C A R I N A C O S T A

O DESPERTAR
DO COMA
FINANCEIRO
VENCENDO O FRACASSO PARA
ALCANÇAR O VERDADEIRO SUCESSO

FOLHA DE ROSTO
UMA JORNADA INSPIRADORA DE SUPERAÇÃO DA FALÊNCIA,
RESSIGINIFICAÇÃO DE PADRÕES E
CONQUISTA DE RESULTADOS DURADOUROS

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FICHA TÉCNICA

Copyright © 2023 CARINA COSTA, sob os cuidados da Editora Livr(a)

COORDENAÇÃO GERAL
Renato Torres

DIAGRAMAÇÃO
Studio84

DIREÇÃO EDITORIAL
Alexandra Vidal

DESIGN DE CAPA
-----

1ª edição
ISBN: 978-65-86091-
www.editoralivra.com

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Angélica Ilacqua CRB-8/7057

PÁGINA 03

Índices para catálogo sistemático:

 C A R I N A C O S T A O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO

COSTAS DA PÁGINA 03
Dedico...

DEDICATÓRIA

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 C A R I N A C O S T A O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO

SUMÁRIO

(última coisa a ser feita)

COSTAS DA DEDICATÓRIA

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C A R I N A C O S T A O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO

Era como se eu estivesse mergulhada em um buraco

negro, sem luz, sem esperança. Cada dia parecia mais
sombrio e opressivo do que o anterior.

Eu não compreendia, mas estava em coma, com a vida

em suspenso, nem viva, nem morta — ainda.

Sozinha e assustada, completamente inconsciente do

mundo ao meu redor. Não era capaz de ver, ouvir,
cheirar ou sentir nada. Era como se estivesse presa em
um vazio sem fim.

Lembro que algumas pessoas tentaram se comunicar

comigo, mas não conseguia responder, embora
sentisse a pena que sentiam. Outros eram indiferentes
e falavam algo apenas para cumprir um papel social.
Houve também a visita dos curiosos, que pareciam até
saborear minha queda naquele abismo.

Mas eu nada podia fazer. Estava ali, presa em meu

próprio corpo, absolutamente incapaz e submersa
naquela sensação de impotência total e desespero, como
se estivesse vivendo um pesadelo interminável.

Quando finalmente acordei, a realidade foi ainda mais

brutal e esmagadora. Estava desorientada e confusa,
sem saber como fui parar ali ou o que aconteceu de fato.
Não reconhecia algumas pessoas ao meu redor e sabia

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 C A R I N A C O S T A
que tinha perdido lembranças importantes. Mas o pior
é que eu não me reconhecia mais! Era como se tivesse
perdido parte da minha própria vida.
Fisicamente, estava extremamente fraca e incapaz de
me mover, pois meus músculos estavam atrofiados pelo
tempo em coma. As dores musculares e o desconforto
eram constantes, como se tivesse sido atingida por
um caminhão. E precisei reaprender a falar, andar e
realizar tarefas simples que antes eram as mais fáceis.
Minhas emoções eram intensas e confusas, recheadas
de medo do que poderia ter acontecido enquanto estava
em coma. Tristeza, raiva, frustração, depressão... tudo
ao mesmo tempo e completamente intrínseco.
*** Foi assim que me senti no fundo do poço,
no auge da minha falência financeira.
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
INTRODUÇÃO
Sempre tive arraigada a crença de que escrever um livro
era reservado apenas a indivíduos extraordinários;
aqueles que se destacam na multidão. Nunca me
considerei alguém especial, apenas uma pessoa comum,
vivendo uma vida comum. No entanto, algo dentro de
mim despertou uma vontade incessante de compartilhar
minha história e transmitir as lições que aprendi da
forma mais árdua possível.
Percebo que vivemos em um mundo obcecado por
aparências, onde a perfeição é medida pelos filtros do
Instagram e pelas vidas aparentemente perfeitas que
observamos nas redes sociais. Mas, e quanto às histórias
reais? Aquelas que não são polidas e estilizadas para
se adequarem a um padrão? Será que não podemos
aprender mais com as experiências genuínas das pessoas
comuns do que com aquelas que parecem inalcançáveis?
Acredito que sim. E que a autenticidade e a realidade
têm um valor inestimável.
Não estou sugerindo que devemos nos conformar com
o comum, mas é importante reconhecer a beleza e a
singularidade do ordinário. E é nesse espaço, onde o
comum e o real se encontram, que podemos descobrir
lições profundas e verdadeiras sobre a vida.
Sei que pode parecer um pouco contraditório, mas é
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 C A R I N A C O S T A
justamente nesse contraste que reside a verdadeira
essência da nossa existência.
Não precisamos ser extraordinários para ter
uma história valiosa para contar.
Também não precisamos buscar o inalcançável para
encontrar inspiração. A verdade está ao nosso redor, nos
momentos simples e nas pessoas comuns que cruzam
nosso caminho.
Foi a partir desse lugar de autenticidade que decidi
escrever este livro, que não traz histórias glamourizadas,
repletas de triunfos e conquistas mirabolantes, mas
uma narrativa honesta, recheada de desafios, quedas e
aprendizados. É uma parte da minha história: a história
de uma pessoa comum, que teve coragem de enfrentar
suas próprias limitações e obstáculos, e descobriu que a
verdadeira grandeza reside na jornada que percorremos.
Portanto, se você está em busca de algo real, de uma
história que possa tocar sua alma e despertar sua própria
coragem interior, mergulhe nas páginas deste livro. Não
prometo soluções mágicas para todos os problemas da
vida, mas ofereço minha experiência, meus tropeços e
minhas vitórias como um testemunho de que, mesmo
nas adversidades, podemos encontrar força para seguir
em frente.
Não se trata apenas de uma obra escrita. É uma expressão
da minha alma e uma tentativa de compartilhar o que
aprendi com os corações que buscam inspiração e
transformação. Então, se você está disposto a embarcar
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
nessa jornada comigo, vamos juntos, além das aparências
e abraçando a realidade.
Dizem que quando alguém deseja vender um serviço,
um livro ou seja o que for, é importante contar uma
história cativante, enfatizando o percurso e valorizando
o conhecimento de tal forma, que a maioria das pessoas
se sinta compelida a comprar o que é oferecido ou
simplesmente a seguir o autor. No entanto, eu não estou
em busca de seguidores ou leitores cegos. Também não
me interessa vender a todo custo um serviço, dizendo
apenas o que as pessoas querem ouvir, ou apresentando
uma imagem que não corresponde à realidade.
Contar minha história em terceira pessoa, revelando um
pouco sobre mim para que compreenda por que deve
ler este livro, ou hipoteticamente, me escolher como
mentora, seria quase tão fútil quanto tentar convencer
alguém a mudar quando, na verdade, essa pessoa não
está procurando mudanças, mas sim uma solução
mágica para eliminar todas as circunstâncias dolorosas
e desconfortáveis que enfrenta.
Simplificando: se está procurando uma mentira
reconfortante ao invés da verdade, ou uma metodologia
que vai transformar sua vida de forma fácil e rápida,
então não perca o seu tempo. Eu também procurava algo
mais conveniente para aliviar minha dor antes de decidir
que estava disposta a mudar minha vida. Portanto, este
livro não é para você!
Mas, se está determinado a transformar sua vida, não
pare de ler.
Muitas vezes, as pessoas abandonam os livros logo
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 C A R I N A C O S T A
nas primeiras páginas, assim como abandonam
frequentemente os seus planos de academia. Elas
alimentam a crença de que a mudança necessária é algo
inatingível, uma tarefa impossível de realizar em suas
próprias vidas.
Você vai encontrar aqui a vivência de alguém que,
possivelmente, compreende o que sente e o que está
enfrentando, melhor do que ninguém. Por isso quero
que acredite em si mesmo!
Não permita que a dúvida ou o medo detenham você.
Agarre essa oportunidade de mudança e mergulhe de
cabeça. Acredite em si mesmo, e no poder que possui
para moldar o seu destino.
Estou na expectativa para ver o que o futuro reserva para
você nesta jornada!
***
Antes de experimentar uma falência impiedosa e
dolorosa, eu havia trilhado um caminho de sucesso
profissional, financeiro e pessoal. Construí um império
empresarial e era considerada uma das empresárias
mais bem-sucedidas e promissoras de minha cidade.
Meu nome e palavra representavam uma reputação
respeitada e renomada.
No entanto, a vida não se torna mais fácil quando se
atinge o primeiro milhão... Minhas maiores lições não
foram aprendidas durante o sucesso!
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
A verdadeira transformação, conhecimento e
entendimento surgiram quando tudo o que eu havia
construído desmoronou, como se um tsunami tivesse
passado por meu caminho...
Percebi que me apegar à minha história, ao que eu
era, ao que eu já tinha, ao que eu possuía, ao que me
aconteceu e ao que as pessoas diziam sobre mim jamais
me permitiria reconstruir minha vida!
Talvez o desafio não seja alcançar o primeiro
milhão, mas libertar-se de todas as histórias
que nos prendem a um passado que não
podemos mais mudar.
As dívidas e as falências (seja em que área da vida for)
nos transformam de tal maneira que nunca mais seremos
as mesmas pessoas. Podemos tentar ser, mas haverá
momentos em que teremos a nítida percepção de que
uma parte de nós morreu para dar lugar a outra.
Sim, eu sei o que é ter muito e também sei o que é não
ter nada. E pior ainda, sei o que é ter dívidas. Às vezes,
estamos tão obcecados em ganhar que, normalmente,
não nos preparamos para perder, e talvez essa seja uma
das lições mais valiosas!
Se quer apenas ferramentas, ou busca uma fórmula
para ficar rico, milionário ou simplesmente alcançar o
sucesso na vida, não se engane... Você nunca conseguirá
se manter em qualquer uma dessas posições, se não
souber o que é perder. O verdadeiro desafio não é chegar
ao topo, mas sim manter-se lá.
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 C A R I N A C O S T A
No decorrer da minha jornada vivenciei aquilo que
chamo de “Processo de libertação de dívidas” e também
uma “Jornada de recuperação de vida”.
Minha abordagem e compartilhamento sobre a libertação
de dívidas têm como base a compreensão de que a
questão da dívida é complexa e abrangente, exigindo
uma abordagem que vai além do aspecto financeiro.
Acredito que libertar-se das dívidas é um processo que
envolve não apenas a gestão adequada do dinheiro,
mas também a compreensão das causas subjacentes da
dívida, assim como uma abordagem holística da vida do
indivíduo.
Minha visão holística envolve a compreensão de que o
ser humano é complexo, composto por mente, corpo
e espírito. Acredito que as dívidas podem ter raízes
emocionais, espirituais e mentais, e é preciso abordar
essas questões para que a libertação das dívidas seja
completa e duradoura.
Como mentora e autora, meu objetivo é ajudar meus
mentorados e leitores a identificar essas questões
e desenvolver habilidades emocionais, espirituais e
mentais para lidar com elas. Isso significa considerar
todos os aspectos de sua vida financeira, incluindo suas
crenças, hábitos e estilo de vida. Em minha mentoria,
ajudo pessoas a avaliar suas finanças de forma mais
ampla e a compreender como suas escolhas financeiras
estão afetando sua vida de maneiras que talvez não
perceba.
Se você chegou até aqui é porque há um desejo ardente
dentro do seu coração de mudar sua vida. Não acredite
nos impossíveis daqueles que, constantemente, tentam
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
dizer ou demonstrar que não há saída. Eu sei como se
sente e, acredite, é mais desesperador estar desesperado
do que aparenta.
A jornada será desafiadora e dolorosa, mas a libertação
das suas dívidas -- independentemente de quais sejam --
e a recuperação da sua vida, serão tão transformadoras
que jamais vai desejar voltar a ser prisioneiro dessa
situação!
***
É interessante como um dos sonhos mais comuns entre
as pessoas está quase sempre relacionado ao dinheiro,
não é mesmo? Seja porque desejamos ter algo pelo qual
sonhamos, seja para ajudar alguém ou ter as condições
necessárias para alcançar um objetivo importante.
Às vezes, queremos realizar um sonho ou objetivo
financeiro não apenas pelo que podemos fazer quando
alcançamos a liberdade econômica, mas também para
provar a todos aqueles que nunca acreditaram em nosso
potencial que finalmente conseguimos!
Muito se fala sobre a importância da educação financeira
para alcançar o sucesso e evitar perdas dolorosas. Mas
a verdade é que, juntamente com o conhecimento
sobre como lidar com o dinheiro, também deveríamos
aprender a lidar com as verdadeiras motivações que
nos levam a buscar o que poucos alcançam e, mais
importante, a permanecer nesse patamar quando
finalmente chegamos lá.
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 C A R I N A C O S T A
Pode parecer até ridículo pensar nisso, eu sei! A maioria
das pessoas têm motivações nobres em suas vidas. Até
mesmo aquelas que se tornam criminosas podem ser
indivíduos que apenas desejaram mudar suas vidas e
proporcionar uma vida melhor para suas famílias –
embora isso não seja uma desculpa para quem escolhe o
caminho da criminalidade.
A verdadeira questão é: como cheguei até aqui?
Nem eu mesma sei ao certo como passei de uma vida
com problemas comuns para um verdadeiro pesadelo,
como se tivesse saído de um filme de tortura psicológica
sem um fim à vista!
Pensamentos de rejeição, julgamento, culpa e vergonha
dominavam minha mente na maioria das vezes. Eu
carregava o peso das más escolhas e decisões que tomei.
Perdi a conta das vezes em que pensei que minha família
e o mundo estariam melhor sem mim.
Perdi a conta das vezes em que revivi minha vida e me dei
conta de que, em nenhum momento, tomei decisões de
forma fria e racional. Sempre pensei em fazer o melhor
para todos.
Porém, descobri da pior maneira possível que nem
sempre aquilo que achamos ser o melhor, na verdade o
é. Afinal, não temos controle absoluto sobre a vida.
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
ANTES DO ABISMO
Cresci em uma família tradicional, onde minha avó
sempre me transmitiu valores e princípios que hoje
considero inestimáveis, mesmo que ela os tenha ensinado
de maneira rígida e severa.
Sempre ouvi que nossa palavra, reputação e honestidade
são as coisas mais importantes que devemos preservar.
Também aprendi coisas que em qualquer curso de
economia são quase que banalizadas: “Se você ganha 5
e gasta mais do que isso, você está fadado ao fracasso...”
Hoje compreendo esses ensinamentos mais do que nunca
e entendo profundamente o que ela queria transmitir.
Ao relembrar minhas experiências, às vezes, sinto
compaixão de mim mesma. Penso que, se minha avó
tivesse a oportunidade de ter visto tudo o que vivi, seria
muito doloroso para ela. Não consegui seguir tudo o que
ela me ensinou e falhei com minha palavra ao falhar
muitas vezes nos meus compromissos. Como resultado,
perdi minha reputação. Mas aprendi que as pessoas
podem dizer a verdade ou a verdade passa a ter várias
versões quando contada por outros.
Perdi minha honestidade porque, quando falhamos
e não cumprimos o acordado, somos vistos como
desonestos, independentemente de nossas intenções,
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 C A R I N A C O S T A
lutas e dificuldades. Nada do que fizemos no passado tem
valor. De repente, as pessoas desenvolvem uma memória
seletiva e testemunhamos uma mudança drástica que
parece afetar a todos.
Mesmo aqueles que não têm relação direta com a
situação reagem e interagem, distorcendo, aumentando
e até mesmo modificando os fatos existentes de maneira
cruel, a ponto de parecermos incapazes de mostrar a
verdade.
Antes de me tornar uma empresária conhecida, tracei
um caminho repleto de desafios e aprendizados intensos
desde a minha adolescência.
Nasci em uma família abastada, mas minha mãe decidiu
se casar com um homem de condições financeiras
diferentes, desafiando assim a vontade da minha avó.
Esse ato de rebeldia teve um preço alto para minha mãe,
que passou a ser tratada como a desajustada da família.
Consequentemente, meu irmão e eu nos tornamos os
pobres da família.
Apesar de ser jovem naquela época, lembro vividamente
do impacto que o divórcio teve em minha mãe. Foi
nesse momento que percebi que precisava amadurecer
rapidamente e decidi buscar emprego para sustentá-
la, assim como meu irmão. E fiz uma promessa a mim
mesma: eu me tornaria tão rica e bem-sucedida a ponto
de provar à minha avó e ao restante da família que não
precisava deles para nada, que não dependia do dinheiro
ou da aprovação deles para me sentir pertencente.
Essa circunstância desencadeou em mim uma motivação
que se tornou a força motriz em minha vida por muito
tempo. Eu senti na pele a injustiça, o desrespeito e a
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
rejeição, e essa dor impulsionou minha determinação.
Hoje, reconheço o quanto essas experiências moldaram
minha personalidade.
Aos 14 anos, comecei a trabalhar na área comercial,
trabalhando como a mais jovem vendedora de colchões,
sempre com o objetivo de ser a melhor, de ganhar dinheiro
e buscar reconhecimento e aprovação. Porém, naquela
época, não percebia que estava me desenvolvendo não
apenas profissionalmente, mas também pessoalmente.
Essas experiências me levaram a enfrentar muitos
desafios em relação à desigualdade social.
Eu me sentia atraída pela ideia de ajudar os mais fracos
e oprimidos, sempre defendendo as minorias. Assim,
mergulhei de cabeça no meu desenvolvimento pessoal,
especialmente no campo da programação da mente.
No entanto, percebi que havia um problema subjacente:
minha busca constante por aprovação. Eu achava que já
havia superado essa questão, mas, na verdade, estava
me sabotando sem perceber. Isso acontecia porque
minha avó sempre comparava meus sucessos aos dos
meus primos mais velhos, que já haviam se formado
em determinadas áreas. Mesmo que eu ganhasse mais
dinheiro do que eles, e fosse uma das mais jovens da
família, minha avó sempre achava que não era suficiente.
Esse comportamento da minha avó me afetou
profundamente, ainda que na época eu não tivesse
maturidade suficiente para admitir. Foi assim que
comecei a me aprofundar em meu desenvolvimento
pessoal e acabei abrindo minha própria clínica holística
-- anos depois de obter sucesso na área comercial e de
propaganda médica.
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 C A R I N A C O S T A
Após abrir minha primeira empresa, explorei diferentes
áreas e investi em negócios diversos, como importação
e exportação de commodities, turismo, hotelaria e
restaurantes.
Falar da minha área profissional quase que merece um
segundo livro, pois tive a oportunidade de explorar
aptidões e treinar a minha performance, o que me levou
a crescer sempre em todas as áreas por onde passei.
Sempre me disseram que parecia uma máquina de fazer
dinheiro, e que, onde tudo aquilo que eu colocava a mão,
sempre prosperava. Assim, me destacava como a melhor
ou entre os melhores.
Na verdade, o que quero partilhar não é tanto a qualidade
desses empreendimentos, mas sim o fato de que desde a
minha infância até a idade adulta, fui moldando minha
personalidade com base nas coisas que ouvia.
O objetivo de alcançar o sucesso financeiro é algo
bastante almejado, muitas vezes desejado, mas nem
sempre compreendido. Por que queremos ganhar
dinheiro? Para alguns, a motivação está em alcançar um
alto patamar, acumular milhares ou até milhões. Mas
para mim, a resposta não era tão simples!
Percebi que a motivação para ganhar dinheiro nunca foi
apenas sobre ter uma conta bancária repleta de zeros.
Era sobre poder mostrar aos meus adversários que eu
consegui superar todas as adversidades e triunfar. E
provar a mim mesma que eu era capaz.
No entanto, mesmo que eu tivesse alcançado o sucesso
financeiro, o primeiro milhão nunca foi suficiente.
Eu sempre queria mais. Foi então que percebi que o
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
problema não estava no exterior, mas sim dentro de
mim.
Embora tenha crescido em uma família abastada, o
dinheiro era tratado de uma maneira que servia para
elevar ou rebaixar as pessoas, o que afetou minha
compreensão dos conceitos financeiros ensinados por
minha avó. Ela me transmitiu noções básicas sobre
dinheiro, mas de forma dura, e naquela época eu não
dei o devido valor. Aprendi a não perder dinheiro, a
ganhar, a economizar e investir, conceitos simples, mas
fundamentais.
Minha avó era analfabeta e nunca teve a oportunidade de
frequentar uma faculdade, mas ela emigrou e ficou viúva
muito jovem com oito filhos para criar. Vendeu a pequena
fazenda onde vivia com o meu avô e seus filhos, comprou
uma loja em um shopping central e montou um salão
de cabeleireiro, sem entender do negócio nem sequer
nunca ter trabalhado na área. Capacitou as minhas tias e
a minha mãe a terem formação de cabeleireira e estética
e prosperou tanto que começou a comprar apartamentos
na planta e os alugava, construindo uma condição
financeira extremamente abastada. Sua história me
mostrou que a simplicidade muitas vezes é a chave para
o sucesso financeiro.
Percebi que a motivação para ganhar dinheiro vem de
dentro e que o sucesso financeiro vai além de ter uma
conta bancária recheada. Aprender a lidar com nossos
maiores desafios é o primeiro passo para alcançar a
verdadeira riqueza.
Tudo o que minha avó aprendeu foi por meio de
autodidatismo, sem nunca ter frequentado uma
faculdade. Mas tinha uma inteligência astuta. Era
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 C A R I N A C O S T A
habilidosa em fazer cálculos e conseguiu multiplicar o
pouco que tinha após a morte do meu avô.
A história de minha avó é um exemplo poderoso de que a
simplicidade pode ser a chave para o sucesso financeiro.
Ela não se deixou limitar pela falta de educação formal ou
experiência prévia no ramo. Em vez disso, ela confiou em
sua determinação, coragem e na capacidade de aprender
com a prática. Entendeu que não é preciso complicar as
coisas para alcançar a prosperidade financeira -- basta
ter uma visão clara, coragem para arriscar e trabalho
árduo.
Essa lição valiosa me mostrou que o caminho para
o sucesso financeiro não está necessariamente
pavimentado com diplomas acadêmicos ou grandes
fortunas iniciais. Está na simplicidade, na capacidade de
identificar oportunidades, na coragem de dar o primeiro
passo e na determinação de perseverar diante dos
desafios.
Ela provou que, com uma mentalidade empreendedora,
resiliência e foco nos princípios básicos do sucesso
financeiro, é possível alcançar grandes conquistas,
independentemente de nossa origem ou circunstâncias
iniciais.
Na época, eu não conseguia compreender plenamente
a essência de suas lições financeiras, pois estava muito
focada na forma como a família tratava minha mãe e a
mim, devido à diferença de condição financeira.
A dor que senti foi tão intensa que ansiava por ser mais e
melhor através de minhas próprias conquistas.
No entanto, ganhar dinheiro com motivações fragilizadas
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
afetou minha compreensão e minha relação com o
dinheiro.
Refletindo sobre minha jornada, percebo que deixei
de agir por instinto, o mesmo instinto que me levou
tão longe. Isso aconteceu porque não compreendi
verdadeiramente minhas motivações.
O que me levou até aquele ponto?
Qual foi o meu verdadeiro combustível?
Às vezes, motivações equivocadas parecem arder com
mais intensidade. Acreditar que dominava o jogo do
empreendedorismo me levou a contrair ainda mais
dívidas na tentativa de manter meus negócios durante a
pandemia, resultando em uma falência dolorosa, penosa
e vergonhosa.
Hoje em dia, comparando a rapidez com que cheguei à
falência, com a recuperação da minha vida, percebo que
a reconstrução foi mais lenta, porém mais segura e clara.
A responsabilidade que temos quando possuímos muito
dinheiro é enorme, e a pressão mental é esmagadora.
Aprendi que as motivações devem ser corretas, e que
o verdadeiro desafio é manter-se em determinado
patamar.
E você? Tem consciência de quais são as verdadeiras
motivações que te levam a querer chegar mais longe? O
que te motivou até aqui?
Pare alguns instantes e reflita sobre isso.
25
 C A R I N A C O S T A
***
Quando estamos em uma caminhada onde nossa meta é
chegar mais longe, como por exemplo alcançar o milhão,
antes de alcançar, nos relacionamos com todo tipo de
pessoas.
Existem aqueles que nos admiram e nos amam, e que
genuinamente torcem pelo nosso êxito. No entanto,
também encontramos pessoas que apenas nos suportam,
talvez por interesse próprio ou por enxergarem uma
oportunidade de se beneficiar de nossa trajetória. A
verdade é que todos desejam ser vencedores.
Quando as pessoas percebem que estamos determinados
a conquistar riquezas e que não mediremos esforços
nessa busca incansável, elas querem fazer parte dessa
jornada a todo custo, seja de forma direta ou indireta.
Durante muito tempo, acreditei que tinha a capacidade
de lidar com essas situações, subestimando seus impactos
em minha caminhada.
Eu costumava pensar que tinha um domínio maior dessas
circunstâncias do que as outras pessoas. No entanto,
descobri que, quando estamos empenhados em alcançar
a prosperidade e avançar para um patamar superior,
nossa visão pode ficar embaçada.
Nossa determinação em atingir o primeiro milhão é tão
intensa que, por vezes, deixamos de enxergar o óbvio.
E, mesmo quando identificamos essas situações,
acreditamos firmemente em nossa capacidade de
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
lidar com elas, independentemente da complexidade
envolvida. Essa foi a minha experiência ao longo da
minha jornada. Eu estava tão focada em alcançar o
primeiro milhão e ciente de que certas pessoas poderiam
ser aliadas, assim como muitas outras não hesitariam em
me prejudicar, mesmo sem qualquer motivo aparente.
Às vezes, as pessoas simplesmente nutrem um ódio
e inveja tão intensos que é difícil compreender ou até
mesmo explicar. Essa dualidade humana é um aspecto
desafiador dos relacionamentos. Somos seres complexos,
capazes de amar e odiar alguém simultaneamente, sem
perceber.
Durante minha jornada em direção ao primeiro milhão,
vivenciei todas essas situações. Tive amigos que
permaneceram ao meu lado e alguns que reapareceram
ao perceberem meu progresso e os resultados positivos
que alcançava. No entanto, também aqueles que
simplesmente desapareceram de minha vida sem razão
aparente.
É curioso como ainda hoje considero isso estranho e
desconcertante, pois nunca quis eliminar ninguém de
minha vida. No entanto, meu foco inabalável no objetivo
me mantinha firme, mesmo que sentisse uma dor
profunda por perder essas conexões.
Inúmeras vezes, chorei em silêncio.
Uma das lições que aprendi é que não devemos revelar
nossas fragilidades a qualquer pessoa. E, mesmo
quando não conseguimos esconder nossas fraquezas, é
importante preservar nossas fragilidades.
Isso ocorre porque, quando as pessoas identificam nossa
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 C A R I N A C O S T A O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO

fragilidade, é como se um tubarão sentisse uma gota de Anteriormente, eu acreditava que não precisava
sangue no oceano, instintivamente buscando morder, de ninguém e considerava isso uma grande vitória.
sem nem mesmo saber por quê. É um comportamento No entanto, agora compreendo que, por mais que
instintivo, faz parte da essência do animal. acreditemos que podemos ser auto suficientes, isso não
é totalmente verdade. Conseguimos chegar a um certo
ponto por conta própria, mas, a partir daí, precisamos
Fragilidades devem ser como uma conversa uns dos outros.
íntima com Deus.
Acredite. Em algum momento, vamos precisar de alguém.
E até mesmo nosso maior inimigo pode nos dar um
empurrão, uma ajuda em determinadas circunstâncias.
Na jornada da vida em busca de nossos objetivos, é
natural encontrarmos momentos em que nos sentimos
Isso não é apenas um clichê, é um fato da vida.
solitários, mesmo estando cercados por outras pessoas.
Ao longo do caminho, aprendi que cada experiência que
Até aquela pessoa com quem não desejamos nos
vivemos é única e pessoal. Ninguém além de nós mesmos
envolver, porque sabemos que não é a melhor para fazer
e Deus pode realmente compreender o que passamos,
negócios, pode se tornar importante em algum momento.
sentimos e enfrentamos.
Dependendo de como lidamos com essas situações e as
direcionamos para o futuro e para o negócio, podemos
Muitas vezes, buscamos alguém em quem confiar, alguém
nos tornar excelentes negociadores. Tudo isso depende
com quem desabafar, como um pastor ou qualquer
do nosso estado emocional, de como reconhecemos
pessoa disposta a ouvir nossas aflições. No entanto, é
nossas fraquezas e fragilidades, e de como lidamos com
comum sentimos um olhar de julgamento, crítica ou até
nossos próprios fracassos.
mesmo de comiseração, como se dissessem: “Coitado,
não consegue mais fazer nada”. Isso nos fere, porque
Se não nos reconhecermos minimamente, e se a
nem sempre a realidade é conforme os outros julgam,
outra pessoa perceber mais do que nós mesmos, não
não é verdade?
conseguiremos vencer essas batalhas ou duelos.
Durante minha jornada em direção ao sucesso e à
E com essa nova clareza, de que precisaria das outras
realização dos meus objetivos, vivenciei momentos em
pessoas, acabei me envolvendo com diferentes
que me questionei se deveria retroceder ou avançar.
indivíduos, desde amigos até investidores, unindo forças
Mas não conseguia desistir. Por que eu não recuava?
para alcançar meus objetivos.
Por que eu continuava a todo custo? A resposta é
simples: eu ainda não havia alcançado meu objetivo,
E foi aí que aprendi mais uma importante lição: nem
minha independência financeira pela qual lutei
todas as pessoas são adequadas para nos relacionarmos,
incansavelmente ao longo dos anos.
independentemente da nossa motivação ou da nossa

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 C A R I N A C O S T A
sede de vencer. Nem todas as pessoas são adequadas
para fazer negócios conosco, independentemente da
quantidade de dinheiro, sucesso ou contatos que elas
possam ter.
O preço a pagar por se envolver com as pessoas erradas
é extremamente alto, muitas vezes, nenhum valor em
dinheiro é capaz de compensar.
Eu vivenciei isso em minha jornada. Especialmente
em um determinado momento da minha vida, antes de
tudo desmoronar, e passei por uma situação que nunca
desejaria a ninguém.
Essa experiência terrível aconteceu porque confiei
demais, não segui meus instintos, e me envolvi com
pessoas que nunca deveriam ter feito parte dos meus
negócios.
Isso aconteceu durante um período em que eu estava
focada em negócios que exigiam muito em termos de
concentração, investimento financeiro e criatividade
para funcionar. Minha família e eu fomos sequestrados
em nossa própria casa. E esse foi um dos momentos mais
dolorosos da minha vida.
Primeiramente, senti-me totalmente responsável pelo
que aconteceu, pois foi minha decisão seguir adiante,
enquanto meu marido não tinha o mesmo desejo de
crescer cada vez mais. Fui eu quem insistiu.
Ao longo da minha jornada em direção aos meus
objetivos, conheci meu marido, que foi uma bênção de
Deus em minha vida. Enquanto isso, Deus também nos
abençoou com uma filha. A mulher que eu era antes de
me tornar mãe e a mulher que me tornei depois são quase
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
como gêmeas de realidades completamente diferentes.
Antes, eu era destemida, ousada, implacável. Era a
pessoa que nunca aceitava “não” como resposta, que não
se conformava com a falta de solução para um problema,
que acreditava que tudo era possível.
No entanto, quando ocorreu o sequestro e, no ano
seguinte, a queda do meu império, senti que essa pessoa
entrou em coma.
Não posso dizer que houve uma morte, mas é como
se ela estivesse adormecida, como se muitas das
minhas características essenciais para fazer as coisas
acontecerem tivessem desaparecido ou estivessem em
um estado de hibernação.
O sequestro foi extremamente duro. Além do sentimento
de colocar minha família em perigo, senti uma
grande humilhação ao ser obrigada a mostrar minhas
fragilidades.
Hoje vejo que esse sequestro marcou o início do fim, de
uma forma cruel em minha vida. Pois, além do dinheiro
que eu perdi nesse sequestro, fui obrigada literalmente
a pedir dinheiro emprestado às pessoas. Isso porque eu
acreditei que poderia quitar tudo assim que conseguisse
me libertar dessa situação.
Devido às ameaças que sofri dos sequestradores, decidi
não registrar nenhum boletim de ocorrência na polícia.
Mesmo vivenciado essa situação de forma grotesca e
violenta, eu acreditava que seria totalmente capaz de
me levantar, lutar e retomar o que eu sabia fazer bem.
Pensava que as pessoas perceberiam que, mesmo diante
daquele problema, eu estava bem. Acreditava que seria
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 C A R I N A C O S T A O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO

vista como alguém que conseguiu se reerguer, uma

e forte, uma lutadora. Afinal, eu ainda pertencia àquele
pessoa firme, forte e lutadora. Tanto que cheguei a dizer
núcleo, ainda pertencia àquele patamar.
às pessoas, que assim que passasse aquela situação, eu
iria voltar a trabalhar e lutar por negócios. Mas a verdade
Agora percebo que não. Na verdade, eu nunca pertenci
é que isso não aconteceu.
àqueles lugares. Eu apenas tinha dinheiro.
Comecei a sentir, pela primeira vez, aquilo que
As pessoas tinham medo de mim, porque eu tinha
francamente, achava impossível sentir. E que considerava
reconhecimento, sucesso e poder.
até um pouco ridículo e romantizado, que foram os meus
primeiros ataques de pânico.
As pessoas que me admiravam, admiravam apenas
porque elas não conseguiam fazer o que eu fazia, e não
Queria sair de casa, mas não conseguia me controlar.
porque realmente valorizavam qualquer uma das coisas
Simplesmente não conseguia ser aquilo que eu era antes.
que tinha feito.
Não conseguia tomar decisões com a mesma força, ou
me articular quando tinha alguma reunião.
Foi então que conheci o pior das pessoas.
Lembro que, após essa situação, cheguei a ter reuniões
Algumas pessoas a quem eu devia dinheiro tiveram a
onde fui literalmente enxovalhada, pressionada de forma
coragem de me dizer que, se eu não lhes pagasse, eles
absolutamente absurda, e percebi que as pessoas tiveram
também poderiam fazer o mesmo que me fizeram quando
a oportunidade de me ver em uma situação frágil e fraca,
nos sequestraram!
onde realmente eu não conseguia controlar as minhas
emoções.
Comecei a ouvir coisas que as pessoas usavam contra
mim, com base no que eu tinha partilhado com elas no
Eu revivia aquela situação dia após dia, às vezes hora
meu momento de maior fragilidade e fraqueza.
após hora. E por muito tempo não consegui ter uma
noite onde pudesse dormir mais três ou quatro seguidas.
Também notei que as pessoas tinham a impressão de que
Muitas vezes olhava para a minha filha a dormir e
eu não possuía emoções, devido à falta de compreensão
pensava que ela poderia ter tido outras consequências
em relação à minha dificuldade em me recuperar
por minha causa. O mesmo acontecia em relação ao meu
rapidamente, afinal, aquela situação já tinha passado,
esposo.
minha família estava viva, eu estava viva, então eu tinha
mais é que trabalhar, o mais urgente possível.
Acreditei que seria capaz de voltar a lutar, e fazer o
que eu sabia fazer muitíssimo bem. Vislumbrava que
as pessoas iriam perceber que, mesmo após vivenciar Demorei algum tempo naquela minha situação, em
aquele problema, estava tudo bem. Eles me enxergariam depressão, revivendo aquela situação dia após dia em
como alguém que conseguiu levantar, uma mulher firme minha cabeça. Passei a agir em desespero, ávida por
cumprir a minha palavra, e meus compromissos. E nesse

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 C A R I N A C O S T A
meu desespero, todas as minhas tentativas de negócios
fracassaram.
Até mesmo o que não deveria dar errado, acabava
dando. Os funcionários apresentavam comportamentos
surreais, solicitando indenizações para saírem, sem
nenhum sentido plausível. Acreditavam que eu deveria
pagar, só porque eu tinha dinheiro, independentemente
de terem razão ou não.
Fui alvo de tentativas de extorsão de dinheiro por meio
de métodos tão complexos que, se eu tentasse explicá-los
agora, não conseguiria reproduzir com precisão todos os
eventos.
Sócios que tentaram, de alguma forma, me afundar mais
e, mesmo sem nunca terem investido dinheiro algum,
me cobravam aportes financeiros, e também que eu
arranjasse soluções.
Confesso que não consigo entender se todo esse tufão,
todo esse ciclo de acontecimentos até o culminar da
pandemia, foi um livramento, uma varredura de Deus na
minha vida. Mas o que posso dizer é que as aprendizagens,
a dor, a pressão, a humilhação, enfim... as perdas, uma
atrás da outra, de forma absolutamente avassaladora e
surreal, foram quase indescritíveis.
Nesta minha ânsia de resolver as coisas, acreditando que
eu faria como um superpoder, acabei me envolvendo
com agiotas para poder pagar algumas situações, pois
não tive capacidade de negociar de outra forma e não
consegui lidar com a pressão daqueles que queriam
resolver as coisas a qualquer custo.
Mas essa foi uma das piores decisões da minha vida.
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
Fui fazer minhas negociações, ativando um conjunto
de contatos para poder intermediar commodities, e
ganhar um dinheiro extraordinariamente bom, mas
acabei suscetível a um conjunto de golpes, onde perdi o
dinheiro que me restava.
Com a chegada da pandemia, esgotaram-se todas as
possibilidades de fazer mais negócios, pois, devido ao
lockdown, precisei fechar meus negócios físicos. Além
disso, os negócios que estava intermediando, inclusive
no Brasil, revelaram-se infundados, sendo alvo de golpes
sucessivos de uma forma indescritível. Mesmo após
pagar uma quantia absurda a advogados para garantir
o cumprimento das normas legais (compliance), fomos
enganados.
A quantidade de vezes que pensei que era melhor não
estar aqui, foram bem mais do que aquelas que eu
pensei que poderia dar a volta por cima, porque deixei
de acreditar com a mesma força que antes.
Deixei de ter aquele combustível que funcionou durante
muito tempo, para mostrar aos outros que eu tinha
conseguido. Ele simplesmente deixou de existir.
A vergonha foi tanta, que deletei todas as minhas redes
sociais.
Sentimentos de vergonha, culpa e fracasso se acumularam
a ponto de afetar até mesmo meus relacionamentos com
amigos queridos que eu amava. Eu não tive forças para
manter essas conexões.
Pensava: “Como é que eu vou falar com eles?”.
Sentia tanta vergonha, que eu não sabia sequer como
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 C A R I N A C O S T A
manter os meus relacionamentos.
No entanto, meu marido permaneceu ao meu lado. E
hoje compreendo que nossa união transcende tudo
o que poderíamos imaginar, inclusive quando nos
apaixonamos.
Aquela dor foi intensa para cada um de nós, de maneiras
únicas e individualmente sentidas, além de afetar o todo.
Cada um de nós viveu sua própria dor, experienciando a
situação dentro de nosso próprio mundo e mente.
Para cada um, uma reação. Com algumas pessoas, eu não
conseguia falar. Com outras, tentei negociar as minhas
dívidas, mas as ameaças eram tantas, que cheguei a um
ponto que, por mais que eu quisesse recuperar a minha
palavra, a minha dignidade e mostrar que eu ia lutar, eu
deixei de lado.
Já não suportava ouvir mais ameaças, não conseguia ter
que mostrar que eu ainda era uma pessoa cumpridora,
e não suportava ouvir mais insultos, ser rebaixada,
ou ser um cadáver deitado no chão, uma carcaça a ser
pisoteada.
Mas com outras pessoas, que mesmo devendo dinheiro,
me deram a maior prova de misericórdia de que Deus
realmente pode existir em forma humana, pois me
perdoaram, mesmo diante do meu silêncio.
Claro que são poucas, mas eu jamais conseguirei pagar
aquilo que elas fizeram por mim, que foi o ato de não
retirarem a minha dignidade, independentemente do
custo e dinheiro.
Então, tudo isto trouxe uma perspectiva de quem deve,
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
mas também de me colocar no lugar de quem também
ficou sem dinheiro, ou seja, do credor.
Porque também isso é importante. Não é só a dor de
quem deve. “Porque somos uns coitados que queremos
pagar e não conseguimos”. Não é disso que se trata. Mas
também, às vezes, quem quer receber e que também não
sabe como, e perde. Que sente que confiou, mas fez uma
má escolha.
Eu também costumava postar no Instagram quando
viajava e, de fato, gostava de alimentar meu ego. Hoje em
dia, percebo que tudo isso é totalmente dispensável. Se
tenho uma bolsa de R$20,00, R$1.000 ou R$100.000,
sinceramente, isso não muda absolutamente nada.
Aprendi da pior maneira que essas coisas não têm valor
real.
Durante todo o meu caminho, eu avançava em direção
aos meus objetivos, buscando uma vida do jeito que
eu queria. No entanto, nunca parei para valorizar e
vivenciar verdadeiramente tudo o que já possuía. Não
era uma questão de gratidão, mas sim de não parar e
apreciar o momento presente.
Eu estava sempre em busca de mais, e mais, e mais...
sem fim.
Mesmo quando fazia viagens em que ia conhecer países
e viajar mundo afora, sempre eram viagens de negócios.
Primeiro, muito trabalho, e só depois aproveitávamos
a estadia. Não era propriamente uma viagem de férias,
como uma pessoa normal, não é?
É complicado, porque não podemos nos desconectar do
nosso lado humano.
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 C A R I N A C O S T A
É impossível eliminar nosso ego. Ele também é
importante em algumas situações.
Devemos ter ambição, mas precisamos saber equilibrar
as coisas. E aqui não estou dizendo que devemos nos
tornar monges e não sentir nada ou ter nada.
Podemos abordar isso de outra maneira: existem dívidas
boas e dívidas ruins. Tudo depende da maneira como
nos relacionamos com o dinheiro e as dívidas.
Qual é a verdadeira intenção por trás dessas dívidas?
Há dívidas de investimento que, com o devido retorno,
um bom planejamento e uma boa consciência financeira,
acabam se tornando uma dívida válida. Há dívidas que, se
for para estourar um cartão de crédito com o objetivo de
comprar bolsas — que não tem qualquer rentabilidade e
não sabe de que forma vai conseguir pagar — são dívidas
estúpidas.
Também contraí algumas dívidas estúpidas. Mas dentro
das minhas idiotices, nunca tive a motivação de comprar
bolsas. Foi por ter uma ambição desmedida para provar
algo a alguém, de mostrar que conseguia ter condições
de chegar mais além.
E, mesmo depois de chegar lá, ainda sentia que não era
suficiente.
Quando minha avó faleceu, percebi que não havia mais
sentido em manter essas questões internas guardadas.
Por que eu inconscientemente me sabotava, evitando
enfrentar essas questões reais?
Agora, em minha nova jornada, não quero repetir os
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
mesmos padrões.
Não quero seguir uma fórmula mágica para ganhar
dinheiro e provar às pessoas que, mesmo com dinheiro
suficiente, consegui pagar minhas dívidas e agora sou
rica, milionária. Não quero exibir minha casa nem o
quanto tenho no banco para provar às pessoas que
superei os obstáculos.
Se eu seguir pelo mesmo caminho, estarei apenas
repetindo um padrão.
É crucial enxergar nossas dívidas como um todo. Se
não tivermos uma visão holística da origem de nossas
dívidas, incluindo o aspecto emocional, espiritual e
mental, corremos um grande risco.
Precisamos observar as crenças que temos sobre:
- A forma como nos relacionamos com o
dinheiro.
- O que é o dinheiro.
- A forma como nós nos relacionamos com o
que é o sucesso.
- O que é que nós vamos ser.
Se não agirmos desta maneira, jamais vamos entender
os padrões que repetimos.
E isso é uma conversa muito honesta que precisamos ter
conosco mesmos, com nosso próprio eu interior.
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 C A R I N A C O S T A
Não vou mentir, pode ser algo muito difícil e nos causar
muita dor, mas asseguro que é muito importante termos
essa conversa.
Podemos mentir para o mundo inteiro, mas há duas
coisas que não podemos enganar: Deus — o que sabemos
que é inviável — e a nós mesmos. Tentar nos enganar é
apenas sabotagem e dissimulação das circunstâncias.
E, entendendo que o cérebro não distingue o que é
verdade e o que é mentira, ele simplesmente aceita o
comando.
No entanto, as consequências de tentarmos fazer isso a
nós mesmos são profundas, e podem nos levar para mais
um desfiladeiro de fracasso.
A boa notícia é que as aprendizagens e as vivências de
quem já esteve no fundo do poço, são, por vezes, maiores
do que aquilo que possamos imaginar.
Me emociono ao escrever essas linhas, porque é como
reviver tudo, e isso me dói. Mas obviamente, não quero
soar melodramática com tudo aquilo que eu estou
partilhando, tampouco quero que se sinta assim ao
reviver as suas dores. Vamos deixar de lado frases como:
“Coitada de mim”, “Como é que isso aconteceu comigo?”,
certo?
Como mencionei no início, sou uma pessoa comum.
Existem pessoas que foram sequestradas por um simples
golpe de transferência bancária, vítimas de sequestros
relâmpagos, pessoas que sofreram violência ou até
mesmo foram assassinadas. E, ao mesmo tempo, há
aqueles que são verdadeiros exemplos de vida, mesmo
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O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO
após terem enfrentado essas situações adversas.
Minha intenção ao trazer todas essas questões é mostrar,
acima de tudo, às pessoas que, assim como eu, tinham
receio de admitir essas coisas, que elas não estão
sozinhas.
É importante destacar que as pessoas podem ser cruéis
sem se darem conta ao fazerem comentários, críticas ou
julgamentos sobre a vida alheia.
Eu costumava ter muito medo de admitir essas coisas,
mas agora percebo que esse medo pode ser compartilhado
por qualquer pessoa que esteja lendo ou ouvindo isso e
tenha passado por situações semelhantes.
Espero que isso faça sentido e possa ajudar alguém que
esteja enfrentando algo semelhante.
Eu sei o que isso significa, pois já estive lá.
Não estou apenas imaginando, ou dizendo que tenho
todas as respostas ou ferramentas para resolver tudo em
um curto espaço de tempo, porque isso não é realista, não
é algo que exista. Mas eu entendo o que isso representa. E,
assim como eu tive o meu tempo para tomar consciência
das situações, cada pessoa tem o seu próprio tempo. No
entanto, é muito difícil fazer isso sozinho.
Não estou dizendo que é impossível, mas é extremamente
desafiador.
A violência emocional e psicológica é tão intensa que
muitas vezes só percebemos suas consequências quando
tentamos seguir em frente na vida e nos deparamos com
obstáculos repetidamente.
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 C A R I N A C O S T A O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO

Não podemos avançar sem primeiro enfrentar e trabalhar
o que está dentro de nós.
É importante ressaltar que a vida não fica em suspenso
para nos dar tempo de nos recuperarmos.
A vida não para fica em suspenso para que a gente fique
bem, para nos levantarmos. Não! A vida não vai parar
para você fazer um detox, uma recuperação psicológica,
um ano sabático. Claro que não. Nenhuma vida fica em
suspenso.

Quando falo da questão do sentimento de coma, acho A vida segue, e essa é a questão:
curioso. Muitas vezes, no caminho do meu objetivo de
sustentar minha mãe e meu irmão — e também alguns
tios, porque queria ajudar a todos — pensava: “E se Como é que a gente continua ao mesmo tempo
me acontecer alguma coisa, o que é que vai ser dessas que precisamos cicatrizar e curar nossas
pessoas? O que é que vai ser desta situação?”. A verdade feridas?
é que, quando algo semelhante a um tipo de morte
aconteceu comigo, a vida continuou para todos eles.

Quando não pude continuar a sustentá-los, cada um Toda esta aceleração que temos nos permite curar todos
deles encontrou uma solução para os seus próprios estes cortes tão profundos em nossa alma, em nosso
problemas. Ao contrário de mim, que ainda fiquei ali espírito, em nossa mente, e em nosso coração?
por muito tempo, agarrada a um passado que eu não
consegui mais voltar, e incapaz de mudar o meu presente, Como é que a vida continua?
me recuperar, me restaurar, me recompor.
Esta é uma boa questão, não é?
Isso foi um baque tremendo para mim, porque eu
verdadeiramente achava que se eu não tivesse uma vida
sacrificada para poder chegar àquele objetivo, nenhum
deles iria conseguir viver.

A maior lição que eu tive é que a vida continua.

Se eu morrer hoje, a vida continua. Minha filha vai

continuar a crescer, o meu marido vai continuar, e
possivelmente alguém vai aparecer em sua vida. A
minha mãe e o meu irmão vão continuar a sobreviver,
mesmo que chorem. As minhas tias vão ficar bem e a
vida continua.

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C A R I N A C O S T A

Visão holística das

finanças pessoais

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C A R I N A C O S T A O DESPERTAR DO COMA FINANCEIRO

A importância do equilíbrio
financeiro, emocional e espiritual

O equilíbrio financeiro, emocional e espiritual é

fundamental para uma vida plena e feliz, pois sem ele,
há um desequilíbrio constante. É importante ser realista
e aceitar que somos imperfeitos e sempre enfrentaremos
desafios. A Bíblia nos diz que “no mundo tereis
aflições”, mas devemos encontrar o equilíbrio dentro do
desequilíbrio. Isso pode ser difícil, mas com prática e
entendimento de que o mundo não tem nada contra nós,
podemos usar as adversidades como oportunidades para
nos superar.

Quando enfrentamos problemas, devemos refletir sobre

como resolvê-los e usar essa experiência para lidar
com outros desafios. Devemos ter uma visão ampla e
holística, entendendo que todas as áreas de nossa vida
estão interligadas. Se uma área está desequilibrada, pode
afetar outras áreas, causando ainda mais desequilíbrio.

Por exemplo, se estamos passando por uma decepção

amorosa e descontamos nossas emoções na comida ou em
compras desnecessárias, isso pode causar desequilíbrios
em outras áreas de nossa vida. Portanto, é essencial
encontrar o equilíbrio entre os aspectos financeiros,
emocionais e espirituais da vida para alcançar a vida
plena que todos nós desejamos.

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 C A R I N A C O S T A

Então, é muito importante trabalharmos o equilíbrio

dentro de nossos pilares. Principalmente porque
a saúde financeira afeta diretamente nosso
bem-estar emocional e espiritual, e vice-versa
também.

No caso do equilíbrio financeiro, ter controle sobre

as finanças pessoais, poupar, economizar, investir
adequadamente e evitar dívidas excessivas são partes
importantes - e mais que isso, fundamentais - para
manter a estabilidade financeira e prevenir problemas
no presente e no futuro.

No caso do equilíbrio emocional, reconhecer e gerenciar

as emoções associadas ao dinheiro, como o medo, o
desespero, a culpa, a ansiedade, é extremamente vital
e importantíssimo para que possamos tomar decisões
financeiras conscientes e responsáveis. Já que manter
um equilíbrio emocional nos permite lidar melhor com
os desafios financeiros.

Uma das piores coisas que podemos fazer em nossa

vida é tomar decisões quando estamos com desespero
financeiro. Por experiência própria e também por
conhecimento de muitas outras pessoas, todas as decisões
tomadas no ato do desespero financeiro acabam gerando
consequências muito duras e nefastas em nossa vida.

Para tomar decisões importantes, é primordial

entender uma regra fundamental: não tomar decisões
em momentos difíceis. Quando tomamos decisões
em momentos de crise, acabamos nos surpreendendo
negativamente com o resultado. Por exemplo, decidir
terminar um relacionamento quando estamos passando
por um momento ruim pode levar a uma sentença injusta
para a relação como um todo.

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