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desafios na EJA
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Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis ou Transexuais.
[...] quando alguém escolhe ser heterossexual? Dificilmente, alguém diz que
“optou” por ser heterossexual. O desejo por pessoas do gênero oposto, em nossa
sociedade e em nosso período histórico é normalmente entendido como única
possibilidade de expressão da sexualidade. Então, quando falamos que a
homossexualidade é uma “opção sexual”, queremos dizer que a pessoa “optou” pelo
quê? Em não ser hétero? (LINS; MACHADO; ESCOURA, 2016, p. 72)
Para contemplar o nosso fio condutor nas atividades, decidimos que em cada
dia daquela semana traríamos algum tema específico sobre respeito. Abordamos com
a turma o respeito em seus diferentes significados, como no sentido de admiração, o
respeito ao consumidor e o respeito às diversidades. A fim de desenvolver a temática
do respeito às diversidades com a turma, trouxemos uma história em quadrinhos
intitulada “Nada Contra” de Pedro Leite.
A história, como podemos observar acima, mostra uma pessoa falando uma
frase que em um primeiro momento parece não ser carregada de preconceitos, afinal
Levamos esta HQ para ler com as/os estudantes a fim de incitar um debate
sobre a mesma. Ao lermos cada quadrinho observamos as diferentes reações das/os
alunas/os e percebemos que em todas as frases houve espanto, comentários e
expressões negativas, achando “um absurdo” aquilo que as/os personagens estavam
dizendo, com exceção de uma: a tirinha onde diz “Nada contra os gays, só acho que
eles não deveriam se beijar em público!” em que as/os estudantes concordaram. Após
lermos todas as frases abrimos o debate para ouvir as/os alunas/os e, obviamente, o
tema mais debatido foi a tirinha em questão. Nem todas as/os alunas/os se
posicionaram. Em especial três delas/es expressaram o que pensam em relação à
população LGBT, dizendo que não achavam certo que se beijassem em público, que
“gay é só putaria” e um relato sobre “dois gays transando em plena rua”.
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Disponível em: http://www.politize.com.br/por-que-e-importante-cidadania/ (acesso em 15 Jul. 2017).
Não posso afirmar que as alunas escreveram essa história porque agora
pensam realmente que as pessoas LGBTs se apaixonem e que mereçam amar da
mesma forma que elas. Fico me perguntando se por causa de todas as minhas
intervenções e por gostarem tanto da “profe” escreveram o que imaginaram que eu
Após abordamos essas questões, elaboramos para a turma uma tabela em que
as/os alunas/os deveriam responder conforme as fotos que organizamos de casais
diversos, sendo eles: casal heterossexual branco, casal heterossexual “interracial”,
casal heterossexual negro, casal onde o homem é mais velho que a mulher, casal
CONSIDERAÇÕES FINAIS