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Editora CRV - versão do autor - Proibida a impressão
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A Ideia de História na
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Antiguidade Tardia
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A IDEIA DE HISTÓRIA NA
Editora CRV - versão do autor - Proibida a impressão
ANTIGUIDADE TARDIA
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Editora CRV
Curitiba – Brasil
2021
Copyright © da Editora CRV Ltda.
Editor-chefe: Railson Moura
Diagramação e Capa: Designers da Editora CRV
Imagem da Capa: Wikimedia Commons
Revisão: Os Autores
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DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
CATALOGAÇÃO NA FONTE
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Bibliotecária responsável: Luzenira Alves dos Santos CRB9/1506
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A ideia de História na Antiguidade Tardia / Margarida Maria de Carvalho, Glaydson José da
Silva, Maria Aparecida de Oliveira Silva (organizadores) – Curitiba : CRV, 2021.
458 p.
Bibliografia
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ISBN Digital 978-65-251-2153-6
ISBN Físico 978-65-251-2152-9
do
DOI 10.24824/978652512152.9
V. Série.
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2021
Foi feito o depósito legal conf. Lei 10.994 de 14/12/2004
Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização da Editora CRV
Todos os direitos desta edição reservados pela: Editora CRV
Tel.: (41) 3039-6418 – E-mail: sac@editoracrv.com.br
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Conselho Editorial: Comitê Científico:
Aldira Guimarães Duarte Domínguez (UNB) Adriane Piovezan (Faculdades Integradas Espírita)
Andréia da Silva Quintanilha Sousa (UNIR/UFRN) Alexandre Pierezan (UFMS)
Anselmo Alencar Colares (UFOPA) Andre Eduardo Ribeiro da Silva (IFSP)
Antônio Pereira Gaio Júnior (UFRRJ) Antonio Jose Teixeira Guerra (UFRJ)
Carlos Alberto Vilar Estêvão (UMINHO – PT) Antonio Nivaldo Hespanhol (UNESP)
Carlos Federico Dominguez Avila (Unieuro) Carlos de Castro Neves Neto (UNESP)
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Carmen Tereza Velanga (UNIR) Carlos Federico Dominguez Avila (UNIEURO)
Celso Conti (UFSCar) Edilson Soares de Souza (FABAPAR)
Cesar Gerónimo Tello (Univer .Nacional Eduardo Pimentel Menezes (UERJ)
Três de Febrero – Argentina) Euripedes Falcao Vieira (IHGRRGS)
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Eduardo Fernandes Barbosa (UFMG) Fabio Eduardo Cressoni (UNILAB)
Elione Maria Nogueira Diogenes (UFAL) Gilmara Yoshihara Franco (UNIR)
Elizeu Clementino de Souza (UNEB) Jairo Marchesan (UNC)
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Élsio José Corá (UFFS) Jussara Fraga Portugal (UNEB)
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Fernando Antônio Gonçalves Alcoforado (IPB) Karla Rosário Brumes (UNICENTRO)
Francisco Carlos Duarte (PUC-PR) Leandro Baller (UFGD)
Gloria Fariñas León (Universidade Lídia de Oliveira Xavier (UNIEURO)
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de La Havana – Cuba)
Guillermo Arias Beatón (Universidade
de La Havana – Cuba)
Luciana Rosar Fornazari Klanovicz (UNICENTRO)
Luiz Guilherme de Oliveira (UnB)
Marcel Mendes (Mackenzie)
Helmuth Krüger (UCP) Marcio Jose Ornat (UEPG)
Jailson Alves dos Santos (UFRJ) Marcio Luiz Carreri (UENP)
do
João Adalberto Campato Junior (UNESP) Maurilio Rompatto (UNESPAR)
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Josania Portela (UFPI) Mauro Henrique de Barros Amoroso (FEBF/UERJ)
Leonel Severo Rocha (UNISINOS) Michel Kobelinski (UNESPAR)
Lídia de Oliveira Xavier (UNIEURO) Rafael Guarato dos Santos (UFG)
o
Maria Lília Imbiriba Sousa Colares (UFOPA) Sylvio Fausto Gil filho (UFPR)
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Este livro passou por avaliação e aprovação às cegas de dois ou mais pareceristas ad hoc.
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PREFÁCIO
A IDEIA DE HISTÓRIA DA ANTIGUIDADE TARDIA,
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A SERVIÇO DA VIDA ...................................................................................... 9
Pedro Paulo A. Funari
PRÓLOGO ..................................................................................................... 17
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Julio Cesar Magalhães de Oliveira
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Harold A. Drake
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A AUTOBIOGRAFIA COMO HISTÓRIA: a vida do sofista Libânio
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de Antioquia ..................................................................................................... 43
Érica Cristhyane Morais da Silva
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Moisés Antiqueira
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Bruna Campos Gonçalves
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DA CONTROVÉRSIA NESTORIANA (SÉC. V D.C.) ................................. 249
Daniel de Figueiredo
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SOZOMENO................................................................................................. 271
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Gilvan Ventura da Silva
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A Antiguidade Tardia é um conceito difícil de definir, cujas delimita-
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ções cronológicas e geográficas tampouco são consensuais. O termo foi uti-
lizado de maneira não sistemática até o pós-segunda guerra mundial, quando
a descolonização e outras mudanças sociais profundas favoreceram críticas
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à nomenclatura antes prevalecente: Baixo Império, invasões bárbaras, deca-
dência e queda do Império, entre outros. A insurgência dos colonizados punha
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em evidência a carga de preconceito na adjetivação de bárbaros, atribuída a
grupos humanos, à época e no passado. Invasões tampouco podiam aplicar-se
à instalação legalizada por tratados (foedi), por longos séculos, no cerne do
exército romano e que se utilizavam do latim e cuja elite estava bem inserida
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na cultura greco-latina. Léopold Sédar Senghor (1906-2001), à época, par-
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lamentar e ministro francês, depois líder do Senegal e membro da Academie
Française, tornava evidente o preconceito de termos como invasões e bárbaros
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(SENGHOR, 1998). Baixo Império e Queda do Império não caiam bem tam-
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a produção latina e grega tardia que havia chegado até nós era muito mais
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últimos dois mil anos, ao que se passara na Antiguidade Tardia: não por acaso,
Peter Brown menciona em sua obra o filósofo francês, assim como este o
citara (FOUCAULT, 1982, p. 308). De período de decadência para essencial!
Esta obra retrata bem essa ligação entre a modernidade e a antiguidade,
ou como as circunstâncias da produção historiográfica não se desvinculam
do presente. Três aspectos chamam a atenção: gênero literário; religiosidade;
diversidade cultural. Não por acaso, os três estão no centro do debate, hoje:
guerras de narrativa e religiosas, convivência e destruição. De início, o tema
do gênero literário (Maria Aparecida; Érica, Moisés, Sílvia; Domique; Kelly)
apresenta-se nas suas inúmeras facetas, todas a ressoar sua relevância hoje,
a começar do mais profundo: a interpenetração da ficção e da reportagem
(Drake; Sílvia; Dominique). O estilo jornalístico e apologético de Eusébio
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ridas (FUNARI; DUPRAT, 2019). Mesmo a apologia (Drake), em aparência
tão distante, pode ser entendida em seu sentido: uma narrativa engajada, em
defesa de algo (JENKINS, 2003). Podia ser em defesa da ordem e, hoje, de
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outros valores, mas o engajamento na escrita acomuna, assim como temas
como presentismo (HARTOG, 2003), o temor escatológico, o sentido de
inevitabilidade providencial (Margarida; Glaydson; Lyvia; Renan). A Guerra
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Fria (1947-1989) e o aquecimento global (KILLINGSWORTH et al., 1996),
depois, contribuíram para a atração pelos tempos periclitantes da Antiguidade
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Tardia. O mundo parecia e parece estar ante o seu fim.
Em seguida e em relação ao mencionado acima, a religiosidade em des-
taque e em conflito tem sido ressaltada como característica e atrativa. Poli-
teísmos e cristianismos, romanidade e cristandade (Graciela), pax deorum
do
hominumque (Viviana) e Deus único (Ana Teresa) aparecem como a enfatizar
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diversos outros, do aramaico (e outros idiomas semíticos) a falas celtas e
germânicas. Esse multilinguismo e hibridação são milenares no Mediterrâ-
neo antigo, mas a Antiguidade Tardia e sua historiografia fornecem pistas
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para entender o mundo atual, e vice-versa.
Para além dos inúmeros estudos específicos citados ao correr dos capí-
tulos, diversos outros, no âmbito da teoria social e da história, contribuem
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para entender a historiografia antiga e moderna. Destaque-se o sociólogo
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francês Pierre Bourdieu (Janira), preocupado tanto com o funcionamento e a
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submissão social, também em termos simbólicos, assim como o arco de his-
toriadores. Muitos trataram da Antiguidade Tardia, como Henri Irinée Marrou
ou Paul Veyne, mas também são acionados Jacques LeGoff, Peter Burke,
Roger Chartier, Carlo Gizburg, François Hartog, Reinhardt Koselleck, Paul
Ricouer, com destaque para perspectivas culturais. Há, pois, um investimento
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de época tardia. Esta obra surge para tornar-se uma referência. A grande maio-
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ria das pessoas que escreveram são brasileiras, com contribuição adicional a
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no país, da década de 1970, assim como tardia foi o ensino superior, isolado
a partir de 1827, universitário só na década de 1930 (FUNARI; PEDROSA,
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passado pode ser para a convivência, para a alegria, não para a destruição e
a tristeza, para usar termos do filósofo Bento Espinosa:
Cupiditatem deinde qua homo qui ex ductu rationis vivit, tenetur ut reli-
quos sibi amicitiajungat, honestatem voco et id honestum quod homines
qui ex ductu rationis vivunt, laudant etid contra turpe quod conciliandæ
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amicitiæ repugnant (ESPINOSA, Ethica, IV, 37, 1)1.
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diferentes com suas diferenças, sem matar e destruir. Só isso já vale a leitura
atenta desta obra!
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Agradecimentos
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Agradeço a Margarida Maria de Carvalho, Maria Aparecida de Oliveira
Silva e Glaydson José da Silva pela oportunidade de ler e de escrever estas
linhas sobre o volume organizado, assim como a Paulo Pires Duprat, Emilio
González-Ferrín, Leandro Karnal, Renato Pedrosa e Pedro Lima Vasconcel-
do
los. Menciono, ainda, o apoio institucional da Unicamp, Fapesp e CNPq. A
1 “Já o desejo que leva o homem que vive sob a condução da razão a unir-se aos outros pela amizade
chamo de lealdade (honestas, honestidade). E chamo de leal (honesto) aquilo que os homens que vivem
sob a condução da razão louvam, e de desleal aquilo que contraria o vínculo da amizade” (ESPINOSA,
B. Ética. Tradução de Tomaz Tadeu. São Paulo, Autêntica, 2007).
A IDEIA DE HISTÓRIA NA ANTIGUIDADE TARDIA 13
REFERÊNCIAS
ARENDT, H. Religion and politics. In: KOHN, Jerome (ed.). Hannah Arendt:
Essays in Understanding, 1930-1945. Londres: Harcourt, Brace & Co., 2005.
p. 368-391.
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ARON, R. L’Avenir des religions séculières. La France libre, 1944.
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BIVILLE, F. Multilingualism in the Roman World, Oxford Handbooks
online, 2018, Subject: Classical Studies, Ancient Linguistics Online Publi-
cation Date: Sep 2018. DOI: 10.1093/oxfordhb/9780199935390.013.101.
or
Aval https://www.oxfordhandbooks.com/view/10.1093/oxfordhb/
aC
9780199935390.001.0001/oxfordhb-9780199935390-e-101
aut
BOHMANN, G. Politische Religionen (Eric Voegelin und Raymond Aron)
– ein Begriff zur Differenzierung von Fundamentalismen? Politische Reli-
gionen (Eric Voegelin und Raymond Aron), Begriff zur Differenzierung
von Fundamentalismen? ÖZS, v. 34, n. 1, p. 3-22, 2009.
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from Julian the Apostate’s and Henri IV’s politic of tolerance?”, Represen-
ers
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ting Heresy in Early Modern France. Essays and Studies, ed. G. Scarlatti
and L. Radi, Toronto: Center for Reformation and Renaissance, v. 40,
Ed
p. 257-274, 2017.
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V
GONZÁLEZ-FERRÍN, E. A Angústia de Abraão. São Paulo: Paulus, 2018.
R
HARTOG, F. Régimes d’historicité: présentisme et expérience du temps.
Paris: Le Seuil, 2003.
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JENKINS, K. Refiguring History: new thoughts on an old discipline. Lon-
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dres: Routledge, 2003.
aut
KARNAL, L.; PURDY, S.; FERNANDES, L. E.; Morais, M. V. História
dos Estados Unidos, das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2017.
ISBN 978-0299149949.
t
Essais, 1995.
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REX, J. Secular substitutes for religion in the modern world. Politics and
Religion, Belgrade, v. II, n. 2, p. 3-10, Autumn, 2008.
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WARDEGA, J. Mao Zedong in present-day China – forms of deification.
[Политикологија Религије]. Politics and Religion, v. VI, p. 181-197,
2 sem. 2012.
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raram a historiografia moderna (MOMIGLIANO, 2004). Mas qual a con-
tribuição específica da Antiguidade Tardia? É significativo da consolidação
desse período como campo de estudos e de sua vitalidade entre nós que este
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volume se siga a outro excelente tomo sobre A ideia de História na Antigui-
dade Clássica, publicado em 2017 e também organizado por dois dos três
editores deste livro (SILVA; SILVA, 2017). De fato, o entendimento de uma
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Antiguidade Tardia como período autônomo na história da Europa Ocidental,
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do Mediterrâneo e mesmo da Ásia até o planalto iraniano, e não apenas como
o fim do mundo clássico ou início da Idade Média europeia, fez com que as
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formas de narrar e refletir sobre o passado no período que vai do século III
ao século VIII pudessem ser compreendidas em seus próprios termos e em
sua originalidade. É um pouco dessa riqueza e dessas especificidades que este
livro pretende explorar.
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do que jamais fora para os pagãos em sua própria época ou para qualquer outro
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história enquanto devir era o meio para Deus realizar seus projetos e a escrita
da História (ou historiografia) tinha como finalidade compreender a economia
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A História Eclesiástica, outra inovação cristã, tem seus inícios a partir de
300, graças mais uma vez à obra de Eusébio. O caráter revolucionário de sua
História é magistralmente ressaltado por Harold A. Drake, que observa como
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o bispo de Cesareia transformou o estudo do cristianismo numa história insti-
tucional, mas também o quanto seu método rompia com a tradição literária de
escrita da História entre gregos e latinos ao entremear seu relato com extensa
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e direta citação de documentos. A riqueza e diversidade das histórias ecle-
siásticas escritas a partir do século V são bem representadas nos capítulos de
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Daniel de Figueiredo e Gilvan Ventura da Silva, que tratam, respectivamente,
de Sócrates de Constantinopla e de Sozômeno, dois historiadores que adotam
estratégias narrativas muito diferentes para descrever a história da Igreja no
mesmo período. A esses gêneros historiográficos pode-se ainda acrescentar as
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histórias dos monges que emergem nos séculos IV e V, como a História dos
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até o fim dos tempos (MARKUS, 1970). Como quer que seja, foi graças ao
pensamento dos autores cristãos da Antiguidade Tardia que a História “se
tornou para os ocidentais aquilo que revela a vontade de Deus ou o destino
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dos homens” (INGLEBERT, 1996, p. 690).
No entanto, insistir apenas nessa originalidade do pensamento cristão
significaria esquecer que a continuidade da educação tradicional, a paideia
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(CARVALHO, 2010), fez com que a História no sentido antigo, como conjunto
de exemplos morais e políticos, se perpetuasse no saber comum tanto a cristãos
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como a não cristãos ainda durante muito tempo. Professores de retórica como
Libânio de Antioquia, no século IV, ainda consideravam Heródoto e Tucídides
como modelos de escrita refinada e de eloquência a serem absorvidos por seus
alunos. Como Érica Chrystiane Morais da Silva ressalta em seu capítulo, eles
estabeleciam laços estreitos entre o gênero historiográfico e seus discursos
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e, em particular, o panegírico, na medida em que ambos se preocupavam em
registrar a memória dos feitos e das obras dos imperadores. Mesmo autores de
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tratados técnicos, como Vegécio, estudado aqui por Bruna Campos Gonçalves,
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tanto por pagãos como por cristãos, desde Amiano Marcelino (SILVA, 2007),
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no século IV, até Procópio de Cesareia, no século VI, este último aqui dis-
cutido por Kelly Cristina Mamedes e Marcos Cruz. Ainda mais abundantes
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vinculação da História à Gramática e não mais à Retórica.
É a este mundo fascinante e diverso, contraditório e inovador que este
livro convida a leitora e o leitor. Os capítulos selecionados abrangem desde
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autores incontornáveis, como Eusébio de Cesareia, até outros menos conhe-
cidos, mas não menos instigantes, como Muirchú Moccu Machteni, histo-
riógrafo da Irlanda do século VII. O confronto entre os capítulos permitirá
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aos leitores observar os embates entre diferentes visões sobre o passado e o
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sentido da História, como nos estudos de Viviana Edith Boch sobre o senador
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e orador pagão Quinto Aurélio Símaco e de Ana Teresa Marques Gonçalves
sobre o funcionário imperial e poeta cristão Aurélio Clemente Prudêncio,
autor precisamente de dois poemas contra Símaco. O conjunto do volume
permite ainda a reflexão sobre as continuidades e rupturas com as formas de
escrita da História na Antiguidade Clássica e, não menos importante, sobre
do
Antiguidade Tardia. É uma sorte que o público leitor brasileiro possa contar
com uma obra tão rica e diversa que não apenas o introduz à ideia de Histó-
o
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Margarida Maria de. Paideia e retórica no século IV d.C.: a
construção da imagem do Imperador Juliano segundo Gregório Nazianzeno.
São Paulo: Annablume: Fapesp, 2010.
V
FUNARI, Pedro Paulo A.; GARRAFFONI, Renata Senna. Historiografia:
Salústio, Tito Lívio e Tácito. Campinas: Editora da Unicamp, 2016.
R
INGLEBERT, Hervé. Interpretatio Christiana: Les mutations des savoirs
(cosmographie, géographie, ethnographie, histoire) dans l’Antiquité chrétienne
or
(30-630 après J.-C.). Paris: Institut d’Études Augustiniennes, 2001.
aC
INGLEBERT, Hervé. Les romains chrétiens face à l’histoire de Rome: His-
aut
toire, christianisme et romanités en Occident dans l’Antiquité tardive (IIIe-Ve
siècles). Paris: Institut d’Études Augustiniennes, 1996.
In: JOLY, Fábio Duarte (org.). História e retórica: ensaios sobre historiografia
antiga. São Paulo: Alameda, 2007. p. 165-182.
SILVA, Glaydson José da; SILVA, Maria Aparecida de Oliveira (org.). A ideia
de História na Antiguidade Clássica. São Paulo: Alameda, 2017.
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itor
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