Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Carl Schmitt, (1941) El Estado Como Concepto Concreto Vinculado A Una Epoca Historica (V3)
Carl Schmitt, (1941) El Estado Como Concepto Concreto Vinculado A Una Epoca Historica (V3)
PAM *. 1 .5 0 0 p is
SUM AR I O N.° 39
R E V IS T A D E P E N S A M IE N T O Y C U L T U R A
E D IT O R IA L
Director E S T U D IO S
F ra n c is c o S a n a b r ia M a r tín B E L L A B E R IN T O D E L N O V E N T A Y O C H O . M ig u e l C r u z H e r n á n d e z ...... 5
R a fa e l A l v a r a d o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Consejo asesor ■ E L 9 8 E N L A S " M E M O R IA S " C A J A L IA N A S . 2 3
C a r lo s A ra g o n é s
A N Á L IS IS ___________________________________
M a r ía D o lo re s d e .'Asís ■ L A C U L T U R A E U R O P E A D E L O S S IG L O S X IX Y X X . R E F L E X IO N E S E N T O R N O
M ig u e l C r u z H e r n á n d e z
A G . L . M 0 S S E (I). F eo. J a v i e r G o n z á l e z M a r t i n . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 7
L u is E s c o b a r d e la S e m a
M a r í a T e r e s a E sto v a n B o lea F E L IP E II________________________________
G u ille r m o G o r tá z a r
M a r io H e r n á n d e z S á n c h e z - B a r h a B E N E L C E N T E N A R IO D E L A M U E R T E D E F E L IP E II. D e m e tr io R a m o s . ... 49
A le ja n d r o M u ñ o z A lo n s o B L A E S P A Ñ A D E F E L IP E II.J o s é M a n u e l C u e n c a T o r i b io . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 5
D a lm a c io N e g r o P a v ó n
.A lfonso O r te g a D O C U M E N T O S ____________________________
R a fa e l P é r e z A lv a r e z - O s o r io
J e s ú s T r illo F ig u c r o a B E L E S T A D O C O M O C O N C E P T O C O N C R E T O V IN C U L A D O A U N A É P O C A
J u a n V e la r d e F u e rte s H IS T Ó R IC A . C a r i S c h m i t t . ( I n t r o d u c c ió n d e D a lm a c io N e g r o .
T r a d u c c i ó n d e F r a n c is c o d e A . C a b a lle r o y A u s t e r l i t z ) ............. 67
Subdirectora
C R Ó N IC A S Y N O TA S _______________________
A u r o r a P é re z A z p e itia
B C R Ó N IC A C U L T U R A L . P e d r o F e r n á n d e z B a r b a d illo . ....................... 8 3
Is id ro J u a n P a la c io s
B C R Ó N IC A P A R L A M E N T A R IA . G e m m a P r ie to G u t i é r r e z ............... 91
B C R Ó N IC A H IS P A N O A M E R IC A N A . / * ) « ? N T A l v a r e z R o t n e r o ................ 95
Redactor Jefe B O J E A D A A L F U T U R O . I s i d r o j u a n P a la c io s . .................................... 99
■ LA RELECTURA. C a r l o s R o b l e s P i q u e r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 0 3
Jo sé M anuel de T o rre s
B A C T IV ID A D E S D E L A F U N D A C IÓ N . / a s ¿ M a n u e l d e T o r r e s .................. 107
Diseño y Realización IN F O R M E E C O N Ó M IC O ____________________
J A 'a f B P A N O R A M A D E L A E C O N O M ÍA J A P O N E S A . A n t o n io C h o z a s B e r tn ú d e z ,
L e o p o l d o G o n z a lo G o n z á l e z , A d o l f o I r a n z o G o n z á l e z ............... 113
Publicidad
IN M E M O R IA N ______________________________
M a r í a L u is a R o m e r o y B c g o n a R o d r ig o
B J U A N A N T O N IO C Á N O V A S D E L C A S T IL L O . M a n u e l F raga Ir ib a m e . ... 135
Administración y Suscripciones B C AR M EN LL0 R C A. C a rlo s R o b le s P iq u e r. 141
M arqués de la Ensenada. 14-16, L IB R O S _____________________________________ 145
piso 3.° Pta. 23. 28004 M adrid
♦ U N N U E V O Y S E R IO A V A N C E E N L A C IE N C IA IU S IN F O R M A T IV A
Tfonos: 91 319 59 04-91 308 55 3 4 /F ax: 91 319 82 58
Internet: http://\vw\v.inrelideas.(X)m/eanovas ( L U IS E S C O B A R D E L A S E R N A ) . F r a n c is c o S a n a b r ia .
Em ail FC C : canovas@ intelideas.com ♦ U N A N U E V A M E M O R IA P A R A U N A N T IG U O R E Y ( F E U P E D E E S P A Ñ A .
Email Allí y A ltura: vo luntariado@ intelidcas.eoni H E N R Y K A M E N ). H é c to r F e r n á n d e z M e d r a n a .
♦ F E L IP E II: E N T O R N O A U N A N IV E R S A R IO ( F E U P E IIY S U T IE M P O .
L i revista no com parte necesariamente las
opiniones expresadas en ella p o r los colaboradores, ni M A N U E L Á L V A R E Z F E R N Á N D E Z . H E R N A N D O D E Á V IL A , V IR T U O S O
D e p ó s ito L eg al: M - 2 5 1 6 9 -1 9 9 6 ( N U E V O P E R IO D IS M O P A R A E L N U E V O M IL E N IO . J O S É R . V IL A M O R ) .
IS S N 1131 - 7 7 3 6 F r a n c is c o S a n a b r ia M a r ti n .
♦ E L B U C L E M E L A N C Ó L IC O ( JO N JU A R IS T I) . G o r k a E t x e b a r r ía
E D IT A : F u n d a c ió n C á n o v a s d e l C a s tillo
P R E S ID E N T E : C a rlo s R o b le s P iq u c r
A E sta revista es
m iem bro d e A RC E. s
Colabora:
R r—.J Asociación de
EL ESTADO COMO
CONCEPTO CONCRETO
VINCULADO A UNA
ÉPOCA HISTÓRICA (1)
_____________________ C a r i S C H M I T T _____________________
In tr o d u c c ió n d e D a h n a c io N E G R O
A p a r tir d e 1 9 8 9 , co n la im p lo s ió n d e la U n ió n S o v ié tic a u n id a a la m a l
lla m a d a “g lo b a liz a c ió n ”, h a a p a re c id o u n a lite r a tu r a , c a d a v e z m á s
a b u n d a n te , so b re e l f i n d e l E s ta d o , te m a a l q u e ta m b ié n s e p r e s ta c re cien te
a te n c ió n en co n g reso s y re u n io n e s c ie n tífic a s . E x is te u n a c ie rta u n a n im id a d
en q u e a p e n a s q u e d a d e l E s ta d o s u a sp e c to f is c a l , en q u e la e s ta ta lid a d h a
q u e d a d o re d u c id a a lo q u e era p a r a Schumpeter s u e sq u ele to , e l E s ta d o
F is c a l. E s te b re ve e n sa y o d e Cari Schmitt v ersa , p u e s , so b re u n a s u n to
c a n d e n te d e la m a y o r im p o r ta n c ia , a l q u e ta m b ié n s e re firió e l g r a n ju r i s t a
a le m á n en o tro s lu g a re s. A q u í e x p lic a la a m b ig ü e d a d co n q u e se u sa la
p a la b r a E s ta d o , q u e d ific u lta la c o m p re n sió n d e l te m a y la s c a u s a s
h is tó r ic a s d e s u p o s ib le d e sa p a ric ió n .
C a r i S c h m itt p e rte n e c ía a la tr a d ic ió n e s ta ta l, n o c ie rta m e n te e s ta tis ta , d e
Hohhes. P a r a é l, era e l E s ta d o im a d e la s g r a n d e s crea c io n es d e la
c iv iliz a c ió n eu ro p ea ; la ú n ic a fo r m a p o litic a q u e h a lo g a d o h a s ta a h o ra
o b je tiv a r la r a z ó n p o lític a , lo p ú b lic o . V ien d o s u d e c a d e n c ia , se
a u to p ro c la m ó , n o o b sta n te , e l ú ltim o p a r tid a r io y d e fe n so r d e l i u s p u b lic u m
e u r o p a e u m \ u n a m a n e ra d e l D e re ch o c a p a z d e e n c a u z a r y m o d e ra r la s
re la cio n es p o lític a s en tre lo s p u e b lo s , só lo p e n s a b le , em p ero , s i la fo r m a
p o lític a es p r e c is a m e n te e l E s ta d o . L a tra d ic ió n p o lític a e s ta ta l no
c o n sid e ra b a a l en em ig o u n en em ig o e x u te n c ia l, s in o e n e m ig o -p o lític o ,
a d v e rsa rio con e l q u e se re su e n e n ju r íd ic a m e n te lo s c o n fic to s p o lític o s , in c lu so
en s u ca so e xtre m o , la g u e rra . P o r eso, co m o la e s ta ta lid a d h a b ía
e v o lu cio n a d o h a s ta u n p u n to q u e la s te n sio n e s co n la. S o c ie d a d lle g a ro n a se r
irre c o n c ilia b le s, p o r u n m o m e n to p e n s ó S c h m itt q u e la ú n ic a p o s ib ilid a d
d e c o n se rva r e l ;i u s ’ q u e d e lim ita b a y e n c a u z a b a la re la ció n
p o lític a fu n d a m e n ta l a m ig o -e n e m ig o era m e d ia n te u n a c ierta
s im b io s is e n tre a m b a s fo r m a s , S o c ie d a d y E s ta d o , en la
J ig u r a d e l E s ta d o T o ta l.
U n o d e lo s a sp e c to s m á s n o ta b le s d e l e n sa y o e s s u
d is tin c ió n e n tre e l derech o d e g e n te s te r r ito r ia l y e l
d erech o d e g e n te s m a r ítim o , e n tre la tie rr a y e l m a r ,
q u e f u e u n a c o n sta n te d e l p e n s a m ie n to p o lític o d e l
a u to r, a la q u e co n sa g ró p o r cierto u n b r illa n tís im o y
ju s ta m e n te fa m o s o e n sa y o . E n e l d erech o d e g e n te s
m a r ítim o - a p u n t a S c h m itt a la co n c ep c ió n a n g lo sa jo n a ,
h o rra d e c a te g o ría s e s ta ta le s - v e ía e l o rig en d e la d e stru c c ió n
d e l ¡ iu s p u b lic u m e u ro p e a u m ’, q u e p r e s u p o n e ó rd en es te rrito ria le s
cerra d o s, E s ta d o s . D e tr a s e s tá s in d u d a , la e x p e rie n c ia d e V e rsa lle s q u e
ta n to le in flu y ó . P u e s p o r p r im e r a v e z d e sd e h a c ía sig lo s, s e n eg ó a l lí e l
d erech o d e l v en cid o , n o e x e n to d e resp eto y c o rte sía , a se n ta rse a d is c u tir co n
e l ven ced o r la s c o n d ic io n e s d e la p a z . C u a n d o S c h m itt v e n ía p o r M a d r id ,
s o lía e n c o n tra r tie m p o p a r a c o n te m p la r en e l M u s e o d e l P ra d o " L a re n d ic ió n
d e P r e d a ”, e l fa m o s o c u a d ro v e la zq u e ñ o d e la s la n z a s , re p re se n ta c ió n
in c o m p a ra b le d e e sa a c titu d .
E l in te ré s c e n tra l d e l escrito c o n siste , n o o b sta n te , en m o s tr a r q u e e l E s ta d o
n o es u n a fo r m a p o lític a e te rn a , sin o u n a m á s en tre la s in n u m e r a b le s j o m a s
# 1
( V e in t iu n o / Otoño, 1998
M n i t o r e d t F rtu cic A n, GuUura 1 O e p ttt· 2012
D O C U M E N T O S
i& m
V e in tiu n o / Otoño, 1998
M -n o t· :« d e E du cecA n. C u*m * y O epM t* 2012
EL ESTADO COMO CONCEPTO CO NCRETO VINCULADO A UNA ÉPOCA HISTÓRICA
traordin aria en toda E uropa. La naturalidad con que fue acogida y com
prendid a en todas partes, especialm ente tam bién en A lem ania, esta idea
de soberanía, decisiva en caso de conflicto, se aprecia todavía casi cien
años después al constatar su continuada fuerza de im pacto en el famoso
tratado di' PuléndoríT / > S ía tu Im perii Germanici (1667). En la noción bodi-
niana de soberanía, la construcción de un concepto juríd ico coincidía de
m odo poco corriente con una realidad política. Sólo p o r esta razón,
aquél pudo contribuir a que se im pusiera de m odo tan generalizado una
nueva idea de orden. El que se trata ra precisam ente de la elaboración
de un concepto jurídico, responde a la peculiar evolución político-interna
y a la m entalidad del pueblo francés. Al crear los reyes de Francia -a s e
sorados y alentados por sus legistas- el prim er Estado m oderno de di
mensiones im portantes im poniéndose com o soberanos del m ism o, convir
tieron a Francia durante m ucho tiem po en prototipo y ejem plo clásico
de lo que en aquel entonces se entendía p o r la acabada im agen de una
potencia soberana. Francia determ inaba com o potencia eu
“Ya se manifiesta ropea la m edida interna y las dimensiones del nuevo con
claramente, casi cien cepto de orden.
No pretendo negar que la palab ra '‘Estado1’ y a fue in tro
años antes del ducida por M a q u ia v e lo en el vocabulario político de los
mencionado tratado pueblos de E uropa. .Asimismo, las m últiples acepciones del
de Pufendorjf, que, térm ino status y, en lo que se refiere al origen del vocablo
necesariamente, el alem án, tam bién reminiscencias espaciales com o S ta d t [ciu
dad] y Staíte [lugar, paraje] desem peñaron seguram ente al
Imperio alemán gún papel. Pero la superación del ideario jurídico estam en-
medieval sería tal-fcudalista p o r una suprem a decisión unívoca y soberana
víctima de la fuerza y, consecuentem ente, el nuevo concepto europeo de m edi
rompedora del nuevo da y orden, el “Estado” , form an p arte de la situación polí
tica que tuvo su manifestación existencialm entc adecuada
concepto de orden en la doctrina de la soberanía del ju rista francés Bodino.
que representa el Ni el pequeño m undo renacentista de las ciudades italianas
‘Estado Soberano’.” regidas p o r tiranos ni un C a s tr u c c io C a s t r a c a n i y tam
poco C é s a r B o r ja fueron capaces de im poner un nuevo
concepto europeo de m edida y orden. Y los posteriores pequeños y m e
dianos Estados alem anes de los siglos X V II y X V III fueron lanzados co
m o simples pesas - a consecuencia ya del concepto de soberanía im pues
to p o r F ra n cia - al gran ju eg o de la política de equilibrio europea.
WPX
(Veintiuno / Otoño, 1998
M iM t* !« d e E ttu u c iú » . C u ltu ra y O fpo M t 30*2
D O C U M E N T O S
w* m
(Veintiuno I Otoño, 1998
Mn tfe e d u c í a n . C Uthx* V O p M l · 2 0 '2
EL ESTADO GOMO CO NCEPTO CO N CR ET O VINCULADO A UNA ÉPOCA HISTÓRICA
m t i
q u ie ra que reem plaza las ideas ordin ales precedentes. A ntes bien, lo
esencial es que determ ina las nuevas ideas de ordenación del espacio en
el m om ento histórico en el que u n a gran y hasta entonces desconocida
revolución espacial planetaria surtía sus prim eros efectos en la política m u n
dial y el derecho de gentes.
L a alteración de la imagen planetaria de la T ierra y del “El Estado Soberano
m undo, que se operó p o r la circunnavegación de la 'fie rra no sólo es el nuevo
y el descubrim iento de un nuevo contin ente, com enzó a concepto de orden que
trastro car todas las condiciones reinantes hasta entonces.
TodavS las corrientes espirituales de esa época - R e n a c i
pone fin a los órdenes
m iento, R eform a, hum anism o y b a rro c o - contribuyen a la imperial y
revolución espacial. Los grandes descubrim ientos m atem á comunitario
ticos, mecanicistas y físicos y los cam bios en la im agen as medievales; también
tronóm ica y cosmológica del m u n d o no logran im ponerse
hasta el siglo X V II. Pero ya en el siglo X V I, la hum anidad
es, más que nada, el
europea se dispone a sacar las consecuencias políticas del nuevo concepto
hecho de que se ha producido la ap e rtu ra de un nuevo ordenador del
m un d o y es necesario asentar el orden m undial sobre nue Espacio’y no un
vas bases. Los precursores filosóficos y científicos de la re
nuevo orden
volución espacial, Giordano Bruno y Galileo, ahora son
perseguidos tam bién políticam ente siendo víctim as de la
cualquiera que
censura y la Inquisición, en tanto que Copémico, pocos reemplaza las ideas
decenios antes, no fue m olestado p o r su descubrim iento. ordinales
M as a diferencia de Giordano Bruno, el m undo seguía precedentes. ”
siendo p ara él lim itado y en m odo alguno infinito. A hora,
en cam bio, al surgir la nueva im agen planetaria de la T ierra, aparece el
espacio cósmico, ilim itado, no lim itable e infinito.
En esta revolución espacial radica la “m odernid ad” del siglo X V I, no
en las afinidades renacentistas con ciertas ideas individualistas de los si
glos X IX y X X que indujeron a Henri Hauser, historiador de la E co
nom ía y catedrático de la Sorbona, a presentar al siglo X V I incluso co
mo “préfiguration” del siglo X X , pese a que, en otros aspectos, esta cen
turia está todavía profundam ente arraig ad a en la E dad M edia. El Estado
francés encuentra las bases de p artid a, tam bién conccptualm ente claras,
de la estructura in tern a que d u ran te m ucho tiem po lo convertiría en la
potencia rectora del continente europeo. D u ran te un largo período sería
“El Estado” por antonom asia. Las fórm ulas de su estatalidad se to rn an
■ r £ f l
conceptos jurídicos en este ám bito del conocim iento hum ano. Su lengua
se convierte en el idiom a de las relaciones diplom áticas y iusinterna-
cionalistas de los pueblos de E uropa. La doctrina de las fronteras n atu ra
les pudo consagrarse con notable éxito com o norm a del orden europeo,
con lo que ese Estado proporcionaba tam bién un im portante criterio de
m edida a la nueva concepción del orden espacial. La m edida proporcio
nada por el Estado francés resulta grande, incluso grandiosa, si se la
com para con la atroz estrechez y poquedad espacial de los Estados de
las ciudades italianas regidos por los tiranos y condotieros. Y, sin em bar
go, resulta m odesta y angosta si, como térm ino de com paración, se tom a
la infinita extensión de la nueva imagen planetaria del m un d o que ap a
rece en ese siglo.
Y es que el concepto del Estado Soberano, enfocado desde los puntos
de vista de un orden espacial, era una idea vinculada a la tierra firme y
a un territorio. E ra un concepto aplicable a Estados continentales, repre
sentando sólo una de las m últiples repercusiones de la gran revolución
espacial de ese siglo y del siguiente. Sobre todo, no com prendía la otra
vertiente, m ucho m ayor, al no incluir ni referirse al m ar. A quí, desde el
lado del m ar, aparece el contrapunto de la específica concepción espacial
estatal com o algo cerrado y limitado. Aquí, el m a r libre, es
“El mar libre, es decir, el m a r no sujeto a un orden estatal espacial ni surca
decir, el mar no do p o r fronteras nacionales, deviene la concepción espacial
sujeto a un orden determ inante de la política m undial y del derecho de gen
tes. T am bién la evolución que desem boca en la libertad de
estatal espacial ni los m ares necesitó el paso de varias generaciones hasta lle
surcado por fronteras gar a la claridad práctica y conceptual, así com o a fórm u
nacionales, deviene la las unívocas. En su acepción actual no se h ace tangible
concepción espacial hasta en trad o el siglo X V III. La determ inación exacta de
la línea en que term ina la zona costera y com ienza el m ar
determinante de la libre es cosa de ese siglo. En rigor, PufendorfT fue el prim e
política mundial y del ro en concienciarse científicamente (1672) de que los océa
derecho de gentes." nos son algo distinto de las cuencas de los m ares europeos,
en las que la ju risprudencia anterior solía te n e r puesto el
pensam iento cuando discutía de los problem as del m a r recu rrien d o a
fórmulas del derecho rom ano. Sólo con B y n k e r s h o e k (1703) term ina
im poniéndose la idea, avanzada ocasionalm ente con anterioridad, de que
la soberanía estatal del país ribereño se prolonga en el m ar hasta donde
alcanza el poder de sus arm as (ubi fin itu r vis armorum). Y sólo a p artir de
un trabajo de G a lia n i de 1782 quedó establecido d famoso límite de
tres millas m arinas p ara las aguas territoriales.
La lucha por los océanos com enzó ya con fuerte pujanza en el inter
valo de tiem po que aquí nos interesa, es decir, a m ediados
del siglo X V I, cuando se inicia la lucha de Francia, H olan “Nace un orden
da c Inglaterra contra las pretensiones m onopolísticas del
mundial eurocéntrico
dom inio de los m ares p o r parte de E spaña y Portugal. El
resultado sería una evolución polarizadora del concepto de
que de inmediato se
ordenación espacial entre cerram iento y ap ertura, según se resquebraja y divide
trate de tierra firme o del m ar. La tierra firme se convierte según que concierna a
en territorio del Estado, el m ar q u ed a libre, es decir exento la tierra firm e o al
de Estado, y no es territorio estatal. Surge entonces el sor
p rendente dualism o del derecho de gentes europeo de los
mar . La tierra firm e
últimos siglos. La expresión usual y no difcrenciadora “de está repartida entre
rech o de gentes” (Völkerrecht) es d esace rtad a e induce a los territorios
error, ya que en realidad existen yuxtapuestos dos derechos nacionales compactos
de gentes sin relación entre sí. N ace un orden m undial eu
de los Estados
rocèntrico que de inm ediato se resquebraja y divide según
que concierna a la tierra firme o al m ar. La tierra firme es soberanos, el mary en
tá repartida entre los territorios nacionales com pactos de cambio>permanece
los Estados soberanos, el m ar, en cam bio, perm anece libre libre de Estado. ”
de Estado. ¿Q ué significa esto en un derecho de gentes in-
tcrestatal cuyo om ním odo concepto de orden es precisam ente el Estado?
Significa que el m ar no conoce fronteras, convirtiéndose en un espacio
uniform e cualesquiera que sean su situación geográfica y vecindad, que
debe ser sin distingos “libre” , tanto p a ra el com ercio pacífico como tam
bién p ara las operaciones bélicas de todos los Estados.
A dos concepciones espaciales tan dispares de la tierra firme y del
m ar, tienen que corresponder, forzosam ente, dos ordenam ientos de d ere
cho de gentes com pletam ente diferentes: un derecho de gentes del m a r y
otro enteram ente diferente de la tierra. C ad a uno de ellos tiene un con
cepto de la guerra y del enem igo que difiere p o r com pleto de la concep
ción del otro. En tierra firme, el Estado viene a ser el único sujeto n o r
m al del derecho de gentes y, consecuentem ente, el único protagonista
del ordenam iento, del progreso y de la hum anización. La guerra terres
tre es juridificada, especialm ente p o r el hecho de que se convierte en
M
V e in tiu n o / Otoño, 1998
M o * Educación C u'tu m y 0 *po» 1* 2012
EL ESTADO COMO CONCEPTO CON CRE TO VINCULADO A UNA ÉPOCA HISTÓRICA
guerra entre Estados, es decir, en conflicto arm ado entre los ejércitos
estatales de los beligerantes. T o d a racionalización -e s decir, racionali
zación en el sentido de parcelación y prevención de la g u erra to ta l- con
siste en el hecho de que la guerra terrestre deviene, con un perfil cada
vez más acusado, u n a guerra exclusivamente entre Estados, es decir inte-
rcstatal, protagonizada p o r ejércitos estatales y que respeta a la pobla
ción civil y a la propiedad privada.
La guerra naval de este ordenam iento del derecho de gentes no es, en
cam bio, una guerra entre com batientes. Antes bien, arran ca del concep
to totalizador del enemigo, que trata com o tal a todo ciudadano del Es
tado enem igo, así com o a cualquier persona o entid ad que com ercie con
el adversario y fortalezca su econom ía. Para esta guerra, sigue en pié el
porfiado aferram iento al criterio de que la propiedad p rivada del enem i
go continúa siendo objeto del derecho m arítim o, que la considera com o
botín legítim o, de m odo que, con el recurso al bloqueo
“A dos concepciones -acep tad o p o r el derecho de gentes com o acción específica
espaciales tan de la guerra naval puede quedar afectada indistintam ente
toda la población de la zona bloqueada, c incluso la pro
dispares de la tierra piedad privada de los neutrales puede ser secuestrada en
firm e y del mar, virtud del derecho de apresam iento, otro recurso re se ñ a d o
tienen que a la guerra naval y reconocido por el derecho de gentes.
corresponder, Dos concepciones tan sobrem anera dispares de la guerra
forzosamente, dos y del enem igo no pueden reducirse a un concepto com ún.
Y las diferencias entre los conceptos de la guerra mism a
ordenamientos de otorgan por sí solas un contenido distinto a los períodos de
derecho de gentes paz entre conflictos. Así, pues, no será exagerado sostener
completamente que, detrás de las fórmulas y los modismos usuales que h a
diferentes: un derecho blan del derecho de gentes, se esconden dos ordenam ientos
del mismo totalm ente distintos, y dos m undos, incom pati
de gentes del mar y bles entre sí, de conceptos jurídicos opuestos.
otro enteramente
diferente de la tierra.^ * * *
(2) “ S ta a t l i c h e S o u v e r ä n i tä t u n d f r e i e s M e e r - Ü b e r d e n G e g e n s a tz v o n l / m d u n d S e e im V ö lk e r r e c h t d e r
N e u z e it”.
(3) T ie r r a y d o m in io . A s p e c to s b á s ic o s d e l a h i s t o r i a c o n s t it u c io n a l t e r r it o r i a l d e l s u d e s te d e A l e m a n i a e n
la E d a d M e d ia .
(4) E l E s ta d o m o d e r n o y e l c o n c e p to d e E s ta d o .
· ·
1 * 1
Ci·)
C/eintiuno / Otoño. 1998
M noteflO ó t EducaoA n . Cwitufá * Oftpofl* 2012
EL ESTADO COM O CO NCEPTO CON CRE TO VINCULADO A UNA ÉPOCA HISTÓRICA
n - ■- · - - -i
C arl S C H M IT T
(5) I m r e p r e s e n ta c ió n d e in te r e s e s o r g a n iz a d o s .
YA
· ·