não sendo obrigatória a condução de tudo o que está relacionado:
1. Kit de sobrevivência 3. Kit de anotação
- Isca para o fogo - Bloco de anotação
- Lanterna pequena e pilhas reservas - Caneta esferográfica (quatro cores)
- Vela - Papel auto-adesivo
- Afiador (pedra de amolar) - Estilete
- Anzóis (cinco de diferentes tamanhos) - Lápis de cor para iluminar carta
- Chumbada (três) - Fita durex
- Isqueiro ou fósforo - Borracha
- Pano - Transferidor, esquadro e régua
- Cordão resistente - Compasso
- Apito - Calculadora
- Encastoadores (ou similar) - Lápis ou lapiseira com grafite
- Canivete - Corretor
- Linha, agulha e botões - Escalímetro
- Espelho - Conjunto de canetas de retroprojetor
- Purificador de água - Cola
Página 18 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

- Linha de pesca (carretel)


- Repelente
2. Kit de higiene individual 4. Kit de manutenção
- Aparelho de barbear - Pedra de amolar ou lima
- Creme de barba - Cordel para limpeza do cano
- Sabonete e/ou sabão - Lixa de água
- Papel higiênico - ONLA ou óleo para manutenção
- Fio dental - Cordel para limpeza do cilindro de gases
- Álcool - Chave de fenda pequena
- Toalha pequena - Chave da massa de mira
- Escova e pasta de dente - Escova para limpeza de armamento
- Espelho - Toca pinos
- Pó anti-séptico - Saco para colocação das peças ou lenço tático
- Esponja pequena - Pincel pequeno
- Cortador de unha - Pano para limpeza
Observação: é proibida a utilização de material não recomendado pelos manuais técnicos dos
armamentos, como por exemplo, o silicone para impermeabilizar o armamento.
5. Kit de primeiros socorros
A AUTOMEDICAÇÃO É PROIBIDA. Desta forma, havendo necessidade, a equipe médica
que acompanha permanentemente o turno de estagiários prescreverá e providenciará os medicamentos
para serem distribuídos. Entretanto, por serem de uso rotineiro, visando sanar pequenos ferimentos ou
problemas que sejam normais na vida do militar, os itens abaixo relacionados, obrigatoriamente,
deverão compor o kit de primeiros socorros do estagiário:
Efeito farmacológico do medicamento Observação
Deve ser aplicada, quando necessário, em pequenos
Anti-séptico
ferimentos e arranhões.
Deve ser aplicada nos pés e virilhas, diariamente, para evitar
Tratamento de assaduras
assaduras.
Deve ser ingerido, se for o caso, quando sentir dor ou febre
Analgésico
(um comprimido de 6 em 6 horas).
Deve ser ingerido, se for o caso, em casos de distensão
Anti-inflamatório muscular, luxações, entorses e contusões (um comprimido
de 8 em 8 horas).
Deve ser conduzido somente após o exercício de
Reidratante oral
sobrevivência.
Material para curativo Observação
Gaze, Atadura, Tesoura pequena, Álcool Deve ser utilizado pelo estagiário para sanar pequenos
Iodado, Esparadrapo, Agulhas, Pinça. problemas que não exigem intervenção de um médico.
6. Kit Caixão de Areia
O “kit” de caixão de areia é um item fundamental para a fase de operações do EOPan, pois
facilita o planejamento das missões. É obrigatória a existência de 01 (um) “kit” para o turno. Este
material não é fornecido pelo CIOpPan. Desta forma, há a necessidade dos estagiários providenciarem
a aquisição dos materiais necessários para sua montagem.
Após o início do EOPan, o estagiário terá um número reduzido de liberações e estas devem ser
utilizadas, primordialmente, para o descanso e recomposição de itens de uso individual. Desta forma,
visando evitar transtornos e prejuízos ao processo de ensino-aprendizagem, sugerimos que o “xerife”
do turno, após apresentar-se no CIOpPan, faça a cotização e adquira os itens para a composição do
“kit”. Apresentamos abaixo, como sugestão, uma relação de materiais para compor o ”kit” de caixão
de areia:
Material Utilização Quant
Cunhete de munição (fornecido pelo CIOpPan) Armazenar o material 1 unid
Página 19 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

Barbante de algodão Delimitação do terreno 1 rolo


Cubos de madeira (aprox 3 x 3 cm) Áreas edificadas Variável
Linha de tricô/crochê (amarelo/preto/verde/vermelho) Delimitação do terreno 1 rolo
Palitos de dente Composição do terreno 1 caixa
Pó xadrez (azul/verde/vermelho/preto/marrom) Composição do terreno 1 caixa
Soldados pequenos de plástico (brinquedo) Identificação dos homens +/- 30
Identificação de meios de
Barcos/Viaturas pequenas de plástico (brinquedo) +/- 20
transporte
Calungas plastificados (PRPO, grupos etc) Idt de grupos e setores Variável
Quadro mural para emissão de
Lisolene Variável
ordens
Confecção do quadro mural para
Canetas de retroprojetor de cores variadas Variável
emissão de ordens
Página 20 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

CAPÍTULO VI
CONDICIONANTES DO ESTÁGIO

1. NORMAS GERAIS DO ESTÁGIO


a. Subordinação
1) Disciplina: os estagiários estão subordinados ao Cmt 17° B Fron, que é também o Diretor de
Ensino do CIOpPan.
2) Administração: os problemas administrativos dos estagiários serão encaminhados pelo Instrutor-
Chefe ao comando do 17° B Fron. Não é permitida a ligação direta do estagiário com a administração. As
solicitações deverão ser encaminhadas ao Instrutor- Chefe através do “xerife”.
3) Instrução: os problemas de instrução serão solucionados pelo encarregado do Estágio. Não é
permitida a ligação do estagiário com qualquer seção do 17° B Fron ou militar que não faça parte da
equipe de instrução.
b. Organização do grupamento de estagiários
1) Será nomeado pelo encarregado do estágio, o “xerife do turno”.
2) Ao xerife do turno compete:
a) ligar-se diretamente ao encarregado do Estágio para tratar de assuntos de interesse do turno.
b) fazer com que o turno compareça pontualmente às atividades programadas nos locais das
instruções e com o uniforme determinado.
c) estar ciente das faltas e informá-las ao instrutor ou seu auxiliar antes do início de cada
atividade.
3) Cada estagiário receberá um número de identificação pelo qual será conhecido até o término do
Estágio e pelo qual estarão relacionados armários, material, documentos, etc.
c. Direitos do estagiário
1) Solicitar ao instrutor todo e qualquer esclarecimento que julgar necessário à compreensão do
assunto que está sendo ministrado.
2) Receber atendimento médico.
3) Tratar sobre assuntos particulares com o Instrutor- Chefe.
4) Ter assegurado os recursos e normas de segurança compatíveis com cada atividade do estágio.
d. Deveres do estagiário
1) Obedecer rigorosamente às prescrições de segurança e as recomendações de ordem técnica e
disciplinar relativas às instruções e exercícios práticos.
2) Utilizar o armamento, equipamento e material de instrução de acordo com os padrões
determinados.
3) Cuidar de sua apresentação pessoal.
4) Quando acionado, o estagiário deve responder em voz alta (Ex: Estagiário 01! PANTANAL!).
5) Observar rigorosa probidade na execução de provas, considerando os recursos ilícitos como
incompatíveis com a dignidade do militar.
6) Manter o alojamento limpo e arrumado, devendo permanecer trancado nos períodos em que
estiver vazio.

2. DESLIGAMENTO E CONCLUSÃO DO ESTÁGIO


a. Fatores de desligamento (Cancelamento da Matrícula)
1) Durante toda a duração do Estágio, qualquer estagiário poderá vir a ser desligado numa das
seguintes situações:
a) a pedido
- a qualquer momento, depois de efetuada a matrícula, o estagiário poderá dirigir-se ao
Instrutor-Chefe e solicitar o seu cancelamento de matrícula, devendo assinar uma declaração com os
motivos da mesma.
b) falta disciplinar grave
- qualquer ato que venha a ferir o RDE, considerado como falta grave.
c) contra-indicação médica
Página 21 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

- durante o decorrer do Estágio, caso o médico verifique que o estagiário não reúna mais
condições de prosseguir.
d) falta de aproveitamento
(1) poderá ter a matrícula cancelada, o estagiário que alcançar o limite máximo de pontos
perdidos, durante o período do estágio, que é de 25% do número total de sessões de instrução por fase
(conforme o Regulamento do CIOpPan).
(2) os critérios para avaliação e justificação de faltas constam no Regulamento do CIOpPan e
serão divulgados para os estagiários.
(3) poderá ter a matrícula cancelada, o estagiário que apresentar insuficiência técnica, definida
nas NIAE/CIOpPan.
e) atentar contra a segurança
- será passível de desligamento o militar que atentar contra a sua segurança ou de outrem, ao
não cumprir determinações dos instrutores relativos à segurança e prevenção de acidentes.
b. Responsabilidade pelo desligamento
- O responsável pela concessão do desligamento do estagiário é o Diretor do Ensino.
c. Conclusão do Estágio
- O estagiário que não alcançar a média mínima estabelecida 5,0 (cinco), no final do estágio, terá
concluído o EOPan, porém sem aproveitamento, não sendo brevetado. Neste caso, receberá apenas o
diploma de participação do EOPan. Vale ressaltar que o Conselho Avaliador de Ensino determina esta
condição, conforme o parágrafo primeiro do Art 32º do Regulamento do CIOpPan.
Página 22 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

CAPÍTULO VII
DIVERSOS

1. SUGESTÕES AO COMANDANTE DO CANDIDATO


a. Depois de acurada análise, visando buscar os motivos da ocorrência de alguns resultados não
satisfatórios na IS, EAF, Teste de Conhecimento Militar e no transcorrer dos Estágios de Operações no
Pantanal, verificou-se que alguns desses motivos podem ser eliminados com medidas preventivas
relativamente simples.
b. Apresentamos, abaixo, uma relação de sugestões ao Sr Comandante do candidato:
1) orientar o candidato no sentido de iniciar sua preparação imediatamente após decidir ser
voluntário para o Estágio, ao invés de começar somente depois do relacionamento pelo CMO.
2) designar um militar com EOPan, para orientar e conduzir a preparação física e intelectual do
candidato;
3) autorizar que o candidato realize um TFM específico, separado dos demais militares da OM.
4) apoiar o candidato com meios e pessoal durante a preparação física, particularmente o
treinamento da natação utilitária, pois exige material e pessoal para a segurança.
5) no caso da OM não dispor de piscina, verificar a possibilidade do candidato utilizar a existente na
vila militar, clube militar ou entidade civil.
6) determinar que o Chefe do gabinete odontológico priorize a revisão odontológica do candidato.
7) determinar que o Chefe da 3ª Seção avalie o candidato, com o objetivo de verificar se o militar
evidencia os objetivos específicos que serão avaliados por ocasião dos testes.
8) evitar que militares com preparação intelectual e física deficientes apresentem-se para realizar o
EOPan.
9) evitar que militares com problemas pessoais e familiares apresentem-se para realizar o EOPan.
10) apoiar e liberar o candidato para a realização dos diversos exames necessários para a inspeção
de saúde.

2. ORIENTAÇÕES GERAIS AO CANDIDATO


a. Durante o Estágio, é terminantemente proibido a automedicação.
b. A desobediência às recomendações, quanto ao uso de medicamento pode acarretar o desligamento
do estagiário.
c. O estagiário não poderá conduzir em seu fardo aberto, de combate ou bagagem, qualquer tipo de
“macete”, tais como chocolates, biscoitos, balas, vitamina "C", pó de guaraná, similares e etc.
d. Ao longo do Estágio, durante as instruções, o estagiário não poderá fumar.
e. É terminantemente proibido conduzir para qualquer instrução aparelho eletrônico.
f. Durante todo o EOPan o estagiário não poderá portar aliança ou anéis, como medida de segurança.
g. Durante o EOPan, faça a manutenção diária dos pés.
h. Procure conduzir um kit de manutenção dos pés e o repelente no fardo aberto.
i. Mesmo quando houver restrição de banho, o estagiário deve realizar o asseio corporal na rede, antes
de dormir. O uso do álcool em gel é muito útil para o “banho a seco”.
j. Pequenas lesões merecem cuidados especiais, visando a prevenção de infecções.
k. O estagiário, obrigatoriamente, deverá estar em condições de entoar a Oração do Guerreiro do
Pantanal.
l. O candidato deve realizar a preparação de todo seu material antes da data de apresentação no
CIOpPan. Durante os dias que antecedem o início do Estágio, o candidato deve apenas ultimar os
preparativos.
m. Durante o Estágio, procure ingerir água constantemente e em poucas quantidades, mesmo se estiver
sem sede, visando evitar a desidratação.
n. Durante todo o estágio, o corte do cabelo será com a máquina Nr 1.
Página 23 do Caderno de Instrução do EOPan - 2015

3. TELEFONES ÚTEIS

18ª Bda Inf Fron (Hotel de Trânsito) (67) 3231-2861 Rodoviária (67) 3231-2646
17º B Fron (67) 3231-5828 CIOpPan Ramal 226 (17º B Fron)
6º Distrito Naval (Hotel de Trânsito) (67) 3231-1028 Aeroporto (67) 3232-6364

4. ORAÇÃO DO GUERREIRO DO PANTANAL

Senhor,
Vós que fizestes do dilúvio
Ressurgir a terra,
Criastes dessas entranhas
O PANTANAL,
Com insetos e espinheiros,
O perigo das matas,
O calor e a friagem,
As enchentes
E o segredo das águas.
Mas, Senhor,
Só vós sois Deus,
A última luz do universo.
Transformai as forças da natureza,
No poder
Do seu próprio defensor:
Fazei explodir a coragem,
Multiplicar a força
E consolidar a fé.
Pois aqui, Senhor,
Da mistura de lama e sangue
Do passado,
Empunhando o aço
De divina têmpera,
Criastes o GUERREIRO DO PANTANAL,
A subjugar o invasor...
E o adverso.
PANTANAL!

Autoria: Cel VALDENIR DE FREITAS GUIMARÃES

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ELIAS ELY GOMES VITÓRIO – Ten Cel
Dir Ens CIOpPan

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MARCOS ANTONIO STOPA – Maj
Instr Ch CIOpPan

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