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Verbo Trazer

O verbo trazer é um verbo irregular, apresentando alterações nos


radicais e nas terminações quando conjugado. O radical traz-
transforma-se em trag-, trar- e troux-: que eu traga, eu trarei, eu
trouxe. As formas verbais com o radical troux- são difíceis de
escrever e originam muitos erros ortográficos: eles trouxeram, nós
trouxemos, se ele trouxesse, se eles trouxessem,...

Outra dúvida recorrente é a diferença entre a forma verbal traz e o


advérbio de lugar trás, devido à pronúncia igual que apresentam. O
verbo trazer nunca deverá ser escrito com s, estando errada a
palavra traser.

Gerúndio: trazendo 
Particípio passado: trazido 
Infinitivo: trazer
Tipo de verbo: irregular
Transitividade: transitivo directo e transitivo directo e indirecto
Separação silábica: tra-zer

Indicativo
Presente
Eutrago tutrazes eletraz nóstrazemos vóstrazeis elestrazem
Pretérito Imperfeito
Eutrazia tutrazias eletrazia nóstrazíamos vóstrazíeis elestraziam
Pretérito Perfeito
Eutrouxe tutrouxeste eletrouxe nóstrouxemos vóstrouxestes
elestrouxeram
Pretérito Mais-que-perfeito
Eutrouxera tutrouxeras eletrouxera nóstrouxéramos vóstrouxéreis
elestrouxeram
Futuro do Presente
Eutrarei tutrarás eletrará nóstraremos vóstrareis elestrarão
Condicional
Eutraria tutrarias eletraria nóstraríamos vóstraríeis elestrariam
Conjuntivo
Presente
que eutraga que tutragas que eletraga que nóstragamos
que vóstragais que elestragam
Pretérito Imperfeito
se eutrouxesse se tutrouxesses se eletrouxesse
se nóstrouxéssemos se vóstrouxésseis se elestrouxessem
Futuro
quando eutrouxer quando tutrouxeres quando eletrouxer
quando nóstrouxermos quando vóstrouxerdes quando elestrouxerem
Imperativo
Imperativo Afirmativo
--traztu tragaele tragamosnós trazeivós tragameles
Imperativo Negativo
--nãotragastu nãotragaele nãotragamosnós nãotragaisvós
nãotragameles
Infinitivo
Infinitivo Pessoal
Portrazereu portrazerestu portrazerele portrazermosnós
portrazerdesvós portrazeremeles
As formas verbais que não se encaixam nos modelos fixos de
conjugação verbal estão destacadas a vermelho.

Conjugação com pronome oblíquo átono o

Gerúndio: trazendo-o
Indicativo
Presente
eutrago-o tutraze-lo eletrá-lo
nóstrazemo-lo vóstrazei-lo elestrazem-no
Pretérito Imperfeito
eutrazia-o tutrazia-lo eletrazia-o
nóstrazíamo-lo vóstrazíei-loeles traziam-no
Pretérito Perfeito
eutrouxe-o tutrouxeste-o eletrouxe-o
nóstrouxemo-lo vóstrouxeste-lo elestrouxeram-no
Pretérito Mais-que-perfeito
eutrouxera-o tutrouxera-lo eletrouxera-o
nóstrouxéramo-lo vóstrouxérei-lo elestrouxeram-no
Futuro do Indicativo
eutrá-lo-ei tutrá-lo-ás eletrá-lo-á
nóstrá-lo-emos vóstrá-lo-eis elestrá-lo-ão
Condicional
eutrá-lo-ia tutrá-lo-ias eletrá-lo-ia
nóstrá-lo-íamos vóstrá-lo-íeis elestrá-lo-iam
Conjuntivo
Presente
que eu otraga que tu otragas que ele otraga
que nós otragamos que vós otragais que eles otragam
Pretérito Imperfeito
se eu otrouxesse se tu otrouxesses se ele otrouxesse
se nós otrouxéssemos se vós otrouxésseis se eles otrouxessem
Futuro
quando eu otrouxer quando tu otrouxeres quando ele otrouxer
quando nós otrouxermos quando vós otrouxerdes quando eles
otrouxerem
Imperativo
Imperativo Afirmativo
--trá-lotu traga-oele tragamo-lonós trazei-ovós tragam-noeles
Imperativo Negativo
--não otragastu não otragaele não otragamosnós não otragaisvós não
otragameles
Infinitivo
Infinitivo Pessoal
por otrazereu por otrazerestu por otrazerele por otrazermosnós por
otrazerdesvós por otrazeremeles
Verbos relacionados com trazer

"eles trazer-te-ão..." ou "eles trar-te-ão..."?

A forma correcta é trar-te-ão.


Explicação, supondo o seguinte exemplo: amar-te-ei / amar-te-ão.
Na linguagem menos cuidada, ouve-se erradamente amarei - te.
A forma verbal amarei provém de amar+hei. Como sabemos, hei é a 1.ª
pessoa do singular do presente do indicativo do verbo haver: hei, hás, há,
etc. Por omissão do h, esta forma verbal passou a escrever-se ei. Por isso
temos amarei, amarás, etc.
Com o pronome pessoal te (complemento directo), teríamos,
erradamente, amarei-te. Mas, correctamente, temos amar-te-ei. Isto é,
entre os dois elementos de amarei, incluímos o pronome te: amar-te-ei. A
esta interposição do pronome oblíquo te, chama-se mesóclise.
E assim temos: amar-te-ei, amar-te-emos, amar-te-ão.
Com o verbo trazer, deu-se o mesmo: em vez de trarei-te, trarão-te,
digamos correctamente trar-te-ei, trar-te-ão.
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Conjugação de um verbo com os pronomes oblíquos


o, a, os, as
– Se o verbo terminar em vogal é associado com os pronomes enclíticos: o, a, os, as, sem
ocorrer nenhuma alteração. Exemplo: defendei-a.

– Se o verbo terminar em consoante: r, s, ou z, estas são excluídas dando lugar para: lo, la, los,
las. Exemplo: fez = fê-los.

– Se a última sílaba do verbo for nasal – am, em, ão, õe, – os pronomes serão substituídos por,
na, no, nas, nos. Exemplo: abrem-nos, vão-nos.

– Quando o verbo está conjugado no futuro do indicativo, eles jamais poderão ser precedidos
de um pronome.

Coloquei-o (errado), o correcto seria o venderei ou vendê-lo-ei.

Veja alguns exemplos:

• Indicativo presente: faço-o; 

• Imperfeito: fazia-o. 

• Perfeito: fi-lo. 

• Futuro do presente: fá-lo-ei. 

• Futuro do pretérito: fá-lo-ia. 

• Imperativo afirmativo: faze-o. 

• Imperativo negativo: não o faças. 

• Subjuntivo do presente: que o faça. 

• Imperfeito: se o fizesse 

• Futuro: se o fizer. 

• Infinitivo pessoal: fazê-lo 

• Infinitivo impessoal: fazê-lo 

• gerúndio: fazendo-o.
"Qual a forma correcta? 'Encaminhamos-lhes anexos exemplares da cartilha'.
Ou 'Encaminhamo-lhes anexos exemplares da cartilha'?"

envie sua dúvida

1) Da conjugação de um verbo seguido de pronome pessoal oblíquo átono,


podem surgir associações que vale a pena observar.
2) Assim, se o verbo termina por vogal e é seguido de o, a, os, as, a junção ocorre sem
alteração alguma: entregou+o = entregou-o; dou+as = dou-as.
3) Se o verbo vem seguido de vos ou lhes, a junção também se faz sem alteração
alguma: entregamos+vos = entregamos-vos; entregamos+lhes = entregamos-lhes.
4) Se a primeira pessoa do plural vem seguida do pronome nos, o verbo perde
o s final: entregamos+nos = entregamo-nos.
5) Bem nessa esteira, lembra Mário Barreto que, nesses casos, o correto "é suprimir-se
o s final da primeira pessoa do plural quando o pronome nos vem após o verbo".1
6) Na lição de Domingos Paschoal Cegalla, em casos dessa natureza, "para atender à
eufonia, suprime-se o s final da primeira pessoa do plural dos verbos, quando seguida
do pronome nos".2
7) Se o verbo termina por m ou ditongo nasal e é seguido de o, a, os, as, a forma
verbal permanece inalterada, e o pronome é precedido de um n: entregaram+a =
entregaram-na; dão+o = dão-no.
8) Se o verbo termina por r, s ou z e é seguido de o, a, os, as, aquelas consoantes são
eliminadas, e os pronomes passam a ter as formas lo, la, los, las: encontrar+o =
encontrá-lo; encontrar+a+ei = encontrá-la-ei; procuras+os = procura-los; fiz+as =
fi-las.
9) Nos dizeres de Artur de Almeida Torres, "nas formas verbais terminadas em r,
s ou z, seguidas do pronome oblíquo o, a, em sua antiga representação lo, la, aqueles
fonemas assimilaram-se ao l, desaparecendo depois: mandar-lo, mandallo, mandá-lo;
levastes-lo,lesvastello, levaste-lo, fez-lo, fello, fê-lo".3
10) Cândido Jucá Filho, nesse aspecto, lembra que Filinto Elísio, "censurando os
críticos ignorantes, incide nesta erronia grosseira: 'E chamais-los puristas e
censores?' (isto é, 'chamai-los')".4
11) Se o verbo termina por ns, segue-se a observação anterior, apenas com a
transformação do n remanescente em m: tu manténs+ o = tu mantém-lo; tu tens+o =
tu tem-lo.5
12) De Édison de Oliveira é interessante observação sobre o assunto, muito embora
em nada altere a realidade gramatical nem institua permissão para o cometimento dos
equívocos em norma culta: "É claro que a maioria dessas combinações, embora
rigorosamente corretas de acordo com a gramática, são freqüentemente evitadas na
linguagem cotidiana, e até na linguagem literária, por estranhas ou mal sonoras, sendo
fácil transmitir a mesma idéia através de outras construções".
13) E, "para evidenciar o caráter excêntrico que a forma verbal assume em tais
circunstâncias", exemplifica tal autor com a conjugação completa de um tempo verbal
seguido de pronome: quero + o = quero-o; queres + o = quere-lo; quer + o = qué-lo;
queremos + o = queremo-lo; quereis + o = querei-lo; querem + o = querem-no.6
14) De modo específico para a consulta formulada, o correto é "Encaminhamos-lhes
anexos exemplares da cartilha", e não "Encaminhamo-lhes anexos exemplares da
cartilha".

ATENTE PARA AS FUNÇÕES SINTÁTICAS DO PRONOME OBLÍQUO ÁTONO.

1) Os pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e as variações no, nos, na, nas, lo, los, la, las exercem a função de
objeto direto. EX:

A derrota humilhou-o.

Encontrei-as na praia.

Quis ouvi-lo melhor.

2) O pronome oblíquo átono lhe(s), como complemento verbal, sempre deve exercer a função de objeto indireto. Ex:

Este livro lhe pertence?

Sempre lhes darei o meu apoio.

3) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos e vos, dependendo do verbo podem funcionar como objeto direto ou objeto
indireto.

Convidaram-me para uma grande festa.


                    OD

Já que sou mais velho, obedeçam-me.


                                                     OI

Cumprimentou-nos com alegria.
                       OD

Pediu-nos uma ajudinha. 
          OI

4) Os pronomes oblíquos lhe, me, nos, vos e te podem exercer função sintática de adjunto adnominal ou de
complemento nominal. EX:

Penteou-lhe os cabelos.
             ADJ ADN (SEUS)

Roubou-me as palavras.
             ADJ ADN (MINHAS) 

Ela te é fiel.
      CN (A TI)

Deves ser-me obediente.
                 CN (A MIM)

A decisão saiu-lhe desfavorável.
                        CN (A ELE)

5) Os pronomes oblíquos átonos funcionam, excepcionalmente, como sujeito de um verbo no infinitivo em


construções do tipo:

• Deixem-no entrar (deixem que ele entre). 

• Notei-a aproximar-se (notei que ela se aproximava).

• Senti-a desmaiar (senti que ela desmaiava).

OBS: ocorre frequentemente com os verbos causativos e sensitivos (mandar, deixar, notar, sentir, ouvir etc).
Conjugação com pronome oblíquo átono o
Gerúndio: partindo-o
Indicativo
Presente

euparto-otuparte-loeleparte-onóspartimo-lovósparti-loelespartem-no
Pretérito Imperfeito

eupartia-otupartia-loelepartia-onóspartíamo-lovóspartíei-loelespartiam-no
Pretérito Perfeito

euparti-otupartiste-oelepartiu-onóspartimo-lovóspartiste-loelespartiram-no
Pretérito Mais-que-perfeito

eupartira-otupartira-loelepartira-onóspartíramo-lovóspartírei-loelespartiram-no
Futuro do Presente

euparti-lo-eituparti-lo-áseleparti-lo-ánósparti-lo-emosvósparti-lo-eiselesparti-lo-ão
Futuro do Pretérito

euparti-lo-iatuparti-lo-iaseleparti-lo-ianósparti-lo-íamosvósparti-lo-íeiselesparti-lo-iam
Subjuntivo
Presente

que eu opartaque tu opartasque ele opartaque nós opartamosque vós opartaisque eles opartam
Pretérito Imperfeito

se eu opartissese tu opartissesse ele opartissese nós opartíssemosse vós opartísseisse eles


opartissem
Futuro

quando eu opartirquando tu opartiresquando ele opartirquando nós opartirmosquando vós


opartirdesquando eles opartirem
Imperativo
Imperativo Afirmativo

--parte-otuparta-oelepartamo-lonósparti-ovóspartam-noeles
Imperativo Negativo

--não opartastunão opartaelenão opartamosnósnão opartaisvósnão opartameles


Infinitivo
Infinitivo Pessoal

por opartireupor opartirestupor opartirelepor opartirmosnóspor opartirdesvóspor opartiremeles

Conjugação pronominal
Gerúndio: partindo-se
Indicativo
Presente

euparto-metupartes-teeleparte-senóspartimo-nosvóspartis-voselespartem-se
Pretérito Imperfeito

eupartia-metupartias-teelepartia-senóspartíamo-nosvóspartíeis-voselespartiam-se
Pretérito Perfeito

euparti-metupartiste-teelepartiu-senóspartimo-nosvóspartistes-voselespartiram-se
Pretérito Mais-que-perfeito

eupartira-metupartiras-teelepartira-senóspartíramo-nosvóspartíreis-voselespartiram-se
Futuro do Presente

eupartir-me-eitupartir-te-áselepartir-se-ánóspartir-nos-emosvóspartir-vos-eiselespartir-se-ão
Futuro do Pretérito

eupartir-me-iatupartir-te-iaselepartir-se-ianóspartir-nos-íamosvóspartir-vos-íeiselespartir-se-iam
Subjuntivo
Presente

que eu mepartaque tu tepartasque ele separtaque nós nospartamosque vós vospartaisque eles
separtam
Pretérito Imperfeito

se eu mepartissese tu tepartissesse ele separtissese nós nospartíssemosse vós vospartísseisse


eles separtissem
Futuro

quando eu mepartirquando tu tepartiresquando ele separtirquando nós nospartirmosquando vós


vospartirdesquando eles separtirem
Imperativo
Imperativo Afirmativo

--parte-tetuparta-seelepartamo-nosnósparti-vosvóspartam-seeles
Imperativo Negativo

--não tepartastunão separtaelenão nospartamosnósnão vospartaisvósnão separtameles


Infinitivo
Infinitivo Pessoal

partir-meeupartires-tetupartir-seelepartirmo-nosnóspartirdes-vosvóspartirem-seeles

Pronomes Pessoais

São eles: eu, tu, ele, ela, no singular, nós, vós, eles, elas no plural.
São os chamados pronomes pessoais, caso reto ou pronome sujeito, isto porque, nas
orações, desempenham a função sintática de sujeito.

Quando oblíquo , nas orações, desempenham a função sintática de objeto direto ou objeto
indireto.

Podemos ainda distinguir, nos pronomes pessoais, quanto à acentuação tônica e átonas.

Pronomes pessoais caso reto


Podemos ainda dizer que os pronomes pessoais servem para substituir as três pessoas
gramaticais, também denominadas pessoas do discurso

Retos

1ª pessoa: eu

Singular 2ª pessoa: tu

3ª pessoa: ele, ela

1ª pessoa: nós

Plural 2ª pessoa: vós

3ª pessoa: eles,eles

Oblíquos

Átonos Tônicos

me Mim, comigo

Te Ti, contigo

O, a, lhe Ele (si), ela (consigo)

Nos Nós, conosco

Vos Vós, convosco

Os, as, lhes Eles (si) elas (consigo)

Emprego dos pronomes pessoais


Observação
Os pronomes pessoais caso reto ou subjetivo-funcionam quase sempre como sujeito-logo
não devem aparecer depois de uma preposição.

Assim, como por exemplo


Diz o namorado para a namorada. “não há mais nada entre eu e tu” (ERRADO)

Lembrando que depois de preposição aparecem apenas os pronomes oblíquos


correspondentes. logo

Não há mais nada entre mim e ti (CERTO)

Cuidado:
MIM nunca faz nada, portanto: MIM não pode ser sujeito.
Atenção
Antes de verbo devemos usar eu e tu, jamais mim e ti, logo:
Isto é para eu fazer e também para tu fazeres .
Minha madrinha mandou este livro para eu ler e um outro para tu leres.
Emprega-se ”mim” no final do pensamento

Exemplo
Chegou algo para mim?
Alguém telefonou para mim?
Isto é para mim?
Empresta este livro para mim?
NOTA: Se o “mim” funcionar como sujeito de um verbo no infinitivo será substituído por
“eu”.
Isto é para eu fazer?
Este livro é para eu ler.
Entre mim e ti, não há problemas?
OBSERVAÇÃO
Há, ainda alguns pronomes de segunda pessoa que requerem para o verbo as
terminações da terceira:
Você-vocês (tratamento familiar)
Senhor-senhora (tratamento cerimonioso)
Vossa Senhoria (para funcionários públicos graduados)
Vossa Excelência (para as altas autoridades do Governo)
Vossa Alteza (para príncipes)
Vossa Majestade (para os reis)
Vossa Santidade (para o papa)
Vossa Eminência (para os cardeais)
Vossa Reverendíssima (para os cleros, sacerdotes, em geral)
Vossa Magnificência (para os reitores da Universidade = magnífico reitor)
Os pronomes oblíquos: o, os, a, as, quando colocados depois do verbo, forma enclítica
sofrem, as seguintes variações.
1º Flexionando (= conjugando) o verbo e terminando em vogal os pronomes: o, os, a,
as, não sofrem alterações:
amo = amo + o = amo-o
amo + a = amo-a
amo + as = amo-as
amo + os = amo-os
2º O verbo termina em r, s, z, corta-se o “r “, o “s”, ou o “z”, acrescenta-se “I “aos
pronomes o, a, os, as, tomando a forma de: lo, los, la, las.
Amas = amas + o = amas-lo = amá-lo
Amas + os = amas-los = amá-los
Amas + a = amas-la = amá- la
Amas + as = amas-las = amá- las
3º) Se o verbo terminar em “m”ou “nasal, não se corta nada, apenas acrescenta-se a
letra “n” ao pronome o, os, a, as, tomando a forma : no, nos, na, nas:
amam = amam + o = amam-no
dão = dão + o = dão -no
não no vi
não no chamei
Conjugação do verbo com o pronome enclítico: o, os, a, as, temos:
amo + o = amo-o = amo-o
amas + o = amas-o = amá-lo
ama + o = ama-o = ama- o
amamos + o = amamos-o = amâmo-lo
amais = o = amais-o-= amai-lo
amam + o = amam-o = amam- no
quis + o = quis -o = qui -lo
quiseste + o = quiseste-o = quiseste-o
quis + o = quis-o = qui-lo
quisemos + o =quisemos-o = quisêmo-lo
quisestes + o = quisestes-o = quiseste-lo
quiseram + o = quiseram-o = quiseram-no
ponho-o … ponho-o = ponho-o
pões-o …pões-o = põe-lo
põe-…põe-o = põe-no
pomos-o …pomos-o pômo- lo
pondes-o …pondes-o-pônde-lo
põem-o …põem = põem-no
tenho…tenho-o = tenho-o
tens…tens-o = tem-lo
tem…tem-o = tem = no
temos…temos-o = têmo-lo
tendes…tendes-o = tênde-lo
têm…têm-o = têm-no
quero + o..quero-o = quero-o
queres + o …queres-lo = quére-lo
quer + o …quer-lo = qué-lo
queremos + …queremos-lo = querêmo-lo
quereis + o. …quereis-lo = querei-lo
querem + o – …querem-no = querem-no
pus + o … pus-lo = pu -lo
puseste + o … puseste-o = puseste-o
pôs + o … pôs-lo = pô-lo
pusemos + o … pusêmos-lo = pusêmo-lo
pusestes + o … pusestes-lo = puseste -lo
puseram + o … puseram-no = puseram-no
Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, teremos a
mesóclise, ou seja a colocação do pronome no meio do verbo, assim:
amarei…amár-lo-ei = amá-lo-ei
amarás… amár-lo-ás = amá-lo ás
amará … amár-lo-á = amá -lo-á
amaremos… amár-lo-amos = amá-lo-emos
amareis… amár-lo-eis = amá-lo-eis
amarão … amár-lo-ão = amá-lo ão
amaria… amá-lo-ia = amá-lo-ia
amarias … amá-lo-ias = amá-lo ias
amaria… amá -lo-ia = amá-lo-ia
amaríamos… amár-lo-íamos = amá-lo-íamos
amarieis… amar-lo-eis = amá-lo-íeis
amariam … amár-lo-iam = amá-lo -iam
Os pronome o, os, a, as, funcionando como objeto direto, estando antes do verbo (próclise)
conservam a mesma forma.

Não o vi hoje.
Não a amo mais
Jamais a pagarei.
Nunca os vi tão gordo.
As coisas não as comprei
“Maria as trouxe consigo”
Porém, se o pronome estiver posposto ao verbo (ênclise), ou seja , depois do verbo,
assim ficará:
Amo -a de coração
Vê-la para mim é um martírio
Querêmo-la viva
Substituindo o objeto direto pelo seu pronome correspondente temos:
Fez os deveres? Fi-lo
Entregou o livro ? Entreguei-o
Pôs o livro na cabeça ? Pu-lo na cabeça
Viu o José ? Vi-o
Deus é bom, Eu já disse isto a vós.
Eu já vo-lo disse.
OBSERVAÇÃO
Podemos encontrar na linguagem corrente em Portugal, depois dos advérbios NÃO e
BEM, a seguinte construção:
Não no …, bem-no…
Não na…, bem-na
Veja os exemplos que aparecem nestes versos iniciais de duas quadrinhas populares:
“O amor faz-se rogado, Eu não no rogo a ninguém Pelo céu vai uma nuvem Todos dizem:
bem-na vi.!

OBSERVAÇÃO
Se o verbo estiver no modo subjuntivo, não se usa a forma enclítica.

Quando você abrir o livro e o ler verá que ele é bom

COMBINAÇÕES E CONTRAÇÕES DOS PRONOMES ÁTONOS

Aparecendo na mesma oração dois pronomes átonos, um objeto direto (o, os, a, as, 0
e outro objeto indireto (me, te, lhe, nos, vos,) podem combinar-se observando o
seguinte:
Me+o = mo, me+a = ma, me+os = mos, me+as = mas.
Te+o = to, te+a = ta, te+os = tos, te +as = tas
Lhe+o = lho, lhe+a = lha, lhe+os = lhos, lhe+as = lhas
Nos+o = no-lo, nos+a = no-la, nos+os = no-los, nos+as = no-las.
Vos+o = vo-lo, vos+a = vo-la, vos+os = vo-los, vos+ as = vo-las
OBSERVAÇÃO
As formas: me, te, nos e vos funcionando sintaticamente como objeto direto não admite a
preposição de outra forma pronominal átona. E o objeto indireto, em tais casos, assume a
forma tônica preposicionada.
Recomendaram-me a ti
Recomendaram-te a mim
Nota: No Brasil, na linguagem do dia-a-dia, familiar, dificilmente se usa: mo, to, lho,
no-lo, vo-lo, etc. e, mesmo, na linguagem literária, os escritores artificiais podem empregá-
los.
Eu já vo-lo disse
Dar- vo-lo-ei.
Deram-mo
Dei-to.
Dir-to-ei

Pronomes Pessoais – Língua Portuguesa

Os pronomes pessoais são classificados na língua portuguesa em pronome reto (eu, tu,


ele, etc.), pronome oblíquo (me, te, lhe, etc.) e pronome reflexivo (me, nos, se, etc.).
O emprego de cada um dos pronomes é determinado pela função que desempenham na
sentença.

O pronome reto, por exemplo, desempenha função de sujeito, ao passo que o pronome
oblíquo exerce a função de objeto (complemento verbal).

Apesar de associarmos o emprego dos pronomes pessoais às funções que eles exercem na
oração, certas construções são determinadas pela presença de preposições que
antecedem os pronomes. Trata-se de uma convenção da Gramática Tradicional. Porém, o
emprego inadequado desses pronomes torna-se um problema de linguagem.

A seguir apresentamos algumas preposições que exigem ora o pronome reto ora o
pronome oblíquo como complemento:
AFORA, MENOS, EXCETO: emprega-se pronome reto
Exemplo
Todos trouxeram o almoço de casa, menos mim. [Inadequado] Todos trouxeram o almoço
de casa, menos eu. [Adequado]

ENTRE: emprega-se pronome oblíquo tônico


Exemplo
Não há vínculo algum entre eu e ela. [Inadequado] Não há vínculo algum entre mim e ti.
[Adequado]

É importante lembrar que as formas plurais dos pronomes oblíquos tônicos são
idênticas às formas plurais do pronome reto: nós, vós, eles/elas.
Portanto, quando empregado após a preposição “entre”, deve-se ter claro o fato de que
não se trata de uso do pronome reto, mas sim de uso do pronome oblíquo.

Exemplo
Eu gostaria que houvesse um acordo entre elas.
ATÉ: emprega-se pronome oblíquo tônico, quando expressa movimento
Exemplos
Cláudio levou até ele os documentos que deveria assinar. [Inadequado] Cláudio levou até
si os documentos que deveria assinar. [Adequado]

Tragam até eu aquela planilha de custo. [Inadequado] Tragam até mim aquela planilha de
custo. [Adequado]

Quando a palavra “até” indicar inclusão, deve-se empregar o pronome reto. É importante
salientar que, nesse tipo de construção, “até” não mais funciona como preposição, mas sim
como uma palavra denotativa.

Exemplos
Ninguém gostava daquele doce; até mim que não recusava essas coisas. [Inadequado]
Ninguém gostava daquele doce; até eu que não recusava essas coisas. [Adequado]

Pronomes Pessoais – Pessoas

Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: a
que fala, a com quem se fala e a de quem se fala.
Pronomes pessoais do caso reto
Pronomes pessoais do caso reto são os que desempenham a função sintática de sujeito da
oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.

Pronomes pessoais do caso oblíquo


São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou
indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal
ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida).

Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que


não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.
Pronomes oblíquos átonos
Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
Pronomes oblíquos tônicos
Os pronomes oblíquos tônicos são os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si,
consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.

Usos dos Pronomes Pessoais

Eu, tu / Mim, ti
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito. Mim e ti exercem a função sintática de
complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são
precedidos de preposição.

Exemplos
Trouxeram aquela encomenda para mim.
Era para eu conversar com o diretor, mas não houve condições.
Agora, observe a oração Sei que não será fácil para mim conseguir o empréstimo. O
pronome mim NÃO é sujeito do verbo conseguir, como à primeira vista possa parecer.

Analisando mais detalhadamente, teremos o seguinte:


O sujeito do verbo ser é a oração conseguir o empréstimo, pois que não será fácil?

Resposta: conseguir o empréstimo, portanto há uma oração subordinada substantiva


subjetiva reduzida de infinitivo, que é a oração que funciona como sujeito, tendo o verbo
no infinitivo.
O verbo ser é verbo de ligação, portanto fácil é predicativo do sujeito.

O adjetivo fácil exige um complemento, pois conseguir o empréstimo não será fácil para
quem?

Resposta: para mim, que funciona como complemento nominal.


Ademais a ordem direta da oração é esta: Conseguir o empréstimo não será fácil para
mim.
Se, si, consigo
Se, si, consigo são pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na
voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca.

Exemplos
Quem não se cuida, acaba ficando doente.
Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho.
Gilberto trouxe consigo os três irmãos.
Com nós, com vós / Conosco, convosco

Usa-se com nós ou com vós, quando, à frente, surgir qualquer palavra que indique quem
“somos nós” ou quem “sois vós”.

Exemplos
Ele conversou com nós todos a respeito de seus problemas.
Ele disse que sairia com nós dois.
Dele, do + subst. / De ele, de o + subst.
Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer substantivo, funcionarem como
sujeito, não devem ser aglutinados com a preposição de.

Exemplos
É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade.
No momento de o orador discursar, faltou-lhe a palavra.
Pronomes Oblíquos Átonos
Os pronomes oblíquos átonos são me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os as, lhes. Eles podem
exercer diversas funções sintáticas nas orações.

São elas:
A) Objeto Direto
Os pronomes que funcionam como objeto direto são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as.

Exemplos
Quando encontrar seu material, traga-o até mim.
Respeite-me, garoto.
Levar-te-ei a São Paulo amanhã.
Notas
01) Se o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE, os pronomes o, a, os, as se transformarão
em no, na, nos, nas.
Exemplos
Quando encontrarem o material, tragam-no até mim.
Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor.
02) Se o verbo terminar em R, S ou Z, essas terminações serão retiradas, e os pronomes o,
a, os, as mudarão para lo, la, los, las.
Exemplos
Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim.
As apostilas, tu perde-las toda semana. (Pronuncia-se pérde-las)
As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade.
03) Independentemente da predicação verbal, se o verbo terminar em mos, seguido de
nos ou de vos, retira-se a terminação -s.
Exemplos
Encontramo-nos ontem à noite.
Recolhemo-nos cedo todos os dias.
04) Se o verbo for transitivo indireto terminado em s, seguido de lhe, lhes, não se retira a
terminação s.
Exemplos
Obedecemos-lhe cegamente.
Tu obedeces-lhe?
B) Objeto Indireto
Os pronomes que funcionam como objeto indireto são me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.

Exemplos
Traga-me as apostilas, quando as encontrar.
Obedecemos-lhe cegamente.
C) Adjunto adnominal
Os pronomes que funcionam como adjunto adnominal são me, te, lhe, nos, vos, lhes,
quando indicarem posse (algo de alguém).

Exemplos
Quando Clodoaldo morreu, Soraia recebeu-lhe a herança. (a herança dele)
Roubaram-me os documentos. (os documentos de alguém – meus)
D) Complemento nominal
Os pronomes que funcionam como complemento nominal são me, te, lhe, nos, vos, lhes,
quando complementarem o sentido de adjetivos, advérbios ou substantivos abstratos.
(algo a alguém, não provindo a preposição a de um verbo).

Exemplos
Tenha-me respeito. (respeito a alguém)
É-me difícil suportar tanta dor. (difícil a alguém)
D) Sujeito acusativo
Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as,
quando estiverem em um período composto formado pelos verbos fazer, mandar, ver,
deixar, sentir ou ouvir, e um verbo no infinitivo ou no gerúndio.

Exemplos
Deixei-a entrar atrasada.
Mandaram-me conversar com o diretor.
Pronomes Pessoais – Exemplos

Complement
o Indireto

Compl Comple
Nú Pe Suj ante
ement mento
mer sso eit sem cedid
o Circuns
o a o prep o de
Direto tancial
osiçã prep
o osiçã
o

mim,
migo
1ª eu me me mim
(comigo
)

ti, tigo
Sing
2ª tu te te ti (contigo
ular
)

si, sigo
si,
ele, (consigo
3ª se, o, a lhe ele,
ela ), ele,
ela
ela

nós,
nosco
1ª nós nos nos nós
(conosc
o)

vós,
Plur vosco
2ª vós vos vos vós
al (convos
co)

ele si, sigo


si,
s, se, os, (consigo
3ª lhes eles,
ela as ), eles,
elas
s elas

PESSOAIS RETOS OBLÍQUOS OBLÍQUOS


ÁTONOS TÔNICOS


eu me mim
SINGULAR


tu te ti
SINGULAR


ele, ela se, lhe, o, a si, ele, ela
SINGULAR

1ª PLURAL nós nos nós

2ª PLURAL vós vos vós

eles, se, lhes, os,


3ª PLURAL si, eles, elas
elas as

NOTA
Também se incluem entre os pronomes pessoais os pronomes de tratamento, que se
referem à terceira pessoa: Você, vossa senhoria, vossa excelência, vossa eminência etc.

Pronomes Pessoais – Usos

Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha o


nome, indicando-o como pessoa do discurso.

Quando o pronome substituir um substantivo, será denominado pronome substantivo;


quando acompanhar um substantivo, será denominado pronome adjetivo.

Por exemplo, na frase: Aqueles garotos estudam bastante; eles serão aprovados com
louvor. Aqueles é um pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo garotos e eles é
um pronome substantivo, pois substitui o mesmo substantivo.
Pronomes Pessoais – Forma
Indicam uma das três pessoas do discurso, substituindo um substantivo.

Podem também representar, quando na 3ª pessoa, uma forma nominal anteriormente


expressa.

Exemplo
A moça era a melhor secretária, ela mesma agendava os compromissos do chefe.

Pronomes pessoais

Númer Pesso Pronome Pronomes oblíquos


o a s retos
Tônicos Átonos

mim,
1a eu me
comigo

Singula
2a tu ti, contigo te
r

ele, ela, si, se, o, a,


3a ele, ela
consigo lhe

nós,
1a nós nos
conosco

vós,
Plural 2a vós vos
convosco

eles, elas, se, os,


3a eles, elas
si, consigo as, lhes

Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na frase. Os


pronomes pessoais retos desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os
oblíquos, geralmente, de complemento.

Observação
Os pronomes oblíquos tônicos devem vir regidos de preposição. Em comigo, contigo,
conosco e convosco, a preposição com já é parte integrante do pronome.

Os pronomes de tratamento estão enquadrados nos pronomes pessoais. São empregados


como referência à pessoa com quem se fala (2a pessoa), entretanto, a concordância é feita
com a 3ª pessoa

Observação
Também são considerados pronomes de tratamento as formas você, vocês (provenientes
da redução de Vossa Mercê), Senhor, Senhora e Senhorita.

Emprego
As formas oblíquas o, a, os, as completam verbos que não vêm regidos de preposição;
enquanto lhe e lhes para verbos regidos das preposições a ou para (não expressas)

Em pouco uso, porém vigente, as formas mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da
fusão de dois objetos, representados por pronomes oblíquos (Ninguém mo disse =
ninguém o disse a mim)
O, a, os e as viram lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r, s ou z e viram
no(a/s), se a terminação verbal for em ditongo nasal

O/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se sujeitos de infinitivo ou verbo no
gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair /
Deixei-as chorando)

Você hoje é usado no lugar das 2as pessoas (tu/vós), levando o verbo para a 3ª pessoa

As formas de tratamento serão precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à


pessoa e de Sua, quando fizermos referência a ela. Troca-se na abreviatura o V. pelo S.

Quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar


como oblíquos

Eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito de


um verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ? para mim fazer)

Pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de numeral, assumem forma reta e


podem funcionar como objeto direto (Estava só ele no banco / Encontramos todos eles)

Me, te, se, nos, vos – podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos – podem ter valor
reflexivo e recíproco

Si e consigo – têm valor exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª pessoa

Conosco e convosco devem aparecer na sua forma analítica (com nós e com vós) quando
vierem com modificadores (todos, outros, mesmos, próprios, numeral ou or. adjetiva)

Os pronomes pessoais retos podem desempenhar função de sujeito, predicativo do sujeito


ou vocativo, este último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó,
tu, Senhor Jesus)

Não se pode contrair as preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez
de ele continuar, desistiu ? Vi as bolsas dele bem aqui)

Os pronomes átonos podem assumir valor possessivo (Levaram-me o dinheiro / Pesavam-


lhe os olhos)

Alguns pronomes átonos são partes integrantes de verbos como suicidar-se, apiedar-se,
condoer-se, ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se etc.

Pode-se usar alguns pronomes oblíquos como expressão expletiva (Não me venha com
essa)

Observação
As regras de colocação dos pronomes pessoais do caso oblíquos átonos serão vistas em
separado
O emprego do pronome pessoal

eu

tu

ele
PRONOMES
Funcionam
PESSOAIS ela
como sujeito
RETOS
nós

vós

eles

Funcionam
o, a ,
como objeto
os, as
direto

Funcionam
PRONOMES lhe,
como objeto
PESSOAIS lhes
indireto
OBLÍQUOS

me, Funcionam
te, se, como objeto
nos, direto ou
vos objeto indireto

Exemplos

Os pronomes oblíquos átonos o, os, a, as completam verbos transitivos diretos, funcionam


como objeto direto.

Exemplos
Observação
1. Os pronomes oblíquos o, os, a, as tomam as formas lo, los, la, las, depois das
formas verbais terminadas em R, S, Z:
Quero conhecer + o >. Quero conhecê-lo.
Amamos + o muito >. Amamo-lo muito.
Fiz + o retornar >. Fi-lo retornar.
2. Devemos empregar os pronomes oblíquos átonos o, os, a, as quando estiverem em
lugar de substantivos não precedidos de preposição:
Examinei o livro >. Examinei-o.
Quebraste a boneca >. Quebraste-a.
Leve a boneca para ser consertada >. Leve-a para ser consertada.
3. Esses mesmos pronomes, a(s) e o(s), quando vêm depois de verbo terminado em som
nasal, tomam as formas no, nos, na, nas:

Põe + o sobre a mesa >. Põe-no sobre a mesa.


Conheceram + o ontem >. Conheceram-no ontem.
Abracem + o por mim >. Abracem-no por mim.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos lhe e lhes complementam verbos transitivos
indiretos, funcionam como objeto indireto.

Exemplos

Observação
Devemos empregar os pronomes átonos oblíquos lhe e lhes quando substituem um
substantivo precedido da preposição a ou para:

Vou dizer a papai o que penso sobre o assunto.


Vou dizer-lhe o que penso sobre o assunto.
Dei ao menino um presente.
Dei-lhe um presente.
Levei a carta para Maria.
Levei-lhe a carta.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos me, te, se, nos, vos podem complementar verbos
transitivos diretos ou indiretos, funcionando como objeto direto ou indireto.
Funcionam como objeto direto quando podem ser substituídos por um substantivo não
obrigatoriamente precedido de preposição.

Exemplo
Ele ofendeu-me >. Ele ofendeu Pedro.
Funcionam como objeto indireto quando podem ser substituídos por um substantivo
obrigatoriamente precedido de preposição.

Exemplo
João te telefonou >. João telefonou para Ana.
Observação: Os pronomes pessoais retos eu e tu não podem vir regido de preposição.
Após a preposição, usam-se os pronomes oblíquos.
Exemplo
Entre mim e ti há sinceridade. (É errado dizer entre eu e tu)
Ana emprestou o livro para mim.

Observe: Ganhei este dinheiro para eu gastar.


Neste caso, a preposição para está ligando os dois verbos: ganhar e gastar (ganhei para
gastar). Portanto, a preposição não está regendo o pronome.

O pronome eu é sujeito do verbo gastar.

Fonte:
www.brazilianportugues.com/www.nilc.icmc.usp.br/www.priberam.pt/www.graudez.com.b
r

Esperavam-no ou esperavam-o
Esperavam-no é a forma correta de escrita da forma conjugada do verbo esperar com o pronome
pessoal oblíquo átono o porque os pronomes pessoais oblíquos átonos o, a, os e as sofrem alterações
para: no, na, nos e nas ou lo, la, los e las, conforme a forma verbal a que estão ligados.
Exemplos:

 Os alunos esperavam-no ansiosamente.


 Esperavam-no desde o meio-dia, mas ele ainda não tinha aparecido.

Os pronomes pessoais oblíquos átonos o, a, os e as, relativos à 3.ª pessoa do singular e à 3.ª pessoa
do plural, sofrem alterações para no, na, nos e nas, quando ligados a um verbo terminado em -m, -ão
ou -õe. 
Exemplos:

 Avisaram-no/ avisaram-na/ avisaram-nos/ avisaram-nas.


 Dão-no/ dão-na/ dão-nos/ dão-nas.
 Põe-no/ põe-na/ põe-nos/ põe-nas.

Exemplos em frases:

 Avisaram-na do cancelamento da consulta?


 O esclarecimento? Dão-no ao cliente que ficou insatisfeito com a compra.

 Os livros? Põe-nos na prateleira, por favor!

Essas alterações ocorrem com colocação pronominal em mesóclise (intercalado no meio do verbo) e
ênclise (depois do verbo).
Exemplos:

 Ofereceram-nos (ênclise);
 Oferecer-nos-ão (mesóclise);

 Deram-nos (ênclise);

 Dar-nos-ão (mesóclise).

Atenção!
Não confundir pronomes pessoais oblíquos da 3.ª pessoa do singular e da 3.ª pessoa do plural
alterados para no, na, nos e nas (relativo a ele, ela, eles e elas) com o pronome pessoal oblíquo da 1.ª
pessoa do plural nos (relativo a nós).
Exemplos:

 Avisaram-nos do risco que corriam com aquele comportamento. (a eles)


 Avisaram-nos do risco que corríamos com aquele comportamento. (a nós)

 Fizeram-nos esperar muito, já estavam cansados! (a eles)

 Fizeram-nos esperar muito, já estávamos cansados! (a nós)

6 - VERBO

136

Conjugação do verbo por.

1 - Conjugação simples

  MODO INDICATIVO  
Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito
     
Ponho Punha Pus
Pões Punhas Puseste
Põe Punha Pôs
     
Pomos Púnhamos Pusemos
Pondes Púnheis Pusestes
Põem Punham Puseram
     
Pretérito mais-que-perf. Futuro do pretérito Futuro do presente
Pusera Poria Porei
Puseras Porias Porás
Pusera Poria Porá
     
Puséramos Poríamos Poremos
Puséreis Poríeis Poreis
Puseram Poriam Porão
     
  MODO SUBJUNTIVO  
Presente Pretérito imperfeito Futuro
     
Ponha Pusesse Puser
Ponhas Pusesses Puseres
Ponha Pusesse Puser
     
Ponhamos Puséssemos Pusermos
Ponhais Pusésseis Puserdes
Ponham Pusessem Puserem
     
  MODO IMPERATIVO  
Afirmativo Negativo  
     
Põe tu Não ponhas tu  
Ponha você Não ponha você  
Ponhamos nós Não ponhamos nós  
Ponde vós Não ponhais vós  
Ponham vocês Não ponham vocês  
     
  Formas Nominais  
Infinitivo, não flexionado Infinitivo, flexionado  
Por Por  
  Pores  
  Por  
     
  Pormos  
  Pordes  
  Porem  
     
Gerúndio Particípio  
Pondo Posto  

137

2 - Conjugação composta
 

  MODO INDICATIVO  
Pretérito perfeito composto Pretérito mais-que-perfeito composto  
Tenho posto Tinha posto  
Tens posto Tinhas posto  
Tem posto Tinha posto  
     
Temos posto Tínhamos posto  
Tendes posto Tínheis posto  
Têm posto Tinham posto  
     
Futuro do Presente composto Futuro do pretérito composto  
Terei posto Teria posto  
Terás posto Terias posto  
Terá posto Teria posto  
     
Teremos posto Teríamos posto  
Tereis posto Teríeis posto  
Terão posto Teriam posto  
     
  MODO SUBJUNTIVO  
Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito  
Tenha posto Tivesse posto Tiver posto
Tenhas posto Tivesses posto Tiveres posto
Tenha posto Tivesse posto Tiver posto
     
Tenhamos posto Tivéssemos posto Tivermos posto
Tenhais posto Tivésseis posto Tiver postodes
Tenham posto Tivessem posto Tiverem posto
     
  Formas Nominais  
Infinitivo não flexionado Infinitivo flexionado  
Ter posto Ter posto  
  Teres posto  
  Ter posto  
     
  Termos posto  
  Terdes posto  
  Terem posto  
     
  Gerúndio composto  
  Tendo posto  

138

Conjugação de um verbo composto na voz passiva:


ser amado

MODO
   
INDICATIVO
Presente Pretérito Imperfeito Pretérito perf. simples
     
Sou amado Era amado Fui amado
És amado Eras amado Foste amado
É amado Era amado Foi amado
     
Somos amados Éramos amados Fomos amados
Sois amados Éreis amados Fostes amados
São amados Eram amados Foram amados
     
Pretérito mais-que-perfeito
Pretérito perfeito composto  
simples
     
Tenho sido amado   Fora amado
Tens sido amado   Foras amado
Tem sido amado   Fora amado
     
Temos sido amados   Fôramos amados
Tendes sido amados   Fôreis amados
Têm sido amados   Foram amados
     
Pret. mais-que-perfeito
  Futuro do presente simples
composto
     
Tinha sido amado   Serei amado
Tinhas sido amado   Serás amado
Tinha sido amado   Será amado
     
Tínhamos sido amados   Seremos amados
Tínheis sido amados   Sereis amados
Tinham sido amados   Serão amados
     
Futuro do presente composto   Futuro do pretérito simples
     
Terei sido amado   Seria amado
Terás sido amado   Serias amado
Terá sido amado   Seria amado
     
Teremos sido amados   Seríamos amados
Tereis sido amados   Seríeis amados
Terão sido amados   Seriam amados
     
Futuro do pretérito composto    
     
Teria sido amado    
Terias sido amado    
Teria sido amado    
     
Teríamos sido amados    
Teríeis sido amados    
Teriam sido amados    

139
 

  MODO SUBJUNTIVO  
Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito
     
Seja amado Fosse amado Tenha sido amado
Sejas amado Fosses amado Tenhas sido amado
Seja amado Fosse amado Tenha sido amado
     
Sejamos amados Fôssemos amados Tenhamos sido amados
Sejais amados Fósseis amados Tenhais sido amados
Sejam amados Fossem amados Tenham sido amados
     
Pretérito mais-que-perfeito Futuro Futuro composto
     
Tivesse sido amado For amado Tiver sido amado
Tivesses sido amado Fores amado Tiveres sido amado
Tivesse sido amado For amado Tiver sido amado
     
Tivéssemos sido amados Formos amados Tivermos sido amados
Tivésseis sido amados Fordes amados Tiverdes sido amados
Tivessem sido amados Forem amados Tiverem sido amados
     
  Formas Nominais  
Infinitivo não flexionado   Infinitivo não flexionado composto
     
Ser amado   Ter sido amado
     
Infinitivo flexionado   Infinitivo flexionado composto
     
Ser amado   Ter sido amado
Seres amado   Teres sido amado
Ser amado   Ter sido amado
     
Sermos amados   Termos sido amados
Serdes amados   Terdes sido amados
Serem amados   Terem sido amados
     
Gerúndio   Gerúndio composto
Sendo amado   Tendo sido amado

Observações sobre a voz passiva:

1.a) O particípio neste caso aparece na forma feminina se a referência é feita a


ser do gênero feminino:

Ele é amado. Ela é amada.

2.a) Também nas três pessoas do plural o particípio vai ao plural:

Voz ativa - Ela tem estudado. Elas têm estudado.


Voz passiva - Ela é amada. Elas são amadas.

3.a) Na voz passiva não, se usa o imperativo.

Conjugação de um verbo na voz reflexiva: apiedar-se. - Já vimos que o verbo


está na voz reflexiva quando o pronome oblíquo se refere ao pronome reto:

Eu me visto. Nós nos arrependemos. Eles se foram.

140

O pronome átono pode vir antes, no meio ou depois do verbo ou verbos (se for
uma conjugação composta), de acordo com certos princípios que serão
futuramente estudados:
a) próclise: se o vocábulo átono vem antes: Ele se feriu (pronome átono
proclítico);

b) mesóclise: se o vocábulo átono vem no meio (dos futuros, do presente e do


pretérito): Vestir-se-á se puder. Vestir-nos-íamos se pudéssemos (pronome
átono mesoclítico);

c) ênclise: se o vocábulo átono vem depois: queixamo-nos ao diretor


(pronome átono enclítico).
NOTA IMPORTANTE. - Se o pronome for enclítico na voz reflexiva só
haverá uma alteração no verbo a que pertencer o pronome: perderá o s final da
1.a pessoa do plural:

queixo-me
queixas-te
queixa-se
queixamo-nos
queixais-vos
queixam-se.

Nas outras posições, o verbo ficará intacto:


Nós nos queixamos. Queixar-nos-emos.

Atente-se para o seguinte modelo e para as observações feitas sobre a


impossibilidade da posposição em algumas formas:

  Apiedar-se  
     
  MODO INDICATIVO  
Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito
apiedo-me apiedava-me apiedei-me
apiedas-te apiedavas-te apiedaste-te
apieda-se apiedava-se apiedou-se
     
apiedamo-nos apiedávamo-nos apiedamo-nos
apiedais-vos apiedáveis-vos apiedastes-vos
apiedam-se apiedavam-se apiedaram-se
     
Pretérito perfeito composto    
tenho-me apiedado (1)    
tens-te apiedado    
tem-se apiedado    
     
temo-nos apiedado    
tendes-vos apiedado    
têm-se apiedado    

(1) Nunca se use pronome átono posposto a particípio.


141

Pretérito mais-que-perfeito composto Futuro do presente


tinha-me apiedado (1) apiedar-me-ei (2)
tinhas-te apiedado apiedar-te-ás
tinha-se apiedado apiedar-se-á
tínhamo-nos apiedado apiedar-nos-emos
tínheis-vos apiedado apiedar-vos-eis
tinham-se apiedado apiedar-se-ão
   
Futuro do presente composto Futuro do pretérito
ter-me-ei apiedado apiedar-me-ia
ter-te-ás apiedado apiedar-te-ias
ter-se-á apiedado apiedar-se-ia
ter-nos-emos apiedado apiedar-nos-íamos
ter-vos-eis apiedado apiedar-vos-íeis
ter-se-ão apiedado apiedar-se-iam
   
Futuro do pretérito composto  
ter-me-ia apiedado  
ter-te-ias apiedado  
ter-se-ia apiedado  
ter-nos-íamos apiedado  
ter-vos-íeis apiedado  
ter-se-iam apiedado  

MODO SUBJUNTIVO

NOTA: Raramente aparece pronome posposto a verbo neste modo.

Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito


apiede-me apiedasse-me Não se usa pronome
apiedes-te apiedasses-te posposto a verbo
apiede-se apiedasse-se nesta forma!
apiedemo-nos apiedássemo-nos  
apiedeis-vos apiedásseis-vos  
apiedem-se apiedassem-se  
     
Pretérito mais-que-perfeito   Futuro composto
tivesse-me apiedado   Não se usa pronome
tivesses-te apiedado   posposto a verbo
tivesse-se apiedado   nestas formas !
tivéssemo-nos apiedado    
tivésseis-vos apiedado    
tivessem-se apiedado    

(1) Nunca se use pronome átono posposto a particípio.


(2) Nunca se use pronome átono posposto aos futuros do presente e do
pretérito: usar-se-á a anteposição ou a interposição, como veremos depois.
 

142

MODO IMPERATIVO  
Afirmativo Negativo
apieda-te tu Não se usa pronome posposto
apiede-se você a verbo nesta forma !
apiedemo-nos nós  
apiedai-vos vós  
apiedem-se vocês  
   
Formas Nominais  
Infinitivo não flexionado simples Infinitivo não flexionado composto
apiedar-me ter-me apiedado
apiedar-te ter-te apiedado
apiedar-se ter-se apiedado
apiedar-nos ter-nos apiedado
apiedar-vos ter-vos apiedado
apiedar-se ter-se apiedado
   
Infinito flexionado simples Infinito flexionado composto
apiedar-me ter-me apiedado
apiedares-te teres-te apiedado
apiedar-se ter-se apiedado
apiedarmo-nos termo-nos apiedado
apiedardes-vos terdes-vos apiedado
apiedarem-se terem-se apiedado
   
Gerúndio simples Gerúndio composto
apiedando-me tendo-me apiedado
apiedando-te tendo-te apiedado
apiedando-se tendo-se apiedado
apiedando-nos tendo-nos apiedado
apiedando-vos tendo-vos apiedado
apiedando-se tendo-se apiedado

Particípio

Não se usa pronome posposto a verbo nesta forma!

Conjugação de um verbo com pronome oblíquo átono (sem ser voz


reflexiva): tipo pô-lo. - O verbo pode acompanhar-se de um pronome oblíquo
átono que não se refira ao pronome reto:

Eu o vi. Nós te admiramos. Ela o chama.

Quando os pronomes oblíquos átonos o, a, os, as estiverem depois do verbo


ou no meio modificam-se de acordo com o final a que se acham pospostos:

143

a) se o verbo terminar por vogal ou semivogal, oral, os pronomes aparecem


inalterados: ponho-o, ponha-a, ponho-os, ponho-as;

b) se o verbo terminar por r, s ou z, desaparecem estas consoantes e os


pronomes assumem as formas lo, la, los, las:

por o = pô-lo; pões o = põe-lo; diz o = di-lo; deixar o ia = deixá-lo-ia.

Observações:
1.a) Recorde-se a acentuação dos oxItonos estudada na pág. 170.
2.a) Se o verbo termina por ns, o n passará a m: tens o = tem-lo.
c) se o verbo terminar por som nasal (m ou sílaba com til), os pronomes
assumem as formas no, na, nos, nas:
põe + o = põe-no, viram + a = viram-na.

Nota: Se os pronomes vêm antes do verbo, não há nenhuma alteração nos


pronomes
e no verbo: Ele o põe ali. Eu o fiz.

Observação: Alguns autores chamam pronominais reflexos aos verbos na


voz
reflexiva e pronominais irreflexivos (ou não reflexos) aos verbos deste
parágrafo.

Atente-se para o seguinte modelo e para as observações feitas sobre a


impossibilidade da posposição em algumas formas:
 

Pô-lo
(só a conjugação simples)

  MODO INDICATIVO  
Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito
ponho-o punha-o pu-lo
põe-lo punha-lo puseste-o
põe-no punha-o pô-lo
pomo-lo púnhamo-lo pusemo-lo
ponde-lo púnhei-lo puseste-lo
põem-no punham-no puseram-no
     
Pret. mais-que-pef. Futuro do presente Futuro do pretérito
pusera-o pô-lo-ei (1) pô-lo-ia
pusera-lo pô-lo-ás pô-lo-ias
pusera-o pô-lo-á pô-lo-ia
puséramo-lo pô-lo-emos pô-lo-íamos
pusérei-lo pô-lo-eis pô-lo-íeis
puseram-no pô-lo-ão pô-lo-iam

(1) Note-se que nos futuros do presente e do pretérito há formas verbais com
dois acentos.
144

MODO SUBJUNTIVO
Nota: raramente aparece pronome posposto a verbo neste modo.
 

Presente Pretérito imperfeito Futuro


ponha-o pusesse-o Não se usa pronome
ponha-lo pusesse-lo posposto a verbo
ponha-o pusesse-o nesta forma!
ponhamo-lo puséssemo-lo  
ponhai-lo puséssei-lo  
ponham-no pusessem-no  
     
  MODO IMPERATIVO  
Afirmativo Negativo  
põe-no tu (1) Não se usa pronome  
ponha-o você posposto a verbo  
ponhamo-lo nós nesta forma!  
ponde-o vós (1)    
ponham-no vocês    
     
  Formas Nominais  
Infinitivo Gerúndio Particípio
pô-lo pondo-lo Não se usa com pronome
    posposto.

                    
 
Conjugação dos verbos irregulares. - Na seguinte relação de verbos
apresentamos, além das formas irregulares, algumas regulares em que
freqüentemente se erra. As formas que aqui faltam e se empregam são todas
regulares.

1.a Conjugação:
Dar
Pres. ind.: dou, dás, dá, damos, dais, dão.
Pret. perf. ind.: dei, deste, deu, demos, destes, deram.
M.-que-perf. ind.: dera, deras, dera, déramos, déreis, deram.
Pres. subj.: dê, dês, dê, demos, deis, dêem.
Pret. imperf. subj.: desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem.
Fut. subj.: der, deres, der, dermos, derdes, derem.
Por este modelo conjuga-se desdar; circundar é, porém, regular.

Estar
Ver a lista dos verbos auxiliares.
Por este conjugam-se: sobestar. e sobrestar. São regulares os seus derivados
constar, prestar, obstar.

(1) Recorde-se que o s final do presente do indicativo desaparece no


imperativo afirmativo.

145

2.a Conjugação:

Caber
Pres. ind. : caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem.
Pret. perf. ind. : coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam.
M.-q.-perf. ind.: coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis,
couberam.
Pret. imp. subj. : coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis,
coubessem.
Fut. subj.: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem.

Comprazer
Ver prazer.

Crer
Pres. ind.: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem (cf. nota da pág. 132).
Pret. perf. ind. : cri, creste, creu, cremos, crestes, creram.
Pres. subj. : creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam.
Pret. imp, subj. : cresse, cresses, cresse, crêssemos, crêsseis, cressem.
Fut. subj.: crer, creres, crer, crermos, crerdes, crerem.
Imperativo: Crê, crede.
Part.: crido.
Por este conjuga-se descrer.

Dizer
Pres. ind.: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem.
Pret. perf. ind.: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram.
M.-q.-perf. ind.: dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, disseram.
Fut. pres.: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão.
Fut. pret.: diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam.
Pres. subj.: diga, digas, diga, digamos, digais, digam.
Pret. imperf. subj.: dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,
dissessem.
Fut. subj.: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem.
Imperativo: dize, dizei.
Part. : dito.
Por este se conjugam bendizer, condizer, contradizer, desdizer,
maldizer, predizer.

Fazer

Pres. ind. : faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem.


Pret. perf. ind. : fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram.
M.-q.-perf. ind. : fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram.
Fut. pres. : farei, farás, fará, faremos, fareis, farão.
Fut. pret. : faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam.
Pres. subj.: faça, faças, faça, façamos, façais, façam.
Pret. imp. subj.: fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem.
 

146

Fut. subi.: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.


Imperativo: faze, fazei 
Part. : feito.
Por este se conjugam afazer, contrafazer, desfazer, liquefazer, perfazer,
rarefazer, refazer, satisfazer.

Haver
Ver a conjugação dos verbos auxiliares.
Jazer
Pret. ind. : jazo, jazes, jaz, jazemos, jazeis, jazem.
Pret. Perf. ind. : jazi, jazeste, jazeu, jazemos, jazestes, jazeram.
As outras formas - pois é totalmente conjugado - são regulares. Por este
se modela adiazer.

Ler
Pres. ind.: leio, lês, lê, lemos, ledes, lêem (cf. nota da pág. 132).
Pret. perf. ind. : E, leste, leu, lemos, lestes, leram.
M.-q.-perf. ind. : lera, leras, lera, lêramos, lêreis, leram.
Pres. subj. : leia, leias, leia, leiamos, leiais, leiam.
Pret. imp. subi. : lesse, lesses, lesse, lêssemos, lêsseis, lessem.
Fut. subj. : ler, leres, ler, lermos, lerdes, lerem.
Por este se conjugam reler e tresler.

Perder
Pres. ind. : perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem.
Pres. subj. : perca, percas, perca, percamos, percais, percam.

Poder
Pres. ind.: posso, podes, pode, podemos, podeis, podem.
Pret. perf. ind. : pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam.
M.-q.-perf. ind.: pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam.
Pres. subj. : possa, possas, possa, possamos, possais, possam.
Pret. imp.: pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem.
Fut. subj. : puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.

Prazer
(Pouco usado na 1.a e 2.a pessoa)
Pres. ind. : praz, prazem.
Pret. perf. ind.: prouve, prouveram.
M.-q.-Perf. ind.: prouvera, prouveram.
Pret. imp. subi.: prouvesse, prouvessem.
Fut. subj.: prouver, prouverem.
Por este se conjugam aprazer, desprazer, desaprazer, verbos que se
apresentam em
todas as pessoas. Comprazer e descomprazer são verbos completos e se
modelam por
prazer, no pret. perfeito e m.-q.-perfeito do indicativo, pret. imperfeito e
futuro do
subjuntivo podem ainda ser conjugados regularmente. Veja-se a pág. 108.

147

Querer
Pres. ind. : quero, queres, quer, queremos, quereis, querem.
Pret- Perf. ind.: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram.
M.-q.-Perf. ind.: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram.
Pres. subj.: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram.
Pret. imp. subj.: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis,
quisessem.
Fut. subj.: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem.
Part.: querido (a forma quisto só se usa em benquisto e malquisto).

A moderna forma quere, 3.a pessoa do singular, em lugar de quer, só é usada


pelos portugueses. Normalmente não se usa o verbo querer no imperativo; há
exemplos
de querei nos Sermões do Pe. Antônio Vieira. Quando se usa pronome átono
(o, a,
os, as) posposto à 3.a pessoa do singular do presente do indicativo, emprega-
se qué-lo
ou quere-o: "Qué-lo o teu povo" (A. HERCULANO, Lendas e Narr., I, 79).

Requerer
Pres. ind.: requeiro, requeres, requer (ou requere), requeremos, requereis,
requerem.
Pret. perf. ind.: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes,
requereram.
M.-q.-Perf. ind.: requerera, requereras, requerera, requerêramos, requerêreis,
requereram.
Pres. subj.: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.
Pret. imp. subj.: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
requerêsseis, requeressem.
Fut. subj.: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
requererem.
Imperativo: requere, requerei.
Part. : requerido.
A 3.a pessoa do singular do presente do indicativo requer é modernamente
mais
usada que requere.

Saber
Pres. ind.: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem.
Pret. Perf. ind.: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam.
M.-q.-Perf. ind.: soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis,
souberam.
Pres. subi.: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam.
Pret. imp. subj.: soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
soubessem.
Fut. subj.: souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem.

ser
Veja a conjugação dos verbos auxiliares.
Ter
Veja a conjugação dos verbos auxiliares.
Trazer
Pres. ind.: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem.
Pret. perf. ind.: trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram.

148

M.-q.-Perf. ind. : trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis,


trouxeram
Futuro do pres. : trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão.
Fut. do pret. : traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam.
Pres. subj. : traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam.
Pret. imp. subj.: trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,
trouxessem.
Imperativo : traze, trazei (cf. 116, Obs.).

Valer
Pres. ind. : valho, vales, vale (ou val), valemos, valeis, valem.
Pres. subi. : valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham.
Val, por vale, é forma corrente entre os portugueses.
Como valer conjugam-se desvaler e equivaler.

Ver
Pres. ind. vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem (cf. nota da pág. 161).
Pret. imp. ind. : via, vias, via, víamos, víeis, viam.
Pret. perf. ind. : vi, viste, viu, vimos, vistes, viram.
M.-q.-Perf. ind. : vira, viras, vira, víramos, víreis, viram.
Pres. subj. veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam.
Pret. imp. subj. : visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem.
Fut. subi. vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Part. : visto.
Assim se
conjugam antever, entrever, prever e rever. Prover e desprover modelam-
se por ver, exceto no pretérito perfeito do indicativo e derivados,
e particípio, quando se conjugam regularmente.
Pret. perf. ind, : provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram.
M.-q.-perf. ind,: provera, provetas, provera, provêramos, provêreis, proveram.
Fut. subj. : prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
Part. : provido.

3.a Conjugação :
Acudir
Pres. ind. : acudo, acodes, acode, acudimos, acudis, acodem.
Pret. perf. ind. : acudi, acudiste, acudiu, acudimos, acudistes, acudiram.
Pres. subj.: acuda, acudas, acuda, acudamos, acudais, acudam.
Pret. imp. subi. : acudisse, acudisses, acudisse, acudíssemos, acudísseis,
acudissem.
Imperativo : acode, acudi.
Assim se conjugam bulir, construir, cuspir, destruir, engolir (l), entupir,
escapulir, fugir (2), sacudir, subir, sumir (3).

(1) Para seguir este modelo, melhor seria escrever engulir (com u). A forma
engolir (com o) nos leva naturalmente à seguinte conjugação que o
Vocabulário Oficial não registra:
engulo, engoles, engole, engolimos (com o), engolis (com o), engolem.
(2) Leve-se em consideração a mudança de g para j antes de o e a:
fujo, foges, foge, etc
(3) Conjugam-se, porém, regularmente assumir, presumir, reassumir,
resumir.
 

149

Construir, destruir e entupir, como verbos abundantes (cf. 109), apresentam


como formas menos usadas, construis, construi, destrui, entues, entupe.

Os demais verbos em udir (aludir, eludir, iludir) são regulares.

Cobrir
Pres. ind. : cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem.
Pret. perf. ind.: cobri, cobriste, cobriu, cobrimos, cobristes, cobriram.
Pres. subi.: cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram.
Imperativo: cobre tu, cubra você, cubramos nós, cobri vós, cubram vocês.
Por este se conjugam descobrir, dormir (regular no part.: dormido),
encobrir, recobrir e tossir (regular no part.: tossido).

Cair
Pres. ind. : caio, cais, cai, caímos, cais, caem.
P,et. imp. ind.: caía, caías, caia, caíamos, caíeis, caíam.
Pret. Perf. ind.: caiu, caíste, caiu, caímos, caístes, caíram,
M.-q.-perf. ind. : caíra, caíras, caíra, caíramos, caíreis, caíram.
Fut. pres.: cairei, cairás, cairá, cairemos, caireis, cairão.
Fut. pret. : cairia, cairias, cairia, cairíamos, cairíeis, cairiam.
Pres. subj. : caia, caias, caia, caiamos, caiais, caiam.
Pret. imp. subj : caísse, caísses, caísse, caíssemos, caísseis, caíssem.
Fut. subj. : cair, caíres, cair, cairmos, cairdes, caírem.
Por este se conjugam atrair, contrair, distrair, esvair, retrair,
sair, subtrair, trair, embair (para este último cf. pág. 108, Obs. 1.a).
Para a boa acentuação deste tipo de verbos, recorde-se o que se disse na pág.
71.
 

Frigir
Pres. ind.: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem.
Pres. subj.: frija, frijas, frija, frijamos, frijais, frijam.
Imperativo: frege, frija, frijamos, frigi, frijam.
Part. : frigido e frito.
Atente-se para a troca de g por j antes de a e o.

Ir
Pres. ind.: vou, vais, vai, vamos (ou imos), ides, vão.
Pret. imp. ind.: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam.
Pret. perf. ind.: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram.
M.-q.-perf. ind.: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram.
Fu t. pres.: irei, irás, irá, iremos, ireis, irão.
Fut. pret.: iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam.
Pres. subj.: vá, vás, vá, vamos, vades, vão.
Pret. imp.: subj. : fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem.
Fut. subj. : for, fores, for, formos, fordes, forem.

150

Imperativo: vai, vá, vamos, ide, vão


Gerúndio: indo
Part.: ido

Medir
Pres. ind.: meço, medes, mede, medimos, medis, medem.
Pres. subj.: meça, meças, meça, meçamos, meçais, meçam

Assim se conjugam desmedir  e pedir.
 

Pedir
Pedir serve hoje de modelo
para desimpedir, despedir, expedir e impedir (que não são derivados
de pedir).

Mentir
Pres. ind.: minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem.
Pres. subj.: minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam.
Por este verbo se conjugam consentir, desmentir, persentir (sentir
profundamente), pressentir (prever), ressentir, sentir.

Ouvrir
Pres. ind.: ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem.
Pres. subj.: ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam

Polir (lustrar, civilizar)


Pret. Perf. : poli, poliste, poliu, polimos, polistes, poliram
Pres. subj.: pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam.
Por este verbo se conjugam despolir e sortir (= abastecer, prover, mistur,
combinar). 
Surtir (com u) é regular: surto, surtes, surte, surtimos, surtis, surtem (1).
 

"... enquanto o progresso das ciências e das artes pule e melhora exteriormente


o género humano, destruiria o intolerável egoísmo que destrói ou afeia o
formoso edifício da moderna civilização."

Progredir
Pres. ind.: progrido, progrides, progride, progredimos, progredis, progridem.

(1) Significa originar, produzir efeito. Como surtir são também regulares


curtir (pouco usado na 1.a pessoa do singular e em todo o presente do
subjuntivo) e urdir.
 

151

Pret. Perf. ind. : progredi, progrediste, progrediu, progredimos, progredistes,


progrediram.
Pres. subj.: progrida, progridas, progrida, progridamos, progridais, progridam.
Por este verbo se conjugam agredir, cerzir, denegrir, prevenir,
regredir, transgredir.
Remir, hoje mais usado como defectivo (cf. pág. 108), seguia outrora o
modelo de
progredir: rimo, rimes, rime, remimos, remis, rimem.
"Por 20 libras anuais a aldeia de Favaios rime todos os tributos e obtém o
privilégio de nomear o seu juiz" (A. HERCULANO, Fragmentos, 149).

Rir
Pres. ind.: rio, ris, ri, rimos, rides, riem.
Pret. imperf. ind.: ria, rias, ria, ríamos, ríeis, riam.
Pret. Perf. ind.: ri, riste, riu, rimos, ristes, riram.
Part. : rido.
Segue este modelo o verbo sorrir.

Servir
Pres. ind. : sirvo, serves, serve, servimos, servis, servem.
Pres. subi.: sirva, sirvas, sirva, sirvamos, sirvais, sirvam.
Imperativo: serve, sirva, sirvamos, servi, sirvam.
Por este verbo se conjugam aderir, advertir, aferir, compelir, competir,
concernir,
conferir, conseguir, convergir, deferir, despir, digerir, divertir, expelir,
impelir, inserir, perseguir, preferir, preterir, repelir, seguir, sugerir,
vestir.

Submergir
Pres. ind.: submerjo (ê), submerges (é), submerge (é), submergimos,
submergis,
submergem (é).
Pres. subj. : submerja (ê), submerjas (ê), submerja (ê), submerjamos,
submerjais,  submerjam (ê)
Imperativo : submerge (é), submerja (ê), submerjamos, submergi, submerjam
(ê)

Seguem este modelo aspergir, emergir, imergir.

Vir
Pres. ind.: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
Pret. imperf. ind.: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham.
Pret. perf. ind.: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.
Fut. pres.: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.
Fut. pret.: viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam.
Pres. subj.: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham.
Fut. subj.: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
Imperativo: vem, venha, venhamos, vinde, venham.
Gerúndio: vindo.
Part.: vindo (cf. pág, 172).
Por este modelo se conjugam advir, avir-se, convir, desavir, intervir,
provir, sobrevir.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Pronomes oblíquos átonos são colocados antes, no meio e depois dos verbos.

PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS:

SINGULAR
 1a. pessoa:  me
 2a. pessoa :te
 3a. pessoa: se, o, a ,lhe

PLURAL
1a. pessoa: nos
2a. pessoa: vos
3a. pessoa: se, os, as, lhes

1) Próclise( colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo).

Fatores que atraem a PRÓCLISE

a)  palavra ou expressão de valor negativo.

Exemplos:

Ninguém se preocupa comigo.

Nunca se esqueça de mim.

Não me espere para o almoço.

b)  advérbios e pronomes indefinidos.

Exemplos:

Aqui se respeita o próximo. (advérbio)


Nada se sabe dele. (pronome indefinido)

Obs.: caso haja pausa depois do advérbio, emprega-se ênclise.

Por Exemplo:

Aqui, respeita-se o próximo.

c)  advérbios interrogativos.

Exemplos:

Quem me chama? (pronome interrogativo)

Por que o condenaram? (advérbio interrogativo)

d)  conjunções subordinativas:

Exemplos: 

Espero que se desculpe logo.


É necessário que me encontres.

f) gerúndio precedido de preposição "em".

Exemplos: 

Em se tratando de adolescentes, todo cuidado é pouco.

2-  Mesóclise ( colocação do pronome no meio do verbo)

Emprega-se a mesóclise com:

- futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo.

Exemplos:

Esperá-lo-ei na  porta.


Procurar-me-ia e me acharia.

Observações:

a) Havendo um dos casos que justifique a próclise, desfaz-se a mesóclise.

Por Exemplo:

Tudo lhe confiarei, pois você é honesto. (O pronome "tudo"( pronome


indefinido) exige o uso de próclise.)

b) Com esses tempos verbais (futuro do presente e futuro do pretérito) jamais


ocorre a ênclise.
FORMAS INCORRETAS:

Procurarei-o se for necessário

Farias-me um favor?

3) Ênclise ( COLOCAÇÃO DO PRONOME DEPOIS DO VERBO)

  Emprega-se geralmente:

a)    INÍCIO DE FRASE 

Exemplos:

Diga-me uma coisa: és feliz?.


Importa-se em esperar no carro?

b) Nas orações reduzidas de infinitivo.

Exemplos:

Convém entregar-lhe a carteira, pois está armado.


.

c) Nas orações reduzidas de gerúndio (desde que não venham precedidas de


preposição "em".)

Exemplos:

Foi um pai para ele, dando-lhe carinho e proteção.

A garota, assustando-se com a batida do carro.

Outras possibilidades
Poderá ocorrer a PRÓCLISE O  quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou
palavra atrativa.

Exemplos:

É preciso encontrar um meio de não a encontrar

É preciso encontrar um meio de não encontra-la.

Colocação pronominal nas locuções verbais


1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio

a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar.

Ex.: Haviam-me preparado bem para o vestibular..

b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes
do verbo auxiliar.

Ex.: Não me haviam preparado bem para o vestibular.

·         Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:

a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou
depois do verbo principal.

Exemplo:

Devo entregar-lhe o prêmio/ Devo-lhe entregar o prêmio.

b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar
ou depois do verbo principal.

Exemplos:

Não posso entregar-lhe o prêmio./ Não lhe posso entregar o prêmio.

 Observações:

Emprego dos pronomes o, a, os, as

1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se


alteram.

Exemplos:

Chame-o agora.

Deixei-a mais preocupada ainda.

2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la,


los, las.
Exemplos:

(Encontrar) Encontrá-lo é preciso.

(Fiz) Fi-lo porque ela me pediu.

3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a,
os, as alteram-se para no, na, nos, nas.

Exemplos:

Chamem-no para a reunião.

Põe-na sobre a mesa.

 EXERCÍCIOS

EXERCÍCIOS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL

1) (EXERCÍCIOS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL) Assinale a frase com erro de


colocação pronominal:

a) Tudo se acaba com a morte, menos a saudade

b) Com muito prazer, se soubesse, explicaria-lhe tudo

c) João tem-se interessado por suas novas atividades

d) Ele estava preparando-se para o vestibular de Direito

2) Assinale a frase com erro de colocação pronominal:

a) Tudo me era completamente indiferente

b) Ela não me deixou concluir a frase

c) Este casamento não deve realizar-se

d) Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas

3) Assinale a frase incorreta

a) Nunca mais encontrei o colega que me emprestou o livro

b) Retiramo-nos do salão, deixando-os sós

c) Faça boa viagem! Deus proteja-o


d) Não quero magoar-te, porém não posso deixar de te dizer a verdade

4) (EXERCÍCIOS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL)

O funcionário que se inscreve, fará prova amanhã:

1. Ocorre próclise em função do pronome relativo

2. Deveria ocorrer ênclise

3. A mesóclise é impraticável

4. Tanto a ênclise quanto a próclise são aceitáveis

a) Correta apenas a 1ª afirmativa

b) Apenas a 2ª é correta

c) São corretas a 1ª e a 3ª

d) A 4ª é a única correta

5) Assinale a colocação inaceitável:

a) Maria Oliva convidou-o

b) Se abre a porta da caleça por dentro

c) Situar-se-ia Orfeu numa gafieira?

d) D. Pedro II o convidou

6) O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só dos períodos.


Qual?

a) Isto me não diz respeito! Respondeu-me ele, afetadamente

b) Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos apresentem-se na hora


conveniente

c) Os conselhos que dão-nos os pais, levamo-los em conta mais tarde

d) Amanhã contar-lhe-ei por que peripécias consegui não envolver-me

7) Estas conservas são para nós __________ durante o inverno.

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:


a) alimentarmos- nos

b) alimentar- mo- nos

c) nos alimentarmos

d) nos alimentarmo- nos

8) Caso _______ lá, _______, para que não _______

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:

a) se demoram ? avisem-nos ? nos preocupemos

b) se demorem ? avisem-nos ? preocupemo-nos

c) demorem-se ? nos avisem ? preocupemo-nos

d) demorem-se ? nos avisem ? nos preocupemos

9) (EXERCÍCIOS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL) Do lugar onde _______,


______um belo panorama, em que o céu ________com a terra

a) se encontrava ? se divisava ? ligava-se

b) se encontravam ? se divisava ? ligava-se

c) se encontravam ? divisava-se ? se ligava

d) encontravam-se ? divisava-se ? se ligava

10) O pronome está mal colocado em apenas um dos períodos. Identifique-o:

a) Finalmente entendemos que aquela não era a estante onde deveriam-se colocar
cristais

b) Ninguém nos falou, outrora, com tanta sinceridade

c) Não se vá, custa-lhe ficar um pouco mais?

d) A mão que te estendemos é amiga

GABARITO:

1) B

2) D
3) C

4) C

5) B

6) A

7) C

8) A

9) C

10) A

Portfólio 2 parte

Gramática

1 – Um canal de filmes de TV por assinatura veiculou em jornais e revistas


de circulação nacional uma propaganda com o seguinte texto: No mundo
todo, todo mundo assiste.

Explique a diferença de sentido provocado pela inversão da posição do


pronome “todo” nas expressões “mundo todo” a “todo mundo”.

R: Na expressão “mundo todo”, o pronome significa “inteiro”, sendo classificado


como pronome adjetivo. Em “todo mundo”, o pronome indica a totalidade dos
seres humanos.

2 – Leia a propaganda e responda ao que se pede.

(a) – Identifique e classifique o pronome que aparece no texto da


propaganda

R: “Outra”: pronome indefinido.

(b) – Qual sentido o jornal pretende que se dê a expressão “uma outra língua”?

R: Considerando que todos somos falantes de Português, o sentido que o


jornal pretendeu dar à expressão “uma outra língua” é o de um Português culto,
diferente daquele que falamos coloquialmente.
3 – “Pronome é a palavra variável que identifica, na língua, os
participantes da identificação e os seres”, sendo classificado de acordo
com o tipo de referência que estabelece. Volte ao texto, e com base nessa
afirmação, classifique os pronomes destacados.

R: Outros: indefinido; está: demonstrativo; essa: demonstrativo; ela: pessoal;


aquilo: demonstrativo.

4- O texto fala sobre as transformações no relacionamento de um casal


com o passar do tempo.

(a) – como Norberto trata Maria Teresa ao longo do casamento?

R: Logo após o casamento, Norberto chama Maria Teresa de “Quequinha”.


Alguns anos passam e ele começa a chama – lá de “a mulher aqui” ou “esta
mulher”. Mais alguns anos se passam e, então, Norberto trata Maria Teresa de
“Ela”. Novas passagens de tempo nos mostram Norberto referindo-se a esposa
como “Essa aí”. No momento presente, ele se refere a ela como “Aquilo”.

(b) – De que maneira o uso dos pronomes contribui para a construção do


efeito de humor que se pode observar nesse texto?

R: A utilização de pronomes da designação de Maria Teresa indica o


afastamento de Norberto em relação à esposa. Assim, o apelido carinhoso dos
tempos de recém-casados é substituído, aos poucos, por uma série de
pronomes que “impessoalizam” cada vez mais Maria Teresa (está, ela,essa,
aquilo).

PG 130

5- Leia atentamente a tirinha.

A forma e a colocação do pronome que complementa o verbo “entregar”, no


último quadrinho, é típica da modalidade coloquial oral. Qual seria a forma
correspondente, na escrita formal, à forma coloquial “entrega ela”? Justifique.

R: “Entregue-a para o pastor”. Justificativa: A forma assumida pelo pronome


deve ser “a” e não “ela” porque na função de objeto direto do verbo “entregar”
deve se empregar o pronome no caso oblíquo (a) e não no caso reto (ela).
Quando a colocação deve-se optar pela ênclise da forma pronominal ao verbo,
pois não se deve iniciar enunciado com pronome oblíquo átono.

6 – O pedido feito por Carlinhos se baseia na definição da fala do


namorado como “certa demais”. O que significa isso? Justifique sua
resposta.

R: Carlinhos se expressa oralmente de acordo com as regras gramaticais,


numa linguagem mais comumente utilizada na escrita ou em contexto formais.
Costuma-se associar a falta principalmente em situações informais, a uma
despreocupação maior com o uso da norma culta. O que Carolina chama de
linguagem “certa demais” é o vocabulário “mais rebuscado” do namorado
(soberba, todavia, outrossim, vexado) é a correta utilização dos pronomes (usá-
los) em um contexto (um encontro com a turma) em que isso (fica esquisito)
por ser mais informal.

7 – em dois momentos no texto, Carlinhos usa os pronomes


corretamente. Em um desses momentos é corrigido pela namorada, que
deixa claro o que se espera, em uma situação de informalidade, como
utilização “adequada” da colocação pronominal.

(a) – Transcreva do texto esses dois momentos e justifique do ponto de


vista gramatical, a colocação pronominal utilizada por Carlinhos.

R: “Não posso usá-los corretamente?” (combinação do verbo com pronome


oblíquo enclítico, seguindo a norma culta.) “Não, é que, falando, sentir-me-ia
vexado.” (Combinação do verbo no futuro do pretérito com pronome oblíquo e
início de frase, obrigando à mesóclise.)

8 – Carolina pede ao namorado que não fale “certo demais” porque “a


turma repara”.

É possível afirmar que, segundo a namorada, a maneira de Carlinhos falar


poderia parecer esnobe aos amigos dela, uma demonstração de
“superioridade lingüística”. Poderíamos dizer que esse juízo sobre a
maneira de falar de Carlinhos é a manifestação de um “processo
lingüístico às avessas” em que ele se baseia?

R: O fato de Carlinhos se expressar oralmente seguindo as regras da norma


culta pode ser visto como manifestação de esnobismo em função de uma
imagem equivocada que se faz da fala e da escrita. A primeira deve ser mais
“solta”, sem a preocupação com a correta utilização das regras gramaticais,
enquanto a segunda deve ser a expressão d a norma culta. Segundo esse
raciocínio, Carlinhos “fala como se deve escrever”, isto é, seguindo as regras
que deve aparecer na escrita. Por isso, pode ser visto esnobe. Na verdade
tanto a fala quando a escrita podem se apresentar de forma mais coloquial ou
de acordo com a norma culta, a depende da situação de formalidade ou
informalidade em que o falante/ “escriba” estiver inserido. O que causa
estranhamento no uso que Carlinhos faz na linguagem em que o fato de ele
parecer incapaz de adequar a sua linguagem a uma situação informal (a
conversa com a turma).

9- (Enem – MEC) O uso de pronome átono no início das frases é


destacado por um poeta e por um gramático nos textos a seguir.

R: e

10 – leia a seguinte tira.

No ultimo quadrinho, o uso de duas preposições diferentes é o que


produz o humor da fala de Gizinho.
(a) – Quais são as preposições?

R: As preposições são: a e com.

(b) – Que relações elas estabelecem?

R: A primeira indica uma relação de comparação que estabelece oposição


entre os complementos do verbo “preferir” (prefere ter amigos a dinheiro); a
segunda estabelece uma relação de posse (amigos que tenham dinheiro)

11 – Na tira ocorre um “probleminha” de comunicação entre Hagar e


Helga.

(a) – Como Hagar interpreta a pergunta de Helga, no primeiro quadrinho?

R: Hagar estende que a esposa está perguntando se gostaria de café para


“acompanhar” os ovos com bacon.

(b) – Como Helga interpreta a resposta de Hagar?

R: Helga interpreta a resposta afirmativa do marido como uma autorização para


despejar o bule de café sobre os ovos com bacon.

12 – O que possibilita a dupla interpretação da pergunta de Helga?


Explique por que essa dupla interpretação é a base para a construção do
humor da tira.

R: O uso da preposição “com” (sentido de acompanhamento). Helga faz uma


pergunta intencionalmente ambígua para dar uma ligação no marido, que
chegou tarde em casa na noite anterior. Ela sabe que, no texto em que foi
utilizado, a preposição “com” indica que a bebida (café) deve acompanhar a
comida (ovos com bacon). Só que se faz de desentendida, optando por
entender que o sentido da preposição é da localização (café nos ovos...). É
desse gesto absurdo e da a possibilidade de dupla interpretação da preposição
que nasce o humor da tira.

13 – (Enem – MEC) A crônica muitas vezes constitui um espaço para


reflexão sobre aspectos da sociedade em que vivemos.

No 3º parágrafo em “... não existem meninos DE rua. Existem meninos NA


rua”, a troca De pelo Na determina que a relação de sentido entre
“menino” e “rua” seja:

R: a

14 – Justifique sua resposta à questão anterior, apresentando o raciocínio


que o levou a alternativa correta.

R: A troca de preposição de pela preposição na (= em + a) provoca interações


sintáticas e semânticas no trecho “... não existem meninos DE rua. Existem
meninos “NA rua”. Em “meninos DE rua”, a expressão “De rua” está
relacionada a meninos, atribuindo-lhe uma quantidade que os distingue, por
exemplo, de “meninos de família”. Ao se utilizar a preposição em, a expressão
“NA rua” passa a se relacionar à forma verbal “existem”, indicando o local em
que se situa os meninos, isto é, acrescentando ao verbo uma circunstância de
lugar.

15

(a) – Qual é a relação de sentido normalmente expressa pela conjugação


e?

R: A conjunção e, em geral, expressa uma relação de soma, adição.

(b) – Com base nessa relação, explique o comentário de Veríssimo sobre


as duplas caipiras.

R: Sem a conjunção, não poderia haver duplas caipiras, já que, em geral, são
apresentadas por dois nomes ligados pela conjunção e (Chitãozinho e Xororó e
Bruno e Marrone etc.)

16 – Na frase “ia sair mais choveu”, a conjugação tem o mesmo sentido


que no texto de Veríssimo? Justifique.

R: Nessa frase, o e não é aditivo. Tem um valor adversativo, equivalente


a, mas.

17- Nesse poema, o poeta realizou uma opção estilística: a reiteração de


determinadas construções e expressões lingüísticas, como o uso da
mesma conjugação para estabelecer a relação entre as frases. Essa
conjugação estabelece, entre as idéias relacionadas, um sentido de:

R: a

18 – De que maneira o sentido do poema é construído a partir da


reiteração da conjugação? Justifique sua resposta com elementos do
texto.

R: No poema “O mundo é grande”, Drummond emprega reiteradas vezes a


conjunção e para estabelecer uma relação de oposição entre as frases. Em
três estâncias, o poema opõe dados objetivos a percepções subjetivas: O
mundo é grande x janela sobre o mar; O mar é grande x cama e no colchão de
amor; O amor é grande x breve espaço de beijar.

19 – Observe os períodos a seguir:

Reescreva as orações, transformando–as em um só período, inserindo


uma conjunção que mantenha as relações de sentido entre elas.
R: Lá penso em me estabelecer, por isso já entrei em contato com várias
imobiliárias para encontrar um local que me agrade.

20 – Leia a frase.

(a) – Qual é o sentido da conjugação pois nessa frase?

R: a conjunção, pois, na frase, exprime idéias de conclusão.

(b) – Reescreva-a, com outra conjunção, mantendo o sentido expresso na


frase original.

R: Ele avisou que poderia se atrasar; devemos, portanto, aguardá-lo mais um


pouco.

21 – A conjunção “e” pode assumir diversos significados, embora


normalmente seja associada a um valor aditivo. Substitua-a em cada
frase, por uma conjunção mais característica do significado em questão.

(a) – todos se preparavam ansiosamente para o churrasco de domingo, e


choveu.

R: ... Mas/porém/contudo choveu.

(b) – conformar-se com a situação e recusar-se a submeter-se a ela são as


opções de Marina.

R: ... a situação ou recusar-se ...

Colocação Pronominal

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS


ÁTONOS NAS LOCUÇÕES VERBAIS
Autor: Equipe Mundo Texto

a) Verbo auxiliar e infinitivo

Nas locuções verbais, os pronomes oblíquos átonos podem estar em próclise ou em ênclise em
relação ao verbo auxiliar ou à forma nominal. Exemplos:

devo-me deitar, devo me deitar, devo deitar-me;


não me devo deitar, não devo me deitar, não devo deitar-me;
não o podes comprar, não podes comprá-lo, podes comprá-lo;
queriam-me iludir, queriam me iludir, queriam iludir-me;
não me queriam enganar, não queriam me enganar, não queriam enganar-me;

Observação: no Brasil, ressalta-se a preferência da próclise junto ao infinitivo.

b) Verbo auxiliar, preposição e infinitivo

deixamos de consultá-lo, ou deixamos de o consultar;


não deixamos de consultá-lo, não deixamos de o consultar, ou não o deixamos de consultar;
há de conformar-se, há de se conformar, não se há de conformar, ou não há de conformar-se;

c) Verbo auxiliar e gerúndio

as estrelas foram-se escondendo, as estrelas foram se escondendo, as estrelas se foram


escondendo, ou as estrelas foram escondendo-se;
eu o estava observando, eu estava-o observando, ou eu estava observando-o;
não o estou admirando, ou não estou admirando-o;
vou-me esforçando, vou me esforçando, ou vou esforçando-me;
não me vou esforçando, não vou me esforçando.

Observação: reiteramos o comentário apresentado em página anterior a respeito da tendência


da fala brasileira com a colocação do pronome átono proclítico ao verbo principal:

Ela está me observando.
Eu sei que vou te amar. (Vinícius de Moraes)

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS


ÁTONOS NOS TEMPOS COMPOSTOS
Autor: Equipe Mundo Texto

Nos tempos compostos o pronome oblíquo átono pode juntar-se ao verbo auxiliar, em próclise,
mesóclise ou ênclise, como também pode ser colocado antes do particípio, juntando-se a este.
Jamais se coloca o pronome oblíquo átono depois do particípio. Exemplos:

O escrivão o tinha avisado.


Os irmãos tinham-se formado em medicina.
Ter-lhe-ia sido decepcionante o presente do major?
Soube depois que Rosália teria se formado em geografia.

0o0-0o0-0o0
Colocação Pronominal

PRÓCLISE
Autor: Equipe Mundo Texto

A próclise é obrigatória quando houver na frase, antes do verbo:

a) palavras de sentido negativo:

Jamais te revelarei minha senha.


Nada a incomoda.
Nunca me acordes antes das oito horas.
Ninguém o viu sair.
Não o chame aqui.
Nenhuma assombração nos assusta.

Importante: se for um infinitivo não-flexionado o verbo ao qual se incorpora, foneticamente, o


pronome oblíquo átono, a palavra negativa perde seu poder de influência predominante na
colocação do referido pronome. Nesse caso, pode-se usar a próclise ou a ênclise:

Obedeça para não se arrepender.
Obedeça para não arrepender-se.
Esforça-te para não o maltratar.
Esforça-te para não maltratá-lo.

b) pronomes relativos:

Conheci a pessoa por quem te sacrificaste.


Há amigos que nos surpreendem.
Pressenti o mal que nos queriam fazer.

c) pronomes indefinidos: algo, alguém, muito, nada, nenhum, ninguém, pouco, quanto, quem,
todos, tudo:

Algo me atraiu naquela mulher.


Alguém lhe disse isso.
Nada me convence.
Pouco se conhece de cibernética.
Quem o nomeou?
Todos nos compreendem.
Tudo se transforma.

Observação: alguns desses pronomes possuem valor negativo, conforme visto na letra "a"
deste tópico.

d) conjunções subordinativas: (mesmo ocorrendo a sua elipse)

Quando a encontrar, darei o recado.


Não sei como se fazem essas coisas.
É lícito que nos recompensem.
Não acreditou, embora lhe provassem o fato.
Soube por que nos enganaram.
Se me consideras, não faças essa besteira.

e) determinados advérbios:

Lembra-se onde a deixou.
Essa lembrança sempre me perturbou.
Já me contaram toda a verdade.
Quanto mais se estuda, menos se sabe.
Os móveis ainda nos servem.
Como se faz isso?
Aqui se vive bem!
Bem se notam suas tentativas de fraude.

f) as conjunções coordenativas alternativas: ora ... ora, ou ... ou, quer ... quer:

A pessoa bipolar, ora se deprime, ora se alegra.
Ou nos entendemos agora, ou nos arrependeremos depois.
Quer nos elogie, quer nos ofenda, suas palavras são despidas de emoção.

g) o vocábulo só, com significado de apenas, somente:

Os políticos só se dirigem ao povo em épocas eleitoreiras.


Ele só se dedica ao trabalho quando lhe falta dinheiro.

h) palavras ou expressões exclamativas iniciando oração:

Quanto nos esforçamos naquele trabalho!


Como te glorias de feitos medíocres!
i) advérbio ou pronome interrogativo iniciando frases interrogativas:

Quem se importa com isso?


Por que te calaste?
Quando me promoverão?

j) sujeito anteposto ao verbo nas orações optativas:

Os bons ventos o levem!
Os anjos te protejam!
A vida lhe seja favorável!

Observação: O português falado no Brasil apresenta a predominância da próclise. Isso se


explica pela tendência fonética de certas formas pronominais oblíquas, que se caracterizam
como semitônicas em vez de puramente átonas. Exemplos:

Me vende dez pães!


Tivemos de nos entender.
Ela vai se casar.
Podes te sentar.
Eles estão te chamando.
Te chamamos aqui para te dar uma boa notícia.
Juliana se saiu bem.

Colocação Pronominal

ÊNCLISE
Autor: Equipe Mundo Texto

Ocorrerá a ênclise dos pronomes oblíquos átonos:

a) em frases iniciadas por verbo, desde que este não esteja no futuro:

Comunicaram-me o fato hoje cedo.


Deram-lhe as recompensas.
Vestimo-nos e fomos embora.
Foram-se as esperanças.
b) nas frases imperativas afirmativas:

Encontre o Márcio e dê-lhe a notícia.

c) nas orações reduzidas de gerúndio, quando nelas não houver, antes do verbo:

        — a preposição expletiva em;


        — palavras que exijam a próclise;
        — um advérbio, modificando-o.

Exemplo:

O ladrão aproximou-se do sujeito, furtando-lhe a carteira.

Exemplos de situações de próclise nas orações reduzidas de gerúndio, conforme os casos


vistos acima:

Em se tratando de solo de violão Djalma é imbatível. (Com preposição expletiva em)


Não lhe podendo prestar esse favor, fiquei me culpando até hoje. (Com palavras que exijam a
próclise.)
Ele manifestou desinteresse, nada nos trazendo para incrementar a discussão. (Com um
advérbio, modificando o verbo.)

d) referente aos pronomes o, a, os, as com infinitivo não-flexionado precedido da preposição a.


Exemplos:

Saiu a procurá-lo por toda a cidade.


Começaram a instigá-la.

Observação: se o infinitivo não estiver flexionado, ocorrerá a próclise. Exemplo:

Perderam o emprego por nos ofenderem sem motivo.

0o0-0o0-0o0

É indiferente a colocação do pronome oblíquo átono antes ou depois do verbo, mesmo que
esteja presente o advérbio não, quando o infinitivo impessoal vier acompanhado da
preposição para. Exemplos:

Saí para atendê-lo.
Saí para o atender.
Permaneci na sala para "não" irritá-lo.
Permaneci na sala para "não" o irritar.
Observação: a intercalação do advérbio "não" entre o pronome proclítico e o verbo, embora
em desuso, não constitui erro. Exemplos:

Desejo que te não decepciones, amiga!


Já me não recordo tão bem quanto antes.
Existem segredos que se não revelam.

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