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Acaba de ser revelado que existe uma pessoa idêntica ao Luis e que mora muito

longe, mas, como? Como isso é possível? O nome do outro garoto se chama Leandro e
mora em Cabo Frio, Rio de Janeiro. Tem uma vida cheia de luxo, mas não tem o amor
do pai e nem da mãe. A única pessoa em quem ele confia é a Clarissa, uma empregada
da casa que o trata como filho. Pelo fato de ter a ausência do pai e da mãe ele acabou
se tornando uma pessoa muito arrogante e trata os outros que não tem a mesma
condição que ele de inferiores.

(CENA 1- QUARTO DE LEANDRO)


LEANDRO
- Tá bom Clarissa, que saco! (ele se levanta)

CLARISSA (arrumando a cama de Leandro)


- Eu não acredito que você não foi para a escola!

LEANDRO (escolhendo alguma roupa no guarda-roupa gigante)


- Dormir muito tarde ontem e eu não estava com vontade de ir.

CLARISSA
- Você tem que parar com isso. Daqui a pouco os seus pa... (ela é interrompida).

LEANDRO
- Meus pais não vão fazer nada. Estão sempre ocupados. Nem se importariam se eu
morresse atropelado. Dariam graças a Deus! (ele escolhe uma roupa).

CLARISSA
- Para com isso! Eles te amam!

LEANDRO (entrando no banheiro do quarto e saindo de cena)


- Ah claro. Ama tanto, que nem me lembro qual foi o último natal que passamos juntos.

CLARISSA
- Eles não fazem por mal, são muito ocupados. É por isso que você tem tanto
luxo assim...

LEANDRO (em off)


-Tá bom, Clarissa, ta bom. Posso tomar meu banho agora?!

CLARISSA
- Eita, menino ignorante! Tudo bem. Não está mais aqui quem falou.

LEANDRO (em off, porém alto e arrogante)


- Então tchau! (ele liga o chuveiro. Clarissa mexe cabeça em forma negativa e se
retira).

(CENA 2 – NA ESCOLA DE LUIS)


O sinal na escola de Luis toca, e o tumulto para sair da sala é grande, como
sempre. Enquanto ele espera o tumulto passar, ele vai guardando o material. Até que
Renata chega.
RENATA
- Vamos?

LUIS (fechando a mochila)


- Vamos sim (ele coloca a mochila nas costas e então eles seguem porta afora).

RENATA (um pouco tímida)


- Você vive aqui desde que foi adotado?

LUIS
- Não... Bem, quase... morávamos em Cabo Frio... Quando minha mãe me adotou, ela
morava lá, então, fui para lá junto com ela, mas alguma coisa aconteceu e tivemos que nos
mudar para cá. Minha mãe perdeu tudo! Ela tinha alguns investimentos com uma empresa
chamada Sátikon, mas minha mãe diz que eles acabaram a enrolando e tiraram tudo dela.
Minha mãe ficou tão abalada que viemos morar para cá e tivemos que começar tudo do zero.

RENATA
-Nossa! Que horror! Deve ter sido muito difícil...

LUIS
- Ainda é... A assistência social está no pé dela, uma tal de Samanta. Se ela conseguir
provar que a minha mãe não tem mais condições de me sustentar, ela pode querer me levar
de volta ao orfanato.

RENATA
- Mas isso não vai acontecer, eu tenho certeza!

LUIS
- Tomara!

RENATA
- E não ficou nem três meses fora de Barretos né, voltou para cá...

LUIS
- Sim, mas foi bom até... Revi os meus amigos de infância, até eles serem adotados.

RENATA
- Ah sim... Falando nisso, fiquei sabendo que o orfanato fechou.

LUIS
- Nossa! Sério?! Não sabia disso, e olha que moro perto... Mas, por quê?

RENATA
- Não sei o motivo, mas deve ser por não ter mais crianças, né, todos foram adotados, e
os que não foram ficaram adultos.

LUIS
- Ou pode ter fechado por causa da estrutura que tava aquilo lá... Já tava muito velho.
RENATA
- Verdade! Me lembro que tinha medo que alguma hora aquele negócio ia cair.

LUIS
- E depois que você saiu, não fizeram nenhuma reforma.

RENATA (rindo)
- Sério?! Que horror! (ela para de rir)
- Quanto tempo se passou, não é mesmo? E a sua vida amorosa? Está namorando?
(logo após a pergunta, ela se arrepende de ter sido tão direta)

LUIS
-Eu? Não, não (ele fica com medo de fazer a mesma pergunta a ela e a resposta
for positiva).

RENATA (com bochechas rosadas)


- Mas já deve ter ficado ou namorado com alguém durante esse tempo, né?

LUIS
- Ah... Sim, claro (ele mente).

RENATA
- Sério, mas, o que aconteceu, por que não estão juntos ainda? (ela fica um pouco
triste, mas ela tenta disfarçar e Luis não percebe).

LUIS
- Ah...Bem... ela foi embora. Morava aqui, mas se mudou (ele tenta trocar de assunto
rapidamente).

- E como você veio parar aqui em Barretos?

RENATA
- Por causa do Arthur. Ele tevê que vir para cá por causa do trabalho.

LUIS (um pouco triste)


-Quem é Arthur? (ele acha que é o namorado dela).

RENATA
- Meu pai adotivo.

LUIS
- Você o chama pelo nome?

RENATA
- Sim... Bem, não consigo chamar eles de pais.

LUIS
- Só tenho minha mãe. O marido dela morreu em um acidente de avião.
RENATA
- Como? Acidente de avião?

LUIS
- Sim, mas, eu não sei de muita coisa. Mas, porque o interesse?

RENATA
- Meus pais... Eles morreram em um acidente de avião.

LUIS
- Muito difícil ter alguma relação...

RENATA
- Eu sei! Só lembrei deles... Penso que eu ainda posso ter alguma notícia da minha
família.

LUIS
- Você gostaria de conhecê-los?

RENATA
- Eu gostaria de poder conhece-los, ouvir histórias... Quero saber mais da história dos
meus pais, só eles vão conseguir, eu acho, dizer a verdadeira história.

LUIS
- Você acha que tudo o que sabe pode não ser a verdade.

RENATA
- Eu era uma criança de seis anos quando me disseram o que aconteceu. Podiam ter dito
qualquer coisa.

LUIS
- Mas pra quê eles iriam mentir?

RENATA
- Não sei, só sei que eu quero conhecer a minha família e ouvir deles o que aconteceu
com os meus pais (depois disso, houve um silêncio constrangedor).
- E você? Nunca quis saber o que aconteceu com os seus pais?

LUIS
- Eu já pensei nisso, mas eu não quero saber nada sobre eles. Estou bem melhor assim.

RENATA
- Mas por quê?

LUIS
- Tenho medo de criar falsas esperanças ou ficar sabendo coisas horríveis que eu não
queria saber. (mais um pouco de silêncio incomodo).

- Bem, essa é a minha casa.


RENATA
- Uhm! Perto da minha, quase.

LUIS
- Sim. Diferença de três ruas. Queres entrar e tomar uma água, um suco?

RENATA
- Não, imagina! Preciso ir para casa, se não a Kerridá briga comigo.

LUIS
- Então deixa que eu te levo, pra não ir sozinha.

RENATA
- Mas é quase aqui do lado.

LUIS
- Eu sei, mas... por favor?

RENATA
- Tudo bem, se insiste (os dois riem e dão meia volta).

(CENA 3 – CASA DO LEANDRO, COZINHA)

CLARISSA
- Nossa! Demorou pra descer pra vir tomar café.

LEANDRO (se sentando)


- Café Clarissa? Serve pra mim o almoço de uma vez.

UM HOMEM (grita em off)


- LEANDRO!

Carlos Eduardo, pai de Leandro, chega à sala de jantar. Um homem alto, bonito e
de aparência jovem. Tem trinta e dois anos de idade e é um empresário. Vivia em casa,
porém foi promovido tantas vezes que acabou se tornando dono da maior parte das
ações de sua empresa, porém isso significou ficar ainda mais afastado da família.

CARLOS EDUARDO (irritado)


- Posso saber o porquê que o senhor não foi à escola de novo?

LEANDRO
- Ah pai...

CARLOS EDUARDO
- Eu estou cansando disso!

LEANDRO (sarcástico)
- Cansado do quê? De trabalhar?
CARLOS EDUARDO
- Da suas palhaçadas!

LEANDRO
- Mentiroso! (ele se levanta da cadeira e começa a falar com uma voz mais alta).
- Você pouco se importa se eu passe ou não. Nem você e muito menos minha mãe. Você
está fingindo ser o papai preocupado por quê?

CARLOS EDUARDO
- Cala a boca, menino! Você tem apenas dezesseis anos, não tem esse direito de falar
assim com o seu pai. (Clarissa chega com o almoço de Leandro e Carlos se vira para ela).
- Clarissa pode entregar essa comida aos cachorros!

LEANDRO (com raiva)


- PAI! Eu estou com fome! É a minha comida! Entendo que não se importa com nada
que me diz respeito, mas pelo menos deixa eu me alimentar direito!

CARLOS EDUARDO (com tom baixo e calmo)


- Menino. Vá para o seu quarto, você ficará lá até que sua mãe o mande sair. (Leandro
bate a mão na mesa com força, se senta e olha para o pai com a cara emburrada)
- E não adianta ficar assim! Você sabe que foi você que provocou (e então Carlos sai da
sala).

LEANDRO
- Que saco! (Leandro se levanta e sobe as escadas que dão o caminho direto para
o seu quarto, ao entrar, ele bate à porta e se joga em cima da cama).

(CENA 4- CASA DE LEANDRO, QUARTO)


É de noite e Leandro ainda não saiu do quarto. Enquanto não pode sair, fica
sentado na cama conversa pelo WhatsApp com um amigo que mora em Barretos.

LEANDRO (digitando)
- Odeio o meu pai, é sério!

AMIGO DE LEANDRO (digitando)


- Ah, para! Eu fico de castigo quase sempre e mesmo assim é porque eu mereço.

LEANDRO (digitando)
- Acontece que aqui não foi bem assim.

AMIGO DE LEANDRO (digitando)


-Aham, sei. Eu te conheço.

LEANDRO (digitando)
- É sério cara! O ruim é que eu estou morrendo de fome. Não comi nada ainda!

CLARISSA (em off)


- Leandro? Sou eu, Clarissa.
LEANDRO
- Pode entrar Clarissa (ele deixa o celular ao lado em cima da cama)
CLARISSA
- Eu trouxe algumas coisas pra você comer (ela coloca a bandeja em cima da cama).

LEANDRO
- Até que enfim! (ele começa a se servir e Clarissa senta na beirada da cama).

CLARISSA
- Se controla com o seu pai, está bem?! Sei que muitas vezes você acha que tem razão,
mas sempre que levanta o tom, você perde toda ela.

LEANDRO
- Mas você viu, não viu? Ele entrou já gritando comigo.

CLARISSA
- Bem, sua mãe já chegou (Clarissa se levanta) Vou indo antes que ela venha aqui.
Depois eu venho pegar a travessa.

LEANDRO
- O.K. (antes dela sair, Leandro a chama) Clarissa?

CLARISSA
- Oi (ela se vira pra olha-lo).

LEANDRO
- Obrigado (Leandro dá um sorrisinho. Ela também sorri, passa pela porta e a
fecha)

AMIGO DE LEANDRO (por mensagem)


- Sério que você está sem come o dia todo?! (Leandro pega o celular e o responde).

LEANDRO (digitando)
- Ah, bem... agora a Clarissa chegou com uma travessa cheia de coisas do café da
tarde. Melhorou muito.

MÃE DE LEANDRO (em off)


- Leandro, pode abrir a porta, por favor?

LEANDRO (soltando o celular)


- Tá aberta!

A mãe de Leandro então entra. Se chama Larissa, uma moça loira, alta, de fina
estampa e muito bonita.

LARISSA (parecendo cansada, porém muito séria)


- Por que não foi à escola Leandro?
LEANDRO
- Só não quis. Por que essa tempestade em copo da água, ehm? Que saco!

LARISSA
- Fala direito comigo! Eu estou falando normalmente com você.

LEANDRO
- Que milagre é esse que você está em casa hoje? Aconteceu alguma coisa?

LARISSA
- Bem, consegui chegar cedo em casa hoje pois preciso ter uma conversa com você. Seu
pai até tentou no horário do meio dia, mas como Carlos não conseguiu, tenho eu que lhe
dizer.

LEANDRO (um pouco assustado)


- Dizer o que? (Larissa se senta na beira da cama).

LARISSA
- Vamos nos mudar, Leandro. A empresa de seu pai abriu uma filial em Barretos e
querem que o seu pai gerencia a nova filial.

LEANDRO
- Vamos nos mudar para Barretos? Em São Paulo?

LARISSA
- Sim. Consequentemente eu vou ter que ficar ainda no Rio de Janeiro durante o dia de
semana, já que a clinica onde eu trabalho ainda fica aqui, mas como estou trabalhando em um
projeto de expansão das clinicas, estou tentando colocar uma em Barretos para que eu possa
gerenciar por lá.

LEANDRO
- Eu não quero ir pra Barretos!

LARISSA
- Isso não foi um pedido de opinião, Leandro. Você vai e pronto.

LEANDRO
- Eu vou ficar aqui com você.

LARISSA
- Não, você vai ficar com o seu pai. Vamos vender essa casa e eu ficarei em um
apartamento e ele não tem espaço para você.

LEANDRO
- Eu não acredito nisso (ele se levanta e começa a andar pelo quarto).
- Você vai querer ficar ainda mais longe de mim? Por que não me deserta de uma vez?

LARISSA
- Para de ser tão dramático, Leandro, que exagero! Bem, já foi dada a notícia. Boa noite.
(ela se levanta).
LEANDRO (com insignificância)
- Tá, mas quando vamos? Vocês vão esperar que acabe o ano letivo, não é mesmo?

LARISSA (na porta do quarto)


- Não, não temos como escolher o momento. Iremos nos mudar semana que vem.

LEANDRO
- Mas já?! Não tem como construir uma empresa em apenas uma semana!

LARISSA
- Leandro, a empresa de seu pai em Barretos já está pronta a muito tempo, não
quisemos contar nada para você antes, mas...

LEANDRO
- Quê?! C-como assim? Vocês já estão com esse plano de mudança a muito tempo? E só
agora vocês estão me dizendo?!

LARISSA
- Não era necessário, Leandro! Agora, chega tá bom?! Vá descansar para não faltar a
aula amanhã.

LEANDRO
- Vocês estão de palhaçada comigo, não é?! Era só o que me faltava!

LARISSA (perdendo a paciência)


- Escuta bem Leandro! Até você completar dezoito anos e for sustentando por mim e
pelo seu pai, você vai ter que obedecer. Tudo! Está me escutando bem?! E não quero saber de
você faltar mais aula garoto! Se continuar com essa rebeldia sem fundamento eu te coloco
num colégio interno! (ela sai do quarto e fecha a porta).

LEANDRO (furioso)
- Eu ODEIO vocês! Que inferno que eu estou vivendo aqui! (ele se joga em cima da
cama).
- Eles querem que eu fique quieto, é?! Mas não vou mesmo! (Leandro pega o seu
celular e pede uma passagem de ônibus para Marrotas, uma cidade vizinha).
- Eles vão ver só. Eu vou fugir e ir ficar na casa do Anderson! (ele digita os números e
espera ser atendido).

DESCONHECIDO (do outro lado da linha)


- Rotta Viagens, boa noite.

LEANDRO
- Oi. É. Eu gostaria de pedir uma passagem para Marrotas para amanhã cedo.

DESCONHECIDO (do outro lado da linha)


- Temos vaga ainda no ônibus das nove horas.

LEANDRO
- Excelente! Gostaria de ficar com essa...
(CENA 5- RUA ONDE LUIS MORA)
Luis está em casa, porém se sente agoniado e resolve sair para pegar um ar
fresco. Chegando na esquina da sua rua, vê Lilian, a nova amiga de Renata e sua colega
de sala sair correndo em prantos.

LUIS
- Lilian! Lilian! Espera! (ele grita para ela, porém ela não responde. Ele vê que ela
entra em uma rua a direita e vai atrás. Quando chega, ele a vê sentada no chão aos
prantos).
- Lilian, o que houve? (ele se senta ao lado dela).

LILIAN
- Luis, ahm, nada (ela começa a limpar o rosto e ao mesmo tempo disfarça que
não estava chorando).

LUIS
- Me conta o que aconteceu?

LILIAN
- Nada garoto, eu ehm! Me deixa!

LUIS
- Se é nada, então por que você está chorando?

LILIAN
- Pra que? Pra você rir de mim como todos os outros fizeram (ela se levanta, mas ele a
puxa pela mão, e ela volta a sentar).

LUIS
- Não, é claro que não. Quero te ajudar, mas primeiro eu preciso saber o que aconteceu.

LILIAN (soluçando)
- Sério mesmo?

LUIS
- Sim, é claro.

(CENA 6 – NA CALÇADA DE UMA RUA)


Lilian conta que tem um garoto da escola que ela gosta muito. Então, um dia ele
a pediu em namoro e ela aceitou. Depois de alguns meses junto, o garoto revela que
ficou apenas com Lilian para ganhar uma aposta que haviam feito com os amigos dele
e que ele já estava ficando com outra garota.

LUIS
- Que triste Lilian. Nossa, você não merece isso! (ele começa a passar a mão na
cabeça dela)
- E suas amigas? O que elas acham dele?

LILIAN
- Elas na-não sabem que eu e ele esta-ta-vamos namorando (ela deita a cabeça no
ombro de Luis e começa a chorar e então ele a abraça).
Depois de um tempo, Lilian para de soluçar, deixando apenas um silencio entre
os dois, até eles começarem a ouvir passos. Eles se soltam rapidamente quando veem
que acaba de chegar um bando de drogados, com alguma coisa muito estranha na mão
que Luis e Lilian nunca tinham visto.

DESCONHECIDO 1
- Olham só. Dois pombinhos se pegando aqui na esquina. Olha só Lucas.

LUCAS
- Opa, mas deixa então eu aproveitar também.

LUIS
- Não se aproxime de nós (Lilian e Luis se levantam).

DESCONHECIDO 2 (segurando algo na mão)


- Olha o menininho quer se pagar de herói.

LUCAS
- Então... Já experimentaram Lança Perfume?

LILIAN (atrás de Luis)


- Não e não queremos.

LUCAS (chapado)
- Oh, mas é uma coisa de doido! Te deixa malucão! Experimenta um pouco, vai! (Lucas
pega pelo braço de Lilian, mas Luis a livra rapidamente. Então uns dois garotos que
estavam juntos seguram Luis e Lucas segura Lilian com força).

LUIS (se debatendo)


- Me solta! Deixem ela em paz!

LUCAS
- Vou baforar só um pouquinho em você, pra ver como é bom (Lilian começa a gritar).

LUIS (se debatendo)


- Não se atreva! Lilian! Me soltem!!

FIM DO SEGUNDO CAPITULO.

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