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Resumo
As ligas de alumínio são frequentemente utilizadas na indústria buscando a redução de
massa com ótimas propriedades mecânicas. No torneamento externo, em algumas
situações, estas ligas podem gerar cavacos contínuos que avariam a superfície usinada.
O dispositivo Mínima Quantidade de Fluido (MQF) é uma alternativa nestes casos,
atomizando o fluido lubrirrefrigerante fazendo com que uma pequena quantidade do
fluido seja aplicada na região do corte com eficiência. Neste trabalho, utilizou-se a liga
de alumínio 6351-T6 para analisar a influência dos parâmetros de entrada (velocidade
de corte (vc), profundidade de corte (ap) e avanço (f)) no torneamento externo de
acabamento, comparando a usinagem a seco e com MQF. Para tanto, utilizou-se a
metodologia de projeto de experimentos Box-Behnken Design (BBD) para identificar
os fatores mais influentes sobre a rugosidade, fornecendo também a combinação ótima
dos parâmetros (vc, f e ap). Os menores níveis de rugosidade (Ra = 0,696 μm e Rz =
4,271 μm) foram obtidos utilizando o avanço em seu menor nível (f = 0,05 mm/rot). A
utilização do MQF auxiliou na lubrificação da interface ferramenta-peça, reduzindo o
atrito e consequentemente melhorando o corte e acabamento da peça na maioria dos
experimentos realizados. De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que o
avanço é o fator com maior influência na textura da superfície usinada, alcançando 92%
de influência na rugosidade. Quando a usinagem é realizada a seco, a profundidade de
corte (ap) necessita ser menor devido ao emaranhamento do cavaco, que pode ocasionar
o riscamento da peça.
Palavras-chave: Mínima Quantidade de Fluido; Projeto de experimentos; Qualidade
da superfície usinada.
Abstract
Aluminum alloys are frequently used in the industry seeking mass reduction with
excellent mechanical properties. In external turning, these alloys can generate
continuous chips that damage the machined surface in some situations. The
Minimum Quantity of Fluid (MQF) device is an alternative in these cases, atomizing
the lubricating-refrigerant fluid causing a small amount of the fluid to be applied in
the region of the cut efficiently. In this work, we used aluminum alloy 6351 T6 to
verify the input parameters (cutting speed (vc), depth of cut (ap), and feed (f)) in
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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na disciplina de TCC II, orientado pelo docente Me.
Rafael Farias Garcia, do curso de Engenharia Mecânica da Universidade do Vale de Taquari.
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Graduando em Engenharia Mecânica pela Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, RS,
Brasil. E-mail: darlei.heinirichs@universo.univates.br
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external finishing turning, comparing the machining conditions dry and with MQF.
Box-Behnken Design (BBD) experiment project was used to identify the most
influential factors on roughness, providing the optimal combination of parameters
(vc, f, and ap). The lowest roughness levels (Ra = 0.696 μm and Rz = 4.271 μm)
were obtained using the feed at its lowest level (f = 0.05 mm/rev). The use of MQF
helped in the lubrication of the tool-part interface, reducing friction and consequently
improving the cut and finishing of the part in most of the experiments carried out.
According to the results, we verified that the feed is the factor with the greatest
influence on the texture of the machined surface, reaching 92% of the influence in
roughness. When machining is carried out dry, the depth of cut (ap) must be smaller
due to chip entanglement, which can cause the part to be scratched.
Keywords: Minimum Quantity of Fluid; Design of Experiments; Machined surface
quality.
1 Introdução
As ligas de alumínio são amplamente utilizadas em aplicações de engenharia,
especialmente devido ao seu baixo peso específico e sua boa resistência mecânica
quando associadas a outros elementos de liga, sendo principalmente utilizadas na
redução de massa sem perda de propriedades mecânicas em comparação ao aço. Muitas
peças fabricadas com ligas de alumínio exigem um alto nível de acabamento da
superfície usinada o que requer processos otimizados que possibilitem a geração de
superfícies com baixos níveis de rugosidade e a alta produtividade do processo
(GONÇALVES, 2016).
1.1 Usinabilidade da liga de alumínio 6351-T6
Nos processos de usinagem das ligas de alumínio, embora seja um material de
fácil corte, verifica-se que a usinabilidade não é tão boa devido à alta ductilidade do
material. Essa característica tende a gerar cavacos contínuos, que são prejudiciais à
qualidade da superfície usinada e ao processo em si, dificultando o acesso de fluidos
refrigerantes à região de corte (CUNHA, 2012).
O comportamento da formação do cavaco e usinabilidade das ligas de alumínio
pode ser afetada pela variação de alguns elementos de liga, por impurezas, por variações
e pelos processos de fundição e tratamento térmico. Os elementos de liga Fe, Mn, Cr,
contribuem para a formação de partículas duras, que também auxiliam na quebra do
cavaco. O Mg auxilia na resistência à corrosão, aumenta a dureza do cavaco, reduz o
atrito entre o cavaco e a ferramenta, logo, aumenta a usinabilidade do material. O Si
aumenta a abrasividade da peça e acelera o desgaste da ferramenta com o aumento da
fase primária do silício. O Cu forma o intermetálico CuAl2, que fragiliza o cavaco. O
Zn influencia na usinabilidade do material, pois aumenta a dureza e a facilita a quebra
do cavaco. A presença do Ti intensifica o desgaste por adesão e difusão da ferramenta
de corte quando há a presença deste mesmo elemento na sua cobertura. Neste caso, é
preferível utilizar uma ferramenta sem cobertura de Ti, de forma que não ocorra uma
interação devido à afinidade físico-química entre os elementos químicos da ferramenta e
peça (DINIZ; MARCONDES; COPPINI, 2013).
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1.2 Textura de superfície usinada
Para Lima (2019), cavaco é o material que é retirado da peça durante a usinagem,
podendo ter aspectos distintos. Sua formação é influenciada diretamente pela
combinação dos fatores de entrada (variáveis independentes) no processo (vc, f e ap),
geometria da ferramenta, utilização ou não de fluido de corte e material da peça. Todos
estes fatores podem afetar a qualidade da textura da superfície usinada.
A rugosidade das superfícies usinadas são as irregularidades deixadas pela
máquina-ferramenta durante o processo de corte. Segundo Agostinho et al. (1986), estas
irregularidades têm grande influência na vida à fadiga do componente, na transmissão
de calor entre duas superfícies e na lubrificação de duas peças ajustadas. Para medição
da rugosidade, comumente se adota uma linha média paralela à direção geral do perfil e,
utiliza-se um rugosímetro que se baseia na medida da profundidade da rugosidade.
Dentre os parâmetros de rugosidade, pode-se destacar a rugosidade média (Ra) e a
rugosidade média parcial (Rz).
O Ra é uma média aritmética dos valores absolutos y dos n pontos do perfil de
rugosidade em relação à linha média num dado comprimento de amostragem.
O Rz é o valor médio de cinco valores absolutos de maior afastamento Rzi, isto é, a
medida entre o pico mais alto e o vale mais profundo, existente dentro do cut-off, que é
1/5 do comprimento de amostragem.
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a tecnologias de revestimentos visando a eliminação dos fluidos de corte dos processos
mostrando uma tendência de que a usinagem caminha para a utilização da usinagem
totalmente a seco. A usinagem totalmente a seco ainda não é uma realidade, em alguns
casos, devido à baixa usinabilidade de alguns materiais. Uma alternativa a estas
questões, com um ótimo custo-benefício, é o método da Mínima Quantidade de Fluido
(MQF), que aplica uma névoa de fluido biodegradável puro na região de corte
(MACHADO et al., 2009).
A usinagem contínua tem como uma de suas características, a dificuldade de
lubrificação no ponto de atrito entre a peça e a ferramenta. Para isso, foi desenvolvido
um dispositivo que atomiza o fluido lubrirrefrigerante a uma alta pressão, método
chamado de Mínima Quantidade de Fluido (MQF) ou Reduzida Quantidade de
Lubrificante (RQL). Estes métodos são comumente aplicados com vazões de fluido
entre 50 e 1000 ml/h (RAHIM; DORAIRAJU, 2018).
1.4 Projeto e análise de experimentos
Devido à alta quantidade de variáveis de entrada envolvidas nos processos de
torneamento, é muito difícil prever resultados com precisão. Assim, utilizam-se
métodos de experimentação para testar uma ou mais dessas variáveis e verificar sua
influência nos resultados. Neste sentido, um método de testagem frequentemente
utilizado é o Box-Behnken Design (BBD), que experimenta a interação de todos os
fatores previamente selecionados em três níveis, excluindo as interações em seus níveis
mais severos e repetindo três vezes seus pontos médios. A aplicação desse método
oportuniza a otimização estatística dos resultados, fazendo uso de um menor número de
ensaios e de forma confiável (CARVALHO, 2018).
O design Box-Behnken de três fatores requer apenas 12 ensaios, mais as três
repetições no ponto central. Além disso, cada fator é estudado em apenas três níveis,
uma característica importante em algumas situações experimentais.
De acordo com Feix (2019), o projeto de experimentos permite avaliar os efeitos
dos fatores relacionados no processo através da utilização de meios estatísticos, sendo
possível, portanto, encontrar a condição ótima para os fatores estudados. Conforme
Baumgaertner Filho, (2017), a modelagem de experimentos BBD representa um projeto
de experimentos de três níveis fatoriais incompletos de segunda ordem, que associa uma
superfície de resposta a um gráfico de contorno. Esse método permite a análise de dados
de forma confiável, com poucos experimentos quando comparado a outros métodos de
projetos de experimentos. A vantagem da utilização do BBD é de não haver a
combinação de todos os fatores em seus níveis mínimos e máximos em apenas um
experimento, o que evita as condições extremas que podem induzir resultados não
satisfatórios (FEIX, 2019).
Para avaliar os resultados obtidos no BBD deve-se utilizar a tabela de coeficientes
de regressão e a probabilidade de significância (valor-p) para criar uma análise de
variância (ANOVA). O valor-p determina a significância estatística das variáveis de
entrada de entrada (Ap, f, vc), sendo considerados significativas as variáveis que
tenham seu valor atribuído menor que o nível de significância estipulado (GARCIA,
2019).
Ainda, para complementar o estudo, o coeficiente de determinação (R²) é utilizado
para representar o percentual da variação da variável de entrada (independente), sendo
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possível ser explicada pela equação de regressão. Utiliza-se o R² para determinar o nível
de ajuste do modelo, quanto maior o ajuste, melhor o modelo representa os valores. Em
situações em que o R² for maior que 70% o modelo ajuste é aceitável (FEIX, 2019).
2 Desenvolvimento
Utilizando as variáveis independentes (vc, f, ap) no torneamento a seco e com
lubrirrefrigeração MQF, verificou-se a qualidade da superfície usinada da liga de
alumínio 6351-T6.
2.1 Configuração do corpo de prova
Para o torneamento, foram utilizados 5 corpos de prova com comprimento total de
200 mm de comprimento e 50,8 mm de diâmetro, sendo, em cada um deles, realizada a
usinagem em 6 amostras, demarcadas conforme mostrado na figura 1. O comprimento
de usinagem para cada amostra é de 30 mm, sendo que 20 mm foram utilizados na
fixação da peça na placa de castanhas. A outra extremidade do corpo de prova foi fixada
com auxílio de um contraponto rotativo.
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Figura 1 – Corpo de prova
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caracteriza o conjunto MFDP.
Figura 3 – Caracterização do conjunto MFDP
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μm, mesmos níveis de rugosidade encontrados nos experimentos. A figura 4 mostra a
realização das medições de rugosidade.
Figura 4 – Medição da rugosidade
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3 Resultados e discussões
Variáveis resposta
Variáveis de entradas
independentes Torneamento com Torneamento a
Sequência dos passes MQF seco
(amostra)
vc f ap Ra Rz Ra Rz
(m/min) (mm/rot.) (mm) (μm) (μm) (μm) (μm)
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parâmetros. Porém, no corte a seco foi observado que em alguns casos ocorreu
adesão do material na superfície de saída da ferramenta de corte, sendo que no corte
com MQF o mesmo comportamento não foi observado devido ao baixo atrito gerado
pelo processo de lubrirrefrigeração.
Figura 6 - Gráfico comparação MQF e seco para rugosidade Ra
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Figura 8 – Análise das menores rugosidades no torneamento com MQF e a SECO
As figuras 10a e 10b apresentam gráficos de contorno para Ra, evidenciando que
o fator mais relevante na rugosidade, tanto para usinagem a seco como com MQF, foi o
avanço (f). A figura 10c também apresenta o mesmo comportamento sendo que se
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mantém constante o ap e menores valores de Rz são obtidos com menores avanços
quando se utiliza o MQF. Na figura 10d, quando o torneamento é a seco, percebe-se
uma tendência de menores valores de Rz com menores profundidades de corte (ap).
Figura 10 – Gráficos de contorno interação entre f e ap
MQF SECO
(a) (b)
(c) (d)
Fonte: O autor (2022).
As figuras 11a e 11b mostram a interação entre ap e vc. Percebe-se, neste caso
que, menores valores de Ra são obtidos com valores médios de ap e vc, sendo que no
corte a seco (fig. 11b) há uma tendência de encontrar menor Ra com uma combinação
do nível mais baixo de vc com o maior e menor ap evidenciando que a profundidade de
corte não é um fator significativo sobre Ra. As figuras 11c e 11d ilustram que o ap
apresenta certa influência sobre Rz especialmente quando se utiliza o menor nível de ap
no corte a seco com maior vc.
MQF SECO
(a) (b)
(c) (d)
Fonte: O autor (2022).
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Na figura 12, percebe-se que o avanço (f) também foi o parâmetro mais
significativo sobre Ra na interação entre vc e f, tanto para o MQF, quanto para o corte a
seco conforme apresentam as figuras 12a e 12b. O mesmo comportamento foi
observado para Rz de acordo com as figuras 12c e 12d.
MQF SECO
(a) (b)
(c) (d)
Fonte: O autor (2022).
Ra MQF SECO
Fator SQ GDL MQ Valor-p % SQ GDL MQ Valor-p %
vc 0,155 1 0,155 0,267 0,072 0,329 1 0,329 0,013 0,135
f 197,806 1 197,806 0,000 91,725 219,430 1 219,430 0,000 89,826
ap 0,007 1 0,007 0,803 0,003 0,007 1 0,000 0,988 0,003
v c2 0,030 1 0,030 0,604 0,014 0,115 1 0,115 0,077 0,047
f2 16,367 1 16,367 0,000 7,590 23,938 1 23,938 0,000 9,799
ap2 0,196 1 0,196 0,220 0,091 0,002 1 0,002 0,807 0,001
vc f 0,170 1 0,170 0,248 0,079 0,049 1 0,049 0,207 0,020
vc a p 0,026 1 0,026 0,628 0,012 0,003 1 0,003 0,726 0,001
f ap 0,397 1 0,397 0,102 0,184 0,294 1 0,294 0,016 0,120
Erro 0,497 5 0,099 0,230 0,116 5 0,023 0,047
Total 215,691 14 224,274 14
R² = 99,77% R2ajust = 99,35% R² = 99,95% R2ajust = 99,87%
Fonte: O autor (2022).
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Na tabela 4 observa-se o mesmo comportamento da tabela 3, onde o fator f e seu
quadrado f² tiveram maior significância, tendo proporção de 58,874% e 39,697%
respectivamente no torneamento com MQF enquanto no torneamento a seco a
proporção foi de 80,829% para f e 12,131% para f², também para valor-p 0,05.
Rz MQF SECO
Fator SQ GDL MQ Valor-p % SQ GDL MQ Valor-p %
vc 6,47 1 6,47 0,210 0,121 1,43 1 1,43 0,755 0,040
f 3141,95 1 3141,95 0,000 58,874 2897,13 1 2897,13 0,000 80,829
ap 0,48 1 0,48 0,711 0,009 82,38 1 82,38 0,054 2,298
v c2 1,96 1 1,96 0,465 0,037 8,52 1 8,52 0,457 0,238
f2 2132,93 1 2132,93 0,000 39,967 434,80 1 434,80 0,002 12,131
ap2 23,50 1 23,50 0,041 0,440 19,45 1 19,45 0,277 0,543
vc f 2,40 1 2,40 0,421 0,045 3,55 1 3,55 0,624 0,099
vc a p 8,31 1 8,31 0,164 0,156 91,22 1 91,22 0,046 2,545
f ap 3,08 1 3,08 0,367 0,058 30,16 1 30,16 0,190 0,841
Erro 15,65 5 3,13 0,293 65,54 5 21,74 0,437
Total 3432,96 14 3659,55 14
R² = 99,54% R2ajust = 98,72% R² = 98,21% R2ajust = 94,99%
Fonte: O autor (2022).
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As figuras 13c e 13d, mostram os resultados de rugosidade estimados para a
combinação dos fatores obtidos na otimização.
Figura 13- Combinação ótima dos parâmetros de entrada (vc, f e ap) no torneamento com MQF e a seco.
(a) Níveis para torneamento com MQF (b.) níveis para torneamento a seco
(c.) Níveis para torneamento com MQF (d.) níveis para torneamento a seco
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Na figura 14 observa-se que a falta de um meio lubrirrefrigerante fez com que
houvesse maior atrito na interface ferramenta, levando à uma rugosidade ligeiramente
maior na condição a seco (figuras 14d, 14e e 14f) comparada ao ensaio com MQF
(figuras 14a, 14b e 14c) .
Figura 14 – Análise da rugosidade no torneamento com MQF e a SECO com parâmetros otimizados.
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• No torneamento externo com MQF, foi possível observar níveis aceitáveis
para o torneamento de acabamento com alta taxa de remoção de cavaco
(𝑄̇ ) em relação ao torneamento a seco, cerca de 275% superior, mostrando
que foi possível obter um ótimo nível de acabamento com maior
produtividade no processo.
• Devido às características do processo, o emaranhamento do cavaco foi
prejudicial ao acabamento da peça usinada, visto que, em alguns casos,
prejudicou o acesso do fluido lubrirrefrigerante na região de corte e
quando ficou enrolado na peça acabou gerando riscos na superfície
usinada;
• A utilização de fluido lubrirrefrigerante, nos casos em que se fazem
necessários níveis de rugosidade de processos posteriores (retífica)
mostrou-se eficiente pois reduz o atrito na interface ferramenta-peça e
auxilia na expulsão do cavaco na região do corte.
• O método MQF, utilizando fluido lubrirrefrigerante biodegradável com
vazão de 550 ml/h, oferece ao processo a não geração de resíduos para
descarte, alcançando os objetivos do conceito de usinagem ecologicamente
correta.
Agradecimentos
O autor agradece à Univates, pela utilização do Laboratório de Usinagem CNC,
à Bondmann Química, pelo fornecimento do fluido lubrirrefrigerante biodegradável
WAY 45-V utilizado para a realização deste trabalho; ao Senai Lajeado, pela utilização
do rugosímetro para as medições de rugosidade.
Referências
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6351 - Avaliada Através de Força de Corte e Acabamento Superficial. 2012, 100 f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia, 2012.
FERRARESI, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais. 12. ed. São Paulo: Editora
Edgard Blücher, 2018. 18 ed.
MACHADO, A. R.; et al. Teoria da usinagem dos materiais. São Paulo: Editora
Edgard Blücher Ltda, 2009.
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