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Complementos de
Termodinâmica e Fluidos (CTF)
10 a 50 x
[https://askabiologist.asu.edu/content/ant-factoids]
1
Exemplo ilustrativo 2: How a fly flies?
How a fly flies? [3] Modelação (estudo experimental):
https://www.youtube.com/watch?v=KQI9yZX8HzM
Re ~ 130 Re ~ 130
[https://askabiologist.asu.edu/content/ant-factoids]
Interesse e Objetivos
Princípio da homogeneidade
dimensional
H = (Pa-Pi)/(rg )
2
Interesse e Objetivos
IV) Em que condições se deve testar, em laboratório, um dado modelo?
(Submarino Albacore, 1950)
Interesse e Objetivos
V) Como transpor os resultados medidos em laboratório (p.ex., túnel de
vento), num modelo, construído à escala, para a realidade (protótipo)?
(Burj Khalifa, Dubai, ~830 m)
https://en.wikipedia.org/wiki/Burj_Khalifa
[https://www.skyscrapercenter.com/tallest-in-2020]
3
Exemplo ilustrativo 3: Pizza party
Situação A Situação B
wA
wB 2m
mola : Fk l
wB / wA = ?
4
Princípio da homogeneidade dimensional:
Tópicos
Análise dimensional
Homogeneidade dimensional
Poder de compactação
Método do produto de potências
Método P de Buckingham
Modelação e Semelhança
Grupos adimensionais em Mecânica de Fluidos
Grupos adimensionais em Transmissão de Calor
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Compactação: exemplo experimentação
Qual a força de resistência (FD) a que está sujeito um veículo, de
dimensão l, quando se desloca através de um fluído (propriedades:
r, m) com velocidade V?
FD = F ( V , r, m, l )
Compactação
Exemplo: FD depende de n (=4) variáveis: V, r, m, l ?
FD (r1, m1, l1 ) const. FD (V1, r, m ) const.
(V2,V3, …, V10)
FD= F ( V , r, m, l )
6
Méritos e limitações
DV 1 2
grad p g V
Dt r
análise integral (teórica) | Cap. 4
Métodos de abordagem análise diferencial (teórica) | Cap. 5
análise dimensional (teór. e experimental)
Relevância:
I) Compacidade. Ex:
0 rVd
0 G V, r, m, d, F m ,d (Moody)
rV 2
7
Método do Produto de Potências:
[John William Strutt (1842 – 1919), aka Lord Rayleigh] (Método indicial)
b c d
MLT 2 L LT 1 ML3 ML1T 1
a
Homogeneidade dim.:
Teorema P de Buckingham:
(Edgar Buckingham (1867 – 1940))
n = NV ; j ≤ ND ; k= NP ► NP = NV – ND
8
Teorema P de Buckingham: “algoritmo”
Resumo: como formar grupos adimensionais?
Passo 1: Listar todas as n variáveis envolvidas;
Passo 2: Listar as dimensões fundamentais das n variáveis;
Passo 3: Verificar se existem j (≤ nr. de dimensões fundamentais)
variáveis que satisfaçam os seguintes requisitos:
(i) envolvam todas as dimensões fundamentais (do passo 2);
(ii) não formam um grupo adimensional entre si;
Passo 4: Escolher as j variáveis que se repetem (“variáveis base”);
(sugestão: uma var. dimensional, uma var. cinemática, uma prop.
do fluido. Não escolher a var. dependente)
Passo 5: Determinar os k (= n-j) grupos adimensionais, juntando,
progressivamente, uma nova variável ao grupo das j que se
repetem
Passo 6: Escrever a relação funcional entre todos os p’s
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d, r,V satisfazem.
j=3 , k=n-j=6-3=3 P1, P2, P3 )
9
Teorema P de Buckingham: exemplo de aplicação
P1 V a rb d cm ( V a rb d cm000 )
M : 0 b 1 L : 0 a 3b c 1 T : 0 a 1
m 1
P1 V 1r1d 1m P1
Vrd Re
analogamente :
P 2 V a rbd c 0 ( V a rbd c 0m00 ) P 2 20
V r
P 3 V a rbd c ( V a rbd c00m0 ) P 3
d
8 0 rdV
f F m ,d ( Moody )
V 2r
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P i m P i p (i 2, 3,..., k ) P 1m P 1 p
10
Compactação: Semelhança
• Exemplo: Escoamento em torno de
cilindro com d=1mm (vários fluidos
e diversas velocidades)
[Sk20]
rVd
CD ( )
m
[Sa19]
Compactação: Semelhança
• Exemplo: Escoamento em torno de um cilindro com superfície lisa
Compilação de resultados experimentais, obtidos com vários gases e líquidos; d a
variar entre menos de 1 mm até vários metros. Cilindro bidimensional: (L/d)
FD rVd
C D (Re) ( )
1 rV 2 l
2 m
2
Afrontal
FD
1 2 : cilindro
2 rV l d
CD FD
: esfera
1 rV 2 pd 2
2 4
Cilindro; [doi:10.3390/sym1204065]
[2]
11
Semelhança física
P i m P i p (i 2,3,..., k) P 1m P 1p
• Semelhança geométrica
O modelo e protótipo devem ter a mesma forma; i.e., a relação
das correspondentes dimensões lineares (L), entre o protótipo e
o modelo, deve ser constante.
• Semelhança cinemática
A velocidade (L , T) entre pontos homólogos, no modelo e
protótipo, diferem por um fator de escala constante.
• Semelhança dinâmica
As forças (L, T, M) no modelo e no protótipo relacionam-se por
um fator de escala constante.
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Semelhança geométrica
• Semelhança geométrica (semelhança de forma)
Um modelo é geometricamente semelhante ao seu protótipo se, e apenas se, a
relação entre comprimentos (L) for a mesma nos dois sistemas (ou seja, se
todas as suas dimensões, nas três direções, tiverem a mesma relação de
escala).
Todos os ângulos são preservados, assim como as direções do escoamento.
Pontos homólogos : coordenadas geometricamente semelhantes. Escala: a=Lm/Lp
Semelhança cinemática
• Semelhança cinemática (semelhança de movimento)
O modelo e protótipo devem ter a mesma relação de escala de comprimentos e a
mesma relação de escalas de tempo (apenas envolve L e T, não M);
=> a relação de velocidades (e acelerações) será a mesma nos dois sistemas
Os movimentos de dois sistemas possuem semelhança cinemática se partículas
homólogas estiverem em pontos homólogos em instantes homólogos
V V
V V
p m
[2]
13
Semelhança cinemática
Escalas de tempo equivalentes requerem a igualdade de parâmetros
adimensionais tais como, por exemplo, do número de Froude, ou Mach.
L a L
m p
Vm Vp
Fr Fr V V a
m g Lm gL p p m p
tm L V
m m t t a
t p Lp V p m p
[2]
Semelhança dinâmica
• Semelhança dinâmica (semelhança de forças)
A semelhança dinâmica existe entre dois sistemas quando, entre ambos, existir a
relação de comprimentos, relação de escalas de tempo, e relação de forças.
Envolve semelhança de comprimentos (L), tempos (T) e também de forças (M)
Necessária a (Semelhança geométrica + Semelhança cinemática) + …
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Semelhança dinâmica
• Semelhança dinâmica (semelhança de forças) DV
r grad p rg m 2 V
Dt
F p L2 F g r L3 F m u A m V L2 m V L F m a r L3 V / t r L3 V /(L /V )
p g v y L i
r L2 V 2 r L3 L
t2
A semelhança dinâmica verificada se as seguintes relações de forças se verificarem:
F F Nr. Adim.
Relação de forças Exemplos de aplicação
i i
Re p F Re m F
v p
Re Inércia/Viscosidade Escoamentos subsónicos em torno de corpos
v m (Reynolds) (rVL/m) “imersos” (ex: carros, edifícios)
Fr Inércia/Gravidade Escoamentos com superfície livre (ex: rios, barco,
F F
(V2/(gL)) submarino a profundidade reduzida, que provoque
(Froude)
i
Fr p i Fr m F a formação de ondas)
F
g g Pressão/inércia Possibilidade de ocorrência de cavitação.
p m Eu
(Euler) (p/(rV2))
Fr Fr V V a
• => Igualdade de Fr m p m p
m V m Lm 3/2
a
p V p Lp
Se fluidos iguais entre (m) e (p):
Re Re V V /a
m p m p
Fr Fr V V a
m p m p
Solução: respeitar o parâmetro mais
Protótipo Modelo
importante; “corrigir” p/ outros.
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Modelação em laboratório: Túnel ; Canal
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Parâmetros adimensionais: Transmissão de Calor
Análise Dimensional:
Bibliografia adicional
[Le17] A Student ’ s Guide to Dimensional Analysis”, Cambridge University Press, Don S. Lemons (2017)
[Sa19] “A First Course in Dimensional Analysis: simplifying complex phenomena using physical insight”. MIT Press.
Santiago, J. (2019)
[Sk20] “The significant impact of ribs and small-scale roughness on cylinder drag crisis”. JWEIA, 202, 104192, Skeide, A.K.
(2020)
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