O estado final da superfície do molde deve ser devidamente especificado, já que por vezes se

pretende obter nos vulcanizados determinados tipos de superfícies

(brilhantes, mates ou texturizadas). Os tipos mais correntes de acabamento superficial dos
moldes são a cromagem (cromo duro), nitruração, texturização, vários tipos de decapagem
(mecânica ou química) e por vezes acabamentos especiais (por exemplo, o revestimento com
teflon).

No fabrico de qualquer tipo de molde são utilizadas várias técnicas, tais como a fundição,
soldadura e conformação e várias operações de maquinagem convencional e não convencional.
A execução do molde deve responder a vários tipos de requisitos. Um deles é o que diz respeito à
condição da sua superfície. Não somente importante para o aspecto visual e estético dos
artefactos a produzir mas, muito particularmente, pelo seu importante contributo para uma
maior facilidade na operação de desmoldagem.

Muitas das operações de maquinagem dão origem a superfície muito diversas, com uma maior
ou menor rugosidade. Estes tipos de superfície normalmente não estão em conformidade com o
exigido e assim têm de ser efectuadas as operações que conduzam à obtenção do tipo de
superfície requerido (pode ser, por exemplo, uma superfície bem regular, mate, brilhante ou
com um determinado tipo de textura).

Na Figura 7 podem ser observadas as rugosidades obtidas em diversos processos de

maquinagem e as que são obtidas em vários processos de uniformização e acabamento.
 Figura 7 – Processos e rugosidades

A norma ISO 1302:2002-02 — Geometrical Product Specifications (GPS) – Indication of surface

texture in technical product documentation estabelece doze níveis ou graus de rugosidade
superficial (Quadro 12), define os correspondentes valores de Ra, Rt e Ry e respectivos
símbolos.
Sendo:

 Rugosidade Média (Ra): média aritmética de todos os valores das ordenadas Z(x)
(afastamentos dos pontos do perfil de rugosidade em relação à linha média), dentro do
comprimento de avaliação lm.
 Altura total do perfil (Rt): é a soma da altura do pico mais alto do perfil com a maior
profundidade da maior depressão do perfil, dentro do comprimento de avaliação lm.