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Universidade católica de Moçambique

Faculdade de direito

Ercidia de Maria João Lucas


Herdade Zacarias
Nelma Gelindo Uissiquesse
Samina Saide

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

NAMPULA
2023

i
Universidade católica de Moçambique
Faculdade de direito

Ercidia de Maria João Lucas


Herdade Zacarias
Nelma Gelindo Uissiquesse
Samina Saide

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Trabalho do 13º Grupo, curso


de Direito, 2º Ano, turma A,
regime Laboral, apresentado a
docente da cadeira de Direito
Administrativo I, para fins
avaliativos.

NAMPULA
2023

Índice
Introdução..................................................................................................................................4

ii
1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA........................................................................5
1.1. Teoria geral da organização administrativa...............................................................5
1.2. As pessoas colectivas públicas......................................................................................5
Noção especial e regime jurídico.............................................................................................5
2. COMPETÊNCIA..............................................................................................................6
2.1. OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS ESPECÍFICOS...........................................6
2.1.1. Ascompetências do tribunal administrativo...........................................................6
A Recorribilidade de acto........................................................................................................7
1.2. A legitimidade................................................................................................................7
1.2.1. A legitimidade dos recorrentes.................................................................................8
1.2.2. Legitimidade dos recorridos.....................................................................................8
1.2.3. legitimidade dos assistentes......................................................................................8
1.3. Legitimidade de intervenção no procedimento administrativo................................9
2. Normas de competência e organização interna do poder administrativo...................9
3.1. Função e sentido das normas de competência............................................................9
3.2. Tipos de normas de competência.................................................................................9
3.3. A repartição das competências entre os tribunais administrativo...........................9
3.4. Repartição da competência em razão da matéria......................................................9
Conflitos de competência (dentro da ordem judicial administrativa)...............................10
4. ESTATUTO DOS JUIZES E DO MINISTÉRIO PUBLICO.....................................10
5. Resolução de conflitos de jurisdição e de competência...............................................10
Conclusão.................................................................................................................................11
Referências bibliográficas........................................................................................................12

iii
Introdução
Direito Administrativo, por diversas vezes aludimos a noção da organização pública que é um
grupo humana estruturado pelos representantes de uma comunidade com vista a satisfazer as
necessidades colectivas predeterminadas. Importa sublinhar que a expressão pessoa colectiva
pública e pessoa colectiva do Direito público são sinónimas, tal como são igualmente entre si
pessoa colectiva privada e pessoa colectiva do Direito privado. Dizer que a organização
Administrativa consiste no agrupamento das actividades necessárias para realizar aquilo que
foi planejado, define as tarefas quem vai faz, como vai fazer e quais os recursos cada um
utiliza, ela prepara a estrutura interna para que o desempenho das tarefas seja mais eficiente.
Nas competências correspondem ao conjunto dos poderes atribuídos pela lei a cada um dos
órgãos administrativos, o exercício das competências dos órgãos administrativos destina-se a
prosseguir as atribuições das pessoas colectivas publica em que se integram, são portanto
poderes funcionais. Na administrativa, pode acontecer que entre um órgão administrativo e
outro pertencem a outra função, como um órgão judicial, ou entre órgãos administrativo
inserido em pessoas colectivas ou ministério diferentes, ou finalmente entre órgãos da mesma
pessoa colectiva ou do mesmo ministério, surjam conflitos positivos ou negativos,
relativamente ao exercício de certos poderes.
Portanto a competência do tribunal administrativo é de ordem pública e o seu conhecimento
precede o de qualquer outra matéria, o Tribunal Administrativo antes de qualquer exame que
eventualmente venha a proceder, terá de avaliar se em face de um dado recurso se é
competente ou não, deste modo havendo incompetência e se esta for absoluta ela produz os
efeitos de falta de um pressuposto processual. Assim a legitimidade processual é uma posição
das partes em relação ao objecto do processo, posição tal que justifica que elas possam
ocupar-se em juízo desse objecto.

4
1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
1.1. Teoria geral da organização administrativa.
A teoria geral da organização administrativa assenta em vários pilares,
indissociáveis, cuja compreensão clara constituíra em nossa opinião em uma base de apoio,
uma das fontes principais dos nossos estudos1.
Adm. Pública – pessoas colectivas e publicas → atribuições – serviços públicos → órgão
titulares → competências ou poderes → actos.
De acordo com a estrutura pode-se assim dizer em sentido orgânico ou
subjectivo, a administração pública é composta por pessoas colectivas públicas, neles
dotados de personalidade jurídica. A administração pública deve trabalhar sempre para os
interesses da colectividade.
As pessoas colectivas públicas têm uma razão de ser, a satisfação das
necessidades públicas ou colectivas, pois o conjunto das necessidades colectiva que, por lei,
cada pessoa colectiva tem necessariamente de satisfazer, constitui as suas atribuições ou por
outras palavras os seus objectivos, interesses ou finalidade.
Para continuação das suas atribuições, as pessoas colectivas dispõem de órgãos por
exemplo com referência a pessoas colectivas públicas, município, a câmara
municipal e a assembleia municipal; ou reportando-nos ao Estado, os ministros, a
quem a lei confere poderes ou competências para a prática de actos
administrativos e contratos administrativos, os quais necessariamente deverão visar
a satisfação das necessidades colectivas, atribuições, a cargo das pessoas colectivas
a que pertencem2.

A vontade da pessoa colectiva devera, pois ser manifestada pelos seus órgãos,
através dos seus titulares, as pessoas físicas para o efeito eleitas ou nomeadas. Essas pessoas
sem terem que fugir daquilo que lhe foi conferido, para satisfação das necessidades
colectivas. Só de acrescentar que a teoria geral da organização administrativa devera
posicionar-se no tratamento pormenorizado de cada um dos aspectos indicados, incluindo
também os vários sistemas de organização administrativa e os princípios fundamentais que a
regem.
1.2. As pessoas colectivas públicas
Noção especial e regime jurídico
Como já foi dito anteriormente um dos pilares da teoria geral da organização
administrativa tem como base as pessoas colectivas públicas com as suas
atribuições, órgãos e sua competência. Analisando estes aspectos, importa
apresentar as espécies e tipo de pessoas colectivas públicas. Nesta sede, aparecer-
nos como espécie de pessoas colectivas públicas o Estado, as regiões autónomas, as
autarquias locais, pessoas colectivas públicas de população e território, os institutos
públicos de tipo institucional, as empresas públicas de tipo empresarial e as
associações públicas de tipo associativo3.

1
TAVARES, José E. E., Administracao pública e Direito Administrativo, Guia de estudo, 3ª edição, Almedina,
p. 42
2
Idem.
3
Ibidem, p.50

5
2. COMPETÊNCIA
Competência é o conjunto dos poderes conferidos por lei (em sentido material)
aos órgãos das pessoas colectivas para a prática de actos tendentes à prossecução das suas
atribuições4.
A matéria em consideração tem uma enorme importância em sede de validade dos
actos. Com efeito, nos termos da lei, a incompetência dos órgãos (e referimo-nos apenas à
incompetência relativa) gera a invalidade dos actos praticados, tendo como sanção a
anulabilidade5.
Quanto à delegação de poderes, cujo regime jurídico consta, hoje, na sua
essência, constitui, como veremos, um mecanismo ou forma de desconcentração, pelo que
também será aflorada ao tratar-se dos sistemas de organização administrativa, mais
concretamente, no âmbito do sistema da desconcentração.
A delegação de poderes e de figuras deve ser estudada de modo a fazer merecer
um cuidado especial atento a importância de que se acobertam no âmbito do exercício da
actividade administrativa. A este respeito representa-se de grande relevância apurar a
natureza jurídica do acto de delegação de poderes.
2.1. OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS ESPECÍFICOS
2.1.1. Ascompetências do tribunal administrativo
É um dos primeiros pressupostos processuais, o Tribunal Administrativo terá de
investigar e concluir se é ou não competente, isto porque o recurso contencioso de anulação
não pode ser julgado por qualquer um dos Tribunais arrolados6.
Compete ao Tribunal Administrativo avaliar um dado recurso se é ou não
competente, antes de qualquer exame que esporadicamente possa anteceder o seu
conhecimento ou mesmo de outra matéria, na sua ordem. Deste modo havendo incompetência
e se esta for absoluta, ela produz os efeitos da falta de um pressuposto processual.
O nosso regime jurídico estipula que, o tribunal judicial, por decisão for declarada a
sua incompetência na ordem jurisdicional, o demandante deve requer requerer no
prazo de dez dias, e submeter-se recurso de anulação de um acto do que se declare a
incompetência, e remete-lo para o Tribunal Administrativo7.

Teoricamente e praticamente, pode-se assegurar a hipótese de que o tribunal para


onde se envia o processo, por sua vez, se considerar incompetente. Nesta ordem de
ideias teremos dois tribunais a indeferirem a sua competência por razões valorativas
de diferente índole. Assim o Tribunal Administrativo se achara incompetente e por
hipótese, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, igualmente se achara
incompetente, nascendo daqui um verdadeiro conflito8.

4
TAVARES, José E. E., Administração pública e Direito Administrativo, Guia de estudo, 3ª edição, Almedina,
p.56
5
Cfr. art. 37 da Lei n142011, de 10 de agosto
6
Cfr. art. 5º da Lei nº 7/2014, de 28 de Fevereiro
7
Cfr. nº4 do art.° 7 da Lei nº 7/2014, de 28 de Fevereiro
8
Cfr. art. 49 da Lei 14\2011, de 10 de Agosto

6
A incompetência em face do que se tem dito, é de conhecimento oficioso, na
medida em que ainda não tenha sido alegado por nenhuma das partes, caso ela se verifique, o
Tribunal Administrativo devera suscitar essa questão e decidir.
Como se vê, trata-se de uma questão prejudicial, que normalmente é de direito
subjectivo e que é da competência de um outro tribunal que não seja o Administrativo. É
necessário que possa tomar-se medidas para que este tribunal não venha a prejudicar os
interesses da colectividade, devido a sua incompetência.
A autoridade que tiver praticado o acto que se refuta, nesse caso, o autor que por
excelência tiver praticado um acto para o benefício próprio no momento em que lhe for
delegado competências para o benefício dos interesses da colectividade pública, deverá
estabelecer se apresenta competências para dirimir o acto em alusão, que consta na categoria
dos actos da delegação de poderes e determinada quanto a competência em razão do autor
do acto.
O Tribunal Administrativo no tempo em estiver exercendo a sua jurisdição no seu
devido território, não devera levantar qualquer problema para com os outros. De acordo com
a competência territorial.
O particular interessado, por razoes claras poderá instaurar nesse tribunal
competente o processo adequado. De acordo com a competência material.
A Recorribilidade de acto
Para o Tribunal Administrativo possa conhecer e apreciar o recurso contencioso
de anulação, é necessário que o acto que se ataca seja recorrível. Todavia, o decurso do
tempo e em atenção aos ventos da jurisprudência, foi-se construindo uma corrente que
admitia a recorribilidade de actos que não satisfaziam aquelas exigências, ou seja, passou a
admitir-se a recorribilidade de actos não executórios que houvessem sido, apesar disso
executados, actos de execução desconformes do acto executado. Todo o cidadão pode
impugnar os actos que viole os seus direitos estabelecidos na Constituição e nas demais leis.
1.2. A legitimidade
A legitimidade processual é uma posição das partes em relação ao objecto do
processo, posição tal que justifica que eles passam ocupar-se em juízo desse objecto9.
Legitimidade em processo civil, é o pressuposto através do qual a lei selecciona
os sujeitos de direito admitidos a participar em cada processo levado a tribunal10.
Ser parte legítima na acção significa ter o poder de dirigir uma dada pretensão em
juízo ou de se defender contra ela, caso tenha sido proposta. A parte do réu terá legitimidade,
se centralizar-se a pessoa jurídica e se opor a procedência da pretensão, se a esfera jurídica
for afectada e atingida perenemente pela providência requerida, o autor terá legitimidade se
juridicamente poder fazer valer a pretensão do demandado, admitindo que ela existe.
O nosso regime jurídico estipula, que tem legitimidade para interpor recurso
contencioso os que se consideram titular de direito subjectivos ou interesses

9
CHAMBULE, Alfredo, As garantias dos particulares, p.132
10
Ibidem, p.133

7
legalmente protegidos que tivessem sido lesados pelos actos recorridos, quando
tenham interesse directo, pessoal e legitimo na interposição do recurso 11.

No recurso contencioso de anulação existem três espécies de legitimidade processual:


1. A legitimidade dos recorrentes
2. A legitimidade dos recorridos
3. A legitimidade dos assistentes.
1.2.1. A legitimidade dos recorrentes
É o interessado, o particular que recorre contra um acto administrativo que
considera invalida, acto este que prejudica.
O recorrente deve mostra-se interessado em anular um acto em que venha
solicitar, que ele seja directo, pessoal e legitimo nos seus interesses, que neles possam lhe
gerar benefícios e rendimentos jurídicos. No caso de não apresentar rendimentos jurídicos
pode se concluir que o recorrente não possui interesse no recurso de anulação, nesse processo
de lhe gerar rendimentos jurídicos, não devera ser apto de actos ilícitos. Devido a esse
interesse do recorrente, houve uma necessidade da lei criar o recurso contencioso de
anulação.
Não é qualquer interesse, este interesse é um interesse graduado, com
determinados condimentos, na medida em que tem de ser direito, pessoal e legítimo. Estamos
pois, em face de um interesse qualificado.
1.2.2. Legitimidade dos recorridos
Neste material tem legitimidade o recorrido público ou a autoridade recorrida, isto
é, o órgão da administraçãopública que praticou o acto administrativo de que se
recorre. Expressamente a posição de que tem-se como entidade recorrida o órgão
que tenha praticado o acto, ou que por alteração legislativa ou regulamentar lhe
tenha sucedido na respectiva competência, salvo quando pertença a mesma pessoa
colectiva ou mesmo ministério, trata-se daquilo que se designa por legitimidade
passiva12.

1.2.3. legitimidade dos assistentes


Pode acontecer que, interposto o recurso de anulação por quem tenham um interesse
directo pessoal e legítimo, outras pessoas virem em seu auxílio. Pode igualmente
acontecer que outros venham em defesa do recorrido, quer uns, quer outros,
procuram reforçar a posição de um daqueles. Isso conduz-nos a existência dos
chamados assistentes, poderá existir assistentes em relação aos recorrentes ou
assistentes em relação aos recorridos. Quer a posição de uns, quer a posição de
outros, é a de parte acessória, auxiliar e subordinada13.

Nessa intervenção podemos aqui dizer que não só as pessoas singulares ou


agentes públicos, mas também as pessoas colectivas podem intervir, nelas que tenham
interesses iguais as do recorrente, assim como, as do recorrido, ou que estejam contra-
interessados ou com eles unidos, dando liberdade a estes de expressarem livremente os seus
direitos de confessar ou desistir.

11
Cfr. nº 1 do art.° 60.° da Lei 14/2011, de 10 de Agosto
12
CHAMBULE, Alfredo, As garantias dos particulares, p.140
13
CHAMBULE, Alfredo, As garantias dos particulares, p.141

8
1.3. Legitimidade de
intervenção no procedimento administrativo
Tem capacidade jurídico para intervir no procedimento administrativo pessoa física
com capacidade jurídica de exercício, que se alcança com vinte e um anos de idade
ou que carecendo desde que tenha sido suprida nos da Lei Civil. É igualmente capaz
de intervir a pessoa jurídica legalmente constituída14.

Pode iniciar procedimento administrativo, titular de direito subjectivo e interesses


legítimos lesados pela actuação da Administração. São ainda legítimos para iniciar a instancia
administrativa as associações e as fundações que tenham por fim a defesa dos respectivos
interesses. Havendo interesses difusos eventualmente lesados ou passíveis de lesão pela
intervenção administrativa, são legítimos para intervir nesse procedimento.
2. Normas de competência e organização interna do poder administrativo
3.1. Função e sentido
das normas de competência
As normas de competências no âmbito da Administração pública, envolvendo
sempre o conferir de meios ou o configurar de efeitos referentes a intervenção do
poder administrativo, visam a definição dos termos de prossecução do interesse
público e estabelecem as condições básicas para a validade das decisões que
habilitam15.

3.2. Tipos de normas


de competência
 As normas que conferem competência ou norma de acção: são regras ou princípios
jurídicos que atribuem poderes de intervenção decisórias (ou auxiliares e essa
intervenção) a Administração publica;
 As normas que disciplinam o exercício da competência: são as regras e princípios que
regulam os termos como os poderes conferidos a Administração Publica se expressam
através da prática de actos jurídico (normativo ou não normativo) e de actos materiais;
 As normas que regulam as normas de competência: são uma espécie de normas sobre
normas (normas de segunda instancia, normas de segundo grau, normas secundarias),
as quais tem por objecto disciplinar as próprias normas de competência.
3.3. A repartição das
competências entre os tribunais administrativo
A repartição de competências entre os tribunais administrativo tornou-se, com a
reforma de 2002, muito menos complexa, na medida em que ao contrario do que
sempre aconteceu mesmo depois de reforma organizativa de 1996, que criou uma
instancia intermédia de jurisdição, os tribunais administrativos de circulo passaram
a ter em regra, uma competência universal como tribunal de primeira instancia,
mantendo-se apenas algumas situações excepcionais16.

3.4. Repartição da
competência em razão da matéria

14
MACIE, Albano, Direito Administrativo Moçambicano, volume II, Maputo, 2015, p.31
15
OTERO, Paulo, Manual de Direito Administrativo, volume I, Almedina, p.191
16
ANDRADE, José Carlos Vieira de, A Justiça Administrativo, 12ª Edição, Almedina (2012), p.126

9
É atribuída uma competência-regras, cabendo-lhes conhecer, em primeira
instância, de todos os processos do âmbito da jurisdição administrativa, com excepção
daqueles cujas competências esteja reservada aos tribunais superiores17.

Conflitos de competência (dentro da ordem judicial administrativa)


Contrariando o princípio segundo o qual os conflitos de competência são
resolvidos pelo tribunal de menor categoria superior aos tribunais em conflito, a lei atribui a
secção do Contencioso Administrativo da resolução de todos os conflitos de competência
entre tribunais administrativos. Alem de especificar a autoridade de um tribunal competente,
determina a invalidade da decisão do tribunal incompetente.
4. ESTATUTO DOS JUIZES E DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Os juízes do tribunal administrativo formam um corpo único com os dos tribunais
fiscais, gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres estabelecidos na constituição da
Republica de Moçambique18.
5. Resolução de conflitos de jurisdição e de competência
O sistema de distribuição legal das competências não estaria completo sem as
normas que estabelecem a competência das competências, esta é, a competência para resolver
eventuais conflitos, positivos ou negativos, de jurisdição ou de competência19.
Conflitos de jurisdição entre a ordem judicial administrativa e outras jurisdições.
A regra comum para atribuição do poder de resolução destes conflitos é a de um tribunal
especial, formado por membros dos tribunais em conflito20.

17
ANDRADE, José Carlos Vieira de, A Justiça Administrativo, 12ª Edição, Almedina (2012)
18
Cfr. art.º 216.º da CRM
19
ANDRADE, José Carlos Vieira De, A Justiça Administrativo, 12ª Edição, Almedina (2012), p.136
20
Idem.

10
Conclusão
Tendo realizado a pesquisa com objectivo de adquirir conhecimento após algumas horas de
pesquisa usando material didácticos disponíveis em biblioteca e outros meios que
possibilitam o fácil acesso a esta informação que é apresentada neste magnífico trabalho de
investigação o grupo concluiu que a organização Administrativa e suas competências tal
como qualquer outro ramo de Direito, o direito de recorrer aos tribunais é um direito
constitucionalmente garantido. Chegamos de perceber que o procedimento administrativo é o
modo de realização do Direito Administrativo, portanto a realização da actividade
administrativa pela administração pública esta procedi mentalizada, a excepção a esta regra
só pode ocorrer em situações de estado de necessidade ou de emergência e nos casos de
regimes previstos em leis especiais.
Tanto em um ponto como em outro fomos desenrolando de como as pessoas colectivas
publicas tem suas necessidades em sociedades, dos pressuposto processual especifico da
competência do tribunal administrativo quanto em razão do autor do acto, quanto a
competência territorial do tribunal administrativo e quanto a competência material.
Quanto a legitimidade percebemos que capacidade jurídica tem o poder de intervir no
procedimento administrativo da pessoa física com capacidade jurídica de exercício. Com
efeito, podem iniciar o procedimento administrativo o titular de direito subjectivo e interesse
legítimos lesados pela actuação da administração.

11
Referências bibliográficas
Legislação
MOÇAMBIQUE, Constituição da República de 2004 Edição actualizada pela Lei n.º 1/2018,
de 12 de Junho
MOÇAMBIQUE, Assembleia da República, Lei n.º 7/2014, de 28 de Fevereiro
MOÇAMBIQUE, Assembleia da República, Lei n.º 14/2011, de 10 de Agosto

Doutrina
TAVARES, José E. E., Administração pública e Direito Administrativo, Guia de estudo, 3ª
edição, Almedina
ANDRADE, José Carlos Vieira de, A Justiça Administrativo, 12ª Edição, Almedina (2012)
MACIE, Albano, Direito Administrativo Moçambicano, volume II, Maputo, (2015)
OTERO, Paulo, Manual de Direito Administrativo, volume I, Almedina
CHAMBULE, Alfredo, As garantias dos particulares

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