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LICEU MUNICIPAL PREFEITO CORDOLINO AMBRÓSIO

Área do conhecimento: História Turma: 701 a 708

Professor: Luciane Bica e Oazinguito Ferreira Aula: 03 (NOVEMBRO)

COMPETÊNCIAS: Competências Gerais: 1 e 2 Competências da Área: 2 e 3 Competência Específica: 5


HABILIDADES: EF07HI20
CARGA HORÁRIA: 2 horas e meia
AVALIAÇÃO: Exercícios com questões objetivas
DATA DE ENTREGA: 16 a 19 de novembro

NOME DO ALUNO: __________________________________________________________________________


TURMA:_____________________________________ DATA:_____/______/2021

ATIVIDADE AVALIATIVA 4 – 4º BIMESTRE – BANDEIRAS E BANDEIRANTES


Texto 1:
Os Bandeirantes empreenderam várias expedições denominadas de bandeiras. As bandeiras
eram expedições particulares que reuniam indivíduos que iam aos sertões coloniais com a intenção de
capturar indígenas para uso como mão de obra escrava, além de procurarem pedras e metais preciosos.
Nestas primeiras expedições, o armamento básico utilizado eram arco e flecha (mesmo poderio bélico de
muitos indígenas que se intencionava capturar).
Na segunda metade do século XVII, o Império Português atravessava uma crise. Naquela situação,
a Coroa portuguesa estimulou a procura por metais preciosos em suas colônias. As bandeiras somaram-
se à expedições oficiais financiadas pela própria Coroa denominadas de Entradas.
As entradas podem ser consideradas como expedições oficiais de exploração do território na
busca por suas potencialidades econômicas.
As bandeiras podem ser tomadas como expedições fortemente armadas organizadas por
particulares.
Os principais objetivos das bandeiras foram: a busca por mão de obra indígena para
escravização; guerras e escravidão de muitos indígenas hostis à colonização; localização e destruição
de quilombos formados por negros e indígenas fugidos dos núcleos coloniais e a busca por metais
preciosos.
Os mais conhecidos bandeirantes eram, em sua grande maioria, da região paulista. Dentre eles se
destacaram: Antônio Raposo Tavares, Domingos Jorge Velho, Morais Navarro, Domingos Calheiros,
Estevão Parente, Fernão Dias Paes, Manuel Borba Gato, Bartolomeu Bueno da Silva, Pascoal Moreira
Cabral e André Fernandes.
Os bandeirantes encontraram ouro por volta de 1695. Dali em diante, empreenderam outras
“descobertas” em regiões dos atuais Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Quem circular pelas
rodovias, avenidas, praças e ruas de São Paulo certamente se verá rodeado de homenagens a esses
indivíduos.

Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista. Pintura de Benedito Calixto, 1903.

Na historiografia tradicional, as representações de que os bandeirantes foram responsáveis pelas


riquezas de nosso país; verdadeiros desbravadores do sertão brasileiro; ampliadores de limites territoriais
e incansáveis expedicionários na busca por metais e pedras preciosas acabaram por reduzir o caráter

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muito mais complexo da colonização e do papel desempenhado por estes sujeitos. As representações a
eles atribuídas e as homenagens que ainda hoje lhes são feitas dificultam uma compreensão maior sobre
o complexo funcionamento da sociedade colonial.
Como dito, desde o início da colonização, os bandeirantes se lançaram ao apresamento de
indígenas para escravização, chegando muitas vezes a invadir Missões Jesuíticas, onde milhares de
índios já vivenciavam outros processos de desestruturação cultural com base na evangelização e
catequese.
Conforme apontou John Monteiro, ao longo do século XVII, os bandeirantes assolaram centenas de
aldeias indígenas em várias regiões e trouxeram milhares de índios de diferentes grupos étnicos para suas
fazendas, obrigando-os a trabalhar de modo compulsório, ou seja, como escravizados. As frequentes
expedições bandeirantistas alimentaram um verdadeiro sistema de mão de obra indígena no planalto
paulista que possibilitou a produção e o transporte de gêneros agrícolas para abastecimento de uma
complexa rede comercial que incluía outras partes da América Portuguesa e mesmo outras bandas do
Atlântico Meridional. Estas questões ainda precisam ser analisadas com maior atenção pelos
pesquisadores contemporâneos.
Fonte: Infoescola
Adaptado
Texto 2:

Estátua de Borba Gato, símbolo da escravidão em São Paulo, é incendiada por ativistas.

A estátua em homenagem ao bandeirante Manuel de Borba Gato (1649-1718), um dos


monumentos mais tradicionais e controversos da cidade de São Paulo, foi incendiada na tarde deste
sábado, 24. Um grupo denominado Revolução Periférica assumiu a autoria do ato e publicou nas redes
sociais imagens do ataque. Diversos jovens mascarados de preto jogando pneus e em seguido líquido
inflamável e colocando fogo. As labaredas subiram rapidamente, assim como a fumaça preta no bairro de
Santo Amaro, zona sul da cidade.
Inaugurada em 1963, a estátua é alvo de críticas pelo papel de Borba Gato no avanço colonizador
ao interior do país na época da mineração, tomando terras e escravizando indígenas e negros. A estátua
tem 13 metros de altura e levou seis anos para ficar pronta. A obra do escultor Julio Guerra (1912- 2001)
já havia sido pichada em 2016, junto com o Monumento às Bandeiras, outro símbolo da exploração
colonial brasileira na cidade.
Diversos grupos pedem a derrubada da estátua, em um movimento que ganhou força no ano
passado após decapitações e demolições de símbolos escravagistas nos Estados Unidos, impulsionadas
pela onda de protestos antirracistas, gerada pela morte de George Floyd.
“Borba Gato, bandeirante, foi um escravocrata responsável pela morte de povos indígenas durante
a interiorização do território brasileiro. Hoje, a estátua Borba Gato, situada no bairro de nome homônimo,
no distrito de Santo Amaro, presta homenagem à sua biografia genocida”, descreve uma das petições on-
line direcionadas à Secretaria Municipal de Cultura cobrando a retirada da estátua.
“Nós, Guarani das aldeias de São Paulo, nos sentimos humilhados todas as vezes que passamos
ao lado dessa estátua. Borba Gato foi um assassino de povos indígenas e não pode ser considerado um
herói”, argumenta outro abaixo-assinado.
A figura dos bandeirantes como símbolo paulista ganhou força na época da Revolução de 1932,
quando os governantes precisavam de argumentos para unir a população em torno de um sentimento
comum. Assim, o bandeirante começou a ser retratado como um herói, em detrimento da história dos mais
de 300.000 índios capturados e escravizados pelas bandeiras.
Fonte: El Pais, Brasil. São Paulo - 24 JUL. 2021.
Adaptado
ATIVIDADE AVALIATIVA 4 – 4º BIMESTRE – FRANCESES, BANDEIRANTES E JESUÍTAS NO BRASIL COLÔNIA

1. As bandeiras podem ser descritas como:

(A) Expedições organizadas pelo governo português para fiscalizar o comportamento dos colonos.
(B) Expedições organizadas pelas autoridades portuguesas para impedir o avanço dos franceses e
holandeses sobre a colônia.
(C) Expedições organizadas pelos franceses contra as forças portuguesas que dominavam o litoral do
Brasil e impediam que os franceses se apoderassem das terras brasileiras.

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(D) As bandeiras eram expedições particulares que reuniam indivíduos que iam aos sertões coloniais com
a intenção de capturar indígenas para uso como mão de obra escrava, além de procurarem pedras e
metais preciosos.

2. As entradas podem ser descritas como:

(A) As entradas podem ser consideradas como expedições oficiais de exploração do território na busca por
suas potencialidades econômicas.
(B) As entradas podem ser consideradas expedições particulares empreendidas pelos paulistas em busca
de escravizados de origem indígena.
(C) As entradas podem ser consideradas expedições empreendidas pelos colonos nordestinos para
buscarem drogas do sertão pelo interior da Colônia.
(D) As entradas podem ser consideradas expedições empreendidas pelo governo português para proteger
o território da Colônia da ameaça de ocupação por parte das outras nações europeias.

3. Todas as alternativas a seguir acerca dos principais objetivos das bandeiras estão corretas, com
exceção de uma. Marque a ERRADA:

(A) As bandeiras buscavam por mão de obra indígena para escravização.


(B) As bandeiras travavam guerras e escravizaram muitos indígenas hostis à colonização.
(C) As bandeiras ajudaram na localização e destruição de quilombos formados por negros e indígenas
fugidos dos núcleos coloniais.
(D) As bandeiras não tinham como objetivo a busca por metais preciosos.

4. As bandeiras e os bandeirantes são hoje um tem que gera intenso debate no nosso país. Existem
muitas pessoas, inclusive historiadores, que defendem uma revisão a respeito das homenagens prestadas
aos bandeirantes através de estátuas, por exemplo.
Sobre esse tema, todas as alternativas a seguir estão corretas, com exceção de uma. Marque a
ERRADA:

(A) Na historiografia tradicional, as representações de que os bandeirantes foram responsáveis pelas


riquezas de nosso país; verdadeiros desbravadores do sertão brasileiro; ampliadores de limites territoriais
acabaram por reduzir o caráter muito mais complexo da colonização e do papel desempenhado por estes
sujeitos.
(B) Desde o início da colonização, os bandeirantes se lançaram ao apresamento de indígenas para
escravização, chegando muitas vezes a invadir Missões Jesuíticas.
(C) Os bandeirantes foram, no passado, defensores dos indígenas, tentando impedir que eles fossem
escravizados pelos jesuítas.
(D) Os bandeirantes assolaram centenas de aldeias indígenas em várias regiões e trouxeram milhares de
índios de diferentes grupos étnicos para suas fazendas, obrigando-os a trabalhar de modo compulsório, ou
seja, como escravizados.

5. No Texto 2 a notícia se refere ao ataque sofrido pela estátua do Bandeirante Borba Gato em julho, na
cidade de São Paulo. Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do Texto 2:

(A) O bandeirante Borba Gato foi um dos elementos que no passado foi responsável pela escravização de
indígenas e nos dias atuais existem diversos grupos que não querem continuar prestando homenagem a
uma figura que representa escravidão e destruição.
(B) O bandeirante Borba Gato foi um dos grandes heróis brasileiros, protetor dos povos indígenas e outros
grupos.
(C) O bandeirante Borba Gato foi um governador da província de São Paulo, reverenciado pela sua
atuação como protetor dos povos de origem africana que para cá foram trazidos.
(D) O bandeirante Borba Gato foi um dos elementos que tentou defender os indígenas dos jesuítas, que
queriam transformar esses grupos em escravizados.

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