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OPERADOR

DE
GUINDAUTO

Esta apostila visa o estabelecimento de parâmetros e procedimentos práticos que possam ser
aplicados ou incorporados em sua sistemática de trabalho.

Considerando que a utilização do equipamento é ferramenta básica de trabalho na área de


atividade da empresa, evidencia-se como sendo de fundamental importância o adequado tratamento
aos aspectos ligados à S E G U R A N Ç A , uma vez que a prática tem demonstrado a elevada
incidência de acidentes, envolvendo equipamentos e que, via de regra, implicam em graves
repercussões em todo o processo de produção, ou seja, quanto a danos físicos, comprometimento
de cronogramas executivos e custos.

A S E G U R A N Ç A na operação do G U I N D A U T O
não pode ser fator circunstancial, analisando apenas no momento de executar a tarefa,
mas sim o resultado de um processo no qual a estão intimamente ligadas
SEGURANÇA,
MANUTENÇÃO,
ADEQUAÇÃO TÉCNICA DE EQUIPAMENTO
E DA MÃO-DE-OBRA

Os Guindautos são fabricados e projetados para proporcionar muitos anos de bons serviços.
No entanto, a peça considerada mais importante é o operador da máquina.
Para ter-se um bom rendimento do equipamento, é necessário muita prática e habilidade do operador.

Movimentos suaves e bem planejados facilitam o trabalho e mantêm a segurança do mesmo, bem
como as próprias condições de operação.

O cuidado na lubrificação e manutenção diária determinarão a eficiência com que ele irá trabalhar.
O Guindauto é garantido para ser usado dentro das capacidades indicadas em sua tabela de capacidade
e com os acessórios e equipamentos .

Não devem ser feitas modificações ou alterações de qualquer espécie na máquina que afetarão sua
operação ou sua capacidade.

Todas as instruções deverão ser lidas com atenção e deve-se familiarizar-se com o equipamento antes
de iniciar a operação ou a manutenção do Guindauto.

A Classificação Brasileira de Ocupações ( CBO ) estabelece que as funções do operador de


GUINDAUTOS são basicamente as seguintes :

• Operar GUINDAUTO montados sobre rodas e que podem deslocar-se por sua própria força motriz,
acionando-o e dirigindo-o para os locais desejados, manipulando seus mecanismos de elevação, a
fim de transportar cargas diversas
• Tal operação consiste em : acionar o GUINDAUTO, ligando o motor para possibilitar seu
deslocamento e o de suas partes móveis ; conduzir o GUINDAUTO, acionando e manipulando os
dispositivos de marcha, para conduzi-lo aos locais de trabalho e permitir o transporte de carga;
movimentar a lança do GUINDAUTO, manipulando o dispositivo de elevação para levantar e
depositar a carga.

• Considerando o alto custo de tais equipamentos e o risco “coletivo” característico dos mesmos, é
necessário executar uma análise do posto de trabalho minuciosa, detalhada e criteriosa.

Especial atenção deverá ser dada aos aspectos operacionais do equipamento, detalhando-se ao
máximo todas as informações específicas, tais como :
1. Características técnicas
2. Comandos e Instrumentos
3. Manutenção preventiva
4. Operações com Segurança
5. Tabela de Capacidade
6. Montagens de Acessórios.

O operador deverá estar qualificado e orientado com relação às características do equipamento


e situações do trabalho.

Cuidados especiais deverão ser tomados com relação ao equipamento e seus acessórios,
quando não em uso .
Destacamos:
1. Guindauto armazenados por períodos extensos:
O local deverá permitir dar-se partida, deslocar o guindauto; girar e elevar sua lança.
O Manual do fabricante deverá ser consultado sobre os cuidados referentes à lubrificação.
2. Acessórios não montados:
• Os moitões, pinos, manilhas, estropos, etc... deverão estar devidamente identificados e
armazenados em locais limpos e secos.
• Seções de lanças e pendentes deverão ser armazenados juntos, em locais onde não haja
tráfego de veículos e máquinas, para evitar-se choques mecânicos, bem como deverão ser
utilizados dormentes para isolá-los do solo.
I- CARACTERÍSTICAS TECNICAS
Máquina totalmente hidráulica, giro de 360 º.
Comandos efetuados da cabine e Alavancas nas laterais do caminhão.
• Movimentos da lança e sapatas através de pistões hidráulicos.
• Movimento de giro por hidráulico e redutor.
• Movimentos de carga por guinchos hidráulicos.
IDENTIFICAÇÃO DOS COMANDOS E INSTRUMENTOS
1. LIMPADOR DE PÁRA-BRISA - Gire o botão para a direita. Você pode obter duas
velocidades para o limpador de pára-brisa.
2. INTERRUPTOR DO PISCA ALERTA - Use-o apenas em emergência e com a máquina
parada. O uso de forma irregular pode ocasionar transtornos ao trânsito.
3. INTERRUPTOR DA PARADA DE EMERGÊNCIA - Somente deverá ser usado em casos em
que a parada normal não funcionar. A válvula operada por solenóide é aplicada quando se
aperta o botão. Ela corta o ar de alimentação do motor, fazendo-o parar. Antes de armá-la,
manualmente, verifique a causa da irregularidade ocorrida.
4. INDICADOR DA TEMPERATURA DO MOTOR - Em condições normais de funcionamento,
a faixa de trabalho no indicador de temperatura deve situar-se entre 70 º a 85 º. Qualquer
superaquecimento é prejudicial ao motor. Pare e determine a causa.
5. INDICADOR DE COMBUSTÍVEL - Indica a quantidade de combustível disponível para a
operação do equipamento.
Lembre-se : ao findar seu turno de trabalho, é conveniente reabastecer totalmente a
máquina; com isto você evitará a formação de grande quantidade de água de condensação.
6. AMPERÍMETRO - Indica as condições de funcionamento do alternador.
7. INDICADOR DE BAIXA PRESSÃO DO ÓLEO DA TRANSMISSÃO- A exemplo da lâmpada
piloto do item 7, esta, quando acesa, indicará baixa pressão do óleo da transmissão. .
8. INDICADOR DA PRESSÃO DO ÓLEO LUBRIFICANTE DO MOTOR - Após dar partida ao
motor, observe imediatamente o manômetro indicador. Se entre 10 a 15 segundos não
houver indicação de pressão, pare o motor imediatamente e verifique todo o sistema de
lubrificação. A pressão de óleo em operação normal situa-se entre 2,7 a 4,1 kg/cm2
9. HORÍMETRO - Indica as hora de funcionamento do equipamento. Seu acionamento
elétrico. È importante manter o horímetro em ordem, pois toda manutenção é baseada
em horas de funcionamento.
10. LÂMPADA INDICADORA DE BAIXA PRESSÃO DO FREIO. - Enquanto a pressão de ar dos
freios não atingir a pressão mínima esta lâmpada permanecerá acesa. Deverá apagar
quando a pressão for atingida.
11. MANÔMETRO INDICADOR DA PRESSÃO DO FREIO - Este manômetro indica a pressão
de ar do sistema de freio. A pressão normal de trabalho é de 7 a 8,2 kg/cm2. Se a
pressão cair abaixo de 7 kg/cm2 e não retornar após algum tempo à pressão de 8,2
kg/cm2, não sendo aplicados os freios, pare a máquina e verifique onde se localiza a
falha.
12. CHAVE GERAL - LANTERNAS E FARÓIS = Apertando-se a chave de contato,
colocamos o circuito elétrico em ação, ligando-se desta forma todos os instrumentos
elétricos e permitindo a partida do motor. Gire a chave para a direita a fim de ligar
lanternas e faróis.
13. ALAVANCA DE ACIONAMENTO DO GUINCHO AUXILIAR ( OPCIONAL ) - A
movimentação do guincho auxiliar é conseguida da mesma forma que os guinchos
principais. O guincho auxiliar possui apenas uma velocidade.
14. ACELERADOR DE MÃO - Puxe a alavanca para obter a rotação desejada no motor.]
15. INTERRUPTOR DO ENGATE/DESENGATE DO EIXO TRASEIRO - Quando as condições
de serviço permitirem, o eixo traseiro poderá ser desconectado. Para desengatar o eixo,
gire o botão para a esquerda. O retorno à posição neutra é automático. Para engatar o
eixo, gire o botão para a direita. Não havendo necessidade de tração total, procure
locomover-se com o eixo traseiro desengatado.

16.FREIO DE ESTACIONAMENTO - Puxe esta alavanca para a frente para acionar o freio de
estacionamento. Coloque a alavanca para trás para soltá-lo.

17.PEDAL DO ACELERADOR
MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Lembre-se que o bom rendimento do equipamento é função de uma boa manutenção,


aliada a uma operação dentro das normas gerais de segurança. Isto evitará gastos
elevados e a parada do equipamento.
DIVISÃO : Acompanhando o “ Mapa de lubrificação “ do equipamento consideramos a
manutenção dividida em períodos diário ( A), semanal (B), mensal ( C), trimestral (D) e
semestral ( E ).
No período diário, consideramos 8 horas de operação e somente as condições de trabalho
poderão determinar a necessidade maior ou menor período como já exposto.
Todas operações executadas num período, deverão ser efetuadas no seguinte.

VERIFIQUE E EXECUTE

TABELA A - DIARIAMENTE

Motor Verifique o nível de óleo lubrificante do motor


Verifique água do radiador
Verifique o restritor do filtro de ar
Drene o filtro de óleo combustível.
Combustível Drene o tanque de óleo combustível
Sistema Hidráulico Verifique o nível de óleo hidráulico
Verifique a máquina toda quanto a vazamentos
Freios Drene os tanques de ar
Inst.Elétrica Verifique os fios da instalação
Instrumentos Verifique o funcionamento
Sistema de Levantamento Verifique o estado dos cabos de aço
Lubrificação Lubrifique a máquina toda.

LUBRIFICAÇÃO GERAL

Siga o Mapa de Lubrificação. Por outro lado, observe que, para a lubrificação do sistema de giro,
devem ser tomados os seguintes cuidados : a lubrificação da engrenagem de giro requer o uso de
graxa de base asfáltica.
No caso de uso de graxa com base de solvente ( aplicação a frio ), deverá ser dado um período de
inatividade à máquina, tempo esse necessário à evaporação do solvente, caso contrário, a lubrificação
não será perfeita.
Para a necessidade de uso contínuo do equipamento, aconselhamos o uso de graxa de aplicação a
quente.
Observação : Caso a máquina deva operar por longo período sobre as sapatas de apoio, sem
movimentação, aplique em intervalos regulares ( 3 - 4 horas ) os freios de serviço, a fim de evitar o
engripamento dos pistões nos cilindros de freio.
PROBLEMAS DO SISTEMA HIDRÁULICO
1.FALHAS DE OPERAÇÃO DO EQUIP. CAUSAS PROVÁVEIS
A) Não há movimentação 1.Falta de vazão
2.Falta de pressão
3.Ajuste incorretos
4.Falhas mecânicas
5.Cilindros, bombas ou motores danificados
B)Movimentos lentos 1.Baixa vazão
2.Viscosidade do óleo
3.Pressão insuficiente
4.Falta de lubrificação em pontos necessários
5.Cilindro ou motores hidráulicos gastos
C)Movimentação anormal 1.Pressão incorreta
2.Ar no sistema hidráulico
3.Falta de lubrificação nos pontos necessários
4.Cilindros ou motores hidráulicos gastos
D)Movimentos muito rápidos 1.Excesso de vazão
2. AQUECIMENTO EXCESSIVO CAUSAS PROVÁVEIS
A)Bomba aquecendo 1.Óleo hidráulico aquecido por pressão incorreta
2.Cavitação na bomba
3.Sistema hidráulico com ar
4.Válvula de alívio regulada para valor muito alto
5.Carga excessiva no sistema
6.Bomba hidráulica gasta ou danificada
B)Motor hidráulico aquecendo 1.Óleo aquecendo por pressão incorreta
2.Válvula de alívio reg. para valor muito alto
3.Carga excessiva no sistema
4.Motor gasto ou danificado
C)Válvula de alívio 1.Óleo hidr. aquecendo por pressão incorreta
2.Assento da válvula incorreto
3.Válvula gasta ou danificada
D)Óleo hidráulico aquecendo 1.Pressão no sistema muito alta
2.Válvula de descarga desregulada
3.Óleo hidr. com partículas ou baixa sucção
4.Viscosidade do óleo incorreta
5.Bombas.motores, cilindros ou válvulas gastas

3.BARULHO EXCESSIVO NO SIST.HIDR. CAUSAS PROVÁVEIS


A)Barulho nas bombas 1.Cavitação
2.Ar no óleo hidráulico
3.Desalinhamento na bomba
4.Bomba gasta ou danificada
B)Barulho no motor hidráulico 1.Desalinhamento do motor
2.Motor gasto ou danificado
C)barulho em válvulas 1.Válvula gasta ou danificada
2.Não regulada para a pressão correta

4.VAZÃO INCORRETA NO SISTEMA CAUSAS PROVÁVEIS


A)Sem vazão alguma 1.Bomba não sendo alimentada
2.Bomba não sendo acionada
3.Válvula de comando não operando
4.Vazão passando pela válvula de alívio
5.Bomba hidráulica danificada
6.Acoplamento da bomba danificada
B)Baixa vazão 1.Válv. de contr. de vazão regulada erradamente
2.Válvula de alívio mau ajustada
3.Vazamento externo no sistema
4.Bomba, motor, válvulas, cilindros
ou outros componentes gastos.
C)Vazão em excesso 1.Válv. de contr. regulada erradamente.

5.PRESSÃO INCORRETA NO SISTEMA CAUSAS PROVÁVEIS


A)Sistema sem pressão 1.Sistema sem vazão
B)Pressão incorreta 1.Ar no óleo hidráulico
2.Válvula de alívio gasta
3.Óleo hidráulico com impurezas
4.Bomba, motor ou cilindros danificados
C)Pressão muito alta 1.Válvula de alívio desregulada
2.Válvula de alívio gasta ou danificada

LUBRIFICAÇÃO
Todos os pontos da máquina em que há indicação para lubrificação, deverão receber atenção quanto
ao intervalo de lubrificação, bem como, quanto ao lubrificante especificado.

A lubrificação bem feita reduz o desgaste e conseqüentemente, o engripamento das partes sujeitas a
esse tipo de ocorrência. Para tanto, verifique o mapa de lubrificação do equipamento.

Os pontos onde há articulação e que não dispõem de engraxadeiras, deverão receber umas gotas de
óleo de motor ( através de almotolia) pelo menos uma vez por semana. Isto prevenirá ferrugem e
permitirá um melhor funcionamento das articulações.

OBS.: Os intervalos de lubrificação dados no Mapa de Lubrificação, correspondem a um período de


trabalho de 8 horas diárias, 5 dias por semana. Caso o trabalho exija outras condições de operação,
caberá aos encarregados de manutenção a adaptação do Mapa de Lubrificação para as novas
condições encontradas.
CUIDADO !
O equipamento é lubrificado na fábrica nos pontos onde há lubrificação por graxa, com graxa a base
de lítio.
Outros tipos de base podem não ser compatíveis com a base inicial, sendo, porém, que a graxa a base
de bário é definitivamente incompatível com aquela.
Seu fornecedor de lubrificantes terá condições de orientá-lo para obter uma boa e segura lubrificação
do equipamento.

ESPECIFICAÇÕES DOS LUBRIFICANTES


Lembre-se que não é aconselhável a mistura de lubrificantes de marcas diferentes por poder ocorrer
reações químicas entre componentes não compatíveis.
CUIDADOS GERAIS NA LUBRIFICAÇÃO
• Não use lubrificantes em excesso
• Ao lubrificar uma engraxadeira, limpe-a primeiro
• Ao retirar bujões para verificação de níveis ou reabastecimento, limpe a superfície em redor do
mesmo.
• Ao efetuar uma lubrificação, verifique sempre as condições das peças ao redor. Isto poderá poupar-
lhe serviços de reparos de surpresa e nem sempre econômicos
• Substitua todas as engraxadeiras defeituosas.
• Lubrifique e faça suas verificações nos intervalos indicados.

ROTEIRO PARA INSPEÇÃO DIÁRIA


GUINDAUTO

1) Verifique as condições de limpeza da cabine


2) Verifique o nível de óleo do motor
3) Verifique o nível de água do radiador
4) Verifique o nível de combustível
5) Verifique o nível de óleo da transmissão
6) Inspecione os itens abaixo:
• Se a lubrificação diária está sendo feita conforme instrução do fabricante
• Vazamento de combustível, água, óleo ou ar
• Funcionamento de todos os controles; atenção especial para o ajuste de freios e embreagens,
• Funcionamento de todos os instrumentos; atenção especial para pressão do óleo e temperatura do
motor.
• Funcionamento da trava da lança e do limitador angular da lança
• Estado geral da lança, JIB, cavalete e telescópico
• Estado geral do moitão, bola, cabos de aço e terminais
• Funcionamento de faróis, setas e luzes.

OPERAÇÕES COM SEGURANÇA


Estas normas de segurança têm por objetivo orientar os operadores de guindautos de modo a
trabalharem com equipamentos seguros e em condições de operações confiáveis.

Lembre-se que a sua habilidade, seu cuidado com o equipamento e o seu bom senso, são
fundamentais para que possam alcançar os objetivos pretendidos.

Em suas mãos não está apenas o equipamento que lhes foi confiado pela Empresa.

Está a sua própria segurança, a de seus companheiros de trabalho e a dos materiais que serão
movimentados,

Por isso verifique diariamente se todo o sistema operacional do equipamento está funcionando,
comunicando imediatamente quaisquer condições que não ofereçam segurança.

Embora exista a possibilidade de efetuar-se uma série de regras para obter-se uma boa segurança no
trabalho, nem sempre estas são suficientes para se atingir este objetivo.
Partindo-se dos operadores, estes considerados os cérebros da máquina, as condições para operação
exigem um caráter estável e condições físicas adequadas embora a concepção das máquinas
modernas tendem a uma operação leve que se traduz em baixa fadiga durante a operação.

OPERAÇÃO SEGURA:
A operação segura resultará da aplicação pelas áreas envolvidas, de um esquema proposto.

Além das recomendações citadas, deverão ser elaborados planos de movimentação de carga para as
operações de maior responsabilidade. Tais planos deverão conter, no mínimo, as seguintes
informações:

1. Plano de Movimentação de Cargas:


a) Coordenadas e elevação da base do equipamento, construções e eventuais obstáculos ( atenção
especial a redes elétricas e instalações subterrâneas);
b) Dimensões e elevações das extremidades do equipamento de movimentação de carga (
contrapeso, caminhão, lança, mastro e patolas/esteiras);
c) Detalhe de fixação e /ou estaiamento do equipamento de movimentação de carga;
d) Lista indicando quantidades, especificações e capacidades de todos os materiais e acessórios
de movimentação a serem utilizados na operação;
e) Indicação dos pontos de amarração da carga;
f) Indicação do tipo de preparação do terreno na área de operação, indicando inclusive a
necessidade ou não do uso de pranchas (mat’s);
g) Seqüência de liberação do equipamento de movimentação de carga em função da seqüência de
montagem
h) Posições iniciais e finais em coordenadas, dos centros de giro dos equipamentos de
movimentação de carga, envolvidos nas fases de movimentação;
i) Indicação em metros, dos raios de carga dos equipamentos de movimentação de cargas
envolvidos;
j) Indicação do acesso e deslocamentos dos equipamentos de movimentação de carga na área de
operação;
k) Indicar a folga mínima do moitão com as polias da ponta da lança;
l) Vista indicando a seguinte folga mínima: lança x carga; lança x obstáculo; cabo de carga x
obstáculos; acessórios de movimentação x lança e acessórios de movimentação x obstáculos.
m) Dimensões de posições da carga em cada fase de operação.
n) Peso da carga
o) Peso de movimentação

p) Tabela indicando para cada fase de movimentação e para cada equipamento de movimentação
de carga envolvido, os seguintes dados:
• marca, modelo e capacidade nominal do equipamento
• tipo e composição da lança
• tipo e composição do mastro
• tipo e composição do JIB
• raios de trabalho e correspondentes capacidades
• tipo de contra peso
• tabela de carga utilizada
• fatores de segurança utilizados nos cálculos de dimensionamento dos acessórios de movimentação
q) Requisitos adicionais:
• as folgas entre: lança e carga, lança e obstáculos, cabo de carga e obstáculos; acessórios de
movimentação e obstáculos, deve ser de no mínimo 500 mm
• o moitão não deve forçar as polias da ponta da lança em qualquer fase do levantamento
• em nenhum instante da movimentação, a capacidade da máquina deve ser superada pelo peso de
movimentação
• o equipamento de movimentação de carga deve operar dentro dos quadrantes permitidos pelo
fabricante.
• as lingadas não devem introduzir componentes de força inadmissíveis na carga
• não é permitida a movimentação simultânea da carga através da lança e do Jib
• nos casos de movimentação de carga utilizando Guindastes montado sobre caminhão não devem
ser executadas movimentações no quadrante sobre-cabine
• observar o correto nivelamento da máquina.

QUANTO A SEGURANÇA OPERACIONAL :


1. A área deve ser isolada às pessoas estranhas aos serviços de movimentação.
2. Os cabos de aço utilizados nos serviços de movimentação devem ser inspecionados e substituídos
quando constatados.
seis ou mais fios rompidos em um passo
três ou mais fios rompidos em uma perna e em um passo
três ou mais fios quebrados em um passo (cabos estacionários)
o desgaste excedente a 1/3 do diâmetro de cada um dos fios externos do cabo
nos cabos, das seguintes reduções no diâmetro de :
1,2mm para cabos = ¾”
1,6mm para cabos = 7/8” a 1.1/8”
2,4mm para cabos = 1.1/4” e 1.1/2”
formação de gaiola de pássaro
soltura de 1 ou mais pernas
dobramento
amassamento
corrosão
Quando for constatada a descoloração característica dos fios ou existência de “Pittings”.
3. Os estropos deverão suportar a carga máxima estabelecida na tabela do fabricante.
4. As manilhas devem ser inspecionadas quanto ao desgaste e devem ser substituídas quando o
desgaste for superior a 10% no diâmetro do pino ou da região da curvatura. Deverão suportar a
carga máxima estabelecida na tabela do fabricante.
5. As soldas de fixação dos olhais à carga devem ser inspecionadas por ensaios não destrutivos,
conforme abaixo:
a) 100% do exame visual de acordo com a N. 1597 - Norma Petrobrás
b) 100% de exame por líquido penetrante de acordo com a N.1596 - N.Petrobrás.
6. A lança, mastro, contrapeso, cabos ou qualquer componente da máquina de movimentação de
caga, devem observar as seguintes distâncias mínimas em relação aos cabos de alta tensão.
Voltagem (KV) Distância (m)
Até 6,6 2,5
De 6,6 a 11 2,7
De 11 a 50 3,0
De 50 a 66 3,2
De 66 a 100 4,6
De 100 a 138 5,2
7. Os trabalhos de movimentação de carga não devem ser executados em dias de chuva, ventos fortes
ou condições adversas de iluminação
8. Durante a execução dos serviços, a lança não deve estar apoiada em nenhum ponto.
9. O içamento da carga deve ser feito com a mesa de giro destravada
10. Não devem existir ferramentas ou peças soltas sobre e/ou dentro da carga a ser movimentada
11. A tabela de carga deve estar à disposição na cabine do operador e afixada na cabine em lugar
visível.
12. Para o caso de máquinas operando em locais propícios a queda de descarga atmosférica ou em
estações de chuva, deve ser feito aterramento conectando-se um cabo de ½” com o pé de lança e à
malha terra ou barra de aterramento.
13. Durante a execução dos serviços, a carga não deve passar por cima de pessoas
14. O içamento de pessoas, por máquinas de movimentação de carga, só pode ser feito com a
utilização de “gaiolas” com “guarda-corpos”.
15. Verifique o estado das roldanas, sapatas de apoio, lança, Jib .
16. No caso específico de lança e Jib, verifique se há evidências de curvatura ou deformações
17. Verifique as seções de lança quanto à solda
18. Lembre-se que as máquinas hidráulicas estão sujeitas também a operações em sobrecarga, o que
pode danificar suas estruturas.
19. No que se refere ao sistema hidráulico em si, observe vazamentos, o que deverá ser corrigido antes
de colocar a máquina em operação.
20. As mangueiras, especialmente as que sofrem movimentos durante a operação, devem ser
verificadas cuidadosamente.
21. Os pneus deverão ser verificados quanto a cortes, rasgos , desgaste e pressão.
22. Quando operar sobre os mesmos esta verificação, deverá ser a mais minuciosa possível.
23. Quando colocar o motor em movimento, verifique a indicação dos diversos instrumentos.
24. Qualquer anormalidade encontrada deverá ser sanada.
25. A inspeção semanal é uma complementação da inspeção diária e deve incluir, além dos itens
específicos da mesma, os itens de inspeção diária.
26. A inspeção mensal deverá ser mais rigorosa que as anteriores, não deixando, contudo, de conter as
verificações já indicadas.
27. Na inspeção mensal dê mais rigor à verificação das mangueiras do sistema hidráulico, deverão ser
substituídas se apresentarem um dos seguintes casos:
a) sinais de vazamento de óleo na superfície da mangueira ou nos pontos de engate dos terminais (as
mangueiras de nosso equipamento são de terminais reaproveitáveis)
b) qualquer deformação anormal na camada mais externas
c) qualquer vazamento nas conexões que não seja sanado por simples reaperto
d) qualquer indício da abrasão na superfície externa.
e) nas substituição das mangueiras, use apenas as recomendadas pelo fabricante
28 É muito importante a inspeção do gancho da caixa de gancho. (no mínimo uma vez por ano)
29. Um aumento de 15% na medida da garganta do gancho ou curvatura de 10% a mais da original deve
ser motivo de sua substituição.
30. Lembre-se, no caso de dúvida quanto ao estado de uma peça, é sempre preferível sua substituição,
pois isto poderá poupar-lhe problemas futuros.
31. Procure manter um arquivo constando todos os serviços e verificações feitas no equipamento .
32. Isto poderá ser de grande valia por ocasião de uma reforma ou reparação mais profundoa da
máquina.
RECOMENDAÇÕES GERAIS:
As recomendações gerais são baseadas em experiência adquirida no uso dos equipamentos de
levantamento em geral.
O observância dessas recomendações podem evitar acidentes e danos aos equipamentos.
QUANTO AOS ACESSOS A LOCAIS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
Todos os acessos e locais de movimentação de cargas deverão ser inspecionadas previamente no
tocante a:

Resistência do terreno : Deverão ser verificadas as condições de suporte do terreno, visando garantir o
acesso e movimentação do equipamento, bem como, a operação do mesmo nas situações exigidas
pelo plano de serviços.
Em não se constatando as condições necessárias, deverão ser tomadas providências visando
assegurar as condições de segurança requeridas. Especial atenção deverá ser dada a :
a) trabalhos realizados sobre terrenos arenosos
b) trabalhos sobre aterros
c) trabalhos sobre pontes e /ou viadutos
d) trabalhos sobre pisos de concreto:
e) trabalhos offshore
f) trabalhos envolvendo rios, riachos e/ou córregos.
Instalações subterrâneas : Todas as instalações subterrâneas, tais como dutos e tubulações em geral,
cabos elétricos, rede de esgoto, etc., deverão ser identificados e sinalizados à flor da terra, através de
estacas e placas, indicadas, para prevenir que a ação de equipamento e sua carga danificam tais
instalações e/ou que, por efeito das mesmas, o equipamento venha a sofrer desequilíbrios e
consequentemente sofrer ou causar acidentes.
Instalações aéreas: Todas as instalações aéreas existentes nas áreas de movimentação do
equipamento, deverão ser inspecionadas e caracterizadas no plano de serviços, visando identificar
eventuais interferências, bem como, possibilitar o remanejamento ( com a devida antecedência)
daquelas que impõem condições de risco aos trabalhos programados.

Especial atenção deve ser dada ás redes elétricas, observando-se as distâncias mínima com relação às
cargas, à lança, mastro, contrapesos, cabos, tag-lines e /ou qualquer componente do equipamento e
acessórios de movimentação de carga.

OBSERVAÇÕES:
1. Os ventos normalmente fazem com que as linhas “balancem” de tal forma que em locais sujeitos a
efeitos do vento, os eventuais balanços das linhas de transmissão de energia elétrica, deverão ser
considerados, aumentando-se as distâncias do equipamento à rede.
2. Sob garoa ou chuva, apenas na necessidade imperiosa e inevitável de prosseguir a tarefa, as
distâncias mínimas recomendadas, deverão ser dobradas pois o campo de indução estará
aumentando.
Condições de iluminação: Nos trabalhos noturnos ou diurnos em condições não satisfatórios de
visibilidade, devem ser previstas redes de iluminação com a utilização de refletores com potência
suficiente para que o operador e o rigger tenham perfeitas condições de trabalho, com relação a
operação que estiver sendo conduzida bem como recomenda-se a utilização de coletes reflexivos,
lanternas e rádios transreceptores (walk-talk).
Deve-se dar preferência, em termos de segurança, às operações diurnas.
Ruídos: O ruído, quando em excesso ( superior a 85 DB), interfere com o nível de audição e de atenção
das pessoas, dificultando a comunicação e predispondo-as à irritabilidade e consequentemente
aumentando a possibilidade de falhas.
Neste aspecto, se o local de trabalho se encontrar sujeito a tais condições, tanto o rigger quanto o
operador, deverão utilizar protetores auriculares tipo fone de ouvido, enquanto persistir tal situação.

Gases e vapores: Antes da execução de serviços de movimentação de cargas em novas áreas, deve
ser feita ( quando se justificar ) uma inspeção prévia, para verificação da existência na área de
gases/vapores venenosos, tóxicos, irritantes, corrosivos e/ou explosivos.
Na constatação de um ou mais agentes críticos, deverão ser estudadas todas as necessidades de
ventilação/exaustão, proteção respiratória, esquema preventivos anti-chamas, etc. e/ou inclusive,
definir critérios específicos de abandono/fuga do local, em sintonia com os procedimentos
recomendados .

Condições climáticas: Ventos fortes, relâmpagos, chuva, garoa, neblina e poeira em excesso, são
fatores que em conjunto ou isoladamente, comprometem qualquer operação segura, principalmente na
movimentação de cargas.

Sob tais condições não se recomenda prosseguir a tarefa; sob tempestade com relâmpagos e raios em
hipótese alguma deverão ser permitidos operações com guindastes (as tag-line funcionam como
“terra” e a lança pelo “poder das pontas” oferece uma boa opção para o escoamento da corrente
elétrica do raio ).

MODO DE OPERAR
- Não procure bancar o “cowboy”. Talvez impressione, porém o profissional competente sabe que
um ciclo de trabalho suave e balanceado realiza muito mais, evitando desgaste mecânico da
máquina e acidentes lamentáveis.
- Seja cuidadoso ao dirigir e certifique-se do trajeto a ser executado, comprovando altura, largura e
comprimento. Do Guindauto

- Ao se locomover com o GUINDAUTO evite velocidade excessiva.


USO DA TABELA DE CARGA
Na cabine do GUINDAUTO deverá estar fixada a tabela de cargas para içamento.
Caso não a encontre, notifique ao técnico de segurança para que seja providenciada.
A capacidade do GUINDAUTO depende do posicionamento do uso ou não de patolas ,
tipo de contrapeso e comprimento de lança.
Todos estes fatores devem ser observados ao se usar a tabela de cargas.
O GUINDAUTO deverá estar nivelado e apoiado em terreno firme e uniforme.
O raio de giro é medido na horizontal, entre o pino central de giro do GUINDAUTO e a
linha vertical do centro de gravidade da carga suspensa.
Utilize a tabela compatível ao quadrante onde se encontra a carga e de acordo com
o uso ou não das patolas.
Ao utilizar o JIB, verifique o ângulo da lança, para se certificar que você está dentro da capacidade de
carga apresentada pelo diagrama do JIB.

AO UTILIZAR O JIB, NÃO ESQUEÇA DO


ÂNGULO DA LANÇA ! LEMBRE-SE !
Os diagramas de cargas representam a máxima
tolerância de carga, baseada nos limites estruturais
ou de tombamento.
O conhecimento do raio de operação exato,
comprimento de lança e ângulo de trabalho é uma
rotina do seu dia a dia !!!

Antes de executar qualquer levantamento, verifique a capacidade no diagrama de carga existente na


cabine do GUINDAUTO.
Posicione a linha de carga correspondente ao raio necessário e a seguir, levante a carga.

Todos os dispositivos de içamentos (moitão, bola do JIB, manilhas, JIB, etc.) são partes da carga a ser
içada e devem ter seus pesos somados à mesma.

Não exceda as tabelas de cargas da máquina e não confie na estabilidade da mesma para determinar
a máxima capacidade de levantamento.

Lembre-se de que as capacidades do diagrama de carga são baseadas nas seções igualmente
espaçadas

CUIDADOS NA OPERAÇÃO
A) CUIDADOS DE APOIO NO TERRENO.
USO CORRETO E INCORRETO DAS PATOLAS.

NIVELAMENTO

O nivelamento do GUINDAUTO deve sempre ser observado para cada levantamento.


Use o método abaixo para certificar-se do nivelamento do GUINDAUTO.
O cabo da carga poderá ser usado como uma linha de prumo.

COMPRIMENTO DE LANÇA

RESTRIÇÕES E REGULAMENTOS IMPORTANTES PARA LEVANTAMENTOS DE CARGAS.

Os valores foram estabelecidos com base em métodos seguros de engenharia e rigorosos


processamentos de testes.
A máquina satisfaz padrões aplicáveis da indústria norte-americana para fatores de estabilidade e
resistência dos materiais.
Esses padrões exigem uma operação dentro das capacidades calculadas e de acordo com a boa
prática de operação, inclusive as limitações mostradas nesta folha.

DEIXAR DE OBSERVAR QUALQUER DAS LIMITAÇÕES SEGUINTES PODE ACARRETAR SÉRIOS


PROBLEMAS ESTRUTURAIS OU MECÂNICOS, OU ACIDENTES.
3. Todos os cálculos se aplicam a máquinas originariamente fabricadas e equipadas, bem como as
que sofreram reparos ou substituições de acordo com especificações originais.
O fabricante não se responsabiliza por qualquer carga, máquinas ou componentes em que peças ou
sobressalentes foram substituídos por produtos não fabricados por ele ou instalados
inadequadamente, ou quando modificados sem autorização, ou que sejam operadas sem os reparos
necessários após avaria.

2.Os valores se baseiam na máquina nivelada, apoiada numa superfície firme e de suporte uniforme.
Use blocos de apoio para estabilizar a máquina, quando o solo não estiver firme. Em condições
adversas, use valores adequadamente reduzidos.
3.Cargas seguras dependem das condições do solo, comprimento de lança, raio de operação e
manuseio adequado.
4.Não exceda os valores-limete da máquina. Consulte o diagrama de cargas para determinar a área de
trabalho menos estável.
5.Deve-se examinar o cabo de aço, para ver se há desgaste e desfiamento; deve ser trocado antes do
levantamento se estiver em mau estado.
6.Não arraste a carga de lado, girando.
7.Não puxe ou submeta a carga a um esforço, depois que ela tiver sido parcial ou totalmente presa a
uma estrutura.
8.Conserve sempre a ponta da lança bem na vertical sobre a carga suspensa para evitar esforço lateral.
9.Quando dois guindautos estiverem fazendo um levantamento juntos, precisam estar no mesmo nível.
10.Os cabos precisam ser equalizados de forma que cada guindauto esteja elevando uma porção de
carga compatível com sua capacidade.
11.Os guindautos podem erguer por si próprios os comprimentos de lanças e de jibes mostrados nos
quadros de capacidades.
12.Em certas condições, os guindautos podem virar, mesmo sem carga. Isto pode ser evitado,
observando-se o quadro de capacidade e evitando-se posições da lança sem limites de carga dentro
das capacidades mostradas.
13.Os quadros de capacidades se aplicam até a velocidade máxima do vento, de 48 km/h, a uma altura
de referência de 9 metros. Não se leva em consideração o efeito do vento na carga. A ação do vento
sobre a carga suspensa deve ser determinada pelo usuário e não irá exceder 2% da carga estabelecida.
14.Instruções detalhadas para operação e manutenção estão no manual do operador.
15.Atenção: as máquinas hidráulicas, antes de entrar em operação devem sofrer um cuidadoso
aquecimento do óleo hidráulico. Isto prevenirá falhas mecânicas nas bombas ou outros componentes
devido à viscosidade do óleo.
16.Enquanto operar uma máquina, o operador não deve ter sua atenção voltada para qualquer outra
situação. Não deve comer, ler , etc.
17.Ao levantar uma carga, verifique se a mesma está perfeitamente segura.
18.Verifique se a mesma não poderá sofrer balanço.
19Faça movimentos suaves. Os movimentos bruscos devem ser evitados.
20.As cargas não deverão passar por sobre pessoas.
21.Importante: A tabela de capacidade deverá ser sempre consultada a fim de saber as reais
capacidades do equipamento.
22.Procure sempre trabalhar com uma única pessoa como sinalizador.
23.Não preste atenção a outros não responsáveis pelo serviço.
24.Quando girar uma máquina, verifique se a carga não baterá em algum obstáculo.
25.Nunca levante pessoas usando a caixa de gancho.
26.Mantenha a máquina limpa. Óleo e graxa são motivo de sérios acidentes.
27.Quando se locomover em locais de pouco espaço, faça-o sempre com cuidado, procurando uma
pessoa para orientá-lo nas manobras.
28.Em condições de viagem procure conhecer as cargas que suportam as pontes alturas máximas para
passagens, etc.
29.Ao trabalhar próximo à rede elétricas, tome todas as precauções possíveis. Esta condição de
trabalho é a que exige maior atenção. Se por ventura, a lança fizer contato com a rede, o lugar mais
seguro é permanecer dentro da máquina, não deixando ninguém tocá-la. Se houver necessidade de
deixar a máquina, salte para fora não tocando a máquina em hipótese alguma.
30.A maior segurança para o trabalho é a Tabela de Capacidades. As observações contidas na mesma
são de grande importância. Para o caso das máquinas hidráulicas é de suma importância o
conhecimento das cargas a serem trabalhadas, pois que, como já frisamos no início , as máquinas são
projetadas face à resistência dos materiais do que a própria estabilidade.
31.Para obter o máximo de estabilidade da máquina , use sempre as sapatas de apoio, especialmente
quando isto for expressamente recomendado na TABELA DE CAPACIDADES. As sapatas devem estar
totalmente estendidas em qualquer condição de uso. Verifique sempre o terreno onde as mesmas
deverão se apoiar. A máquina nestas condições, deverá estar perfeitamente nivelada.

MANUTENÇÃO DE CABOS DE AÇO


Todos os cabos de aço sofrem um processo de deterioração, no fim do qual se tornarão
imprestáveis para o serviço. Existem três causas básicas para a deterioração de um cabo de aço. Elas
são as seguintes:

1. Abrasão ou desgaste
2. Corrosão
3. Fadiga, ,provocada pela distensão, dobramento, amassamento ou vincamento a que um cabo é
submetido durante o serviço normal.
Nenhuma dessas causas de deterioração mencionadas, poderão ser atenuadas, assegurando assim
uma vida útil mais longa para os cabos.
OBS. No caso de passagem de cabos em polias , caixa de ganchos, etc., entende-se também por
perna de cabo uma linha singela do mesmo.
Esta inspeção visual deve dar particular importância aos seguintes pontos.:
A) Desgaste interno do cabo provocado pela ação de materiais abrasivas que penetram nos
arames das pernas e nos feixes.
B) Amassamento em trechos do cabo.
C) Corrosão.
D) Lubrificação adequada.
E) Condições das polias *canal) e alinhamento das mesmas.
F) As diversas ligações efetuadas no cabo (soquetes, cunhas, grampos, etc.)
G) Número de arames partidos em cada perna do cabo.
H) Desgaste do cabo com relação aos fios externos do mesmo.
NOTA: O cabo de aço deverá preencher as especificações dadas pelo fabricante do equipamento e, no
nosso caso, corresponde ao cabo de aço 6 x 25 EIPS com alma de aço de cabo independente Filler,
torção regular, preformado, diâmetro de ½” ( 12,7 mm ) ( para carga principal ).

Um cabo de aço apresentando corrosão deverá ser substituído. Da mesma maneira, se apresentar
mais de um fio partido por perna, deverá ser usado com muito cuidado e , se houver dúvidas quanto à
sua resistência, deverá ser substituído.
Na inspeção visual, as condições de substituição do cabo devem ser efetuadas baseadas nas
observações abaixo indicadas.:
A . Se através de um par de pernas o núcleo do cabo for visível.
B. Se o cabo apresenta dobras ou nós.
C. Se o cabo denota aspectos de ter estado em contato com circuito elétrico ou ter sofrido super -
aquecimento durante sua operação.
D. Se apresentar aspectos de má lubrificação.
E. Se houver um crescimento do diâmetro do cabo pela formação de “gaiolas”. Este acidente
normalmente é provocado pela perda de tensão quando o mesmo encontra-se torcido.
F. Se apresentar uma redução bastante elevada no diâmetro. Normalmente quando os fios externos
apresentarem 1/3 do diâmetro original os cabos deverão ser substituídos. Ainda mais, se o
diâmetro original apresentar uma redução de aproximadamente 1,2 mm para cabo de 12,7 mm, este
deverá ser substituído.
G. Se for constatada a existência de numerosos fios partidos ou se houver mais de três fios adjacentes
partidos numa mesma perna.
Estas observações são válidas também para os cabos utilizados na suspensão de cargas ( amarras
auxiliares )

CUIDADO !
Um cabo de aço enferrujado deverá ser retirado de serviço por se apresentar bastante perigoso ao
trabalho. Não existe condições para que se faça um inspeção cuidados ou método que se consiga
determinar sua resistência residual. Por outro lado, toda e qualquer tentativa neste sentido não dará
garantia alguma, pois não haverá normalidade no efeito da ferrugem ao longo do cabo.

LUBRIFICAÇÃO :
Toda vez que um cabo de aço sofre flexão ao passar por uma polia ou distensão com carga de tração
ou alívio de carga, os feixes do cabo deslizam uns sobre os outros. A lubrificação nos caso torna-se
importante, a fim de reduzir o desgaste resultante desses movimentos. Outra vantagem de uma boa
lubrificação será a redução da corrosão dos fios de um modo geral.
Não existe um período preestabelecido indicando a freqüência de lubrificação para um cabo de aço.
As condições do rigor do trabalho, as condições do local da operação, etc., são os elementos
indicativos para estabelecimento de um período apropriado para a lubrificação.
Para a lubrificação dos cabos de aço deverão ser utilizados óleos e graxas que preencham as
propriedades físicas abaixo relacionadas:
1 . Deverão possuir adesividade, a fim de que permaneçam no cabo durante o serviço.
2. Deverão possuir boa penetração entre os fios, de forma a dar uma boa lubrificação.
3. Deverão ser insolúveis, face às condições de trabalho.
4. Deverão formar uma camada superficial bastante resistente.
5. Deverão ter boa resistência à oxidação,
Os cabos de aço que já tenham estado em serviço deverão antes de ser lubrificados ter uma limpeza
completa, a fim de retirar-se matérias estranhas, especialmente as abrasivas, assim como o
lubrificante antigo, que se situará nas junções dos feixes, pernas, etc.
É aconselhável uma limpeza por meio de escovas de aço, raspadores e jatos de ar comprimido. Não é
aconselhável limpeza química com solventes, pois este poderia penetrar entre os componentes do
cabo, danificando a lubrificação interna dos mesmos.
A lubrificação dos cabos deverá ser feita de forma correta, a fim de ser ter um bom aproveitamento. Ao
final deste item daremos algumas sugestões como forma para lubrificação ( fig. 4.l).
O lubrificante a ser empregado deverá ser suficientemente fluido para penetrar no núcleo através dos
feixes, porém não fluirão a ponto de não permanecer no mesmo. Não deverá também ser
excessivamente viscoso, a fim de não permanecer apenas na superfície.
O lubrificante que aconselhamos é do tipo graxa asfáltica de aplicação a quente ( graxa para
engrenagens expostas), no caso de falta de lubrificantes próprio; no entanto, o seu fornecedor de
cabos poderá lhe dar informações mais precisas sobre uma lubrificação eficiente.
1 . MÉTODO DA CAIXA PARTIDA : - Caixa de forma afunilada apresentando uma estopa na
extremidade de saída.

2. MÉTODO DE DERRAMAR : - O óleo deverá estar quente, porém, viscoso, mantendo-se estopa do
outro lado da polia.

3 . MÉTODO DO BANHO : - Para aplicar lubrificantes mais espessos a altas temperaturas. Utiliza-se
queimadores de gás ou vapor para manter a temperatura do lubrificante. O cabo deverá passar
lentamente dento do lubrificante.

NOTA: Em qualquer caso de lubrificação, o excesso de lubrificante deverá ser retirado.

COMO DESENROLAR UM CABO DE AÇO:


Para se desenrolar um cabo de aço, é indispensável que a bobina gire na medida em que o cabo for
sendo desenrolado.
Se a bobina não girar, o cabo ficará torcido durante o desenrolamento, e disso resultarão vincos. Os
cabos de aço que tiverem sofrido vincos, ficarão seriamente danificados e não mais apresentarão a
segurança necessária aos serviços.
Desenrole-o lentamente.
Quando desenrolar o cabo de aço, não permita que se forme círculos no chão. Disso resultarão os
dobramentos.

A formação de vincos é conseqüência de torções que o cabo venha sofrer quando toma a forma
espiralada. Uma das causas mais comuns desse tipo de distorções é o enrolamento incorreto.

OBSERVAÇÃO: Informação adicionais sobre a manutenção e inspeção dos cabos de aço poderão ser
obtidas gratuitamente de qualquer fabricante de cabos.
O assunto é na verdade complexo, pois que ninguém poderá dizer exatamente quando um cabo de aço
irá romper-se.
Por uma questão de segurança, um cabo de aço deverá se afastado de serviço quando na opinião do
inspetor, ele não mais oferecer confiança para o serviço a qual se destina. Sugerimos que a pessoa
encarregada da inspeção de cabos utilizados em serviços críticos, entre em contato com os
fabricantes de cabos, para melhores informações sobre o assunto

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