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Atividades com Cartas

Leia esta carta que Marisa escreveu para Ângela.

Ângela,
Depois que você foi embora para Ribeirão Preto, eu fiquei um
tempão andando pela casa que nem barata tonta, achando tudo muito
sem graça. Cada vez que eu pensava que ia ter que esperar até as outras
férias para brincar outra vez com você, me dava vontade de sair gritando
de raiva. Mamãe me deu um picolé pra eu ficar mais contente, mas a raiva
era tanta que eu mastiguei toda a ponta do pauzinho, até fazer uma
franjinha. Mais tarde a Maria e a Cláudia vieram me chamar para brincar,
Nós ficamos pulando corda na calçada e depois sentamos no muro e
ficamos brincando de botar apelidos nos meninos.
Eu voltei para casa contente da vida, mas quando o Fábio me viu foi
dizendo: “Tá tristinha porque a priminha foi embora? Vai ser ruim
mexericar sozinha por aí, né?” Ah, Ângela, que raiva! Às vezes dá vontade
de trocar esse irmão marmanjo por uma irmã do meu tamanho, como
você!
Um beijo da
Marisa

Monica Stahel. Tem uma história nas cartas de Marisa. Belo Horizonte, Formato
Editorial, 1996.

Conversando sobre o texto


1) Para que servem as cartas?
2) Quem escreve a carta? Quem recebe a carta?
3) Como você percebeu que a carta foi escrita por uma criança?
4) É possível saber quando e onde a carta foi escrita?
5) Na sua opinião, que sentimentos estão expressos na carta de Marisa?
6) Porque Marisa escreveu para Ângela?
7) Que informações aparecem na carta de Marisa? Assinale as frases que
correspondem às informações que estão na carta.
( ) Os meninos jogavam bola.
( ) Marisa tem um irmão chamado Fábio.
( ) Ângela tem 9 anos e é mais velha que Marisa.
( ) Marisa e as amigas deram apelidos para os meninos.
( ) Marisa está no 4º ano.
( ) Cláudia e Maria são amigas de Marisa.
( ) Ângela passou férias na casa da prima.
( ) Marisa tem um filhote de gato.

Respostas:
1) Servem para estabelecer a comunicação com outras pessoas por meio
da língua escrita, mandando mensagens afetivas ou notícias.
2) Marisa escreve e Ângela recebe.
3) O conteúdo da carta traz informações sobre atividades, interesses,
comportamentos, linguagem e relações familiares que comprovam tratar-
se de uma criança.
4) Não, esses dados não aparecem no texto, provavelmente por tratar-se
de uma carta informal entre primas e pelo provável desconhecimento da
emissora da necessidade desses elementos.
5) Resposta pessoal.
6) Para contar o quanto ficou triste com a partida da prima e o que fez
durante o dia para se distrair.

* Esta carta foi enviada para alguém muito especial.

Brasil, 20 de dezembro de 1997

Querido Papai Noel

Eu sei que o seu serviço não é fácil. Eu e a minha turma ficamos


imaginando o trabalho que dá ir a todas as casas bem na mesma hora.
A gente também imagina que, na manhã do dia 25, as renas que o
senhor usa devem estar com dois palmos de língua para fora!
Mas, olha, comigo o senhor não precisa se preocupar não. Eu já falei
com o meu pai e a minha mãe, e eles mesmos vão trazer o presente que
eu quero. [...]
Mas, bom, é o seguinte: apesar de o senhor só aparecer uma vez por
ano, o senhor não é bobo e sabe o que acontece no Brasil.
As crianças aqui não vão bem. Não falta só presente. Falta escola, e
muitas crianças trabalham...
Dizem que não é hora de lembrar essas coisas, mas não consigo
evitar.
Então, eu pensei que, já que os meus pais vão dar presente que eu
pedi, o senhor podia dar o meu presente pra outra criança.
É! Podia dar pra uma criança que nem esteja esperando! Uma que
ache que não vai ganhar nada.
Não vai atrapalhar o senhor, não é mesmo?
Bom, é só isso. Obrigado e até o ano que vem!
Um beijo do Fernando.

Fernando Bonassi. Uma carta para o Papai Noel. Folha de S. Paulo – Folhinha/Agência
Folha, 3/6/2001.

1) Localize na carta e responda.


a) Quem escreveu a carta?
b) Para quem a carta foi escrita?
c) Quando ela foi escrita?
d) De que país ela foi escrita?
e) Como ele se despediu na carta?

2) O que a carta desse menino tem de diferente das cartas que as crianças
escrevem para o Papai Noel?

3) Por que Fernando acha que as crianças do Brasil não vão bem?

4) Se você fosse escrever para o Papai Noel, o que pediria?

Respostas:
1) a) Fernando
b) Papai Noel
c) 20 de dezembro de 1997
d) Brasil
e) Com um beijo.

2) Nessa carta, o remetente não pede um presente para si ao Papai Noel,


mas que uma criança carente receba o presente que estava reservado
para ele.
3) Liste com a classe algumas questões ligadas à infância que, segundo a
opinião dos alunos não estão caminhando bem.

Você sabe o que é um telegrama? Observe um.


Vítor Campos de Melo
Rua das Esmeraldas, 457
Mariana – MG

Aguente firme machucado. Chegamos sexta. Papai

Remetente: José Campos de Melo

*Descubra o que a carta a seguir tem de parecido com o telegrama que


você leu.

Porto Alegre, 7 de dezembro de 2003

Querido Vítor

Você não imagina como ficamos preocupados quando sua avó nos
telefonou contando o que tinha acontecido com você.
Você teve muita sorte de ter apenas quebrado um braço, uma perna
e dois dentinhos. Perder o freio da bicicleta descendo a ladeira é muito
perigoso. Agora é ficar quietinho esperando o papai e a mamãe voltarem
com um presente bem bonito.
Chegamos na sexta-feira.
Aguente firme. Nada de maluquices, está bem?
Com amor e saudades,

Papai e mamãe.

1) Qual texto conta que Vítor se machucou?


2) Qual o texto conta que os pais chegarão sexta-feira?
3) Qual texto usa menos palavras para contar o que aconteceu com Vítor?

4) Qual texto conta o que aconteceu com mais detalhes?

Respostas:
1) Telegrama e carta.
2) Telegrama e carta.
3) Telegrama.
4) Carta.

Fonte: LER – Leitura, Escrita e Reflexão.


Márcia Leite e Cristina Bassi – Editora FTD
1ª atividade:
Leitura e discussão da Carta da Terra.

Quem a escreveu?
Qual a sua importância?

Os princípios são realmente importantes?

Quais se relacionam diretamente com a vida de cada um de nós? Por quê?

2ª atividade:
Escolha de um dos princípios para iniciar o trabalho e a justificativa da
escolha.

3ª atividade:
Por que esse principio foi escrito na Carta da Terra?
Coleta de dados sobre o conteúdo do princípio em sites, revistas, jornais,
livros, acompanhada das devidas referências.

4ª atividade:
O real é o ideal?
O que cada um de nós pode fazer para cumprir o princípio escolhido?

5ª atividade:
Registro do conteúdo abordado através de desenhos, poesias, textos
explicativos. Os trabalhos serão colocados no site e teremos assim a Carta
da Terra reescrita e ilustrada por crianças e jovens.

As sugestões de atividades são apenas idéias iniciais que certamente serão


enriquecidas pelos envolvidos no trabalho! Afinal, todos queremos Criar
uma cultura de paz e cooperação! (Princípio 16 da Carta da Terra)

Fonte:http://wwwusers.rdc.puc-rio.br/kids/test/kidcafe-esc/carta/page4.html
As cartas pessoais ou familiares são as formas de correspondência mais
comum em todas as classes sociais.
Antes da existência dos modernos meios de comunicação, essa era a única
forma de comunicação à distância.

Leia esta carta:

Berna, 5 de novembro de 1948.

Tânia, minha irmã querida,

Recebi agora de manhã sua carta de 26 de outubro com bastante atraso


(levou 10 dias para chegar). Ontem mesmo escrevi para vocês uma carta
pedindo,
mas como chegou a sua hoje, não a mando mais – escreverei também a
Elisa.
Vejo também que vocês não receberam ainda as cartas que lhe mandei
com
retratos de Pedrinho (separadas para Elisa e para você) e que foram
alias registradas. Chegaram?...

...Tudo o que você diz sobre o livro esta justo, ou então, outras vezes,
quase justo.
Vou estudar bem a questão e lhe escreverei...

...Parece que em breve terei uma boa, não sei.

...Um beijo para você, minha filhinha pequena, irmã de Pedrinho.

Sempre sua

Clarice.

Em toda carta é necessário ter os seguintes itens:


 Destinatário: aquele para quem a carta foi escrita
 Remetente: aquele que escreveu a carta
 Local e data: o dia e o lugar onde foi escrita
 Evocação: o modo de chamar a pessoa para quem a carta foi enviada
(por exemplo, "caro colega", "querido amigo")
 Conteúdo: o texto principal da carta
 Desfecho: a despedida e a maneira como a carta foi encerrada.
 PS (do latim post scriptum, ou pós-escrito): uma observação adicional,
não inserida no texto.

ATIVIDADES

1) Qual o local e data da carta?

Berna, 5 de novembro de 1948.


Tânia, minha irmã querida.,
Sempre sua.

2) Qual o remetente da carta?

• Clarice
• Tânia
• Berna

3) Qual o PS que foi escrito na carta?

• Tânia minha querida irmã.


• Um beijo para você, minha filhinha pequena, irmã de Pedrinho.
• Sempre sua
http://letrandoealfabetizando.blogspot.com/2009/06/atividades-genero-carta.html

Oi, André!

O pessoal aqui em casa até que se vira: meu pai é minha mãe trabalham,
meu irmão ta tirando faculdade, minha irmã mais velha também trabalha,
só vejo eles de noite. Mas minha irmã mais moça nem trabalha nem
estuda, então toda hora a gente esbarra uma na outra. Sabe o que é que
ela diz?
Que é ela que manda em mim, vê se pode. Não posso trazer nenhuma
colega aqui: ela cisma que criança faz bagunça em casa. Não posso nunca
ir na casa de ninguém: ela sai, passa a chave na porta, diz que vai comprar
comida (ela vai é namorar) e eu fico aqui trancada pra atender telefone e
dizer que ela não demora. Bem que eu queria pular a janela, mas nem isso
dá pé: sexto andar.
Essa irmã que eu to falando é bonita pra burro, você precisa ver. Nem sei o
que é que ela é mais: se bonita ou mascarada. Imagina que outro dia ela
me disse: “Eu sou tão bonita que não preciso trabalhar nem estudar: tem
homem querendo me sustentar.”
Aí eu inventei que o Roberto (um grã-fino que ela quer namorar) tinha
falado mal dela. “Sabe o que é que ele andou espalhando?” ¾ eu falei ¾
“que você é tão burra que chega a meter aflição.” Levei uns cascudos que
eu vou te contar. E de noite, quando o pessoal chegou (fui cedo pra cama
porque vi logo que ia dar galho), ela contou que eu continuava a maior
inventadeira do mundo. Aí foi aquela coisa: o pessoal todo ficou contra
mim. Fui dormir na maior fossa de ser criança podendo tão bem ser gente
grande. Não era para eu ter inventado nada; saiu sem querer. Sai sempre
sem querer, o que é que eu posso fazer? E dá sempre confusão, é tão ruim!
Escuta aqui, André, você me faz um favor? Pára com essa mania de
telegrama e me diz o que é que eu faço pra não dar mais confusão!
Por favor, sim?
Raquel

Lygia Bojunga Nunes. A bolsa amarela.


Interpretação do texto:

1. Responda:
a. Como são denominados textos como esse?
b. Observe a fonte do livro. Quem é a autora do livro de onde esse texto foi
retirado?
c. Na história, quem narra os acontecimentos da carta?
d. Para quem a carta foi destinada?
e. Que tipo de confusão a narradora afirma que vive se metendo?
f. De tudo o que você estudou, o que ficou faltando na carta?

2. Escreva 5 palavras com h inicial.

3. Complete as palavras com:


a. ch ou x
dei ___ ar ___ inelo pi ___ ar me ___ icano
b. j ou g
be ___ e pro ___ eto su ___ estão
a ___ udar a ___ eitar ___ eléia

4. Complete as palavras com:


a. am, an ou ão
m ___ teiga ___ tena m ___ cha
coraç ___ ___ dré caix ___
b. s ou z
cicatri ___ ar me ___ ário a ___ eitona ca ___ amento

5. Passe as frases para o feminino:


a. Meu tio é francês.
b. Meu avô viajou com meu primo.
c. O príncipe e o rei foram passear.
d. O leão mordeu um homem.
e. Meu pai ganhou um gato.

6. Escreva um bilhete para um amigo:

Fonte: http://pro-eve.blogspot.com/2008/03/atividades-de-portugus-cartas-e.html

Pomba Colomba
Sylvia Orthof
Ilustrações: Sonia Maria de Souza
Editora: Ática

Pomba Colomba estava arrumando a casa: varreu um canto, varreu outro


canto, espanou a poeira. Aí, Pomba Colomba foi regar a roseira do quintal.
Abriu a porta e achou uma cesta.
De dentro da cesta, saía um soluço triste. Era uma carta, que chorava
baixinho:
- Ai, ai, ai!
Pomba Colomba tirou a carta da cesta, dizendo:
- Será que eu vou saber cuidar de uma carta abandonada?
A carta de nervoso, chorou mais alto:
- Ai, ai, ai, ui, ui, ui!
Pomba Colomba embalou a carta e cantou uma cantiga pra ela. A carta
parou um pouco de chorar. Depois, voltou ao berreiro:
- Ai, ai, ai, ui, ui, ui, ai, ai, ai!
- O que foi que aconteceu com você, carta chorona? - perguntou Pomba
Colomba.
A carta respondeu:
- Sou uma carta de amor, que quer chegar, mas não sabe o endereço.
- E o que posso fazer por você? – perguntou Pomba Colomba.
Pela primeira vez, a carta falou explicadinho: - Eu sou uma carta de amor,
eu quero chegar... ai, ai, ai!..., mas não sei o endereço! Fui escrita por
ele... que está apaixonado por ela...
Ele escreveu, assinou, mas não sabia o endereço. Me leva, me ajuda
Pomba Colomba?
A pomba pensou, ficando num pé só... não adiantou. A pomba pensou,
virada de cabeça pra baixo... não adiantou.
- Como você não sabe o endereço, nem eu, vai ser difícil... Vou levar você
pra quem? – perguntou Pomba Colomba.
- Pra ela! Pra ela! – berrou a carta, toda amassada, de tanto nervoso. –
Você me leva, e eu vou olhando... Quando a gente se encontrar com ela,
eu aviso!
- E como é o nome dela? – perguntou nervosa Pomba Colomba, perdendo
três penas de uma só vez. – O nome dela é “Meu Amor”! – gritou a carta,
pulando de desespero.
Aí a pomba agarrou a carta, abriu as asas e resolveu virar pomba-correio a
tal de “Meu amor”. A pomba voou, voou. Passou por um palácio todo
cercado de goiabeiras. No Jardim do palácio, tinha uma princesa.
- É ela a tal de “Meu Amor”? – perguntou a pomba. – Não! Esta carta não
tem nada a ver com goiabas ou princesas! – gemeu a carta.
A pomba continuou a voar, a voar. Passou por uma pastora.
- E ela? – perguntou a pomba.
- Não – respondeu a carta. E a pomba continuou voando, voando.
Passou um bicho com cara de onça, rabo de onça, pata de onça. Só podia
ser onça... e era.
- É ela! – berrou a carta.
A pomba perguntou assustada: - Mas o “Meu Amor” da carta é uma onça?
- É. Foi o onço que escreveu pra onça! – disse a carta.
- Morro de medo de onça! Vou largar você daqui mesmo!- disse a pomba.
A carta começou a chorar, dizendo:
-Não me largue do alto! Eu posso ser levada pelo vento e me perder! Não
me largue do alto...
-Posso cair lá longe, dentro da boca de um jacaré... Me entregue lá
embaixo, direto para a onça! Pomba Colomba voando em círculos, olhava
pra onça que olhava pra pomba e lambia os beiços.
Quando a pomba viu a língua da onça, teve um arrepio de medo e voltou
voando, depressa, depressa, com a carta no bico.
De longe, a pomba ainda ouviu a onça dizer:
-G r r r r r r!
-Credo! Se eu soubesse que a carta era pra uma onçona dessas, cruz eu
não tinha viajado! E pensar que perdi um dia inteiro por causa desta
maluca! – disse a pomba.
E a carta acabou de novo na casa da pomba, chorando. Chorou durante
uma semana inteirinha:
-Ai, ai, ai, quem me leva? Ui, ui, ui!
Aí a pomba resolveu: pegou um selo, colou bem calado na cara da carta e
falou:
-Vai pelo correio, sua chata!
http://canttinhodaprofeadri.blogspot.com/2010/10/trabalhando-com-
bilhetes-e-convites.html

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