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Atividade de fixação
Por Bruno Garattoni e Leonardo Pujol (colaborou Ana Carolina Stobbe). Atualizado em: 16 jul. 22, 08h57 - Publicado em: 15 jul.
22, 10h22.
Todos os seres vivos, inclusive os mais simples, como bactérias e fungos, têm algum tipo de
relógio biológico. Até animais que vivem no fundo de cavernas ou nas profundezas do oceano,
onde há pouca ou nenhuma luz, parecem observar ciclos de atividade e repouso de
aproximadamente 24 horas.
Por isso, esse mecanismo também é chamado de sistema circadiano – termo originado do
latim circa diem, que significa “cerca de um dia”. Sabe por que o relógio biológico é onipresente na
natureza? Porque ele é necessário. Nenhum organismo consegue trabalhar a 100% de forma
constante.
Primeiro, porque precisa de um tempo de inatividade para reparar os tecidos desgastados
pelo uso. Segundo, e mais importante, descansar economiza energia. Se um ser ficasse ativo o
tempo todo, precisaria de muito mais calorias (alimento) para se manter, o que dificultaria bastante
sua sobrevivência.
Dormir também dá uma trégua ao corpo, já que ele aproveita a tranquilidade metabólica da
noite para executar processos específicos – o hormônio do crescimento, por exemplo, só é liberado
enquanto estamos dormindo.
Ou seja: o sistema circadiano é uma grande vantagem evolutiva. Nos humanos e nos demais
mamíferos (e até em répteis, como os lagartos) ele é controlado pelo núcleo supraquiasmático
(NSQ), um conjunto de 20 mil neurônios (quase nada perto do total presente no nosso cérebro, 86
bilhões). É uma bolinha bem no centro da massa cinzenta, perto do hipotálamo, que responde a
vários fatores. O principal é a luz.
No fundo do olho fica a retina, que tem uma camada de células fotorreceptoras: elas captam
a luz e a convertem em sinais elétricos. A maioria manda sinais para o córtex visual, que os
interpreta e forma as imagens que enxergamos. Mas algumas dessas células, as “fotorreceptoras
atípicas”, fazem outra coisa: elas enviam sinais para que se perceba se é dia ou noite.
Só que no mundo moderno, quase nunca é realmente noite. Olhe pela janela de casa e você
verá que, embora chegue o auge da madrugada, o céu fica bem iluminado (inclusive quando é Lua
nova, e ela está quase invisível).
É a poluição luminosa – que, junto com as mudanças na rotina, força nosso relógio biológico
a trabalhar de uma forma diferente da natural, aprimorada ao longo de milhões de anos de
evolução.
“Criamos a civilização, as sociedades, e fizemos avanços incríveis que, de forma irônica e
efetiva, colocaram os nossos relógios internos contra nós”, escreve o psicólogo Michael Breus em
seu livro O Poder do Quando (2017). Metrópoles, lâmpadas, telas, smartphones. À medida que a
luz artificial tornou a vida mais próspera, interessante e divertida, ela também trouxe um lado
obscuro.
[...]
Disponível em: <https://super.abril.com.br/saude/os-misterios-do-relogio-biologico/>. Acesso em: 25 jul. 22. Adaptado
para fins didáticos.
Glossário
- Onipresente: que está presente ou existe em toda parte.
Disponível em: <https://www.aulete.com.br/>. Acesso em: 25 jul. 22.
1. De acordo com o texto, ter relógio biológico é uma característica exclusiva dos seres
humanos.
2. No fragmento “A pele se renova e o sistema imunológico trabalha melhor enquanto
dormimos;...”, fazendo-se as alterações necessárias no período, a conjunção
subordinativa adverbial destacada poderia ser corretamente substituída pela locução
conjuntiva “contanto que”, mantendo-se sentido equivalente.
3. Infere-se da leitura do texto que os avanços tecnológicos, a poluição luminosa, mudanças
na rotina alteram o funcionamento do nosso relógio biológico.
4. No fragmento “‘Criamos a civilização, as sociedades, e fizemos avanços incríveis que, de
forma irônica e efetiva, colocaram os nossos relógios internos contra nós’...”, a palavra
destacada introduz uma oração subordinada que exerce, em relação à oração principal, a
função sintática de adjunto adverbial, classificando-se, portanto, como conjunção
subordinativa adverbial consecutiva.
5. Em “À medida que a luz artificial tornou a vida mais próspera, interessante e divertida, ela
também trouxe um lado obscuro.”, a oração subordinada adverbial que compõe o período
exprime em que gradação ocorre o que é apresentado na oração principal.
6. No excerto “Olhe pela janela de casa e você verá que, embora chegue o auge da
madrugada, o céu fica bem iluminado (inclusive quando é Lua nova, e ela está quase
invisível).”, a oração destacada exerce a função de adjunto adverbial em relação à
principal, adicionando-lhe uma circunstância de tempo.
7. Substituindo-se a locução conjuntiva destacada, no fragmento “Mas algumas dessas
células, as ‘fotorreceptoras atípicas’, fazem outra coisa: elas enviam sinais para que se
perceba se é dia ou noite.”, pela locução conjuntiva a fim de que, manter-se-ia a
equivalência de sentido de finalidade.
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8. Em “Dormir também dá uma trégua ao corpo, já que ele aproveita a tranquilidade
metabólica da noite para executar processos específicos – o hormônio do crescimento,
por exemplo, só é liberado enquanto estamos dormindo.”, a primeira oração em destaque
classifica-se em oração subordinada adverbial causal; e a segunda, em oração
subordinada adverbial temporal.
9. No período “À noite, a digestão muda – e a comida pode engordar mais.”, a expressão
destacada classifica-se em locução conjuntiva adverbial e expressa circunstância de
tempo.
10. Pode-se inferir, a partir da leitura do texto, que a evolução da luz artificial trouxe coisas
positivas e coisas negativas para nossa vida.
TEXTO II
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Leia a tirinha para responder à questão 12.
TEXTO III
TEXTO IV
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13. Na tirinha, em vários quadrinhos, observa-se a ocorrência de orações subordinadas
adverbias que possuem o mesmo valor semântico em relação à oração principal. Assinale
a alternativa que apresenta a relação de sentido expressa por essas orações
subordinadas adverbiais.
a) Conformidade.
b) Comparação.
c) Proporção.
d) Consequência.
TEXTO V
Os Poemas
Assim como os pássaros, os poemas chegam
como de um alçapão.
nem porto
e partem.
Glossário
- Alçapão: armadilha para prender passarinho.
Disponível em: <https://www.aulete.com.br/>. Acesso em: 25 jul. 22.
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14. Baseando-se no Texto V e nos estudos realizados sobre conjunções e orações
subordinativas adverbiais, assinale a ÚNICA alternativa INCORRETA.
a) Infere-se da leitura do Texto V que os poemas ganham vida quando o leitor os lê, por
isso eles não têm hora certa de chegar e sair.
b) Em “Quando fechas o livro, eles alçam voo”, o período é constituído por uma oração
subordinada adverbial temporal e uma oração principal, respectivamente.
c) No verso “no livro que lês.”, a palavra que introduz uma oração subordinada que
exerce, em relação à oração principal, a função sintática de adjunto adverbial.
d) A locução conjuntiva destacada, no verso “Assim como os pássaros, os poemas
chegam”, expressa uma relação de sentido de comparação.
15. Tendo como referência o estudo sobre conjunções, orações subordinadas adverbiais e
os períodos listados a seguir, assinale a alternativa CORRETA.
Você é capaz!
Bons estudos!
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