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Flambagem de Euler

Leonhard Euler, 1744

P P x

configuração ligeiramente fletida


x
l
y e z são eixos principais

Em uma posição determinada pelo coordenada x: M z = Py

d2 y Mz
Como = −
d x2 EI

d2 y P
+ k2 y = 0 onde k2 =
resulta dx 2 EI

solução y = A sin kx + B cos kx


Flambagem de Euler

solução: y = A sen kx + B cos kx

condições de contorno:
y=0 para x=0, resultando B = 0 e
y=0 para x= l
resultando A sen kl = 0

Esta última equação pode ser satisfeita de três maneiras possíveis:


A = 0, que significa que a barra não tem deflexão alguma, permanecendo reta

kl = 0, que signica que nenhuma carga está sendo aplicada

kl = nπ, que é a condição que interessa, quando ocorre a flambagem da barra.


Flambagem de Euler

Assim:

2
 nπ  P n 2 π 2 EI
  = ⇒ P=
 l  EI l2

fazendo-se n=1 (barra com articulações em ambas extremidades),


a carga crítica de Euler é dada por

π 2 EI
Pcr = 2
l
fazendo I=Ag r2

π2 E
σ cr =
(l r )2
Tensões residuais

Tensões residuais são tensões que permanecem em uma barra após o processo
de fabricação que lhe dá forma. Tais tensões resultam de deformações plásticas,
que no aço estrutural podem resultar de diferentes fontes:
(1) resfriamento não uniforme que ocorre após o processo de laminação;
(2) dobragem ou calandragem a frio durante a fabricação;
(3) operações de puncionamento e corte durante fabricação; e
(4) soldagem.
Análise considerando imperfeição inicial
P P
e e0 x

configuração ligeiramente fletida


x
l
y e z são eixos principais
Considerando-seque a força normal é aplicada com uma excentricidade inicial,
qual o valor da força normal que leva ao escoamento da fibra mais comprimida?
Isto é
N Ne
+ ≤ f
A W g g
y

onde e é a excentricidade da carga no meio do vão:

1 π 2 EI
e = e0 , onde Ne = 2
N l
1−
Ne
Análise considerando imperfeição inicial

Fazendo

N A g e0 Ag f y
ρ= , η= e λ=
Ag f y Wg Ne

N Ne
e substituindo-se em + ≤ f
A W g g
y

 
resulta

ρ 1+η
1  ≤ 1
 2
 1 − ρ λ 
2
1 + η+ λ
Fazendo-se β= 2
λ
2 1
resulta ρ=β− β −
λ2
Análise considerando imperfeição inicial
Assim sendo, o escoamento da fibra mais comprimida dar-se-á quando a
força normal atingir o valor correspondente a r calculado, isto é

N = ρ Ag f y
Entretanto, a dedução acima foi desenvolvida considerando-se que a barra
encontra-se em regime elástico até a flambagem, o que não é verdade, tendo em
vista que tensões residuais presentes na seção transversal fazem com que a
relação η não se mantenha constante. Para levar em conta esse efeito, a
NBR 8800/86 utiliza a seguinte relação

η = α λ 2 − 0.04

Adicionalmente, introduz um parâmetro Q para levar em conta a flambagem


local do elementos que compõem a seção transversal da barra.
Dimensionamento à compressão segundo a
Norma brasileira NBR-8800/86

Qf 1 
− 0.04 + λ 
1 KL y 2 2
λ=
π r E
β= 2

1+ α λ 
λ
2 1
ρ =β− β − 2
( ρ = 1,00 para 0 ≤ λ < 0,20)
λ
N d ≤ φc N =φ n c
ρQ A f
g y
onde φc = 0,90

Os valores de “α” variam de acordo com os tipos de seção e eixos de


flambagem, de acordo com a Tabela 3,
α = 0,158 para a curva “a”
α = 0,281 para a curva “b”
α = 0,384 para a curva “c”
α = 0,572 para a curva “d”
K = parâmetro de flambagem (ver 5.3.2)
ℓ = comprimento real, não contraventado.
r = raio de giração da seção transversal bruta, relativo ao eixo em torno do qual se
dá a flambagem
Q = 1,0 para seções cujos elementos tem relações b/t iguais ou inferiores às
dadas na Tabela 1 para seções classe 3, solicitadas por força normal. Não se
cumprindo esta condição tem-se Q < 1,0 (ver Anexo E)
ρ

λ
Curvas de flambagem

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