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Índice

Introdução...................................................................................................................................................4
1. REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E ELEIÇÃO...................................................................................5
1.1 A Sociedade e a organização política....................................................................................................5
1.2 Unidade e diversidade...........................................................................................................................6
1.3 As instâncias da representação política..................................................................................................6
2. Representação da unidade....................................................................................................................6
2.1 A unidade política..................................................................................................................................7
2.2 Representação da unidade e racionalidade: o papel das instituições......................................................7
2.3 A pluralidade política............................................................................................................................7
2.4 A pluralidade institucionalizada............................................................................................................8
3. REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E ELEIÇÃO EM MOÇAMBIQUE................................................8
3.1 A Independência em Moçambique........................................................................................................9
3.2 Estrutura do articulado constitucional, influências recebidas e revisão pontual em 2007......................9
3.3 Representação Política de Moçambique..............................................................................................10
3.4 Impacto da eleição sobre a vida do cidadão.........................................................................................10
3.5 Órgãos do poder do Estado..................................................................................................................11
3.6 Assembleia da Republica.....................................................................................................................11
3.7 As Funções da Assembleia da Republica.............................................................................................11
3.8 Diferenças entre Governo e Assembleia da República........................................................................11
3.9 Contornos da democracia representativa.............................................................................................12
Conclusão..................................................................................................................................................13
Bibliografia................................................................................................................................................14
Introdução
O presente trabalho tem como objecto material a representação política. Significa, pois, que esse
traço da realidade atrai o olhar académico, sob um recorte epistemológico. Tal recorrente,
contudo, pressupõe um objecto formal, isto é, um ângulo a partir do qual objecto material devera
ser observado, já que este pode ser perscrutado sob diversa perspectiva. No caso, o que se
pretende é uma observação ontológica da representação política, isto é, partindo-se das
abordagens históricas, jurídicas e sociológicas, penetrar na essência do tema aos se analisar
metafisicamente os seus elementos. Alem disso, pretende-se estabelecer as bases para uma
relação optimizada com a democracia.
A verdade é que a análise especulativa possui limites rígidos. Ela, basicamente, debruçar-se-á
sobre os quatros elementos fundamentais da representação política, isto é, o representante, o
representado, substancia da representação e o processo representativo, sob a perspectiva da
exigência democrático-constitucional. Assim, o titulo dado ao trabalho revela o seu objectivo,
visto que a análise dos elementos essenciais que compõe representação, quando unidos,
corresponde a própria representação política. Neste sentido, os elementos fundamentais das
representação politica e simplesmente, a representação política podem ser tratados como
expressões sinonimas. Para alcançar tal intento, a pesquisa exigiu um carácter multidisciplinar,
em que a teoria do Estado e o direito constitucional tiveram papel preponderante não excluindo,
contudo, os aos portes eventuais sociologia de outros ramos jurídicos. Em muito contribuiu em
momentos essenciais dessa trajectória, perspectiva histórica capaz de revelar o que se tratava de
idiossincrasias locais ou de realidades que transcendiam limites de tempo e de espaço.
O tema apresenta importância crucial para o direito do Estado. Disso dá prova o modo
prodigioso a doutrina se dedicou a ele no decurso a sua história além disso, é matéria que une,
tem um lado, as mais profundas questões especulativas, e de outros, os mais concretos elementos
da vida social. Essa realidade permite disser que, apesar de exaustivamente estudada o assunto
apresenta desafios académicos profundos, porquanto existem elementos ainda a serem
observados, capaz de revelar importantes questões para a Ciência Jurídica e para a Ciências
Politica.

4
1. REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E ELEIÇÃO
1.1 A Sociedade e a organização política
A representação política diz-se respeito a relação entre a sociedade política e o poder.
Representação política, contudo é um conceito análogo. Aquela relação, portanto, comporta três
dimensões que, ao mesmo tempo, não se confunde, no entanto apresenta elementos de unidade
semântica: a representação da comunidade política pelo Poder lhe confere unidade existencial, a
representação da pluralidade da comunidade junto ao poder e, por fim, a representação da
maioria da sociedade no poder1.
A sociedade política possui duas dimensões fundamentais: é a
associação de pessoas humanas e, concomitantemente, uma espécie peculiar
de organização, a organização política. Mais do que nunca, sociedade e
organização política encontram o seu lugar na dimensão política da pessoa
humana. Esta última é um ser complexo em que coexistem ontologicamente
seis dimensões básicas: "a dimensão económica, a dimensão intelectual
(filosófica e científica), a dimensão artística, a dimensão política, a
dimensão ética e a dimensão religiosa''2.

Em sua dimensão política, a pessoa humana apresenta, segundo a etiologia aristotélica, quatro
causas. A causa material, ou seja, a matéria a partir da qual a dimensão política erige é a
sociedade que, por seu turno, deriva da sociabilidade inata da pessoa humana. De facto, a
dimensão política do humano pressupõe ontologicamente a sua existência em sociedade3.
A sociedade humana – substrato ontológico da dimensão política, é complexa porque se compõe
de pessoa humana dotadas de liberdade4. A liberdade é o fundamento a partir do qual emerge a
vontade humana causa eficiente da dimensão política do homem e fornece o combustível
ementar do conflito no seio da sociedade, já que a vontade tem por base uma inteligência
humana contingente5.
Segundo César Saldanha Sousa Júnior:
O politico só tem sentido porque a sociedade humana é terreno de divergências, conflitos e lutas,
que precisam ser compostos e administrados, pela criação e preservação de uma unidade coesa,
dotada de um poder imperativo de mando, e voltado de alguma forma, ao bem da comunidade.
Sem essas notas, nem a sociedade pode subsistir, nem o bem comum – finalidade do político –
pode ser promovido. A essência do político se compõe da reunião dessas três notas e não de cada
uma delas em separado6.

O bem comum segue completando o quarteto etiológico aristotélico como causa final do político.
1.2 Unidade e diversidade

1
GUSSI, Evandro Herrera Bertone, A representação política, São Paulo 2009. Pag.14

2
Idem.
3
Ibidem. Pag.15
4
Idem.
5
Idem.
6
Ibidem. Pag.16

5
A sociedade e a organização política são, pois os elementos básicos que constituem a sociedade
política, em termos contemporâneos, denominada Estado. Tais elementos apresentam duas
características fundamentais como foram apresentadas até aqui.
Desta forma, o elemento social evidência o carácter da pluralidade de opiniões que se baseiam na
inteligência e na vontade humana; já a organização política evidência a unidade que surge no
aparente casos.
Ao se basear somente na sociedade, a existência estatal seria existencialmente
impossível, porque existiria apenas uma massa amorfa e beligerante de pessoas
sem nada que as unisse. Em contrapartida, o poder – é o nome dado à
organização política - é justamente o elemento que efectiva a unidade política da
sociedade por meio de suas notas características já referidas. Unidade e
pluralidade são, pois, as duas marcas ontológicas da comunidade política, de
modo que uma sempre pressupõe a outra7.

É importante referir que as negações da unidade ou da pluralidade no âmbito do Estado levam,


em última escala, à guerra civil e aos regimes autocráticos, respectivamente 8. A guerra civil,
como ensina Hobbes, é "a guerra de todos contra todos". Nessa situação de conflito desenfreado,
não existe espaço para um consenso mínimo9.
Os regimes totalitários, por outro lado, ignoram o carácter conflituoso das
sociedades e procuram suprimi-lo por meio da promessa da sociedade perfeita.
O que se viu, no entanto, em que o esmagamento da pluralidade - trocada pela
uniformidade – não contribuiu para a plenitude dessas sociedades. Isso, ocorre
porque a unidade também pressupõe a pluralidade10.

1.3 As instâncias da representação política


Graças a esse quadro, três instâncias do poder político podem ser distintas, o que
levará, inevitavelmente, a três dimensões da representação política. Em primeiro
lugar, está o poder como centro da unidade, pois representa todo o corpo
político. Ainda, o poder leva em conta a instância da pluralidade das opiniões
políticas, manancial do desenvolvimento político estatal. Por fim, o poder
precisa viabilizar-se nas esferas mais concretas da vida política11.

2. Representação da unidade
2.1 A unidade política
O Estado só passa a existir porque há um centro transcendente de unidade do corpo político.
Deste modo, observar tal centro significa, literalmente, identificar a unidade das pessoas que o
compõe12. Esse é, pois, o sentido primeiro da representação política à qual Voegelin dá o nome
de representação existencial. Para o referido autor, a comunidade política começa existir quando
ela se articula e produz um representante13.

7
GUSSI, Evandro Herrera Bertone, A representação política, São Paulo 2009. Pag.17
8
Idem.
9
Idem.
10
Idem.
11
Idem.
12
GUSSI, Evandro Herrera Bertone, A representação política, São Paulo 2009. Pag.18
13
Idem.

6
O centro clássico da unidade da comunidade política era representado pelo rei,
que desde a idade média, era considerado o fecho da abóbada sociopolítica.
Actualmente, tal papel é desempenhado pelo chefe de Estado,
independentemente de forma de governo adoptada, seja monárquica ou
republicana. O ingrediente fundamental, aqui, é que o Estado depende para sua
existência, de um órgão que represente a unidade da sociedade consolidada nos
valores constitutivos do bem comum14.

2.2 Representação da unidade e racionalidade: o papel das instituições


A representação política da unidade sempre foi intuitiva nas sociedades humanas, desde as mais
primitivas; no entanto, o pensamento helénico trouxe uma ruptura profunda em sua
processualistica15. Com efeito a representação da unidade política da sociedade, até o advento do
pensamento grego, possuía um carácter teológico, o representante da unidade era, antes de tudo,
o representante de uma verdade cósmica16.
2.3 A pluralidade política
A sociedade política tem um centro de unidade que deve ser representado, esta unidade
pressupõe a diversidade. Do contrário, nem seria possível falar em unidade, mas sim em
uniformidade. Esta, por seu turno, é avessa ao conceito do pluralismo que domina o cenário das
Democracias de modelo ocidental17.
A diversidade decorre da natureza humana. O ser humano é complexo e tem na
liberdade o seu valor primeiro. A liberdade-psicológica, em um primeiro
momento, moral em um segundo, e social, por fim – é o motor da pluralidade
ideológica. Tanto é verdade que os totalitarismos - áridos em liberdade - não
suportam a pluralidades de ideias e impunham, a todo o custo, o estandarte da
uniformidade18.

Denomina-se, portanto, pluralista – ou simplesmente pluralismo – o regime em


que a pluralidade é reconhecida como elemento natural da sociedade. O
pluralismo pode ser compreendido em sentidos bastantes diversos. Podem falar
de pluralismo cultural, religioso, étnico, entre outros. Embora digam respeito a
realidades diversas o que os une semanticamente é que, nos pluralismos a
diversidade é aceita como algo natural19.

O que nos interessa no entanto, é o pluralismo político, ou seja, a característica dos regimes
democráticos em que as divergências ideológicas são consideradas como realidade própria da
sociedade conflituosa.
De facto, a liberdade que decorre da pluralidade política possui um ingrediente e mais, se
comparada a outras existentes na sociedade. A pluralidade, porém, não pode ser pensada de
forma massificada e desordenada.
2.4 A pluralidade institucionalizada

14
Ibidem. Pag.9
15
Ibidem. Pag13
16
Idem.
17
Ibidem. Pag.15
18
Idem.
19
GUSSI, Evandro Herrera Bertone, A representação política, São Paulo 2009. Pag.16

7
Na antiguidade clássica, a ideia de representatividade, a representação da pluralidade ordenada
encontrou o seu lugar primaz no Parlamento inglês, ele passou a reunir progressivamente as
forças sociais em sua diversidade. Tal caminho nos moldes que conhecemos actualmente foi
aberto na Inglaterra no século XVII20.
O Parlamento que conquistou do rei definitivamente, a função deliberativa, legislativa, a
primeira função política a sair das mãos da corroa e a passar ao órgão colectivo, autónomo de
representação da sociedade21. [César Saldinha Sousa Júnior]
3. REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E ELEIÇÃO EM MOÇAMBIQUE
A representação política nas sociedades contemporâneas que se reivindicam da democracia,
seguindo a linha de análise de Bourdieu (1989, 1987) diremos que se trata de forma como o
poder político se constitui, a partir de um processo de delegação através pelo qual a maioria dos
cidadãos transfere pelo voto e um período limitado, o seu poder a um número de profissionais,
ou quase profissionais da política.22 Nesse processo de competição pelo poder de representação
política e protagonizada no essencial pelos partidos, empresas especializadas na luta pelo
exercício do poder político23.
A eleição, ou seja, a decisão sobre os decisores, que constitui o mecanismo
central de construção da representação política, embora não a esgote, é um
processo complexo de luta concorrencial entre os pretendentes ao exercício de
cargo político e obedece a um conjunto de regras que foram o sistema eleitoral.
Sublinha-se, no entanto, que este não é um simples instrumento, neutro, capaz
de traduzir mecanicamente uma pretensa vontade expressa pelos cidadãos no
voto, mas um arranjo institucional que cria essa vontade e lhe da forma,
influenciado directamente a representação politica e, como tal, motivos de luta
pela definição da configuração mais favorita aos diferentes agentes políticos em
competição. Nota-se que, dependendo do sistema eleitoral em vigor, a mesma
votação pode produzir resultados diferentes. Assim, deve-se relativizar a ideia
segundo a qual a eleição seria uma expressão fiel da vontade popular, na
realidade não exista e não ser como produto de um trabalho de construção
operado pelos actores políticos24.

3.1 A Independência em Moçambique


Para se compreender a questão da representação política em Moçambique no período de partido
único, que se seguiu a proclamação da independência e durou ate o inicio dos anos 1990, é
necessário olhar para os seus antecedentes, isto é, para alguns aspectos da história do movimento
independentista, pois a forma como e as condições em que este nasceu e se desenvolveu social e
ideologicamente foram determinantes para as opções políticas tomadas na formação do Estado
independente25.
Em primeiro lugar, destaque-se o próprio processo da formação da Frelimo.
Segundo a versão oficial, esta foi formada em 1962, em Dar Es Salaam, como

20
Ibidem. Pag.17
21
Ibidem. Pag.18
22
BRITO, Luís de, O sistema eleitoral, Desafios para Moçambique 2010. Pag.17
23
Idem.
24
BRITO, Luís de, O sistema eleitoral, Desafios para Moçambique 2010. Pag.17
25
Ibidem. Pag.18

8
resultado da fusão de três movimentos, a Makonde <<mais tarde de
Moçambique >> African National Union (MANU), a União Democrática
Nacional de Moçambique (UDENAMO) e a União Nacional de Moçambique
Independente (UNAMI) que se tinha desenvolvido nos finais dos anos 1950 e
inicio dos anos 1960 no seio dos emigrantes Moçambicanos nos países vizinhos
de Moçambique respectivamente na Tanzânia e Quénia, na Rodésia e no
Malawi. Na realidade, entre 1962 e 1964, a maioria dos dirigentes dessas
organizações já tinham abandonado ou sido expulso da Frelimo e tentavam
reconstituir os seus antigos movimentos26.

3.2 Estrutura do articulado constitucional, influências recebidas e revisão pontual em 2007


O texto constitucional Moçambicano é um dos mais extensos são conjuntos das Constituições de
Língua Portuguesa, contando com 306 artigos, que se distribuem pelos seguintes títulos,
antecedidos por um preambulo, e em muitos casos aqueles se subdividindo em capítulos27:
TITULO1 – Princípios fundamentais:
 Capitulo I – Republica;
 Capitulo II – Politica externa e Direito Internacional.
 TITULO II - Nacionalidade:
 Capitulo I – Nacionalidade originaria;
 Capitulo II – Nacionalidade adquirida;
 Capitulo III – Perda e reaquisição da nacionalidade;
 Capitulo IV – Prevalência da nacionalidade de registo.
 CAPITULO III – Direitos, deveres e liberdades fundamentais:
 Capitulo I – Princípios gerais;
 Capitulo II – Direitos, deveres e liberdades;
 Capitulo III – Direitos, liberdades e garantias individuais;
 Capitulo IV – Direitos, liberdades e garantias de participação política;
 Capitulo V – Direitos e deveres económicos, sociais e culturais.
3.3 Representação Política de Moçambique
Os representantes de Moçambique são representados em três níveis seguintes:
A nível nacional: o chefe de Estado, o Presidente da Republica, e o Parlamento, a Assembleia da
Republica. O Presidente é eleito para um mandato de cinco anos por sufrágio directo, desde
1994. O Parlamento de 250 membros, eleitos para um período de cinco anos por representação
proporcional.
A nível provincial: são eleita Assembleia provinciais, por um período de cinco anos e cuja a
função é monitorizar o governo provincial.

26
Idem.
27
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Manual de Direito Constitucional, volume I, 2014, 5a Edição. Pag.190

9
A nível local: são eleitos o Presidente do Conselho Municipal e os partidos que integram as
Assembleias Municipais, em cidades e vilas consideradas Municípios pela Assembleia da
Republica.
3.4 Impacto da eleição sobre a vida do cidadão
O presente estudo revela que mais de 50% dos entrevistados admite que as eleições mudam algo
na sua vida. A taxa de respostas nesta pergunta situou-se em 97.0%, o que reforça a validade das
opiniões dos entrevistados28.
Com efeito, na opinião dos entrevistados, os pleitos eleitorais tem vindo a influência o seu
quotidiano na família, na comunidade, na aldeia ou no distrito.
3.5 Órgãos do poder do Estado
A popularidade da Assembleia da Republica nesta província, eventualmente, resulta da
disseminação da sua imagem no seio dos cidadãos que tem acesso a informação, entre outras,
facilidades que o desenvolvimento pode oferecer. Assim, os resultados da pesquisa mostram que
a maioria esmagadora dos cidadãos entrevistados tem o domínio sobre aspectos marcantes deste
mais alto órgão do poder legislativo do Estado tais como a sua composição e funções29.
3.6 Assembleia da Republica
Os dados mostram que os entrevistados de Nampula, efectivamente, conhecem a AR como o
órgão mais alto da legislatura moçambicana. Com efeito, constata-se que perto de 80% dos
entrevistados conhecem a AR30.
3.7 As Funções da Assembleia da Republica
As funções da AR, o estudo dá uma indicação de que o entrevistado de Nampula tem o domínio
das funções da AR, salvo alguns excepções em que existe algumas confusões que se pode
tolerar. Na verdade, dos dados, observa-se que quase de 70% dos entrevistados apontam a
produção de leis e deliberações com a função fundamental deste mais alto órgão da legislatura
moçambicana31.
Na perspectiva de 69.0% dos entrevistados, a AR tem a função de fazer leis,
contra 7% daqueles que apontam Administrar a justiça enquanto isso, 24.0% de
inquiridos acham que este órgão tem a função de Promover desenvolvimento
económico. Isto significa que, em cada 10 entrevistado, 7 conheciam
correctamente as funções da AR e 3 apresentavam dificuldades. Este cenário
revela que a maior parte de pessoas tem estado a acompanhar os trabalhos

28
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Direito constitucional de Moçambique, Barbosa Morais e António Gaspar, Maputo
2007. Pag.47

29
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Direito constitucional de Moçambique, Barbosa Morais e António Gaspar, Maputo
2007. Pag.48
30
Idem.
31
Ibidem. Pag.50

10
desenvolvidos pela AR, embora se note que ainda persiste algum défice de
conhecimento32.

3.8 Diferenças entre Governo e Assembleia da República


O cenário contratado em Cabo Delegado sobre a separação de poder do Estado em Executivo,
Legislativo e Judiciário repete-se em Nampula, fundamentalmente, porque esta matéria não é do
senso comum33. Com efeito, o estudo revela que somente um pouco mais de 50% dos
entrevistados é que sabia distinguir o Governo e a AR. Nesta província, a margem diferencial
entre as correntes de opiniões entre os que sabem e os que não sabem identificar as diferenças é
de 17.0%, sendo a maior para os primeiros34.

3.9 Contornos da democracia representativa


Noção sobre papel do deputado
Em Nampula, um número total de entrevistados reafirma que conhecem que conhecem os
contornos da democracia representativa, particularmente quando disse que os deputados são
representante do povo35.
Esta competente constitui uma das formas mais sublimes da democracia participativa, em que o
povo, por via indirecta. Participa no processo de tomada de decisões no contexto do quadro legal
vigente no país36.
O deputado é representante do povo, ao contrario de 25.0% de entrevistados que
afirmaram não saber, por seu turno, observa-se que uma percentagem bastante
insignificante de pessoas inquiridas preferiu dar outro 1.0%, tipos de respostas
para justificar o seu conhecimento em relação a pergunta, este quadro revela que
a maioria dos entrevistados sabiam interpretar o papel de depurado como
representante do povo, tal como prescreve a Constituição da Republica, por
outras palavras, significa que em cada 10 entrevistados. 7 Sabiam o que é ser
deputado em 3 números não sabiam37.

32
Idem.
33
Ibidem. Pag.51
34
Idem.
35
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Direito constitucional de Moçambique, Barbosa Morais e António Gaspar, Maputo
2007. Pag.d2
36
Idem.
37
Idem.

11
Conclusão
Tendo realizado a pesquisa com objectivo de adquirir conhecimentos básicos sobre
representação política das eleições, esse aparente detalhe tem uma importância muito grande
para o tema da representação política, descobrir, pois, o sentido analógico da representação
política põe fim alguns debates de exterioridades comprovadas além de permitir uma maior
clareza no seu tratamento, já que, as instituições ditas representativas são de facto porém em
sentidos analógicos.
No que diz respeito a representação da unidade, ou seja, imputa-se a uma determinada instituição
a convergência do estado, isto e, bem comum.
Trata-se de uma representação que transcende as divisões do corpo eleitoral e que se estabelece
em um diálogo perene com os valores últimos do bem comum.
No entanto, a sociedade e a organização política são, pois os elementos básicos que constituem a
sociedade política, em termos contemporâneos, denominada Estado. Tais elementos apresentam
duas características fundamentais como foram apresentadas até aqui. Desta forma, o elemento
social evidência o carácter da pluralidade de opiniões que se baseiam na inteligência e na
vontade humana, já a organização política evidência a unidade.
E por fim, em Moçambique são representados em três níveis, que são a nível nacional, a nível
provincial e nível local.

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Bibliografia
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Direito constitucional de Moçambique, Barbosa Morais e António
Gaspar, Maputo 2007
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Manual de Direito Constitucional, volume I, 2014, 5a Edição
GUSSI, Evandro Herrera Bertone, A representação política, São Paulo 2009
BRITO, Luís de, O sistema eleitoral, Desafios para Moçambique 2010.

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