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Alguém entraria rapidamente no escritório de Yumi, seria sua parceira Shiro, que ao
ver a mulher de cabelos negros e compridos, sentada em sua poltrona feita de couro
na frente de uma mesa, tomando o seu café da tarde. A mesma entrega uma pasta
dizendo que havia informações nela, o que faz a moça sentada levantar uma das
sobrancelhas e dar um sorriso sem mostrar os dentes.
Yumi dizia animada para sua parceira, enquanto pegava a pasta abrindo e analisando
os documentos, nesses papéis mostravam algumas informações de um caso de um
suicídio de uma mulher, num hotel muito famoso de Las Vegas.
— Isso não foi um suicídio... foi um homicídio bem feito para todos acharem que era
um suicídio.
— Sim... E também temos uma autopsia dessa moça, e no resultado diz que ela morreu
com um tipo de veneno. Como a morte foi umas dez horas, o veneno levou umas duas
horas antes de seu "suicídio" para fazer efeito.
A jovem sentada na cadeira se levantou e começou a andar para fora de sua sala.
— Vamos Shiro... vamos fazer uma visita ao hotel. — Ela sorri e Shiro logo ia atrás.
Ao observar atentamente o ambiente elas reparam várias coisas que poderiam ser
consideradas informações importantes. A sacada estava com as portas totalmente
abertas e com manchas de dedos nos vidros, não tinha sangue, apenas respingos de
vinho e alguns molhos de comida que foram servidos para a mulher logo no seu jantar.
Estava um odor de álcool e uma mistura de perfumes variados de homens no quarto,
os lençóis bagunçados e limpos sem nenhum indício de que alguém teria deitado ou
sentado ali. Yumi se dirige até a sacada chegando perto das grades e olhando para
baixo. Não era muito alto nem muito baixo, era uma altura razoável. Shiro se aproxima
também e repara na altura.
— Acho que é possível sobreviver sim Shiro, mas apenas por algumas horas, a dor deve
ser enorme e insuportável, mas não é um fator que iria matar alguém tão fácil e
rápido.
As duas se retiram do quarto sem encontrar outra prova evidente na cena do crime,
então seguem até o elevador. Quando a porta estava quase se fechando surge um
homem de terno preto, esticando o braço e impedindo que a porta se fechasse. Com a
entrada do mesmo, o clima acaba ficando tenso entre todos dentro do local, ele
transmitia um ar pesado, era nítido que o nervosismo o dominava, suas mãos tremiam
na hora de pressionar o botão do vigésimo andar. Shiro e Yumi como detetives de
longas datas já suspeitaram de algo naquele rapaz, as duas se olhando entre si, Shiro
tenta quebrar aquele silêncio agoniante.
— Boa tarde... Por acaso o senhor ouviu o tal acontecimento que teve aqui nesses
dias??
— Sim sim... No dia eu estava de folga, por isso não sei tanto sobre o caso. Será que
vocês poderiam me falar um pouco sobre...?
— Relaxa Shiro... Vamos voltar para a delegacia e vamos interrogar esses três agora,
imediatamente.
Chegando lá, elas entram em ação, procurando a identidade das duas outras pessoas
como suspeitos. Ao encontrarem entram em contato com os dois. Enquanto Yumi
investigava o rapaz assustado, Shiro falava com o outro que era acompanhante da
vítima.
Após o interrogatório das duas, Shiro conta primeiro para sua parceira o que
conseguiu.
— O rapaz era namorado da moça, se chama David. Disse que nunca teria matado ela
pois a amava. Ficou sabendo de uma traição com um funcionário do hotel durante a
hospedagem, brigaram feio umas nove horas e ele foi para o bar esfriar a cabeça.
David ficou sabendo da morte da sua amada por causa do barulho dos policiais
chegando. Apenas consegui isso.
— O rapaz assustado e afobado é o Igor. Ele disse que tinha ido visitar sua amante mas
ao entrar em seu quarto não viu ninguém, apenas respingos de vinho na cortina. Isso
fez o mesmo estranhar e ir verificar, vendo sua amante morta no chão. Assustado ele
correu para fora do quarto sem reação alguma e sem fazer nada a respeito por estar
muito assustado.
Yumi falava num tom impaciente, Shiro já ficava quieta e com a expressão neutra. O
moço se sentava em uma cadeira em frente a duas detetives, que davam início às
perguntas e respostas. Sem demora nos questionamentos, o rapaz era liberado.
— Belaza Yumi, o rapaz se chama Charles, era um amante de Alexia também... Tinha
ido levar seu jantar e começaram as intimidades em um corredor, e depois se
retiraram dali. Hmm... Tem alguma ideia de quem é a culpa?
— Você pode fazer um favor rápido para mim? Por favor, Shiro.
— Claro Yumi.
— Verifica pra mim, qual era o cozinheiro que estava no dia do acontecimento no
hotel. Estarei na minha sala te aguardando.
— Okay.
Shiro e Yumi saiam da sala pegando rumos diferentes. Posteriormente, Shiro chega na
sala de Yumi com as informações desejadas, entregando na mão da parceira e dando
um sorriso de lado. Nas informações continha uma ficha do cozinheiro do dia, era um
rapaz chamado Ethan. Era tudo que Yumi precisava.
Chegando no hotel foram direto para a cozinha e pediram para que os policiais
cercassem o hotel caso o assassino tentasse fugir. Yumi e Shiro adentravam na cozinha
preparadas com qualquer coisa que pudesse acontecer. Ethan estava cozinhando
calmamente, mas quando viu as garotas e os policiais começou a se desesperar.
Yumi falava num tom sarcástico e dava uma risada fraca enquanto Shiro apontava a
arma para Ethan.
Shiro piscava o olho e sorria, começando uma breve explicação resumida do caso:
— Alexia, não se suicidou, ela morreu com um veneno colocado na comida ou no vinho
que tinha no jantar servido. Assim, colocando o camareiro, seu namorado e seu
amante na jogada. Sabemos que dois não tinham nada haver com a comida e nem com
o vinho, então sobrou o camareiro que também era o amante de Alexia, porém ele não
tinha nenhum vestígio com o veneno e nenhum motivo real para matar a moça... Aí
pensamos, da onde vem o jantar servido? Pensamos no cozinheiro e vimos que você
era o responsável pela comida do dia. Demos uma pesquisada sobre você e sua vida e
descobrimos que foi casado com Alexia por dois anos e se divorciaram a poucos meses.
Você não aceitou o final do relacionamento e quis se vingar. Também pelo fato de ter
visto você no mesmo dia da visita com alguns vestígios do líquido denominado como o
veneno detectado.
— Mas como??? Não tinha como vocês saberem de algo... Eu vou ser preso, não
acredito, por causa de um erro mínimo.
Yumi falava com firmeza e com um sorriso orgulhoso, Shiro também sorria. Os policiais
levaram Ethan para a viatura, missão cumprida novamente pelas melhores detetives
locais.
FIM