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Livro Eletrônico

Aula 00

Conhecimentos Específicos p/ IGP-SC (Perito Criminal - Bioquímico) Com videoaulas

Professor: Wagner Luiz Heleno Marcus Bertolini


ESPECÍFICOS IGP SC 2017
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Prof. WAGNER BERTOLINI

AULA 00: APRESENTAÇÃO DO CURSO

SUMÁRIO PÁGINA
1. Saudação e Apresentação do professor 01
2. Apresentação do curso 04
3. Cronograma das Aulas 05
4. Cromatografia. Aspectos iniciais 08
5. Questões 26

1. SAUDAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR

Olá meus novos amigos,


É com grande satisfação que apresento a vocês este curso de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS, projetado especialmente para
ajudá-los a serem aprovados neste concurso para o concurso da
PERITO BIOQUÍMICO DO IGP-SC, 2017.
Edital lançado, cargos e conteúdos estabelecidos e aqui vamos nós,
sem poder perder mais tempo. ATÉ QUE ENFIM SAIU O EDITAL!!!!
A carreira de perito é muito bacana. Vocês certamente devem ter uma
boa noção de suas atribuições. A grana também é bem bacana (quase
R$16.000,00. Cara, grana pra dedéu.

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Aqui vale a pena lembrar que, além da profissão deslumbrante, ainda


temos em consideração o excelente subsídio (salário, grana, bufunfa,
carvão, pratas, etc.... chame do que quiser. É muita grana, mesmo).
Muitos já estão estudando para este concurso. Agora acaba de sair o
edital. Portanto, sem perder mais nenhum dia para sua preparação.
E para isto, você deve ter um material de qualidade, que vise a sua
plena formação.

Este curso será desenvolvido visando trazer os assuntos escritos de


uma forma bem tranquila, abrangendo o conteúdo de cada aula com
muito rigor, porém, buscando trazer os aspectos mais relevantes para
sua prova.
Caso eu venha a gravar mais vídeo-aulas estas serão postadas
imediatamente após a edição e de forma gratuita.
A aula 00 servirá como um “aperitivo” de como escrevo, minha forma
de tratar do assunto, com muitas dicas, orientações, etc.
Se gostar do material e quiser aderir ao meu curso, será uma grande
satisfação profissional. Saiba que busco trazer o melhor para meus
alunos. Pois, a sua aprovação é muito recompensadora e me deixa
muito feliz em saber que, de alguma forma pude colaborar.

Permitam-me fazer uma breve apresentação de minha trajetória


acadêmica e profissional:
- Sou Perito Criminal da PCSP, atuando na cidade de Ribeirão Preto/SP.
- Professor de editoras voltadas a concursos públicos, ministrando
diversos cursos e, em especial, na área de Segurança Pública.
-Graduado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas pela USP-RP, em
1990;
- Mestre em síntese de complexos bioinorgânicos de Rutênio, com
liberação de óxido nítrico, pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas
USP-RP;

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- Doutor em farmacotécnica, estudando o efeito de promotores de


absorção cutânea visando à terapia fotodinâmica para o câncer de pele,
Faculdade de Ciências Farmacêuticas pela USP-RP;
- Especialista em espectrometria de massas, pela Faculdade de Química,
USP-RP;
- Professor de Química em ensino Médio e pré-vestibular (Anglo,
Objetivo, COC) desde 1992.
- Professor de Química (Orgânica, Geral, Analítica, Físico-Química e
Inorgânica) em cursos de graduação;
- Professor de Química Farmacêutica, em curso de graduação em
Farmácia;
- Professor de Pós-Graduação em Biotecnologia (controle de produtos e
processos biotecnológicos);
- Analista Químico em indústria farmacêutica, AKZO do Brasil, em São
Paulo - SP.
Espero poder contribuir com a sua capacitação para este concurso e
consiga realizar seu sonho, como eu consegui realizar o meu.
A felicidade em ver meu aluno ser aprovado é muito grande, pois,
indiretamente valoriza meu trabalho e nos dá a satisfação de ver que
pude ajudar alguém a atingir seus sonhos.

Só para ilustrar: nos últimos concursos diversos alunos que adquiriram


meu curso foram aprovados em Perito Criminal de SP; Perito Criminal
de Goiás (inclusive, o primeiro colocado foi meu aluno); Papiloscopistas
em Goiás e do Distrito Federal; Químicos para o Ministério da
Agricultura; diversos cargos em concursos da PETROBRÁS, etc.
E tenho grande orgulho em dizer que meus cursos sempre são
muitíssimos bem avaliados pelos meus alunos (geralmente 90 a 95%
entre ótimo e excelente).
Você que é concursando sabe que faço as correções comentadas das
questões, analisando as possibilidades de recursos, de anulação, etc.

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Inclusive, pode acompanhar estas publicações nos grupos do facebook


dos quais participo ou sou administrador.

Um AVISO IMPORTANTE: por se tratar de uma aula demonstrativa esta


aula traz parte do conteúdo programado. A aula completa será
adicionada no grupo para os alunos que adquiriram o curso. O mesmo
ocorrerá com os vídeos da aula.
A banca IESES não tem muitas questões para as aulas abordadas.
Porém, buscarei todas as questões que encontrar e as disponibilizarei
para vocês.

2. APRESENTAÇÃO DO CURSO
Seguem abaixo comentários acerca do conteúdo e da metodologia do
nosso curso:
Os tópicos são de abordagem compatível com o que é cobrado pelas
bancas.
Teremos aulas em pdf, com direito a fórum de dúvidas e outros
assuntos pertinentes.
 Teremos muitas questões da banca que for escolhida para a
realização do concurso.
Teremos muitas questões da banca escolhida.
 Teremos vídeo-aulas. Várias já foram gravadas. Mas não temos em
todas as aulas. Caso eu venha a gravar disponibilizo imediatamente.
 A proposta do curso é facilitar o seu trabalho e reunir teoria e inúmeros
exercícios, no que tange aos assuntos abordados no edital, em um só
material.

Observação importante: Este curso é protegido por direitos


autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá

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outras providências.
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e
prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize
o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos ;-)
Valorize o professor que se dedica para você conseguir seu objetivo,
que é o mais importante.

3. PROGRAMAÇÃO DO CURSO

Abaixo seguem as datas das postagens das aulas.

AULA BIOQUÍMICO VIDEOS DATA


00 Métodos cromatográficos. Aspectos Sim 20set
básicos. Cromatografia em papel e em
camada delgada. cromatografia em fase
gasosa, cromatografia líquida de alta
performance.
01 Química orgânica: ASPECTOS INICIAIS. Sim 23set
HIDROCARBONETOS.
02 Química orgânica: Funções orgânicas. Sim 26set
Isomeria
03 Reações ORGANICAS Sim 29set
04 Fundamentos de análises titulométricas. Sim 02out
Gravimetria
05 Espectroscopia de absorção no ultravioleta Sim 05out
e VIS.
06 Espectroscopia de absorção no Sim 08out
Infravermelho
07 absorção atômica (chama, forno de grafite Sim 11out
e fonte contínua); emissão atômica
(espectrometria de emissão óptica com
plasma indutivamente acoplado);
08 Espectrometria de massas 14out
09 Química Geral: Soluções, solubilidade, Sim 17out
formas de expressar a concentração,
diluição de soluções.

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10 Reações químicas, ajuste de coeficientes, Sim 20out


conceito de mol, massa molar, volume
molar. Estudos dos gases

11 Cinética Sim 23out

12 Equilíbrios Químicos Sim 27out

13 Química Inorgânica: ligação química e Sim 30out


estrutura molecular. Ácidos e bases

14 tabela periódica e química dos elementos, Sim 02nov


química da coordenação.

15 Farmacocinética: via de administração de 05nov


drogas; absorção; biodisponibilidade;
distribuição; biotransformação; excreção

16 Farmacodinâmica: mecanismos de ação das 089no


drogas; interação droga-receptor; relação v
dose/efeito; sinergismo; tipos de
antagonismo; eficácia e potência de uma
droga.

17 Substâncias que atuam em nível de sistema 11nov


nervoso central: relação
estrutura/atividade de psicofármacos;
hipnóticos e sedativos; álcoois alifáticos;
anestésicos gerais; estimulantes do sistema
nervoso central; neurolépticos; ansiolíticos;
antidepressivos; opiáceos; alucinógenos;
abuso de drogas; dependência; tolerância.
18 Toxicologia: conceitos básicos de 14 nov
toxicologia; classificação toxicológica;
agentes tóxicos gasosos e voláteis; agentes
tóxicos meta-hemoglobinizantes; metais
pesados; agentes psicotrópicos; toxicologia
laboratorial.

19 técnicas de extração e preparo de amostras 17nov


(extração líquido-líquido, SPE, SPME,
derivatização). Erros e tratamentos
estatísticos de dados analíticos. validação
de metodologias analíticas
20 Biologia molecular: organização do genoma 20nov
humano; estrutura e organização dos
cromossomos; regiões repetitivas e
polimorfismos; técnicas de biologia

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molecular; técnicas de identificação usando


o DNA. PARTE 1

21 Biologia molecular: organização do genoma 23nov


humano; estrutura e organização dos
cromossomos; regiões repetitivas e
polimorfismos; técnicas de biologia
molecular; técnicas de identificação usando
o DNA. PARTE 2.

As datas acima são datas máximas de postagem.

Muito conteúdo condensado em poucas aulas, para que seja possível


abordar tudo o que é pedido.
FIQUE ATENTO: como esta é uma aula de apresentação, apenas
uma parte do conteúdo da aula será postada aqui.

Verifique se as datas máximas de postagem interessam à sua


programação de estudos. Também observe quanto aos vídeos
já disponíveis.
Já estou selecionando questões da banca. Então, em breve
estas estarão disponíveis para você.
Você percebeu que a parte de Biológicas ainda não foi gravada.
Pretendo gravar em breve, mas, se adquirir o curso saiba que estas
acima são as já disponíveis E que pode não ser possível gravar mais
até a datada sua prova. Vou me esforçar para gravar.
Vamos começar a brincadeira?

4. CROMATOGRAFIA. ASPECTOS INICIAIS


Este conteúdo é uma pequena parte do assunto cromatografia. Os
temas mais exigidos nos concursos estão relacionados com a
cromatografia gasosa e líquida (assuntos da próxima aula).

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Porém, a ideia desta aula é fundamental para o entendimento das


técnicas mais avançadas.
Antes de iniciarmos o estudo dos conteúdos gostaria de dar algumas
orientações para vocês. Dar algumas dicas do que estudar e o que é
mais importante.
Vamos às observações:

Cromatografia camada delgada, coluna e líquida.


-saber qual tipo de composto pode ser empregado
- tipos de detectores mais usados
- fases móveis e estacionárias: como podem interferir na técnica.
- principais características das colunas

Cromatografia gasosa:
-saber qual tipo de composto pode ser empregado
- tipos de detectores
- gases de arraste: quais e como atuam.

NOÇÕES DE CROMATOGRAFIA

A palavra cromatografia deriva do grego que significa “estudo da cor”


e foi criada em 1903 por Michael Tswett, que era botânico e trabalhava
no estudo de separação de cores de pigmentos. A técnica demonstrou-
se muito útil que rapidamente se desenvolveu e o nome só foi mantido
por questões históricas.

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Atualmente a cromatografia abrange um conjunto de técnicas que


permite a separação e identificação dos componentes de uma mistura,
bem como também quantificar os mesmos. A diversificação da técnica
e os conceitos desenvolvidos se especializaram tanto que cada técnica
é estudada separadamente.
As técnicas mais comuns da cromatografia podem ser divididas da
seguinte forma, sendo que as duas últimas são instrumentais:
- Cromatografia em camada
- Cromatografia em coluna
- Cromatografia líquida de alta eficiência
- Cromatografia gasosa

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O conceito básico da técnica consiste em se separar os componentes


de uma amostra, permitindo que a mesma esteja em contato com dois
meios, sendo um fixo e outro móvel. A interação dos componentes da
amostra com os meios (adsorção, solubilidade, polaridade) faz com
que se separem.
Exemplo geral:

Princípio básico
Separação de misturas por interação diferencial dos seus componentes
entre uma FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou sólido) e uma FASE

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MÓVEL (líquido ou gás).

Cromatografia em papel
Desenvolvida por Consden, Gordon e Martin em 1944, é bem simples
e utiliza pequena quantidade de amostra. Aplica-se a amostra em tira
de papel e ocorrerá a separação dos componentes em função da
solubilização deste na fase móvel, que irá se deslocar por capilaridade.
Abaixo imagens da técnica. Veja que é bem simples. Dá para fazer em
casa.

No entanto, em um laboratório temos um esquema mais “caprichado”,


sem palitinhos de sorvete, ehehehe. E uma aplicação realmente
analítica.

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Cromatografia em camada delgada


Esta técnica consiste em se preparar uma superfície de material
absorvente, como papel, sílica, alumina ou celulose microcristalina. No
comércio é comum existirem placas prontas para a cromatografia em
camada delgada.
É nesta superfície que colocamos a amostra e em seguida,
mergulhamos em um solvente o extremo inferior contendo a amostra
previamente depositada. Por capilaridade, o solvente sobe na placa
arrastando a amostra. Se existir produtos diferentes na amostra, eles
tendem a se separar.
Suponha que temos uma amostra contendo os componentes A e B.
Sabemos que estes componentes apresentam solubilidade diferente
quando colocados em contato com a acetona.
Aplicamos uma quantidade de amostra na placa absorvente (meio
fixo), como mostrado na figura e em seguida colocamos em um becker
ou cuba contendo a acetona e deixamos que a acetona migre na fase
absorvente por um determinado tempo, como visto na figura a seguir
(normalmente o recipiente fica tampado para aumentar a saturação
com o solvente e diminuir o tempo de separação, ou melhor: que o

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solvente atinja a parte superior. Quando atingir a parte superior


retiramos a plaquinha ou papel e esperamos pela secagem do solvente
empregado).

Como os produtos A e B têm polaridades diferentes depois do tempo


que a placa ficou no solvente podemos ter a placa com o seguinte
aspecto

D = distância percorrida pelo solvente


D1 = distância percorrida pelo composto A
D2 = distância percorrida pelo composto B

Deste exemplo podemos definir uma unidade adimensional conhecida


como fator de retenção (RF) que pode ser dado por
Rf(A) = DA/D
Rf(B) = DB/D

Podemos, então, elaborar uma tabela de Rf para um produto em vários


suportes e solventes (não confio muito nesta possibilidade em função
de se ter muitas variáveis na execução).

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Se não dispomos de tabela, podemos aplicar simultaneamente um


produto conhecido, com a amostra. Se tiverem o mesmo Rf, pode ser
que correspondam ao mesmo composto.
Não podemos esquecer que este processo ocorre principalmente por
três conceitos importantes que são: a capilaridade, partição e a
polaridade.
Destes conceitos surgiu toda a técnica cromatográfica existente
atualmente.
Esta técnica recebe muitos nomes como CCD – cromatografia em
camada delgada (TLC, em inglês) ou fina que normalmente é utilizada
para análise qualitativa.
Também é comum utilizar o nome de CCG – cromatografia em camada
grossa, que é utilizada para análise quantitativa (nunca vi este nome
em nenhum outro local).

Uia!!!! Olha o solvente subindo, galera. E vai arrastando quem interagir


com ele, de forma diferencial.

Resumindo:

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A cromatografia em CCD pode ser bidirecional. Nada de novo. Apenas


o fato de eluir nas duas direções ao se empregar solventes diferentes.

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A cromatografia em camada delgada (CCD) é uma técnica simples,


barata e muito importante para a separação rápida e análise qualitativa
de pequenas quantidades de material.
Ela é usada para determinar a pureza do composto, identificar
componentes de uma mistura, comparando-os com padrões, e também
para acompanhar o percurso de uma reação.

Existe também a cromatografia chamada de planar, que recebe este


nome por ocorrer em um plano específico.

Os suportes da cromatografia em camada são normalmente o vidro,


alumínio e plástico.
Os absorventes mais comuns são a sílica, a celulose e a alumina e,
muitas vezes, pode ser usado, também papel.
Para se obter a cor de muitas substâncias após correr (eluir) uma
cromatografia em camada, usa-se um reagente ou misturas de
reagentes que geram cor em contato com a substâncias. Os mais
comuns são o Iodo, ácido sulfúrico e anisaldeído. São denominados
reveladores.

Principais fases estacionárias empregadas na CCD

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Reveladores
São substâncias capazes de complexar alguns compostos incolores
emplacas cromatográficas. Esta complexação pode ocorrer de forma
inespecífica ou específica. É importante que as placas sejam borrifadas
uniformemente para que haja uma perfeita visualização dos compostos
a serem revelados.
A visualização pode ser efetuada inclusive através de métodos físicos,
o que permite a revelação de alguns compostos sem alterar a sua
estrutura química. É o caso da exposição das placas à luz ultravioleta
ou a vapores de iodo.
Muitos são os agentes cromogênicos empregados tanto na
cromatografia de papel como na cromatografia em camada fina, sendo
que em geral são bem mais sensíveis na segunda. Uma das vantagens
da CCD sobre o papel é permitir a utilização de reveladores enérgicos
ou que necessitem aquecimento posterior à borrifação. Em geral os
métodos químicos de revelação são destrutivos e utilizados apenas em

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separações analíticas. A seguir temos um quadro com alguns exemplos


de reveladores utilizados na cromatografia em camada fina analítica.

Meus caros alunos: aqui também se deve fazer uma análise de quem
iremos usar como solvente (que desempenha papel de fase móvel).
Não se usa qualquer solvente. Deve-se ter uma ideia da composição
da amostra a ser analisada para a escolha ser mais direcionada. Mas,
em caso de desconhecimento da composição pode-se fazer um
gradiente de polaridade da fase móvel escolhida. Inclusive, pode-se
usar mistura de solventes.
Vou dar um exemplo de um trabalho que fiz recentemente, onde eu
sabia que existia uma mistura contendo dezenas e dezenas de
compostos (quanto mais participantes pior para se alterar esta variável
do solvente, porque cada composto dará um perfil de separação).
Segue uma demonstração de um projeto que desenvolvi para uma
empresa. Por questões éticas os nomes dos compostos e da empresa
não serão mencionados. Vou adotar uma nomenclatura qualquer para
o composto em questão (vou chamá-lo de M).

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EXEMPLO PRÁTICO:
Preparativa nº 1
Foi realizado um estudo cromatográfico preliminar, visando à
possibilidade de separação de possíveis componentes da formulação
do M.
a) Determinação da melhor (ou das melhores) Fase Móvel para o
estudo cromatográfico em coluna dos óleos brutos e separação de seus
possíveis constituintes.
Foram empregadas as seguintes fases móveis, realizando-se TLC
(material depositado sobre uma fina camada de alumínio, que é o
suporte da fase fixa) para verificação da eficácia ou adequação da Fase
Móvel:
a) acetato de etila: Hexano 1:9; b) acetato de etila: Hexano 2:8; c)
acetato de etila: Hexano 3:7; d) acetato de etila: Hexano 1:1. Os
resultados obtidos estão na Figura 1.

Figura 1: TLC dos óleos brutos obtidas pelas fases móveis em estudo,
compostas por Acetato de etila: hexano.
Os resultados obtidos demonstram que a melhor fase móvel para um
estudo inicial seria a mistura acetato de etila: Hexano 2:8, ou seja,
1:4, devido ao seu melhor perfil de separação.

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Exemplo 02.
Foi realizada uma cromatografia TLC com os óleos brutos e uma
amostra de T (respectivamente na TLC, da esquerda para a direita),
com a fase móvel escolhida. Observou-se separação de constituintes
dos óleos I e M, porém, não se observou nenhuma separação de
constituintes do T (Figura 2). Portanto, pode-se concluir que para as
condições de análise o T não tem similaridade de composição com os
óleos I e M.

Figura 2: TLC dos óleos brutos na fase móvel em estudo: Acetato de


etila: hexano (1:4).

Vou mostrar mais um exemplo de como desenvolvi o projeto que


mencionei acima:
O estudo cromatográfico com o M foi realizado empregando-se coluna
cromatográfica com sílica flash (Acros, Organics, sílica gel 0,035- 0,070
nm, com 60A). Foram coletadas amostras em porções de 20 mL do
eluato, formado as frações numeradas de 1 a 27. Destas frações foram
feitas TLC para avaliar a extração separação de possíveis constituintes
dos óleos brutos.
As frações numeradas de 1 a 14 foram obtidas pela fase móvel Acetato
de etila: Hexano 1:4. Foram feitas TLC para avaliação da possível
composição dos eluatos obtidos. As TLC foram denominadas
sequencialmente por A, B, C.

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Os resultados obtidos estão apresentados pela Figura 3.

Figura 3: TLC das frações obtidas pela fase móvel Acetato de etila:
hexano (1:4).
Nova fase móvel foi empregada, sendo constituída por acetato de etila:
Hexano 1:1, obtendo-se as frações 15 a 18. Foram coletadas alíquotas
de 20 mL e realizadas TLC destas frações, sendo obtidos os resultados
(perfis) segundo Figura 4.

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Figura 4: TLC das frações obtidas pela fase móvel Acetato de etila:
hexano (1:1).

Outros estudos e separações foram empregados até se chegar a um


resultado em que se consegue definir melhor os componentes da
mistura (que já sabíamos que era muito complexa, com dezenas de
compostos).

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Cromatografia em coluna
Esta técnica deriva diretamente da cromatografia em camada delgada,
só que neste caso, o suporte fica em uma coluna de vidro e a fase
móvel passa através do suporte, arrastando a amostra.
Neste caso, o fluxo de fase móvel é contínuo e a fase móvel que sai
necessita ser avaliada para saber se algum componente da amostra já
saiu e isto, normalmente, é realizado pela cromatografia em camada
delgada (explicando melhor: conforme o solvente vai saindo da coluna
por gravitação, não sabemos se alguma coisa já está eluindo junto com
o solvente. Então, de tempos em tempos vamos fazendo plaquinhas e
verificando se existe alguma coisa junto ao solvente. Dependendo da
substancia, às vezes, é possível visualizar que está saindo alguma
coisa, principalmente se esta for colorida).
A vantagem da cromatografia em coluna é que se pode trabalhar com
uma quantidade bem maior de amostra.
Esta técnica é também utilizada para separar produtos com
solubilidade diferente, em cada solvente ou mistura de solventes
empregadas na fase móvel.
A vantagem desta técnica é que se pode trocar a polaridade do solvente
durante a análise. Da mesma maneira que na cromatografia em

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camada delgada a separação ocorre devido à partição e solubilidade,


sendo que o solvente desce por gravidade.

Bem, meus caros alunos. Vou parando por aqui. Continuo na próxima
aula. Algumas questões para treinar. Na próxima aula teremos muito
mais questões.

5. QUESTÕES

Vamos começar com uma questão bem bacana.


01. (2016 – CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Perito Criminal
– Química).

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Uma gota da amostra de uma mistura com a mesma quantidade de 1-


aminopropano, 1-aminohexano e 1-aminododecano foi colocada no
canto inferior esquerdo de uma placa de sílica gel, para análise por
cromatografia bidimensional em camada delgada, conforme mostrado
na figura I. Em seguida, o desenvolvimento foi realizado em direção
ascendente com a mistura de solventes I (80% de acetato de etila e
20% de hexano). Os solventes foram evaporados e, após se girar a
placa 90º no sentido anti-horário, novo desenvolvimento foi realizado
em direção ascendente com a mistura de solventes II (20% de acetato
de etila e 80% de hexano). Após ser secada e revelada, a placa
apresentou as manchas A, B e C mostradas na figura II.
De acordo com essas informações e considerando a cromatografia em
camada delgada, as gotas A, B e C representam, respectivamente,
a) 1-aminopropano, 1-aminododecano e 1-aminohexano.
b) 1-aminopropano, 1-aminohexano e 1-aminododecano.
c) 1-aminododecano, 1-aminohexano e 1-aminopropano.
d) 1-aminohexano, 1-aminododecano e 1-aminopropano.
e) 1-aminohexano, 1-aminopropano e 1-aminododecano.
Resposta: B.

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Na mistura temos: 1-aminopropeno, 1-aminohexano e 1-


aminododecano. Observe que temos um aumento da cadeia carbônica
e, consequentemente, diminuição da polaridade do composto.
i) Podemos dizer que o 1-aminopropeno é o elemento mais polar e o
1-aminododecano é o elemento menos polar.
ii) O hexano é apolar e o acetato de etila é relativamente polar. Então,
vamos analisar a polaridade das fases móveis empregadas.
solvente 1: 80% de acetato de etila + 20% de hexano: maior
quantidade de acetato de etila, logo, mais polar
solvente 2: 20% de acetato de etila + 80% de hexano: maior
quantidade de hexano, logo, menos polar
Na cromatografia em camada delgada, a substância que possui maior
afinidade com o solvente irá "correr" mais.
Sendo assim, esperamos que no solvente 1, a substância que irá correr
mais dentre os da mistura será o 1-aminopropano.
Então, na Figura 1, a disposição dos componentes ficará nessa ordem,
se pensarmos no sentido de eluição, à partir da gota de aplicação:
• 1-aminopropano
• 1-aminohexano
• 1-aminododecano
• gota inicial
__________________
base da placa

Como o solvente 2 é menos polar (em relação ao solvente 1), o


componente menos polar da mistura irá "correr" mais.Assim é o 1-
aminododecano, representado pela letra C na figura 2.
Note, que girando a placa em 90º novamente, após a realização dessa
segunda cromatografia, é que iremos obter a disposição representada
na figura 2.

02. (2013 – IBFC - PC-RJ - Perito Criminal – Farmácia).

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A cromatografia em camada delgada (CCD) é amplamente usada em


análise toxicológica como método presuntivo ou de triagem na
detecção de agentes tóxicos. Sobre a CCD assinale a alternativa
incorreta.
a) A CCD pode ter aplicação analítica ou preparativa.
b) Na escolha da fase móvel, deve-se considerar a natureza química
das substâncias a serem separadas e a polaridade dos solventes.
c) A separação dos analitos é caracterizada pelo fator de retenção (Rf),
que corresponde à razão entre a distância percorrida pelo analito e a
distância percorrida pela fase móvel.
d) Em geral, os métodos químicos de revelação não são destrutivos,
como a revelação com solução ácida de sulfato cérico ou com o
reagente de Dragendorff.
e) a escolha da fase móvel, toma-se como base a série eluotrópica dos
solventes, ordenados segundo suas polaridades.
Resposta: D.
a) A CCD pode ter aplicação analítica ou preparativa.
Analítica: quando se quer apenas separar os analitos da amostra
Preparativa: Se faz a separação dos analitos da amostra previamente,
assim é possível extrair apenas o analito que se tem interesse para
proceder com outras análises posteriores. Porém, se utiliza grandes
quantidades da mistura. E aqui, na CCD isto não é viável. Portanto, eu,
Wagner, não concordo muito que isto esteja errado. Porém, a banca
não considerou este fato.
b) Na escolha da fase móvel, deve-se considerar a natureza química
das substâncias a serem separadas e a polaridade dos solventes.
Quando se escolhe um solvente para CCD, deve se analisar se o analito
em questão é compatível com o solvente para que quando este correr
na coluna, o analito consiga acompanhá-lo e assim ser identificado
posteriormente.

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c) A separação dos analitos é caracterizada pelo fator de retenção (Rf),


que corresponde à razão entre a distância percorrida pelo analito e a
distância percorrida pela fase móvel.
O fator de retenção é um dado analítico que demonstra qual a afinidade
do analito com as fases móvel e estacionária, e se dá pela razão entre
a distância que o analito percorreu (parcial) e a distância que a fase
móvel percorreu (total).
Se dá pela fórmula: Rf = d (analito) / d (solvente)
Quando se compara dois analitos de uma mesma amostra em uma
mesma corrida, aquele que percorreu o maior caminho - ou seja, tem
mais afinidade pela fase móvel - terá um maior fator de retenção do
que o que percorreu o menor caminho (mais afinidade com a fase
estacionária).
d) Em geral, os métodos químicos de revelação não são destrutivos,
como a revelação com solução ácida de sulfato cérico ou com o
reagente de Dragendorff.
Revelação com solução ácida de sulfato cérico: O sulfato cérico é um
revelador de analitos incolores que reage com o analito devido seu
forte potencial de oxidação em soluções ácidas, causando destruição
do analito (método destrutivo).
Reagente de Dragendorff: É um reagente ácido formado por iodeto de
bismuto e potássio. Quando adicionado à amostra com aminas
terciárias, estas no meio ácido, passam para a forma protonada e os
compostos reagem formando nitrato de bismuto e iodeto de potássio,
resultando na precipitação de sais de cor alaranjada. Também é um
método destrutivo de análise.
e) a escolha da fase móvel, toma-se como base a série eluotrópica dos
solventes, ordenados segundo suas polaridades.
A série eluotrópica dos solventes nada mais é do que uma lista de
solventes, classificados em ordem de polaridade (do menos polar para
o mais polar, geralmente) ou por seu poder de eluição. Essa lista varia
de acordo com a fase estacionária e com o analito que se quer separar.

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03. (2012 – FGV - PC-MA - Farmacêutico Legista).


Considerando a análise de substâncias orgânicas por cromatografia em
camada delgada, assinale a afirmativa correta.
a) Duas substâncias orgânicas jamais terão o mesmo RF (índice de
retenção).
b) Substâncias que não absorvem radiação na região do ultravioleta
não podem ser analisadas por esta técnica.
c) Por esta técnica não é necessário o uso de padrão para identificação
prévia de uma substância orgânica.
d) Este método pode ser utilizado para análises quantitativas através
do estabelecimento da área da mancha da amostra por densitometria,
comparada a um padrão.
e) Apenas a mistura de sílica gel e gesso pode ser usada como
suporte/fase estacionária em cromatografia em camada delgada.
Resposta: D.
a) Duas substâncias orgânicas jamais terão o mesmo RF (índice de
retenção). Errado. Pode ocorrer tal igualdade de Rf.
b) Substâncias que não absorvem radiação na região do ultravioleta
não podem ser analisadas por esta técnica. Errado. Podem ser
analisados por outro meio, outro revelador.
c) Por esta técnica não é necessário o uso de padrão para identificação
prévia de uma substância orgânica. Errado. Geralmente usamos um
padrão para confirmar a substancia por comparação de seus Rf (que
devem ser iguais)
d) Este método pode ser utilizado para análises quantitativas através
do estabelecimento da área da mancha da amostra por densitometria,
comparada a um padrão. EXATO. Inclusive, pode-se raspar a sílica na
região do Rf e fazer a dosagem do que foi eluído.
e) Apenas a mistura de sílica gel e gesso pode ser usada como
suporte/fase estacionária em cromatografia em camada delgada.
Errado. Podemos ter várias fases estacionárias, além destas.

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04. (2014 – IESES - IGP-SC - Auxiliar Pericial – Laboratório)


Um técnico precisa montar um sistema de cromatografia em camada
delgada. Para isso na sua lista para o almoxarifado precisa conter:
a) Placas de cromatografia, provetas graduadas.
b) Coluna de fracionamento, termômetro graduado.
c) Solventes para o sistema eluente, placas de cromatografia.
d) Bureta de 25mL, erlenmeyer.
Resposta: C.
O que se precisa para realizar uma CCD é das placas e dos solventes.

05.(2011 – FGV - PC-RJ - Perito Legista).


A alternativas a seguir apresentam as vantagens da triagem em urina
por cromatografia em camada delgada (CCD), à exceção de uma.
Assinale-a.
a) A CCD permite a análise de múltiplas substâncias orgânicas em uma
única corrida.
b) A CCD não exige a presença de amostra referência.
c) A CCD permite a identificação de substâncias de caráter ácido,
básico ou neutro.
d) A CCD é um método de baixo custo e de relativa rapidez.
e) A CCD identifica a maioria de fármacos presentes nos medicamentos
que representam cerca de 40% do total das intoxicações
Resposta: B.
Para identificarmos uma substancia precisamos comparar com um
padrão, que é aplicado junto à corrida da amostra, na mesma placa de
análise.

06.(2007 – FCC – MPU - Analista Pericial).


Em um experimento de cromatografia em camada delgada duas
substâncias, A e B, foram eluidas separadamente com hexano (fase
móvel) em duas placas idênticas contendo uma camada de sílica gel

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como fase fixa. Depois de reveladas as placas, obteve-se o seguinte


resultado:

I. A substância A é mais polar que a substância B.


II. A substância B é mais polar que a substância A.
III. As substâncias A e B tem polaridades semelhantes.
IV. A cromatografia em camada delgada, usando sílica gel como fase
fixa e hexano como fase móvel pode ser um método viável para separar
a substância A de uma mistura que também contenha a substância B
V. A substância B é um composto puro.
É correto o que se afirma APENAS em
a) I, IV e V.
b) II, IV e V.
c) III, IV e V.
d) II e IV.
e) III e V.
Resposta: D.
I - A é MENOS polar que B visto que percorreu um caminho maior
carreada pelo hexano (o hexano é apolar, interage melhor com
apolares)
II - Certa
III - No mesmo sistema, ao mesmo tempo, as substancias A e B
percorreram caminhos diferentes, isso indica que uma é mais apolar
que a outra, (A, no caso) e interage melhor com o eluente
IV - Certa
V - Não dá para afirmar isso. Podem ser duas substancias com mesmo
Rf.

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07. (2010 – FUNIVERSA - SECTEC-GO - Perito Criminal).


Com relação à técnica de cromatografia, é correto afirmar que é uma
técnica
a) de identificação de substâncias.
b) de separação de substâncias, para análise química de componentes
de uma mistura.
c) de identificação de substâncias de difícil detecção em misturas
complexas.
d) analítica, fundamentada na afinidade das substâncias
exclusivamente com a fase móvel. ==0==

e) analítica, fundamentada na afinidade das substâncias


exclusivamente com a fase estacionária.
Resposta: B.
Questãozinha conceitual. E, a meu ver, imprecisa. Mas, esta alternativa
é a menos incompleta.

08. (2011 – CESGRANRIO – Petrobras - Técnico Químico de


Petróleo Júnior).
Considere a seguinte experiência que visa a identificar as cores
presentes numa tinta: “pinga-se uma gota de tinta de uma caneta
hidrocor a 1 cm da extremidade de uma tira de papel de filtro.
Introduz-se essa extremidade da tira de papel de filtro em um solvente
(água ou álcool), sem que o solvente toque na tinta. Após alguns
segundos, o solvente sobe por capilaridade e, no arraste, as diferentes
cores presentes na tinta se separam”.
Esse método de separação é denominado
a) cromatografia em papel
b) colorimetria
c) evaporação seletiva
d) decantação
e) destilação fracionada
Resposta: A.

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Nem precisa comentar, certo?

09. (2010 – FGV – FIOCRUZ - Tecnologista em Saúde - Análises


Físico-Químicas).
Da análise cromatográfica em camada delgada de uma amostra
proveniente de um medicamento, a conclusão que pode ser tirada é:

a) Nestas condições, o Rf do princípio ativo é 0,50, a amostra contém


exatamente uma impureza, e o princípio ativo foi identificado.
b) Nestas condições, o Rf do princípio ativo é 0,50, a amostra contém
pelo menos uma impureza, e a análise sugere a presença do princípio
ativo.
c) Nestas condições, o Rf do princípio ativo é 2,00, a amostra contém
uma impureza, e o princípio ativo foi identificado.
d) Nestas condições, o Rf do princípio ativo é 3,00, a amostra contém
exatamente uma impureza, e o princípio ativo foi identificado.
e) Nestas condições, o Rf do princípio ativo é 2,00, a amostra contém
pelo menos uma impureza, e a análise sugere a presença do princípio
ativo.
Resposta: B
Veja que a amostra percorreu uma distância de 2,0cm e o solvente
percorreu uma distância de 4,0cm. Logo, o Rf do princípio ativo e da
amostra será igual a 0,5. Assim, já eliminamos as alternativas C, D e

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E. Nãopodemos afirmar que só existe uma impureza. Mas, ao menos


uma impureza (marca próxima do ponto de partida, que não eluiu).
Assim, chegamos à resposta B.

10. (2012 - PR-4 – UFRJ – UFRJ - Técnico em Farmácia).


De acordo com a teoria da cromatografia de camada delgada, o fator
de retenção (Rf) da amostra pode ser calculado pela razão da distância
percorrida pela amostra sobre a distância percorrida:
a) pelo padrão;
b) pela fase móvel;
c) pela placa;
d) pela fase estacionária;
e) pelo ponto de origem.
Resposta: B.
Questão elementar. O Rf é calculado dividindo-se a distância percorrida
pela amostra dividida pela distância percorrida pela fase móvel.

11.(QUÍMICO(A) DE PETRÓLEO JÚNIOR CESGRANRIO 2011).


O esquema abaixo representa o resultado de uma cromatografia em
camada fina, em placa de sílica gel, realizada simultaneamente com os
analitos A e B. Após revelação por vapores de iodo, foram observadas
as manchas 1, 2, 3 e 4, cada uma delas relacionada a apenas uma
substância.

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A partir dos resultados obtidos nesse experimento, conclui-se que


(A) a substância 3 é a menos polar dentre as substâncias 1, 2, 3 e 4.
(B) a substância 3 possui o menor Rf dos quatro componentes

separados.
(C) as substâncias 1 e 3 possuem a mesma polaridade.
(D) as substâncias 2 e 4 são idênticas.
(E) o eluente escolhido é inadequado para separar as substâncias 1 e
2, presentes no analito B.
Resposta “A”
A substancia 3 menos polar e interage menos com a placa. Logo,
apresenta maior Rf.
O sistema foi adequado para separar as substâncias 1 e 2, pois, estes
apresentam diferentes Rf. Não podemos afirmar que as substâncias 2
e 4 são idênticas, mas que apresentam o mesmo Rf nesta situação. As
substâncias 1 e 3 apresentam diferentes polaridades, por
apresentarem diferentes Rf no experimento em tela.

12. (QUÍMICO - UFPE 2013).


Eugenol e trans-anetol são compostos presentes em óleos essenciais
obtidos de especiarias.

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Em relação a esses dois compostos, é correto afirmar que:


a) o eugenol apresenta um ponto de ebulição menor que o trans-
anetol.
b) o eugenol é um ácido fraco em água.
c)os compostos devem apresentar fator de retenção (Rf) muito
próximos em cromatografia de camada delgada de sílica gel (CCD),
por ambos serem apolares.
d) o eugenol deve apresentar um fator de retenção (Rf) em CCD de
sílica gel maior que o trans- anetol.
e) apenas o eugenol pode realizar ligações de hidrogênio com a água.
Resposta “B”
O eugenol apresentará maior ponto de ebulição que o trans-anetol pois
apresenta mais interações do tipo ponte de hidrogênio e mais oxigenio
em sua molécula. Por apresentar a função fenol este será um ácido
fraco em água. Não são apolares. Por ser mais polar o eugenol
interagem mais intensamente com a sílica gel (polar) e terá menor Rf.
O trans-anetol pode fazer pontes de hidrogênio através do sseu átomo
de oxigenio do grupo éter (mesmo não sendo um caso típico de ponte).

13. Explique o princípio básico da separação de substâncias por


cromatografia.
Resposta:
A cromatografia é um método que utiliza diversas técnicas que tem
como objetivo principal a separação de substâncias de uma mistura,
com fins analíticos ou preparativos, muito utilizado em laboratórios
industriais, de pesquisa e de ensino. Todas as técnicas cromatográficas
utilizam uma fase estacionária e uma fase móvel. A fase estacionária
é formada de um material escolhido para reter de forma diferenciada

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os componentes da amostra que se deseja separar. A fase móvel é o


material que se desloca pela fase estacionária, arrastando os
componentes da amostra. Após transitar pela fase estacionária, por um
percurso de distância adequadamente escolhida, os componentes da
amostra se separam e são assinalados pelo sistema detector na
sequência: do primeiro componente menos retido, ao último
componente mais retido pela fase estacionária.

Vamsimbora ver mais sobre cromatografia?


Espero que tenha entendido a parte passada. Ela é um suporte para o
que veremos agora.

CROMATOGRAFIA GASOSA (CG)

A CG é aplicável para separação e análise de misturas cujos


constituintes tenham PONTOS DE EBULIÇÃO de até 300º C e que sejam
termicamente estáveis.
A cromatografia gasosa pode ser definida como um método físico-
químico de separação na qual os constituintes da amostra sofrem
partição entre duas fases, sendo uma estacionária e a outra a móvel.
Podemos dizer que o que ocorre no cromatógrafo a gás é bem similar
ao que acontece em uma análise por cromatografia em camada
delgada, guardando, logicamente, as devidas proporções.
Podemos apresentar um esquema da separação por cromatografia
onde a amostra tem que migrar através da fase estacionária. Neste
processo ocorre então a separação.

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O sucesso da técnica consiste em se escolher as fases adequadas para


a efetiva separação dos componentes da amostra.
A cromatografia gasosa apresenta exatamente os mesmos conceitos,
mas, tem este nome porque, neste caso, a fase móvel é sempre um
gás e a amostra tem que estar no estado gasoso ao entrar no
cromatógrafo. Ela pode ser volatilizada logo após a injeção,
porém, antes de entrar na coluna.
A eluição é feita por um fluxo de fase móvel gasosa inerte. Em
contraste, com muitos outros tipos de cromatografia, a fase móvel não
interage com as moléculas do analito; sua única função é transportar
o analito através da coluna.
Dois tipos de cromatografia gasosa são encontrados: cromatografia
gás-líquido (CGL) e cromatografia gás-sólido (CGS).
Na cromatografia gás-líquido, a fase móvel é um gás, enquanto a
fase estacionária é um líquido retido na superfície de um sólido inerte
por adsorção ou ligação química. Na cromatografia gás-sólido, a fase
móvel é um gás, ao passo que a fase estacionária é um sólido que
retém os analitos por adsorção física. A cromatografia gás-sólido
permite a separação de gases de baixa massa molecular, como os
componentes do ar, sulfeto de hidrogênio, monóxido de carbono e
óxido de nitrogênio.
Para melhor compreensão do que ocorre no cromatógrafo, podemos
utilizar o esquema a seguir:

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A fase móvel em cromatografia gasosa é denominada gás de arraste


(sabe por que? Porque arrasta a amostra) e deve ser
quimicamente inerte. O hélio é a fase móvel gasosa mais comum,
embora o argônio, o nitrogênio e o hidrogênio sejam também
empregados.
Esses gases estão disponíveis em cilindros pressurizados. Reguladores
de pressão, manômetros e medidores de vazão são necessários para
se controlar a vazão do gás.

Injetor
O injetor consiste de um sistema no qual a amostra entra no
equipamento. Do modo que este foi concebido só é possível injetar
amostras no estado líquido ou gasoso. Produtos sólidos devem ser
inicialmente solubilizados em um solvente.
No injetor a amostra, normalmente com um solvente, é aquecida e
torna-se vapor.
Aqui surge o primeiro item a ser considerado no processo de análise
por cromatografia a gás, ou seja, as propriedades da amostra a ser
analisada.
As propriedades da amostra que permitem que ela seja analisada por
esta técnica são:
- A amostra deve ser homogênea: a amostra quando adicionada em
um solvente deve formar uma solução homogênea, pois, caso contrário
não será representativa do todo, sendo causa de erro, pois,
analisaremos apenas a parte solúvel da amostra no solvente utilizado.

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- A amostra deve ter estabilidade térmica: no processo de


vaporização a amostra não pode se decompor. Se ocorrer a
decomposição da amostra durante a injeção desta os resultados
obtidos não serão coerentes com a amostra. Normalmente a
decomposição é observada no aspecto do cromatograma obtido.
- A amostra deve ser volátil: no processo de vaporização a amostra
tem que passar totalmente para o estado gasoso. Parte da amostra
não pode deixar de volatilizar, pois, se isto ocorrer a análise não será
referente à totalidade da amostra e, sim, apenas à parte dela.

Os injetores, devido sua importância, tiveram uma adaptação devido à


evolução tecnológica dos equipamentos utilizados em cromatografia
gasosa.
Atualmente existem 2 tipos de injetores, que são denominados de
injetor direto ou com divisor de amostra (split).
Os injetores diretos fazem com que a amostra introduzida após a
volatilização atinja a coluna, sem perda de material.
Já os injetores com divisor de amostra fazem uma divisão do volume
injetado e somente uma pequena parte do material introduzido entra
na coluna.

Por que se faz isto?


A razão de divisão da amostra é ajustada em função do diâmetro da
coluna, tipo de gás de arraste, da sensibilidade do método, etc.

Coluna
A coluna é o elemento fundamental do processo, uma vez que é
responsável pela efetiva separação dos produtos.
A coluna fica em um reservatório (forno) parecido com uma estufa,
cuja temperatura pode ficar constante ou ser alterada durante a
análise. As colunas ficam enroladas dentro do forno, parecendo uma
bobina.

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Quando a temperatura permanece constante denomina-se análise


isotérmica e quando a temperatura varia durante o processo de
análise, denomina-se eluição com gradiente de temperatura.
No mercado existem dois tipos de colunas quanto ao diâmetro:

Coluna empacotada: que consiste de tubo de metal preenchido com


um recheio que pode variar (e é a fase denominada estacionária) ou
coluna capilar que consiste de tubo de sílica fundida. Neste caso a
fase estacionária é colocada na superfície interna do tubo.

Colunas capilares são utilizadas em temperaturas que superam os


400ºC. Isto requer fases estacionárias especiais e tubos que não se
decomponham. Em função disto os tubos de muitas colunas são os
feitos de aço inoxidável.
A eficiência de uma coluna é dada em número de pratos teóricos que
vem a ser um segmento de reta na qual a amostra esta teoricamente
em perfeito equilíbrio com as fases estacionária e móvel.
O processo de separação dos componentes da amostra é bem
complexo e existem vários fatores para que esta ocorra. Entretanto,
podemos generalizar o processo em dois itens principais:

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- A polaridade da fase estacionária: a fase estacionária como é um


produto químico, tem polaridade inerente a sua característica e os
componentes da amostra entrando em contato com a fase estacionária
pode se solubilizar mais ou menos.
Podemos utilizar para isto, o conceito de que na solubilidade o
semelhante solubiliza o semelhante. Portanto, se uma determinada
amostra tiver 2 compostos com polaridades diferentes, um deles pode
ter mais afinidade com a fase estacionária ficando mais tempo
dissolvido nesta, ficando atrasado em relação ao outro que ficou menos
em contato com a fase estacionária. Portanto, quanto maior a interação
com a fase estacionária, maior o tempo de retenção relativo.

- Ponto de ebulição: considerando-se que na amostra existem 2


compostos com polaridade similar, mas, com pontos de ebulição
diferentes, o que tiver menor ponto de ebulição vai atingir a saída da
coluna mais rapidamente.
Na verdade, além das propriedades físico-químicas dos componentes
da amostra, existem outros fatores como: eficiência da coluna,
condições de temperatura da análise, etc, que afetam a qualidade da
separação cromatográfica.
Vejamos um exemplo da influência da temperatura em que se realiza
a técnica, para uma mesma coluna e analito:

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Existem várias fases estacionárias e as colunas são denominadas com


uma sigla que pode ser referente ao composto contido na fase
estacionária ou um código estabelecido pelo fabricante.
Para se relacionar e comparar os vários tipos de colunas um dos
critérios é a polaridade relativa, que é dada pelas constantes de Mc
Reynolds

Detector
Após os componentes da amostra saírem da coluna devidamente
separados, estes devem ser reconhecidos.

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Criaram-se os equipamentos denominados de detectores, que


conseguem perceber a variação da composição do gás de arraste e
transformam esta variação em sinal elétrico.
Tais equipamentos são chamados de detectores e é fundamental que
forneçam respostas proporcionais à concentração dos componentes.
Vejamos uma representação esquemática da atuação de um detector
(observe a chegada do analito no detector e o perfil do cromatograma):

Foram desenvolvidos dezenas de detectores e muitos têm sido


investigados e empregados em separações cromatográficas a gás.
Descreveremos, primeiramente, as características que são as mais
desejáveis para um detector e todos devem apresentar algumas
características consideradas específicas: seletividade, sensibilidade,
resposta, ruído e linearidade.
Características desejáveis para um detector ideal (lembre-se: nem
todas estas características são encontradas em um único detector):
O detector ideal para a cromatografia gasosa apresenta as seguintes
características:
1. Sensibilidade adequada 10-8 a 10-15 g de soluto/s.
2. Boa estabilidade e reprodutibilidade.
3. Resposta linear aos solutos que se estenda a várias ordens de
grandeza.

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4. Faixa de temperatura desde ambiente até pelo menos 400ºC.


5. Um tempo de resposta curto e independente da vazão.
6. Uma alta confiabilidade e facilidade de uso. O detector deve, na
medida do possível, tolerar a ação de operadores inexperientes.
7. Similaridade de resposta a todos os solutos ou, alternativamente,
uma resposta altamente previsível e seletiva a uma ou mais classes de
solutos.
8. Não deve destruir a amostra.

Vamos destacar algumas destas:


Seletividade: os detectores, dependendo de suas características,
podem ser sensíveis a alguns produtos, a algumas classes de produtos
ou a várias classes de produtos. Os detectores são classificados quanto
a sua seletividade como:
Universal: detecta qualquer produto que pode sair da coluna
cromatográfica.
Seletivo: detecta classe de produtos.
Específico: detecta apenas um produto ou grupo de produtos.

Sensibilidade: os detectores são equipamentos eletrônicos e medem


a quantidade de produto que sai pela coluna por unidade de tempo.
Dependendo do detector somente acima de uma quantidade de massa
é que consegue gerar um sinal que pode ser quantificado.
Em geral, as sensibilidades nos detectores atuais situam-se na faixa de
10-8 a 10–15 g do soluto/s.

Resposta: a resposta de um detector está relacionada diretamente a


sua sensibilidade e corresponde à quantidade de sinal elétrico
relacionada com uma determinada massa de um composto.

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Ruído: como o detector é um equipamento eletrônico existe um sinal


elétrico associado e inerente ao equipamento que não pode ser
eliminado. Tal sinal gerado é denominado de ruído.
O ruído de um equipamento é responsável diretamente pela
sensibilidade deste. Quanto maior o ruído, menor sua sensibilidade.

Linearidade: é a relação entre a concentração da amostra e a


resposta do detector. Ou seja, existe uma faixa de concentração em
que o detector responde linearmente. A faixa de linearidade do
detector é dada pela razão entre a maior e menor concentração em
que o equipamento é linear.
Nas determinações quantitativas, sempre construímos um gráfico para
avaliar se estamos dentro da faixa de linearidade do detector.
Vejamos a tabela abaixo, que traz os principais tipos de detectores e
algumas de suas características:

DETECTORES EM CROMATOGRAFIA GASOSA


ISTO É MUITO IMPORTANTE!!!!!
Numerosos métodos têm sido descritos para detecção dos vapores
orgânicos eluídos num cromatógrafo a gás. Os principais métodos de
detenção são classificados de acordo com as propriedades físicas que
configuram o mecanismo de detecção. Os detectores são classificados
como: universal, seletivo e específico. Os detectores de ionização de
chama e condutividade térmica respondem na presença de todos os
compostos orgânicos e são, portanto, considerados detectores
universais. Outros detectores respondem somente na presença de um
heteroátomo em particular (por exemplo, fotométrico de chama e
termoiônico são considerados detectores específicos). O de captura de
elétrons é considerado seletivo, pois detecta qualquer substância que
apresente grupo atômico capaz de captar elétrons.

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Tabela comparativa dos diferentes detectores usados em CG:

Detector Seletividade Detectabilidade


Ionização de maioria dos compostos 100pg
Chama (FID) orgânicos
Condutividade Universal 1ng
Térmica (TCD)
Captura haletos, nitratos, nitrilas, 50fg
Eletrônica (ECD) peróxidos, anidridos,
organometálicos
Fotométrico de enxofre, fósforo, estanho, boro,
Chama (FPD) arsênio, germânio, selênio, 100pg
cromo
Termoiônico fósforo, nitrogênio, enxofre,
(TSD) boro, estanho, antimônio, 10pg
arsênio, chumbo
Fotoionização alifáticos, aromáticos, cetonas,
(PID) ésteres, aldeídos, aminas, 2pg
heterociclos, compostos organo-
enxofre, alguns organometálicos

Cada detector demanda um gás de arraste específico para seu melhor


desempenho
TCD: He e H2
FIC: N2 e H2
ECD: N2, Ar + 5% CH4

Na cromatografia gasosa, os detectores mais comuns são:

Detector por condutividade térmica (DCT): utiliza a perda de calor


para detectar a presença de um produto que sai da coluna. Ou seja,

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baseia-se na propriedade de corpos quentes em perderem calor com


uma velocidade que depende da condutividade térmica dos gases que
os envolve e de sua composição.
O detector de condutividade térmica utiliza como corpo quente
(sensor) filamentos de tungstênio aquecidos por uma corrente elétrica
e dispostos em oposição numa ponte de Wheatstone. Neste tipo de
detector, é necessário ter uma coluna de referência.
Quando o gás de arraste sai da coluna levando os componentes da
amostra passa sobre um dos filamentos enquanto que no outro
filamento continua passando o gás de arraste (coluna de referência) a
temperatura do filamento se altera, causando mudança em sua
resistência elétrica.
A mudança da resistência é, então, medida pela ponte de Wheatstone
gerando um sinal que é enviado ao registrador.
O detector de condutividade térmica tem a propriedade de ser
universal, mas apresenta baixa sensibilidade e baixa região de
linearidade.

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Detector de ionização de chama (FID): baseia-se no fato de que


partículas carregadas em um gás têm a propriedade de conduzir
eletricidade e a condutividade elétrica deste gás é proporcional à
quantidade de íons contidos no gás.
O gás de arraste ao sair da coluna entra na fonte de ionização onde
existe uma chama em que os componentes do gás são queimados.
A chama encontra-se dentro de um campo elétrico alimentado por uma
fonte contínua. Quando o gás de arraste sai da coluna levando os
componentes da amostra ocorre a queima dos mesmos e surgem
radicais livres que na presença do campo elétrico são ionizados e
aumentam a corrente elétrica.
A variação da corrente elétrica gera um sinal que é amplificado e
enviado para o registrador.
O detector de ionização tem a propriedade de ser seletivo, pois, só
identifica compostos orgânicos, mas apresenta alta sensibilidade e alta
região de linearidade. Paralelamente não detecta a água.
Grupos funcionais como carbonila, álcool, halogênicos e amínicos
produzem poucos ou nenhum íon na chama. Além disso, o detector é
insensível para gases não combustíveis como H2O, CO2, SO2 e NOx.

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Essas propriedades tornam o detector de ionização em chama muito


mais útil para a análise de amostras orgânicas, incluindo aquelas
contaminadas com água e com óxidos de nitrogênio e enxofre.
O detector de ionização exibe uma sensibilidade alta (10–13 g/s), larga
faixa linear de resposta (107) e baixo ruído.
Geralmente, é robusto e fácil de usar. Uma desvantagem do detector
de ionização em chama é que ele destrói a amostra durante a
etapa de combustão.

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Detector por captura eletrônica (DCE): baseia-se no fato de que o


gás de arraste que sai da coluna é bombardeado por partículas beta
(elétron), geradas por uma fonte de radiação.
Estes elétrons são responsáveis por uma corrente elétrica. Quando o
gás de arraste sair da coluna levando os componentes da amostra, e
contiver moléculas que podem capturar elétrons, ocorre a diminuição
desta corrente. Tal diminuição é proporcional à concentração destas
moléculas. A variação da corrente elétrica gera um sinal que é
amplificado e enviado para o registrador. O detector por captura
eletrônica tem a propriedade de ser seletivo, pois, só identifica
compostos como halogenetos orgânicos, nitrilas, nitratos e
organometálicos.

Detector termoiônico: é um tipo específico de detector por ionização


onde metais alcalinos sofrem ação de um potencial elétrico, gerando
um plasma. Este detector baseia-se no fato de que o gás de arraste
que sai da coluna, após sofrer ionização entra em contato com o
plasma gera uma corrente elétrica. Quando o gás de arraste sai da

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coluna levando os componentes da amostra, e contiver átomos de


nitrogênio e fósforo, estes reagem com o plasma, gerando íons
negativos, ocorrendo aumento desta corrente, e que é proporcional à
concentração destes íons. A variação da corrente elétrica gera um sinal
que é amplificado e enviado para o registrador.
O detector termoiônico tem a propriedade de ser seletivo, pois, só
identifica compostos de nitrogênio e fósforo.

Vejamos um esquema geral para os tipos de detectores:


UNIVERSAIS SELETIVOS ESPECÍFICOS
Geram sinal para Detectam apenas Detectam substâncias
qualquer substância substâncias com que possuam
eluida. determinada determinado elemento
propriedade físico- ou grupo funcional em
química. suas estruturas

Espectro de massas (Aqui vai só uma ideia do uso deste como


detector).
Um dos detectores mais poderosos para a cromatografia gasosa é o
espectrômetro de massas. A combinação da cromatografia a gás e a
espectrometria de massas é conhecida como CG-MS (do português
cromatografia gasosa e do inglês mass spectrometry).
Um espectrômetro de massas mede a razão massa/carga (m/z) de íons
que são produzidos pela amostra. A maioria dos íons produzidos

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apresenta uma carga unitária(z =1), de forma que a maioria dos


espectrometristas de massas refere-se à medida de massa dos íons
quando, na verdade, a razão massa/carga é que é medida.

Espectro de massas do CO2: observe que o íon molecular aparece na


razão m/z= 44 (C=12, O =16). Os íons de fragmentos aparecem a
valores de m/z 28, 16 e 12. Estes correspondem ao CO+, O- e C-,
respectivamente.
Abaixo uma representação do acoplamento da cromatografia do tipo
GCMS:

Registrador
Define-se como registrador um sistema potenciométrico onde o sinal
enviado pelo detector é amplificado e um gráfico pode ser construído.
Este é em forma de picos correspondendo cada pico a um produto que
sai da coluna. Este gráfico é normalmente denominado de

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cromatograma. Atualmente com o avanço da tecnologia os


registradores estão sendo substituídos por computadores.
Do gráfico pode-se obter 2 informações importantes:

- tempo de retenção: corresponde ao tempo que uma substância


gasta para percorrer desde o injetor, passando pela coluna e ser
detectado. Para cada substância, em uma determinada coluna e
condições estabelecidas, existe um tempo de retenção. O tempo de
retenção serve para se identificar componentes da amostra injetada.

- Área do pico: relaciona-se com a concentração do produto que


gerou o pico. E é este recurso que torna a cromatografia uma técnica
muito útil para análise de produtos químicos

Análise Qualitativa
A cromatografia pode ser utilizada como método de identificação e esta
é feita através do tempo de retenção. A primeira etapa é obter o
cromatograma e este fornece o que chamamos de perfil cromatográfico
da amostra.
O perfil pode informar quantas substâncias compõem a amostra. A
partir do perfil, se tivermos padrões, podemos comparar os tempos de
retenção e identificar estes produtos.

Análise quantitativa
A análise quantitativa por cromatografia gasosa normalmente é feita
por dois métodos, em função da possibilidade da existência ou não de
padrões. Quando não se tem padrão utiliza-se o processo denominado
de porcentagem de área. Onde se deve inicialmente garantir que todos
os componentes da amostra foram detectados pelo cromatógrafo.
Neste tipo de análise é fundamental que se saiba se esta contem água

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ou solventes, pois isto irá ajudar a definir condições de análise e tipo


de detector.
Depois de obter todas as áreas de cada pico, pode se calcular a
somatória destas e relacionar esta somatória a 100%. Logo, cada pico
terá sua parcela percentual.
Esta técnica permite fornecer uma noção da composição de uma
amostra.
Quando é possível dispor de padrões, utiliza-se o processo denominado
de porcentagem em peso que consiste em comparar a área do pico de
interesse com a área do padrão. Em função do modo como se trabalha
a porcentagem em peso esta pode ser denominada de padronização
externa e de padronização interna.

Padronização externa: a primeira atitude em uma análise


quantitativa é determinar a faixa de linearidade do detector para a
concentração que se pretende trabalhar. Depois disto, constrói-se uma
curva de calibração com vários pontos (dependendo da metodologia
empregada) e obtém-se a equação da reta. Com a área da amostra e
esta equação da reta podemos calcular a concentração da amostra.

Padronização interna: o raciocínio é o mesmo que para a


padronização externa, entretanto, tanto na amostra como nas soluções
padrões adiciona-se um produto com características similares à da
amostra e procede-se da mesma maneira, como na padronização
externa. Entretanto, na construção do gráfico utiliza-se a relação entre
a área do padrão e a área do padrão interno.
A vantagem da técnica por padrão interno é que se torna menos
sensível a desvio de injeção da amostra e variações instrumentais.

Vou colocar abaixo segue um trabalho que julgo interessante.


Caso você não queira ler, pode pular esta parte e seguir seus
estudos.

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Isto ocorreu em uma consultoria que prestei a uma indústria X.


A indústria X comprava um óleo de uma indústria A que,
teoricamente, declarava ser a única fornecedora comercial para
a finalidade desejada. E cobrava um preço mais alto em função
disto.
Conseguimos encontrar outro fornecedor, que chamarei aqui de
fornecedor B, para a empresa X, com um preço muito mais em
conta.
A indústria A contestou a qualidade do material vendido pelo
possível novo fornecedor e alegou que somente eles teriam a
mistura de tensoativos comerciais e que ninguém teria aquela
mistura de tensoativos que gerariam produtos melhores.
O que fizemos? Fizemos uma análise do material das duas
empresas. Levamos uns 3 meses para chegar ao resultado
abaixo, onde analisamos após extrações e diferentes
metodologias, a composição dos óleos das empresas A e B.
Mesmo se você não souber nadinha de nada de cromatografia,
você olha para os cromatogramas gasosos e conclui que os
materiais das diferentes empresas são iguais ou diferentes?
Segue trecho do relatório de pesquisa:
Cromatografia gasosa da fase oleosa d………
Após a obtenção do óleo uma amostra deste foi submetida à
cromatografia gasosa e o resultado obtido foi comparado aos óleos
minerais A e B.
O resultado segue abaixo (Figuras) e observa-se uma semelhança
extremamente grande entre o óleo do A e do B. Pode-se concluir que
a composição do A e do B ……..
Cromatograma do A

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Cromatograma do B

Sobreposição dos cromatogramas de A e B.


(x1 ,0 0 0 ,0 0 0 )
2 .0

1 .9

1 .8

1 .7

1 .6

1 .5

1 .4

1 .3

1 .2

1 .1

1 .0

0 .9

0 .8

0 .7

0 .6

0 .5

0 .4

0 .3

0 .2

0 .1
1 5 .0 1 7 .5 2 0 .0 2 2 .5 2 5 .0 2 7 .5

Este estudo proporcionou à empresa X uma economia de uns


R$ 400.000,00 por ano, pois, esta passou a comprar da empresa
B.

CROMATOGRAFIA LÍQUIDA (CLAE ou HPLC)

Todos os conceitos utilizados na cromatografia a gás podem ser


transportados para a cromatografia liquida de alta eficiência, bastando
ter em mente que a fase móvel agora é um líquido, daí o tipo de

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equipamento, colunas e detectores passam a ser fisicamente


diferentes, mas com o mesmo conceito básico.
A fase móvel agora é um solvente ou mistura de solventes, passando
assim, a diferença de polaridade ser muito importante no processo de
separação, já que as amostras não precisam sofrer ação da
temperatura para se separar. Na verdade, estes compostos
normalmente não suportam a temperatura empregada na
cromatografia gasosa.
Esta técnica é muito utilizada para produtos que não podem ser
analisados por cromatografia a gás, pois sofrem decomposição quando
aquecidos, como por exemplo, vitaminas, açúcares e etc.
Para iniciarmos, vamos fazer comparações entre as cromatografias
liquidas e gasosas, de uma maneira bem geral:

Cromatografia gasosa x CLAE


Na cromatografia gasosa (CG) é necessário que a amostra seja
suficientemente volátil, a fim de que possa passar através da coluna
na forma de vapor, e estável termicamente para não se decompor nas
condições de separação. Os métodos de detecção utilizados em CG são
mais rápidos e sensíveis, a aparelhagem mais fácil de ser manipulada
e em geral mais barata.
A CLAE requer somente que a amostra seja solúvel na fase móvel.
Assim, a CLAE é um método ideal para a separação de espécies iônicas
ou macromoléculas de interesse biológico e produtos naturais lábeis,
bem como uma imensa variedade de outros compostos de alta massa
molecular e/ou baixa estabilidade térmica.
A CLAE possui como vantagens adicionais: duas fases cromatográficas
de interação seletiva com as moléculas da amostra, versus somente
uma na CG e maior variedade de possíveis mecanismos de separação.
As principais características de ambas as técnicas estão resumidas na
tabela abaixo. E a conclusão que pode ser tirada sobre elas é que
se complementam na análise de diferentes tipos de amostras.

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Veja, também, um resumo das vantagens e limitações da CLAE (HPLC).

Na cromatografia líquida a mistura de solutos é levada a migrar


através da fase fixa, por meio de fluxo constante da fase móvel, sendo
a diferença de velocidade de migração (migração diferencial)

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provocada por processo de competição pelo soluto, entre as duas


fases.
Em função disto teremos diferentes tipos cromatográficos, conforme
se pode analisar pela tabela abaixo:

Características das colunas usadas em CLAE


As colunas são constituídas de um pedaço de tubo de algum material
inerte, de diâmetro interno uniforme e capaz de resistir à pressão em
que serão usadas. O aço inoxidável é o mais usado entre todos os
materiais.
Existem também algumas feitas com vidro de paredes grossas, mas
apresentam o inconveniente de não se conseguir conexões
adequadas, entre o vidro e o metal e que resistam a altas pressões
sem vazamento.
Geralmente, o diâmetro interno das colunas para fias analíticos é ao
redor de 3 a 5 mm e para colunas preparativas igual ou maior do que
10 mm. As colunas com microdiâmetro apresentam diâmetros internos

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entre 0.05 e 2 mm.


O comprimento, na maioria dos casos, fica entre 10 e 50 cm, com
exceção da cromatografia por exclusão onde, às vezes, usam-se
colunas de comprimento maior ou várias colunas conectadas uma na
outra.
A capacidade da coluna e determinada pelo seu comprimento, diâmetro
e material de recheio. As colunas são normalmente retas porque
apresentam uma perda de eficiência quando são dobradas. Nos
extremos da coluna coloca-se um disco de teflon ou metal poroso para
evitar a perda do recheio ou mudanças na sua compactação. É
importante que este disco retenha as partículas do recheio sem
produzir um aumento muito grande na pressão. Nas colunas atuais é
comum obter-se eficiência da ordem de 50.000 pratos teóricos por
metro de coluna, que é superior às eficiências normalmente obtidas
em cromatografia gasosa com colunas recheadas.
A fase móvel deve ser de alta pureza, como um solvente de grau
cromatográfico, permitindo realizar análises de alta sensibilidade com
detectores por fluorescência ou por absorbância no ultravioleta, onde
as impurezas da fase móvel podem absorver e diminuir a sensibilidade
do detector para os componentes da amostra.
Quando se utilizar cromatografia líquido-líquido, a fase móvel pode
dissolver a fase estacionária. Para evitar isto, satura-se a fase móvel
com a fase estacionária utilizando-se, para isso, uma pré-coluna
contendo uma alta concentração da mesma fase estacionária.
No preparo da fase móvel deve-se filtrar o solvente (trabalhar com
filtro Millipore) e desgaseificá-lo (existem aparelhos acoplados ao
cromatógrafo que já fazem isto automaticamente).
Caso não se tenha o aparelho mencionado uma das maneiras de retirar
gases do solvente é deixar o solvente no frasco dentro de banho
ultrassom por, no mínimo, 15 minutos. Esse tempo varia conforme a
solução a ser preparada. No caso de solvente orgânico com água,
esse tempo pode ser maior.

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Por exemplo, em uma mistura de água e álcool, que é exotérmica,


deve-se efetuar a mistura e, depois, desgaseificá-la.
Em mistura de acetonitrila e água a desgaseificação deve ser feita em
temperatura baixa devido à grande volatilidade da acetonotrila.
Ao se trabalhar com água, tomar todos os cuidados para que não se
forme fungo dentro da coluna. Lavar sempre o sistema
abundantemente e passar um agente de esterilização (por ex, MeOH
ou Acetonitrila). Para análise de açúcares utilizar água ligeiramente
acidificada.
O mesmo cuidado se deve ter quando se trabalha com solução tampão.
Nesse caso uma atenção a mais deve ser dada. Não deixar o sistema
parado quando se trabalha com tampão, pois pode produzir cristais do
sal na região do pistão da bomba. Ao se reiniciar o trabalho esse sal
cristalizado pode danificar o corpo do pistão.

Equipamentos para CLAE


As principais características que devem ser levadas em consideração
na escolha de um equipamento para CLAE são:
- Versatilidade: o equipamento deve resolver amostras de diferentes
tipos, servir a distintas técnicas cromatográficas e realizar o máximo
de operações, tais como, gradiente de fase móvel, coleta das frações,
reciclagem de frações, etc., necessárias às análises sofisticadas.
- Rapidez: para se conseguir análises rápidas, deve-se obter as
melhores condições de CLAE, isto é, fase móvel de baixa viscosidade,
bomba de alta pressão e colunas com partículas de pequeno diâmetro
(grande área de superfície, que ajuda os processos de separação).
- Reprodutibilidade e Estabilidade: características essenciais para obter
do equipamento um bom funcionamento, a longo prazo. O
equipamento deve ter controle adequado sobre os parâmetros de
operação, como vazão, temperatura, pressão e composição da fase
móvel.
- Sensibilidade: Um bom equipamento, mesmo trabalhando com

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pequenas quantidades de amostra, deve gerar sinais de intensidade


apreciável.

Detectores usados em CLAE


Uma instrumentação melhor é requerida para a CLAE, em relação à
sensibilidade dos detectores, para monitorização do efluente que sai
da coluna. Infelizmente as propriedades físicas ou físico-químicas da
amostra e fase móvel são, muitas vezes, similares.
Algumas soluções para o problema de detecção têm sido procuradas
no desenvolvimento da CLAE:
- Medidas diferenciadas de propriedades gerais de ambas: amostras e
fase móvel
- Medidas de uma propriedade da amostra que não é apresentada pela
fase móvel. Detecção após a eliminação da fase móvel.
Uma variedade de detectores tem sido desenvolvida para CLAE,
baseando-se em uma destas soluções.
Um detector ideal para a CLAE seria aquele com as seguintes

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características:
-Alta sensibilidade e baixo limite de detecção
- Resposta rápida a todos os solutos
- Insensibilidade a mudanças na temperatura e na vazão da fase
móvel.
- Resposta independente da fase móvel
- Pequena contribuição ao alargamento do pico pelo volume extra da
cela do detector.
- Resposta que aumente linearmente com a quantidade do soluto
- Não destruição do soluto.
- Segurança e conveniência de uso.
- Informação qualitativa do pico desejado.

Propriedades de alguns detectores usados em CLAE

Abaixo segue um estudo de um estudo feito por mim, para uma


mistura complexa de compostos vendidos industrialmente.
Novamente repito: se não for de seu interesse passe adiante.

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Abaixo vou colocar trechos de pesquisa de desenvolvimento de


uma metodologia analítica cromatográfica para tentar chegar à
melhor separação possível. E esta nem precisaria ser muito
requintada porque as amostras seriam, depois, usadas para um
estudo em espectro de massas (que não precisa de separações
muito boas. Em alguns casos nem precisa de separação. Mas,
em função dos nossos objetivos na pesquisa buscamos chegar
ao melhor perfil cromatográfico possível, dispendendo o menor
tempo para isto).
Observe a evolução dos cromatogramas obtidos, lembrando que a
mistura é muito complexa e temos casos de isômeros.

Estudo cromatográfico do ……
Foram realizados estudos cromatográficos (HPLC) visando a escolha de
coluna cromatográfica, de fase móvel e condições de análise. O
objetivo destes estudos é definir a melhor condição para se analisar e
obter frações através de cromatografia preparativa. Com as frações
obtidas novos estudos serão realizados visando determinar a massa
molar dos possíveis compostos presentes no …..
Para tanto, preparou-se uma solução estoque deste produto e algumas
diluições, que serão empregadas no estudo analítico.
Preparo da amostra:
Pesou-se 15 mg de … e dissolveu-se em 1 mL de Acetonitrila. A partir
desta solução fez-se diluições para a obtenção de soluções a 1500 µg/
mL, 1500 µg/ mL e 200 µg/mL.
Algumas colunas testadas foram escolhidas em função de artigos
científicos que relatam estudos com tensoativos. Buscou-se analisar as
possíveis fases móveis, comprimentos de onda no UV (detector), fluxo,
etc.
Como a mistura é de composição desconhecida, o estudo é bastante
empírico e exige uma série de tentativas com as diferentes variáveis a
serem determinadas e especificadas.

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Objetivo deste experimento: verificar se o produto é eluido da coluna


e se o comprimento de onda é sensível à presença deste.
Resultado: houve a presença de pico no cromatograma, o que indica
que o comprimento de onda escolhido pode ser um dos possíveis a
serem empregados.
(aqui as variações que fiz em fase móvel, comprimento de onda, tipo
de coluna, isocrático ou não, etc)
CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS:
CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS:
ARQUIVO:
DATA: 11 ABRIL 2012
COLUNA C4 VIDAX
FLUXO 1 mL/min
Comprimento onda detector: 215 nm
FASE MÓVEL:acetonitrila e água, ambos com 0,1% de Ácido
Trifluoracético (TFA)
: GRADIENTE 80 a 20 % de água em 50 minutos.
ANALITO: …. A CONC 1500 MICROGRAMAS

CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS:
ARQUIVO:
DATA: 11 ABRIL 2012
COLUNA: C4 VIDAX
FLUXO 1 mL/min
Comprimento onda detector: 215 nm
FASE MÓVEL:acetonitrila e água, ambos com 0,1% de Ácido
Trifluoracético (TFA)
CONDIÇÕES: GRADIENTE 80 a 20 % de água em 50 minutos.
ANALITO: A CONC 1500 MICROGRAMAS
CONCLUSÕES: a coluna empregada ou a fase móvel usada não foram
adequadas. Portanto, buscou-se encontrar uma fase móvel e para isto
empregou-se nova coluna.

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B) COLUNA HILIC
CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS:
ARQUIVO:
DATA: 11 ABRIL 2012
Sem COLUNA
FLUXO 1 mL/min
Comprimento onda detector: 215 nm
FASE MÓVEL:acetonitrila e água, ambos com 0,1% de Ácido
Trifluoracético (TFA)
CONDIÇÕES: GRADIENTE 20 a 80 % de água em 50 minutos.
ANALITO: A CONC 1500 MICROGRAMAS

CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS:
ARQUIVO:
DATA: 12 ABRIL 2012
COLUNA HILIC
FLUXO 0,3 mL/min
Comprimento onda detector: 195 nm
FASE MÓVEL:acetonitrila e água, ambos com 0,1% de Ácido
Trifluoracético (TFA)
CONDIÇÕES: isocrático com 10% de água em 50 minutos.
ANALITO: A CONC 1500 MICROGRAMAS
Buscou-se avaliar o comprimento de onda mais indicado ou de maior
sensibilidade para os compostos.
Observou-se que este comprimento de onda se mostrou mais sensível
ao . Portanto, deverá ser empregado até obter uma fase móvel que
permita melhores resultados.
As primeiras tentativas mostram uma separação entre componentes
do ….. Porém, devido às características observadas nos cromatogramas
(perfis dos picos), novas tentativas de mudanças das condições
experimentais serão realizadas.

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Entre os cromatogramas abaixo foram realizadas mudanças


envolvendo fluxo e composição da fase móvel, bem como do analito
empregado, pois, buscaremos avaliar comparativamente os ….
comerciais em estudo além do …. e para isto as condições
cromatográficas devem também ser adequadas para os demais
tensoativos além do …..
RESULTADOS:
VWD1 A, Wavelength=195 nm (WAGNER\ARQUIVOS\13ABRI~1\M88_2001.D)
5.167

Norm.

500

400

300
6.126

200

100
7.067

7.347

7.856

8.816
8.256

0 2 4 6 8 10 min

Observe que os picos são largos. Isto significa que podemos ter mais
de um composto eluindo simultaneamente. Os picos devem ser os mais
altos e finos, para poderem indicar uma boa resolução. Na prática, nem
sempre se consegue tal resultado.
Acompanhe a evolução destes picos conforme as mudanças que foram
feitas quanto a fase móvel, fluxo, etc.
VWD1 A, Wavelength=195 nm (WAGNER\ARQUIVOS\13ABRI~1\M88_B000.D)
5.170

Norm.

1750

1500

1250
6.162

1000

750

500

250
7.464
7.153

8.008

9.146

9.817
8.652
8.385
4.414

0 2 4 6 8 10 min

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VWD1 A, Wavelength=195 nm (WAGNER\ARQUIVOS\13ABRI~1\M88_B001.D)
5.172

Norm.
1750
1500
1250
6.164

1000
750
500
250
7.466
7.155

8.010

9.157

9.978
9.664

11.647
8.653
8.386

14.264
12.876
4.398

0
0 2 4 6 8 10 12 14 min
VWD1 A, Wavelength=195 nm (WAGNER\ARQUIVOS\13ABRI~1\M8880001.D)
1.075

Norm.
350
300
250
1.254

200
150
100
1.167

2.958

3.580
3.514
2.785

50
4.415
1.726

2.649

3.092

4.299

5.355
5.524
1.567

11.159
10.007

12.539
11.648
6.765

10.710
2.505

7.002

8.655
5.086

6.423

9.021
7.647
7.896
1.961

2.271
2.114
0.599
0.845

0
0 2 4 6 8 10 12 min
VWD1 A, Wavelength=195 nm (WAGNER\ARQUIVOS\13ABRI~1\M8880001.D)
1.075

Norm.
350
300
250
1.254

200
150
100
1.167

2.958

3.580
3.514
2.785

50

4.415
1.726

2.649

3.092

4.299

5.355
5.524
1.567

11.159
10.007

12.539
11.648
6.765

10.710
2.505

7.002

8.655
5.086

6.423

9.021
7.647
7.896
1.961

2.271
2.114
0.599
0.845

0
0 2 4 6 8 10 12 min
S
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VWD1 A, Wavelength=195 nm (WAGNER\ARQUIVOS\13ABRI~1\SPAN8003.D)

2.082
2.176
Norm.

1750

1500

1250

1000

2.446
750

500

3.060

3.381
250

5.792
3.917

4.234

4.618
4.699

6.417
6.566
5.213

7.468
0

0 2 4 6 8 10 12 min

VWD1 A, Wavelength=195 nm (WAGNER\ARQUIVOS\13ABRI~1\TWEEN802.D)

5.270
Norm.

350

300

250
6.114

200

150

100
5.685

7.602

50
8.243

9.226

10.575
10.052
7.249

11.846

12.379
8.738

-50

0 2 4 6 8 10 12 min

VWD1 A, Wavelength=203 nm (WAGNER\ARQUIVOS\18ABRI~1\WAG18AB5.D)


7.407

Norm.

100

80
9.217

60
8.812
8.515

9.772

40
15.930
15.618
8.230

18.602
18.087

20
13.918
5.966

14.873

17.153
10.503
6.702
5.325

-20

-40

0 2.5 5 7.5 10 12.5 15 17.5 20 22.5 min

VWD1 A, Wavelength=203 nm (WAGNER\ARQUIVOS\18ABRI~1\WAG18A13.D)


6.953

Norm.
7.513

9.901

2000
8.197

1500
9.155

1000
10.448
6.296

500
11.167
4.779

12.014

19.302
16.571

17.435
17.885
14.323

15.077

0 2.5 5 7.5 10 12.5 15 17.5 min

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VWD1 A, Wavelength=203 nm (WAGNER\10MAIO02.D)
VWD1 A, Wavelength=203 nm (WAGNER\ARQUIVOS\23ABRI~1\WAG20A07.D)

7.408
7.440
Norm.

7.554
100

80

9.091

10.138

11.203
60

9.470
8.723

12.581
40

8.975
8.457

13.021
9.592
6.475
20

14.851
6.085

17.122
16.751
13.147
0

13.977
10.241
6.772

11.870

15.905
10.975

20.341
19.624
18.640
5.170

-20

-40

-60
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15 17.5 20 22.5 min

VWD1 A, Wavelength=203 nm (WAGNER\10MAIO02.D)


VWD1 A, Wavelength=203 nm (WAGNER\10MAIO03.D)
7.423

mAU

150

100
7.440
7.554

11.054
10.038
9.393

12.363

50
10.138

11.203
8.975 8.913
9.470
7.044

12.581
13.021

14.102

15.776
6.496
6.475

-50

0 2.5 5 7.5 10 12.5 15 17.5 20 22.5 min

QUESTÕES PROPOSTAS
01. (2016 – CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Perito Criminal
- Medicina Veterinária).
A cromatografia líquida de alta eficiência é um método que
a) utiliza as propriedades fluorescentes de um intercalante de DNA para
detectar a amplificação de um gene-alvo.
b) tem como princípio de funcionamento a diferença de afinidade de
diferentes compostos de uma amostra complexa com a fase

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estacionária para separação desses compostos, quando submetidos a


um fluxo de fase móvel líquida.
c) tem como princípio de funcionamento a queima da amostra para
análise dos compostos por detecção dos átomos constituintes dessa
amostra.
d) é largamente utilizado para a análise de compostos voláteis
complexos, como as vitaminas do leite.
e) não pode ser associado a um detector do tipo espectrômetro de
massa, pois as amostras submetidas à cromatografia tornam-se
líquidas, impossibilitando seu uso no espectrômetro.
Resolução:
Questão teórica, que traz a seguinte alternativa como a correta: tem
como princípio de funcionamento a diferença de afinidade de diferentes
compostos de uma amostra complexa com a fase estacionária para
separação desses compostos, quando submetidos a um fluxo de fase
móvel líquida.
Resposta: B.

02. (2016 – CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Perito Criminal


– Farmácia).
Acerca de técnicas cromatográficas, assinale a opção correta.
a) É impossível utilizar a cromatografia gasosa para a investigação de
substâncias voláteis.
b) A diferença de peso molecular dos componentes de uma mistura é
o que permite a separação desses componentes por cromatografia.
c) Na técnica de cromatografia em camada delgada (CCD) de fase
normal, a fase estacionária é normalmente sílica e a fase móvel, um
solvente orgânico ou mistura de solventes com caráter apolar.
d) A cromatografia líquida de alta eficiência tem alto poder de resolução
devido ao tamanho da coluna cromatográfica utilizada, que pode
atingir até 1 m de comprimento.

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e) Na cromatografia gasosa, a fase estacionária é sólida e a fase móvel


é um gás inerte.
Resolução:
a) Errado. Pode-se empregar a cromatografia gasosa exatamente para
estes compostos.
b) Errado. A diferença de peso não é o fundamento da técnica. Mais
importante que o peso molecular podemos citar a solubilidade, por
exemplo
c) Na técnica de cromatografia em camada delgada (CCD) de fase
normal, a fase estacionária é normalmente sílica e a fase móvel, um
solvente orgânico ou mistura de solventes com caráter
apolar.´CORRETO.
d) Errado. Não se tem coluna com este comprimento.
e) Podemos ter diferentes fases, não apenas as mencionadas.
Resposta: C.

03. (2016 – IADES - PC-DF - Perito Criminal – Química).


Após a apreensão de drogas pela polícia, amostras são retiradas e
levadas à perícia, onde são realizados ensaios analíticos utilizando
técnicas cromatográficas. Acerca desse assunto, assinale a alternativa
correta.
a) Em cromatografia líquida, a coluna de fase reversa é utilizada para
a separação de espécies polares.
b) Em cromatografia de íons, é utilizada coluna em fase reversa.
c) A cromatografia em camada delgada (CCD) é comumente utilizada
acoplada ao espectrômetro de massas.
d) Em cromatografia gasosa, podem ser utilizadas colunas com fase
estacionária líquida ou sólida.
e) Em cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), são utilizadas
pré-colunas com o intuito de diminuir as oscilações das bombas.
Resolução:

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a) Em cromatografia líquida, a coluna de fase reversa é utilizada para


a separação de espécies polares. ERRADO. As espécies são, em geral,
apolares.
b) Em cromatografia de íons, é utilizada coluna em fase reversa.
Errado. Veja o item acima. Íons são carregados. Usa-se coluna de troca
iônica, por exemplo.
c) A cromatografia em camada delgada (CCD) é comumente utilizada
acoplada ao espectrômetro de massas. ERRADO. Isto é impossível.
Acoplar massa com CCD é uma ideia ridícula quanto à execução.
d) Em cromatografia gasosa, podem ser utilizadas colunas com fase
estacionária líquida ou sólida. CORRETO.
e) Em cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), são utilizadas
pré-colunas com o intuito de diminuir as oscilações das bombas.
ERRADO. Pré-coluna é para preservar a coluna, não tem nenhuma
conexão com fluxo de solvente.
Resposta: D.

04. (2016 – CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA – PE -Perito Criminal


– Química).
Acerca das técnicas cromatográficas, assinale a opção correta.
a) A eficiência de uma coluna usada em cromatografia líquida diminui
à medida que o tamanho das partículas do recheio dessa coluna
diminui.
b) Na análise quantitativa mediante cromatografia líquida de alta
eficiência, o produto da intensidade pela largura da base do pico do
cromatograma é usado para determinar a concentração do analito.
c) A análise por cromatografia gasosa é limitada a amostras em estado
gasoso e sob temperatura ambiente.
d) Para aumentar a eficiência de separação entre compostos em
cromatografia, busca-se controlar as condições de eluição para se
obter picos largos.

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e) Na cromatografia por partição de fase reversa, a fase estacionária é


apolar, e a fase móvel, polar.
Resolução:
a) A eficiência de uma coluna usada em cromatografia líquida diminui
à medida que o tamanho das partículas do recheio dessa coluna
diminui. ERRADO. A eficiência aumenta com a diminuição do recheio
b) Na análise quantitativa mediante cromatografia líquida de alta
eficiência, o produto da intensidade pela largura da base do pico do
cromatograma é usado para determinar a concentração do analito.
Errado. A concentração é determinada pela área sob a curva do pico.
c) A análise por cromatografia gasosa é limitada a amostras em estado
gasoso e sob temperatura ambiente. Errado. O composto pode ser
sólido ou líquido. Basta que ele volatilize nas condições de análise
d) Para aumentar a eficiência de separação entre compostos em
cromatografia, busca-se controlar as condições de eluição para se
obter picos largos. Errado. Não temos que buscar aumentar a base do
pico. Existem recursos para melhorar a separação. Não esta.
e) Na cromatografia por partição de fase reversa, a fase estacionária é
apolar, e a fase móvel, polar. CORRETO.
Resposta: E.

05. (2014 – VUNESP - SAAE-SP – Químico).


Detectores por ionização de chama são muito usados em cromatografia
gasosa. Apesar do amplo emprego, esses de-tectores apresentam
como limitação
a) o pequeno intervalo de resposta linear.
b) a baixa sensibilidade para a detecção de hidrocarbo-netos.
c) a baixa sensibilidade na detecção de compostos contendo
heteroátomos.
d) a detecção de impurezas como água e CO2 presentes no gás de
arraste

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e) a interferência de alterações na velocidade de fluxo da fase móvel


na produção de sinais.
Resolução:
Vimos na parte teórica que a limitação se dá com compostos com
heteroátomos.
Resposta: C.

06. (2013 – IBFC - PC-RJ - Perito Criminal – Farmácia).


Em caso de exposição aos vapores de tolueno, o procedimento analítico
mais indicado é a determinação de:
a) Tolueno e 2,3-tolueno epóxido inalterados no sangue por
cromatografia com fase gasosa
b) Ácido hipúrico na urina por cromatografia com fase gasosa.
c) Dimetilfenol na urina por cromatografia com fase gasosa.
d) Fenol na urina por cromatografia com fase gasosa
e) Benzaldeído na urina por cromatografia com fase gasosa
Resolução:
Coloquei esta questão aqui para que você saiba que a técnica podes
ser empregada na área de toxicologia. Vamos à resolução. Não é
preciso, para você que não conheça farmacologia quais as
transformações que ocorrem no metabolismo.
O tolueno é um solvente orgânico, tendo seu metabólito o-cresol como
principal responsável pelos danos neurológicos. Os biomarcadores
encontrados em uma pessoa exposta a tolueno são: Na urina: O acido
hipurico na urina é o principal marcador de intoxicação ao tolueno. No
sangue: tolueno
Resposta: B.

07. (QUÍMICO - UFPE 2013). Eugenol e trans-anetol são compostos


presentes em óleos essenciais obtidos de especiarias.

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Em relação a esses dois compostos, é correto afirmar que:


a) o eugenol apresenta um ponto de ebulição menor que o trans-
anetol.
b) o eugenol é um ácido fraco em água.
c) os compostos devem apresentar fator de retenção (Rf) muito
próximos em cromatografia de camada delgada de sílica gel (CCD),
por ambos serem apolares.
d) o eugenol deve apresentar um fator de retenção (Rf) em CCD de
sílica gel maior que o trans- anetol.
e) apenas o eugenol pode realizar ligações de hidrogênio com a água.
Resolução:
O eugenol apresentará maior ponto de ebulição que o trans-anetol pois
apresenta mais interações do tipo ponte de hidrogênio e mais oxigenio
em sua molécula. Por apresentar a função fenol este será um ácido
fraco em água. Não são apolares. Por ser mais polar o eugenol
interagem mais intensamente com a sílica gel (polar) e terá menor Rf.
O trans-anetol pode fazer pontes de hidrogênio através do sseu átomo
de oxigenio do grupo éter (mesmo não sendo um caso típico de ponte).
Resposta “B”

08. (TÉCNICO DE LABORATÓRIO – UNIPAMPA - CESPE 2013).


No sistema de injeção de um cromatógrafo gasoso, utilizando-se uma
coluna capilar, o divisor de amostras pode ser mantido desligado por
um breve período de tempo (um a dois minutos, por exemplo),
visando aumentar o limite de quantificação do método analítico.
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
Se o divisor de amostras fica desligado automaticamente maior

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quantidade de analito será injetada na coluna, o que leva a um


aumento no limite de quantificação.
Resposta Correto

09. (TÉCNICO DE LABORATÓRIO – UNIPAMPA - CESPE 2013)


A cromatografia gasosa é a técnica analítica mais utilizada para a
separação de espécies não voláteis e termicamente instáveis.
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
A cromatografia gasosa é usada para substâncias que volatilizam com
certa facilidade, sem sofrer decomposição térmica. Analisam-se os
gases produzidos. O enunciado afirma o oposto
Resposta: Errado

10. (TÉCNICO DE LABORATÓRIO – UNIPAMPA - CESPE 2013).


Na cromatografia líquida, uma eluição com um único solvente ou com
uma mistura de solventes de composição constante é denominada
isocrática.
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
Correto, considerando que no caso de se usar dois ou mais solventes
na fase móvel não ocorra a variação da composição da mistura destes
solventes durante a eluição.
Resposta: certo.

11. (TÉCNICO DE LABORATÓRIO – UNIPAMPA - CESPE 2013)


Na cromatografia gás-líquido ou cromatografia gasosa, a fase móvel é
um gás quimicamente inerte, sendo possível o uso de argônio,
nitrogênio, hidrogênio ou hélio.
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
A afirmativa está correta. Estes são os gases que podem ser usados

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para fazer o arraste (fase móvel) dos gases provenientes do analito.


Resposta: certo.

12. (EBSERH – TÉCNICO EM QUÍMICA – AOCP/2013). Qual a


função da pré-coluna na Cromatografia Liquida de Alta Eficiência?
(A) Corrigir o pH da amostra.
(B) Corrigir a temperatura da amostra.
(C) Manter a pressão da amostra.
(D) Retirar partículas e substâncias contaminantes para a coluna.
(E) Substituir a coluna, caso essa precise ser trocada.
RESOLUÇÃO:
A pré-coluna é utilizada para evitar que possíveis partículas e sujeiras
não sejam injetadas diretamente na coluna cromatográfica. Estas
geralmente apresentam alto custo. Portanto, a pré-coluna (baixo custo
relativo) serve como uma proteção à coluna.
Resposta: “D”.

13. (EBSERH – TÉCNICO EM QUÍMICA – AOCP/2013). O que é


um cromatograma?
(A) Gráfico de cores gerado pela absorção da luz através da amostra.
(B) Gráfico de sinal de detecção pelo comprimento de onda em que foi
detectado um composto na técnica de cromatografia.
(C) Gráfico de sinal de detecção pelo tempo que foi detectado um
composto na técnica de cromatografia.
(D) Gráfico de comprimento de onda pelo tempo que foi detectado um
composto.
(E) Gráfico da cor gerada pelo composto pelo comprimento de onda
incidido sobre a amostra.
RESOLUÇÃO:
Um cromatograma é um gráfico obtido quando se realiza uma
cromatografia com um registrador. Neste registro temos a intensidade
de sinal obtido pela detecção da presença de dado composto. De

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acordo com a concentração deste analito o sinal apresentará uma


intensidade proporcional.
Resposta: “C”.

14. (ANALISTA QUÍMICO - FUNCAB 2013).


Com relação ao emprego de colunas capilares em cromatografia
gasosa, assinale a alternativa correta.
A) A fase móvel é Iíquida.
B) A fase estacionaria é sólida.
C) o detector de ionização em chama é um detector seletivo para
hidrocarbonetos.
D) É uma técnica com alto potencial preparativo.
E) A fase móvel é gasosa e a fase estacionária é líquida.
Resolução:
A cromatografia com o uso de capilar tem as características
apresentadas pela alternativa E.
Resposta “E”

15. (TÉCNICO DE LABORATÓRIO – UNIPAMPA - CESPE 2013).


No sistema de injeção de um cromatógrafo gasoso, utilizando-se uma
coluna capilar, o divisor de amostras pode ser mantido desligado por
um breve período de tempo (um a dois minutos, por exemplo),
visando aumentar o limite de quantificação do método analítico.
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
Se o divisor de amostras fica desligado automaticamente maior
quantidade de analito será injetada na coluna, o que leva a um
aumento no limite de quantificação.
Resposta: Certo

16. (TÉCNICO DE LABORATÓRIO – UNIPAMPA - CESPE 2013). A


cromatografia gasosa é a técnica analítica mais utilizada para a

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separação de espécies não voláteis e termicamente instáveis.


( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
A cromatografia gasosa é usada para substâncias que volatilizam com
certa facilidade, sem sofrer decomposição térmica. Analisam-se os
gases produzidos. O enunciado afirma o oposto.
Resposta Errada

17. (TÉCNICO DE LABORATÓRIO – UNIPAMPA - CESPE 2013).


Importante método de separação de componentes químicos de
misturas complexas, a cromatografia divide-se em três categorias, que
se baseiam na natureza da fase móvel: líquida, gasosa e fluido
supercrítico. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.
O detector de captura de elétrons (DCE) é o mais empregado na
quantificação de hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos.
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
O detector do tipo DCE é indicado para análise de compostos
halogenados. O detector para hidrocarbonetos é o FID, por ionização
em chama.
Resposta: Errado.

18. (TÉCNICO DE LABORATÓRIO – UNIPAMPA - CESPE 2013).


Na cromatografia líquida, o sistema de detecção universal e de alta
sensibilidade, assim como o detector de chamas na cromatografia
gasosa, é embasado na absorção da radiação ultravioleta ou visível.
( ) Certo ( ) Errado
Resolução:
O detector de chamas é baseado em corrente elétrica, não absorção
de radiações
Resposta: Errado.

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19. (2010 – FGV – CAERN - Engenheiro Químico).


Em relação aos tipos de ensaios cromatográficos existentes, é correto
afirmar que
a) a cromatografia supercrítica é um tipo de cromatografia líquida.
b) a cromatografia gasosa é classificada, em relação à forma física do
sistema cromatográfico, como cromatografia planar.
c) a cromatografia em papel é uma técnica de partição líquido-vapor.
d) a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) emprega uma
bomba para a eluição da fase móvel.
e) no contexto da cromatografia gasosa, é imprescindível que a
amostra não seja volátil.
Resolução:
A - A cromatografia supercrítica é aquela que emprega CO2 à alta
pressão, liquidificando-o por um processo físico. É ótima devido à
mistura de "efeitos" de um gás e de um líquido, aquele pela boa
espalhabilidade e este pela facilidade de solubilização de compostos.
B- A cromatografia líquida é dividida em planar e tubular. A
cromatografia planar divide-se em cromatografia em camada delgada
(CCD) e em papel (CP), enquanto a cromatografia tubular divide-se
em: cromatografia supercrítica, c. gasosa e c. líquida. Esta ainda possui
três espécies, a clássica, a CLAE e a CTI.
C- A cromatografia em papel é uma técnica partição líquido-líquido,
pois a amostra se particiona entre dois líquidos, um que passa pela
amostra e outra suportado pelo papel, de acordo com a afinidade de
seus compostos.
D- Certa
E- Muito pelo contrário, a amostra deverá ser facilmente volatilizada
sem que haja a decomposição de seus compostos.

20. (2010 – FUNIVERSA - SECTEC-GO - Perito Criminal).


Uma vítima de acidente de trânsito foi submetida à necropsia no
Instituto Médico Legal de Goiânia-GO. O material coletado pelo médico-

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legista foi encaminhado ao Laboratório Químico, solicitando exame de


dosagem alcoólica. Para a realização da análise de dosagem alcoólica,
utiliza-se a técnica de
a) absorção atômica.
b) difração de raio-x.
c) infra-vermelho.
d) cromatografia gasosa.
e) ultravioleta.
Resolução:
Questão básica para a peritagem: o álcool pode ser determinado
nos vapores exalados ou por exame de sangue. Emprega-se a técnica
de cromatografia gasosa, devido à facilidade de volatilização doálcool.
Resposta: D.

21. O que é derivatização na cromatografia? Qual o seu


propósito? Dê um exemplo.
Resposta:
Derivatização é a transformação de uma substância não-volátil em
outra, mais volátil, que possa ser separada por cromatografia gasosa.
Isso ocorre, por exemplo, na conversão de aminoácidos não-voláteis
em derivados voláteis, para a separação de isômeros ópticos.

22. Por que o detector por condutividade térmica responde a


todos os constituintes exceto ao gás de arraste? Por que o
detector por ionização em chama não é universal?
Resposta:
Usando-se He como gás de arraste, temos um composto de altíssima
condutividade térmica (só perde para o hidrogênio); assim, quando o
detector é calibrado, tem como linha de base a condutividade do gás
He; qualquer outro composto misturado ao gás diminui a condutividade
térmica do fluxo gasoso, sendo registrado no aparelho.

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23. Explique o princípio básico da separação de substâncias por


cromatografia.
Resposta:
A cromatografia é um método que utiliza diversas técnicas que tem
como objetivo principal a separação de substâncias de uma mistura,
com fins analíticos ou preparativos, muito utilizado em laboratórios
industriais, de pesquisa e de ensino. Todas as técnicas cromatográficas
utilizam uma fase estacionária e uma fase móvel. A fase estacionária
é formada de um material escolhido para reter de forma diferenciada
os componentes da amostra que se deseja separar. A fase móvel é o
material que se desloca pela fase estacionária, arrastando os
componentes da amostra. Após transitar pela fase estacionária, por um
percurso de distância adequadamente escolhida, os componentes da
amostra se separam e são assinalados pelo sistema detector na
sequência: do primeiro componente menos retido, ao último
componente mais retido pela fase estacionária.

24. Por que a força eluente aumenta assim que o solvente se


torna menos polar na cromatografia com fase reversa,
enquanto a força eluente aumenta assim que o solvente se
torna mais polar na cromatografia com fase normal?
Resposta:
FORÇA ELUENTE: medida da energia de adsorção do solvente. Quanto
mais polar for o solvente, maior a sua força eluente, e quanto maior a
força eluente, mais rapidamente os solutos serão eluídos da coluna.
Na cromatografia com fase normal, a fase estacionária é polar, o que
atrai mais o solvente polar, enquanto que na cromatografia com fase
reversa, a fase estacionária é apolar, o que faz com que a força
eluente seja maior para solventes também apolares.

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25. Por que as forças eluentes relativas dos solventes na


cromatografia por adsorção são completamente independentes
do soluto?
Resposta:
Porque as moléculas do solvente competem com as moléculas do
soluto por sítios de adsorção na fase estacionária. O que importa é a
polaridade, e não a natureza do soluto.

26. Por que é necessária uma alta pressão na CLAE?


Resposta:
Para aumentar a eficiência do processo, torná-lo mais rápido.

27. Qual é a fase ligada na cromatografia líquida?


Resposta:
A fase estacionária é ligada quimicamente sobre o material de suporte,
para evitar a perda da mesma.

28. Quais são os critérios para uma separação cromatográfica


adequada?
Resposta:
- comprimento adequado da coluna
- fluxo constante da fase móvel
- escolha adequada da fase estacionária, para evitar que a adsorção
seja permanente
- escolha adequada do solvente

29. Quais são as características da CLAE, que permitiram seus


resultados serem comparados à cromatografia à gás?
Resposta:
1. Grande poder de resolução
2. Maior velocidade de separação
3. Monitoração contínua do efluente da coluna

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4. Medição quantitativa exata


5. Análises repetitivas e reprodutivas com a mesma coluna
6. Automação do processo analítico e do tratamento de dados

30. Explique o problema de se utilizar adsorventes muito ativos


na cromatografia líquido-sólido.
Resposta:
Podem reter permanentemente o soluto.

31. Qual é a vantagem da programação de temperatura na


cromatografia gasosa? E da programação de pressão?
Resposta:
Na programação de temperatura, a temperatura da coluna é elevada
durante a separação para aumentar a pressão de vapor do soluto e
assim diminuir os tempos de retenção dos últimos componentes a
serem eluídos.
A pressão programada também reduz o tempo de retenção, sendo
muito útil para constituintes lábeis que não suportam altas
temperaturas. A pressão programada pode economizar muito tempo
entre as injeções se a temperatura permanecer constante

32. Quais são as vantagens e desvantagens relativas das


colunas recheadas e das colunas capilares na cromatografia
gasosa?
Resposta:
As colunas capilares apresentam maior resolução, menores tempos de
análise e maior sensibilidade do que as colunas recheadas, porém
possuem menor capacidade para a amostra. As colunas capilares
estreitas proporcionam maior resolução do que as colunas capilares
mais largas, mas necessitam de maior pressão para operar e possuem
menor capacidade para a amostra.

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33. Por que as colunas capilares proporcionam uma resolução


maior do que as colunas recheadas na cromatografia gasosa?
Resposta:
Este poder é a consequência do grande número de pratos teóricos que
pode ser atingido em colunas longas deste tipo, com uma queda de
pressão relativamente pequena.

34. Por que o H2 e o He permitem vazões mais rápidas na


cromatografia gasosa do que o N2, sem perda da eficiência na
coluna?
Resposta:
Isto ocorre porque os solutos se difundem mais rapidamente pelo H2 e
pelo He do que pelo N2.

35. Quando você usaria a injeção com divisor de fluxo, a injeção


sem divisor de fluxo, ou a injeção na coluna na cromatografia
gasosa?
Resposta:
A injeção com divisor de fluxo é recomendada quando os constituintes
de interesse da amostra constituem mais de 0,1% da mesma. Isso
porque para trabalhos de alta resolução, o ideal é a injeção de
pequenas quantidades de amostra (menos de 1 L). A injeção sem
divisão de fluxo é recomendada para quantidades-traço (menos de
0,01% da amostra) de solutos com alto ponto de ebulição em solventes
de baixo ponto de ebulição.
A injeção na coluna, por sua vez, é recomendada para solutos
termicamente instáveis e solventes com alto ponto de ebulição.

36. Para quais tipos de constituintes são sensíveis os seguintes


detectores?
Resposta:

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a) condutividade térmica  sensível para todos os constituintes


em análise, mas não é suficientemente sensível para detectar
quantidades minúsculas de um constituinte em análise eluído
de colunas capilares menores do que 0,53 mm de diâmetro.
b) ionização de chama  é sensível à maioria dos
hidrocarbonetos, mas não é sensível a substâncias que não
sejam hidrocarbonetos, tais como H2, He, N2, O2, CO, CO2, H2O,
NH3, NO, H2S e SiF4.
c) captura de elétrons  sensível à moléculas que contêm
halogênios, carbonilas conjugadas, nitrilas, nitrocompostos e
compostos organometálicos, mas é relativamente insensível a
hidrocarbonetos, álcoois e cetonas.
d) fotometria de chama  mede a emissão óptica do fósforo,
enxofre, chumbo, ferro, ou outros elementos selecionados.
e) nitrogênio-fósforo  como o próprio nome diz, é sensível a
compostos que contêm nitrogênio e fósforo. É especialmente
importante para a análise de drogas, pesticidas e herbicidas.
f) quimiluminescência de enxofre  usado na detecção de enxofre,
por reação do mesmo sendo oxidado na chama a SO, e
misturado com ozônio para formar um estado excitado de SO 2,
que emite a luz azul e radiação ultravioleta
g) emissão atômica  pode ser colocado para detectar
praticamente qualquer elemento escolhido em cada
constituinte em análise assim que ele sai da coluna.
h) espectrômetro de massa  detector universal, onde moléculas
gasosas são ionizadas, aceleradas por um campo elétrico, e
então separadas de acordo com sua massa.

37. (TÉCNICO(A) QUÍMICO(A) DE PETRÓLEO JÚNIOR -


CESGRANRIO 2012). Considere um sistema de cromatografia
gasosa, formado por uma fase móvel gasosa e inerte, e uma fase

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estacionária líquida, imobilizada em um suporte capilar que compõe a


coluna. Uma dada análise é conduzida no referido sistema a partir da
injeção de uma amostra, que é carreada para a coluna e separada ao
longo da passagem por essa coluna. Com relação a potenciais amostras
líquidas a serem analisadas nesse sistema, sabe-se que elas são
(A) vaporizadas ao longo do seu carreamento pela coluna.
(B) vaporizadas antes de alcançarem a coluna.
(C) vaporizadas parcialmente antes de alcançarem a coluna.
(D) impossíveis de serem analisadas por essa técnica.
(E) carreadas através da coluna na forma líquida.
Resolução:
Na cromatografia gasosa todos os materiais devem ser vaporizados ou
já serem gasosos antes da injeção na coluna. Para tal, esta
cromatografia ocorre, geralmente, sob aquecimento.
Resposta “B”

38. (TÉCNICO(A) QUÍMICO(A) DE PETRÓLEO JÚNIOR -


CESGRANRIO 2012). Na separação usando cromatografia líquida de
alta eficiência, uma eluição com fase móvel formada por um único
solvente ou por uma mistura de solventes de composição constante, é
chamada de eluição isocrática, enquanto que uma eluição com fase
móvel formada por uma mistura de solventes, com composição
variável ao longo da separação, é chamada de eluição por gradiente.
Frequentemente, a eluição por gradiente é usada para reduzir o tempo
de análise, quando comparado àquele obtido na eluição isocrática. Esse
efeito é alcançado devido à variação da hidrofobicidade da fase móvel.
A eficiência da separação usando eluição por gradiente, comparada com
a da separação usando eluição isocrática,
(A) é aumentada devido à redução dos tempos de retenção dos picos
dos analitos.
(B) é aumentada devido ao aumento das larguras dos picos dos
analitos.

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(C) independe do uso de eluição por gradiente, tendo influência apenas


nos tempos de retenção dos analitos.
(D) decresce devido à redução dos tempos de retenção dos picos dos
analitos.
(E) decresce devido ao aumento das larguras dos picos dos analitos.
Resolução:
Quando se usa a eluição por gradiente conseguimos alterar a
hidrofobicidade da fase móvel e modificar as interações do analito com
a fase estacionária (diminuindo). Isto faz com que o analito seja eluido
em menor tempo. Diminuindo o tempo de retenção.
Resposta “A”

Então meu caro concursando. Esta é uma demonstração do meu


curso.
Espero que você acredite e confie em meu trabalho. Muitas
dicas de como fazer as questões em menos tempo; o que é mais
importante estudar; o que caiu nas últimas provas e muitos
exercícios para você treinar.
Nas próximas aulas colocarei os DEMAIS vídeos desta aula e a
teoria que faltar.
Em caso de dúvida em algum assunto ou questão, estou sempre
à sua disposição e respondo sempre rapidamente a elas.
Aguardo você para as próximas aulas.
Sempre a seu dispor.
Prof. Wagner Bertolini

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