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Método para Desenvolvimento de Fornecedores de Lubrificante para Estampagem


Automotiva
Categoria : ARTIGOS, TRABALHOS, ENSAIOS e PUBLICAÇÕES DOS FILIADOS ELEMAQ

Por:

José Carlos Ferreira e


Luiz Carlos Duclós

RESUMO

A produção nacional de veículos tem aumentado em valores exponenciais nesta última década. Para
acompanhar esta demanda, há o crescimento tecnológico de manufatura de peças estampadas. Os
materiais utilizados, como o aço automobilístico, as ferramentas de estampagem, as prensas e todos os
acessórios recebem atenção especial para atender as exigências de mercado.
Os óleos lubrificantes para estampagem tiveram que se adaptar a este cenário. Nos últimos anos, com os
novos designs dos veículos, as peças externas estampadas receberam formas geométricas que exigem do
conjunto ferramenta-lubrificante determinadas características. Se o lubrificante não atendê-las, o processo
será ineficiente, havendo baixo rendimento do processo.

Palavras chave: Desenvolvimento de Fornecedores. Lubrificante para Estampagem. Estampagem


Automotiva.

1 INTRODUÇÃO

O processo de estampagem na indústria mecânica é caracterizado pela modificação que se realiza na


geometria de uma determinada chapa (PROVENZA, 1987). Neste processo de conformação, as ferramentas
são projetadas segundo normas de construção peculiares para garantir o fluxo do material da peça
desejada e o seu dimensional.

A qualidade do produto final, seja dimensional, seja pela superfície, é avaliada sob normas de inspeção de
qualidade padronizadas. Registra-se nos produtos estampados para a indústria automotiva a presença de
defeitos como, enrugamento, trincas, estiramento, rachaduras, ondulações e picos e caroços, causadas
pelo conjunto de ferramentas de estampagem ou pelo processo.

As companhias siderúrgicas têm procurado uma melhora tecnológica para o desenvolvimento dos aços
produzidos por elas para atender as especificações exigidas dos fabricantes de automóveis.

Para melhor entendimento, a tecnologia de fabricação de um veículo envolve, em sua totalidade, 55% de
aço como principal matéria-prima constituinte. Esta matéria-prima é subdivididida por classes e subtipos,
dependendo da aplicação no veículo.

Estima-se que a indústria do automóvel representa diretamente cerca de 20% da venda mundial de aços
planos em bobinas. Assim, também, acompanhando as novas tendências, a indústria de lubrificantes
evoluiu, lançando novos lubrificantes para estampagem, como por exemplo, os biodegradáveis, haja vista
que as exigências do meio ambiente estão cada vez mais severas e devem estar de acordo com a norma
ISO-14000.

Mesmo com um conjunto projetado de máquina e ferramenta com todos os requisitos técnicos é possível a
ocorrência de defeitos provocados pelo processo.

Isto ocorre em função das propriedades dos materiais empregados, do projeto do conjunto de ferramentas
e das variáveis de processo.

Para minimizar tais defeitos faz-se necessário que o processo de estampagem, em sua maioria, utilize
entre a ferramenta-chapa de aço um fluido líquido denominado óleo lubrificante. Este óleo lubrificante tem
como função na estampagem (CARRETEIRO, 1987):

• Diminuição do atrito, transformando o atrito sólido em atrito fluido, evitando a perda de energia;
• Diminuição do desgaste, reduzindo ao mínimo o contato entre as superfícies;

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• Manter a temperatura de trabalho, absorvendo o calor de contacto das superfícies, sem um grande
aumento do gradiente térmico.

O atrito e a lubrificação são de vital importância nas operações de estampagem e conformação de metais.

Um adequado sistema de lubrificação atenua o coeficiente de atrito, distribui as tensões e reduz o


carregamento. A condição de lubrificação pode eliminar problemas como o desgaste do ferramental e
falhas nas peças, melhorar a distribuição de temperatura entre o ferramental e a peça trabalhada e, às
vezes, permite a redução do número de estágios para conformar uma peça, além de melhorar a precisão
dimensional do produto final.

Sempre que uma superfície se move em relação à outra, haverá uma força contrária a este movimento.
Essa força denomina-se força de atrito ou resistência ao movimento desfavorável, dos estados de tensão
necessários (CARRETEIRO, 1987).

Segundo descreveu Helman (1993) no processo de conformação dos metais, o atrito está presente em
todos os processos. Entre os aspectos relevantes da estampagem mais diretamente ligado ao atrito,
pode-se assinalar:

• Alteração, geralmente desfavorável, dos estados de tensão necessários à deformação;


• Produção de fluxos irregulares de metal durante a estampagem;
• Aparecimento de tensões residuais no produto;
• Influência sobre a qualidade superficial dos produtos;
• Elevação da temperatura do material e do equipamento em níveis capazes de comprometer-lhe as
propriedades mecânicas;
• Aumento do desgaste da ferramenta;
• Aumento do consumo de energia necessária à deformação.

Apesar desses aspectos desfavoráveis, os processos de conformação e estampagem dependem do atrito,


pois se faz necessário para a modelagem do material. Zhong (1993), relatou que o efeito do atrito pode
representar funções importantes na maioria das aplicações de engenharia.

No processo de conformação de metal, o efeito entre a peça trabalhada e a matriz influencia fortemente o
processo de conformação e a qualidade do produto final.

Kobayashi (1989), descreveu que em muitas aplicações de conformação dos metais, a lubricidade e o
lubrificante são fatores significantes, determinando diretamente o atrito na interface. Para a avaliação da
performance dos vários lubrificantes e a capacidade de determinar a pressão de conformação, torna-se
necessário expressar em valores o atrito na interface, em termos de fator ou coeficiente.

Lubrificar é aplicar uma substância lubrificante entre duas superfícies em movimento relativo, formando
uma película ou filme que evita o contacto direto entre as superfícies, promovendo redução do coeficiente
de atrito, minimizando o desgaste e a geração de calor.
Koistinem (1978), mostrou que a presença de um filme lubrificante reduz a quantia do contato direto de
superfícies entre a ferramenta e o corpo de prova. Isso aumenta a vida da ferramenta, diminui o desgaste
e melhora a qualidade do produto, reduzindo o índice de perda e defeitos na superfície.

Os problemas térmicos também podem ser minimizados com uma lubrificação eficiente, permitindo o
aumento da velocidade e reduzindo as tensões residuais.

Segundo Kobayashi (1989), a maioria do conhecimento da lubrificação da estampagem e de qualquer


conformação é empírica, com pouca informação com base em análise. Conforme Carreteiro (1987), a
função precípua do lubrificante é possibilitar que o movimento se faça com um mínimo de aquecimento,
ruído e desgaste. Isso é possível, substituindo-se o atrito direto entre duas superfícies metálicas por uma
camada ou filme lubrificante que deve ser superior a soma das alturas das rugosidades superficiais das
mesmas.

2 REFERENCIAL TÉCNICO SOBRE LUBRIFICANTES DE ESTAMPAGEM

Faz-se necessário o conhecimento técnico do lubrificante para que se tenha êxito no desenvolvimento de
fornecedor(es) deste. Apesar da composição química ser uma característica intrínseca e exclusiva do
fornecedor de lubrificante, as observações e práticas de produção do cotidiano merecem atenção.

Tendo uma arquitetura técnica do produto desejado a discussão e seleção dos fornecedores terá êxito.

2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

Os modernos lubrificantes são constituídos de óleos básicos que podem ser minerais ou sintéticos, com
aditivos.

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Os lubrificantes se classificam de acordo com o seu estado físico:

• Sólidos: como o almasol (composto químico entre alumínio, magnésio e silício), a grafita, o talco, a mica
e o bissulfeto de molibdênio (composto químico entre molibdênio e enxofre);
• Líquidos: como os óleos em geral;
• Gasosos: como o ar e o nitrogênio;
• Semi-sólidos ou pastosos: como as graxas.

Os lubrificantes são classificados, também, de acordo com sua origem:

• Óleos Graxos: foram os primeiros lubrificantes a serem utilizados, sendo mais tarde substituídos pelos
óleos minerais. Seu uso nas máquinas modernas é raro, devido a sua instabilidade química, principalmente
em altas temperaturas, o que provoca a formação de ácidos e vernizes. Os óleos graxos podem ser de
origem animal e vegetal;

• Óleos Minerais Puros: São substâncias obtidas a partir da destilação e refino do petróleo. De acordo com
sua estrutura molecular são sub-classificados em óleos parafínicos (90% do consumo da indústria nacional),
naftênicos (10% do consumo nacional) e aromáticos (não tem finalidade industrial);

• Óleos Aditivados: são óleos minerais puros aos quais foram adicionados sbstâncias chamadas de aditivos,
com o objetivo de reforçar, acrescentar ou reduzir determinadas propriedades encontradas no óleo básico;

• Óleos Sintéticos: São produzidos em indústrias químicas que utilizam substâncias orgânicas e inorgânicas
para fabricá-los. Estas substâncias podem ser silicones, ésteres, glicerinas, poliglicóis e PAO
(polialfaoleolefinas);

• Óleos Compostos: São constituídos de misturas de óleos minerais puros e graxos. A percentagem de óleo
graxo é pequena, variando de acordo com a finalidade do óleo. Os óleos graxos conferem aos óleos
minerais algumas propriedades características, melhorando o desempenho até certo limite.

2.2 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS LUBRIFICANTES DE ESTAMPAGEM

Os lubrificantes usados para Estampagem de alta produtividade nas indústrias automotivas são óleos no
estado físico líquido, podendo ser minerais ou sintéticos. Independente da sua origem, as propriedades
destes devem ser previamente conhecidas, seja por meio de especificação técnica do equipamento, em seu
manual de operação, ou pela análise em laboratório da amostra do lubrificante que está sendo utilizado no
momento, ou ainda, pela própria especificação técnica do lubrificante adquirido e utilizado no momento.

A alternativa mais adequada para encontrar tais propriedades é previamente avaliar em quais das
condições anteriores o desempenho do processo foi relativamente melhor, sem prejuízo à produção e
qualidade do produto.

2.2.1 Viscosidade

É a característica mais importante de um óleo lubrificante. Ela determina a resistência interna oferecida
pelas moléculas de uma camada de óleo, quando esta é deslocada em relação à outra (Viscosidade
Absoluta ou Dinâmica). A razão entre a viscosidade absoluta e o peso específico ou densidade relativa do
fluido é denominada Viscosidade Cinemática.

Esta é a mais usual em especificações técnicas de lubrificantes. No Sistema CGS a viscosidade cinemática
tem sua unidade em Stokes (St) e é determinada por equipamentos denominados de viscosímetros. A
viscosidade é inversamente proporcional à temperatura.

2.2.2 Índice de Viscosidade (VI)

Mostra como varia a viscosidade de um óleo conforme as variações de temperatura. Os óleos minerais
parafínicos são os que apresentam menor variação da viscosidade, quando varia a temperatura e, por isso,
possuem VI mais elevados que os óleos básicos naftênicos.

Parafínico ou Naftênico é uma subclassificação dos óleos minerais, de acordo com o tamanho da cadeia
carbônica, diretamente ligado a origem da extração do petróleo.

2.2.3 Densidade Relativa

É a relação entre a densidade do óleo à 20ºC (60ºF) e a densidade da água à mesma temperatura. Na
linguagem dos lubrificantes a densidade do óleo tem como unidade o ºAPI ou º Baumé. Isto significa que se
a densidade da água é igual a 1 o óleo é 10, na escala API ou Baumé.

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2.2.4 Ponto de Fulgor ou Flash Point

É a temperatura mínima em que pode inflamar-se o vapor do óleo, no mínimo durante 5 segundos. O
Ponto de Fulgor é uma importante informação quando se trata de lubrificantes que operam à altas
temperaturas.

2.2.5 Ponto de Combustão

É a temperatura mínima em que se sustenta a queima do lubrificante.

2.2.6 Ponto de Fluidez ou Gota

É a temperatura mínima em que ocorre o escoamento do óleo por gravidade. O Ponto de Fluidez é uma
informação necessária para lubrificantes que operam a baixa temperatura de processo ou do ambiente.

2.2.7 Resíduos de Carbono ou Carvão

Resíduos sólidos que permanecem após a destilação destrutiva do lubrificante. Aplica-se neste caso o
Método Conradson (norma ASTM D189-52) que submete a evaporação de 10 gramas de uma amostra de
lubrificante, impedindo-o da combustão, se houver contacto com o ar externo. Mais importante que a
quantidade de resíduo deixada pelo lubrificante, é a natureza do mesmo. Resíduos duros cristalinos e
aderentes são prejudiciais porque riscam as superfícies em movimento, elevam o atrito e resultam em
desgaste.

2.2.8 Lubricidade

É a propriedade final do lubrificante, exigida pelos ensaios práticos e empíricos, cujo resultado positivo é a
não quebra do filme lubrificante e redução do atrito, mediante aos esforços e condições próximas as reais
de processo e do equipamento. Não existe especificação ou parâmetros de comparação padronizados para
tal avaliação.

No caso da estampagem, pode-se adotar o Ensaio de Embutimento Erichsen adaptado (FREIRE, 2003), o
Ensaio Fourball de acordo com a norma DIN 51 350, a norma VDA 230-201 ou método de ensaio próprio.

2.3 ADITIVOS

Os aditivos são compostos químicos que adicionados aos óleos básicos, reforçam algumas de suas
propriedades, cedem-lhe novas características ou eliminam propriedades indesejáveis. Os aditivos são
classificados em dois grupos:

• Primeiro, aqueles que modificam certas propriedades físicas, tais como ponto de fluidez, espuma e índice
de viscosidade;
• Segundo, aqueles cujo efeito final é de natureza química, tais como inibidores de oxidação, detergentes,
agentes de extrema-pressão (EP) e outros, Carreteiro (1998).

Os aditivos são adicionados aos óleos em quantidades determinadas em laboratórios, conferindo a(s)
propriedade(s) exigida(s). Para cada propriedade há a correta combinação de substâncias químicas, que
não necessitamos informar.

2.3.1 Grupos de Aditivos

Os aditivos são compostos químicos formulados para o determinado lubrificante, respeitando as


características exigidas do processo de estampagem e havendo a possibilidade de até melhorá-las, quando
possível. Eles se dividem em grupo de acordo com a necessidade do processo e do produto final.

• Dispersantes ou detergentes: para os motores de combustão interna estes aditivos mantêm o carbono,
proveniente da queima de combustível, em suspensão e finamento disperso, evitando assim, danos nas
partes móveis do motor. Lubrificantes com alto poder detergente ficam escuros, logo após a utilização num
motor. Não só é normal como bom sinal.

• Antioxidantes: São retardantes da oxidação. Um óleo exposto ao ar, tende a oxidar devido a presença do
oxigênio;

• Antiferrugem: São agentes químicos que impedem a ação da umidade e do oxigênio sobre metais,
evitando a formação da ferrugem;

• Antiespumantes: Facilitam a aglutinação de bolhas de ar encontradas na massa do óleo, formando assim


bolhas maiores que se deslocam à superfície onde, em contato com o ar ambiente, se desfazem;

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• Extrema-Pressão (EP): São compostos contendo elementos químicos que reagem com a superfície
metálica, agindo como eficientes lubrificantes sólidos, evitando a ação destrutiva “metal contra metal”.
Estes aditivos só reagem, quando há condições de extrema pressão. Com a ruptura da película lubrificante,
há uma elevação local de temperatura que quimicamente, libera os compostos que agem como
lubrificantes sólidos;

• Antidesgaste: São redutores de desgaste utilizados nos casos de lubrificação do tipo limítrofe, onde há
cargas e rotações elevadas;

• Inibidores de Corrosão: Evitam a corrosão de superfícies metálicas, não somente sob a ação externa (ar)
como das ações internas, como a própria oxidação do óleo e ácidos formados na combustão;

• Aumentadores / Melhoradores do índice de Viscosidade: São redutores das variações da viscosidade em


função das variações de temperatura;

• Abaixadores do Ponto de Fluidez / Gota: Modificam a estrutura dos cristais de parafina que se forma em
conseqüência da redução de temperatura. Aplicados em máquinas frigoríficas e na aviação;

• Emulsionante: Facilitam a miscibilidade entre água e o óleo em proporções conhecidas para que o
produto final obtenha características de refrigeração e lubrificação ao mesmo tempo;

• Adesividade: Aplicados em máquinas e equipamentos cujo lubrificante não pode ser eliminado pela força
centrífuga, quando há altas rotações ou em aplicações que os lubrificantes não devem vazar.

2.4 O LUBRIFICANTE E O MEIO AMBIENTE

O mercado nacional de lubrificantes voltados à indústria vive o início de um processo de transformação,


seguindo os passos de tendências verificadas nos países do primeiro mundo há alguns anos. Ainda que de
forma incipiente, os lubrificantes utilizados nos mais variados equipamentos instalados nas fábricas
brasileiras estão ganhando importância estratégica, deixando de serem vistos como produtos secundários
ou matéria-prima secundária.

Interesses econômicos entre fornecedores e clientes ajudam a explicar a valorização. Os fabricantes de


lubrificantes, interessados em vender formulações com o maior valor agregado e obrigados a oferecer
produtos que atendam às necessidades das máquinas modernas, que por serem compactas e produtivas
trabalham em condições severas de desgaste, investem pesadas somas para desenvolver produtos
inovadores.

Os responsáveis pelas indústrias aproveitam a multiplicação de opções na hora da compra e passam a


prestar atenção nas vantagens operacionais e na relação custo-benefício compensadora dos produtos mais
sofisticados (SANT’ANNA, 2009).

Não deve ser esquecido outro quesito importante neste meio de constante evolução tecnológica. Trata-se
da crescente cobrança da sociedade por práticas industriais que preservem o meio ambiente. Os
lubrificantes estão sendo desenvolvidos para que tenham sua vida útil ampliada, o que reduz o seu
descarte, mas neste momento, elementos químicos da formulação como o boro, cloro, metais pesados
(chumbo, mercúrio, prata), os fenóis, cresóis, aminas e biocidas estão sendo deixados de lado devido aos
cuidados com o meio ambiente.

O cuidado com o tratamento de uso, manuseio e descarte do lubrificante para estampagem de peças
automobilística é fundamentada pela norma ISO-14000. Esta norma, por sua vez, é pré-requisito de uma
norma mais abrangente que restringe tanto as características ambientais, de formulação do lubrificante
quanto do processo de estampagem. Esta norma é a VDA 232-101, que requer ao fornecedor a descrição
detalhada de todos os elementos ou substâncias dos produtos envolvidos na composição. A norma VDA
232, emitida pela Associação Alemã dos Fabricantes de Veículos Automotores possui uma “Lista de
substâncias sujeitas à obrigatoriedade de declaração”. Ela serve como base para emissão de documentação
de exportação ou importação de produtos em países que controlam a existência de elementos ou
substâncias nocivas humanas. Assim, mesmo para os fornecedores de lubrificantes, que parecem em
primeira instância inofensivos, para a Indústria Alemã e todas àquelas que fornecem para empresas
certificadas pela VDA, esta Lista faz parte do protocolo de fornecimento. Como as indústrias automotivas
prestam e fornecem seus serviços às montadoras que certamente são certificadas por Órgãos como a VDA,
faz-se necessário que os lubrificantes sejam, como recomendação, elaborados, desenvolvidos e
inspecionados mediante certificação por tal norma.

Para efeito, todo fornecedor que se pretenda homologar, em se tratando da indústria automotiva, deve ter
seu produto submetido a ensaios Toxicológicos e de Atmosfera Industrial, que determinam os riscos e
impactos ambientais. Estes ensaios, na impossibilidade de praticá-los em laboratórios próprios devem ser
submetidos a Institutos de destaque e de confiabilidade exigida.

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3 METODOLOGIA PARA ESCOLHA DO(S) FORNECEDOR(ES)

Construir relacionamentos de parceria entre clientes e fornecedores é um processo que engloba, entre
outras atividades:

* A seleção do parceiro-fornecedor;
• A motivação das partes para a parceria;
• A manutenção gerencial do relacionamento ao longo do tempo.

Selecionar o fornecedor correto significa reduzir os riscos e os custos de negociação, aumentando a


competitividade da empresa. A escolha adequada de um fornecedor pode produzir resultados positivos.

Ao contrário, uma escolha ruim trará problemas para todas as áreas envolvidas, que impactará na
lucratividade da empresa. A visão moderna deixa de lado o oportunismo na relação com os fornecedores e
passa a enxergá-los como recursos necessários às operações e crescimento da empresa, buscando maior
aproximação entre eles.

Robison Drezzett (2009), explicou que a maior parte do dinheiro sai por quatro torneiras: folha de
pagamento, impostos, remuneração dos acionistas e fornecedores.

Cortes na folha de pagamento representam redução imediata de custos, em última medida para conter
gastos considerados emergenciais.

Impostos e remuneração de acionistas são tópicos delicados, pois envolvem atiçar o planejamento jurídico
e mexer com o bolso dos donos da companhia.

O segredo está na contratação de serviços. Se houver mudança da forma de se relacionar com o mercado
fornecedor, se consegue muitas economias importantes.

Segundo especialistas, o corte de custos chega em média a 25%, ou seja, um quarto dos custos pode ser
economizado só na renegociação de contratos e afinidade com o fornecedor.

Quanto aos produtos e serviços que devem ser contemplados na investigação da escolha do fornecedor
adequado, vale ressaltar que o levantamento estruturado das informações e a análise do mercado
fornecedor é um processo que demanda tempo e custo.

Logo, não é recomendável que seja utilizado para todo e qualquer produto ou serviço adquirido.

Assim, sugere-se o esforço de inteligência sobre o mercado fornecedor, abordando os fatores da Matriz de
Categorias ou Famílias, nos seguintes passos:

• Começa-se com os itens estratégicos, depois com os gargalos e, com os itens de alavancagem;

• Não se justifica o emprego deste levantamento de dados para os itens considerados como não-críticos,
devido a sua pouca representatividade e baixo risco de fornecimento;

• Para estes últimos, a pesquisa simplificada, utilizando as fontes de informações tradicionais atende aos
objetivos de seleção dos novos fornecedores.

Conhecendo a necessidade da seleção de um novo fornecedor ou fornecedores de acordo com a Matriz de


Categorias ou Famílias, poderemos dentro do rol de fornecedores interessados e pré-selecionados iniciar a
seleção técnica do produto desejado. Esta seleção entende-se por fases e deve-se, de antemão, informar
ao fornecedor as características típicas e as criticidades que o produto deverá ser submetido no processo
como um todo.

Os lubrificantes de processo de estampagem são produtos auxiliares, usados na produção e obtenção do


produto final da empresa. Seu valor anual comprado é baixo, quando comparado aos insumos principais.
No caso da Indústria Automobilística, o aço, os plásticos e outros insumos detém maiores percentuais dos
valores de aquisição.
Logo, consideramos que os lubrificantes, independente da quantidade de equipamentos e volume
consumido devem ser considerados como

Produtos Gargalos, pois apesar do baixo valor anual de compra, na sua ausência, pode afetar a operação
da empresa.

A Fase 1 é a etapa em que haverá o maior número de fornecedores e uma aproximação maior. Nesta fase
os fornecedores a serem desenvolvidos trazem as amostras de lubrificante de acordo com as especificações
previamente informadas ou de acordo com o desenvolvimento próprio daquele fornecedor adaptado às

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condições de uso do processo.

Estas amostras deverão estar acompanhadas de um Boletim Técnico.

Este Boletim Técnico deverá estar de acordo com a discussão inicial do primeiro encontro com o
fornecedor. Ele deve conter as respectivas características, Normas de Ensaios e de Segurança.

Esta fase é a de coleta das amostras desenvolvidas ou dos produtos similares produzidos em linha,
compatibilizados com o produto requerido. Haverá casos em que o fornecedor possuirá know-how próprio,
tal que descaracterize a sua amostra do convencional exigido. Esta é uma outra forma de desenvolvimento
de produto/fornecedor. Desde que o desenvolvimento não afete o prazo a ser cumprido e o risco seja
assumido, este é o tipo de desenvolvimento que para ambos, cliente/fornecedor, crescem tecnicamente.

Nesta fase estaremos exercendo a primeira seleção de fornecedores. Haverá fornecedores que, por falta
de conhecimento do processo de estampagem e suas prováveis necessidades de correção da formulação
decidam por não participar. Outros, com a mesma dificuldade, até tentam desenvolver o lubrificante
exigido, mas atrasam na entrega das amostras. Não podemos considerar que aqueles fornecedores que
entregam suas amostras em tempo hábil sejam os que possuam conhecimento deste mercado. Faz-se
necessário a evolução das fases para que isto seja comprovado de fato. A quantidade de amostras e o seu
volume depende do envolvimento das demais áreas. Em se tratando de um lubrificante de processo de
estampagem automotiva devemos ter certos cuidados em envolver todas as áreas do processo fabril. É
necessário, pois a garantia do sucesso deste desenvolvimento somente será real se, e somente se, todos
os envolvidos tiverem sua cooperação e participação no processo de desenvolvimento. Há particularidades
intrínsecas de cada processo. As influências de parâmetros operacionais, ambientais e materiais devem ser
observados para que não haja precipitação de resultados. Normas devem ser rigorosamente cumpridas,
evitando qualquer dúvida que exista ou persista.

A Fase 1 do desenvolvimento de fornecedores de lubrificante para estmpagem automotiva requer o


conhecimento e experiência do mesmo em todos os processos de manufatura. Essas exigências são
necessárias porque o produto a ser desenvolvido passa por muitas variáveis de processo e condições
ambientais. O lubrificante é utilizado no processo de Estampagem (Figura 2) por meio de pulverização ou
até mesmo, em processos menos automatizados, manualmente (por pincel), durante a estampagem com a
ferramenta de estampar (denominada de Estampo). O produto obtido deste processo é uma peça unitária
que deverá estar de acordo com os padrões de qualidade estabelecidos. A superfície regular, livre de
rugas, e a isenção de rachaduras (defeito que pode, também, ser causado por falta de lubrificação ou por
lubrificante de características inadequadas ao processo) são atributos de qualidade superficial exigidos.

A não aprovação da peça estampada por falta destes atributos ocorrerá em retrabalhos e refugos. Estes
retrabalhos incorrem em desperdícios de tempo, mão-de-obra, materiais e custos diretos, prejudicando a
eficiência global do processo.

A Figura 3, mostra uma representação do processo automatizado de soldagem. O desenvolvimento deve


ser robusto, de tal forma que o fornecedor tenha experiência neste processo.

A soldagem por contato é o processo que emprega a força de contato entre duas chapas e a passagem de
uma determinada corrente elétrica em um determinado tempo, podendo ou não, ser distintas em
espessura, em características físico-mecânicas ou até químicas. É neste processo de soldagem que há a
união de várias peças que formam um conjunto completo. O lubrificante neste processo deve ter
características dielétricas, ou seja, não pode interferir na eficiência da passagem da corrente elétrica. O
não atendimento desta característica ocorrerá em produto reprovado, pois afetará a qualidade da união
das chapas, quando submetidas a ensaios de Resistência a Tração, nos pontos de uniões do conjunto. A

O processo de Pintura Cataforética empregada, na atualidade, pelas grandes montadoras de veículos


requer atenção. Um lubrificante mal desenvolvido pode ser o responsável pela parada de produção por
motivo da má qualidade da pintura. Neste processo, os veículos passam por determinados banhos para
garantir a qualidade da Pintura. Se o lubrificante impregnado desde o processo de Estampagem (finalidade
de proteção) não estiver compatível com os produtos químicos dos banhos da Pintura, ocorrerá uma reação
química. O produto desta reação química aumentará a tensão superficial da chapa e a deposição de tinta
não ocorrerá. O defeito que se apresentará é denominado de cratera. Este defeito ocorrerá na Pintura.
Pode este defeito ser eliminado no processo de lixamento, que será determinante para a redução de
velocidade do processo, devido ao retrabalho na superfície. Como o lubrificante está impregnado à chapa e
todo o veículo é imerso ao banho de proteção, antes da Pintura, é certo que haverá contaminação geral.
Para continuar o processo é preciso retirar o banho, lavar muito bem o equipamento e repor o banho. A
filtragem contínua deste(s) banho(s) deve ser contínuo e eficiente. O custo e o prejuízo são elevados por
omissão na formulação adequada do lubrificante a este processo.

Fase 2, da metodologia de desenvolvimento, envolve as questões ambientais do produto e a


responsabilidade social do fornecedor. As exigências neste âmbito são severas. Faz-se necessário que os
fornecedores nesta etapa, demonstrem o seu compromisso com o meio-ambiente, fornecendo o

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documental que comprove o registro em Órgão Certificador Ambiental renomado, conferindo-lhe a


ISO-14000. Fornecedores que estão em vias de receber tal Certificação devem comprovar por documentos
protocolados o andamento desta exigência. Casos em que fornecedores não comprovem esta situação,
estarão desclassificados nesta etapa. A Indústria Automobilística, além de pioneira na Certificação
Ambiental tem por obrigação exigir dos seus fornecedores e produtos o mesmo compromisso.

A norma VDA 232-201 (2003) exige dos fornecedores a obrigatoriedade, sob pena de exclusão, de reportar
os elementos químicos que compõem a formulação do produto lubrificante a ser oferecido no processo de
construção do veículo.

2.1.4 Relativamente à composição, todos os produtos envolvidos devem corresponder à VDA 232-101
“Lista de substâncias sujeitas à obrigatoriedade de declaração” emitida pela Associação Alemã dos
Fabricantes de Veículos Automotores (SONNENBERG, 2003, p. 2).

2.2.3 Não são permitidos compostos de cloro e bário (SONNENBERG, 2003, p.2).

2.3.1 Requisitos químico-físicos como odor, deve ser suave, característico do tipo, não incoveniente
(SONNENBERG, 2003, p.2).

As especificações acima, de acordo com a norma automotiva VDA, assegura uma série de informações
toxicológicas exigidas aos fornecedores de lubrificantes de estampagem. Estas informações deverão ser
comprovadas mediante ensaios em laboratório técnico de análise ambiental. As informações relevantes
que asseguram a correspondência às especificações acima, são:

• Grau de toxidade na inalação;


• Grau de irritação epidérmica;
• Grau de irritação ocular;
• Grau de toxidade na ingestão;
• Sensibilidade;
• Efeitos específicos;
• Controle de exposição e proteção individual.

As informações determinadas acima estão diretamente ligadas à composição química do lubrificante. Os


aditivos empregados para obtenção das características mecânicas do lubrificante influenciam nestas
informações e no grau de toxicologia do produto.

2.9.1 Os produto envolvidos devem ser isentos de substâncias danosas a filmes úmidos de pintura (p.ex.
silicone, politetrafluoretileno), causadores de crateras (SONNENBERG, 2003, p.5).

A norma VDA determina que os elementos citados acima devem ser exclusos na formulação da composição
do lubrificante. De acordo com a Figura 4, as crateras provocadas por estas substâncias e seus derivados,
são minúsculos pontos não recobertos pela tinta ou por outro protetor superficial, havendo a possibilidade
de corrosão e do seu alastramento pela superfície interna da proteção. Este defeito, quando apresentado
em ensaios de um veículo acabado é extremamente inconveniente. Os lubrificantes de estampagem
automotiva não devem conter elementos químicos em sua formulação e aditivação que comprometam a
formação das crateras no processo de pintura. O fornecedor deve atender a exigência, Removibilidade,
requerida pela norma VDA 230-201 para os lubrificantes de estampagem automotiva.

2.10 Removibilidade

Os produto envolvidos devem ser completamente removíveis, sem efeitos colaterais, via jateamento,
imersão e através de procedimentos combinados de jateamento e imersão, com agentes químicos de
limpeza ácidos, de alta alcalinidade, predominantemente os chamados produtos de alcalinidade moderada.

O resultado desta exigência será satisfatório no atendimento integral:

1. Após oleamento recém aplicado;


2. Após os testes de corrosão;
3. Após 4 semanas de armazenamento sob as condições da Norma VDA 230-201 (item 4.3), com posterior
armazenamento ao calor por 20 min à 180 (+-2) ºC (SONNENBERG, 2003, p.5).

A exigência ao atendimento deste item da norma é rigorosa. Percebe-se que o fornecedor deve atentar ao
Método de Remoção do lubrificante à superfície e quanto a reação química, se houver, quando do uso de
agentes químicos de limpeza. Além disso, três condições são obrigatórias ao atendimento: logo após a
estampagem, após os testes de corrosão sem a proteção de tinta ou proteção cataforética e após
armazenamento da peça estampada com o lubrificante, aplicando calor. Estes ensaios espelham o real
processo de fabricação automotiva e eliminam o fornecedor que não tenha experiência neste ramo de
produção, porque há complexidade na parametrização do produto, não somente ao processo de

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estampagem como os demais processos de manufatura. O fornecedor necessita de parcerias com outros
fornecedores, seja com fornecedores de chapas de aço, fornecedores dos banhos químicos de proteção
cataforética ou mesmo com o fornecedor de tinta automotiva. Esta parceria trará um repasse de
informações úteis ao fornecedor do lubrificante, adequando o desenvolvimento do produto ao processo de
modo rápido e seguro.

A Fase 3, Análise das Propriedades, são os ensaios, ainda em laboratório que representam as
características físico-químico-mecânicas do lubrificante de estampagem. De acordo com a seção
2.2 há diversas características a serem atendidas, de acordo com a especificação ou pelo acordo de
desenvolvimento inicial. Nesta fase, alguns fornecedores foram eliminados pela etapa anterior. O número
de fornecedores são menores. O critério de avaliação é a confiabilidade do produto de acordo com a
especificação inicial, se houver. Em caso da não existência de uma especificação do produto desejado, o
fornecedor terá maior argumento que o cliente. Isto não é admissível. Faz-se necessário, nesta fase, o
conhecimento do que se deseja adquirir. Em vias de regra, a Análise das Propriedades é uma necessidade
de se atribuir valores técnicos ao produto adquirido. Estes valores passam a ser referência dentro de uma
especificação inicial. Esta referência, em conjunto com a especificação, será o ponto de origem de um
controle do fornecedor e de seu produto. Este controle de fornecimento, por meio das informações obtidas,
seja por um certificado emitido pelo fornecedor ou, seja por análise amostral em laboratório do cliente-
comprador, pode se transformar em uma ferramenta de desempenho da estamparia. Usando a Carta CEP,
p.ex., para determinadas características, p.ex., viscosidade e densidade, pode-se obter informações
cruzadas com o desempenho da estampagem, mediante a qualidade do produto estampado. É válido
atentar que estas características não devam ser as únicas que determinarão o desempenho de qualidade
do processo. Outros parâmetros como ajuste de ferramentas de estampar (estampo), parâmetros de
prensa (força de estampagem e velocidade), características de matéria-prima como a resistência a tração,
alongamento e espessura, pressão de oleamento da chapa, quando o método de aplicação for por
pulverização, p.ex., devem ser observados.

As Propriedades convencionais que há necessidade de controle e ensaios de desenvolvimento do fornecedor


são:

• Viscosidade Cinemática à 100ºF (= 40ºC);


• Densidade à 60ºF (=20ºC);
• Ponto de Fulgor (ASTM D 92);
• Ponto de Combustão ou Ebulição;
• Cor;
• Teor de água (DIN ISO 3733).

Observamos que as características acima são quantitativas e não qualificam se o fornecedor terá êxito ou
não no desenvolvimento. Elas assumem caráter indicativo e de um futuro controle de processo x qualidade.
Um lote de lubrificante fornecido que apresente, p.ex., a coloração diferente dos demais lotes recebidos,
deve ser registrado e comunicado ao fornecedor. É possível uma variação de coloração da matéria-prima
integrante ao lubrificante, mas não indicativo de problema grave que se possa rejeitar. Porém, esta
observação é importante para o usuário, na estampagem. A mesma variação de cor da matéria-prima
integrante da composição poderá ser um indício de determinado componente não agir de forma adequada,
provocando defeitos e transtornos de processo. Neste caso, quando há transtornos evidenciados no
processo e na produtividade da estamparia, os ensaios deverão ser mais intensificados na contra-amostra,
para obtenção de uma informação precisa da composição. Estes ensaios de contra-prova deverão ser
realizados em laboratórios do fornecedor e de um terceiro autorizado e certificado. Os métodos de ensaios
deverão ser padronizados para ambos. O resultado final deverá ser comparado e o fornecedor deverá, de
forma técnica, argumentar sobre a causa. Isto tornará o crescimento tecnológico de ambos e o controle do
processo do fornecedor, específico para aquele cliente mais exigente. Plano de ação e a correção para o
lote próximo são determinações que o usuário comprador deve exigir deste fornecedor.

A Fase 4 é a etapa que não há valor padronizado. É um valor atribuído em ensaios de laboratório que são
traduzidos, quando comparados com outro fornecedor a um valor-referência. Os ensaio de Lubricidade, por
ser intrínseco ao desenvolvimento, deve ser discutido com a área técnica do fornecedor. Isto porque há
uma série de fatores que podem levar a erros de interpretação e, quando se trata de um produto
desenvolvido em parceria, faz-se necessário a troca de informações e observações quanto ao resultado.

Koistinen (1978) descreveu que o tipo de regime de lubrificação na operação de estampagem tem uma
forte influência na condição de atrito, além de minimizar o desgaste da ferramenta e melhorar a qualidade
superficial da peça produzida.

O atrito se torna muito importante, quando formas geométricas de três dimensões são conformadas por
estiramento, estampagem profunda ou outra combinação. No estiramento puro, a chapa é fixada por um
subconjunto da ferramenta, denominado prensa-chapas.

O prensa-chapas é uma alternativa de projeto utilizado na estampagem de chapas com espessura inferior
ou igual a 1,2mm. As partes externas constituintes de um veículo são dotadas de espessuras que variam

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de 0,60 à 0,75mm. Logo, o uso de prensa-chapa é necessário. Koistinen (1978), mostrou que a presença
de um filme lubrificante reduz a quantia do contato direto de superfícies entre a ferramenta e a chapa. Isso
aumenta a vida útil da ferramenta, diminui o desgaste e melhora a qualidade do produto, reduzindo o
índice de perda e defeitos na superfície. Segundo Kobayashi (1989), a maioria do conhecimento da
lubrificação da conformação de metais, p.ex., estampagem, é empírica, com pouca informação
fundamentada em análises. Desta forma, testes simulatórios comparativos são praticados para obtenção
de informações não conclusivas mas, auxiliares à determinação de parâmetros próximos ou melhores ao
existente. Assim, há uma garantia de que nos testes de laboratório as falhas serão minimizadas,
atenuando possíveis falhas em produção. Freire (2003), listou alguns tipos de ensaios simulatórios,
utilizados para os Testes de Lubricidade em Estampagem. São eles:

• Teste de Dobramento;
• Teste de Dobramento-Estiramento;
• Ensaio Erichsen, Olsen e Nakazima;
• Teste do punção abaulado;
• Teste de expansão de furo;
• Teste rápido de copo (Swift);
• Teste de copo cônico (Fukui);
• Teste de enrugamento por copo cônico;
• Teste de flambagem (Yoshida);
• Teste de retorno elástico (Spring back).

A norma VDA 230-201 trata o item Lubricidade na seção de Propriedades de atrito:

2.6 Propriedades de Atrito

Para atender à designação Lubrificante o comportamento tribológico do óleo anticorrosivo deve ser
melhorado através de adequada aditivação de modo que, na transformação seja necessária a menor
quantidade possível de outros lubrificantes auxiliares ao processo.
Exigências:

As pressões superficiais até 12N/mm2, os lubrificantes têm a função de evitar fenômenos negativos como
soldagens a frio (Grimpagem) e/ou defeitos Stip-Slick (Agarra-Desliza). (SONNENBERG, 2003, p.4).

Vemos a importância do ensaio de lubricidade, mesmo sendo um ensaio empírico comparativo. Em estudos
recentes de desenvolvimento de fornecedores para lubrificante de estampagem, obtiveram-se informações
acerca deste ensaio, resultando uma coletânea de dados que se transformaram em características
determinantes ao desenvolvimento.

A Tabela 01, elaborada a partir dos estudos conclusivos de Freire (2003), demonstra que o Ensaio Erichsen,
adaptado, pode ser utilizado como alternativa no desenvolvimento de fornecedores. Isto porque a
diferença de resultado entre o modelo experimental, utilizando o Ensaio Erichsen, e o modelo matemático,
utilizando Elementos Finitos, possuem pequena diferença. Na prática, estas diferenças são desprezíveis
(FREIRE, 2003).

Este trabalho alcançou os objetivos previstos inicialmente, dentro da metodologia proposta, que foi
verificar a influência do lubrificante no processo de estampagem, usando o Ensaio Erichsen. Os resultados
experimentais e numéricos mostram que a mudança de condição de lubrificação influencia muito nos
resultados obtidos (FREIRE, 2003, p.141).

Tabela 01 – Ensaio Erichsen de Lubricidade: Comparativo entre fornecedores


Fonte : Autor (2008)

De acordo com a Tabela 01, vemos que o fornecedor B é o atual. O fornecedor A é importado e o
fornecedor C, nacional. A média dos valores do Ensaio Erichsen, mostra que o fornecedor nacional tem seu
índice de estampabilidade reduzido, quando comparado aos demais fornecedores. Isto significa que a sua
lubricidade e poder de lubrificação é menor que os demais. Proporcionalmente a estes valores, significa,
também, que o coeficiente de atrito deste lubrificante é maior que os demais. Logo, sua capacidade de
carga para suportar a pressão de trabalho é, também, menor. O objetivo em apresentar a Tab. 01 é a
importância do Ensaio de Lubricidade no desenvolvimento de fornecedores. Para um completo estudo,
neste requisito, outros fornecedores, aprovados em etapas anteriores, completariam a tabela acima. Desta
forma, estudos aprofundados podem ser realizados. Ensaios de variabilidade de viscosidade e de aditivação
Extrema-Pressão (EP), são exemplos de estudos completos em que se pode encontrar o fornecedor mais
adequado e, até mesmo, superior ao fornecedor benchmark atual.

Os ensaios como Fourball e o Erichsen adaptado, são ensaios alternativos de desenvolvimento, quando o
fornecedor não possui em seu laboratório o equipamento prescrito na norma VDA 230-201 (seção 5.6).
Esta exigência, determinante para aprovação de fornecedores de lubrificante para estampagem

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automotiva, pode ser executado em laboratórios de terceiros, credenciados ou, até mesmo em
laboratórios no exterior. Como os resultados seriam de médio a longo prazo, em detrenimento ao
cronograma de desenvolvimento e até mesmo a urgência de desenvolver um novo fornecedor, os ensaios
Fourball e Erichsen adaptado, são alternativas do momento que podem responder a estes requisitos, com
incerteza de precisão do resultado (apenas como comparativo).

A própria norma VDA mostra e informa os detalhes do equipamento e dos parâmetros de ensaio.

O procedimento para a realização da Fase 5 somente ocorrerá, necessariamente, quando os fornecedores


selecionados forem aprovados nas fases anteriores. Ou seja, na Fase 5 o fornecedor terá seu produto
testado na prática, passando por um período determinado pelos processos produtivos e sujeito as variáveis
comuns e não-comuns. Esta fase é a finalização do desenvolvimento técnico do fornecedor e a
apresentação da sua real competência técnica no desenvolvimento. A responsabilidade de aprovação
técnica ficará sob responsabilidade das áreas conjuntas do desenvolvimento (p.ex. Qualidade da
Estamparia, Qualidade da Solda e Qualidade da Pintura, Engenharia de Processos da Estamparia , de Solda
/ Armação e Pintura, Manufatura Estamparia).

O grupo de Desenvolvimento de Fornecedores é formado basicamente por Compras, Engenharia,


Qualidade e Logística para suprir eventuais necessidades (substituição de fornecedor ou desenvolvimento
de novo item exclusivo). É onde a área de Compras atua fortemente, trazendo as opções a serem
selecionadas e desenvolvidas” (Junior et al, 2007). Nesta fase, o grupo de desenvolvimento em conjunto
com o fornecedor estabelece um cronograma de teste de produção. A quantidade de lubrificante a ser
fornecido para o teste, as peças críticas a serem estampadas, a negociação de um eventual custo de
rejeição (em caso de problemas na produção, p.ex., refugo ou paralisação do processo), a área de
inspeção final do produto após a Pintura, o método de inspeção amostral ou não, são elementos de
negociação prévia a serem discutidos e protocolados, antes do teste de produção. Testes de produção
devem ser acompanhados pelo grupo de desenvolvimento, pelas áreas competentes e pelo representante
técnico do fornecedor. Quaisquer dúvidas técnicas deverão ser discutidas pelo grupo, não cabendo
divergências posteriores por desconhecimento da causa-efeito geradora.

A Fase 6 é de responsabilidade única do comprador. É a finalização do desenvolvimento de um novo


fornecedor. Por isto há a necessidade no desenvolvimento técnico de um lubrificante de estampagem, a
elaboração de um Time de Desenvolvimento multidisciplinar. Nesta fase final, o comprador assume papel
importante para definição do(s) fornecedor(es) do novo lubrificante de estampagem automotiva, aplicado
àquele processo específico. De acordo com Villela (2003), os critérios de seleção e avaliação de
fornecedores são agrupados em 5 categorias:

• Categoria 1: Estrutura e aspectos tecnológicos;


• Categoria 2: Comprometimento e compatibilidade estratégica;
• Categoria 3: Aspectos de gestão;
• Categoria 4: Competências;
• Categoria 5: Informações adicionais.

As categorias devem estar em acordo com a Política e Estratégia da empresa compradora. Em geral,
podemos relacionar os critérios acima descritos com a Matriz de Categorias e Famílias (Quadro 01).
Sabendo que o fornecedor a ser desenvolvido se encontra na categoria “Gargalo”, a seleção deste estará
de acordo com a primeira categoria, Estrutura e aspectos tecnológicos (Quadro 02). Como o produto a ser
desenvolvido tem características técnicas definidas e há poucos fornecedores locais que garantam esta
especificação, de forma a não comprometer o produto final obtido, os critérios desta categoria cruzam
informações que estabelecem, ao menos de forma inicial, parâmetros de seleção. O comprador, em sua
análise final, irá comparar o(s) fornecedor(es) com os critérios estabelecidos dentro deste grupo. Estes
critérios descritos no Quadro 02, servem de base para a continuidade do trabalho com o fornecedor. A
próxima etapa, após a seleção e o desenvolvimento do fornecedor de lubrificante de estampagem
automotiva é a Avaliação do Fornecedor, não tratado neste trabalho. Porém, a Avaliação do fornecedor é a
fase que demonstrará a necessidade de melhorias no desempenho e a consolidação do relacionamento
cliente-fornecedor.

A maioria dos funcionários de compras e suprimentos encontra pouca dificuldade para identificar as
características exigidas de um fornecedor, porque veem a identificação e a seleção de fontes apropriadas
como uma de suas principais tarefas. Entretanto, há de modo geral, um menor nível de preocupação
associado aos atributos de um bom cliente ou comprador. A visão tradicional é de que o comprador está
gastando recursos financeiros e os fornecedores devem ser encorajados a competir vigorosamente para
serem aceitos.

Essa visão não é amplamente aceita, e há crença crescente que os compradores e fornecedores estão
procurando um relacionamento benéfico a longo prazo, que possibilite vantagens para ambas as partes no
processo comercial. Termos como sinergia ou simbiose são usados para descrever o relacionamento
comprador-fornecedor, indicando que um arranjo ideal leva a uma situação “2+2=5”, em que surgem
benefícios adicionais para ambos. Todavia, se tal relacionamento ocorrer, uma das primeiras ações que um

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comprador precisa fazer é descobrir o quê o(s) fornecedor(es) está(ao) procurando e tentar atender a
essas exigências.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A demanda da produção de veículos automotivos está elevada. Vemos no cenário nacional a participação
de mercado de novas montadoras, atraídas por incentivos econômico-fiscais e, porque não, pela
mão-de-obra abundante. Não obstante, o crescimento de fornecedores automotivos se eleva.
Proporcionalmente, se eleva, também, o consumo de matéria-prima, o aço automobilístico. Projetado para
as exigências do consumidor, o veículo ainda detém 55% da sua massa, em aço. Assim, as estamparias
automotivas nacionais prospectam alcançar níveis de excelência. Desta forma, a Indústria de lubrificantes
nacionais elevam seu potencial de produção e atingem níveis maiores de qualidade, comparando-se aos
lubrificantes importados. Sabendo que as montadoras que se instalam no Brasil têm capital estrangeiro e
desconhecem o potencial local, trazem consigo a tecnologia e o know-how diversificado do seu
país-origem. É possível entender esta prática, pois a tecnologia para fabricação de veículos advém do
exterior e consigo o portfólio de sub-produtos e necessidades. É menos incômodo, pagar mais por um
sub-produto como, p.ex., um óleo lubrificante de estampagem importado, que a tentativa de desenvolver
fornecedor local no momento da instalação ou SOP (Start of the Production). É eliminar o risco da
incerteza.

Assim, observa-se que a longo prazo, na consolidação e solidificação da tecnologia de produção, o


desenvolvimento de novos fornecedores de lubrificante para estampagem automotiva se faz necessário. Os
custos de negociação e importação devem ser reduzidos. A tecnologia está sedimentada. Fornecedores de
lubrificantes estão adaptados a desenvolver produtos para aplicação exclusiva as mais diversas tecnologias
de estampagem e das diversas classificações de aços automobilísticos empregados. Faz-se necessário que
o desenvolvimento de um lubrificante para estampagem automotiva, tenha um time de apoio.
Departamentos como Compras, Engenharia, Qualidade e Logística devem trabalhar ativamente para
obtenção de resultados satisfatórios ao longo deste.

A Metodologia para desenvolvimento de fornecedor de lubrificante para indústria automotiva deve


obedecer 6 fases de implantação. A eliminação de uma das fases descritas trará adversidades ao
desenvolvimento, haja vista que as fases são dependentes para o bom desempenho do produto e por
conseqüência do fornecedor.

Cabe informar que a Metodologia para o desenvolvimento de fornecedores de lubrificante para


estampagem automotiva poderá ser utilizada para outros processos de conformação como, trefilação,
extrusão ou laminação. Importante salientar que cada processo tem suas características inerentes.

Recomendamos a elaboração de novos artigos fundamentados por este. Artigos como estudos técnicos
comparativos sobre os Métodos de Determinação da Lubricidade, Determinação de coeficientes de atrito
entre um determinado lubrificante de estampagem e várias classes de aço automobilístico atuais,
Desempenho de fornecedores de lubrificantes com diferente aditivação EP (Extrema-Pressão),
Avaliação de Fornecedores desenvolvidos para lubrificação de estampagem automotiva e Critérios de
Avaliação de Fornecedores desenvolvidos e seu desempenho pós-desenvolvimento serão úteis para o
monitoramento e a relação de parceria que se deseja. Estes temas darão continuidade a este trabalho.

Entre em contato com o Autor:


E-mail: jose.ferreira2@volkswagen.com.br

5 REFERÊNCIAS

AZEVEDO, R. A. et al. Programa Interlaboratorial de Lubrificantes (PIL). Instituto Brasileiro de Petróleo e


Gás (IBP), Boletim Técnico, Rio de Janeiro, 47(214): 266-274, abr./dez. 2004, Petrobrás.

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