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TEORIA BÁSICA PARA VIOLÃO II

Escala Cromática
Definição: Todas as notas musicais (tons) utilizadas na música. No violão, corresponde a cada casa; no
teclado, a cada tecla... Além das notas naturais, que são mais conhecidas tem também as notas enarmônicas:
as naturais alteradas com o sustenido (#) e o bemol (b).
A compreensão da estrutura desta escala permite ao músico um melhor desempenho na execução de diversas
músicas em vários tons. Bem como uma maior facilidade para tocar outros instrumentos musicais de
harmonia.
4J (sus 6M (°
6m
P 2m 2M 3m 3M ou sus 5m (5-) 5M ou 7m 7M (7+) 8J
(5+)
4) 7dim)
C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C
C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db)
D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D
D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb)
E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E
F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E F
F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb)
G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G
G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab)
A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A
A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb)
B C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B

Além desses 13 tons (na verdade 12, porque a 8ª é a repetição da primeira) com a formação dos acordes
chamados dissonantes após a 8ª usa-se outras numerações, de acordo com o timbre. Veja na tabela as
dissonantes mais usadas em negrito.
8=P 9- = 2m 9 = 2M 9+ = 3m 10 = 3M 11 = 4 11+ = 5- 12 = 5M 13 = 5+ 13 = 6M
C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A
C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb)
D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B
D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C
E F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db)
F F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D
F# (Gb) G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb)
G G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E
G# (Ab) A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E F
A A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb)
A# (Bb) B C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G
B C C# (Db) D D# (Eb) E F F# (Gb) G G# (Ab)

Afinação e o braço do violão


Da mesma forma que os outros instrumentos de corda, o violão tem a sua afinação particular. Para o violão
mais comum, o de seis cordas, a afinação é EBGDAE, da primeira corda (ou a mais aguda) até a sexta corda
(ou a mais grave) todas soltas. Existem outros tipos de violão: 7 cordas; 8 cordas, 12 cordas, etc.
1ª casa 2ª casa 3ª casa 4ª casa 5ª casa 6ª casa 7ª casa
1ª corda
2ª corda
3ª corda
4ª corda
5ª corda
6ª corda
Conhecendo a estrutura da escala cromática e a afinação do violão para o violão de seis cordas, podemos
conhecer todo o braço do violão o que ajuda na transposição de tonalidades e na formação de acordes de
modo a facilitar a execução de uma música, com mais agilidade e conforto. Veja abaixo a afinação e a leitura
do braço do violão:

Sendo assim, uma das possíveis formas de se afinar o violão, tendo como ponto de partida a 1ª corda afinada
(mi) e subindo uma a uma pressionando as casas correspondentes a cada nota abaixo (cordas soltas).

TEORIA BÁSICA PARA VIOLÃO III


Campo Harmônico e Sequências Harmônicas
Definição: é uma sequência de acordes que se combinam harmonicamente. O campo harmônico pode ser maior ou
menor. O domínio do CH facilita na harmonização (uso de acordes para acompanhamento de melodias), tornando
mais fácil tirar músicas de ouvido, por exemplo, e tocar em outras tonalidades.
A partir dos campos harmônicos temos inúmeras sequências possíveis, algumas que, por sinal, são muito recorrentes
na música popular.
Basta fazer uma sequência usando os acordes de uma destas linhas abaixo que naturalmente reconhecerá alguma
canção ou poderá musicar alguma letra. Veja abaixo os campos harmônicos maio e menor e seus respectivos exemplos
de sequências.
Campo Harmônico Maior
2° Grau 3° Grau 4° Grau 5° Grau 6° Grau 7° Grau
Tônica menor menor maior maior (7) menor semidiminuta
C Dm Em F G Am Bm7/5-
C# (Db) D# (Eb)m Fm F# (Gb) G# (Ab) A# (Bb)m Cm7/5-
D Em F# (Gb)m G A Bm C# (Db)m7/5-
D# (Eb) Fm Gm G# (Ab) A# (Bb) Cm Dm7/5-
E F# (Gb)m G# (Ab)m A B C# (Db)m D# (Eb)m7/5-
F Gm Am A# (Bb) C Dm Em7/5-
F# (Gb) G# (Ab)m A# (Bb)m B C# (Db) D# (Eb)m Fm7/5-
G Am Bm C D Em F# (Gb)m7/5-
G# (Ab) A# (Bb)m Cm C# (Db) D# (Eb) Fm Gm7/5-
A Bm C# (Db)m D E F# (Gb)m G# (Ab)m7/5-
A# (Bb) Cm Dm D# (Eb) F Gm Am7/5-
B C# (Db)m D# (Eb)m E F# (Gb) G# (Ab)m A# (Bb)m7/5-

Exemplos:
C Am Dm G7; C G Am Em F C G7 C; C G Am F C G7 C C Em F G7 C;
C Dm G7 C; C F G C; C Am F G

Campo Harmônico Menor


2° Grau 3° Grau 4° Grau 5° Grau 6° Grau
Tônica semidiminuta maior menor maior (7) maior 7° Grau maior
Am Bm7/5- C Dm E F G
A# (Bb)m Cm7/5- C# (Db) D# (Eb)m F F# (Gb) G# (Ab)
Bm C# (Db)m7/5- D Em F# (Gb) G A
Cm Dm7/5- D# (Eb) Fm G G# (Ab) A# (Bb)
C# (Db)m D# (Eb)m7/5- E F# (Gb)m G# (Ab) A B
Dm Em7/5- F Gm A A# (Bb) C
D# (Eb)m Fm7/5- F# (Gb) G# (Ab)m A# (Bb) B C# (Db)
Em F# (Gb)m7/5- G Am B C D
Fm Gm7/5- G# (Ab) A# (Bb)m C C# (Db) D# (Eb)
F# (Gb)m G# (Ab)m7/5- A Bm C# (Db) D E
Gm Am7/5- A# (Bb) Cm D D# (Eb) F
G# (Ab)m A# (Bb)m7/5- B C# (Db)m D# (Eb) E F# (Gb)
Exemplos:
Am Dm G C F Dm E7 Am; Am G C F E7 Am; Am Dm E7 Am; Am E Am
Dm Am E7 Am

Obs.: Nos exemplos foram utilizadas as tonalidades de C e Am, mas as sequências podem ser em qualquer
tonalidade, basta fazer a transposição - mudar o tom da música.

TEORIA BÁSICA PARA VIOLÃO IV


Formação dos acordes naturais
Acorde é a combinação das notas da escala cromática formando as tonalidades. Podem ser maiores, menores
ou dissonantes.
Os acordes são formados a partir de tríades ou tétrades. Tríade é a combinação de três notas que formam os
acodes maiores ou menores. Tétrade é a combinação de quatro notas, formam os acordes dissonantes
maiores, menores ou diminutos.

Tríades de acordes maiores (P – 3M – 5M)


Exemplos:
dó – mi – sol = C ré – fá# - lá = D fá – lá – dó = F sol# – d ó – ré# =
G# sib – ré – fá = Bb
Tríades de acordes menores (P – 3m – 5M)
Exemplos:
dó – mib – sol = Cm ré – fá - lá = D m fá – láb – dó = Fm sol# – si – ré# =
G#m sib – réb – fá = Bbm

Obs.: note que a diferença entre o acorde maior e o menor é de apenas um semitom (meio tom) de 3M para
3m.

Formação dos acordes dissonantes


Dissonantes, como o próprio nome quer dizer, é um som “fora”; são aqueles acordes que dão uma tensão
diferenciada na música. No início, a impressão que dá é que houve digitação do acorde de uma forma
incorreta ou de instrumento desafinado, mas depois de algum tempo, com o ouvido mais apurado se percebe
a beleza e, em alguns casos, a necessidade de utilizar esses acordes.

Tétrades de acordes dissonantes maiores com sétima menor (P – 3M – 5M – 7m)


Exemplos:
si – ré – fá# - lá = B7 dó – mi – sol – sib = C7 fá# – lá# – dó# – mi = F#7
solb – sib – réb – mi = Gb7

Tétrades de acordes dissonantes menores com sétima menor (P – 3m – 5M – 7m)


Exemplos:
sol# – si – ré# – fá = G#m7 mi – sol – si – ré = Em7 ré – fá – lá – dó = Dm7
si – ré – fá# – lá = Bm7
Tétrades de acordes dissonantes maiores com sétima maior (P – 3M – 5M – 7+)
Exemplos:
ré – fá# – lá – dó# = D7+ sol# – dó – ré# – fá# = G#7+ mib – sol – sib – ré = Eb7+
fá – lá – dó – mi = F7+

Tétrades de acordes dissonantes menores com sétima maior (P – 3M – 5M – 7+)


Exemplos:
ré – fá – lá – dó# = Dm7+ sol – sib – ré – fá# = Gm7+ mib – sol – sib – ré = Eb7+
fá# – lá – dó# – fá = F#m7+
Tétrades de acordes dissonantes com sétima diminuta ou simplesmente acorde
diminuto( P – 3M – 5M – 7dim)
Exemplos:
si – ré – fá – sol# = B° ré – fá – láb – si = D° fá – láb – si – ré = F°
sol# – si –ré – fá = G#°

Obs.: note que os quatro acordes diminutos, embora distintos, são formados pelas mesmas notas. Isto permite
a substituição numa música, se for conveniente, é óbvio, havendo uma diferenciação apenas no baixo – nota
mais grave a ser executada. O mesmo se aplica aos dois grupos de acordes dissonantes: C°, D°, F#° e A° e
C#°, E°, G° e Bb°.

Existem também os acordes semidiminutos (P – 3m – 5m – 7m), a diferença em relação ao acorde diminuto


é a sétima que é menor ao invés de diminuta, ou seja, apenas um semitom abaixo da 7M e não um tom. O
termo semidiminuto é para evitar a leitura, por exemplo: C#m7/5- = dó sustenido menor com sétima menor
e quinta diminuta. Pode ser lido: dó sustenido semidiminuto e escrito C#Ø. .

As tétrades acima são as mais usadas, mas existe uma infinidade de combinações possíveis, das quais
algumas merecem destaque pela sua frequência sobretudo na MPB.

Acordes maiores com nona [P – 3M (ou omite-se a substituindo pela 9M) – 5M]; ex: A9, C9, F#9, Bb9;
Acordes menores com nona [P – 3m – 9M – 5M] ex: Bm9, A#9, Ebm9;
Acordes com sétima e nona [P – 3M ou 3m – 5M – 7m – 9M] ex: E7/9, Bm7/9, F7/9, Dm7/9;
Acordes com sétima e nona MENOR [P – 3M ou 3m – 5M – 7m – 9m] ex: C7/9-, Bb7/9-;
Acordes com sétima e nona aumentada [P – 3M ou 3m – 5M – 7m – 9+] ex: G7/9+, C#m7/9+, Bb7/9+,
Em7/9+;
Acordes com quarta [P – 4J – 5M] ex: A4, A4sus, C#4, E4sus;
Acordes com sétima e quarta [P – 4J – 5M – 7m] ex: F7/4, D7/4;
Enfim, inúmeras possibilidades, por exemplo: C7+/9, D4/9, B7/4/9, A5+, B7/5+, D4/9+, Bm4/9...

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