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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

Bacharelado em Geologia
Disciplina: GEOFÍSICA APLICADA A GEOTECNIA

Método
Eletromagnético
Indutivo (EM) –
Domínio da Frequência
Prof. M.Sc. Antonio Carlos de Siqueira Neto
Geólogo e Mestre em Geofísica - USP
Método EM Indutivo

- Operação simples, rápida e de baixo custo;

- Extensa aplicação em mapeamento de intrusões salinas, plumas de


contaminação,
cavidades em rochas carbonáticas, exploração arqueológica, entre
outros;

- O EM-34 mede diretamente a condutividade dos materiais geológicos,


com base nos princípios da indução eletromagnética.
Conceitos físicos envolvidos na indução eletromagnética

Campo EM:

- dois componentes diretamente mensuráveis, campo elétrico e magnético;

-descrito em termos de vetores de intensidade de campo E e H

- funções da posição (x,y,z) e do tempo t (segundos) ou da freqüência f (Hz).


Teoria dos métodos eletromagnéticos
Campos EM - dois componentes diretamente mensuráveis:
campos elétrico (E) e magnético (H).
Teoria eletromagnética é fundamentada nas equações de
Maxwell.
O acoplamento dos campos E e H são descritos pelas leis de
Ampére e Faraday.

Lei de Ampére mostra que o campo magnético é



 D 
H   J
t
produzido pela corrente de deslocamento e pela densidade de
corrente elétrica.

Para prospecção EM em baixas frequências, o campo magnético


gerado pela densidade de corrente elétrica é mais importante.
Conceitos físicos envolvidos na indução eletromagnética

 corrente AC de baixa
frequência circula na
bobina transmissora 
gera campo magnético
primário Hp, ortogonal ao
plano da bobina.
 Hp induz correntes
elétricas no subsolo 
em um condutor, essas
correntes dão origem a
um campo magnético
secundário Hs,
 Hp + Hs  captados
pela bobina receptora
 Equipamento é
construído de forma a
calcular condutividade
aparente a partir da
relação Hs/Hp
Equipamento e princípio de operação

Módulo de controle

Módulo de leitura
Cabo de referência

Bobina receptora Bobina transmissora


Disposição das bobinas
Espaçamento entre bobinas, freqüência e profundidade de operação

Espaçamento entre as Freqüência de Profundidade de Profundidade de


bobinas operação exploração para exploração para
Dipolo Horizontal Dipolo Vertical
10m 6.4 kHz 7.5m 15m
20m 1.6 kHz 15m 30m
40m 0.4 kHz 30m 60m
Vantagens:

- Boa resolução na condutividade


- Não há problemas com a injeção de correntes
- Aquisição de dados fácil, rápida e de custo baixo

Desvantagens:

- Ruído ambiental
- Limite de capacidade na sondagem vertical
- Limite de operação para baixas condutividades
Exemplo - p/ Chapada dos
Guimarães Localização dos Ensaios Realizados
Lixão de Cuiabá - MT
SEV2
SEV3
8285100 Linha 4

8285000

p/ Cuiabá Linha 3
SEV9
8284900 SEV10
SEV4
Linha 2
Linha 1
SEV1

8284800 Lixão
desativado
SEV11
SEV5

8284700
Linha 8

SEV6
8284600 Linha 5

Linha 6 SEV7
8284500

SEV8

8284400 Linha 7
600300 600400 600500 600600 600700 600800 600900 601000
Exemplo de aplicação em lixão - Cuiabá MT
Linha 5 - Seção geoelétrica interpretada
S N
300
Cobertura com
influência dos resíduos

N.A. 290 ? 223


Resíduos 86.7
136 5.3
670 ?
Solo de alteração 400
280
Elevação (m)

?
Zona saturada 30 Zona saturada
270
? ?
Rocha sã (filito) 466
260
0 50 100 150 200 250 300 350
Distância (m)

Linha 5 - Perfil EM34 Loop 10 e 20 metros


Distância (m)
0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 440 480 520
0
Prof. (m)

-10
-20
-30
Condutividade Aparente (mS/m)

0 20 40 60 80 100 120 140 160


Lixão de Cuiabá
EM 34 VL 10 m (7.5 m prof.)

8285100 ap. (mS/ m)

140
8285000 130
120
110
8284900
100
90
80
8284800
70
60
50
8284700
40
30

8284600 20
10
0
8284500
Contornos da
Área do Lixão

8284400
600300 600400 600500 600600 600700 600800 600900 601000
Lixão de Cuiabá
EM 34 HL 10 m (15 m prof.)

8285100
ap. (mS/ m)

60
8285000
55

50
8284900 45

40

35
8284800
30

25
8284700 20

15

10
8284600
5

8284500

Contornos da
Área do Lixão
8284400
600300 600400 600500 600600 600700 600800 600900 601000
Mapa do Lixão de Mogi das Cruzes - SP
7397600

7397550

7397500
SEV6
Exemplo 2 -
Lixão de Mogi 7397450

das Cruzes - SP Área em


7397400
735
atividade

UTM N (metros)
734 SEV1
5
7397350
4 2
SEV7 SEV11
SEV2
7397300 3
SEV4
6 SEV3
SEV5
7397250
1
7
SEV9

7397200
ietê SEV8
Rio T
8
9
7397150

SEV10
7397100
371800 371850 371900 371950 372000 372050 372100 372150 372200 372250 372300 372350
UTM E (metros)

Medidas com EM-34 Cota topográfica (m)

SEV5
Sondagens Elétricas 1 Locais das escavações

Escala Gráfica (m)


Limites da área com resíduos
0 50 100 150 200
M a p a d e C o n d u t i v i d a d e A p a r e n t e - n í v e l d e 7 .5 m
7397600

7397550
Cabo 10m
bobinas verticais 7397500
Prof ~7,5 m
7397450

7397400

UTM N (metros) 7397350

7397300

7397250

7397200

7397150

7397100
371900 371950 372000 372050 372100 372150 372200 372250 372300 372350
UTM E (metros)

Condutividade Aparente (mS/m)

-20 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 70 80 90 100 0 50 100 150 200


EM34 na Linha C4 do Lixão de Ribeirão Preto
Distância (m)
20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
Prof. Teórica (m)

0.0
-7.5
-15.0
-22.5
-30.0

Valores de Condutividade Aparente (mS/m)

0 5 10 15 20 25 30 40 50 100 150 200


EM-31 em depósito de
resíduos urbanos
Poços de monitoramento
Bobinas modo vertical
Bobinas modo horizontal
Contaminação compostos orgânicos
 A contaminação se dá por dois grupos de compostos com
comportamento distintos nos aqüíferos.
 Ambos são parcialmente miscíveis em água, (BTEX e
organoclorados)
Linha 0
Distância (m)
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
Prof. (m)

-10.0

-20.0

-30.0

Condutividade Aparente (mS/m)

-100 0 10 20 30 40 50 60 80 100 200 600 1000

Linha 3
Distância (m)
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160
Prof. (m)

-10.0

-20.0

-30.0

Condutividade Aparente (mS/m)

-100 0 10 20 30 40 50 60 80 100 150


550

500

450

ade
utivid
Cond rente
400 PM24 PM26 Apa )
(mS/m
PM25 s
5 metro 150
ível 1 440
EM n
PM20
350 120
Mapa
PM17
430
PM19 100
420 90
PM15
PM12
300 PM22 410 80
PM16 400 70
PM18 0 60
PM21 44 PM23 390
250 55
430 380
PM09 50
420PM13 370 45
PM01
200 PM08 4
10 PM14 360 40
00
4PM07 35
350
PM10 PM05 30
390 340
150 PM06 25
PM11 380
330 20
0
PM0437 32 0 15
PM02 360 0 10
100 PM03 31
350 5
300
0
340 30 24
0
50 210 220 2
330 00
190 2
0 180 presa
320 50 160 17
re a da em
0 1 Á
30 14
310 10 120 1
0 90 100 1
0
0 50 100 150 200 250 300 30350
0 70 8
400 a
60
Gráfic
Escala 40 50
20 30
Escala Gráfica
0 10
Área da empresa
0 50 100 150 200
Processamento de dados de campo
 Software de inversão: EM34-2D
 Software de representação dos dados:
Surfer
Projeto Levantamento Geofísico no
Campus da UFMT – Cuiabá (15/04)
 Objetivos: Definir profundidade do
contato solo/rocha sã; Prospectar zonas
aquíferas.
 Técnicas: SEV e CE
 Arranjos: Schlumberger e Dipolo-Dipolo
 Local: Duas áreas definidas pelo Professor
 2 Grupos de investigação
 2 Linhas de SEV e 2 de CE
Etapa Pré-campo (Próxima aula)
 Definição da localização da área de estudo
(Professor);
 Definição da profundidade mínima e máxima
investigada para cada técnica, bem como
espaçamento dos eletrodos e extensão da
linhas de estudo (Estudar contexto
geológico, artigos e resumos publicados em
periódicos ou congressos);
 Definição deve ser feita embasada pelo
conhecimento da geologia local, dando
ênfase para o objetivo proposto.
Etapa Campo 1 (13/04) – 13:30 às 17:30
Etapa Campo 2 (14/04) – 08:00 às 12:00

 Grupo 01 (Jaqueline; Pollyne; Karol; Natalia;


Maurício)
 Grupo 02 (Theo; Katherine; Débora;
Thassiane)
 Execução das linhas de estudo previamente
elaboradas, sendo 2 SEV e 2 CE para cada
área;
 Aquisição dos dados:
◦ Resistivímetro; água com sal
 Equipamentos:
◦ GPS; Câmera Fotográfica; Roupa de campo;
Caderneta de campo;
Etapa Pós-campo 20,27 e 28/04
 Montar as tabelas .dat ou .xls com os dados
obtidos em campo.
 Inversão e processamento dos dados
utilizando os softwares IPI2win e RES2Dinv;
 Interpretação das seções modeladas de CE e
das curvas de SEV utilizando CorelDraw ou
Surfer.
 Confecção do relatório final em forma de
artigo a ser publicado em periódico da área.

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