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Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Tipos de gramatica

Nome Completo: Beatriz Ernesto


Código:31210076

Xai-Xai, Março de 2023

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Departamento de Ciências de Educação

Licenciatura em Ensino de Português

Tipos de gramatica

Trabalho do campo a ser submetido na


coordenação, do curso de Licenciatura em
ensino de Português da disciplina de Sintaxe
Português I UnISCED.

Nome Completo: Beatriz Ernesto

Código: 31210076

Maxixe, março de 2023

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Índice
1.0 Introdução..........................................................................................................................3

1.1 Objectivos específicos............................................................................................................4

1.2 Metodologia............................................................................................................................4

2.0 Fundamentação teórica......................................................................................................4

2.1 Contextualização da gramática...............................................................................................4

2.2 Gramática - conceito..........................................................................................................5

2.3Tipos de gramática...................................................................................................................6

2.3.1 A Gramática Tradicional......................................................................................................6

2.3.2A gramática generativa transformacional.............................................................................6

2.3.3 Gramática estrutural.............................................................................................................7

2.3.4 Gramática Normativa...........................................................................................................7

2.3.5 Gramática Descritiva...........................................................................................................8

2.3.7 Gramática comparativa........................................................................................................9

3.0 Conclusão..............................................................................................................................10

4.0 Bibliografia...........................................................................................................................11

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1.0 Introdução
Qualquer falante de português possui um conhecimento implícito altamente elaborado da
língua, muito embora não seja capaz de explicitar esse conhecimento. E veremos que esse
conhecimento não é fruto de instrução recebida na escola, mas foi adquirido de maneira tão
natural e espontânea quanto a nossa habilidade de andar. Mesmo pessoas que nunca estudaram
gramática chegam a um conhecimento implícito perfeitamente adequado da língua. São como
pessoas que não conhecem a anatomia e a fisiologia das pernas, mas que andam, dançam,
nadam e pedalam sem problemas
Neste caso, o presente trabalho foca-se no estudo da gramática e fazendo uma analise
comparativa de vários tipos de gramática a destacar: gramática normativa, gramática
tradicional, gramática descritiva, gramática histórica, gramática comparativa, a gramática
generativa transformacional e por fim gramática estrutural.

1.1 Objectivos específicos


 Mencionar os tipos de gramática
 Caracterizar os diferentes tipos de gramática
 Identificar as regras de reescrita categorial em sentenças da língua portuguesa;
 Descrever as regras de reescrita categorial em frases da língua portuguesa
1.2 Metodologia
Para o levantamento bibliográfico, foram consultados materiais publicados em livros, manuais,
dissertações e web sites. A base de dados mais utilizada foi o Google, utilizando-se a palavras-
chave: gramática.
O material foi seleccionado de acordo com a relação destes artigos com o tema e foi analisado
segundo a interpretação dos mesmos, ou seja, depois de recolhidos os dados, deve-se passar
para a interpretação dos dados, que devem ser analisados, controlados e classificados de acordo
com a análise do trabalho estatístico e na interpretação.

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2.0 Fundamentação teórica

2.1 Contextualização da gramática


A linguagem está presente em toda parte, permeando nossos pensamentos, mediando nossas
relações com os outros. Seu estudo tem uma longa trajectória, embora a ciência que se ocupa
em estudá-la tenha se estruturado como área de conhecimento autónoma e independente apenas
na metade do século XIX.
Nas sociedades primitivas, a inexistência de estudos linguísticos é fato. À medida que as
sociedades foram tornando-se mais complexas, surgiram condições favoráveis para o estudo da
linguagem, sobretudo a partir da invenção da escrita – esta propiciou a percepção dos
diferentes fenómenos linguísticos.
A tradição gramatical no ocidente remonta aos gregos da Grécia Antiga e em virtude da
“natureza filosófica” de seus estudos e da “força do Estudo do Certo e do Errado, nasceu na
Grécia a gramática no sentido que mantém até hoje.

2.2 Gramática - conceito

Travaglia, (2001) considera a gramática como sendo um manual com regras de bom uso da
língua, isto é, trata-se de um compêndio com normas para falar e escrever correctamente. Tais
normas advêm do uso que os escritores consagrados fazem da língua (pag24).
Esta concepção para ‘gramática’ é a mais conhecida pelos professores e dos alunos e a
adoptada pela maioria dos autores de gramática e de livros didácticos em língua portuguesa.
Esta conceituação está relacionada à gramática normativa, cujo interesse está direccionado,
preferencialmente, à variedade escrita padrão preocupação em como se deve falar e escrever.

Na visão do Neder (2001) gramática refere-se a um conjunto de regras que o cientista encontra
nos dados que analisa, à luz de determinada teoria e método.
Nessa concepção, a preocupação do gramático é a de descrever a estrutura e o funcionamento
da língua. Não há noção de certo e de errado, como na concepção anterior, porque é
considerado gramatical tudo o que está em consonância com as regras de funcionamento da
língua em qualquer uma de suas variantes – a noção de certo e de errado é substituído pela
noção da diferença. As gramáticas descritivas, as quais adoptam uma postura incluente e não
excludente, são as representantes desta segunda concepção.

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Para Perini (2006) gramática é um sistema de regras, unidades e estruturas que o falante de
uma língua tem programado em sua memória e que lhe permite usar sua língua. E o mesmo
autor também acrescenta que a gramática é a descrição, feita por um linguista, do sistema da
língua( pag 23).

A partir daquelas definições dadas acima, podemos constatar a gramática é um conjunto de


regras que indicam o uso correcto de uma língua.
Gramática é um sistema complexo e passível de diversas concepções

Neste caso, a gramática tem como principal função regular a linguagem e estabelecer padrões
de escrita e fala para os falantes de uma língua. Graças à Gramática, a língua pode ser analisada
e preservada, apresentando unidades e estruturas que permitem o bom uso da língua.

Importa salientar que uma boa Gramática deve ser capaz de extrapolar a visão reducionista que
faz da língua um amontoado de regras prescritas pelos estudiosos do sistema linguístico,
devendo ser capaz não apenas de prescrever o idioma, mas também de descrevê-lo, preservá-lo
e, sobretudo, ter utilidade para os falantes.

2.3Tipos de gramática

2.3.1 A Gramática Tradicional


A gramática tradicional (II a. C.) foi criada com o objectivo de oferecer os padrões linguísticos
das obras de escritores tidos como consagrados. Limitou-se assim à língua escrita, mais
precisamente à língua literária grega. Neste momento histórico, ela foi organizada para
transmitir o ‘património literário grego’. A gramática de Dionísio da Trácia é uma obra
representativa dos estudos gramaticais da Grécia Clássica e serviu de modelo para a tradição
gramatical ocidental. Desenvolveu-se com o apoio das línguas gregas e latina, sendo aplicada à
descrição de diversas línguas.
Os gramáticos tradicionais se preocuparam mais ou menos exclusivamente com a linguagem
literária, padrão; e tendiam a desconsiderar ou a condenar como “incorrecto” o emprego de
formas não consagradas ou coloquiais, tanto no falar como no escrever.
Com frequência, deixavam de compreender que a linguagem padrão é, de um ponto de vista
histórico, tão-somente o dialecto regional ou social que adquiriu projecção, tornando-se o
instrumento da administração, da educação e da literatura.

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2.3.2A gramática generativa transformacional

Este tipo de gramática foi introduzida por Chomsky onde Trata do aspecto criativo da
faculdade da linguagem e aborda os processos de transformação pelos quais passa o sintagma.
Portanto, A gramática transformacional é um tipo particular de gramática generativa, noção
introduzida na linguística na década de 1950 por Noam Chomsky, que renovou completamente
a investigação nesta área do conhecimento.
Na visão do Chomsky (1957) denomina-se gramática generativa à gramática que tem por
objecto de estudo a descrição e a explicitação das regras gramaticais que os falantes aplicam
para produção e compreensão de um número infinito de frases.
De acordo com Wiképida (2020) a gramática gerativa ou generativa é uma teoria linguística
elaborada por Noam Chomsky e pelos linguistas do Massachusetts Institute of Technology a
partir do fim da década de 1950.

2.3.3 Gramática estrutural

A gramática estrutural é um meio de analisar a linguagem escrita e falada.


Ela esta preocupada com a forma como os elementos de uma frase como morfemas, fonemas,
frases, orações e partes do discurso estão juntos. Sob esta forma de análise linguística, é como
esses elementos funcionam juntos, que é o mais importante, como as relações entre os
elementos normalmente têm um significado maior do que qualquer um dos elementos
individuais. O estudo deste método é, portanto, uma ferramenta importante para melhorar a
clareza na comunicação. Os Princípio fundamentais da gramática estrutural operam sob a
suposição de que o que é visto na superfície é também o significado por trás das palavras
simples de uma frase.

2.3.4 Gramática Normativa

Segundo Possenti (1996) gramática normativa é o conjunto de regras que devem ser seguidas,
com o objectivo de falar e escrever correctamente. Um exemplo de regra desse tipo é o que diz
que o verbo deve concordar com o sujeito ( p. 34)

Travaglia (2002) afirma que a gramática normativa é aquela que estuda apenas os fatos da
língua padrão, da norma culta de uma língua. Essa gramática é uma espécie de lei que regula o
uso da língua em uma sociedade (pag 89)
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Neste casa, olhando as definições do Possenti e Ttavaglia podemos dizer que a gramática
normativa é sinónimo de norma culta. Ela estabelece os usos certos e errados em oposição ao
uso popular. Isso porque, apesar de ser compreensível, no quotidiano, há sérias transgressões
ao modelo estabelecido. Essa é a gramática oficial e, que portanto, é ensinada nas escolas

Este tipo de gramática é bastante utilizada em sala de aula e para diversos fins didácticos, a
Gramática Normativa busca a padronização da língua, indicando através de suas regras como
devemos falar e escrever correctamente. Aqui a abordagem privilegia a prescrição de regras
que devem ser seguidas, desconsiderando os factores sociais, culturais e históricos aos quais
estão sujeitos os falantes da língua.

2.3.5 Gramática Descritiva


Em relação a gramática descritiva Possenti (1996) defende que é um conjunto de regras que
são seguidas, cuja preocupação é descrever ou explicar as línguas como elas são faladas (p.
35). A principal preocupação é tornar conhecidas as regras utilizadas pelos falantes.

Travaglia (2002), por sua vez, afirma que a gramática descritiva é a que descreve e registar,
para uma determinada variedade da língua, um dado momento de sua existência, portanto,
numa abordagem sincrónica.
A língua é um sistema de signos, fenómeno social, passível de descrição e sujeita às variações
históricas, sociais e culturais. (pag 89)

Na visão do Crystal (2000) uma gramática descritiva é, em primeiro lugar, a descrição de uma
língua da forma como ela é encontrada em amostras da fala e da escrita. Na tradição mais
antiga, a abordagem “descritiva” se opunha à abordagem prescritiva de alguns gramáticos, que
tentavam estabelecer regras para o uso social ou estilisticamente correcto da língua (pag129).

Quanto a nos podemos considerar a gramática descritiva aquela que analisa a língua, no que
respeita ao seu uso oral, num período específico do tempo, ou seja, é sincrónica.

Neste caso, a Gramática Descritiva analisa um conjunto de regras que são seguidas,
considerando as variações linguísticas da língua ao investigar seus fatos, extrapolando os
conceitos que definem o que é certo e errado em nosso sistema linguístico.

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2.3.6 Gramática histórica

Para Camera Jr (1984) a gramática histórica é definida como sendo a apresentações sistemática
da história interna de uma língua, ou seja analisa a evolução histórica de uma língua. (pag 130)

A gramática histórica trata justamente da historia da língua ao longo do tempo , desde a sua
origem , as transformações , ou seja é diacrónica.

2.3.7 Gramática comparativa

Na visão do Luft (1994) a gramática comparativa estuda a gramática fazendo uma comparação
com as gramáticas pertencentes as mesmas famílias linguísticas.
Estabelece comparação da língua com outras línguas de uma mesma família. No caso de nossa
língua portuguesa, as análises comparativas são feitas com as línguas românicas.
Neste caso, quanto a nós a gramática comparativa estuda a gramática fazendo uma comparação
com as gramáticas pertencentes às mesmas famílias linguísticas. O português pertence à família
das línguas indo-europeias, em que se inclui as línguas itálicas. São exemplos as línguas
espanhola e francesa.

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3.0 Conclusão

Com forma de conclusão podemos dizer que gramática é a ciência que estuda os elementos de
uma língua e as suas combinações. O conceito provém do termo latim gramática e faz
referência, por outro lado, à arte de falar e escrever uma língua de forma correcta.

Entre os distintos tipos de gramática ou enfoques no estudo da gramática, pode-se mencionar a


gramática prescritiva ou normativa (apresenta, de forma autoritária, as normas de uso para uma
linguagem específica, desvalorizando as construções não estandardizadas), a gramática
descritiva (descreve o uso actual de uma língua, sem julgar de forma prescritiva), a gramática
tradicional (as ideias acerca da gramática herdadas da Grécia e de Roma), a gramática
funcional (uma visão geral sobre a organização da linguagem natural), a gramática generativa
(um enfoque formal para o estudo sintáctico das línguas) e a gramática formal (que surge na
linguística)

Aquando da produção do trabalho, não houve dificuldades de vulto visto que foi possível
colher informação do tema em estudo em várias obras, dando maior credibilidade e segurança
em relação ao objectivo do trabalho.

Sobre o próprio trabalho é visto como ganho significativo na medida em que é possível aplicar
o conhecimento adquirido na prática, atendendo e considerando que o levantamento e a
descrição do próprio conteúdo teve maior enfoque no estudo da gramática, como forma de
adequar ao objectivo final da formação.

A partir deste trabalho é possível afirmar ainda que, trouxe um ganho muito significativo e que
surtira efeito positivo na carreira profissional, garantindo deste modo que trabalhos de género
são bem-vindos para nós como estudantes.

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4.0 Bibliografia
Universidade Aberta Isced (2022). Manual de sintaxe do português I.1º Ano. Beira.

Azeredo, J.C. (200) Fundamentos de Gramática do Português. Rio de Janeiro: Zahar.

Bagno, M.(1999) Preconceito linguístico: o que é, como faz. 37ª ed. São Paulo: Loyola.

Castilho, A T.(1998). A língua falada e o ensino de português. São Paulo: Contexto,

Câmara Jr.(1985) Dicionário de Linguística e Gramática. 12ª ed. Petrópolis: Vozes.

Cunha, Celso e Cintra. (1984). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa. 13ª

Edição. João Sá da Costa.

Mateus et al. (1990). Fonética, Fonologia e Morfologia do Português. Lisboa: Universidade

Aberta.

Universidade católica de Moçambique (2015) Manual de investigação científica. Beira,

Moçambique.

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